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TECIDO ÓSSEO, MUSCULAR E ARTICULAR PROFESSORA: ANA PAULA ROMÃO OSTEOLOGIA Os ossos são ÓRGÃOS do corpo humano, geralmente muito duros, que se unem, através das articulações ou junturas, e formam o ESQUELETO HUMANO. Os ossos são formados por um tecido conjuntivo especializado que tem como característica principal a mineralização (calcificação) da sua matriz óssea. A matriz óssea é composta por aproximadamente: 25% de água, 25% proteínas fibrilares e 50% sais minerais cristalizados. O Sistema Esquelético é formado pelos ossos e cartilagens. OSTEOLOGIA É esse arcabouço interno e firme que sustenta todos os outros órgãos e tecidos do corpo, os quais desmoronariam sem ele. O Esqueleto médio tem 206 ossos, sendo que existem algumas variações anatômicas, por exemplo, cerca de 1 em cada 20 indivíduos apresenta uma costela a mais. Além disso, o número dos pequenos ossos fundidos do crânio também pode variar. OSSOS O tecido ósseo está em constante processo de renovação, ou remodelamento, através da produção e destruição consecutivas de células ósseas. Do mesmo modo, esse tecido tem a capacidade de se remodelar, engrossando e fortalecendo os ossos em regiões de maior tensão, como pode-se observar em algumas atividades esportivas. Além de tecido ósseo, encontramos muitos outros tecidos nos ossos: tecido cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e diversos tecidos formadores de sangue. HISTOLOGIA DO TECIDO ÓSSEO Existem 4 tipos de células no tecido ósseo: osteogênicas, osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Osteogênicas: células tronco não especializadas. São as únicas células que passam por divisão celular, suas céls filhas se desenvolvem em osteoblastos. Encontradas no periósteo. Osteoblastos: células produtoras de osso, sintetizam e secretam colágeno e componentes da matriz óssea e iniciam a calcificação. Osteócitos: são células maduras e as principais do tecido ósseo, não são capazes de secretar componentes da matriz, ele mantêm atividade celular diária do tecido ósseo, como troca de nutrientes e metabólitos do sangue. Osteoclastos:células de grande tamanho que liberam enzimas lisossômicas e ácidos que digerem componentes proteicos ósseos. Esse processo compões desenvolvimento, crescimento, manutenção e reparo normais do osso. VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO Muito vascularizado. Periósteo é rico em nervos sensoriais (dor), que são sensíveis a esgarçamento ou tensão Quanto à irrigação sanguínea do tecido ósseo, ela ocorre através de vasos sanguíneos maiores, chamados Canais de Volkman, e vasos menores, chamados canais de Havers. Não existem vasos linfáticos no tecido ósseo, apenas no periósteo (revestimento do osso). OSSOS PERIÓSTEO: Membrana fina e resistente que envolve os ossos e que tem a função de protegê- los; Além do periósteo, existe outra membrana, que reveste a porção interna dos ossos, que é o endósteo MEDULA ÓSSEA: Substância contida no canal medular dos ossos longos ou nas pequenas cavidades dos ossos esponjosos podendo ser vermelha (células sanguíneas) ou amarela (células adiposas); ACIDENTES E FORMAÇOES ÓSSEAS: Aparecem onde quer que tendões, ligamentos e fáscia musculares estejam inseridos, ou onde artérias se situam adjacentes aos ossos ou neles penetram; FORAMES: São orifícios ósseos que servem para dar passagem à vasos ou nervos que vão para outros territórios ou para nutri-los; TECIDO ÓSSEO COMPACTO Contém pouco espaço entre seus componentes; Constitui as diáfises dos ossos longos; Resiste as forças produzidas pelo peso e movimento ESPONJOSO Constituem a maior parte dos ossos curtos, chatos e irregulares e a maior parte das epífises; É mais leve que o compacto; Dão suporte e protegem a medula óssea vermelha. FUNÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO Sustentação do corpo Proteção de órgãos como coração, pulmões, cérebro. Produção de células sanguíneas (função hematopoiética) Armazenamento de minerais, como cálcio e fosfato Fornecer pontos de fixação para os músculos Base mecânica para o movimento CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Ossos Planos , Laminares ou Chatos: são ossos de pequena espessura, com comprimento e largura similares. Ex: Ossos Parietal, Frontal, Escápulas. Ossos Alongados: são ossos longos, porém achatados e sem canal medular. Ex: Costelas. Ossos Pneumáticos: são ocos, com espaços preenchidos por ar e revestidos por mucosa, os quais são conhecidos como seios, motivo pelo qual tem um peso pequeno em relação ao seu tamanho. Ex: Esfenóide, Frontal, Maxilar. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Ossos Irregulares: têm formas irregulares, sem um padrão, não se enquadrando em nenhuma das outras definições. Ex: vértebras. Ossos Sesamóides: normalmente são ossos muito pequenos, com alguns milímetros de diâmetro, encontrados dentro de tendões que sofrem consideráveis tensões e estresse físico. Os mais conhecidos, e maiores do corpo, são as patelas. Divisões do Esqueleto Esqueleto Axial: - Cabeça; - Coluna vertebral; - Tórax. Obs.: Eixo principal de suporte do corpo, protege o sistema nervoso central e os órgãos do tórax. Esqueleto Apendicular: - Membros superiores; - Membros inferiores; - Cintura escapular; - Cintura pélvica. MIOLOGIA Os músculos possuem a função de movimentos ativos, sendo assim chamados de voluntários. E involuntários os músculos que recobrem os órgãos; mantendo a postura do corpo humano, respiração, calor corporal, contração de órgãos e vasos, e batimento cardíaco. Músculos Voluntários São músculos controlados pelo próprio indivíduo de maneira consciente; entretanto, nem sempre os músculos voluntários são contraídos de maneira consciente, como exemplo: marcha e o salto Músculos Involuntários O indivíduo não possui controle sob a contração desses músculos, pois o mesmos são controlados pelo sistema nervoso autônomo, por hormônios e por fatores intrínsecos à própria musculatura. Tipos de Músculos Músculo Esquelético Estriado São músculos fixados aos ossos do esqueleto e possuem a função de realizar movimentos como; andar, correr, saltar, etc. Os músculos esqueléticos são os únicos músculos voluntários do corpo. Tipos de Músculos Músculo Liso ou Visceral São músculos que não apresentam estriações, que são encontradas nos músculos esqueléticos. Esses músculos são encontrados nas paredes dos órgãos ocos e tubulares como exemplos: estômago, intestinos e vasos sanguíneos. Tipos de Músculos Músculo Cardíaco É o músculo que forma a parede do coração, onde, apesar do mesmo ser involuntário ele não é liso, e sim estriado como os músculos esqueléticos. Características dos Músculos Esqueléticos ENVOLTÓRIOS DE TECIDO CONJUNTIVO Cada músculo esquelético é formado por diversas células musculares, chamadas de fibras musculares. FIBRAS MUSCULARES São mantidas unidas por tecido conjuntivo chamado de fáscias. A fáscia que envolve todo o músculo é chamada de epimísio. A fáscia também penetra nos músculos, separando as fibras musculares em feixes chamados fascículos; esta fáscia é chamada de perimísio. Cada fibra muscular é envolvida por uma camada chamada endomísio. Miologia Fixação do músculos esqueléticos A fixação muscular ocorre através de uma extensão do tecido conjuntivo, fixando-se diretamente no periósteo ou pode haver uma forte conexão com um tecido fibroso chamado tendão ou aponeurose. Tendão São curtos e outros podem chegar até mais de 30cm. Aponeurose É classificado como tendão, porém seu formato é achatado. Miologia ORIGEM Extremidade menos móvel durante um movimento e sua localização é proximal. INSERÇÃO Extremidade móvel fixada em posição distal. Entre uma origem e uma inserção, existe o que chamamos de VENTRE MUSCULAR; que é uma maior porção do músculo. Miologia Exemplo: Músculo masseter Origem: arco zigomático Inserção: ângulo e ramo da mandíbula Ação: elevara mandíbula Classificação dos Músculos A posição em que os feixes de fibras musculares se direcionam, variam de um músculo para outro, assim, os mesmos são classificados por diferentes nomes. Unipenado Bipenado; Multipenado; Leque ou triangular Longitudinal. Classificação Unipenado Quando os músculos são fixados em um só lado do tendão. Bipenado Os músculos são fixados obliquamente aos dois lados do tendão. M. unipenado M. bipenado Classificação Multipenado São arranjos de feixes musculares complexos que envolvem vários tendões M. multipenado Classificação Leque ou Triangular Possuem uma origem muito larga para um estreito e único tendão. M. Leque Classificação LONGITUDINAL Em forma de fita ou tira, sem muita potência e com pouco movimento. M. Longitudinal Contração Muscular Linha Z: aparência estriada ao músculo. Sarcômero: Espaço entre as linhas Z. Faixa A: Miosina + Actina. Faixa H: Miosina Faixa I: Actina Articulações ou Junturas São unidades anatômicas que possibilitam aos ossos do esqueleto uma união firme e com resistência suficiente para a manutenção de suas características relacionais, mas, ao mesmo tempo, com possibilidade de variados tipos de movimentos, ponderando, assim, graus diferentes de flexibilidade articular. Cartilagem Hialina É o tecido cartilaginoso que forma o esqueleto inicial do feto, sendo a precursora dos ossos que se desenvolverão a partir da calcificação. Durante o processo de desenvolvimento do osso, a cartilagem funciona como placa de crescimento epifisário, a qual permanece funcional enquanto o osso estiver crescendo em comprimento. Nos ossos longos de adultos, esse tipo de cartilagem está presente apenas na superfície articular, além de estar presente como unidade esquelética na traquéia, brônquios, laringe, nariz, e nas extremidades das costelas (cartilagens costais). Cartilagem Elástica Além dos elementos básicos de uma cartilagem (fibras de colágeno e substância fundamental), esse tipo contém fibras elásticas, conferindo-lhe maior elasticidade, como podemos observar no pavilhão da orelha, por exemplo. Essa cartilagem pode ser encontrada isoladamente ou junto a cartilagem hialina. A encontramos no pavilhão da orelha, nas paredes do canal auditivo externo, na tuba auditiva e na laringe. Não se calcifica como a hialina. Cartilagem Fibrosa Tem características que ficam entre o tecido conjuntivo denso e a cartilagem hialina, apresentando feixes evidentes de fibras colágenas espessas. Encontra-se caracteristicamente nos discos intervertebrais, sínfise púbica, discos articulares das articulações do joelho e em alguns locais onde os tendões se ligam aos ossos. Geralmente, a presença desse tipo de cartilagem indica que o tecido local necessita de maior resistência à compressão e ao desgaste. Classificação Quanto a proximidade entre os elementos ósseos: Articulações Contínuas O espaçamento entre os elementos ósseos articulares é irrisório interposto por material fibroso e/ou cartilaginoso Articulações Contíguas Existe a presença de um espaçamento ósseos evidente, usualmente preenchido por líquido lubrificante, o líquido sinovial Classificação Quanto a possibilidade de movimento Articulações Imóveis A grande proximidade e o tipo de material interposto impede ou dificulta enormemente movimentos e/ou deslocamento entre as peças ósseas articulares Articulações Semi-móveis A proximidade e o tipo de material interposto não impedem o movimento/ deslocamento articular, mas o limita significativamente Articulações Móveis O espaço articular e união estabelecida por cápsula articular resistente, entre outras estruturas, com os elementos ósseos possibilita movimentação ampla e, muitas vezes, variada neste tipo articular Classificação Quanto a estrutura e mobilidade articular Articulações Fibrosas ou Sinartroses O material interposto entre as superfícies ósseas articulares é, usualmente, fibrosa, fato que possibilita movimentos irrisórios ou inexistentes – articulações continuas imóveis Articulações Cartilaginosas ou Sincondroses O material interposto entre as superfícies ósseas articulares é, frequentemente, cartilaginosa, fato que possibilita movimentos um pouco mais marcante que seu precedente articular – articulações contínuas semi-móveis Articulações Sinoviais ou Diartroses O espaço articular interposto entre as superfícies ósseas articulares é, geralmente, preenchida por líquido lubrificante, fato que possibilita movimentos amplos e variados – articulações contíguas móveis Articulações Fibrosas - Sinartrose Suturas Encontradas mais comumente nos ossos do crânio; caracterizadas por uma fina camada de tecido conjuntivo denso irregular que une os ossos que se articulam, se formam em torno dos 18 meses de idade e substituem os flexíveis fontículos do crânio de uma criança. Articulações Fibrosas - Sinartrose Sindesmoses São ligadas por fibras colágenas ou lâminas de tecido fibroso –membranas interósseas. Ex: Articulação radio-ulnar e tibio-fibular. Articulações Fibrosas - Sinartrose Gonfoses Ocorrem entre os dentes e os ossos de sustentação, maxilas e mandíbula. Ex: Art. dentoalveolar Articulações Cartilagíneas - Anfiartrose Sincondroses O material interposto entre as superfícies ósseas articulares é, por excelência, cartilaginoso Ex: Art. Esterno-costal Articulações Cartilagíneas - Anfiartrose Sínfises São cobertas com cartilagem hialina, infiltrada com fibras colágenas para formar um bloco interposto de fibriocartilagem, que amortece a articulação e permite movimento limitado. Ex: Sínfise púbica e art. intervertebrais Articulações Sinoviais - Diartrose Estrutura: Cápsula articular: envolvem as articulações; constituída por um folheto externo (fibroso) e resistente e por um folheto interno (delicado) e vascularizado, a membrana sinovial. Delimita o espaço articular sobre o qual “circula” o líquido sinovial. Líquido sinovial: lubrificante, produzido pela membrana sinovial que reveste internamente a cápsula articular; Ligamentos: cordões flexíveis de tec. conjuntivo denso regular, conectam os ossos, ajudando a unir as articulações; conferem maleabilidade/ flexibilidade (possibilitando o movimento) com a resistência/ inextensibilidade Meniscos: coxins cartilagíneos duros, fibrosos. Função de amortecimento Bolsa (bursa) sinovial: formação capsular sinovial existente em áreas expostas aos atritos e choques frequentes durante os movimentos/ deslocamentos articulares. Articulações Sinoviais – Diartrose Classificação Gínglimo ou Dobradiça São articulações sinoviais que descrevem movimentos angulares de flexão-extensão fixas no eixo transverso. Côncavo e convexo Ex.: articulações interfalangianas proximais e distais; art. Úmero-ulnar Trocóide ou Pivô São articulações sinoviais que descrevem movimentos rotacionais de rotação medial ou lateral sobre o eixo longitudinal. Ex.: articulações rádio-ulnar proximal e distal; art. atlanto-axial Articulações Sinoviais – Diartrose Classificação Condilar ou elipsóide São articulações sinoviais que descrevem movimentos, usualmente, em dois dos três eixos anatômicos podendo realizar os seguinte pares de deslocamentos articulares: flexão-extensão/ abdução-adução. Ex.: art. do punho Selar São articulações sinoviais que descrevem movimentos, usualmente, em dois dos três eixos anatômicos podendo realizar os seguinte pares de deslocamentos articulares: flexão-extensão/ abdução-adução. Ex.: art. metacarpo-falangiana do polegar. Classificação Esferóide ou bola cavidade São articulações sinoviais que descrevem movimentos articulares nos três eixos anatômicos, realizando: flexão-extensão/ abdução-adução/ e rotações medial e lateral. Plana ou deslizante São articulações sinoviais que descrevem movimentos, usualmente, deslizantes entre os componentes ósseos articulares, não executado,assim, em nenhum dos três eixos anatômicos. Ex.: articulações intercárpicas e intertársicas. Articulações Sinoviais – Diartrose Classificação das articulações sinoviais pelo número de eixos anatômicos Anaxial (os movimentos realizados não são descritos em nenhum dos três eixos anatômicos) – articulações sinoviais planas ou deslizantes Monoaxial (os movimentos realizados são descritos em apenas um dos três eixos anatômicos) – articulações sinoviais gínglimo (ou dobradiça) e pivô (ou trocóide) Biaxial (os movimentos realizados são descritos dois dos três eixos anatômicos) – articulações sinoviais condilar (ou elipsóide) e selar Triaxial (os movimentos realizados são descritos nos três eixos anatômicos) – articulações sinoviais esferóide (ou bola-cavidade)
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