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DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTAVEL Sustentabilidade é a capacidade de sustentação ou conservação de um processo ou sistema. A palavra sustentável deriva do latim sustentare e significa sustentar, apoiar, conservar e cuidar. O desenvolvimento sustentável tem como objetivo a preservação do planeta e atendimento das necessidades humanas. Isso quer dizer que um recurso natural explorado de modo sustentável durará para sempre e com condições de também ser explorado por gerações futuras. A ideia de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do conceito de ecodesenvolvimento, proposto durante a Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo, na Suécia, em 1972. A ONU denominou a década de 1960 como a "Primeira Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento", acreditando que a cooperação internacional proporcionaria um crescimento econômico pela transferência de tecnologia, experiência e fundos monetários, de modo a resolver os problemas dos países mais pobres. O atual modelo de desenvolvimento rural e agrícola do Brasil está passando por uma transição. Fazer a transição para o desenvolvimento rural sustentável depende da motivação e construção de consensos, mediados por uma relação democrática e com diálogo entre a política ambiental e as populações rurais. A transição para a sustentabilidade do rural é entendida e conduzida como parte estruturante do projeto de desenvolvimento nacional em curso, cujo objetivo central é assegurar o crescimento econômico com redução das desigualdades sociais, da pobreza e da fome, com conservação dos recursos naturais e da capacidade produtiva dos ecossistemas. O chamado tripé da sustentabilidade é baseado em três princípios: o social, o ambiental e o econômico. Esses três fatores precisam ser integrados para que a sustentabilidade de fato aconteça. Sem eles, a sustentabilidade não se sustenta. Social: Engloba as pessoas e suas condições de vida, como educação, saúde, violência, lazer, dentre outros aspectos. Ambiental: Refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma como são utilizados pela sociedade, comunidades ou empresas. Econômico: Relacionado com a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. A economia deve considerar a questão social e ambiental. Na prática, se não houver a conscientização e o reconhecimento da importância do desenvolvimento sustentável, sua complexidade e o interrelacionamento de seus pilares com as diversas questões ambientais, a geração presente deixará para trás solos pobres, falta de água, atmosfera poluída, enfim, um planeta todo alterado e sujo. A agricultura é uma atividade que demanda o uso da água para a cultura dos alimentos e a manutenção das lavouras em diferentes regiões do mundo. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a agricultura mundial consome 70% do montante de toda a água consumida no planeta. No Brasil este número sobe para 72% e cresce à medida que o país é menos desenvolvido. Dados da Embrapa revelam que a irrigação é a que mais consome desse percentual, sendo 11% dessa água para matar a sede dos rebanhos e apenas 1% para abastecer as áreas rurais. Com essa quantidade, podemos ter uma noção do impacto que a falta ou má qualidade desse recurso causaria na agricultura e na saúde humana. Tanto para as lavouras irrigadas quanto para as dependentes da chuva, já existem práticas agrícolas que auxiliam nessa redução. Uma técnica mais simples e bastante difundida é a construção de reservatórios. O objetivo é armazenar água para utilizar tanto na irrigação quanto para outros fins, como na hidratação de animais. Segundo a Embrapa, com políticas públicas adequadas, é possível incentivar o plantio direto e a construção de terraços nas áreas de produção de grãos e terraceamento nas áreas produtivas de fruteiras, florestas plantadas e pastagens. Essas ações intensificam a infiltração de água no solo e auxilia nos níveis dos aquíferos e lençóis freáticos. Outra técnica, por exemplo, é a utilização da cobertura morta (resíduos de cultivos) que diminuem a evaporação da água. Uma solução mais tecnológica é o melhoramento genético das plantas que busca variedades mais resistentes ao déficit hídrico. Um outro fator fundamental é o reflorestamento e a preservação das matas ciliares. Garantir a disponibilidade dos recursos hídricos é de responsabilidade não somente dos agricultores, mas da sociedade em geral. Além disso, é preciso prever e planejar medidas para épocas de escassez de chuvas para garantir a produção dos alimentos. Muito além de tecnologias e métodos, capacitar os produtores pode ser a melhor forma de buscar novas medidas na agricultura e obter uma melhor qualidade na produção. O conhecimento do dia-a-dia do negócio aliado ao conhecimento técnico de manejo pode resultar em inovações para o setor e contribuir com a economia de água no campo. O principal uso da água no campo é para irrigação das lavouras. Apenas uma pequena parcela é utilizada para os animais e para o abastecimento da zona rural. Por isso, desenvolveram-se diversas tecnologias e métodos para reduzir o desperdício da água na agricultura. Tal preocupação tange o objetivo da Lei nº 9.433/97, conhecida como Lei das Águas, que visa o manejo sustentável dos recursos hídricos a fim de preservar a quantidade e boa qualidade da água do disponível no país. Hidroponia ( do grego: água + trabalho) é o nome dado a um sistema de cultivo de plantas caracterizado por não precisar de terra (solo). As raizes das plantas ficam dentro da água. Soluções fertilizantes são adicionadas à água para alimentar as plantas. As plantas são cultivadas em estufa, sem necessidade do uso do solo. O que aumenta a produção, e a qualidade dos produtos, visto que os nutrientes são balanceados e controlados. Diminui a quantidade de água utilizada, por possuir um sistema fechado, e também reduz o uso de agrotóxicos, por ser dentro de estufa, o que diminui o ataque de predadores e as intempéries do tempo, não havendo poluição do solo. Além de utilizar um espaço muito menor do que a agricultura tradicional. No Brasil, esta técnica ainda não é muito difundida, sendo mais utilizada perto dos grandes centros urbanos onde as terras agricultáveis são mais escassas e caras. Sendo a região sudeste a campeã de produção hidropônica no Brasil. O grande desafio é superar a dicotomia entre produção e proteção ambiental, por meio da integração dos objetivos e instrumentos das políticas ambientais e agrícolas dentro do marco geral do desenvolvimento sustentável. Além de permitir a conservação ambiental, esse sistema – que integra lavoura, pecuária e floresta, e os pesquisadores nomeiam com a sigla ILPF – garante ao produtor que ganhe mais plantando numa mesma área, e por muitos mais anos. Com isso, o sertanejo pode viver o sonho de sobreviver com aquilo que ele produz; e o futuro das novas gerações fica garnatido! No sistema tradicional, o plantio dos roçados é mais barato do que no sistema agrossivilpastoril. No entanto, eles agridem muito o meio ambiente e trazem problemas como a erosão, que torna o solo improdutivo; assim como a destruição da biodiversidade, com a morte de animais e de plantas.
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