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Universidade Estácio de Sá Curso: Engenharia Civil Turno: noite ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DE GRANULOMETRIA Relatório apresentado da disciplina Mecânica dos solos do curso de Engenharia Civil , orientado pelo Professor Pedro França. Outubro/2019 INTRODUÇÃO O ensaio granulométrico é o processo utilizado para a determinação da percentagem em peso em que cada faixa especificada que tem a finalidade de caracterizar os agregados quanto ao tamanho e distribuição de suas partículas. Através dos resultados obtidos desse ensaio e possível a construção da curva de distribuição granulométrica, marcando-se no eixo das abscissas em escala logarítmica os “diâmetros” das partículas menores do que aqueles considerados. A determinação da granulométrica de um solo pode ser feita apenas por peneiramento ou por peneiramento e sedimentação. Materiais e Equipamentos: Os equipamentos utilizados nos ensaios são: Balança com precisão de 0,1; Almofariz; Jogo de peneiras; Agitador de peneiras. 1 -PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Segundo as normas da ABNT, os ensaios são realizados seguindo os seguintes procedimentos: Peneiramento Grosso Lava-se o material na peneira 10 colocando-o em seguida na estufa. As peneiras de aberturas maior e igual, a 10 são colocadas uma sobre as outras com as aberturas das malhas crescendo de baixo para cima. Embaixo da peneira de menor abertura (#10) será colocado um prato que recolherá os grãos que por elas passarão. Em cima da peneira de maior abertura será colocada uma tampa para que se evite a perda de partículas no inicio do processo de vibração. O conjunto de peneiras assim montado poderá ser agitado manualmente ou conduzido a um peneirador capaz de produzir um movimento horizontal e um vertical às peneiras, simultaneamente. Pesa-se a fração do solo retida em cada peneira, até chegar à #10. Peneiramento Fino Põe-se o material na peneira 200 (0.075 mm), lavando-o e em seguida colocando-o na estufa. Junta-se e empilha-se as peneiras de aberturas compreendidas entre as 10 e 200, coloca-se o material seco no conjunto de peneiras e agita-se o conjunto mecânica ou manualmente, seguindo todos os cuidados descritos para o caso do peneiramento grosso. Pesa-se a fração de solo retida em cada peneira. 2 - RESULTADOS Ver planilha. TRECHO : PROCEDENCIA N.º ESTACA AMOSTRA Local da coleta MATERIAL ESTUDO OPERADOR 1420,0 CÁPSULA Nº PEDREGULHO: ACIMA 4,8 mm DATA: RETIDO Nº 10 730,0 C+S+A AREIA GROSSA: 4,8-2,0 mm Amos. menor nº10 PASS. Nº10 ÚM. 690,0 C+S AREIA MÉDIA: 2,0-0,42 mm Recep. nº PESO DA ÁGUA A-ÁGUA AREIA FINA Nº 40-200 PASS. Nº10 SECO 690,0 C-CÁPSULA PASSANDO Nº 200 Retido nº10 AMOST. TOTAL SEC. 1420,0 S-SOLO TOTAL Recep. nº AMOS. MEN. Nº ÚM. UMIDADE RETIDO Nº 10-200 AMOS. MEN. SECA Peneira PENEIRA Porc. Amost. Porc. Amost. mm Menor nº10 Total 50,8 25,4 19,1 9,5 4,75 2,00 #DIV/0! 1,2 #DIV/0! 0,6 0,42 0,30 0,15 0,074 15,07 Nº 4 Nº 40 2" MATERIAL RETIDO 10,14 144,00 4,64 1" ¾" 3/8" 41,00 Nº 30 Nº 50 235,00 17,00 18,5 34,8 64,4 fundo Porcent. que Passa da Amostra Total 214,00 232,00 66,00 Porcentagem Acumulada Peso - g 22,00 27,00 1,90 - 1,54 28,4 1,5 35,6 31,069,0 100,0 98,5 3,4 65,2 81,5 16,5 73,1 34,8 UMIDADE HIGROSCÓPICA RESUMOAMOSTRA TOTAL SECA AMOSTRA TOTAL ÚM. 72,8 96,6 48,6 45,7 16,33 37,00 2,60 71,6 27,2 26,9 16,54 2,88 54,3 51,4 Nº 200 Nº 100 Nº 10 Nº 16 4,00 1,19 0,28 Com os valores obtidos das massas retidas em cada peneira utilizada, é possível calcular o percentual de material retido, acumulado retido e o acumulado passado. Gráfico Com o gráfico, podemos observar a curva do nosso material em relação a abertura da peneira , pela percentagem acumulada, traçando assim a curva granulométrica do experimento. Esse gráfico é chamado de Curva de distribuição granulométrica, o qual pode ser utilizado para determinar os diversos parâmetros do solo. O gráfico é formado com os valores das porcentagens passantes (ou retidas) e os diâmetros correspondentes. A Figura 1 ilustra um exemplo de curva de distribuição. Um dos principais parâmetros que a curva de distribuição granulométrica permite identificar é o diâmetro efetivo, chamado também de D10. O Diâmetro efetivo indica o diâmetro em que apenas 10% da massa de uma amostra de solo passa na peneira, sendo utilizado para estimar a condutividade hidráulica e a drenagem do Solo. O Coeficiente de Uniformidade (Cu) é outro parâmetro que pode ser encontrado pela curva de distribuição granulométrica, sendo definido pela razão entre o diâmetro que 60% do material passa no peneiramento e o diâmetro efetivo. A Equação 1 apresenta o coeficiente. Os solos que apresentam Cu menores que 5 são considerados solos uniformes. Valores maiores que 15 são considerados solos desuniformes e entre 5 e 15 são mediamente uniformes. Determinação do Coeficiente de curvatura e Coeficiente de não uniformidade D10 0,28 - 0,07 D10 = 0,07+0,572 = 0,579mm 3,11 - x D10 = 0,579mm x= 0,572 D30 4,64 - (0,59 - 042) D30 = 0,42+0,331 = 0,751mm 9,04 - x D30 = 0,751mm x= 0,331 D60 16,54 - (4,75 - 2,0) D60 = 2,00+0,229 = 0,751mm 1,38 - x D60 = 2,229mm x= 0,229 Coeficiente de curvatura “CC” = CC = (0,751)2 = 0,437 mm 0,579 x 2,229 Coeficiente de não uniformidade “CNU” = CNU = 2,229 = 3,849 mm 0,579 Conclusão Conclui-se que, o experimento tem a finalidade de determinar da granulometria para se determinar o tipo de solo e se este solo esta apto para ser usado em uma determinada obra de engenharia. Ao caracterizar este solo, analisado no ensaio, como um solo bem graduado e não uniforme, pois o seu “CC” e “CNU” deram respectivamente os valores, 0,437 e 3,849. Levando em consideração que esta caracterização houve de ser realizada segundo a norma brasileira (NBR7181). Podemos afirmar que o ensaio foi de grande importância, pois foi realizado de forma clara, em que os conceitos repassados neste procedimento teve como objetivo fazer a analise granulométrica de um determinado solo, conhecendo os seus percentuais entre Fino e Grosso, para obtenção dos resultados e informações que serão utilizadas ao longo da vida profissional que iremos exercer ao final do curso de Engenharia Civil. Referencias Bibliográfica - Material disponibilizado em sala de aula; - NBR 5734 referentes a peneiras NBR 7181 de analise granulométricas. -CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Fundamentos. Vol 1. 6ª ed. Editora JC. Rio de Janeiro, 2000. 1 Universidade Estácio de Sá Curso: EngenhariaCivil Turno: noite ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DE TEOR DE UMIDADE Relatório apresentado da disciplina Mecânica dos solos do curso de Engenharia Civil , orientado pelo Professor Pedro França. Outubro/2019 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS................................................................. 2 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................... 3 3. PROCEDIMENTOS................................................................................. 3 4. RESULTADOS.......................................................................................... 6 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS....................................... 7 6. CONCLUSÃO........................................................................................... 8 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................ 9 3 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS Conhecer o teor de umidade é essencial e determinante na previsão do comportamento dos solos que serão utilizados em diversas áreas da construção civil, como por exemplo, na construção de barragens e de terraplenagens para estradas. Todas as obras de Engenharia Civil se apoiam sobre o solo ou sobre maciços rochosos, e existem ainda algumas situações, em que o solo é também utilizado como material de construção, constituindo-se como elemento construtivo, como por exemplo, os aterros de estradas. Em grande parte, a estabilidade e o comportamento funcional e estético da obra serão determinados pelo desempenho dos materiais usados nos maciços terrosos e, daí a importância da utilização do teor de umidade ótimo, previamente determinado em laboratório. Os volumes de solo em ocorrência natural consistem em 3 fases: Sólida (partículas), líquida (água) e gasosa (ar). Cada uma das fases ocupa uma parte do volume total do solo e contribui com uma parcela de seu peso total. A soma dos volumes ocupados pelas fases líquida e gasosa é chamada de volume de vazios. Se não houver água neste espaço vazio, é um solo seco. Se 100% do volume de vazios for composto por água, é chamado de solo saturado. No entanto, se o espaço for parcialmente preenchido com água, condição comum na natureza, chama-se solo natural (ou solo úmido). Existem muitos índices que podem ser obtidos de uma amostra de solo. O mais comum, e que serve de base para quase toda a mecânica dos solos, é o Teor de Umidade (w), que determina o percentual de água presente nos vazios do solo. Este trabalho teve como objetivo a determinação dos teores de umidade de 3 amostras de um mesmo solo, utilizando também o método da estufa e o método do Speedy. Desta forma, pôde-se comparar os resultados para se analisar fatores como qualidade e precisão de cada método. 4 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Considerando um volume de solo composto de 3 fases, o volume total (V) é a soma dos volumes de ar (Va), água (Vw) e sólido (Vs) da composição. Já a massa total (P) é a soma das partes sólida (Ps) e líquida (Pw). onde, V = Va + Vw + Vs P = Pw +Ps Dentre os diversos índices físicos dos solos que podemos ter com as relações de volume, um dos mais básicos e importantes é o Teor de Umidade (w), W(%) = 100 PW PS que é definido como o índice entre o peso da água e o peso de sólidos, em determinado volume de solos. Sua determinação é muito simples. Basta determinar o peso da amostra de solo no estado natural, e o peso após completa secagem de água, o que corresponde ao peso de sólidos. A literatura contém diversos métodos experimentais para determinação do teor de Umidade, tais como o método da Estufa descrita - Amostras de solo - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização” . Já a NBR16097:2012 - Solo – Determinação do Teor de Umidade – Métodos Expeditos de Ensaio. Determinação do teor de umidade, apresenta os método do Speedy e o método da frigideira, que não foi usado experimentalmente neste trabalho. 3. PROCEDIMENTOS 5 Na aula de laboratório de mecânica dos solos realizada em 11/09/2019, foram apresentadas 3 amostras de solos e contemplados 2 métodos de determinação de teor de Umidade. Sendo eles o Método da estufa e o Método do Speedy. Método da Estufa Para cada amostra de solo (R, U e C), foi colocado pequenas quantidades de solo em 3 cápsulas, cujas “taras” já haviam sido determinadas. Cada cápsula foi pesada e determinou -se os Pesos Brutos Úmidos. Em seguida, as cápsulas foram colocadas em uma estufa padrão, a uma temperatura de aproximadamente 110ºC, o final de 24h de secagem, as cápsulas foram retiradas, e permitiu-se o resfriamento a temperatura ambiente. Em seguida, pesou-se novamente as cápsulas determinando-se os Pesos Brutos Secos. Todos os pesos medidos foram anotados em uma planilha de amostras, para posterior análise de resultado. Essa metodologia apresenta vantagem em relação às demais, porque apresenta resultados confiáveis, porém traz como inconveniente, o tempo excessivo para obtenção desse índice físico. CÁPSULA PESO DA CÁPSULA (g) PESO DA CÁPSULA + SOLO + ÁGUA (g) PESO DA CÁPSULA + SOLO (g) R 14,5 70,18 64,75 U 14,5 70,19 64,72 C 13,76 72,79 67,34 Tabela 1 -Transcrição das medidas obtidas experimentalmente. 6 Método Speedy A determinação do teor de umidade de solos com utilização do “Speedy” tem base na reação química da água presente na amostra de solo, com o carbureto de cálcio, em ambiente confinado: CaC2 + 2 H2O --> C2H2 + Ca(OH)2 A reação química acima descreve a reação do Carbureto de Cálcio com água, gerando Acetileno e Hidróxido de Cálcio. O gás acetileno, ao se expandir, gera pressão proporcional a quantidade de água existente na amostra. A leitura desta pressão no manômetro (acoplado ao aparelho Speedy) permite a avaliação da quantidade de água na amostra. Foi colocado a amostra de solo, previamente pesada, na câmara do Speedy. Em seguida, foram colocada duas esferas pequenas de aço, assim como uma ampola contendo carbureto de cálcio, enfim fechando o aparelho. Ao agitar-se violentamente o aparelho, a ampola se quebrou, liberando o carbureto de cálcio, iniciando a reação química já descrita. Assim que pressão do manômetro se estabilizou, anotou-se o valor marcado e comparou-se com a tabela de aferição própria do aparelho. De acordo com a pressão marcada e o peso inicial da amostra de solo, que era de 10g obteve-se a percentagem de umidade da amostra. Este método é o mais rápido na obtenção do índice de umidade, o que o torna o mais apropriado para ser empregado em obras. 7 Tabela 2 - Aferição do aparelho Speedy 4. RESULTADOS Em cada um dos métodos, todos os pesos foram anotados em uma planilha. A seguir, tem-se a planilha transcrita com os valores anotados e calculados nos experimentos: CÁPSULA PESO DA CÁPSULA (g) PESO DA CÁPSULA + SOLO + ÁGUA (g) PESO DA CÁPSULA + SOLO (g) PESO DO SOLO SECO (g) PESO DA ÁGUA (g) UMIDADE CALCULADA (%) MÉTODO R 14,5 70,18 64,75 50,25 5,43 10,80 ESTUFA U 14,5 70,19 64,72 50,42 5,27 10,45 ESTUFA C 13,76 72,79 67,34 53,58 5,45 10,17 ESTUFA Tabela 3 - Teores de umidade calculados para o método da estufa, para todas as amostras8 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Após realizados os ensaios, é realizado os cálculos dos teores de umidade para o método da estufa, apresentados a seguir, junto com os resultados dos métodos do Speedy: CÁPSULA PESO DA CÁPSULA (g) PESO DA CÁPSULA + SOLO + ÁGUA (g) PESO DA CÁPSULA + SOLO (g) PESO DO SOLO SECO (g) PESO DA ÁGUA (g) UMIDADE CALCULADA (%) MÉTODO R 14,5 70,18 64,75 50,25 5,43 10,80 ESTUFA U 14,5 70,19 64,72 50,42 5,27 10,45 ESTUFA C 13,76 72,79 67,34 53,58 5,45 10,17 ESTUFA AMOSTRA 1 PRESSÃO 0,7 10 - - - 8,1 SPEEDY Tabela 4 - Comparação de dados entre os métodos da Estufa e Speedy Pode-se observar que, para as cápsulas realizadas pelo método da estufa, tem-se uma média de: Wm = 10,80 + 10,45 + 10,17 = 10,47%, 3 o que indica que o experimento da estufa foi bem executado nas 3 cápsulas, apresentando pouca variação de resultados. Como se observa na tabela 3, verifica-se que o método da estufa foi bem aplicado para as 3 amostras de solo em experimento. Da tabela 4, também observa-se uma diferença nos dados obtidos pelo método da Estufa, e o método do Speedy. Para mostrar essa diferença, é feita uma comparação dos resultados dos dois métodos. 9 6. CONCLUSÃO Neste trabalho foi determinado o teor de umidade de diversas amostras de solo, através de dois métodos diferentes: Método da Estufa e o método do Speedy. Percebe-se que o método da estufa é, de longe, o mais preciso deles. Regido pela norma NBR 6457, o ensaio é de fácil execução, embora demorada, e determina o teor de umidade com pouco erro, o que foi interpretado na baixa variação de resultados nas amostras ensaiadas. Já o outro método, embora sejam bons para uma determinação simples e rápida, não são tão precisos. Para resultados melhores, são necessárias calibrações, o que talvez reduziria a praticidade e facilidade destes métodos. 10 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DAS, B. M.; SOBHAN K.; Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014. CAPUTO, H. P.; Mecânica dos Solos e suas aplicações – Volume 1. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS; NBR 16097 – Solo – Determinação do Teor de Umidade – Métodos Expeditos de Ensaio. Rio de Janeiro, p. 05. 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS; NBR 6457 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. Rio de Janeiro, p. 08. 2016. CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MECÂNICA DOS SOLOS RELATÓRIO DE ENSAIO DE ENSAIO DE LIMITES ALUNOS Lílian Cardoso dos Santos João Pessoa Setembro / 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2. OBJETIVOS ................................................................................................ 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................... 3 3.1 LIMITE DE LIQUIDEZ ............................................................................... 3 3.2 LIMITE DE PLASTICIDADE ...................................................................... 4 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................. 5 4.1 LIMITES DE LIQUIDEZ E PLASTICIDADE .............................................. 5 5. CONCLUSÃO .............................................................................................. 7 6. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 8 1. INTRODUÇÃO Os ensaios feitos para determinação dos limites de liquidez e plasticidade do solo são de total importância na Engenharia Civil, pois apresentarão os limites e propriedades encontrados nos solos. O ensaio de limite de liquidez mostra o quanto o solo se comporta como um material plástico, correspondendo ao teor de umidade com que o mesmo se fecha sob o impacto de golpes feitos no aparelho de Casagrande. Já o de plasticidade é quando o solo deixa de ser plástico, tornando-se quebradiço. É obtido no laboratório para determinar o teor de umidade do solo quando o mesmo apresenta fissuras e quando fica em forma de cilindro de aproximadamente 3 mm de diâmetro. 2. OBJETIVOS Integrar os conhecimentos teóricos da mecânica dos solos ao estudo prático em laboratório realizando análises entre os conceitos estudados e os experimentos para determinação da liquidez e plasticidade. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 LIMITE DE LIQUIDEZ Materiais Utilizados - Aparelho de Casagrande; - Cinzel; - Balança; - Estufa; - Cápsulas de porcelana; - Espátula metálica; - Água destilada; Método Para a análise do limite de liquidez foi colocado uma amostra de solo em um recipiente de porcelana e aos poucos adicionou-se água com o objetivo de uma perfeita homogeneização da mistura, que deverá apresentar como uma massa plástica, logo após passa-se uma certa quantidade da massa para a concha do aparelho Casagrande, espalhando-se de modo que ocupou aproximadamente 2/3 da superfície da concha. Foi alisada a massa do solo com uma espátula afim de alinhar a concha e logo após usou o cinzel para fazer uma rachadura no meio da massa do solo, segundo os planos de simetria do aparelho de Casagrande e no sentindo de maior comprimento do aparelho. Posteriormente, foi girado a manivela a uma velocidade constante, contando o número de golpes até constatar o fechamento da rachadura, onde deve-se parar a operação. Para finalizar, retirou-se uma pequena quantidade do material no local onde as bordas da rachadura se tocaram, colocando em uma cápsula, para realizar a determinação da umidade. Logo após, transferiu-se o material de volta ao recipiente de porcelana, adicionou mais solo e assim repetiu-se o procedimento. Em seguida, as cápsulas foram levadas para estufa e pesadas após 24h, resultando no peso bruto seco. Este procedimento tem como objetivo obter as massas do solo com consistências que permitam algum ponto de encontro entre o solo repartido por cizel nas determinas faixas de golpes do experimento. 3.2 LIMITE DE PLASTICIDADE Materiais Utilizados - Placa de vidro; - Estufa; - Cápsulas de porcelana; - Espátula; - Água; - Balança; Método Para realização desse procedimento foi colocado parte da amostra do solo no recipiente de porcelana e adicionou água até obter-se uma massa bem homogeneizada, misturando-a com a espátula. Com a pasta do solo moldou-se uma pequena quantidade de massa, rolando sobre uma placa de vidro e com pressão realizada na mão, foi formando uma forma de cilindro semelhante ao gabarito, até começar a fissurar em pequenos fragmentos. Logo após, foi cortado o cilindro em pedaços colocando-os em cápsulas e levando-os para balança resultando no peso bruto úmido. Depois foi levado para estufa por 24h, a fim verificar a determinação do peso bruto seco. 4. RESULTADOSE DISCUSSÃO 4.1 LIMITES DE LIQUIDEZ E PLASTICIDADE Os limites de consistência estão ligados ao teor de umidade do solo, podendo ser dividido em: limite de liquidez e de plasticidade. Esses limites correspondem aos limites de consistência em que o solo muda de estado, envolvendo o teor de umidade do solo. O limite de liquidez corresponde ao teor de umidade da transição de estado do solo, quando o mesmo deixa de ser plástico e se torna líquido. Experimentalmente, o limite de liquidez corresponde ao teor de umidade quando o solo contido no Casagrande fecha a sua ranhura no 25º golpe. Na tabela abaixo estão contidos os valores extraídos durante o ensaio e por fim, o gráfico para análise do Limite de Liquidez (LL). Os dados foram obtidos através dos métodos e materiais citados anteriormente. Para calcular a umidade de solo, foi utilizada a fórmula: Onde: P H2O → Peso de água Ps → Peso do solo seco W → Teor de umidade (%) Tabela 2 – Dados do ensaio de Limite de Liquidez. Cápsula nº 1 2 3 Nº de golpes 47 25 20 Peso bruto úmido (g) 70,18 70,19 72,79 Peso bruto seco (g) 26 23 26 Tara da cápsula (g) 14,5 14,5 13,76 Peso da água (g) 44,18 47,19 46,79 Peso do solo seco (g) 26 23 26 Umidade (%) 169,9% 205,2 1800 Fonte: Autores, 2019 Ao analisar os dados verifica-se que o 25º golpe apresenta um teor de umidade equivalente a 169,9%. Logo, essa porcentagem representa o Limite de Liquidez do solo. Já o limite de plasticidade, corresponde ao teor de umidade da transição do estado semissólido em plástico. Experimentalmente, o limite de plasticidade corresponde ao teor de umidade no qual o cilindro sólido atinge diâmetro de 3mm e apresente fissuras. Abaixo, as tabelas mostram os valores de amostras extraídas no ensaio para determinação do Limite de Plasticidade, como também, a classificação do solo de acordo com o Índice de Plasticidade (IP) e Índice de Consistência (IC). Tabela 3 – Dados do ensaio do Limite de Plasticidade. Cápsula nº 1 Peso bruto úmido (g) 71,5 Peso bruto seco (g) 57,29 Tara da cápsula (g) 54 Peso da água (g) 14,21 Peso do solo seco (g) 57,29 Umidade (%) 24,8 Fonte: Autores, 2019 5. CONCLUSÃO Diante dos estudos realizados para suceder os ensaios laboratoriais, verificamos o quanto é imprescindível, ao meio construtivo, o estudo do solo e suas análises. Em uma mesma região, pode haver diferentes comportamentos conforme as características físicas do solo como teor de umidade, porosidade e outros que venham a se alterarem sua capacidade de absorver e resistir a cargas. Além da questão estrutural ligado a resistência, é importante levantar-se estudos que classifiquem o solo de acordo com seu coeficiente de uniformidade, curvatura e plasticidade que pode investigar se o mesmo é ou não indicado para os diversos serviços da engenharia. Comprovou-se também que todos os ensaios laboratoriais estão sujeitos a erros. Logo é preciso seguir as orientações expostas pelas normas que regem os estudos citados e dominar os equipamentos em questão para que erros não venham a provocar divergência entre o teórico e prático. 6. REFERÊNCIAS SUPORTE: SONDAGENS E INVESTIGAÇÕES. Consistência do Solo. Disponível em: <http://www.suportesolos.com.br/blog/consistencia-do-solo-conheca-os- ensaiosde-limite-de-liquidez-ll-e-de-plasticidade-lp/33/. Acesso em 29 de setembro de 2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7180: Solo - determinação de limite de plasticidade - Métodos de ensaio. 1984. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6459: Determinação do Limite de Liquidez - Métodos de ensaio. 1984. 1. Introdução 2. OBJETIVOS 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 LIMITE DE LIQUIDEZ 3.2 LIMITE DE PLASTICIDADE 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 LIMITES DE LIQUIDEZ E PLASTICIDADE 5. CONCLUSÃO 6. REFERÊNCIAS
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