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ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Enf.ª Me. Mirza Almeida 1 Aula 1 - 2018.2 Quem sou eu.. v Enfermeira há 13 anos v Mestre pela UNIRIO Linha de Pesquisa – Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher, Adolescente e Criança v Trabalhei 8 anos em ESF v Atualmente lecionando na Estácio de Sá – Campus Resende v Lullaby Consultoria em Amamentação 2 OBJETIVOS DESTA AULA ü Firmar o contrato de convivência ü Apresentação do calendário previsto para a disciplina; ü Apresentação do plano de disciplina (regras da professora, sistema de avaliação, frequência, disciplina em sala de aula, uniforme no laboratório, apresentação do PPP do curso, formas de estudo em casa, bibliografia indicada, conteúdo da disciplina); ü Contextualização da disciplina; ü Apresentação dos objetivos da disciplina; ü Início da discussão sobre a disciplina. 3 APRESENTAÇÃO DO PLANO DA DISCIPLINA ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 4 CONTRATO DE CONVIVÊNCIA 5 FREQUÊNCIA OBRIGAÇÃO DE TODO ALUNO: 75% de frequência nas aulas. OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DE ATESTADOS PARA ABONO: Apenas doenças infecciosas ou gravidez (devem estar dentro dos 25% permitidos para faltas). Abonado mediante apresentação. REPROVAÇÃO: Mais de 25% de faltas. 6 • TRABALHO NÃO JUSTIFICA • ATESTADOS MÉDICOS DIVERSOS (EXCETO NOS CASOS DESCRITOS ACIMA) NÃO JUSTIFICAM FALTANDO MAIS DE 25%, REPROVAÇÃO! 7 CONTRATO DE CONVIVÊNCIA • Respeitar o horário de chegada e saída Início: 19h Término: 22:30h Intervalo de 20 minutos 8 COMPORTAMENTO EM SALA • Atrasos atrapalham a turma e a professora. • Saídas inconvenientes atrapalham a turma e a professora. • Conversas atrapalham a turma e a professora. • Assuntos referentes à turma deverão ser tratados no intervalo. Havendo colaboração, a professora conseguirá liberar a turma mais cedo sempre que possível. 9 Contrato de Convivência • Caso precise sair, faça com descrição • Se precisar atender, saia da sala em silêncio • Uso de celular em sala de aula somente no modo SILENCIOSO! 10 Contrato de Convivência • Evitar conversas paralelas • Não falar sem motivo justo para não perder a explicação e não atrapalhar a concentração do colega 11 FALTARAM AULA? Vocês precisam correr atrás da matéria. SAIRAM MAIS CEDO? Vocês precisam correr atrás da matéria. • A docente não poderá atrasar o conteúdo para explicá-lo novamente. • Todos devem sanar as dúvidas em sala de aula. Outros meios não serão aceitos (e-mail, whatsapp, telefone, e etc). • Estudem em casa e tragam as dúvidas na aula seguinte. Quanto mais dúvidas, melhor pro seu aprendizado! • Haverá um momento para sanar dúvidas em todas as aulas. Não se preocupem! COMPORTAMENTO EM SALA 12 Material Didático • Consulte o cronograma • Consulte as referências bibliográficas • Referencias extras usadas em aula serão indicadas ou disponibilizadas (quando possível) • Apresentação da aula disponível em formato PDF 13 MATERIAL DIDÁTICO VIRTUAL Foi feito para ser lido e estudado. Façam os exercícios do material didático. Aproveitem o que a Estácio oferece! 14 ESTUDO INDIVIDUAL EM CASA • Material didático da Estácio • Livros da biblioteca • Artigos científicos da BVS • Vídeos da internet • Slides da professora Vocês também são responsáveis pelo próprio aprendizado. Só a explicação da professora não é suficiente. 15 PREPAREM-SE!!! QUANTIDADE SIGNIFICATIVA!!! MATERIAL DIDÁTICO AULAS EM APRESENTACAO DE POWER POINT 16 RESUMÃO DE LIVROS, MANUAIS MS E ARTIGOS CIENTIFICOS MATERIAL DIDÁTICO Formas de disponibilização do material: E-mail da turma ü Grupo Facebook ü Lista de e-mail X Não disponibilizo por WhatsApp X Não disponibilizo individualmente Disponibilização semanal 17 MATERIAL DIDÁTICO 18 AS VÉSPERAS DE PROVA: Professora entra período de meditação e paz interior REDES SOCIAIS • Redes sociais.. Adiciono, mas não mas não resolvo NENHUMassunto referente a disciplina. • Não participo de grupo de WhatsApp. 19 Arredondamento de nota 20 POLÊMICA!!!! Cheiro de treta no ar... 21 PONTOS EXTRAS A professora não dará NENHUM ponto extra para evitar que os alunos não vão para a AV III. A professora já dá pontos de trabalhos e material didático “mastigadinho”. Apenas 0,1 pontos já são suficientes para levar um aluno para a AV III. A professora poderá dar, após analisar o comportamento dos alunos em sala de aula, até 0,5 pontos na média para evitar reprovação após a AV III. HAVENDO NECESSIDADE DE 0,6 PONTOS OU MAIS APÓS A AV III = REPROVAÇÃO! 22 “Professora, arredonda minha nota?” Mas tem que ser merecedor.. - Ter assiduidade - Ser participativo - Interessado - Envolvido 23 Máximo de ponto: 0,5 AVALIAÇÕES AVALIACOES PONTUAÇÃO AV I TEÓRICA 8,0 PONTOS + 2,0 PONTOS DE TRABALHO = 10,0 AV II TEÓRICA 10,0 PONTOS AV III 10,0 PONTOS 24 AVALIAÇÕES TRABALHOS PODEM SER: SEMINÁRIOS, APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS, RESENHAS, E ETC. 25 A critério do professor 26 Prazo Conteúdo Apresentação Interesse do aluno • Busque conhecimento além da sala de aula.. Bom pra vocês e mim! • Façam perguntas.. Não existe pergunta tola! 27 CONVIVENCIA HARMONICA • A liberdade de perguntar, defender pontos de vista, respeitando opiniões divergentes consistentes. • Espaço para Desenvolver: ü Companheirismo ü Cordialidade ü Cooperação ü Respeito 28 Calendário Saúde da Mulher Aula Data Assunto Aula 1 Aula 2 Aula 3 Aula 4 Aula 5 Aula 6 Aula 7 Aula 8 Aula 9 AV1 Aula Data Assunto Aula 10 Aula 11 Aula 12 Aula 13 Aula 14 Aula 15 AV2 Aula 16 AV3 *DATAS E ATIVIDADES SUJEITAS A ALTERAÇÕES Atividades Ens. Clínico Prático - Baseadas no conteúdo teórico - Realizadas nas dependências da UNESA e em instituições de Saúde do município de Resende e região. - Aproximadamente 5 atividades externas 30 Conteúdo Programático § Conceito Ampliado de Saúde e Doença. § Conceito Positivo de Saúde. § Integralidade. § Eqüidade. § Universalidade. § Formas de organização da sociedade. § Modos de viver. § Saúde da população e organização da sociedade. 31 § Conceito de risco. § Processo Saúde /doença no contexto político, econômico, educativo e sócio-ambiental da sociedade brasileira. § A Rede Básica de Saúde. § Abordagem educativa em grupos e sala de espera. § Consulta de enfermagem em vários programas do Ministério da Saúde. § Imunização e Rede de Frios. § Doenças de notificação compulsória. § Importância da informação para o planejamento das ações em saúde para a transformação do atual cenário de assistência da população brasileira. 32 Objetivo Geral da Disciplina § Despertar no graduando uma visão reflexiva sobre saúde e doença para atuar de modo a reconhecer os determinantes do processo saúde-doença da sociedade brasileira. § Refletir sobre a política atual de intervenção na assistência em saúde coletiva. § Conhecer os Programas de Saúde para atenção básica proposta pelo Ministério de Saúde, promovendo a visão de formação generalista e interdisciplinar exigida pela saúde coletiva. 33 Estamos de acordo? 34 35 a 2018.2 Conceito de Saúde O que é saúde? 36 Conceito de Saúde “É um completo estado de bem estar físico mental e social, e não meramente a ausência de doença”. (OMS) 37 “É um direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos eao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (Art. 196 da Constituição Brasileira, 1988) 38 “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer, o acesso a bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país.” (Brasil, 1990, Art. 3).. Lei regulamenta o Sistema Único de Saúde (Lei n. 8142, de dezembro de 1990) 39 O que significa ter saúde? O que contribui para que as pessoas tenham saúde? 40 O que significa estar doente? O que favorece o adoecimento das pessoas? 41 O processo saúde-doença se configura como um processo dinâmico, complexo e multidimensional por englobar dimensões biológicas, psicológicas, socioculturais, econômicas, ambientais, políticas, enfim, pode- se identificar uma COMPLEXA INTER-RELAÇÃO quando se trata de saúde e doença de uma pessoa, de um grupo social ou de sociedades. Processo Saúde-Doença 42 Processo Saúde-Doença O processo saúde- doença é multifatorial? 43 Doença Diarréica Desnutrição Inter-relação Biológicas, socioculturais, econômicas, ambientais.. Processo Saúde-Doença: 44 45 Conceito de Coletivo Coletivo: “Que abrange ou compreende muitas coisas ou pessoas” (Aurélio). 46 Saúde Coletiva Atenção a Saúde Coletiva: “É um conjunto de ações de caráter individual e coletivo, situadas em todos os níveis de atenção do sistema de saúde voltadas para promoção da saúde, prevenção de agravos tratamento e reabilitação, centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente, levando em consideração o contexto histórico /estrutural da sociedade”. 47 Saúde Coletiva “Compreende um conjunto complexo de saberes e práticas relacionados ao campo da saúde, envolvendo desde organizações que prestam assistência à saúde da população até instituições de ensino e pesquisa e organizações da sociedade civil. Compreende práticas técnicas, científicas, culturais, ideológicas, políticas econômicas” (Carvalho, 2002) 48 Saúde Coletiva • Saúde-doença • Ações em saúde • Ações sociais • Equipe • Compromisso • Identificação • Promoção • Prevenção • Intervenção • Infra-estrutura • Esferas de governo • Setores de saúde • Família • Comunidade 49 Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) 50 http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/ 51 52 Graduação em Coletiva Gestão em Saúde Administrador especializado em saúde pública 53 Campo de Atuação • Auditoria: Avaliar e emitir pareceres a respeito das práticas realizadas nos serviços e unidades de saúde de uma cidade ou região. • Promoção da saúde: Planejar e executar ações que visem à melhoria das condições de saúde da população em geral ou de um determinado grupo. • Supervisão: Coordenar e gerir unidades e centros de saúde. 54 Enfermagem em Saúde Coletiva É o ramo da enfermagem que está direcionado a saberes e práticas aplicados em prol da coletividade. 55 Enfermagem em Saúde Coletiva Exemplo prático Aumento da população de forma desordenada em um município do Norte do Brasil em busca de pedras preciosas em um garimpo clandestino. 56 57 58 O que vamos estudar • Conceitos pertinentes • Promoção da saúde e prevenção de doenças • Diferentes grupos sociais • Formas de organização da sociedade • Historia da Saúde • SUS • Saúde e educação na rede básica • Programas de saúde • Vigilância epidemiológica 59 Saúde Publica e Saúde Coletiva 60 Saúde Publica e Saúde Coletiva Não existe um consenso sobre a distinção exata entre saúde pública e coletiva. 61 Saúde Publica e Saúde Coletiva A Saúde Pública toma como objeto de trabalho os problemas de saúde, definidos em termos de mortes, doenças, agravos e riscos em suas ocorrências no nível da coletividade. Nesse sentido, o conceito de saúde é mais voltado a ausência de doenças. 62 Saúde Coletiva A Saúde Coletiva, por sua vez, toma como objeto as necessidades de saúde, ou seja, todas as condições requeridas não apenas para evitar a doença e prolongar a vida, mas também para melhorar a qualidade de vida e, no limite, permitir o exercício da liberdade humana na busca da felicidade. 63 Saúde Publica e Saúde Coletiva - Na saúde Pública o caráter é eminentemente sanitário; - Já na Saúde Coletiva tem-se integração das ciências sociais com as políticas de saúde pública; 64 65 Epidemiologia 66 Etimologia da palavra Epí – (em cima de, sobre) Demos – significando povo. Logos – também vem do grego que corresponde a estudo, doutrina, tratado. Ciência do que ocorre sobre o povo Estudo do que afeta a população 67 Epidemiologia A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública/coletiva voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos individuais. 68 Conceito Epidemiologia Segundo Rouquayrol (1999) epidemiologia é a ciência que estuda o processo saúde/doença em coletividades humanas, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças. Enquanto a abordagem clínica se dedica ao estudo da doença no indivíduo, a epidemiologia estuda os problemas de saúde em coletividades humanas. 69 Epidemiologia Como ciência, a epidemiologia fundamenta-se no RACIOCÍNIO CAUSAL; já como disciplina da saúde pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comunidade. 70 Epidemiologia • Verificar de doenças em populações humanas • Fatores determinantes (causa) • Identificação de grupos de risco • Indicação das medidas de saúde coletiva • Entender para prevenir! identificação nortear ações causa 71 Peste Negra (Peste Bubônica) 72 Peste Negra (Peste Bubônica) 50 milhões de mortos (Europa e Ásia) - 1333 a 1351 Contaminação: Causada pela bactéria Yersinia pestis, comum em roedores como o rato. É transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados 73 Peste Negra (Peste Bubônica) Qual deveria ser a medida de prevenção principal? 74 O que foi feito: Santa Inquisição, que atuou barbaramente torturando e executando, principalmente na fogueira, mais de um milhão de pessoas, sobretudo mulheres, homossexuais, hereges, judeus e muçulmanos. Igualmente médicos, cientistas e intelectuais, e… também os GATOS. 75 De nada adiantam os números, se você não sabe como usá-los à seu favor! 76 Formação Histórica da Epidemiologia (OMS) 77 Antiguidade: a contribuição de Hipócrates (c. 460 a 377 a.C.) 78 O Renascimento Movimento de resgate dos elementos filosóficos, estéticos e ideológicos mais avançados da cultura greco-latina. O pensamento renascentista propiciou as bases para a compreensão racional da realidade que resultou na constituição das ciências modernas. A partir dessa nova visão de mundo, “explodiu”, entre os séculos XVI e XVIII a necessidade da produção de conhecimento em todos os saberes. 79 Formação histórica fundamentada em 3 eixos (tríade): Ø Clínica: saberes sobre saúde/doença – século XVII Fisiologia, Patologia, Bacteriologia, etc. Ø Estatística: diretrizes metodológicas quantitativas – século XVII; Ø Medicina social: práticas de transformaçãoda sociedade – século XVIII. 80 Rudolf Virchow (1821-1902), médico alemão, é um importante personagem da medicina social. Extremamente versátil, desenvolveu intensa e criativa atividade em várias áreas: patologia, antropologia, política (ativista da saúde pública). Entretanto, com o avanço da fisiologia, da patologia e da bacteriologia no século XIX, devido principalmente a Bernard, Virchow e Pasteur, houve um fortalecimento da medicina científica. As enfermidades de maior prevalência eram as de natureza infecto-contagiosa, o que favoreceu a abordagem individual e curativa, superando o enfoque coletivo e os determinantes socias da saúde. 81 A Revolução industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII e expandida para o mundo a partir do século XIX, produziu um grande impacto nas condições de vida e saúde das populações. Com a organização e aumento da participação política das classes trabalhadoras, evidenciados principalmente na França, Alemanha e Inglaterra, temas relativos à saúde foram incorporados na pauta das reivindicações dos movimentos sociais. Era o início do movimento pela medicina social: a medicina deveria ser um instrumento de transformação social. Postulava-se que a participação política é a principal estratégia de transformação da realidade de saúde e que as revoluções populares deveriam resultar nos principais determinantes da saúde social: democracia, justiça, igualdade, liberdade e fraternidade. 82 As práticas de transformação da sociedade, inicialmente propostas pela Medicina Social no século XVIII, estão relacionadas à necessidade de aprofundamento e sistematização das reflexões sobre as questões de saúde. Se pararmos para analisar as aproximações e distanciamentos entre os âmbitos da ciência e da política chegaremos a conclusão de que os pesquisadores em Saúde Coletiva podem ser considerados, também, agentes políticos. Os estudos nessa área se relacionam tanto direta quanto indiretamente com campos de atuação e formulação de políticas e requerem dos agentes da área da saúde elevado comprometimento ético, reflexão, produção, ação política e transformação da sociedade. Essas práticas nortearão a forma de se avaliar o processo saúde-doença na sociedade. 83 Alguns marcos históricos no desenvolvimento da Epidemiologia Epidemia de cólera em Londres (1854): destaque aos estudos do médico inglês John Snow (1813-1858), considerado o Pai da “epidemiologia de campo” devido às coletas planejadas de dados. Vibrio cholerae 84 1854 - Bairro de Soho, Londres Água da fonte de Broad Street 85 Epidemiologia - Evolução histórica Florence Nightingale, 1954 • Estudos epidemiológicos em hospital na guerra da Criméia • Implantação de medidas preventivas • Redução dramática de mortes de soldados 86 l Guerra da Criméia, 1854-1856 l Hospital das Forças Armadas Britânicas, base de Scutari, Turquia l Taxas de mortalidade hospitalar: 42% l Taxa de mortalidade geral: 2%. Infecções matavam mais do que balas, sabres e bombas! Observações de Florence 87 • Registro meticuloso de tudo que foi observado ou realizado • Ações pautadas nas observações • Obtenção de resultados positivos Florence “mitou”! 88 Século XX - Anos 50 • Desenvolvimento/aperfeiçoamento dos desenhos epidemiológicos; • Substituição da Teoria Monocausal por uma tendência ecológica (multicausalidade); • Definição clara dos indicadores de saúde: prevalência e incidência; • Formalização do conceito probabilístico de risco; • Introdução da Bioestatística. 89 Século XX -1960/1970 Entre os anos 1960 e 1970, houve uma verdadeira revolução na Epidemiologia com a introdução da computação eletrônica. Pode-se dizer que houve uma forte “matematização” da área. Na década de 60 várias questões sociais, como os direitos humanos, mobilizaram o mundo inteiro e o impacto dessa mobilização repercutiu, é claro, na saúde e na educação. John Cassel (1915-1978) contribuiu significativamente na sistematização do conhecimento epidemiológico com a teoria compreensiva da doença, fruto da integração dos Fundamentos Socioantropológicos na Saúde. 90 Século XX -1970/1980 Três tendências principais: Aprofundamento das bases matemáticas, • Proposta de uma epidemiologia clinica (tendência à “biologização”), • Reafirmação do processo saúde-enfermidade-cuidado, considerando os aspectos econômicos e políticos de seus determinantes, em oposição à “biologização”. • Na europa e na américa latina surgiram abordagens mais críticas da epidemiologia em resposta a essa tendência de “biologização” da saúde pública, reafirmando a influência dos determinantes sociais da saúde (dss) no processo saúde-doença. 91 Décadas1970/1980 Novos desafios surgiram: doenças antigas reapareceram e novas enfermidades despontaram, as chamadas doenças emergentes destacando, nesse contexto, a pandemia da SIDA ou AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). 92 Décadas1970/1980 Talvez o filme mais famoso sobre a AIDS, que retrata muito bem sua gravidade e seu caráter estigmatizante, talvez seja Philadelphia (1993), com o ator Tom Hanks. O filme conta a história de Andrew Beckett, um advogado homossexual que trabalha para uma prestigiosa firma em Filadélfia. Quando fica impossível para ele esconder dos colegas de trabalho o fato de que tem AIDS, é demitido. Beckett contrata então Joe Miller, um advogado homofóbico, para levar seu caso até o tribunal. 93 De lá pra cá.. Ebola H1N1 Cólera Dengue Chikungunya Malária Tuberculose Sífilis Zika Febre Amarela 94 Mas a epidemiologia se resume a estudar esses eventos? Epidemias? Doenças infecciosas? Doenças Parasitárias? 95 Doenças Crônicas Não Transmissíveis Diabetes HA Obesidade Transtornos mentais Câncer 96