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LIAME ESTUDOS EM PSICOLOGIA 
Desde 2017 preparando estudantes e profissionais de Psicologia para o processo seletivo de Residências da SES-PE 
 
 
 
Coordenação Executiva 
Rebeca Portela 
Gisléa Ferreira 
 
Docentes | Módulo SUS 
Débora Oliveira 
Rafaela Domingos 
 
Docentes | Módulo Hospitalar 
Isabelle Brito 
Larissa Jovana 
Rafaela Domingos 
Raiza Romero 
 
Docentes | Módulo Atenção Básica 
Bruna Patrícia 
Giselle Nadine 
Isabelle Brito 
Rafaela Domingos 
 
 
Produção do material 
Bruna Patrícia 
Débora Oliveira 
Giselle Nadine 
Gisléa Ferreira 
Isabelle Brito 
Ísis Maurício 
Larissa Jovana 
Luanna Cruz 
Rafaela Domingos 
Rebeca Portela 
 
Revisão textual e diagramação 
Gisléa Ferreira 
 
Design da Capa 
Rebeca Portela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
 @liamepsi liameestudos.com 
O Liame 
Apresentação
 
busca preparar 
estudantes e 
profissionais de Psicologia para as provas de 
Residência na área psi e promover 
aproximações por meio de trocas de 
experiências e debates sobre a atuação da 
Psicologia nas políticas públicas de saúde. 
 
Idealizado em 2017 por Rebeca Portela como 
um grupo de estudos, em 2018 o grupo ganha a 
identidade LIAME e passa a ampliar a proposta 
para um curso preparatório para residências, 
abordando não só o conteúdo específico de 
Psicologia, como também os conhecimentos 
gerais dos respectivos perfis de atuação. 
 
Com docentes com trajetória de formação na 
modalidade de residência, pós-graduação e 
experiência profissional em suas áreas de 
atuação, o Liame tem como propósito mais que 
uma preparação para a prova da residência, 
como também produzir reflexões e trocas que 
possam contribuir para uma atuação psi 
contextualizada e alinhada aos princípios da 
defesa do direito à saúde, de maneira acessível, 
dialogada e sensível às necessidades da/o/e(s) 
participantes. 
 
 O material de apoio é elaborado pelas 
docentes, apresentando resumo teórico, 
sugestões de leituras complementares, 
indicações de vídeos e filmes e resolução de 
questões com lista de gabarito. 
 
Desde 2020, o Liame adota a modalidade 
virtual como meio de transmissão das aulas, 
que acontecem duas vezes por semana, 
síncrona, com duração de 3 a 4h. A 
metodologia agrega conteúdo 
 
expositivo, dialogado e resolução de questões, 
sem deixar de trazer reflexões críticas sobre os 
conteúdos e sobre a prática em Psicologia nos 
diferentes cenários. 
 
Entendendo a residência como espaço de 
formação potente e desafiador realizado no 
SUS e para o SUS, é com bastante orgulho que 
nas seis edições do curso até aqui somemos 66 
aprovações, incluindo posições de primeiro 
lugar tanto no perfil Atenção Básica quanto no 
perfil Hospitalar. 
 
Nesta sétima edição do preparatório, o Liame 
apresenta como novidade o site 
www.liameestudos.com, agregando 
informações sobre o curso e espaço do 
estudante. 
 
O SUS é inegavelmente a maior política social 
do país e a presença de residentes em saúde se 
faz importante para a continuidade, 
fortalecimento do ideário da reforma sanitária 
e aperfeiçoamento das estruturas já existentes 
no sistema. 
 
LIAME significa criar laços, construir vínculos 
e é a partir dessa aposta que viemos 
construindo pontes de diálogo entre Psicologia 
e políticas públicas de saúde, na direção do 
fortalecimento da atuação contextualizada e 
comprometida com o fortalecimento do SUS. 
Desejamos uma jornada de aprendizados e 
trocas potentes durante este módulo. 
Equipe Liam
http://www.liameestudos.com/
3 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
 @liamepsi liameestudos.com 
Sobre as autoras |Docentes do Módulo SUS 
 
Isabelle Brito é Enfermeira sanitarista 
(COREN-PE: 504.999), formada pela 
Universidade de Pernambuco em 2016. 
Concluiu em 2018 o curso de especialização em 
Gestão de Redes de Atenção à Saúde pela 
Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) - 
Fiocruz/RJ. Fez Residência em Saúde Coletiva 
pelo Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz/PE, 
concluindo em 2019. Em 2020, concluiu o 
curso de Especialização em Didático-
Pedagógica para Educação em Enfermagem. 
Finalizou em 2022 o Mestrado em Saúde 
Pública, também pela Fiocruz/PE. De 2020 até 
o momento, atua como enfermeira da 
Estratégia Saúde da Família no município do 
Orobó/PE. Atualmente é Docente de cursos 
técnicos em enfermagem e graduação em 
enfermagem e farmácia. É pesquisadora do 
Grupo de Estudos e Pesquisas em Doenças 
Infecciosas e Negligenciadas/GEPDIN da 
Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das 
Graças/FENSG-UPE e integrante do Grupo de 
Pesquisa Epidemiologia e Controle de 
Endemias da Fiocruz-PE. Possui experiência e 
interesse em pesquisa nas áreas de Saúde 
Pública, Epidemiologia com ênfase em Análise 
Espacial em Saúde e Doenças Negligenciadas. 
Atua na área de Saúde Coletiva, com ênfase em 
Atenção Primária à Saúde e Feridas. Procedente 
do interior de Pernambuco, defende o SUS e 
sonha com a justiça social. 
 
Rafela Domingos é enfermeira (COREN-PB 
000.554.578) formada pela UFPB em 2017. 
Especialização em Direitos Humanos e 
Políticas Públicas. Especializanda em Gestão e 
Economia da Saúde- UFPE. Mestre e 
doutoranda em Saúde Pública pelo Instituto de 
Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ-PE, em 
2021. Em 2022, atuou como pesquisadora no 
Núcleo de Investigação Científica da Escola de 
Saúde Pública da Paraíba (ESP/PB). 
Colaboradora na (ESP/PB), 
docente/pesquisadora do Instituto de Pesquisa 
e Educação Permanente em Saúde (IPEPS/PB). 
Interesse pelas áreas de Saúde Pública, Saúde 
Coletiva e Políticas Públicas. Paraibana e 
Pessoense, que vive com o coração dividido 
entre Pernambuco e Paraíba. Disputa 
acirradíssima! Uma mulher apaixonada pela 
sala de aula e com sede de conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
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Cronograma | Módulo SUS 
AULA DATA CONTEÚDO PROFª 
01 
05/06 
(segunda) 
Epidemiologia: aspectos históricos e história natural Isabelle Brito 
02 
07/06 
(quarta) 
Políticas e sistemas de saúde no Brasil: retrospectiva 
histórica; Políticas de Saúde: Modelos de atenção à saúde. 
Reforma sanitária antecedentes históricos, princípios e 
desdobramentos até a situação atual. 
Rafaela 
Domingos 
03 
12/06 
(segunda) 
Epidemiologia: indicadores epidemiológicos Isabelle Brito 
04 
14/06 
(quarta) 
Conhecimentos sobre o SUS: Legislação da Saúde: 
Constituição Federal de 1988 (Título VIII - capítulo II - 
Seção II); Lei 8.080/90 
Rafaela 
Domingos 
05 
19/06 
(quarta) 
Epidemiologia: estudos epidemiológicos Isabelle Brito 
06 
21/06 
(quarta) 
Lei 8.142/90/ Controle social: conselhos e conferências 
municipais de saúde 
Rafaela 
Domingos 
07 
26/06 
(segunda) 
Epidemiologia: estudos epidemiológicos Isabelle Brito 
08 
28/06 
(quarta) 
Decreto Nº 7508/2011 – Regulamenta o SUS. 
Redes de Atenção à Saúde. 
Rafaela 
Domingos 
09 
03/07 
(segunda) 
Vigilância à Saúde: noções básicas e operacionalização das 
vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental. 
Isabelle Brito 
10 
05/07 
(quarta) 
Política Nacionalde Atenção Básica – Portaria nº 
2488/2011; Portaria nº 2436/2017. / Política Nacional de 
Educação Permanente em Saúde. 
Rafaela 
Domingos 
11 
10/07 
(segunda) 
Aula de Revisão 
Rafaela e 
Isabelle 
12 
12/07 
(quarta) 
Simulado 1 - Módulo Geral 
Rafaela e 
Isabelle 
 
 
 
 
 
5 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
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Sumário 
 
Aula 01........................................................................................................................................ 9 
INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA ..................................................................................... 10 
Breves aspectos históricos da epidemiologia............................................................................... 10 
Bases da epidemiologia ................................................................................................................... 11 
História da epidemiologia no Brasil............................................................................................. 12 
Qual o conceito de epidemiologia? ............................................................................................... 13 
Princípios básicos da epidemiologia ............................................................................................ 14 
Objetivos da epidemiologia ........................................................................................................... 14 
Exercícios .......................................................................................................................................... 16 
MODELOS EXPLICATIVOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA .......................................... 19 
História natural da doença e determinação social .................................................................. 20 
Níveis de prevenção ........................................................................................................................ 23 
Determinação social do processo saúde-doença ......................................................................... 24 
Modelo dos determinantes sociais da saúde ................................................................................ 26 
Exercícios .......................................................................................................................................... 28 
Aula 02...................................................................................................................................... 37 
POLÍTICAS E MODELOS DE SAÚDE NO BRASIL: Retrospectiva Histórica ...................... 39 
REFORMA SANITÁRIA .......................................................................................................... 46 
Modelos de atenção à saúde no Brasil ..................................................................................... 48 
Modelo médico-assistencial privatista.......................................................................................... 49 
Modelo Assistencial Sanitarista ..................................................................................................... 49 
Propostas alternativas aos modelos de atenção em saúde......................................................... 50 
EXERCÍCIOS ................................................................................................................................... 53 
Aula 03...................................................................................................................................... 63 
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS ................................................................................... 64 
Medidas em saúde ........................................................................................................................... 65 
6 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
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Indicadores: tipos e aplicação ........................................................................................................ 65 
Indicadores de morbidade ............................................................................................................. 66 
Indicadores de mortalidade ........................................................................................................... 68 
Exercícios .......................................................................................................................................... 75 
Aula 04...................................................................................................................................... 87 
LEGISLAÇÃO DA SAÚDE: CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...................................................... 88 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: ARTIGOS 196 AO 200 ................................................ 88 
Lei Nº 8.080/90.......................................................................................................................... 90 
Aulas 05 e 07 ........................................................................................................................... 104 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS .......................................................................................... 105 
Conceitos importantes nos estudos epidemiológicos .............................................................. 107 
Desenhos de estudos epidemiológicos ....................................................................................... 107 
Tipos de estudos epidemiológicos .............................................................................................. 108 
Estudo transversal/corte transversal/seccional ......................................................................... 108 
Estudo caso-controle ou retrospectivo ....................................................................................... 110 
Estudo de coorte ou de incidência .............................................................................................. 111 
Estudo ecológico ............................................................................................................................ 113 
Ensaios clínicos .............................................................................................................................. 114 
Exercícios ........................................................................................................................................ 116 
Aula 06.................................................................................................................................... 126 
LEGISLAÇÃO DA SAÚDE: LEI Nº 8.142/1990. ..................................................................... 127 
EXERCÍCIOS ................................................................................................................................. 130 
Aula 08.................................................................................................................................... 135 
Decreto Nº 7508/2011 ............................................................................................................. 135 
Redes de Atenção à Saúde ...................................................................................................... 135 
2. Organização do SUS .................................................................................................................. 136 
3. Planejamento da saúde .............................................................................................................137 
4. Assistência à saúde .................................................................................................................... 138 
5. Articulação interfederativa ...................................................................................................... 139 
Exercícios ........................................................................................................................................ 141 
7 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
 @liamepsi liameestudos.com 
Aula 09.................................................................................................................................... 152 
VIGILÂNCIA À SAÚDE: NOÇÕES BÁSICAS E OPERACIONALIZAÇÃO DAS 
VIGILÂNCIAS EPIDEMIOLÓGICA, SANITÁRIA E AMBIENTAL..................................... 152 
Vigilância à saúde: noções básicas ......................................................................................... 153 
Vigilância epidemiológica ........................................................................................................... 153 
Funções da vigilância epidemiológica ....................................................................................... 154 
Coleta de dados e informação ..................................................................................................... 155 
Fonte de dados ............................................................................................................................... 155 
Avaliação dos sistemas de vigilância epidemiológica .............................................................. 159 
Vigilância sanitária ....................................................................................................................... 161 
Histórico ......................................................................................................................................... 161 
Conceito .......................................................................................................................................... 162 
Áreas de atuação da visa ............................................................................................................... 162 
Atribuições próprias da anvisa .................................................................................................... 162 
Processo de trabalho ..................................................................................................................... 162 
Vigilância em saúde ambiental ................................................................................................... 164 
Arcabouço legal ............................................................................................................................. 164 
Conceito ........................................................................................................................................... 165 
Objetivos ......................................................................................................................................... 165 
Estrutura da vigilância ambiental .............................................................................................. 165 
Vigilância e controle dos fatores de riscos biológicos ............................................................. 166 
Vigilância e controle dos fatores de riscos não-biológicos ...................................................... 167 
Exercícios ........................................................................................................................................ 169 
Aula 10.................................................................................................................................... 180 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – PORTARIA Nº 2488/2011; PORTARIA Nº 
2436/2017. ............................................................................................................................... 180 
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE. ............................. 180 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) ................................................... 181 
Portaria 2.488 de 21 de outubro de 2011(antiga PNAB) .......................................................... 181 
Portaria 2.436 de 21 de setembro de 2017 .................................................................................. 193 
Características da AB .................................................................................................................... 193 
8 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
 @liamepsi liameestudos.com 
Diretrizes: ....................................................................................................................................... 194 
Das responsabilidades Art. 7º ...................................................................................................... 194 
Infraestrutura, ambiência e funcionamento da atenção básica ............................................. 201 
3.3 – Funcionamento .................................................................................................................... 201 
3.4- Tipos de Equipes: .................................................................................................................... 202 
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde: Atribuições e processo de trabalho .......... 204 
Atribuições dos agentes comunitários de saúde ....................................................................... 205 
EXERCÍCIOS ................................................................................................................................. 206 
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE (PNEPS) .............. 217 
Portaria no 198/GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004 ................................................................ 219 
Portaria nº 1.996, de 20 de agosto de 2007 ................................................................................. 223 
Exercícios ........................................................................................................................................ 231 
9 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
 @liamepsi liameestudos.com 
 
 
 
Aula 
01 
Epidemiologia: 
aspectos históricos e 
história natural 
Profª Isabelle Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
_________________________________________________________________________ 
LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
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INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA 
 
BREVES ASPECTOS HISTÓRICOS DA EPIDEMIOLOGIA 
 
“A Epidemiologia estrutura-se historicamente sobre uma contradição 
recorrente, em distintos lugares, épocas e conjunturas, entre abordagens 
individualistas e enfoques coletivos da saúde. Uma tensão essencial entre 
medicina individual e saúde coletiva (ALMEIDA FILHO; BARRETO, 
2011, p.5).” 
 
Como tudo começou? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mitologia Grega 
(modelo mágico-religioso) 
HIPÓCRATES 
Quem foi esse? 
Ocupação: Médico grego; 
Criou o termo epidemia;Defende a teoria humoral*; 
Pioneiro em relacionar os males 
que acometiam os humanos e o meio ambiente; 
Autor da obra: “Ares, Águas e Lugares”; 
 
 
 
Teoria Humoral* 
11 
 
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
 @liamepsi liameestudos.com 
Bases da Epidemiologia 
 
A epidemiologia consolidou-se a partir de fatores conceituais, metodológicos e 
ideológicos em três eixos: Clínica, Estatística e Medicina Social. 
 
1. Clínica 
 
XVIII e XIX - primeira ciência humana 
aplicada através do diagnóstico, 
prognóstico e terapêutica individual, os 
quais poderiam ser extrapolados ao 
coletivo por meio da medicina das 
epidemias; 
Fundou-se em observar criteriosamente 
os sinais e sintomas dos pacientes 
internados; 
 
 
 
 
2. Estatística 
 
XVIII e XIX - medida do “estado 
moderno” para quantificar cidadãos, 
riquezas e exércitos; 
Tornou-se possível medir a magnitude 
das doenças e de seus efeitos; 
 
3. Medicina Social 
 
Saúde vista sob perspectiva 
eminentemente política; 
Âmbito coletivo em foco; 
Diversas intervenções do Estado sobre a 
saúde das populações; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOHN SNOW 
 
Quem foi esse? 
Ocupação: Médico sanitarista; 
Considerado pai da epidemiologia moderna; 
Epidemia de cólera em Londres: 
evidenciou a hipótese causal entre a doença e o 
consumo de água contaminada; 
Conhecimento sobre distribuição das doenças; 
“Os modos de Transmissão da cólera.” 
 
Mapa de distribuição das mortes por 
Cólera (pontos vermelhos 
representam as mortes por Cólera e os 
destaques em azul representam os 
pontos de abastecimento de água). 
12 
 
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
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HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA NO BRASIL 
 
Período da República (1889-1930) 
Fim da escravidão e vinda dos imigrantes europeus, trazendo epidemias*; 
* Febre amarela, varíola, febre tifoide, tuberculose entre outras. 
 
Governo de Rodrigues Alves (1902-1906) 
 Oswaldo Cruz principiou um trabalho de saneamento do Rio de Janeiro e de 
combate as principais epidemias: febre amarela, peste bubônica e varíola; 
 Campanha contra a febre amarela realizada com injunção de medidas rigorosas. 
 
Revolta da vacina (1904) 
 
 
 
 
 
 
 
Departamento Nacional de Saúde Pública 
Fundado por Carlos Chagas em 1920, 
apresentava uma visão de educação 
sanitária e possuía órgãos exclusivos para 
combater tuberculose e lepra; 
Após 1926, as campanhas ganharam 
força com a meta de controlar: Doença 
de Chagas, Malária, Febre Amarela, 
Leishmaniose etc. 
 
Charge 2020 – Ata Paulista News 
Cartazes de educação sanitária utilizados pela Secretaria de Saúde e Assistência Pública do Estado da Bahia (Barreto, 1928) 
Lei Federal tornava obrigatória a vacina 
varíola, mas após as manifestações públicas ao 
longo de uma semana, a obrigatoriedade foi 
revogada tornando a vacina opcional. 
13 
 
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
 @liamepsi liameestudos.com 
QUAL O CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA? 
 
Não existe um consenso definitivo em relação ao conceito que melhor define esse 
campo de conhecimento. Também não é uma definição fácil pois, sua temática é 
dinâmica e seu objeto é complexo. No entanto, atualmente, pode ser descrita, de maneira 
simplificada como: 
“ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, 
analisando a distribuição e os fatores determinantes do risco de doenças, 
agravos e eventos associados à saúde, propondo medidas específicas de 
prevenção, controle ou erradicação de doenças, danos ou problemas de 
saúde e de proteção, promoção ou recuperação da saúde individual e 
coletiva, produzindo informação e conhecimento para apoiar a tomada de 
decisão no planejamento, administração e avaliação de sistemas, 
programas, serviços e ações de saúde.” (ROUQUAYROL, 2018). 
 
O significado etimológico do termo epidemiologia deriva do grego (PEREIRA, 
2013): 
 
 
 
A definição do termo pode ser 
aprofundada através de algumas 
perspectivas nele expressas: 
Independentemente de qualquer 
análise, pode se dizer que a 
epidemiologia se volta para a 
ocorrência em escala massiva de 
doença e não doença, envolvendo 
pessoas agregadas em sociedades, 
coletividades, comunidades, grupos 
demográficos, classes sociais ou 
quaisquer outros coletivos formados 
por seres humanos; 
Estudo de doenças infecciosas 
(sarampo, difteria, malária, COVID-19 
etc.), não infecciosas (diabetes, 
depressão, hipertensão etc.) e agravos 
(acidentes, homicídios, suicídios, 
violências); 
Processos interativos que, erigidos em 
sistema, definem a dinâmica dos 
agregados sociais, um em especial 
constitui o campo sobre o qual 
trabalha a epidemiologia: o processo 
saúde-doença. 
14 
 
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 7 | 2023| Módulo SUS 
 
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EPIDEMIOLOGIA 
 
Agravos à saúde não ocorrem, ao acaso, 
na população. A partir disso, dois 
postulados se aplicam: 
A distribuição desigual dos agravos à 
saúde é produto da ação de fatores que 
se distribuem diferentemente na 
população; a elucidação destes fatores, 
responsáveis pela distribuição das 
doenças, é uma das preocupações da 
epidemiologia; 
O conhecimento dos fatores 
determinantes das doenças permite a 
aplicação de medidas, preventivas e 
curativas, direcionadas a alvos 
específicos, cientificamente 
identificados, o que resulta em 
aumento da eficácia das intervenções.
OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA 
 
Objetivo Geral: Estudar a ocorrência e 
distribuição de eventos relacionados 
com a saúde das populações, incluindo o 
estudo de fatores determinantes e a 
aplicação desse conhecimento não mais 
e nem menos para controlar problemas 
de saúde. 
 
 
 
Objetivos Específicos: 
1. Descrever a distribuição e a 
magnitude dos problemas de saúde nas 
populações humanas; 
2. Subsidiar dados para o planejamento, 
execução e avaliação das ações de 
prevenção, controle e tratamento das 
doenças, bem como para elencar 
prioridades; 
3. Identificar fatores etiológicos na 
origem das enfermidades. 
 
 
 
 
15 
 
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EPIDEMIOLOGIA COMO MÉTODO 
Epidemiologia Descritiva 
Descreve a distribuição, em termos de frequência, da ocorrência de doenças ou agravos à 
saúde, relacionadas ao tempo, local e atributos pessoais. 
 
Epidemiologia Analítica 
Investiga densamente a associação entre dois eventos, com a finalidade de estabelecer 
evidências para uma eventual relação observada entre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA EPIDEMIOLOGIA 
1. Investigação dos fatores determinantes de saúde-doença; 
2. Análise das situações de saúde; 
3. Avaliaçãode ações e processos no campo da saúde. 
 
 
Indicação de filme: 
- E a vida continua - And The Band 
Played On (1993) 
(disponível no YouTube) 
SE LIGA NESSA CURIOSIDADE! 
 Em 1981, a AIDS foi reconhecida pela primeira vez como uma 
enfermidade. Mas só dois anos depois o vírus da imunodeficiência humana 
foi identificado. Como isso aconteceu? 
- A observação epidemiológica permitiu que fosse identificada a 
prevalência de uma combinação de manifestações clínicas características 
como astenia, perda de peso, deterioração do sistema imunológico e 
outras. 
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UTILIDADE DA EPIDEMIOLOGIA 
1. Diagnóstico da situação de saúde 
2. Investigação etiológica 
3. Determinação de risco 
4. Aperfeiçoamento na descrição do quadro clínico 
5. Determinação de prognósticos 
6. Identificação de síndromes e classificação de doenças 
7. Averiguação do valor de procedimentos diagnósticos 
8. Planejamento e organização de serviços 
9. Avaliação das tecnologias, programas ou serviços 
10. Análise crítica de trabalhos científicos 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- (REGIONALIZAÇÃO EM SAÚDE - SAÚDE COLETIVA/2022) Observe abaixo o 
Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da 
Saúde, Número Especial, publicado em março de 2021. Essa veiculação informa a 
situação epidemiológica das Doenças tropicais negligenciadas e ações voltadas para 
essas enfermidades. Acerca disso, analise a imagem abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As setas da imagem apresentam os locais onde há um risco muito intenso ou intenso 
de Leishmaniose visceral (LV). De acordo com o boletim, antes esse agravo era 
restrito às áreas rurais do Nordeste, tendo, posteriormente, avançado para outras 
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regiões. Considerando as utilidades da epidemiologia, assinale a alternativa que 
corresponde à ação epidemiológica utilizada na gravura exposta. 
A) Identificação do padrão de distribuição geográfica da doença 
B) Verificação de estratégias de controle do agravo 
C) Avaliação de serviços de saúde do território 
D) Identificação de medidas preventivas da Leishmaniose visceral 
E) Definição do modo de transmissão da LV 
 
2- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2021) Observe abaixo os 
morfemas formadores do termo “epidemiologia”: Considerando a conformação da 
palavra e os seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. 
 
 
 
A) Essa ciência restringe-se ao processo saúde-doença no indivíduo. 
B) Atua no foco de diagnóstico para erradicação de agravos em pacientes hospitalizados. 
C) Por meio de estudos, identifica fatores que determinam o adoecimento, a fim de 
planejar ações de saúde. 
D) Analisa a distribuição de doenças com fins puramente teóricos e estatísticos em uma 
coletividade. 
E) Apresenta interesse apenas pelo evento sentinela, ou caso índice específico, e o torna 
foco de ações científicas e experimentais futuras. 
3- (SES/2019) A formação histórica da epidemiologia é fundamentada em três eixos. 
Assinale a alternativa em que esses fundamentos estão CORRETAMENTE descritos. 
A) Patológico, Curativo e Estatístico. 
B) Saber clínico, Estatístico e Medicina Social 
C) Patológico, Farmacêutico e Medicina Social. 
D) Subjetividade, Médico Curativismo e Fundamento Estatístico. 
E) Antropocentrismo, Hospitalocentrismo e Saber Clínico. 
 
4- (SES/2018) Sobre a formação histórica da Epidemiologia, assinale a alternativa 
CORRETA. 
A) A Higéia, na Grécia Antiga, representava a medicina curativa. 
B) A Panaceia, irmã de Higéia e filha de Asclépios, representava as ações preventivas de 
adoecimento, retratava a saúde como resultado de uma harmonia, entre homem e 
ambiente. 
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C) Em 1930, o Presidente da República Rodrigues Alves nomeou Oswaldo Cruz para o 
cargo de Diretor-Geral de Saúde Pública, e este desenvolveu suas ações de modo 
social/conscientizador, com enfoque na medicina preventiva. 
D) Apesar do crescimento mundial da epidemiologia, não há, no Brasil, programas 
específicos de Mestrado ou Doutorado que contemplem essa área. 
E) Contempla-se, na atualidade, um gradativo uso e aprimoramento das informações 
epidemiológicas em saúde, sobretudo no âmbito do SUS, auxiliando no delineamento das 
necessidades coletivas. 
 
5- (SES/2017) Todas as alternativas abaixo são áreas de uso/aplicação da 
epidemiologia, EXCETO: 
A) Análise da situação de saúde. 
B) Avaliação epidemiológica dos serviços. 
C) Medicalização dos agravos. 
D) Identificação de perfis e fatores de risco. 
E) Vigilância em saúde pública. 
 
6 - (SES/2015) Sobre a Epidemiologia, leia as afirmativas abaixo: 
I. John Snow, médico inglês, é considerado o pai da Epidemiologia. 
II. É uma ciência básica da Saúde Coletiva. 
III. O estudo de uma epidemia de cólera está associado às suas origens históricas. 
IV. Suas raízes históricas estão vinculadas à Clínica, à Estatística e à Medicina Social. 
V. É a principal ciência de informação em saúde. 
 Assinale a alternativa CORRETA. 
A) I, II, III, IV e V estão corretas. 
B) Existem duas incorretas. 
C) Existe, apenas, uma incorreta. 
D) III está incorreta. 
E) IV está incorreta. 
 
7 - (SES/2015) Sobre o Objeto da Epidemiologia, leia as afirmativas abaixo: 
I. São as relações de ocorrência de enfermidade em coletividade. 
II. Abarca número expressivo de seres humanos. 
III. Envolve o conceito de risco. 
IV. Pressupõe que a distribuição de ocorrência de doenças e agravos à saúde não ocorre 
por acaso. 
V. É relacional, envolvendo portadores e não portadores de agravos à saúde. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
 
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A) I, II, III, IV e V estão corretas. 
B) Existem duas incorretas. 
C) Existe, apenas, uma incorreta. 
D) III está incorreta. 
E) V está incorreta. 
 
GABARITO 
 
 
 
 
MODELOS EXPLICATIVOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
___________________________________________________________________________ 
 
Conceito de saúde pela OMS: “saúde é 
um estado de completo bem-estar físico, 
mental e social e não apenas a mera 
ausência de doença ou enfermidade.” 
Entre a década de 70 e 80, a saúde 
pública amplia seu escopo e em 
consequência disso a causalidade dos 
processos saúde-doença também são 
expandidos. O modelo de unicausalidade 
(biomédico) é descontinuado em favor 
do modelo explicativo multicausal, ou 
seja, da história natural da doença e da 
determinação social do processo saúde-
doença; 
Na história natural da doença o conceito 
de saúde é significado através da tríade 
ecológica (agente; suscetível e meio 
ambiente); 
Na determinação social, o conceito de 
saúde envolve um processo dinâmico, 
complexo e multidimensional que é 
inter-relacionado à saúde-doença de 
pessoas, grupos sociais ousociedades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. A 2. C 3. B 4. E 5. C 6. A 7. A 
CONCEITOS IMPORTANTES PARA COMPREENSÃO! 
Doença: resultado de diversos fatores, a saber: políticos, sociais, econômicos, 
culturais, biológicos, químicos, genéticos e físicos. 
Saúde: conceito que evoluiu ao longo do tempo. 
“Bem-estar físico, mental e social e não a mera ausência de moléstia ou enfermidade” 
(OMS, 1958). 
“As condições fundamentais para a saúde são: Paz – Habitação – Educação – 
Alimentação – Renda - ecossistema estável – recursos sustentáveis - justiça social e 
equidade (CARTA DE OTAWA, 1986). 
 “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, a alimentação, a 
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o 
transporte, o lazer, e o acesso aos bens e serviços de essenciais; os níveis de saúde da 
população expressam a organização social e econômica do país (LEI 8080/1990).” 
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HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E 
DETERMINAÇÃO SOCIAL 
 
 
Paradigma ou Teoria Ecológica (Levell e Clark – 1976) 
 
Modelo de Multicausalidade: tríade ecológica 
 
 Conceito: “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o 
processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo 
patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do ser 
humano ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou 
morte.” 
 Desenvolve-se em dois períodos sequenciados: pré-patogênese e patogênese; 
 Dá suporte à descrição de múltiplas e diferentes enfermidades. 
 
1- PRÉ-PATOGÊNESE (Epidemiológico) 
 
 Podem ocorrer situações que vão do mínimo ao máximo risco, dependendo dos 
fatores presentes e de que maneira esses fatores se estruturam; 
SÍNTESE DOS PRINCIPAIS MODELOS EXPLICATIVOS 
(ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2006) 
MODELO BIOMÉDICO Aborda a patogenia e a terapêutica, classificando as 
doenças segundo forma e agente. 
MODELO PROCESSUAL/HISTÓRIA 
NATURAL DAS DOENÇAS 
Estímulos patológicos do meio ambiente 
desencadeiam uma resposta do corpo. 
MODELO MÁGICO-RELIGIOSO Concepção de que cabia aos deuses definir o estado 
de adoecimento e cura dos homens. 
MODELO DE DETERMINAÇÃO SOCIAL DO 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
Fatores sociais, econômicos, culturais, 
étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que 
influenciam a ocorrência de problemas de saúde e 
seus fatores de risco na população. 
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 Caracteriza-se por um sistema epidemiológico onde cada vez que um dos 
componentes sofrer alteração, esta repercutirá e atingirá os demais, em um 
processo que o sistema busca novo equilíbrio. 
 Um novo equilíbrio traz consigo maior ou menor incidência de doenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM 
 
 FATORES SOCIAIS – conjunto de todos os fatores que não podem ser classificados 
como componentes genéticos ou agressores físicos, químicos e biológicos. Podem ser 
divididos didaticamente em: 
 
Fatores Socioeconômicos – grupos 
sociais economicamente privilegiados 
estão menos suscetíveis a ação dos fatores 
ambientais que repercutem na ocorrência 
de certas doenças cuja incidência é elevada 
nos grupos menos favorecidos; 
 
Fatores Sociopolíticos – instrumentação 
jurídico-legal, higidez política, 
participação comunitária efetivamente 
exercida, transparência nas ações e acesso à 
informação são fatores indissociáveis ao 
processo saúde-doença; 
Fatores Socioculturais – preconceitos, 
hábitos, crenças, normas e valores são 
fatores contribuintes para o 
desencadeamento e manutenção de 
doenças; 
 
Fatores Psicossociais – ausência de 
relações parentais estáveis, falta de apoio 
no contexto social em que se vive, 
condições de trabalho estressantes, 
carência afetiva de modo geral etc. são 
estímulos que têm influência direta sobre 
o psiquismo humano com consequências 
somáticas e mentais danosas. 
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 FATORES AMBIENTAIS – conjunto de todos os fatores que mantêm relações 
interativas com o agente etiológico e o suscetível. Além de incluir o ambiente físico e o 
ambiente biológico, inclui também a sociedade, sede das interações sociais, políticas, 
econômicas e culturais. 
 
 FATORES GENÉTICOS – provavelmente determinam a maior ou menor 
suscetibilidade das pessoas à aquisição de doenças, embora isso permaneça na fronteira da 
pesquisa genética. Em relação à incidência das doenças, percebe-se que, quando ocorre a 
exposição a um fator externo, alguns dos expostos são acometidos e outros permanecem 
isentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- PATOGÊNESE (Patológico) 
 
 Primeiras interações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado; 
 Leavell & Clark (1976) dividem o período de patogênese em: interação estímulo-
suscetível; alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas; sinais e sintomas; e 
cronicidade. 
1. Interação estímulo-suscetível: a doença ainda não se desenvolveu, porém, os 
fatores para sua ocorrência já estão presentes; 
2. Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas: a doença já se implantou 
no organismo afetado embora não sejam percebidas as manifestações clínicas; 
3. Sinais e sintomas: os sinais iniciais da doença, tornam-se nítidos e 
transformam-se em sintomas, estágio denominado clínico; 
4. Cronicidade: a evolução da doença poderá progredir até o estado de 
cronicidade ou conduzir a uma incapacidade física por tempo variável. 
 
 
 
Se liga! 
Nenhum dos fatores será por si só suficiente, pois há 
a estruturação de fatores condicionantes da doença 
denominado multifatorialidade. 
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Terciária
(Patogênese)
Secundária
(Patogênese)
Primária 
(Pré-patogênese)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5º NÍVEL
(Reabilitação)
4º NÍVEL: Limitação da 
Invalidez
3º NÍVEL: Diagnóstico Precoce 
e Tratamento Imediato
2º NÍVEL: Proteção Espécífica
1º NÍVEL: Promoção da Saúde
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1- Prevenção Primária 
 
 Promoção da Saúde: moradia adequada, alimentação adequada, áreas de lazer, 
saneamento básico, atividade física regular, educação etc. 
 Proteção específica: imunização, 
 saúde do trabalhador, proteção contra acidentes, uso de preservativos e seringas 
descartáveis etc. A proteção específica engloba a prevenção em seu âmbito 
convencional, buscando bloquear causas de doenças ou agravos antes que atinjamo 
indivíduo. 
 
2- Prevenção Secundária 
 
O agente etiológico já está em ação. 
 Diagnóstico precoce e tratamento imediato: isolamento para evitar propagação da 
doença, tratamento para evitar progressão, inquérito para descoberta de casos na 
comunidade; 
 Limitação da invalidez: evitar sequelas e futuras complicações, reduzir risco de 
transmissão da doença. 
 
3- Prevenção Terciária 
 
 Adoção de medidas de reabilitação, impedindo a total incapacidade: fisioterapia, 
terapia ocupacional, redução da dependência familiar, emprego para o reabilitado etc. 
 
4- Prevenção Quaternária 
 Possui conceito e prática relativamente novos; 
 Se presta a identificar pessoas em risco de medicalização em excesso e protegê-las 
contra intervenções necessárias, evitando iatrogenia e propondo medidas aceitáveis do 
ponto de vista ético. 
 
DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
 
 Proposta de um novo conceito de 
Epidemiologia foi elaborado a partir da 
crítica à insuficiência da 
epidemiologia tradicional em abordar a 
saúde como um fenômeno radicado na 
organização social; 
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 Os determinantes sociais são 
definidos como características 
específicas dos caminhos pelos quais as 
condições sociais afetam a saúde e 
como isso pode ser potencialmente 
alterado por ação informada, ou seja, os 
processos e condições sociais são como 
fatores essenciais estabelecidos por 
limites ou pressões, sem ser 
necessariamente o determinismo 
fatalista. 
 
Determinantes Sociais de Saúde 
 Conceito generalizado de que a qualidade de vida e as condições laborais dos indivíduos e de 
grupos populacionais estão relacionadas com sua situação de saúde (BUSS; PELLEGRINI 
FILHO, 2007). 
 
 Podem ser definidos como o ambiente social no contexto da epidemiologia social. 
 
Os DSS são os fatores, econômicos, sociais, culturais, psicológicos, sociais e 
comportamentais que influenciam a ocorrência de agravos à saúde e seus fatores de risco 
na população. 
 
 Comissão da Organização Mundial da Saúde (OMS): 
Os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham (WHITEHEAD, 
2000) 
Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) desenvolve as 
seguintes linhas de ação: 
 Produção de conhecimentos e informações; 
 Promoção e avaliação de políticas, programas e intervenções governamentais e não 
governamentais; 
 Mobilização da sociedade civil; 
 Comunicação; 
 Cooperação. 
 
 
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MODELO DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE 
 
1. Modelo de Dahlgren & Whitehead (1991) 
 Dispõe os DSS em diferentes camadas; 
 Nível de abrangência: camada mais próxima aos determinantes individuais até a 
camada distal dos macrodeterminantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olha a dica! 
As questões sempre trazem um trocadilho 
sobre camadas distais e proximais. 
Proximais: perto de você (camadas 
relacionadas aos indivíduos); 
Distais: distante do seu alcance (camadas 
relacionadas ao Estado). 
 
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2. Modelo de Solar & Irwin 
(2010) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Modelo que opera por meio de um conjunto de determinantes intermediários que 
interferem na saúde; 
 “Estrutura”: mecanismos sociais, econômicos e políticos que dão origem a um 
conjunto de posições socioeconômicas; 
 Estratificação da sociedade de acordo com um conjunto de posições 
socioeconômicas que determinam vulnerabilidades e exposições diferentes quanto à 
saúde das populações. 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
1- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2022) Considere a imagem abaixo 
para a resolução da questão. 
 
 
 
 
 
Embora não seja o dominante na atualidade, o modelo explicativo do adoecimento 
que a imagem apresenta ainda permanece presente na sociedade. Diversos segmentos 
religiosos mantêm práticas de cura e de proteção contra adoecimento. Nessa 
perspectiva, é CORRETO afirmar que as características da imagem e do corpo textual 
da questão se referem ao modelo: 
A) biomédico. 
B) processual. 
C) sistêmico. 
D) de determinação social da doença. 
E) mágico-religioso. 
2- (INTERIORIZAÇAO EM SAÚDE/SAÚDE COLETIVA/2021) O modelo de saúde de 
Leavell e Clark, adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a 
organização da saúde pública dos países membros da Organização das Nações Unidas 
(ONU) desde as décadas de 1960-1970, atribui importância ao papel da medicina 
preventiva, cujo vigor epistemológico se encontra na prática médica ampliada à saúde 
coletiva na sociedade. Sobre os principais paradigmas em saúde, analise as afirmativas 
abaixo: 
I. A história natural das doenças é a referência metodológica do modelo preventivista de 
Leavell e Clark. Esse modelo de conhecimento vem sintetizado na tríade ecológica (agente, 
hospedeiro, ambiente) cujo tempo/espaço de atuação se apresentam em dois domínios para 
a análise das ações médicas (individual) e das ações em saúde pública (coletiva). 
pt.slideshare.net/eadsantamarcelina/curso-introduorio-esf-conteudo-teorico-modulo-2-processo-saude-doenca 
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II. O período pré-patogênico do modelo de Leavell e Clark pressupõe ação preventiva no 
nível individual e coletivo, em dois sentidos: a) atua-se para evitar a doença e b) é possível 
promover a saúde da população (por exemplo, a vacina seria então o alto valor científico de 
um bem de saúde aplicado à população). 
III. As desigualdades sociais não foram contempladas no modelo de Leavell e Clark. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Apenas I está incorreta. 
B) Todas estão incorretas. 
C) Apenas II está incorreta. 
D) Apenas III está correta. 
E) Todas estão corretas. 
 
3- (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA/SAÚDE COLETIVA/2021) A COVID-19 trouxe 
impacto nas vidas dos indivíduos em nível global, chamando a atenção pelo alcance 
que teve e pela velocidade com a qual se disseminou. Sobre a relação entre a 
determinação social e a pandemia da COVID-19, analise as afirmativas abaixo: 
I. A prioridade dada à esfera econômica, quando, sobretudo, se evitam obstáculos ao livre 
comércio, seja nacional, seja internacionalmente, não teve forte influência no Brasil, nas 
decisões tardias dos governos nacionais para fecharem as fronteiras e adotarem medidas 
mais rígidas de afastamento social. 
II. Ainda que as bases sociais estejam dadas com a mundialização do capital, determinações 
biológicas específicasprecisaram se articular a essas possibilidades objetivas para resultar na 
pandemia experimentada em 2020. 
III. As diferenças de riqueza entre classes ou indivíduos se refletem em indicadores de 
saúde, revelando maior gravidade, sobretudo, de certas doenças infecciosas. Esse panorama 
permite refletir sobre a gravidade com a qual a pandemia pode impactar nas comunidades 
mais pauperizadas, especialmente nos países de capitalismo dependente, devido ao baixo 
acesso à água tratada, saneamento e estrutura e renda que permita adotar as medidas de 
prevenção. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Apenas I está incorreta. 
B) Todas estão incorretas. 
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C) Apenas II está incorreta. 
D) Apenas III está correta. 
E) Todas estão corretas. 
 
4- (SES/2020) A respeito dos macrodeterminantes presentes no modelo de Dahlgren e 
Whitehead, é CORRETO afirmar que: 
A) representam os fatores relacionados à condição de vida e trabalho. 
B) apresentam o comportamento e estilo de vida individuais e a relação destes com o 
processo de saúde-adoecimento. 
C) estão relacionados às condições culturais, econômicas, ambientais da sociedade. 
D) envolvem características individuais como fatores genéticos. 
E) se trata das redes comunitárias e de apoio enquanto instâncias importantes na saúde da 
coletividade. 
 
5- (FCM/2020) Observe a imagem abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma vez que o indivíduo esteja saudável e em pleno exercício profissional no seu ambiente 
de trabalho, é CORRETO afirmar que o período retratado se refere ao(à): 
A) período patológico da história natural das doenças. 
B) estágio de incapacitação. 
C) período pré-patogênico da história natural da doença. 
D) etapa clínica patogênica. 
E) período de cronicidade patogênica. 
 
6- (FCM/2019) Acidentes de trânsito envolvendo motocicletas representam atualmente 
um sério problema de saúde pública. À luz do modelo da História Natural da Doença 
(HND), sistematizado por Leavell e Clark, analise as afirmativas abaixo: 
I. Melhorar a situação educacional seria estratégia de prevenção primária, denominada 
“promoção da saúde” na HND. 
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II. No período de pré-patogênese, estariam envolvidas as inter-relações das condições das 
ruas, estradas e o desrespeito às leis do trânsito. 
III. O uso de capacete seria uma medida de prevenção primária, denominada “proteção 
específica na HND. 
IV. Uma cirurgia neurológica para drenagem de um hematoma subdural seria considerada, 
na HND, uma medida de prevenção secundária. 
V. Uso de muletas devido à amputação de um membro inferior seria uma medida de 
prevenção terciária. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todas estão corretas. 
B) Apenas V está incorreta. 
C) Apenas III está incorreta. 
D) Apenas II está incorreta. 
E) Apenas I e V estão corretas. 
 
7- (SES/2018) Considerando a História Natural das Doenças, assinale a alternativa que 
faz referência ao período pré-patogênese. 
A) Alterações precoces 
B) Convalescença 
C) Limitação da incapacidade 
D) Reabilitação 
E) Interação entre agente, hospedeiro e ambiente. 
 
8- (FCM/2017) Sobre o modelo da história natural da doença, assinale a alternativa 
CORRETA. 
A) Na prevenção terciária, a limitação da invalidez necessita de ações de tratamento 
adequado para interromper o processo mórbido e evitar futuras complicações. 
B) O diagnóstico precoce é necessário para o combate à doença no período de pré-
patogênese, por meio de pesquisa de triagem e exames seletivos. 
C) A prevenção primária compreende medidas de saúde que evitam o adoecimento. Dentre 
estas, estão as ações de promoção da saúde, como o hábito de saneamento do ambiente, 
proteção contra os riscos ocupacionais, proteção contra acidentes. 
D) No período de pré-patogênese, as manifestações clínicas da doença ainda não surgiram 
no indivíduo, mas as condições para o seu aparecimento existem no ambiente ou no 
patrimônio biológico da pessoa. 
E) Os níveis de prevenção de Leavell e Clark compõem-se de ações de promoção da saúde, 
diagnóstico precoce e limitação da invalidez, com a ausência de medidas de reabilitação. 
 
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9- (SES/2017) Analise o modelo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com base no modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whitehead, 
é CORRETO afirmar que: 
A) ele expõe os determinantes em camadas concêntricas e similares que possuem igualdade 
na influência do processo de adoecimento. 
B) constam, na base do modelo, as características individuais de idade, sexo e fatores 
hereditários, os quais exercem influência sobre o potencial e condições de saúde. 
C) a última camada apresenta os macrodeterminantes em saúde devido à baixa influência. 
D) Todas as alternativas supracitadas estão corretas. 
E) Todas as alternativas supracitadas estão incorretas. 
 
10- (FCM/2016) Um dos grandes problemas que afeta direta e indiretamente a Saúde 
Pública nas comunidades é o uso e abuso de álcool e de outras drogas. Para enfrentar 
esse problema, a construção de uma rede comunitária de cuidados é fundamental. 
Associe os níveis de prevenção (coluna 1) com as ações, atividades ou serviços 
propostos na (coluna 2): 
 
COLUNA 1 COLUNA 2 
1. Promoção da saúde, 
educação em saúde 
2. Proteção da saúde 
3. Prevenção secundária, 
diagnóstico precoce 
( ) Inclusão de usuários em iniciativas de geração de trabalho 
e renda, empreendimentos solidários ou cooperativas sociais 
( ) Consultas com adolescentes pelas equipes de saúde da 
família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família 
( ) Atividades educativas nas escolas e locais públicos das 
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4. Prevenção secundária, 
tratamento oportuno 
5. Prevenção terciária 
comunidades 
( ) Acolhimento nos Centros de Atenção Psicossocial 
( ) Proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 
anos. 
 
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA. 
A) 5 – 3 – 1 – 4 – 2 
B) 4 – 5 – 1 – 3 – 2 
C) 1 – 2 – 5 – 3 – 4 
D) 2 – 3 – 4 – 5 – 1 
E) 5 – 4 – 1 – 3 – 2 
 
11- (SES/2016) “Uma nova compreensão de determinantes da saúde só poderá emergir, se houver um 
diálogo entre as ciências humanas e as ciências da vida. Este diálogo não poderia deixar de ser perturbador e 
incômodo, pois supõe que os pesquisadores de cada disciplina repensem os fundamentos de seus trabalhos, 
que aceitem trabalhar com outros métodos, que encarem horizontes temporais diferentes e, 
consequentemente, modifiquem a maneira de conceber os fenômenos que estudam.” 
Contandriopoulos (1998) 
 
Os conhecimentos multidisciplinares são utilizados para a compreensão do fenômeno 
saúde-doença, o qual perpassou por diferentes definições no decorrer histórico,desde 
aspectos mágicos à dicotomia advinda do “saudável e patológico”, bem como conceituações 
mais complexas envolvendo o determinismo sócio-ambiental-cultural. Considerando os 
diversos modelos explicativos do processo saúde-doença, assinale a alternativa que relaciona 
adequadamente o modelo a suas caraterísticas definidoras: 
 
I. Modelo 
biomédico 
A. Esse modelo insere a perspectiva do processo de forma mais 
ampla, considerando os comportamentos culturais que possam 
relacionar-se à saúde de uma população. Considera, dessa forma, o 
perfil epidemiológico como fator importante. 
II. Modelo da 
história natural da 
doença 
B. Apresenta uma compreensão do processo saúde e doença a partir 
das ciências biológicas. Uma caraterística desse modelo é aceitar a 
lógica linear do adoecimento e a absorção, pelo senso comum, de 
que a doença é causada por um agente patológico específico. 
III. Modelo da 
determinação social 
da doença 
C. O processo saúde-doença ocorre devido à interação entre a tríade 
ecológica agente, hospedeiro e meio, apresentando, portanto, dois 
períodos sequenciados: o epidemiológico e o patológico. 
 
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A) I-C; II-A; III-B 
B) I-C; II-B; III-A 
C) I-B; II-C; III-A 
D) I-B; II-A; III-C 
E) I-A; II-C; III-B 
 
12) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) O modelo de Dahlgren e 
Whitehead apresenta os Determinantes Sociais da Saúde em camadas. A camada mais 
próxima apresenta os determinantes individuais e a camada distal, os macrodeterminantes. 
Abaixo segue a imagem do modelo: 
 
 
 
Sobre os macrodeterminantes, assinale a alternativa CORRETA. 
A) Apresentam a influência das redes comunitárias sobre a saúde do indivíduo. 
B) Representam os fatores relacionados a condições de vida da comunidade. 
C) Possuem influência sobre as demais camadas e relacionam-se às condições econômicas, 
culturais e ambientais da sociedade. 
D) Não influenciam nas demais camadas e representam as características individuais. 
E) Representam o comportamento e os estilos de vida individuais e comunicam-se com os 
demais níveis. 
 
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GABARITO 
 
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REFERÊNCIAS 
ALMEIDA FILHO, Naomar de et al. Bases históricas da Epidemiologia. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], 
v. 2, n. 3, p. 304-311, set. 1986. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0102-311x1986000300004. 
ALMEIDA FILHO, Naomar de; BARRETO, Maurício Lima. Epidemiologia & saúde: fundamentos, métodos, 
aplicações. Rio de Janeito: Guanabara Koogan, 2011. 
BARRETO, Mauricio Lima. Desigualdades em Saúde: uma perspectiva global: uma perspectiva global. 
Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 2 
2, n. 7, p. 2097-2108, jul. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-
81232017227.02742017. 
BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica. São Paulo: Santos, 2010. 213 p. 
BUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A Saúde e seus Determinantes Sociais. Physis: Revista 
de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 1, n. 17, p. 77-93, 2007. 
GARBOIS, Júlia Arêas; SODRÉ, Francis; DALBELLO-ARAUJO, Maristela. Da noção de determinação social à 
de determinantes sociais da saúde. Saúde em Debate, [s.l.], v. 41, n. 112, p. 63-76, mar. 2017. FapUNIFESP 
(SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201711206. 
GOMES, Elainne Christine de Souza. CONCEITOS E FERRAMENTAS DA EPIDEMIOLOGIA. Recife: 
Editora Universitária da UFPE, 2015. 83 p. 
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro. 8ª edição. Medbook. 2018. 
SOBRAL, André; FREITAS, Carlos Machado de. Modelo de organização de indicadores para 
operacionalização dos determinantes socioambientais da saúde. Saúde e Sociedade, [s.l.], v. 19, n. 1, p. 35-47, 
TESSER, Charles Dalcanale. Por que é importante a prevenção quaternária na prevenção? Revista de Saúde 
Pública, [S.L.], v. 51, p. 116, 4 dez. 2017. Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao 
Academica (AGUIA). 
 
1. E 2. E 3. A 4. C 5. C 6. A 
7. E 8. D 9. B 10. A 11. C 12. C 
http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201711206
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Aula 
02 
 
Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil 
Reforma Sanitária 
Modelos de Atenção à Saúde 
 
Profª Rafaela Domingos 
 
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POLÍTICAS E SISTEMAS DE 
SAÚDE NO BRASIL 
 
 
POLÍTICA PÚBLICA, POLÍTICAS DE SAÚDE E SISTEMA DE SAÚDE: 
DIFERENÇAS CONCEITUAIS 
 
 
Políticas públicas: conjunto de diretrizes 
e referências ético-legais adotadas pelo 
Estado para fazer frente a um problema 
público apresentado pela sociedade. Em 
outras palavras, política pública é a 
resposta do Estado diante de uma 
necessidade expressa pelo conjunto da 
sociedade (MATTOS, 1999), dentre esses 
problemas, estão as necessidades de saúde 
da população. 
 
Política de saúde: enquanto política 
pública, deve ser considerada como uma 
política social, o que significa dizer que a 
saúde é entendida enquanto um direito 
inerente à condição de cidadania. As 
políticas sociais, no entanto, se estruturam 
em diferentes formatos ou modalidades de 
políticas que asseguram o acesso ao 
conjunto de benefícios àqueles 
considerados legítimos usuários dos 
sistemas de proteção social (FLEURY; 
OVERNEY, 2008). 
Veremos que, dependendo do modelo de 
proteção social adotado, o sistema de 
saúde que venha a ser adotado por um país 
pode configurar o acesso a saúde como 
uma caridade, um benefício mediante 
pagamento ou um direito de cidadania. 
 
Sistema de Saúde: “Um conjunto 
coerente de diversos componentes inter-
relacionados, seja setorial ou intersetorial, 
que produzem um efeito na população. A 
configuração do sistema de saúde é 
influenciada por seus objetivos e valores 
fundamentais” (OMS, 2010). 
 
Para Mendes (2002) sistemas de saúde 
constituem respostas sociais deliberadas 
efetivas, eficientes, de qualidade e 
equitativas às necessidades de saúde da 
população. Logo deve haver uma 
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coerência entre necessidades de saúde 
expressas na situação de saúde e o sistema 
de atenção que se pratica socialmente.
 
TIPOS DE PROTEÇÃO SOCIAL E SISTEMAS DE SAÚDE 
 
Sistema de saúde de dominância do 
mercado (residual ou de livre mercado; 
pluralista empresarial permissivo): Sem 
seguro/cobertura universal, 
financiamento eminentemente privado, 
empresas seguradoras como mediadoras, 
múltiplos sistemas paraclientelas 
distintas. Sistema público focado apenas 
em grupos específicos, em sua maioria 
nos focos de pobreza ou grupos 
vulneráveis, que não tem capacidade de 
manter-se e pagar adequadamente pelos 
serviços oferecidos pelo mercado – em sua 
maioria, exige-se comprovação de meios 
que atestem a condição de pobreza. Há 
restrições à intervenção do Estado, 
reservado a um papel mínimo e 
compensatório em relação ao mercado, 
por essa razão também conhecido como 
residual. Outra característica é o caráter 
pontual das ações, de caráter emergencial 
e localizado, gerando segmentação e ações 
descontínuas de atenção social (FLEURY; 
OVERNEY, 2008). EUA, Austrália. 
 
Sistemas de Seguros social/seguros 
universais (meritocrático): Financiado 
por contribuições compulsórias (folha de 
salários). Atende ao princípio da 
solidariedade conjugado à noção de 
mérito, uma vez que os beneficiários 
deverão ter acesso a serviços de acordo 
com a sua contribuição. O acesso é 
diferenciado, uma vez que reconhece 
como legítimos beneficiários apenas 
alguns grupos sociais, geralmente 
trabalhadores do mercado formal. 
Serviços garantidos àqueles que 
contribuem Dcom a previdência social. 
França, Alemanha, Áustria, Holanda, 
Suiça. 
 
Sistemas de Saúde de Dominância 
Estatal (social democrata, com serviço 
nacional de saúde, Sistema de 
Seguridade): Financiado por impostos, 
acesso universal, inspirada em princípios 
de justiça social, vinculado à condição de 
cidadania, garantindo assim a todos os 
cidadãos a um mínimo vital, socialmente 
estabelecido, independentemente de 
contribuições anteriores, baseado apenas 
na necessidade, ou seja, o Estado oferta 
serviços de saúde porque simplesmente há 
uma demanda sanitária, cuja resposta é 
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um direito do cidadão. UK, Suécia, 
Portugal, Espanha, Dinamarca, Noruega. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍTICAS E MODELOS DE SAÚDE NO BRASIL: Retrospectiva Histórica 
 
Brasil Colônia 
• Saúde pública praticamente inexistiu: trabalho de curandeiros (ervas) e boticários 
(medicamentos preparados nas boticas) 
• 1543: Primeira Santa Casa de Misericórdia, atendia a quem não dispunha de 
recursos financeiros 
• Não havia mais do que 12 médicos 
formados no final do séc. XVIII no Brasil. 
• A organização sanitária brasileira 
era semelhante à Metrópole portuguesa: 
serviços das tropas militares que serviam 
apenas aos portugueses que aqui 
habitavam. 
• Cirurgião-mor (decreto de 1808): 
“chefe das tropas”, responsável pelas cirurgias 
• Físico-mor (decreto de 1808): respondia pelo saneamento das cidades e profilaxia 
das doenças epidêmicas e respondia pelo trabalho de médicos, farmacêuticos, 
boticários e curandeiros, sangradores, parteiras (as 3 últimas consideradas menos 
privilegiadas e inclusive sofreram perseguição). 
 
Império 
Indicação de documentário: 
- Sicko: SOS Saúde 
(disponível no YouTube) 
 
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• 1828: As responsabilidades foram transferidas às municipalidades (províncias) 
• 1829: criação do primeiro órgão nacional de saúde pública do Brasil (Ministério do 
Império): criação do cargo de provedor-mor de saúde da corte e do Estado do 
Brasil, embrião do serviço de saúde dos portos, com delegados nas províncias. 
• O governo imperial atuava apenas em situações de emergência para 
contenção de epidemias e controle sanitário mínimo da capital do império. 
Havia comissões a nível local, porém quando as situações se complicavam, 
centralizava-se as ações no governo central. 
• Quem dispunha de recursos, recorria aos médicos particulares, bastante escassos. 
Quem não, restava os curandeiros, que continuavam a 
ser os principais responsáveis pelo tratamento dos mais 
pobres. 
• Perfil de adoecimento: doenças 
infectocontagiosas: peste bubônica, varíola, 
febre amarela. 
• Paradigma sanitário reinante: teoria dos miasmas, de caráter ambientalista. 
• Institucionalização e profissionalização da Medicina: primeiras instituições 
médicas em território brasileiro – Escola de Cirurgia da Bahia (1808) e Escola 
Anatômica, cirúrgica e médica do Rio de Janeiro (1829). 
• Lei da municipalização dos serviços de saúde: criação das juntas municipais 
(ligadas às câmaras municipais, função antes exercida pela Fisicatura-mor). 
• Os médicos eram considerados os praticantes oficiais de cura, sendo outras 
práticas, como a dos curandeiros, parteiras, perseguidas. 
• Condições higiênicas da capital: saneamento básico precário e persistiam surtos de 
doenças epidêmicas (varíola, febre amarela, peste bubônica). 
• 1808-1822: Junta da Instituição Vacínica da Corte 
• 1837: Imunização compulsória contra varíola. 
• Década de 1840: Gradativa desmunicipalização dos serviços de sanitários (esfera do 
Ministério dos Negócios do Império). 
• 1850: Criação da Junta de Higiene Pública, que incorporou a Inspeção dos Portos e 
o Instituto Vacínico do Império. 
• Final de 1870: novas teorias figuravam o paradigma médico-científico 
(microrganismos). 
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• Após a independência, vários órgãos ligados à Portugal foram extintos, como o 
próprio Fisicatura-mor. 
• Dá-se a separação entre as ações de saúde pública e as de assistência médico-
hospitalar. 
 
República 
Primeira República (Oligárquica): 1889-1930 
• Crise do modelo imperial escravagista e sanitário 
• Segunda metade do séc. XIX: Repercussões da Revolução Industrial sobre a 
estrutura social e a saúde pública 
• Migração e sua repercussão sobre a saúde: desenvolvimento de surtos epidêmicos 
• Escassez de trabalhadores produtivos: com a migração europeia após a abolição da 
escravidão, para substituição da força de trabalho e como estratégia de 
embranquecimento da população, muitos migrantes europeus aqui chegaram com 
ideário anarquista. Muitas foram as greves e aliado a isso, as epidemias 
continuavam a atingir a população, incluindo também a população produtiva, o 
que exigiu que o governo da época fosse obrigado a adotar medidas para responder 
à situação. 
 
• Passagem do sec. XIX para o séc. 
XX: saúde como uma questão social 
• As epidemias prejudicavam as 
relações econômicas do país: as 
companhias de navegação evitavam os 
portos brasileiros. 
 
 
Exemplar do jornal Gazeta de Notícias, de 1918: sentimento de insegurança diante da epidemia de Gripe Espanhola 
• 1899: Irrupção da peste bubônica em Santos. Determinante para a criação de 
dois grandes centros de estudos – Manguinhos (inicialmente sob a direção de 
Oswaldo Cruz – criação de vacina e soro para a peste bubônica) e Butantan (Vital 
Brasil, soroterapia para peste e problemas de ofidismo). 
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A Fiocruz (na foto) e o Butantan foram criados para tentar 
impedir novas epidemiasno país 
 
 
• Oswaldo Cruz: pioneiro na organização de vacinação em massa. Vacinação 
compulsória com o apoio do presidente Rodrigues Alves, recebido pela população 
com bastante desconfiança, tendo em vista a retirada à força de populações de 
locais a serem saneados foi constante pela polícia sanitária. 
• Mobilização sanitária: criação de campanhas de vacinação para controle das 
epidemias (inicialmente urbanas e posteriormente rurais) e favorecimento das 
exportações. 
• Primeiras décadas do séc. XX: modernização da vida urbana; aumento do fluxo 
migratório; modernização dos meios de transporte e comunicação. 
• Sanitarismo campanhista: medidas de higiene, vacinação, notificação, 
isolamento de enfermos, eliminação de vetores. 
• 1901: Emílio Ribas: iniciativa pioneira de combate ao Aedes Aegypti 
• Febre amarela, peste e varíola comprometeram a economia → medidas sanitárias 
(saneamento dos portos, combate a vetores, vacinação obrigatória) 
• Revolta da Vacina (1904): revolta contra a vacina obrigatória contra a varíola, 
recrudesceu a oposição ao governo (motivação política). Liderados por um grupo 
de cadetes positivistas que eram oposição ao governo, muitos se revoltaram 
acusando o governo de despótico, de devassar a propriedade alheia com 
interdições, desinfecções, da derrubada maciça de bairros pobres, de 
arrombamentos de casas para nelas entrarem à força. A revolta é reprimida pois a 
questão saúde ainda era concebida como uma questão policial". Desgastado com os 
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acontecimentos, que levaram a dezenas de mortes, o governo revogou a 
obrigatoriedade da vacina, tornando-a opcional para todos os cidadãos. 
• No campo da assistência médica individual, as classes dominantes continuaram 
sendo atendidas pelos profissionais legais da medicina. 
• Criação do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) 
• Serviços permanentes de saúde pública em áreas rurais 
• 1919: Ameaça da gripe Espanhola 
• Início do Sistema Previdenciário (1923), até então o Estado mantinha uma 
postura liberal frente às questões trabalhistas ao mesmo tempo em que crescia o 
movimento sindical operário. É nesse mesmo período que ocorre o nascimento na 
legislação trabalhista brasileira. 
 
 
 
IMPORTANTE: 
 
 
 
 
• Com a Lei Eloy Chaves, de 1923 até 1930 surgem as CAPs (Caixas de 
aposentadorias e pensões): benefícios aos seus filiados e dependentes, incluindo 
assistência médica – contrato contributivo. Eram organizadas por empresas, de 
natureza civil e privada, responsáveis pelos serviços pecuniários (auxílios e 
benefícios) e serviços de saúde para os empregados de empresas específicas. 
 
Período Populista: anos 1930 até 1945 – Criação dos Institutos de Seguro social 
 
• Contexto político-econômico de crise da hegemonia das oligarquias do café. 
Revolução de 1930, liderada por setores não relacionados às oligarquias. Chegada 
de Getúlio Vargas ao poder em 1930 
 
"(...) o governo criou o Ministério do Trabalho, atrelando a ele Sindicatos e 
elaborou ampla legislação trabalhista. Regulamentando a relação entre o capital e 
o trabalho, o Estado criou condições indispensáveis para que a economia 
A Lei Eloy Chaves é considerada por muitos autores como o marco do 
início da Previdência Social no Brasil. 
 
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enfrentasse uma nova etapa, baseada na industrialização com objetivo de substituir 
importações. (...) No plano da política de saúde, pode-se identificar um processo de 
centralização dos serviços que objetivava dar um caráter nacional a esta política. 
Nesta época, uniformizou-se a estrutura dos departamentos estaduais de saúde do 
pais e houve um relativo avanço da atenção à saúde para o interior, com a 
multiplicação dos serviços de saúde". 
 
• Década de 1930: Unificação das caixas em IAPs (Instituto de Aposentadorias e 
pensões) de caráter nacional, com participação direta do Estado, diferentes das 
CAPs. Os Institutos eram organizados por categoria profissional. Foram criados 
por Getúlio ao longo dos anos 1930 favorecendo as camadas de trabalhadores 
urbanos mais aguerridas em seus sindicatos e mais fundamentais para a economia 
agroexportadora até então dominante. Ferroviários, empregados do comércio, 
bancários, marítimos, estivadores e funcionários públicos foram algumas 
categorias favorecidas pela criação de institutos. Todas constituíam pontes com o 
mundo urbano-industrial em ascensão na economia e na sociedade brasileira de 
então. Há dessa forma, um foco da saúde pública pelo viés da força do trabalho. 
• Considerado o auge do período campanhista, com a reestruturação e dinamização 
do Departamento Nacional de Saúde, há a articulação e centralização das ações 
sanitárias de todo o país. 
• 1942: Criado o Serviço Especial de Saúde Pública - SESP, com atuação voltada para 
as áreas não cobertas pelos serviços tradicionais. 
 
Período do Desenvolvimento: 1950 a 1960 
 
• 1953: Criação do Ministério da Saúde (assumiu as funções do Departamento 
Nacional de Saúde) 
• 1960: Lei Orgânica da Previdência Social (unificou os IAPs em um só regime e 
consolidou as leis trabalhistas). 
 
Período do Regime Militar: 1964 a 1986 
 
• 1966: Reestruturação do Sistema Previdenciário, por meio da Criação do INPS 
(Instituto Nacional de Previdência Social), resultado da fusão de todos os IAPs. 
Estabeleceram contratos e convênios com os hospitais já existentes, pagando pelos 
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serviços prestados aos usuários do INPS. Com isso, a assistência à saúde aparece 
como concessão do Estado aos trabalhadores da economia formal. 
 
 
• A arrecadação previdenciária 
possibilitou o crescimento do setor 
privado. 
• Fora da proteção da 
Previdência, havia as ações de saúde 
pública, de vigilância 
epidemiológica e de saneamento 
(ações do Ministério da Saúde) 
• A medicina previdenciária 
estava centrada no Hospital e na atenção à saúde de caráter curativo. 
• 1974: Criação do FAS (Fundo de Apoio 
Social) que financiou a criação de hospitais 
privados 
• 1977: Criação do INAMPS (Instituto 
Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social) pela Lei nº 6.439, 
definindo um novo desenho institucional para 
o sistema previdenciário. O antigo Instituto 
era responsável pela assistência médica aos trabalhadores que contribuíam com a 
previdência social, através de estabelecimentos próprios e cujo financiamento dos 
serviços se dava por procedimento. Foi extinto pela lei federal 8.689, em 1993. Seus 
16 anos de existência correspondem ao período em que o país transitou de um 
sistema de saúde segmentado, voltado principalmente para a prestação de serviços 
médico-hospitalares a clientelas previdenciárias, nos marcos da idéia meritocrática 
de seguro social, para um sistema de saúde desenhado para garantir o acesso 
universal aos serviços e ações de saúde, com base no princípio da seguridade social. 
• Entre as décadas de 1920 a 1980, o Brasil conviveu com dois tipos de atenção à 
saúde: saúde pública e a medicina previdenciária. 
• Vinculação medicina/trabalho formal:chamada “cidania regulada” 
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• Assistência à saúde como parte do sistema previdenciário. 
 
 
 
 
IMPORTANTE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFORMA SANITÁRIA 
 
 
Movimento sanitário (inicia na década de 70) 
 
Lema: saúde é democracia (associado a 
luta pela democratização do país). 
 
Origem: Departamento de Medicina 
Preventiva nas universidades com uma 
abordagem histórico estrutural dos 
problemas de saúde. 
 
Atores: Centro Brasileiro de Estudo de 
Saúde (CEBES criada em 1976), 
movimento estudantil, médicos residentes, 
Associação Brasileira de Pós-graduação em 
Saúde Coletiva (Abrasco criada em 1979), 
sindicatos, movimentos sociais urbanos. 
 
Questões colocadas pela Reforma 
Sanitária: saúde como direito de todos 
(universalidade); uma nova abordagem da 
problemática de saúde, o pensamento 
médico-social; integralidade; 
descentralização; controle social; cidadania 
ampla; unificação da saúde. 
No ano de 1987, foi criado a partir do Decreto 94.657/87, o Programa de 
Desenvolvimento de Sistemas Unificados e Descentralizado de Saúde nos 
Estados – SUDS. Esse Programa foi, implementado por meio da celebração de 
convênios entre o INAMPS e os Governos Estaduais. 
O SUDS teve como principais objetivos: a unificação dos sistemas (Ministério da 
Saúde e INAMPS - Ministério da Previdência e Assistência Social) com conseqüente 
universalização da cobertura e a descentralização. Podemos considerar o SUDS 
como um embrião do nosso SUS. 
 
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Crítica: o movimento começou a ocupar 
espaços institucionais para mudar a 
política pública e se afastou mais da 
aliança com as classes populares. 
 
A Constituição cidadã de 1988 (art. 196 a 
200) representa, no plano jurídico, a 
afirmação e extensão dos direitos sociais, 
inclusive o da saúde: 
1. Direito universal a saúde e dever do 
Estado (art. 196); 
2. Ações e serviços de saúde são de 
relevância pública, cabendo ao 
poder público regular, controlar e 
fiscalizar (art. 197); 
3. Constituição de um Sistema Único 
de Saúde integrando os serviços em 
uma rede regionalizada, 
hierarquizada, descentralizada e de 
atendimento integral, com 
participação da comunidade (art. 
198); 
4. A assistência à saúde é livre à 
iniciativa privada. Pode ser 
complementar por meio de 
convênio com entidades 
filantrópicas e sem fins lucrativos; 
vedada a comercialização de sangue 
e seus derivados (art. 199); 
5. Atribuições do SUS (art. 200): 
controle e fiscalização de 
procedimentos, produtos e 
substâncias de interesse para a 
saúde; ações de vigilância sanitária 
e epidemiológica, ações de saúde 
do trabalhador; formação de 
recursos humanos para a saúde; 
ações de saneamento básico; 
promover o desenvolvimento 
científico e tecnológico; fiscalizar 
alimentos, bebidas e água para 
consumo humano; fiscalizar 
produtos psicoativos, tóxicos e 
radioativos; proteção do meio 
ambiente e do trabalho. 
 
Até 1988, a política de saúde era pautada 
pela dicotomia: as ações preventivas 
(saneamento, controle de endemias e 
vacinação) eram organizadas pelo Estado 
e as ações assistenciais (individuais e 
curativas) pela previdência social. A 
cidadania era regulada, apenas para os que 
podiam pagar. A partir da criação do SUS 
(CF88), este cenário muda, a cidadania 
passa a ser ampla, assim como a saúde 
passa a ser unificada. 
 
 
 
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IMPORTANTE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE NO 
BRASIL 
 
IMPORTANTE: 
 
 
 
 
 
 
 
Seguridade social é um mecanismo de proteção social, criado a 
partir da Constituição Federal de 1988, que assegura três direitos: 
Saúde para todos; Assistência Social para quem precisa e 
Previdência Social, única que precisa de contribuição. 
 
Indicações de documentários: 
 
- Políticas de Saúde no Brasil 
(disponível em: 
https://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/documentario-
politicas-saude-brasil) 
 
- História da Saúde Pública no Brasil 
(disponível em: https://portal.fiocruz.br/video/historia-da-saude-
publica-no-brasil-500-anos-na-busca-de-solucoes) 
 
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE ≠ SISTEMA DE SAÚDE 
 
Modelos de atenção em saúde definem as combinações tecnológicas estruturadas para 
dar respostas a problemas e necessidades de saúde da população, sejam individuais ou 
coletivas. São normas, padrões e referências para o campo técnico-científico, para 
orientar escolhas técnicas, decisões políticas e financiamentos. Em suma, são as formas 
de organização tecnológica do processo de prestação de serviços de saúde que resultam 
do estabelecimento de intermediações entre o técnico e o político (PAIM, 1999). 
 
https://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/documentario-politicas-saude-brasil
https://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/documentario-politicas-saude-brasil
https://portal.fiocruz.br/video/historia-da-saude-publica-no-brasil-500-anos-na-busca-de-solucoes
https://portal.fiocruz.br/video/historia-da-saude-publica-no-brasil-500-anos-na-busca-de-solucoes
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Modelo de atenção é uma dada forma de 
combinar técnicas e tecnologias para 
resolver problemas e atender necessidades 
de saúde individuais e coletivas. É uma 
razão de ser, uma racionalidade, uma 
espécie de “lógica” que orienta a ação. É 
uma maneira de organizar os meios de 
trabalho (saberes e instrumentos) 
utilizados nas práticas ou processos de 
trabalho em saúde. Aponta para um 
determinado modo de dispor os meios 
técnicos-científicos existentes para intervir 
sobre riscos e danos à saúde. Incorpora 
uma “lógica” que orienta as intervenções 
técnicas sobre os problemas e necessidades 
de saúde, constituindo um modo de 
intervenção em saúde. Corresponde, 
portanto, à dimensão técnica das práticas 
de saúde. 
 
Os modelos assistenciais podem estar 
voltados para a “demanda espontânea” ou 
para necessidades de saúde. Desse modo, 
dois modelos convivem no Brasil de forma 
contraditória ou complementar: o modelo 
médico-assistencial privatista e o 
modelo assistencial “sanitarista”. 
 
 
Modelo médico-assistencial privatista: É 
o modelo hegemônico no Brasil, apesar de 
não contemplar os problemas de saúde de 
toda uma população. Caracteriza-se por 
visar apenas o método curativista e 
biomédico, tende a prejudicar o 
atendimento integral ao usuário e à 
comunidade, além de não se comprometer 
com o impacto sobre o nível de saúde da 
população, reforçando a ideia de que as 
pessoas só devem procurar os serviços de 
saúde quando se sentem doentes. Nesse 
caso, as preocupações das instituições de 
saúde restringem-se a manter em 
funcionamento uma dada oferta de 
atendimento. 
 
No Brasil, o modelo médico-assistencial 
privatista tem origensna assistência 
filantrópica e na medicina liberal, é 
fortalecido com a expansão da previdência 
social e consolida-se com a capitalização 
da medicina nas últimas décadas. É 
importante enfatizar, que esse modelo não 
está presente apenas na assistência privada, 
ele ainda é hegemônico também no setor 
público. 
 
Modelo Assistencial Sanitarista: 
corresponde à Saúde Pública 
institucionalizada no Brasil durante o 
século XX, que tem enfrentado os 
problemas de saúde da população 
mediante campanhas (vacinação, combate 
às epidemias, reidratação oral etc.) e 
programas especiais (controle de 
tuberculose e da hanseníase, saúde da 
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criança, saúde da mulher, saúde mental 
etc.). Usualmente essas formas de 
intervenção não contemplam a totalidade 
da situação de saúde, isto é, concentram 
sua atenção no controle de certos agravos 
ou em determinados grupos supostamente 
em risco de adoecer ou morrer. Deixam de 
se preocupar com os determinantes mais 
gerais da situação sanitária. 
Consequentemente, configuram um 
modelo assistencial que não enfatiza a 
integralidade da atenção e não estimula a 
descentralização na organização dos 
serviços. 
 
Propostas alternativas aos 
modelos de atenção em saúde 
 
As propostas alternativas de 
modelos de atenção em saúde surgem 
como respostas às insuficiências dos 
modelos hegemônicos de atenção em 
saúde, que no caso brasileiro, são expressos 
pelos modelos Campanhista e Médico-
assistencial privatista. Diversas propostas 
desenvolveram-se em diversas localidades 
do mundo, acompanhando marcos 
importantes no processo de reconstrução 
dos sistemas de saúde e da consolidação da 
Atenção Primária. Entre algumas destas 
propostas, podemos citar: 
 
Medicina comunitária ou Modelo 
centrado nos cuidados primários em 
saúde, defendido mundialmente com a 
Carta de Alma Ata, mas cujas raízes 
remontam ao início do século XX, mais 
especificamente com o relatório Dawson, 
que pela primeira organizou um modelo 
regionalizado, com atuação de 
profissionais generalistas tanto na esfera 
preventiva quanto curativa. 
 
Ações programáticas em saúde, 
desenvolvido ainda durante os anos 1970 e 
1980, quando o Brasil convivia com um 
duplo modelo (previdenciário, centrado 
na assistência médico-hospitalar de um 
lado e os serviços do Estado, centrados no 
controle de doenças e agravos). Os centros 
de saúde, como eram conhecidos à época 
contavam com profissional semi-
especialistas (clínicos, pediatras e 
ginecologistas, enfermeiros e outros 
profissionais) que atuavam para controlar 
a carga de doenças nas comunidades, com 
ações preventivas e também individuais, 
inicialmente voltadas para doenças 
infecto-contagiosas e parasitárias 
(tuberculose, hanseníase, malária, etc) e 
depois estendendo-se pra outros formatos 
e grupos populacionais como mulheres, 
crianças, idosos, doenças sexualmente 
transmissíveis, etc. 
 
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Sistemas Locais de Saúde (SILOS), 
proposta elaborada pela OPAS por volta 
de 1986, no contexto dos processos de 
redemocratização na América Latina, de 
modo a aumentar a eficiência dos sistemas 
de saúde e promover maior equidade no 
acesso. A OPAS estimulava que os Estados 
tomassem as rédeas da organização dos 
serviços, com apoio ativo das esferas 
infranacionais. Preconizava maior 
capacidade administrativa de estados e 
municípios, racionalização do uso das 
tecnologias em saúde, cuidado centrado na 
atenção primária, sistema articulado e 
hierarquizado, nas bases do que prescrevia 
o relatório Dawson. No Brasil, o estado da 
Bahia protagonizou a implementação 
desse modelo, iniciado com a 
distritalização do estado (104 distritos para 
todo o estado), sendo o distrito concebido 
como a unidade operacional mínima do 
sistema de saúde, com território definido, 
atenção primaria como articuladora, 
unidades de referência (nível secundário). 
Não conseguiu se sustentar e ser 
conhecida pela população e pelos setores 
burocráticos estatais, apesar de ter 
influenciado o desenho de propostas 
posteriores. 
 
Cidades saudáveis, também patrocinado 
pela OMS e desenvolvido inicialmente em 
Toronto, Canadá também na segunda 
metade dos anos 1980. Propunha a criação 
de cidades que possibilitassem condições 
saudáveis para a população. Baseado no 
modelo de promoção da saúde, propunha 
uma noção de saúde atrelada a noção de 
qualidade de vida, que para tal depende da 
existência de ambientes saudáveis. Para 
garantir, desse modo, moradia, renda, 
escola, ambientes saudáveis, concebe que 
não só a saúde, mas um conjunto de 
políticas públicas deve ser articulado. 
Participação social e autocuidado são 
elementos bastante estimulados por esse 
modelo. No Brasil, durante os anos 90 
esboçou-se uma iniciativa de alguns 
municípios saudáveis, porém, assim como 
outros modelos, não contava com base 
popular e não alterou significativamente a 
prestação de serviços especializados e 
hospitalares. 
 
Em defesa da vida, teve sua origem em na 
Universidade Estadual de Campinas, 
implementado na secretaria de saúde do 
município e alguns outros. Traz uma 
ênfase em mudanças nas relações clínicas e 
no processo de trabalho, no que tange aos 
processos relacionais, comunicacionais e 
no trabalho em equipe, propondo uma 
ampliação do objeto de conhecimento e 
intervenção da clínica. Os principais 
aspectos operativos e filosóficos da clínica 
ampliada defendida pelo modelo são: 
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equipe de referência, apoio especializado 
matricial, formação de vínculo, 
responsabilização clínica e sanitária, 
trabalho em equipe, construção de projeto 
terapêutico singular, construção de 
autonomia, acolhimento, linha de 
cuidado. 
 
Modelo de vigilância à saúde, adotado 
por vários estados municípios brasileiros 
nos anos 1990, tinha como pilares os 
seguintes aspectos: territorialização 
(distritalização); utilização da 
epidemiologia e do planejamento 
estratégico como principais ferramentas 
para planejar ações prioritárias, definir 
recursos e remodelar serviços, 
interdisciplinaridade e participação social. 
 
Estratégia de saúde da família, 
inicialmente implementado como um 
programa para remodelar a atenção 
primária, passa a ser estimulado pelo 
Ministério da Saúde para reorganizar todo 
o sistema de saúde. O processo de trabalho 
envolve equipes multidisciplinares 
atuando com base num território, com 
prestação de assistência à saúde, vigilância, 
abordagem de grupos de risco e ações de 
promoção à saúde. 
 
__________________________________________________________________________ 
 
REFERÊNCIAS 
 
BORGES, C. C. Um pouco da história da saúde pública no Brasil. 2002. 
COELHO, I. B. Propostas de modelos alternativos em saúde, 32 p. Disponível em: 
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2147.pdf. Acesso em: 06 mar. 2019. 
FLEURY, S.; OUVERNEY, A. M. Política de Saúde; Uma Política Social. In: GIOVANELLA, L.; ESCOREL, 
S; LOBATO, L. V. C; NORONHA,J. C; CARVALHO, A. I. (Orgs). Políticas e Sistemas de Saúde no 
Brasil. Rio de Janeiro - R. J. Fiocruz, 2008. p. 23 – 64. p. 27. 
PAIM JS. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, Coleção Temas em Saúde, 2009. 148 p. 
CONILL, E. M. Sistemas comparados de saúde. In: CAMPOS, Gastão Wagner de Souza et al. (Ed.). Tratado 
de saúde coletiva. São Paulo; Rio de Janeiro: Hucitec e Editora Fiocruz, 2006. p. 563-613. 
MATTOS, R.A. Sobre os limites e as possibilidades dos estudos acerca dos impactos das políticas públicas 
relativas à epidemia de HIV/aids: algumas reflexões metodológicas feitas a partir do caso brasileiro. In: 
PARKER, R., GALVÃO, J., BESSA, M.S. (orgs.) Saúde, desenvolvimento e política. Respostas frente à aids 
no Brasil. Rio de Janeiro/São Paulo: ABIA/Ed.34, 1999. Cap.1, p. 29-90. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Relatório Mundial de Saúde: o financiamento da cobertura 
universal. Genebra, 2010. 
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2147.pdf
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PAIM J. A reforma sanitária e os modelos assistenciais. In: ROUQUAYROL MZ, ALMEIDA FILHO N. 
Epidemiologia e saúde. 5ª ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. p. 473-87. 
__________________________________________________________________________________ 
 
EXERCÍCIOS 
 
01. (IAUPE, 2018 Perfil AB) No início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro, 
então capital do Brasil, assolava um conjunto de doenças que suscitou do poder 
público medidas enérgicas, que desencadearam um movimento revoltoso. Sobre esse 
conjunto de doenças, analise os itens abaixo: 
I. Febre Amarela II. Varíola 
III. Peste Bubônica IV. Cólera 
V. Escorbuto 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todos estão corretos. 
B) Existem, apenas, quatro corretos. 
C) Existem, apenas, três corretos. 
D) Existem, apenas, dois corretos. 
E) Existe, apenas, um correto. 
 
02. (IAUPE, 2018 Perfil AB) Tramita no Congresso Nacional brasileiro proposta de 
reforma da Previdência Social. Várias mudanças têm ocorrido desde a criação, em 
1923, das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). Posteriormente, foram criados 
os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs). Em 1966, unificaram-se os IAPs no 
INSS. A lei, marco histórico da implantação da Previdência Social no Brasil, em 
1923, é conhecida como 
A) Lei Gustavo Capanema. B) Lei Oswaldo Cruz. C) Lei Eloy Chaves. D) Lei Belisário 
Penna. E) Lei Getúlio Vargas. 
 
03. (IAUPE, 2019, Perfil Interiorização em Saúde) Sobre o processo que resultou na 
criação do SUS, analise as afirmativas abaixo: 
I. A articulação de vários setores da Sociedade Civil, organizada a partir da metade dos 
anos 70 do século XX, foi responsável pelo processo político que resultou na criação do 
SUS. 
II. Os sucessivos Governos brasileiros da segunda metade da década de 70 e dos anos 80 do 
século XX são responsáveis pelas formulações, que resultaram na criação do SUS. 
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III. O processo que resultou na criação do SUS foi um movimento acadêmico iniciado na 
8ª Conferência Nacional de Saúde sob a liderança de Sérgio Arouca que se completou em 
05 de outubro de 1988, com a promulgação da Constituição Federal. 
IV. O CEBES, a ABRASCO e o MOPS foram três dos principais Coletivos do Movimento 
da Reforma Sanitária Brasileira e do SUS. 
V. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência teve um importante papel no 
processo da reforma sanitária que resultou na criação do SUS. 
Estão CORRETAS: 
 A) I, III e V. B) I, II e III. C) I, IV e V. D) II, III e IV. E) II, III e V. 
 
04. (IAUPE, 2019, Perfil Interiorização em Saúde) Sobre a Reforma Sanitária, analise 
as afirmativas abaixo: 
I. A reforma sanitária foi o projeto que objetivou especificamente a criação do SUS. 
II. Além de formular o SUS, a reforma sanitária brasileira visou modificar um campo de 
conhecimentos. 
III. A concepção ampliada de saúde e o significado de direito à saúde, bem como as 
propostas de princípios e diretrizes para uma nova instituição de saúde são constituintes 
do projeto da reforma sanitária brasileira. 
IV. No âmbito institucional, a construção do projeto da reforma sanitária buscou 
confrontar os problemas de insuficiência, má distribuição, ausência de coordenação, 
inadequação, ineficiência e ineficácia, características do Sistema Nacional de Saúde. 
V. O projeto da reforma sanitária ocupou a centralidade das discussões da VIII 
Conferência Nacional de Saúde e inspirou a Constituição Federal de 1988 e as Leis 
Orgânicas da Saúde. 
Está CORRETO, apenas, o que se afirma em: 
A) II, III, IV e V. B) I e II. C) I. D) I e IV. E) I, III e V. 
 
05. (IAUPE, 2018, Perfil AB) Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, 
estabelece-se no Brasil um modelo de proteção social em saúde conhecido como 
A) Seguridade Social. 
B) Seguro Social. 
C) Assistência Social. 
D) Sistema Social. 
E) Política Social. 
 
06. (IAUPE, 2013, Perfil AB) Foi(Foram) demanda(s) do Movimento Sanitário: 
A) saúde entendida exclusivamente como resultado de políticas sociais. 
B) saúde como direito de todos e opção do Estado. 
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C) irrelevância pública das ações e dos serviços de saúde. 
D) criação de mais de um sistema único de saúde. 
E) princípios da descentralização, do atendimento integral e da participação da 
comunidade. 
 
07. (IAUPE, 2013, Perfil AB) Com relação aos pontos defendidos no Projeto da 
Reforma Sanitária Brasileira, analise os itens abaixo: 
I. A expansão dos direitos de cidadania, a universalidade do acesso, com justiça social, e o 
papel do Estado na proteção social. 
II. O princípio da integralidade que aponta um novo enfoque para o direito à saúde, 
tendo como pilares básicos a interdisciplinaridade e a intersetorialidade. 
III. O conceito ampliado de saúde com a adoção dos determinantes sociais como 
estruturantes dos processos saúde doença. 
IV. A participação da comunidade, princípio constitucional e eixo organizador do Sistema 
Único de Saúde. 
Estão CORRETOS 
A) I, II e III, apenas. 
B) II e IV, apenas. 
C) II, III e IV, apenas. 
D) I, II, III e IV. 
E) III e IV, apenas 
 
08. (IAUPE, 2016, Perfil AB) Dois modelos de atenção à saúde da população se 
destacaram no século XX: o Modelo Médico Assistencial Hospitalocêntrico (MH) e o 
Modelo Sanitarista (MS). Sobre eles, analise as afirmativas abaixo: 
I. A criação do Programa Nacional de Imunização e a da Vigilância Epidemiológica, ainda 
na década de 70, fortalece a estruturação do MS. 
II. Os institutos de aposentadorias e pensões, criados na era Vargas, solidificam o MH. 
III. O MH tem suas raízes na medicina liberal. 
IV. O MH não é considerado um modelo privativista. 
V. O MS tem suas bases históricas nas campanhas sanitárias e nos programas especiais de 
controle de doenças. 
Está(ão) CORRETA(S) 
A) todas. B) apenas quatro. C) apenas três. D) apenas duas. E) apenas uma. 
 
09. (IAUPE, 2016, Perfil SC) “Modelo de atenção à saúde refere-se à convergência de 
horizontes entre os diversosdiscursos acerca de modos de operar e gerir as 
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tecnologias de atenção à saúde de indivíduos e populações” (Ayres, J.R.C.M. Saúde e 
Sociedade, v.18, supl.2, 2009) 
De acordo com Jairnilson Paim, no Brasil, há dois modelos de atenção à saúde que 
convivem de forma contraditória ou complementar: O modelo Médico Hegemônico e o 
modelo Sanitarista. (Políticas e Sistemas de saúde no Brasil. Modelos de Atenção à saúde 
no Brasil. Jairnilson Silva Paim.) 
A respeito do modelo de Atenção à Saúde Médico Hegemônico, assinale a alternativa 
CORRETA. 
A) Trata-se de um modelo que visualiza a saúde sob enfoque da promoção e prevenção de 
direitos, sendo um direito inato de todo ser humano. 
B) Observa o processo saúde-doença como uma mercadoria. 
C) Fornece ênfase ao determinismo social do processo de adoecimento. 
D) Repudia a prática de medicalização dos agravos. 
E) Estimula a participação ativa da população no empoderamento sobre saúde, ou seja, 
foca-se na promoção de saúde. 
 
10. (IAUPE, 2015, Perfil AB) O modelo de vigilância da saúde sugere a possibilidade 
de uma integração com as vigilâncias, a assistência médica e as políticas públicas e 
aponta para uma possível superação dos modelos de atenção hegemônicos. Esse 
modelo de vigilância da saúde enfatiza as seguintes características, EXCETO: 
A) Intervenção sobre problemas de saúde (danos, riscos e ou determinantes). 
B) Ênfase em procedimentos e serviços especializados. 
C) Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos. 
D) Utilização do conceito epidemiológico de risco. 
E) Articulação entre ações promocionais, preventivas e curativas. 
 
11. (Residência Multiprofissional em Saúde- UFRN/2013) O surgimento das 
primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) é o marco inicial da atividade 
estatal em relação à assistência médica. A lei de 1923, na qual o governo instituiu e 
regulamentou tais entidades, foi a: 
A) Lei Carlos Chagas. 
B) Lei Eloy Chaves. 
C) Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/1990. 
D) Lei Orgânica da Saúde nº 8.142/1990. 
 
12. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011) A VIII Conferência Nacional de Saúde, 
realizada em 1986, foi um acontecimento importante que influenciou a criação do 
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SUS. Em relação ao Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, marque a 
alternativa CORRETA: 
A) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais porque impulsionou a 
realização de Conferências Estaduais e Municipais. 
B) O movimento pela reforma sanitária brasileira teve grande participação popular e do 
movimento sindical, mas não houve apoio político. 
C) O movimento da reforma sanitária brasileira criou o SUS e impulsionou a elaboração 
de uma nova Constituição Federal. 
D) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais por seu caráter democrático 
e sua dinâmica processual. 
E) O SUS foi criado através da Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. 
 
13. (HU- UFBA/EBSERH/IADES/2014) Antes da criação do SUS, o Ministério da 
Saúde (MS), apoiado por estados e municípios, desenvolvia basicamente quais tipos 
de ações? 
A) Ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças, com destaque para as 
campanhas de vacinação e o controle de endemias. 
B) Assistência médico-hospitalar de alta complexidade e fabricação de vacinas e 
medicamentos, com destaque para as drogas de combate ao vírus da Aids. 
C) Campanhas educacionais de prevenção de doenças, com incentivo à prática de 
exercícios e à busca por uma alimentação saudável. 
D) Fiscalização das ações de saúde pelos estados e municípios, com a aplicação de multas 
quando encontradas irregularidades na execução dos orçamentos contratados. 
E) O MS foi criado juntamente com o SUS. Antes desse período, as ações de saúde pública 
eram executadas pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social 
(INAMPS). 
 
14. (SESAP-RN/COMPERVE/UFRN/2018) A 8ª Conferência Nacional de Saúde 
(CNS), realizada em março de 1986, foi um marco para as mudanças na área da saúde 
depois do fim do regime militar no Brasil. Essa conferência contou com a 
participação de mais de 4.000 pessoas e reuniu instituições de saúde e representantes 
da sociedade civil, dos grupos profissionais e dos partidos políticos. 
Dentre as principais resoluções da 8ª Conferência Nacional de Saúde, encontram-se: 
A) Adoção de um conceito amplo de saúde, segundo o qual saúde é o resultado das 
condições de alimentação, habitação, educação, entre outros, e da organização social da 
produção; criação de um Sistema único de Saúde, separando-se, gradualmente, a saúde da 
previdência, com uma ampla reforma sanitária; constituição de um orçamento social, cuja 
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maior parcela de recursos caberia, inicialmente, à saúde, para suprir a falta dos recursos 
previdenciários. 
B) adoção de um conceito amplo de saúde, segundo o qual saúde é o resultado de 
condições dignas de vida e acesso universal e igualitário a ações e serviços de saúde; 
criação de um Sistema Único de Saúde, separando totalmente saúde de previdência, por 
meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento social que englobe os 
recursos destinados às políticas sociais. 
C) adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado de 
condições dignas de vida e acesso universal e igualitário a ações e a serviços de saúde; 
criação de um Sistema único de Saúde, separando totalmente saúde de previdência, por 
meio de ampla reforma sanitária; constituição de um orçamento social, cabendo à saúde, 
inicialmente, maior parcela de recursos, de modo a suprir a ausência dos recursos 
previdenciários. 
D) adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado das 
condições de alimentação, habitação, educação, entre outros, e da organização social da 
produção; criação de um Sistema Único de Saúde, separando gradualmente saúde de 
previdência, por meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento social 
que englobe os recursos destinados às políticas sociais. 
 
15. (IF-PA/2016) Em relação aos Modelos de Atenção à Saúde no Brasil, o debate 
pouco tem privilegiado a questão dos modelos assistenciais, ou seja, das formas de 
organização tecnológica do processo de prestação de serviços de saúde. O sistema de 
saúde brasileiro é um espaço de disputa entre modelos assistenciais diversos e do 
Modelo Médico Hegemônico que apresenta aspectos como: 
I. individualismo 
II. saúde e doença como mercadoria; 
III. ênfase no biologicismo 
IV. historicidade da prática médica 
V. medicalização dos problemas 
A) Todas as assertivas estão corretas; 
B) Apenas a assertiva IV está correta; 
C) Apenas a assertiva III está correta; 
D) Apenas as assertivas I e II estão corretas; 
E) Apenas a assertiva V está correta. 
 
16. (SABESP/FCC/2014) A história natural da doença refere-se a uma descrição da 
progressão ininterrupta de uma doença em um indivíduo desde o momento da 
exposição aos agentes causais até a recuperação ou a morte. Pode-se afirmar que: 
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A) As fases da evolução da doença são quatro: de susceptibilidade, patológica pré-clínica, 
clínica e de incapacidade residual. 
B) As medidas preventivas podem ser iniciadas a partir da fase patológica pré-clínica. 
C)As medidas preventivas na fase clínica são denominadas de prevenção terciária. 
D)Os fatores gerais envolvidos no processo saúde e doença são agente e hospedeiro. 
E) O tratamento adequado para interromper o processo mórbido e evitar futuras 
complicações e sequelas denomina-se prevenção primária. 
 
17.(PERFIL HOSPITALAR- 2023) Sobre a Reforma Sanitária Brasileira (RSB), 
assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Em meados da década de 1970, teve início um movimento postulando a 
democratização da saúde no Brasil e que mais tarde 
veio a ser referido como movimento de Reforma Sanitária Brasileira. 
B) A RSB resultou na institucionalização da vigilância em saúde no país. 
C) A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, foi um marco deste 
movimento. 
D) As propostas advindas deste movimento resultaram na universalidade do direito à 
saúde, oficializado com a Constituição 
Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde. 
E) Uma figura de destaque do movimento da Reforma Sanitária Brasileira foi o sanitarista 
Sérgio Arouca. 
 
18. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA E REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E SAÚDE DA 
FAMÍLIA – INTERIORIZAÇÃO EM SAÚDE- 2023 - caderno 77) Sobre o contexto 
histórico da reforma psiquiátrica no Brasil, analise as afirmativas abaixo: 
I. Teve como inspiração as ideias e práticas do psiquiatra Franco Basaglia na década de 
1960. 
II. Em 1990, foi criado o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM). 
III. O projeto de reforma psiquiátrica foi apresentado em 1998 pelo deputado Paulo 
Delgado. 
IV. A Lei 10.216, de 2001 foi o marco do fechamento gradual de manicômios e hospícios. 
V. Em 2003, foi criado o Programa de Volta para Casa. 
Estão CORRETAS 
A) I, II, III, IV e V. 
B) apenas I, III, IV e V. 
C) apenas I, IV e V. 
D) apenas I, II e III. 
E) apenas II e V. 
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19. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA E REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E SAÚDE DA 
FAMÍLIA – INTERIORIZAÇÃO EM SAÚDE- 2023 -caderno- 77) Na história da Saúde 
Pública brasileira, em 1987, tivemos a criação de uma estrutura que tinha como 
principais diretrizes: universalização e equidade no acesso aos serviços de saúde; 
integralidade dos cuidados assistenciais; descentralização das ações de saúde e 
implementação de distritos sanitários. Assinale a alternativa que corresponde a essa 
estrutura. 
A) Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS) 
B) Comissão de Intergestores Tripartite (CIT). 
C) Programa de Saúde da Família (PSF) 
D) Sistema Único de Saúde (SUS) 
E) Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS) 
 
20. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA E REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E SAÚDE DA 
FAMÍLIA – INTERIORIZAÇÃO EM SAÚDE- 2023- caderno-77) Em relação ao 
processo histórico do movimento da Reforma Sanitária Brasileira, tivemos, no 
período de 1920 a 1945, algumas modificações na saúde pública e na assistência 
individual em que começou a se delinear o modelo 
A) sanitarista campanhista. 
B) médico assistencial previdenciário. 
C) de Atenção Primária à Saúde. 
D) médico privatista. 
E) biomédico. 
 
21. (PERFIL / ATENÇÃO BÁSICA E REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E SAÚDE DA 
FAMÍLIA – INTERIORIZAÇÃO EM SAÚDE-2023 - caderno -78) Dentre os marcos 
históricos da Política de Saúde no Brasil, em 2001, foi sancionada a Lei 10.216, marco 
importante no SUS, por instituir 
A) a Lei Orgânica da Saúde. 
B) a Norma Operacional da Assistência à Saúde. 
C) a Lei Antimanicomial. 
D) a Agenda de Saúde. 
E) a Estratégia Saúde da Família. 
 
22. (SAÚDE COLETIVA- AMPLA CONCORRÊNCIA – 2022 – caderno- 85) Ao 
trabalharmos o tema da Reforma Sanitária Brasileira (RSB), um dos debates é 
relacionado à atuação do corpo profissional, gestores e trabalhadores, frente à defesa 
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do SUS e dos princípios da RSB. Acerca disso, Ricardo Bruno Mendes Gonçalves, 
pensador da RSB, faz a seguinte análise sobre a organização social das práticas de 
saúde: 
“O processo de trabalho não é apenas dispêndio mecânico de forças: é a forma mais 
especialmente humana de sociabilidade, de gênese histórica. Em cada grão de tecnologia, 
estão contidas, assim, ao mesmo tempo, todas as determinações do passado que nela 
desembocam e toda a construção viva do futuro.” GONÇALVES, Ricardo Bruno Mendes. 
Tecnologia e organização social das práticas de saúde: características tecnológicas do 
processo de trabalho em saúde na rede estadual de centros de saúde de São Paulo. São 
Paulo: HUCITEC-ABRASCO, 1994. p. 268. 
Considerando as lutas da RSB e o conteúdo explanado, é CORRETO afirmar que a 
atuação profissional deve resgatar 
o(a) 
A) elitismo no SUS. 
B) oligarquismo na Rede de Atenção à Saúde. 
C) desconstitucionalização da saúde como direito. 
D) democratização da saúde. 
E) hegemonia do serviço privado frente ao público. 
 
23. (SAÚDE COLETIVA- AMPLA CONCORRÊNCIA – 2022 – caderno- 85) Observe a 
imagem abaixo: 
 
 
 
 
“O atual sistema de saúde é incompetente, distorcido e perverso, no sentido de que 
ele é um devorador de recursos públicos e simultaneamente a isso não consegue 
62 
 
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resolver os problemas mais simples da saúde do nosso povo.” Sérgio Arouca, agosto de 
1987. 
Na corda bamba de sombrinha: a saúde no fio da história/Carlos Fidélis e Ialê 
Falleiros organizadores. – Rio de Janeiro: Fiocruz/COC; Fiocruz/EPSJV, 2010. Nesse 
mesmo momento, militantes pela melhoria da saúde pública atuavam meio a 
conferências e debates para romper com a degradação humana devido à ausência de 
um direito que, em breve, seria consolidado e formalizado, bem como à engrenagem 
mercadológica dos serviços de saúde. 
São marcas do momento apresentado todas as assertivas abaixo, EXCETO: 
A) Prioridade conferida à medicina curativa. 
B) Crescimento dos grupos privados no setor saúde e expansão da rede privada. 
C) Preponderância da atuação na saúde por meio de empresas de saúde contratadas pelo 
Ministério da Previdência e 
Assistência Social. 
D) Fornecimento à iniciativa privada do papel primordial de assistência à população por 
meio de convênios com o Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS). 
E) Projeto civilizatório de sociedade solidária e inclusiva, a qual preza pela saúde 
enquanto direito universal de cidadania. 
 
24. (SAÚDE COLETIVA- AMPLA CONCORRÊNCIA – 2022 – caderno- 85) Assinale a 
alternativa que apresenta uma proposta alternativa ao Modelo Médico Assistencial 
privatista. 
A) Médico hegemônico 
B) Acolhimento 
C) Modelo de atenção gerenciada 
D) Modelo sanitarista 
E) Medicina curativa 
 
GABARITO: 
 
1. C 2. C 3. C 4. A 5. A 6. E 7. D 8. B 
9. B 10. B 11. B 22. D 13. A 14. B 15. A16. A 
17. B 18. C 19. E 20. B 21. C 22. D 23. E 24. B 
 
 
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Aula 
03 
 
Indicadores Epidemiológicos 
 
Profª Isabelle Brito 
 
 
 
 
 
 
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INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS 
 
 
Os indicadores de saúde têm como propósito avaliar o cenário epidemiológico de 
uma população e estimar o seu nível de desenvolvimento social e econômico, tendo 
em vista que vários indicadores de saúde expressam indiretamente a falta de 
infraestrutura e organização dos serviços de saúde, bem como a falta de educação e 
informação em saúde por parte da sociedade (GOMES, 2015). 
 
 
Aplicabilidade dos Indicadores 
 
 Análise da situação de saúde 
 Comparação; 
 Avaliação de mudanças; 
 
Expressão dos resultados 
 
 
 
 
 
 
 
 Valores Absolutos: dados colhidos 
diretamente da fonte de informação, 
com esses dados não é possível realizar 
análise comparativa. Ex: número de 
leitos determinados para uma 
enfermidade, estimativa de 
medicamentos etc. 
 Valores Relativos: relacionado a uma 
população, podemos comparar 
frequências de mortalidade ou 
morbidade com esses valores, por 
exemplo. 
 
VALORES 
ABSOLUTOS VALORES 
RELATIVOS
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Medidas em Saúde 
 
 Indicador: trata-se do índice eleito para 
alertar qual o momento e lugar para que se 
desencadeie uma ação, trata-se de um índice 
crítico capaz de orientar a tomada de 
decisão em prol das evidências ou 
providências; 
 
 Índice: termo genérico e refere-se a todos os 
descritores de vida e saúde. Trazem a noção 
de grandezas existentes e incidentes. Os 
mais utilizados são: nascimentos, óbitos e 
doenças; 
 
 Coeficiente: medidas utilizadas para 
descrever fenômenos observados. É eficiente 
para medir a intensidade dos riscos em mais 
de uma situação. Todo coeficiente de risco 
pode ser utilizado para realizar projeções e 
estimativas; 
 Taxa: termo utilizado para definir medidas 
auxiliares aos cálculos de estimativas e 
projeções de fenômenos que não temos 
registros confiáveis. Taxa é um valor usado 
para realizar estimativa ou projetar um 
valor esperado (Ex: O coeficiente de 
natalidade de uma população A, ao ser 
usado para calcular a estimativa de 
natalidade da população B, é chamado taxa 
de natalidade). 
 
 
INDICADORES: TIPOS E APLICAÇÃO 
Critérios de avaliação e seleção de indicadores 
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Para que um indicador tenha todas as aplicações, ele precisa atender a certos critérios, que, 
podem ser definidos como: 
 
Tipos de Indicadores 
 Morbidade; 
 Mortalidade e sobrevida; 
 Nutrição, crescimento e 
desenvolvimento; 
 Demográficos; 
 Sociais; 
 Ambientais; 
 Serviços de saúde. 
 
 
INDICADORES DE MORBIDADE 
 
As estatísticas de morbidade são utilizadas, preferencialmente, para avaliação do 
nível de saúde e para aconselhamento de ações de caráter abrangente que visem 
melhorar o estado sanitário da comunidade. Além de sua importância prevalente 
no monitoramento de doenças, os dados de morbidade são cruciais para os estudos 
de análise do tipo causa/efeito. 
 
Expressões quantitativas de morbidade: 
 
 
67 
 
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Coeficiente de Morbidade 
Esse indicador pode ser calculado através da seguinte equação: 
 
CM = Nº de casos de uma doença x 10n 
População exposta ao risco 
 
Incidência: é a frequência de novos casos de uma determinada doença ou problema de 
saúde num determinado período, oriundo de uma população sob risco de adoecer no 
início da observação; 
Pode ser calculada da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
No ano de 2019, a Unidade Básica de Saúde “C” notificou 489 casos de dengue, dos 
quais 280 foram confirmados após resultado do exame sorológico. Sabendo-se que esta 
UBS acompanha um total de 3.100 pessoas, qual a incidência dessa doença para este ano? 
 
 
*Constante de 100 mais apropriada para o tamanho da população. 
 
 
 
 
 
Taxa de Incidência (UBS “C”): 
280
3.100
 x 100* = 9,0 casos/100 hab. 
68 
 
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Eventos que influenciam a incidência: 
 
 
 
 
 
 
 
Prevalência: pode ser definida como a frequência de casos existentes de uma determinada 
doença em uma determinada população e em um dado momento. 
 
 
 
 
Eventos que influenciam a prevalência: 
AUMENTAM A PREVALÊNCIA DIMINUEM A PREVALÊNCIA 
Doenças Crônicas Doenças com alta mortalidade 
Tratamentos que prolongam a 
sobrevida 
Tratamentos que levam a cura 
Doenças com baixa mortalidade Emigração 
Casos incidentes e imigrantes Óbitos 
 
INDICADORES DE MORTALIDADE 
 
1- Coeficiente de Mortalidade Geral 
AUMENTAM A INCIDÊNCIA DIMINUEM A INCIDÊNCIA 
Novos casos 
Medidas que diminuem o risco 
ou suscetíveis em uma 
população 
Imigração 
Recidiva 
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 Utilizado para quantificar a intensidade do risco de morrer que uma população 
tem por viver em determinada área e em determinado ano sem especificar as 
causas, ou grupo de causas, sexo ou idade das pessoas que morreram. 
 
Esse indicador pode ser calculado através da seguinte equação: 
 
CMG = Nº total de óbitos em certa área durante o ano x 1000* 
População da área ajustada para o meio do ano 
*Base referencial para população exposta 
 
2- Coeficiente de Mortalidade Infantil 
 Utilizado para indicar todos os óbitos ocorridos em crianças menores de 1 ano 
de uma determinada população num dado período. 
 
 
Esse indicador pode ser calculado através da seguinte equação: 
 
CMI = Nº total de óbitos em menores de 1 ano em certa área durante o ano x 1000* 
Número de nascidos vivos no período 
*Habitualmente calculado na base de 1000 nascidos vivos 
 
 
Componentes da Mortalidade Infantil 
 
Período neonatal: compreende as quatro primeiras semanas de vida (0 a 27 dias de vida). 
Período neonatal precoce: compreende o período entre 0 e 6 dias de vida. 
Período neonatal tardio: compreendeo período entre 7 e 27 dias de vida 
Período pós-neonatal: de 28 dias – 1 ano de vida. 
 
Exemplo de fórmula para cálculo: 
 
CM Neonatal = Nº de óbitos de crianças entre 0 e 27 dias de vida x 1.000 
 Nº de nascidos vivos no período 
 
3- Mortalidade por causas específicas 
70 
 
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 Estima o risco de morte por determinada doença ou grupo de doenças. Utilizado 
para avaliação e comparação das variações populacionais, geográficas e temporais 
da mortalidade por causas ou grupos de causas. 
 
Esse indicador pode ser calculado através da seguinte equação: 
 
CMCE = Nº de óbitos por determinada doença em uma população x 100.000 
 População da área ajustada para o meio do ano 
 
4- Coeficiente de Letalidade 
 Mensura a gravidade de uma doença. 
Esse indicador pode ser calculado através da seguinte equação: 
 
CL = Nº total de óbitos de determinada doença em um determinado tempo x 100 
Nº de casos dessa doença no mesmo período, 
5- Esperança de vida ao nascer 
 
 Indica o número médio de anos que um indivíduo tem a probabilidade de viver, 
supondo que os coeficientes de mortalidade permaneçam o mesmo; 
 Constitui um indicador de qualidade de vida; 
 MULHERES > HOMENS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6- Mortalidade Proporcional por Faixa Etária 
71 
 
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Para a construção dessas curvas, são consideradas as seguintes faixas etárias: 
 crianças em idade pré-escolar (1 a 4 anos); 
 crianças em idade escolar e adolescentes entre 5 e 19 anos; 
 adultos jovens (20 a 49 anos); 
 pessoas de meia idade e idosos (50 anos ou mais). 
 
 
 
Calculada com base na seguinte equação: 
 
 Nº total de óbitos para determinada faixa etária, 
TM proporcional = em um determinado período x 1.000 
 Nº total de óbitos para o mesmo período 
 
A Taxa de Mortalidade Proporcional também pode ser representada por gráficos de 
curvas, também conhecidos como Curvas de Mortalidade Proporcional ou Curvas de 
Nelson de Moraes, que receberam este nome em homenagem ao sanitarista brasileiro que 
as idealizou em 1959. 
 
 Curvas do Tipo I: típicas de regiões subdesenvolvidas, com predomínio de óbitos 
em jovens maduros (20 a 49 anos); 
 Curvas do Tipo II: forma de J invertido, revelam níveis baixos de saúde com 
grande número de mortes nos primeiros anos de vida; 
 Curvas do Tipo III: nível de saúde regular, modelo em U. Óbitos infantis caem e 
aumentam as mortes de pessoas de 50 anos ou mais; 
 Curvas do Tipo IV: indicam melhor nível de saúde, com predomínio quase 
absoluto de mortes em pessoas de 50 anos ou mais. 
 
 
Figura – Variações da curva de mortalidade proporcional de Nelson de Moraes 
 
72 
 
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7- Anos potenciais de vida perdidos 
 
 Expressa o efeito das mortes ocorridas precocemente em relação à duração de vida 
esperada para uma determinada população; 
 Permite comparar a importância relativa de diferentes causas de morte em relação 
aos APVP em uma população. 
 
 
 
 
 
8- Mortalidade Materna 
 Morte materna é definida como: “morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias 
após o término da gestação.” 
 Indicador que se refere ao risco de morte materna em decorrência de causas associadas 
a complicações durante a gestação, o parto e o puerpério. Considerado um indicador 
DOENÇA 
QUANTO MAIS PRECOCEMENTE LEVA A 
ÓBITO 
APVP DESTA DOENÇA 
73 
 
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de qualidade da atenção à saúde da população, é influenciado pelas condições 
socioeconômicas e pela manifestação das iniquidades sociais. 
 
Esse indicador pode ser calculado através da seguinte equação: 
 
 Razão de Nº de óbitos de mulheres por causas ligadas 
 Mortalidade Materna = à gravidez, parto e puerpério no período x 100.000 
 Nº de nascidos vivos no período 
 
 O número de nascidos vivos é utilizado no denominador da razão de mortalidade 
materna como uma estimativa da população de gestantes expostas ao risco de 
morte por causas maternas. Isso ocorre porque não existe no país a informação 
sistematizada sobre o número total de gestantes, apenas de nascidos vivos. 
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RESUMO DOS PRINCIPAIS COEFICIENTES E ÍNDICES EM SAÚDE PÚBLICA 
INDICADOR FÓRMULA 
Coeficiente de 
Morbidade 
CM = Nº de casos de uma doença x 10n 
População exposta ao risco 
Coeficiente de 
Incidência 
CI = Nº de casos novos (iniciados) num determinado período numa área x 100.000 
População exposta ao risco neste período, na área 
Coeficiente de 
Prevalência 
Prev = Nº de casos existentes (novos + antigos) em determinado período x 10n 
População da área no mesmo período 
Coeficiente de 
Mortalidade Geral 
CMG = Nº de óbitos em certa área durante o ano x 1000* 
População da área ajustada para o meio do ano 
*Base referencial para população exposta 
Coeficiente de 
Mortalidade Infantil 
 
CMI = Nº de óbitos de menores de 1 ano em certa área durante o ano x 1000* 
Número de nascidos vivos no período 
*Habitualmente calculado na base de 1000 nascidos vivos 
Coeficiente de 
Mortalidade Neonatal 
CMNN = Nº de óbitos de menores de 28 dias em certa área durante o ano x 1000* 
Total de nascidos vivos nessa área durante o ano 
Coeficiente de 
Mortalidade Infantil 
Tardia 
 
CMIT = Nº de óbitos de crianças maiores de 28 dias a 11 meses de idade em certa área durante o ano x 1000* 
Total de nascidos vivos nessa área durante o ano 
Coeficiente de 
Mortalidade por Causa 
Específica 
CMCE = Nº de óbitos por determinada doença em uma população x 100.000 
População da área ajustada para o meio do ano 
Coeficiente de 
Letalidade 
CL = Nº total de óbitos de determinada doença em um determinado tempo x 100 
Nº de casos dessa doença no mesmo período 
Mortalidade 
Proporcional por Faixa 
Etária 
 
TM proporcional = Nº total de óbitos para determinada faixa etária em um determinado período x 
1.000 
Nº total de óbitos para o mesmo período 
 
Coeficiente de 
Mortalidade Materna 
 
CMM = Nº total de óbitos por causas ligadas a gestação, parto e puerpério em determinada área no ano x 100.000 
Nascidos vivos no mesmo período 
Razão de Mortalidade 
proporcional ou índice 
de Swaroop & Uemura 
ISU = Nº de óbitos de pessoas com 50 e mais anos de idade x 100 
Nº de óbitos totais 
Índice ou Razão de 
Masculinidade 
RM = Nº de indivíduos do sexo masculino x 1000 (ou x100) 
Nº de indivíduos do sexo feminino 
Coeficientegeral de 
Fecundidade 
CGF = Nº de nascidos vivos numa determinada área do ano x 1000 
População de mulheres de 15 a 49 anos no mesmo período 
Coeficiente de 
Natalidade geral 
CNG = Nº de nascidos vivos numa determinada área do ano x 1000 
População da área ajustada para o meio do ano 
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EXERCÍCIOS 
 
1- (PSICOLOGIA HOSPITALAR/2022) Sobre os indicadores demográficos e de 
saúde, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) A Taxa de fecundidade total refere-se ao número médio de filhos nascidos vivos, tidos 
por uma mulher ao final do seu período 
reprodutivo em determinado espaço geográfico. 
B) A esperança de vida ao nascer é o número médio de anos de vida esperados para um 
recém-nascido. 
C) A cobertura de consultas de pré-natal refere-se ao percentual de mulheres com filhos 
nascidos vivos, segundo o número de 
consultas de pré-natal. 
D) A Razão de Mortalidade Materna é calculada a partir do número de óbitos de mulheres 
residentes, por causas e condições 
consideradas de morte materna, sobre o número de nascidos vivos de mães residentes (x 
100.000) 
E) A incidência de sífilis congênita é calculada a partir de casos novos de sífilis em 
gestante, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 
 
2- (PSICOLOGIA ATENÇÃO BÁSICA/2022) Sobre as medidas de frequência de 
doença na epidemiologia, assinale a alternativa CORRETA. 
A) A prevalência é a medida de ocorrência de casos novos de doença em uma população 
sob risco em um tempo determinado. 
B) A incidência é um indicador da magnitude da presença de uma doença ou outro 
evento de saúde na população. 
C) A taxa de incidência que se obtém em uma situação de surto ou epidemia é 
denominada taxa de ataque da doença. 
D) A taxa de letalidade mede o contágio de uma doença de transmissão pessoa a pessoa e, 
portanto, é de utilidade para avaliar 
a efetividade das medidas de controle de um surto. 
Coeficiente de 
Mortalidade específico 
por sexo 
 
CMS = Nº de óbitos específicos ocorridos naquele sexo numa determinada área no ano x 1000 
População da área ajustada para o meio do ano para o mesmo sexo 
Coeficiente de ataque 
secundário 
CAS = Nº de casos surgidos a partir de contato com o caso-índice x 1000 
Nº total de pessoas que tiveram contato com o caso-índice 
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E) A mortalidade proporcional é a proporção de casos fatais entre o total dos casos. 
 
3- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2022) Observe a tabela abaixo: 
 
Município Nascidos Vivos Óbitos por 
residência 
População* 
261160 Recife 21.132 11.566 1.537.704 
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC 
Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM* no último censo [2010] 
 
Com base nos dados apresentados, calcule a taxa bruta de natalidade do município 
apresentado no ano de 2019 e assinale a alternativa que mais se aproxima do valor 
CORRETO. 
A) 14 
B) 24 
C) 34 
D) 44 
E) 54
 
4- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2022) Indicador de saúde pode 
ser definido como uma medida, uma estimativa (contemplando, por vezes, certa 
imprecisão), de uma dimensão da saúde de uma população. Os indicadores podem 
ser considerados positivos (quanto maior seu valor melhor a condição avaliada) ou 
negativo (quanto maior sua magnitude, pior é o estado de saúde avaliado). 
Considerando os aspectos conceituais apresentados, assinale a alternativa que 
contém um indicador POSITIVO. 
A) Razão do número de leitos hospitalares por habitante 
B) Taxa de prevalência de uso excessivo de álcool 
C) Proporção de partos cesáreos 
D) Taxa de mortalidade infantil 
E) Taxa de nível insuficiente de atividade física 
 
5- (REGIONALIZAÇÃO DE SAÚDE/2022) Observe o gráfico abaixo cujos dados 
foram extraídos das bases dos sistemas de informação oficiais do Ministério da 
Saúde, SIVEP Gripe e e-SUS VE: 
 
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Considerando que o gráfico apresenta os casos confirmados acumulados de COVID-
19 em um recorte temporal específico, é CORRETO afirmar que os dados 
representam uma medida de 
A) incidência de uma doença. 
B) mortalidade por um agravo. 
C) prevalência de uma doença. 
D) hospitalização por casos graves de Covid. 
E) letalidade decorrente da SRAG. 
 
6- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2021) Os indicadores de saúde 
constituem medidas que visam indicar o nível de saúde de uma população. Sobre 
essa temática, observe o gráfico abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O gráfico apresenta, na análise dos 4 grupos, um declínio das taxas de mortalidade. 
Ao apresentar o termo neonatal precoce, refere-se a um período particularmente 
influenciado por fatores associados à gestação e ao parto, que transita de 
A) 0 a 6 dias de vida. 
B) 0 a 27 dias de vida. 
C) 8 dias a 1 ano incompleto de vida. 
D) 7 a 27 dias de vida. 
E) 1 a 5 anos de vida. 
 
(INTERIORIZAÇAO EM SAÚDE/SAÚDE COLETIVA/2021) No quadro abaixo, estão 
demonstrados, para um determinado dia do mês de janeiro de 2021, valores reais 
(arredondados) para a Covid 19 e a população dos referidos países. Utilize essas 
informações para responder as questões 7e 8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7- Qual a taxa de letalidade do Brasil? 
A) 3,98 por 10¹ 
B) 2,51 por 10² 
C) 980,1 por 106 
D) 31.924 por 106 
E) 6,2 por 106 
 
8- (INTERIORIZAÇAO EM SAÚDE/SAÚDE COLETIVA/2021) De acordo com os 
dados do quadro, analise os itens abaixo: 
I. O Brasil é o país mais atingido pela doença. 
II. Os Estados Unidos apresentam o maior risco de morrer pela doença. 
III. A China apresenta a menor prevalência. 
IV. O risco de adoecer no Brasil é semelhante ao da Argentina. 
V. O risco de morrer no Brasil é 25 vezes maior, quando comparado ao risco de morrer na 
Venezuela. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
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A) Os itens I, II, III, IV e V estão corretos. 
B) Apenas os itens II, III, IV e V estão corretos. 
C) Existem apenas dois itens corretos. 
D) Existem apenas três itens corretos. 
E) Existe apenas um item correto. 
 
9- (INTERIORIZAÇAO EM SAÚDE/SAÚDE COLETIVA/2021) Sobre o Coeficiente 
de Mortalidade Infantil, leia as afirmativas a seguir: 
I. Denota a probabilidade de uma criança nascida viva vir a morrer antes de completar um 
ano de idade. 
II. Apresenta três componentes: neonatal precoce, neonatal tardio e pós-neonatal. 
III. No Brasil, como um todo, esse indicador encontra-se em valores próximosa 20. 
IV. Não é considerado um indicador sensível às condições de vida de uma comunidade. V. 
É calculado pela razão entre o número de óbitos em menores de um ano, dividido pelo 
número de menores de um ano, em uma determinada localidade e ano considerados. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todas são corretas. 
B) Existem apenas quatro corretas. 
C) Existem apenas três corretas. 
D) Existem apenas duas corretas. 
E) Existe apenas uma correta. 
 
10- (INTERIORIZAÇAO EM SAÚDE/SAÚDE COLETIVA/2021) A Associação 
Internacional de Epidemiologia define epidemiologia como o “estudo dos fatores 
que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades 
humanas”. Sobre esse assunto, analise as afirmativas abaixo e coloque V nas 
Verdadeiras e F nas Falsas: 
( ) Para o Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência por 100.000 habitantes foi 
calculado para a COVID-19, considerando a projeção do IBGE para o ano de 2020. 
( ) O número de casos “recuperados” no Brasil é estimado por um cálculo composto que 
leva em consideração os registros de casos e óbitos confirmados para Covid-19, reportados 
pelas secretarias estaduais de saúde, e o número de pacientes hospitalizados registrados no 
Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). 
( ) Existe um consenso amplo de que o Brasil vive uma crise fiscal sem precedentes e pode 
cair na armadilha da estagflação. O país começa o ano de 2021 sem o controle da 
pandemia, com o Congresso paralisado pela sucessão das duas casas legislativas, com 
desarranjos no preço dos alimentos e nas contas públicas e com a geração de emprego e 
renda andando de lado. 
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Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. 
A) V-V-V 
B) F-F-F 
C) F-V-F 
D) V-V-F 
E) V-F-V
 
11- (PERFIL HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2021) Em relação aos indicadores em 
saúde, analise as afirmativas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas: 
( ) A letalidade mede o risco de uma população morrer por determinada doença. 
( ) Prevalência é o número total de casos (novos e antigos) de uma doença em 
determinado local e ano considerados. 
( ) A taxa de mortalidade infantil diminui, à medida que as condições de vida e saúde de 
uma população melhoram. 
( ) O óbito materno é aquele ocorrido em consequência de complicações da gravidez, 
parto ou puerpério. Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA. 
A) V-F-V-V 
B) V-V-V-V 
C) V-F-F-V 
D) V-V-V-F 
E) F-V-V-F 
 
12- (FCM/2020) Os indicadores são ferramentas importantes para subsidiar processos 
de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde. Sobre os 
indicadores relacionados à atenção pré-natal, ao parto e ao puerpério, assinale a 
alternativa CORRETA. 
A) O coeficiente de mortalidade materna não permite analisar variações geográficas e 
temporais da mortalidade materna. 
B) É considerada morte materna o óbito de uma mulher apenas durante o período da 
gestação. 
C) Para o cálculo do coeficiente de mortalidade materna, é preciso ter dados sobre o 
número de nascidos vivos. 
D) A Taxa de Mortalidade Infantil estima o risco de um nascido vivo morrer durante o 
primeiro semestre de vida. 
E) Altas taxas de mortalidade infantil refletem, de maneira geral, altos níveis de 
desenvolvimento socioeconômico. 
 
 
 
 
13- (SAUDE COLETIVA AMPLA CONCORRENCIA/2020) Observe a imagem 
abaixo: 
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Com base nos dados apresentados e considerando que a população total residente 
em Recife no meio do ano de 2017 correspondia a 1 milhão e 500 mil habitantes, 
calcule e assinale a alternativa que indica o coeficiente de mortalidade específica por 
causas externas. 
A) 90,0 
B) 80,5 
C) 70,8 
D) 60,2 
E) 50,4 
 
14- (SES/2019) Em uma busca realizada no TABNET, observou-se que, no Estado 
Pernambuco, em 2016, foram notificados 2000 casos de dengue (valores de 
morbidade hipotéticos). Considerando que, nesse mesmo ano, ocorreram 50 óbitos 
por esse mesmo agravo, é CORRETO afirmar que a letalidade por dengue em 
Pernambuco, no ano de 2016, foi de: 
A) 50%. 
B) 20%. 
C) 10%. 
D) 5%. 
E) 2,5%. 
 
15-(USP/2019) Qual a alternativa que corresponde, respectivamente, aos indicadores 
de saúde estimados a partir das informações a seguir, visto que foram obtidos os 
seguintes valores: 5/100.000; 1/100.000 e 20%? 
Quadro. Casos notificados e óbitos por meningite bacteriana no Estado de São Paulo, no 
ano de 2013. 
 
82 
 
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Dados modificados para facilitar cálculos: *População residente em 2012, estimativa pelo 
IBGE 
Fonte: SINAN/DDTR/CVE/CCD/SES-S 
A) Taxa de Letalidade, Coeficientes de Mortalidade e de Incidência. 
B) Coeficientes de Prevalência, de Mortalidade e Taxa Letalidade. 
C) Coeficientes de Incidência, de Mortalidade e Taxa de Letalidade. 
D) Coeficientes de Incidência, de Mortalidade e de Prevalência. 
 
16- (FCM/2018) No ano de 2015, no município de Abreu e Lima, foram registrados 
730 óbitos dentre as 98.991 pessoas residentes e 1680 nascidos vivos. A equipe NASF 
junto com as equipes de saúde da família, ao elaborarem o diagnóstico de saúde 
desse município, conseguiram mais dados e calcularam alguns indicadores. 
 
Óbitos Números 
Mulheres em idade fértil 16 
Homens (em todas as faixas etárias) 397 
Mulheres (em todas as faixas etárias) 330 
Crianças de 0 a 6 dias 13 
Crianças de 7 a 27 dias 6 
Crianças menores de 1 ano 22 
Causas externas (acidentes, homicídios e suicídios) 82 
 
Sobre os indicadores de saúde, assinale a alternativa CORRETA. 
A) O valor nominal do Coeficiente de mortalidade neonatal precoce é 11,31. 
B) O valor nominal do Coeficiente de mortalidade infantil pós-neonatal é de 1,79. 
C) A razão de morte materna é de 9,52 por mil nascidos vivos. 
D) O coeficiente de mortalidade por sexo é de 45%. 
E) A mortalidade proporcional por causas externas é de 12,32%. 
 
17- (SES/2018) O indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) pode ser 
caracterizado como: 
A) uma medida de morbidade que usa como base o período de adoecimento de um 
recorte populacional específico. 
B) uma medida de mortalidade baseada na frequência dos óbitos bem como no tempo em 
que não se viveu devido a essa morte. 
C) determinadora de efeito de mortes que ocorreram dentro do perfil epidemiológico 
esperado. 
83 
 
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D) uma estimativa da quantidade de anos de vida perdidos sem exigir reconhecimento 
prévio acerca da idade em que o óbito deveria ocorrer. 
E) um indicador de saúde que não apresenta relevância social, uma vez que utiliza eventos 
potenciais e não reais em uma população. 
 
18- (SES/2018) O IBGE, em 2015, apontou que a taxa de Mortalidade Infantil foi a 
menor em 11 anos. Apesar das conquistas,observa-se que as regiões mais pobres do 
país ainda permanecem com taxas de mortalidade de aproximadamente duas vezes 
maior que as localidades mais favorecidas. Considerando o exposto e os dados abaixo 
disponíveis, realize o cálculo da taxa de mortalidade infantil do Nordeste em 2015 e 
assinale o valor mais próximo. 
 
 
Tabela 1. Óbitos por Faixa etária. Região Nordeste, 2015. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM * dados modificados 
 
Tabela 2. Nascidos Vivos por ano de nascimento. Região Nordeste, 2013 -2015 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC* dados modificado 
 
A) 0,1% 
B) 14% 
C) 20% 
D) 30% 
E) 50% 
 
19- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2017) Medidas que possuem a 
capacidade de expressar o nível de saúde de uma população são denominadas de 
indicadores de saúde. Esses indicadores permitem ainda identificar problemas de 
saúde, elaborar políticas e avaliar a efetividade das ações de saúde. Referindo-se, 
Faixa etária n 
0 a 6 dias 7000 
7 a 27 dias 2000 
28 a 364 dias 3000 
Total 12000 
Ano de nascimento n 
2013 800000 
2014 800000 
2015 850000 
Total 2450000 
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especificamente, aos indicadores de mortalidade de acordo com a causa da morte, 
analise as sentenças abaixo e assinale a CORRETA. 
A) Mortalidade proporcional segundo a causa do óbito quantifica a proporção de óbitos 
relacionados a uma causa específica, ou grupo de causas em relação à totalidade de óbitos 
em um período específico. 
B) Mortalidade proporcional com 50 anos ou mais se calcula pela divisão do número total 
de mortes de pessoas com mais de 50 anos, dividido pela população com mais de 50 anos 
de idade, em um determinado período. 
C) Taxa de mortalidade por causa de óbito estima o risco de morte por uma causa 
específica; é calculada dividindo-se o número de óbitos por uma causa pelo número total 
de óbitos em um determinado período. 
D) Taxa de mortalidade materna é calculada pela razão entre o número de óbitos 
maternos pelo total de mulheres de um determinado período. 
E) Taxa de mortalidade infantil é calculada, dividindo-se o número total de crianças 
maiores de 1 ano pelo total de nascidos vivos. 
 
20) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) A respeito dos indicadores 
demográficos, assinale a alternativa que se refere ao indicador que expressa a longevidade 
da população, não é afetado pelas estruturas etárias e o seu aumento indica melhoria das 
condições de vida e saúde populacional. 
A) Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano. 
B) Taxa bruta de natalidade. 
C) Esperança de vida ao nascer. 
D) Taxa de fecundidade. 
E) Razão entre sexos. 
 
21) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) A respeito da taxa de 
mortalidade infantil, para o cálculo, utiliza-se número de óbitos em crianças menores de 
A) 5 anos. 
B) 4 anos. 
C) 3 anos. 
D) 2 anos. 
E) 1 ano. 
 
22) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) A vacinação é uma ação 
programada de saúde de fundamental importância para a redução da morbimortalidade, 
sobretudo na primeira infância. A respeito dessa temática, o indicador de saúde, que 
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permite estimar o risco de morrer entre menores de 1 ano devido a doenças 
imunopreviníveis, denomina-se 
A) coeficiente de mortalidade infantil. 
B) taxa bruta de natalidade. 
C) taxa de mortalidade por doenças que podem ser evitadas por vacinação em menores de 
1 ano. 
D) taxa de morbidade por doenças que podem ser evitadas por vacinação em menores de 1 
ano. 
E) mortalidade proporcional por causas mal definidas. 
 
23) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) Considerando que a 
elaboração dos indicadores de saúde possui como base a coleta de dados, assinale a 
alternativa que apresenta uma fonte de dados primários. 
A) Artigos de revisão. 
B) Aplicação de questionário ao público. 
C) Enciclopédias. 
D) Bancos de dados dos sistemas de informação em saúde. 
E) Relatório governamental – censo IBGE. 
 
24) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) A Razão de Mortalidade 
Materna é um importante indicador utilizado na Epidemiologia. Para o cálculo deste 
indicador, utiliza-se como denominador 
A) Número de nascidos vivos de mães residentes em determinado espaço geográfico, no 
ano considerado. 
B) Número de mulheres em idade fértil em determinado espaço geográfico, no ano 
considerado. 
C) Número de mortes maternas devido a causas obstétricas em determinado espaço 
geográfico, no ano considerado. 
D) Número de óbitos de menores de 1 ano em determinado espaço geográfico, no ano 
considerado. 
E) Número de mulheres gestantes em determinado espaço geográfico, no ano 
considerado. 
 
25) (HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2023) Os indicadores de saúde têm como objetivo 
avaliar as condições de saúde em agregados humanos, fornecendo, assim, subsídios ao 
planejamento de saúde. Sobre o indicador de Swaroop e Uemura, assinale a alternativa 
CORRETA. 
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A) Expressa o efeito das mortes ocorridas precocemente em relação à duração de vida 
esperada, para uma determinada população. 
B) Refere-se à proporção de óbitos de indivíduos com 50 anos ou mais, em relação ao total 
de óbitos. 
C) Mede a proporção de óbitos por uma determinada causa, ou grupo de causas, em 
relação ao total de óbitos. 
D) É calculado, dividindo-se o número de óbitos por todas as causas, em um determinado 
período de tempo, pela população ajustada para o meio do período, relativo à 
determinada área. 
E) Estima o risco de morte por uma causa específica, ou um grupo de causas, ao qual 
esteve exposta uma determinada população, durante certo período. 
 
GABARITO 
 
 
___________________________________________________________________________ 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA FILHO, Naomar de; BARRETO, Maurício Lima. Epidemiologia & saúde: fundamentos, 
métodos, aplicações. Rio de Janeito: Guanabara Koogan, 2011. 
BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica. São Paulo: Santos, 2010. 213 p. 
GOMES, Elainne Christine de Souza. CONCEITOS E FERRAMENTAS DA EPIDEMIOLOGIA. Recife: 
Editora Universitária da UFPE, 2015. 83 p. 
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro. 8ª edição. Medbook. 
2018. 
 
 
 
1. E 2. C 3. A 4. A 5. C 6. A 7. B 8. B 9. D 10. A 
11. B 12. C 13. C 14. E 15. C 16. B 17. B 18. B 19. A 20. C 
21. E 22. C 23. B 24. D 25. B 
87 
 
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Aula 
04 
 
 
LEGISLAÇÃO DA SAÚDE: 
Constituição Federal de 1988; Lei 8.080/90 
Profª Rafaela Domingos 
 
 
 
 
 
 
 
 
88 
 
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LEGISLAÇÃO DA SAÚDE: 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
 
Com o movimento da Reforma Sanitária, o final da década de 80 e início da 
década de 90 foram marcadas pelo processo de redemocratização. Com isso, tivemos o fim 
da Ditadura Militar, a retomada da Democracia e a criação da nossa Constituição Cidadã 
de 1988 e do nosso Sistema Único de Saúde. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: ARTIGOS 196 AO 200 
__________________________________________________________________________________ 
 
 
Os quatro artigos da Constituição Federal 
visam dar base ao SUS enfatizando a saúde 
como um direito de todos/as e dever do 
Estado e discorrendo sobre princípios e 
diretrizes que serão trazidos de maneira 
mais aprofundada nas Leis Orgânicas da 
Saúde (8.080/90 e 8.142/90). 
 
Seção 
II DA SAÚDE 
 
 Art. 196. A saúde é direito de todos e 
dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário 
às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação. 
 
Art. 197. São de relevância pública as 
ações e serviços de saúde, cabendo ao 
Poder Público dispor, nos termos da lei, 
sobre sua regulamentação, fiscalização e 
controle, devendo sua execução ser feita 
diretamente ou através de terceiros e, 
também, por pessoa física ou jurídica de 
direito privado. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de 
saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem um sistema 
único, organizado de acordo com as 
seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em 
cada esfera de governo; 
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II - atendimento integral, com prioridade 
para as atividades preventivas, sem 
prejuízo dos serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade.
 
IMPORTANTE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à 
iniciativa privada. 
 § 1º - As instituições privadas poderão 
participar de forma complementar do 
sistema único de saúde, segundo diretrizes 
deste, mediante contrato de direito 
público ou convênio, tendo preferência as 
entidades filantrópicas e as sem fins 
lucrativos. 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos 
públicos para auxílios ou subvenções às 
instituições privadas com fins lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou 
indireta de empresas ou capitais 
estrangeiros na assistência à saúde no País, 
salvo nos casos previstos em lei. 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os 
requisitos que facilitem a remoção de 
órgãos, tecidos e substâncias humanas para 
fins de transplante, pesquisa e tratamento, 
bem como a coleta, processamento e 
transfusão de sangue e seus derivados, 
sendo vedado todo tipo de 
comercialização. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde 
compete, além de outras atribuições, 
nos termos da lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, 
produtos e substâncias de interesse para a 
saúde e participar da produção de 
medicamentos, equipamentos, 
Foram acrescentados três parágrafos no Art. 198 da CF 88, a partir da Emenda Constitucional nº 
29, de 2000. Esses parágrafos fazem referência à forma de financiamento do SUS e em como 
esse financiamento será rateado entre União, Estados e Municípios. De forma a assegurar os 
recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde. 
Link para acessar a EC29: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc29.htm 
 
 
 
Também foram acrescentados três parágrafos no Art. 198 da CF 88, referentes à consolidação do 
trabalho do Agente Comunitário de Saúde, a partir da Emenda Constitucional nº 51, de 2006. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc29.htm
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imunobiológicos, hemoderivados e outros 
insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária 
e epidemiológica, bem como as de saúde 
do trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos 
humanos na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e 
da execução das ações de saneamento 
básico; 
V - incrementar em sua área de atuação o 
desenvolvimento científico e tecnológico; 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, 
compreendido o controle de seu teor 
nutricional, bem como bebidas e águas 
para consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização 
da produção, transporte, guarda e 
utilização de substâncias e produtos 
psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do 
trabalho. 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO DA SAÚDE: 
LEI Nº 8.080/90 
 
 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
 
Determinantes e condicionantes da 
saúde: alimentação, moradia, saneamento 
básico, meio ambiente, trabalho, renda, 
educação, atividade física, transporte, lazer 
e acesso aos bens e serviços essenciais. 
Saúde entendida como bem-estar físico, 
mental e social (conceito ampliado). 
 
Objetivos do SUS: 
1. Identificação e divulgação dos fatores 
condicionantes e determinantes da saúde; 
2. Formulação de política de saúde; 
3. Assistência às pessoas por intermédio de 
ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, com a realização 
integrada das ações assistenciais e das 
atividades preventivas. 
 
91 
 
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Campo de atuação do SUS: 
1. Execução de ações de vigilância 
sanitária, vigilância epidemiológica, saúde 
do trabalhador e assistência terapêutica 
integral, inclusive farmacêutica; 
2. Participação na formulação da política e 
na execução de ações de saneamento 
básico; 
3. Ordenação da formação de recursos 
humanos na área de saúde; 
4. Vigilância nutricional e a orientação 
alimentar; 
5 Colaboração na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do 
trabalho; 
6. Formulação da política de 
medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos e outros insumos de 
interesse para a saúde e a participação na 
sua produção; 
7. Controle e a fiscalização de serviços, 
produtos e substâncias de interesse para a 
saúde; 
8. Fiscalização e inspeção de alimentos, 
água e bebidas para consumo humano; 
9. Participação no controle e na 
fiscalização da produção, transporte, 
guarda e utilização de substâncias e 
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
10. Incremento, em sua área de atuação, 
do desenvolvimento científico e 
tecnológico; 
11. Formulação e execução da política de 
sangue e seus derivados. 
 
Vigilância sanitária: conjunto de ações 
capaz de eliminar, diminuir ou prevenir 
riscos à saúde e de intervir nos problemas 
sanitários decorrentes do meio ambiente, 
da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde. 
Vigilânciaepidemiológica: conjunto de 
ações que proporcionam o conhecimento, 
a detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e 
adotar as medidas de prevenção e controle 
das doenças ou agravos. 
 
Saúde do trabalhador: conjunto de 
atividades que se destina, através das ações 
de vigilância epidemiológica e vigilância 
sanitária, à promoção e proteção da saúde 
dos trabalhadores, assim como visa à 
recuperação e reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e 
agravos advindos das condições de 
trabalho. 
 
Princípios do SUS: 
 
92 
 
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1. Universalidade de acesso aos serviços 
de saúde em todos os níveis de assistência; 
2. Integralidade de assistência, entendida 
como conjunto articulado e contínuo das 
ações e serviços preventivos e curativos, 
individuais e coletivos, exigidos para cada 
caso em todos os níveis de complexidade 
do sistema; 
3. Preservação da autonomia das pessoas 
na defesa de sua integridade física e moral; 
4. Igualdade da assistência à saúde, sem 
preconceitos ou privilégios de qualquer 
espécie; 
5. Direito à informação, às pessoas 
assistidas, sobre sua saúde; 
6. Divulgação de informações quanto ao 
potencial dos serviços de saúde e a sua 
utilização pelo usuário; 
7. Utilização da epidemiologia para o 
estabelecimento de prioridades, a alocação 
de recursos e a orientação programática; 
8. Participação da comunidade; 
9. Descentralização político-
administrativa, com direção única em 
cada esfera de governo (ênfase na 
descentralização dos serviços para os 
municípios, regionalização e 
hierarquização da rede de serviços de 
saúde); 
10. Integração em nível executivo das 
ações de saúde, meio ambiente e 
saneamento básico; 
11. Conjugação dos recursos financeiros, 
tecnológicos, materiais e humanos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios na prestação de serviços de 
assistência à saúde da população; 
12. Capacidade de resolução dos serviços 
em todos os níveis de assistência; 
13. Organização dos serviços públicos de 
modo a evitar duplicidade de meios para 
fins idênticos; 
14. Organização de atendimento público 
específico e especializado para mulheres e 
vítimas de violência doméstica em geral. 
 
Direção única em cada esfera: União- 
Ministério da Saúde; Estados e do Distrito 
Federal- Secretaria de Saúde ou órgão 
equivalente; Municípios- Secretaria de 
Saúde ou órgão equivalente. Pode 
constituir consórcios e se organizar em 
distritos. 
Comissões intersetoriais: subordinadas 
ao Conselho Nacional de Saúde- 
articulação de políticas de alimentação e 
nutrição; saneamento e meio ambiente; 
vigilância sanitária e 
farmacoepidemiologia; recursos humanos; 
ciência e tecnologia; e saúde do 
trabalhador. 
Comissões Permanentes de integração 
entre os serviços de saúde e as instituições 
de ensino profissional e superior. 
93 
 
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Comissões Intergestores Bipartite e 
Tripartite são reconhecidas como foros de 
negociação e pactuação entre gestores, 
quanto aos aspectos operacionais, 
financeiros e administrativos do SUS. 
Conselho Nacional de Secretários de 
Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional 
de Secretarias Municipais de Saúde 
(CONASEMS) são reconhecidos como 
entidades representativas dos entes 
estaduais e municipais para tratar de 
matérias referentes à saúde. 
Competência comuns e específicas da 
União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal (LER A LEGISLAÇÃO NA 
ÍNTEGRA). 
Subsistema de Atenção à Saúde 
Indígena: financiado pela União, formado 
por Distritos Sanitários Especiais 
Indígenas. 
Subsistema de atendimento e 
internação domiciliares: incluem-se, 
principalmente, os procedimentos 
médicos, de enfermagem, 
fisioterapêuticos, psicológicos e de 
assistência social (multidisciplinar), entre 
outros necessários ao cuidado integral dos 
pacientes em seu domicílio. Por indicação 
médica e com o consentimento do 
paciente e da família. 
Subsistema de acompanhamento 
durante o trabalho de parto, parto e 
pós-parto imediato: Os serviços do SUS, 
da rede própria ou conveniada, ficam 
obrigados a permitir a presença, junto à 
parturiente, de um acompanhante 
(indicado por ela) durante todo o período 
de trabalho de parto, parto e pós-parto 
imediato. 
 
Assistência terapêutica e incorporação 
de tecnologia em saúde 
Assistência terapêutica: dispensação de 
medicamentos e produtos de interesse 
para a saúde, cuja prescrição esteja em 
conformidade com as diretrizes 
terapêuticas; oferta de procedimentos 
terapêuticos, em regime domiciliar, 
ambulatorial e hospitalar, constantes de 
tabelas elaboradas pelo gestor federal do 
SUS, realizados no território nacional por 
serviço próprio, conveniado ou 
contratado. 
A responsabilidade financeira pelo 
fornecimento de medicamentos, produtos 
de interesse para a saúde ou 
procedimentos será pactuada na Comissão 
Intergestores Tripartite. 
Iniciativa privada: É permitida a 
participação direta ou indireta, inclusive 
controle, de empresas ou de capital 
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estrangeiro na assistência à saúde em 
alguns casos. A participação 
complementar dos serviços privados será 
formalizada mediante contrato ou 
convênio, tendo as entidades filantrópicas 
e as sem fins lucrativos preferência para 
participar. 
Recursos humanos: Programas de 
permanente aperfeiçoamento de pessoal. 
Financiamento: Orçamento da 
Seguridade Social administrado pelo 
Ministério da Saúde, através do Fundo 
Nacional de Saúde. 
As receitas geradas no âmbito do SUS 
serão creditadas diretamente em contas 
especiais, movimentadas pela sua direção, 
na esfera de poder onde forem 
arrecadadas, sob fiscalização dos 
respectivos Conselhos de Saúde. 
Para o estabelecimento de valores a serem 
transferidos a Estados, Distrito Federal e 
Municípios, será utilizada a combinação 
dos seguintes critérios, segundo análise 
técnica de programas e projetos: 
I - perfil demográfico da região; 
II - perfil epidemiológico da população a 
ser coberta; 
III - características quantitativas e 
qualitativas da rede de saúde na área; 
IV - desempenho técnico, econômico e 
financeiro no período anterior; 
V - níveis de participação do setor saúde 
nos orçamentos estaduais e municipais; 
VI - previsão do plano quinquenal de 
investimentos da rede; 
VII - ressarcimento do atendimento a 
serviços prestados para outras esferas de 
governo. 
 
Planejamento: O processo de 
planejamento e orçamento do SUS será 
ascendente, do nível local até o federal, 
ouvidos seus órgãos deliberativos, 
compatibilizando-se as necessidades da 
política de saúde com a disponibilidade de 
recursos em planos de saúde dos 
Municípios, dos Estados, do Distrito 
Federal e da União. 
Os planos de saúde serão a base das 
atividades e programações de cada nível de 
direção do SUS. 
O Conselho Nacional de Saúde 
estabelecerá as diretrizes a serem 
observadasna elaboração dos planos de 
saúde, em função das características 
epidemiológicas e da organização dos 
serviços em cada jurisdição administrativa. 
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Disposições finais: A gratuidade das ações 
e serviços de saúde fica preservada nos 
serviços públicos contratados, ressalvando-
se as cláusulas dos contratos ou convênios 
estabelecidos com as entidades privadas. 
Os serviços de saúde dos hospitais 
universitários e de ensino integram-se ao 
Sistema Único de Saúde (SUS), mediante 
convênio, preservada a sua autonomia 
administrativa, em relação ao patrimônio, 
aos recursos humanos e financeiros, 
ensino, pesquisa e extensão nos limites 
conferidos pelas instituições a que estejam 
vinculados. 
Em tempo de paz e havendo interesse 
recíproco, os serviços de saúde das Forças 
Armadas poderão integrar-se ao Sistema 
Único de Saúde (SUS), conforme se 
dispuser em convênio que, para esse fim, 
for firmado. 
O Ministério da Saúde, em articulação 
com os níveis estaduais e municipais do 
Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, 
no prazo de dois anos, um sistema 
nacional de informações em saúde, 
integrado em todo o território nacional, 
abrangendo questões epidemiológicas e de 
prestação de serviços. 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
01. (IAUPE, 2019, Interiorização em Saúde) Quanto às definições constitucionais 
relacionadas ao SUS, analise as afirmativas abaixo: 
I. A Constituição Federal de 1988 autoriza tanto o Estado quanto o Mercado a atuar na 
assistência à saúde. 
II. Segundo a Constituição Federal de 1988, o SUS deve ser constituído, exclusivamente, 
de serviços públicos. 
III. A Constituição Federal de 1988 trata a atenção à saúde como de relevância pública. 
IV. A Constituição Federal de 1988 define o SUS como responsável direto pela 
formulação e execução das ações de saneamento. 
V. Um dos preceitos constitucionais concernentes à atribuição do SUS é a 
responsabilidade direta pela formulação e execução das ações de proteção ao meio 
ambiente. 
Estão CORRETAS 
A) I e V. B) II e III. C) IV e V. D) I e III. E) III e IV. 
 
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02. (IAUPE, 2017, PERFIL AB) A diretriz do SUS, que busca compatibilizar ações 
preventivas e curativas, individuais e coletivas, é conhecida como 
A) Equidade. B) Regionalização. C) Descentralização. D) Integralidade. E) Universalidade. 
 
03. (IAUPE, 2017, PERFIL AB) Sobre a competência do Sistema Único de Saúde, leia 
os itens a seguir: 
I. Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde. 
II. Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico. 
III. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
IV. Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador. 
V. Incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a 
inovação. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todos os itens estão corretos. 
B) Existem três itens incorretos. 
C) Existe um item incorreto. 
D) O item II está incorreto. 
E) Apenas o item I está incorreto. 
 
04. (IAUPE, 2019, PERFIL SC) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o 
atendimento integral por meio de ações e serviços de saúde priorizará as atividades 
A) preventivas em saúde. 
B) curativistas em saúde. 
C) formativas e educativas. 
D) de fomento à pesquisa. 
E) hospitalocêntricas. 
 
05. (IAUPE, 2019, Interiorização em Saúde) Considerando o que é preconizado pela 
Constituição Federal de 1988 e pela Lei 8080/90 sobre a organização das ações e 
serviços, analise as afirmativas abaixo: 
I. Um serviço que propicia as devidas informações sobre a condição/situação de saúde a 
uma pessoa ou a um coletivo demonstra uma prática que se fundamenta no princípio da 
integralidade. 
II. A organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e 
vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, 
acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras, é um dos princípios 
fundamentais da organização dos serviços do SUS. 
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III. O princípio da conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e 
humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de 
serviços de assistência à saúde da população, potencializa o princípio da descentralização 
político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo, principalmente 
quanto à regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde. 
IV. A preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral é 
um princípio, que fundamenta a organização humanizada das ações e serviços de saúde. 
V. O longo tempo de espera dos usuários para um serviço de referência é um problema, 
que afeta negativamente a continuidade assistencial e atesta um distanciamento do 
princípio da equidade. 
Estão CORRETAS apenas 
A) I, II e V. B) II, III, IV e V. C) I, IV e V. 
D) I e III. E) III, IV e V. 
 
06. (IAUPE, 2017 PERFIL AB) Entende-se por saúde do trabalhador, segundo a lei 
8080/90, um conjunto de atividades que se destina, por meio das ações de vigilância 
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e à proteção da saúde dos 
trabalhadores. Sobre essa questão, leia os itens abaixo: 
I. A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição 
de máquina, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos 
trabalhadores. II. A informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às 
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho. III. A avaliação do impacto que as 
tecnologias provocam à saúde. IV. A revisão periódica da listagem oficial de doenças 
originadas no processo de trabalho. V. A assistência ao trabalhador vítima de acidentes de 
trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todos os itens estão corretos. 
B) Apenas 4 itens estão corretos. 
C) Apenas 3 itens estão corretos. 
D) Apenas 2 itens estão corretos. 
E) Apenas 1 item está correto. 
 
 07. (IAUPE, 2016 PERFIL AB) Sobre serviços e ações que competem ao Sistema 
Único de Saúde, analise os itens abaixo: 
I. Vigilância sanitária de cosméticos 
II. Vigilância ambiental dirigida ao controle da qualidade do ar 
III. Saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades 
remanescentes de quilombos 
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IV. Vigilância de serviços de saúde 
V. Vigilância de produtos de uso veterinário 
Está(ão) CORRETO(S) 
A) todos. B) apenas quatro. C) apenas três. D) apenas dois. E) apenas um. 
 
08. (IAUPE, 2018, PERFIL HOSPITALAR) Considerando-se os princípios 
estabelecidos na Lei 8.080/90,assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Universalidade de acesso aos serviços de saúde, com foco na atenção primária. 
B) Ênfase na descentralização dos serviços para os municípios. 
C) Participação da comunidade. 
D) Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde. 
E) Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico. 
 
9. (AOCP/2017) Sobre a seguridade social, assinale a alternativa correta, conforme 
Capítulo II, Título VIII da Constituição Federal. 
A) Compreende apenas a previdência e a assitência. 
B) Os benefícios e serviços às populações urbanas e rurais não podem ser equivalentes. 
C) A administração e a gestão são feitas exclusivamente pelo governo. 
D) O financiamento é feito exclusivamente por meio de contribuição do empregado e do 
empregador. 
E) São isentas de contribuição as entidades beneficentes de assistência social que atenda às 
exigências legais. 
 
10. (AOCP/2017) A respeito do financiamento da seguridade social, acordo com as 
disposições contidas na Constituição Federal, assinale a alternativa correta. 
A) A seguridade social será financiada apenas pelas contribuições sociais. 
B) Sobre a receita de concursos de prognósticos não incide a contribuição social. 
C) Incidirá contribuição social sobre a aposentadoria e a pensão concedidas pelo regime 
geral de previdência social. 
D) Em relação ao empregado, à empresa e à entidade a ela equiparada na forma da lei, 
haverá incidência da contribuição social sobre a receita e o faturamento, mas não sobre o 
lucro. 
E) Um dos contribuintes da contribuição social é o importador de bens ou serviços. 
 
11. (VUNESP/2016) Segundo o artigo 197 da Constituição Federal do Brasil, são de 
relevância pública as ações e os serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, 
nos termos da lei, entre outras atribuições, sobre sua: 
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A) Regulamentação, fiscalização e controle ficando sua execução exclusivamente para 
terceiros. 
B) Regulamentação, fiscalização e execução, sem a participação de terceiros. 
C) Regulamentação e fiscalização apenas, ficando o controle e a execução para terceiros e 
pessoa jurídicas de direito privado. 
D) Execução, que deve ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa 
física ou jurídica de direito privado. 
 
12. (AOCP/2016) De acordo com o que estabelece a Constituição Federal, a União 
aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde: 
A) no mínimo, 15% (quinze por cento) sobre a receita corrente líquida do respectivo 
exercício financeiro; 
B) no máximo, 10% (dez por cento) sobre a receita corrente líquida do respectivo 
exercício financeiro; 
C) no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre o valor arrecadado com os impostos federais 
no ano anterior ao respectivo exercício; 
D) no máximo, 15% (quinze por cento) sobre o valor arrecadado com os impostos federais 
no ano anterior ao respectivo exercício; 
E) no máximo, 5% (cinco por cento) sobre a receita corrente líquida do respectivo 
exercício financeiro. 
 
13. (Consulplan/ 2016) Quanto ao direito à saúde, nos termos traçados na 
Constituição Federal, ao Sistema Único de Saúde compete, EXCETO: 
A) Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde. 
B) Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
C) Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico. 
D) Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador. 
E) Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde. 
É vedado participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, 
hemoderivados e outros insumos. 
 
14. (FUNRIO/2016) A lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as 
condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. De acordo 
com a lei, estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) as 
ações citadas abaixo, EXCETO: 
A) Assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; 
100 
 
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B) Fiscalização do exercício profissional de trabalhadores da saúde; 
C) Saúde do trabalhador; 
D) Vigilância Sanitária; 
E) Vigilância epidemiológica. 
 
15. (AOCP/2017) Consoante a Lei nº 8.080/90, assinale a alternativa correta no 
tocante à organização, à direção e á gestão do SUS. 
A) No âmbito da União, a gestão é exercida pela ANVISA. 
B) No nível municipal, o Sistema único de Saúde não poderá subdividir a gestão em 
distritos. 
C) Os municípios poderão construir consórcios para desenvolver em conjunto as ações 
eos serviços de saúde que lhes correspondam. 
D) Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho 
Nacional de Saúde, integradas apenas pelos órgãos competentes das três esferas de 
governo. 
E) Não há hierarquia entre os órgãos gestores do SUS. 
 
16. (PERFIL HOSPITALAR – 2023 – caderno 57) A Constituição Federal de 1988 
dispõe sobre a saúde em seus artigos 196 a 200. Sobre esse assunto, assinale a 
alternativa CORRETA. 
A) A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, sendo permitida a destinação de 
recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 
B) Compete ao Sistema Único de Saúde participar da formulação da política e da 
execução das ações de saneamento básico. 
C) É permitida a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na 
assistência à saúde no País. 
D) O sistema único de saúde será financiado com recursos do orçamento da previdência 
social. 
E) É vedada às entidades filantrópicas e sem fins lucrativos a participação de forma 
complementar do Sistema Único de Saúde. 
17. (PERFIL HOSPITALAR – 2023 – caderno 57) Sobre os princípios e diretrizes do 
SUS, presentes na Lei n° 8.080/1990, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral. 
B) Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações 
e serviços preventivos e curativos, 
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do 
sistema. 
C) Participação da comunidade. 
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D) Descentralização político-administrativa, com ênfase para os serviços estaduais. 
E) Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência. 
18. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA – 2023 – Caderno 77 psicologia) Segundo a Lei 
8.080/90, que regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, a 
articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, 
abrangerão, em especial, as atividades abaixo citadas, EXCETO 
A) saúde da criança. 
B) saúde do trabalhador. 
C) recursos humanos. 
D) ciência e tecnologia. 
E) saneamento e meio ambiente. 
 
19. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA – 2023 – caderno 78) A Lei 8.080/90 regulamentou, 
em todo o território nacional, as ações e serviços do SistemaÚnico de Saúde (SUS). 
Sobre isso, analise os itens abaixo: 
I. Vigilância nutricional e a orientação alimentar. 
II. Fiscalização e a inspeção de alimentos para consumo humano. 
III. Ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde. 
IV. Formulação e execução da política de sangue e seus derivados. 
Assinale a alternativa em que são considerados os campos de atuação do SUS. 
A) I, II, III e IV estão corretas. 
B) Apenas I, III e IV estão corretas. 
C) Apenas II e IV estão corretas. 
D) Apenas I e III estão corretas. 
E) Apenas I e II estão corretas. 
20. (Perfil Saúde Coletiva – 2022 – caderno 85) A Declaração de Alma-Ata é um 
importante marco na saúde coletiva, documento de grande relevância para a 
construção do novo conceito de saúde e de assistência à saúde. Assinale a alternativa 
que faz menção a uma contribuição advinda desse documento. 
A) Perspectiva de saúde como ausência de doença 
B) Planejamento e execução da saúde centrado na gestão 
C) Introdução de um modelo de atenção à saúde que preserve a integralidade e as 
necessidades da população 
D) Aproximação com o modelo biomédico 
E) Postergação da atenção primária em virtude da simplicidade para o momento 
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21. (PERFIL SAÚDE COLETIVA- PSICOLOGIA – 2023 – caderno 91) A Constituição 
Federal, no seu Artigo 198, define as diretrizes organizativas do SUS, dentre as quais 
o Atendimento 
Integral. Nessa Lei maior, é estabelecido que o atendimento integral priorizará 
A) o custeio dos serviços prestados. 
B) a cura imediata do agravo. 
C) o diagnóstico precoce da doença. 
D) as atividades preventivas. 
E) a medicalização do sujeito. 
22. (PERFIL SAÚDE COLETIVA- PSICOLOGIA – 2023 – caderno 91) A lei 8080/90 
faz referência à instituição de instâncias intersetoriais e interinstitucionais, de 
caráter permanente, cujo fim deve-se voltar para a formulação, aplicabilidade e 
operacionalização da Política de Educação Permanente em Saúde. Essas instâncias, 
articuladoras de ações entre serviços de saúde e instituições de ensino, são 
denominadas 
A) Comissão Permanente de Integração Ensino-Serviço – CIES. 
B) Comissão Intergestores Regional – CIR. 
C) Centro de Informações Estratégicas de Vigilância – CIEVS. 
D) Conselho Nacional de Saúde. 
E) Comissão Intergestores Bipartite (CIB). 
23. (PERFIL SAÚDE COLETIVA- PSICOLOGIA – 2023 – caderno 91) Sobre o 
saneamento básico no Brasil, várias questões dificultam a universalização, o que 
consiste em um problema de saúde pública pelo potencial de determinar agravos. A 
respeito dessa temática observe a imagem abaixo. 
 
 
https://bauminas.com.br/tres-desafios-para-o-setor-de-saneamento-basico/ 
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Sobre a formulação da política e execução de ações de saneamento básico, é 
CORRETO afirmar que: 
A) estão incluídas no campo de atuação do SUS. 
B) cabe ao SUS apenas a formulação da política de saneamento. 
B) não é contemplada no campo de atuação do SUS, de acordo com a legislação. 
D) compete ao SUS a fiscalização dos órgãos de saneamento, apenas. 
E) apenas a execução de ações de saneamento está atrelada ao rol de atuações do SUS, 
abstendo-se da participação nas formulações políticas.
 
GABARITO 
1.D 2.D 3.A 4.A 5.B 
6.A 7.A 8.A 9.E 10.E 
11.D 12.A 13.E 14.B 15.C 
16. B 17. D 18. A 19. A 20. C 
21. D 22. A 23. A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aulas 
05 e 07 
 
Estudos Epidemiológicos 
 
Profª Isabelle Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
 
 Os estudos epidemiológicos partem de um problema de pesquisa relacionado a uma 
doença ou agravo em uma dada população e as possíveis formas de controlá-la. 
 
 Os estudos epidemiológicos lidam com diferenças encontradas na população 
denominadas de variáveis, como sexo, idade, peso, estatura etc. As variáveis podem ser 
agrupadas em qualitativas e quantitativas: 
 
 Variáveis quantitativas: são aquelas que podem ser medidas em escala quantitativa, 
apresentando valores numéricos que fazem sentido. Podem ser classificadas como: 
 
o Contínuas: admite qualquer 
valor numérico em 
determinado intervalo de 
variação (medição). Exemplo: 
peso, pressão arterial, glicemia, 
idade. 
o Discretas: podem assumir somente 
valores inteiros obtidos por 
contagem. Exemplo: número de 
gestações, número de habitantes. 
 
 Variáveis qualitativas: são aquelas compostas por categorias diferentes entre si, não 
possuem valores quantitativos. Podem ser classificadas como: 
 
o Ordinais: possuem ordem ou 
hierarquia. Exemplo: Escore de 
Apgar, Escala de Glasgow, 
classificação de hipertensão. 
 
 
 
 
 
 
o Nominais: as categorias não têm 
ordenação, expressam atributos. O 
grupo pode ser dividido em duas 
categorias, são as variáveis 
dicotômicas ou em várias categorias. 
Exemplo: Sexo 
(masculino/feminino), doente 
(sim/não), situação conjugal, 
ocupação. 
 
 
 
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 As variáveis também são categorizadas em independentes ou dependentes: 
 
o Independentes: também 
chamada de variável 
preditora, é aquela que produz 
a mudança no estado de 
saúde/doença, ou seja, o fator 
de risco ou a exposição; 
o Dependentes: também chamada de 
variável resposta, é o efeito, 
doença/agravo. Varia em função da 
variável independente. 
 
 As variáveis devem ser mensuradas de maneira a evitar erros de aferição. Então, os 
instrumentos utilizados para as aferições, sejam elas, dosagens, medidas, ou 
perguntas de questionários devem ter precisão e acurácia: 
 
o Precisão: semelhança dos valores 
em cada medição ou 
reprodutibilidade, a ausência de 
precisão é consequência de erros 
aleatórios, são devidos ao acaso, 
decorrentes de variabilidade do 
aferidor, do instrumento e do 
sujeito da pesquisa. 
o Acurácia: a capacidade de 
representar o que deveria 
representar, quanto maior o erro 
sistemático, menor a acurácia da 
variável. Erros de acurácia podem 
ser ocasionados por viés do 
aferidor, do instrumento e do 
sujeito. 
 
 
A metáfora do alvo ilustra bem a relação entre precisão e acurácia (Figura abaixo). 
 
Figura: Relação entre precisão e acurácia 
 
 
 O número de indivíduos ideal para a realização de um estudo seria toda a população, 
no entanto, utiliza-se uma amostra (subconjunto da população): 
 A amostragem pode ser probabilística ou por conveniência. 
 
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Probabilística: todos têm a mesma probabilidade de participar do estudo, possibilitando 
obter significância estatística, ideal para generalização dos resultados. Apresenta quatro 
tipos: 
 
o Aleatória simples: seleção dos 
indivíduos por sorteio a partir de 
uma tabela de números aleatórios; 
o Sistemática: a seleção é feita por 
um processo definido pelo 
pesquisador. Apresenta maior 
possibilidade de erro; 
o Aleatória estratificada: divide a 
população em estratos e seleciona para 
cada estrato; 
o Conglomerados: a seleção de 
indivíduos é feita a partir de 
agrupamentos naturais inicialmente 
sorteados, como quarteirões, bairros. 
 
Por conveniência: a seleção dos participantes atende a uma facilidade de acesso pelo 
pesquisador, mas, pode induzir a erro no resultado do estudo, por não ser representativa 
da população. 
 
 
CONCEITOS IMPORTANTES NOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
 Estimação: valor numérico através de uma amostra para representar o valor numérico 
desta variável numa população; 
 Validade Interna: quando o estudo não apresenta nenhum equívoco do ponto de 
vista metodológico; 
 Validade Externa: quando há um rigor metodológico (validade interna) e o mesmo 
pode ser generalizado com segurança, podendo ter resultados extrapolados. 
 Viés ou bias: erros sistemáticos que ocorrem no processo metodológico. 
Principais tipos de viés: 
- Viés de Seleção: ocorre quando há diferenças na probabilidade de inclusão de 
indivíduos na amostra; 
- Viés de informação: tendência sistemática de indivíduos incluídos no estudo serem 
erroneamente classificados em categorias diferentes de exposição e doença. 
- Viés de confundimento: viés que resulta quando o fator de risco que está sendo 
estudado está misturado com o de outros fatores de risco não considerados na análise. 
 
DESENHOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
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Há alguns critérios utilizados para classificação dos estudos epidemiológicos: 
 
 Propósito geral – distingue os estudos descritivos e os analíticos; 
 Modo de exposição das pessoas ao fator em foco/Posição do investigador – 
observacionais ou de intervenção; 
 Temporalidade do estudo – estudos transversais ou longitudinais; 
 Direção temporal das observações – estudos prospectivos, retrospectivos e transversais; 
 Unidade de observação – de indivíduos ou agregados (ecológicos). 
 
ESTUDOS DESCRITIVOS X ANALÍTICOS 
 
DESCRITIVOS ANALÍTICOS 
- Determina a distribuição de doenças ou 
condições relacionadas à saúde (tempo, 
lugar e pessoa); 
- Pode fazer uso de dados secundários; 
- Observa a variação de medidas, como 
incidência e prevalência de acordo com 
características da população de estudo. 
- São delineados para analisar a existência de 
associação entre uma exposição e uma doença 
ou condição relacionada à saúde; 
- Há necessariamente um grupo controle; 
- Testa-se hipóteses; 
- Compara-se resultados; 
- Elabora-se inferências causais; 
- Afere medidas de efeito de fatores de risco 
(ou de proteção) sobre eventos de saúde. 
 
 
Tipos de Estudos Epidemiológicos 
 
Estudo transversal/Corte Transversal/Seccional 
 
 O estudo transversal é uma pesquisa em que a relação exposição-doença é 
examinada, em uma dada população, num único momento histórico; 
 
 As únicas conclusões legítimas que podemos chegar são as de relação de 
associação e não de causalidade; 
 
 Os estudos transversais apresentam três características essenciais: 
1- As mensurações são feitas num único momento do tempo; 
2- São úteis quando se quer descrever variáveis e seus padrões de distribuição; 
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3- Constituem o único desenho que possibilita identificar a prevalência de um 
fenômeno de interesse. 
 
 O viés de prevalência pode ocorrer pois os agravos de curta duração têm maior 
chance de aparecerem nos resultados, enquanto doenças crônicas tem apresentação 
excessiva nos resultados. 
 
Figura: Delineamento do estudo transversal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Perguntas que podem ser respondidas com estudos transversais: “qual a 
proporção de indivíduos com determinado fenômeno?”; “qual a prevalência de um 
dado desfecho?”; “como se caracteriza certa população?”. 
 
 Vantagens do estudo 
Relacionadas com o fato de as medidas serem tomadas uma única vez, sem a 
necessidade de acompanhamento, são elas: 
- Baixo custo; 
- Menor risco de perdas; 
- Rapidez. 
 Limitações do estudo 
- Vulnerabilidade a biases; 
- Os pacientes curados e falecidos não aparecem nos casos; 
- Baixo poder para estabelecer relações causais; 
- Não proporciona relação cronológica de fatos; 
- Impraticável quando o evento estudado é raro. 
 
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Estudo Caso-Controle ou Retrospectivo 
 
 Se baseiam na comparação de um grupo que apresenta o desfecho (caso) de 
interesse com outro grupo que não apresenta (controle). 
 Seleciona inicialmente os casos ou indivíduos portadores de uma doença ou 
agravo e os controles ou indivíduos que não apresentam o desfecho estudado, 
mas, são semelhantes aos casos; 
 A questão científica a ser esclarecida em um estudo de caso-controle é a seguinte: 
Quais são as causas da doença? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vantagens do estudo: 
- Baixo custo relativo, menos tempo, menor tamanho amostral; 
- Alto poder de análise; 
- Adequado para doenças raras ou de longa duração (crônicas); 
- Os resultados são obtidos rapidamente; 
- Não necessita de acompanhamento dos pacientes. 
 
 Limitações do estudo: 
- Incapaz de estimar riscos, incidência ou prevalência; 
- Vulnerável a inúmeros biases (principalmente os de seleção, memória e 
registro); 
- Dados de exposição no passado podem ser inadequados; 
- Os dados de exposição podem ser viciados. 
 
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Perguntas que podem ser respondidas com o estudo de caso-controle: “a 
ocorrência de câncer de faringe está associada ao uso prolongado de cigarros?”; “a 
ocorrência de infecção hospitalar entre adultos leva a aumento significativo nos 
gastos institucionais?” 
 
Estudo de Coorte ou de Incidência 
 
 Uma coorte refere-se a um grupo de indivíduos pertencentes a uma mesma 
população, que é acompanhado durante um período objetivando estudar a 
ocorrência de um ou mais desfechos; 
 O período de acompanhamento é o que diferencia esse estudo; 
 Parte da exposição em direção ao efeito; 
 Medem o risco de uma exposição; 
 Compara expostos com não expostos; 
 A questão científica a ser esclarecida em um estudo de coorteé a seguinte: Quais são 
os efeitos da exposição? 
 
Os estudos de coorte podem ser de dois tipos: 
 
 Prospectivo ou longitudinal ou concorrente (Figura abaixo): o pesquisador 
seleciona uma população sem a doença e realiza o seguimento até o 
desenvolvimento da doença ou não (sentido temporal usual). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Retrospectivo ou coorte histórico (Figura abaixo): seleciona-se população ou coorte 
que possui registros de exposição ao fator de risco obtido no passado, mas verifica-
se a doença no presente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vantagens do estudo: 
- Produz medidas de risco (único); 
- Alto poder de análise; 
- Simplicidade de desenho; 
- Facilidade de análise; 
- Não há problemas éticos; 
- A qualidade dos dados pode ser de excelente nível; 
- Dados referentes à exposição são conhecidos antes da ocorrência da doença; 
- A cronologia dos acontecimentos é facilmente determinada. 
 
 Limitações do estudo: 
- Alto custo; 
- Perdas de segmento podem ser grandes; 
- O número de pessoas no estudo costuma ser grande; 
- Em muitas situações, os resultados somente são obtidos após longo prazo de 
seguimento; 
- Avaliações mascaradas podem ser difíceis de implementar; 
- Mudanças de categoria de exposição; 
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- Mudanças de critérios diagnósticos com o passar do tempo, especialmente em 
projetos de longa duração, levam a erros de classificação quanto ao diagnóstico dos 
desfechos clínicos; 
- Dificuldades administrativas nos projetos de longa duração; 
- Interpretação dificultada pela presença de fatores de confundimento. 
 
Exemplos de questões de pesquisa que podem ser respondidas pelo estudo de coorte: 
 
“qual a expectativa de vida de habitantes do Nordeste brasileiro?”; 
“qual o risco de câncer de mama entre mulheres que utilizam desodorantes à base de 
chumbo?”; 
“qual o tempo médio de sobrevida de pacientes que realizaram transplante hepático?” 
 
 
Estudo Ecológico 
 
 Diferente dos demais tipos de delineamento, a unidade de analise não é constituída 
de indivíduos, mas de grupos de indivíduos. Daí, a sua sinonímia: estudo de 
grupos, de agregados, de conglomerados, estatísticos ou comunitários. 
 Baseia-se na comparação entre indicadores relacionados com a exposição a que 
uma população foi submetida ou na comparação desses indicadores e níveis de 
exposição de múltiplas populações. Para tanto, o epidemiologista faz uso de 
medidas agregadas, ambientais e globais. 
 
 Vantagens do estudo: 
- Simplicidade e baixo custo; 
- Rapidez; 
- As conclusões são generalizáveis. 
 Limitações do estudo: 
- Não há dados individuais; 
- Dificuldade em usar técnicas mascaradas (Ex: duplo cego); 
- Dados de diferentes fontes; 
- Dificuldade em controlar os fatores de confundimento. 
 
Falácia ecológica: atribuição a um indivíduo o que se observou a partir de estatísticas. 
Comete-se este erro ao inferir-se uma relação casual em nível de indivíduos, baseando-se 
em associações encontradas em comparações de populações. 
 
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Exemplo de questões de pesquisa que podem ser respondidas pelo estudo ecológico: 
“qual a influência da adoção de leis antitabaco sobre as taxas de câncer de pulmão na 
comunidade europeia?”; “qual a relação temporal entre os níveis de dióxido de carbono da 
cidade de São Paulo e as taxas de internamento por doenças do aparelho respiratório?”; 
“quais as diferenças, ao se compararem países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em 
desenvolvimento, entre cobertura vacinal para poliomielite nos últimos 30 anos e as taxas 
desta doença?”. 
 
Ensaios Clínicos 
 
- Estudos de intervenção e Ensaio clínico randomizado 
 Considerado o padrão de excelência, o “padrão ouro” entre os métodos de 
investigação, pois é o que produz evidências mais diretas e inequívocas para 
esclarecer uma relação causa-efeito entre dois eventos. 
 
 
VANTAGENS LIMITAÇÕES 
- Alta credibilidade; 
- Os grupos têm grande chance de serem 
comparáveis em termos de variáveis de 
confundimento; 
- Não há dificuldade na formação do grupo-
controle; 
- O tratamento e os procedimentos são 
decididos a priori e uniformizados na sua 
aplicação; 
- A qualidade dos dados sobre a intervenção 
e os efeitos pode ser de excelente nível; 
- A cronologia dos acontecimentos é 
determinada, sem equívocos: existe certeza 
de que o tratamento é aplicado antes de 
aparecerem os efeitos; 
- Pode-se usar placebo e técnicas de duplo-
cego; 
- Os resultados são expressos em 
coeficientes de incidência, a partir dos 
quais são computadas as demais medidas de 
- Dificuldades éticas e práticas; 
- Exigência de população estável e cooperativa: 
para evitar grandes perdas de segmento e 
recusas em participar; 
- Grupo investigado pode ser altamente 
selecionado, não-representativo, devido a 
múltiplas exigências quanto às características 
de inclusão e exclusão dos participantes no 
estudo; 
- Alguns participantes deixam de receber um 
tratamento potencialmente benéfico, ou são 
expostos a um procedimento maléfico; 
 - Impossibilidade de ajustar o tratamento em 
função das necessidades de cada indivíduo; 
- Dificuldade de levar a conclusões seguras e 
inequívocas, quando os efeitos são raros ou 
quando eles aparecem somente após longo 
período de latência (pois incidem depois de 
concluída a investigação); 
- Requerer estrutura administrativa e técnica 
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risco; 
- A interpretação dos resultados é simples, 
pois estão relativamente livres dos fatores 
de confundimento; 
- Muitos desfechos clínicos podem ser 
investigados simultaneamente. 
 
de porte razoável, estável, preparada e 
estimulada, para levar a bom termo um 
projeto complexo e minucioso, usualmente 
caro e de longa duração. 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
1- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2022) Os estudos 
epidemiológicos visam, dentre outros, ao fornecimento de medidas precisas da 
ocorrência das doenças, bem como de outros desfechos. Contudo, incorre em todo 
estudo a possibilidade de erros. Assinale a alternativa que define o erro de 
amostragem. 
A) Amostra é representativa da população em estudo. 
B) Os selecionados esgotam e contemplam toda a variabilidade da população. 
C) A amostra é pequena, não representativa, sem contemplar a variabilidade da 
população.D) A amostra é grande e fornece poder estatístico e confiabilidade ao estudo. 
E) Os selecionados têm mais chances de apresentar o agravo que se investiga e de fazer 
parte da amostra. 
 
2- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2022) Considerando que os 
estudos transversais podem ser de incidência ou prevalência, assinale a alternativa 
que se refere à investigação de incidência de um agravo. 
A) A incidência faz a investigação de casos novos e antigos de uma doença. 
B) A incidência compara pessoas doentes com saudáveis, considerando a exposição prévia 
a um fator específico. 
C) A incidência é calculada pela razão de odds, o qual mostra o risco relativo de 
adoecimento em uma população. 
D) A incidência verifica, apenas, casos antigos de um agravo em um recorte populacional 
específico. 
E) A incidência investiga agravos em grupos de casos novos, podendo, assim, ser 
considerada dinâmica, uma vez que sofre variação no decorrer do tempo e em diferentes 
espaços. 
 
3- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2021) Os estudos analíticos são 
realizados com o objetivo de verificar se há ou não associação entre uma exposição e 
o surgimento de algum agravo ou condição de saúde. Quando realizados com dois 
grupos, um com a doença e outro na ausência dela, ao se verificar a “Odds” da 
exposição, constata-se a existência de associação entre a exposição e a doença. Esse 
tipo de estudo é denominado de 
A) Estudo de intervenção. 
B) Metanálise. 
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C) Caso-Controle. 
D) Seccional de prevalência. 
E) Ecológico. 
 
4- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2021) Leia o resumo de artigo 
apresentado a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando as informações e os seus conhecimentos acerca do tema, assinale a 
alternativa CORRETA. 
A) O estudo apresentado foi realizado com dados primários visando à análise de 
incidência da COVID-19. 
B) As informações apresentam uma síntese da prevalência da infecção por COVID-19 na 
população feminina. 
C) Abrange uma revisão de literatura, em um estudo que aborda uma problemática ainda 
prevalente no Brasil, apesar das ações de enfrentamento. 
D) Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal, cujo objetivo é quantificar 
o número de mulheres vítimas de violência durante a quarentena. 
E) As informações apresentadas consistem em um resumo do artigo completo e 
representam mera informação dos autores sem qualquer embasamento científico. 
 
5- (INTERIORIZAÇAO EM SAÚDE/SAÚDE COLETIVA/2021) Quando a 
randomização dos participantes de um estudo epidemiológico é utilizada para a 
alocação desses em cada um dos grupos sob investigação, diz-se que o estudo é do 
seguinte tipo: 
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A) Caso Controle B) Coorte C) Intervenção 
D) Correlação Ecológica E) Série de Casos 
 
6- (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/2021) É um tipo de estudo 
epidemiológico que tem por objetivo estudar os efeitos de uma intervenção em 
particular. Os indivíduos selecionados são aleatoriamente alocados para os grupos 
intervenção e controle (placebo). Trata-se do tipo de estudo denominado: 
A) transversal de incidência. 
B) ensaio clínico randomizado. 
C) coorte. 
D) caso controle. 
 
7- (VUNESP - HC FMUSP/2020) Relacione as colunas do quadro a seguir de modo a 
tornar verdadeira a associação entre o tipo de estudo primário ou original e as 
características que os definem. 
Tipo de estudo 
a Ensaio clínico 
b Coorte 
c Caso-controle 
d Transversal 
 
Características 
I Um grupo de indivíduos, expostos a uma situação de interesse, pertencentes a uma 
mesma população, é acompanhado durante certo período de tempo, com o 
propósito de se estudar a ocorrência de um ou mais desfechos. 
II Estudo comparativo composto por dois grupos, clientes/doentes, onde um grupo 
receberá o tratamento experimental (grupo intervenção) e o outro grupo receberá o 
tratamento convencional, um tratamento placebo, ou não receberá tratamento 
(grupo controle). alocação randomizada. 
III Se baseia na comparação de um grupo que apresenta o desfecho de interesse com 
outro que não o apresenta. 
IV é o retrato de uma situação em um só momento, no qual a exposição e a condição 
de saúde dos participantes são analisadas simultaneamente. 
A) a – I; b – II; c – III; d – IV. 
B) a – II; b – III; c – I; d – IV. 
C) a – III; b – I; c – IV; d – II. 
D) a – II; b – I; c – III; d – IV. 
E) a – IV; b – III; c – II; d – I. 
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8- (FCC/2019) Uma médica do trabalho atuando em empresa de transporte, decidiu 
analisar a evolução da saúde auditiva de funcionários que iniciaram o trabalho em 
um setor de manutenção com exposição a ruído intermitente, a partir de 
informações dos últimos dez anos relativas às audiometrias anuais realizadas. Este é 
o desenho metodológico de uma pesquisa científica do tipo: 
A) Caso-controle. 
B) Transversal. 
C) Ecológico. 
D) Coorte. 
E) Metanálise. 
9- (FUNDATEC/2019) O delineamento epidemiológico mais adequado para estudar 
associação em uma doença rara que acomete trabalhadores e que produz razão de 
chances, tem curta duração, exige pequeno tamanho de amostra, além de gerar custo 
relativamente baixo, é: 
A) Estudo ecológico. 
B) Prevalência pontual. 
C) Prevalência no período. 
D) Coorte prospectiva. 
E) Casos e controles. 
 
10- (FUNDEP/2017) A epidemiologia atualmente faz uso frequente de métodos 
quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações e para definir 
estratégias de prevenção e controle. Considerando os tipos de estudos 
epidemiológicos, é incorreto afirmar que: 
A) os estudos epidemiológicos podem ser classificados em observacionais ou 
experimentais. 
B) as medidas de exposição e efeito, em um estudo transversal, são realizadas ao mesmo 
tempo, devido a isto não é fácil avaliar associações estatisticamente significativas nos 
resultados. 
C) estudos de coorte fornecem uma melhor informação sobre a etiologia das doenças e a 
medida mais direta do risco de desenvolvê-la. 
D) estudos de casos e controles constituem uma forma relativamente simples de investigar 
a causa das doenças de elevada prevalência na comunidade. 
 
11- (FCM/2016) Matéria publicada no site da Fiocruz Pernambuco em 14/12/15 
anunciou a pesquisa sobre microcefalia no estado de Pernambuco. “A relação de 
doenças infecciosas e de fatores genéticos e ambientais com a microcefalia será o 
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objeto de investigação de um grupo interinstitucional, coordenado pela Fundação 
Oswaldo Cruz em Pernambuco (Fiocruz/PE). O objetivo da pesquisa é identificar 
quais outros fatores, além do vírus Zika, estão relacionados com o aumento dos 
casos dessa doença no país. O estudo utilizará o método de caso-controle, 
comparando um grupode 200 crianças, nascidas vivas ou mortas, com microcefalia e 
outro grupo formado por 400 crianças sem essa malformação congênita”. 
Com relação aos estudos de caso-controle, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Permitem a estimativa do risco relativo pelo cálculo da Odds Ratio. 
B) Possibilitam o estudo de doenças raras. 
C) É simples e fácil a formação de grupos-controles. 
D) Uma desvantagem desse tipo de estudo é que o seu resultado depende da memória dos 
participantes. 
E) Trata-se um procedimento epidemiológico decritivo-analítico, em que se estuda um 
conjunto de casos já diagnosticados com a doença em foco. 
 
12- (FCM/2016) Em relação aos estudos epidemiológicos, analise as seguintes 
afirmativas e assinale com V as verdadeiras e F as falsas. 
( ) Nos estudos ecológicos, as informações se apresentam como dados individuais. 
( ) Os estudos ecológicos são úteis para indicar certos tipos de efeitos que são 
dificilmente detectáveis individualmente. 
( ) Os estudos ecológicos são baratos e mais fáceis de se realizarem, fato justificado 
pela existência de banco de dados secundários. 
( ) Os estudos ecológicos têm capacidade limitada de fazer inferências causais. 
 Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. 
A) V – V – V – V 
B) F – V – V – V 
C) F – V – F – V 
D) F – F – V – F 
E) V – V – V – F 
 
13) (SAÚDE COLETIVA/PSICOLOGIA/2023) Observe a imagem abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
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Na imagem, pode ter ocorrido uma associação incoerente entre as variáveis 
mortalidade neonatal e materna e o atendimento não qualificado no parto. Sabe-se 
que uma diversidade de fatores pode estar atrelada a essa mortalidade. A esse tipo de 
viés denomina-se 
A) falácia ecológica. 
B) estudo seccional. 
C) estudo de prevalência. 
D) caso controle. 
E) estudo de coorte. 
 
14) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) 
 
 
 Na imagem, apresenta-se um gráfico elaborado através da coleta de dados 
secundários. Suponha que esse gráfico fez parte de uma observação realizada pelo 
pesquisador e, ainda, que não houve qualquer associação entre exposições e efeito. 
Assinale a alternativa que apresenta o tipo de estudo que se baseia apenas em 
estatísticas, tal qual situação referida no corpo da questão. 
A) Descritivo. 
B) Ensaio clínico randomizado. 
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C) Ensaio de campo. 
D) Caso controle. 
E) Coorte. 
 
15) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) A respeito dos estudos 
epidemiológicos, os mesmo devem passar pelo crivo do Comitê de ética em Pesquisa. 
Na análise do projeto, os princípios éticos que devem ser observados na pesquisa e 
prática epidemiológicas incluem: consentimento informado; confidencialidade; 
respeito pelos direitos humanos e integridade científica. A respeito do 
CONSENTIMENTO INFORMADO, assinale a alternativa CORRETA. 
A) Deve ser verbalizado pelo participante do estudo, sendo a documentação escrita no 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE desnecessária. 
B) É dispensável em casos de pesquisas realizadas com crianças. 
C) É facultativo ao pesquisador a solicitação do consentimento, sendo obrigatório, apenas, 
nos estudos experimentais. 
D) Assegura ao participante a preservação do sigilo das informações particulares obtidas. 
E) Deve ser obtido dos participantes do estudo antes da execução da pesquisa e a eles 
devem assegurar o direito de abandonar o estudo a qualquer momento, sem danos. 
 
16) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) Leia atenciosamente a 
notícia abaixo: 
“Dos 287.166 (aproximar valor para 300.000) partos realizados através de planos de 
saúde privados em 2019, 84,76% (aproximar valor para 85%) foram por cesariana. O 
dado consta no Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal, atualizado 
hoje (11) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele apresenta 
números nacionais que podem ser consultados por qualquer interessado e filtrados 
por operadora e por hospital ou maternidade” 
agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-08/cesareas-respondem-por-84-dos-
partos-realizados-por-planos-em-2019. 
Considerando que para a OMS recomenda uma proporção de partos cesáreos de, no 
máximo 15%, uma vez que superior a esse valor não há benefícios para o binômio 
feto-mãe, é CORRETO afirmar que, em 2019, o número máximo de cesarianas 
realizadas pelos planos de saúde deveria ser de (aproximadamente) 
A) 45.000 
B) 80.000 
C) 100.000 
D) 150.000 
E) 200.000 
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17) (ATENÇÃO BÁSICA/PSICOLOGIA/2023) A amostra de um estudo de incidência 
de reação adversa medicamentosa em um hospital de Pernambuco foi obtida por 
meio do prontuário de cada quinto paciente internado. Assinale a alternativa que 
corresponde a esse tipo de amostra. 
A) Estratificada 
B) Conveniência 
C) Aleatória 
D) Probabilidade 
E) Nenhuma das alternativas. 
 
18) (ATENÇÃO BÁSICA/PSICOLOGIA/2023) Foi realizada uma pesquisa, na qual 
um teste (A) foi comparado com um exame padrão-ouro para avaliar as evidências 
do desempenho do teste (A) no diagnóstico de uma doença, comparando com o 
exame padrão-ouro. Sobre isso, analise a tabela abaixo: 
 
 
 
Assinale a alternativa que corresponde ao valor da probabilidade de o paciente ter a 
doença quando o teste A é positivo. 
A) 25% 
B) 45,5% 
C) 55,5% 
D) 62,5% 
E) 75% 
 
19) (ATENÇÃO BÁSICA/PSICOLOGIA/2023) Nos estudos sobre medicamentos, 
costumam-se definir fases para os ensaios clínicos na ordem em que ocorrem. Sobre 
as fases dos ensaios clínicos, assinale a alternativa CORRETA. 
A) Os ensaios clínicos de fase I são randomizados e podem fornecer evidências definitivas 
sobre a eficácia. 
B) Os ensaios clínicos de fase II fornecem informações preliminares sobre a eficácia do 
fármaco e a relação entre dose e eficácia. 
C) Os ensaios clínicos de fase III pretendem identificar uma faixa de variação de dose que 
seja tolerável e segura. 
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D) Os ensaios clínicos de fase I incluem um número suficiente de pacientes para detectar 
os efeitos terapêuticos importantes e normalmente são publicados no meio científico. 
E) Os ensaios clínicos de fase III podem ser controlados, mas incluem um número muito 
pequeno de pacientes para detectar efeitos que não sejam principais do tratamento. 
 
20) (ATENÇÃO BÁSICA/PSICOLOGIA/2023) Foi realizado um estudo com crianças 
e adolescentes hospitalizados com diagnóstico de COVID-19, confirmado por teste 
(RT-PCR), tendo como desfecho óbito por COVID-19 ou recuperação, entre 1º de 
março e 1º de agosto de 2020. A fonte de dados foi o Sistema de Informação de 
Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). Concluiu-se que ser adolescente, 
ter classificação de SRAG-crítico e imunopatiacomo comorbidade foram 
importantes fatores associados ao óbito. Assinale a alternativa que corresponde a 
esse tipo de estudo. 
A) Série de casos 
B) Seccional 
C) Coorte 
D) Caso-controle 
E) Ensaio clínico 
 
21) (ATENÇÃO BÁSICA/PSICOLOGIA/2023) Um estudo no centro de referência de 
Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco descreve o curso clínico de pacientes 
que apresentaram uma doença hematológica rara. Eles são identificados no centro 
de referência, seus prontuários são revisados quanto às características dos pacientes, 
aos tratamentos e ao estado atual da sua doença. Qual das seguintes alternativas 
melhor descreve esse estudo? 
A) Caso-controle B) Coorte C) Transversal 
D) Série de casos E) Ensaio clínico randomizado 
 
22) (HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2023) “A frequência de casos novos de uma 
determinada doença ou problema de saúde, oriundos de uma população sob risco de 
adoecimento, ao longo de um determinado período de tempo”. Essa é a definição de 
A) Prevalência. 
B) Incidência. 
C) Taxa de ataque. 
D) Letalidade. 
E) Morbidade. 
 
 
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GABARITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
ALMEIDA-FILHO, Naomar De; BARRETO, Mauricio Lima. Desenhos de Pesquisa em Epidemiologia. In: _ 
(Org.). Epidemiologia & Saúde: fundamentos, métodos, aplicaçoes. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2012. p. 165–174. 
GORDIS, Leon. Epidemiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: REVINTER, 2010. 
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro. 8ª edição. Medbook. 
2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. C 2. E 3. C 4. C 5. C 6. B 
7. D 8. D 9. E 10. 
D 
11. C 12. B 
13. A 14. A 15. E 16. A 17. B 18. D 
19. B 20. C 21. D 22. B 
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Aula 
06 
Lei 8.142/1990 
Controle Social 
Profª Rafaela Domingos 
 
 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO DA SAÚDE: LEI Nº 8.142/1990. 
 
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as 
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras 
providências. 
Conferência de Saúde: reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos 
vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a 
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder 
Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 
 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 8ª Conferência Nacional de Saúde realizada em 1986 em Brasília contou com cerca de 4.500 
pessoas e 1.000 delegados, sendo a primeira conferência a ter a participação da sociedade civil. 
Nesta conferência discutiram-se os princípios da Reforma Sanitária: 
1. Saúde como direito de todos e dever do Estado, um conceito de saúde para além da ausência 
da doença física, mas sim definido pelo contexto sócio histórico e determinantes sociais 
(alimentação, educação, moradia, renda, trabalho, meio ambiente, transporte, lazer, liberdade, 
acesso à terra e a serviços de saúde); 
2. Reformulação do Sistema Nacional de Saúde: proposta de um Sistema Único de Saúde com os 
princípios de descentralização, integralidade, intersetorialidade, regionalização e hierarquização, 
participação da comunidade, fortalecimento do município, autonomia do usuário, 
universalização do acesso, equidade, atendimento de qualidade; 
3. Financiamento do setor. 
O resultado desse grande encontro da população brasileira em Brasília gerou as bases para a 
seção “Da Saúde” da Constituição Brasileira em 1988. 
 
Em 2019 tivemos a 16ª “(8ª + 8)” Conferência Nacional de Saúde: Democracia e Saúde, 
resgatando a memória da 8ª Conferência Nacional. A 16ª Conferência trouxe o tema Democracia 
e Saúde, trabalhando três eixos: Saúde como Direito, Consolidação do SUS e Financiamento 
Adequado para o SUS. 
 
O relatório final pode ser acessado em: http://www.conselho.saude.gov.br/16cns/ 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.142-1990?OpenDocument
http://www.conselho.saude.gov.br/16cns/
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Conselho de Saúde: em caráter permanente e 
deliberativo, órgão colegiado composto por 
representantes do governo, prestadores de 
serviço, profissionais de saúde e usuários, atua 
na formulação de estratégias e no controle da 
execução da política de saúde na instância 
correspondente (federal, estadual e 
municipal), inclusive nos aspectos econômicos 
e financeiros, cujas decisões serão 
homologadas pelo chefe do poder legalmente 
constituído em cada esfera do governo. 
 
 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ler na íntegra a Resolução Nº 453, de 10 de maio de 2012 que detalha sobre o funcionamento 
dos conselhos. 
O processo bem-sucedido de descentralização da saúde promoveu o surgimento de Conselhos 
Regionais, Conselhos Locais, Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos dos Distritos 
Sanitários Especiais Indígenas, sob a coordenação dos Conselhos de Saúde da esfera 
correspondente. Assim, os Conselhos de Saúde são espaços instituídos de participação da 
comunidade nas políticas públicas e na administração da saúde. 
Como Subsistema da Seguridade Social, o Conselho de Saúde atua na formulação e proposição 
de estratégias e no controle da execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos 
econômicos e financeiros. 
I - O número de conselheiros será definido pelos Conselhos de Saúde e constituído em lei. 
II - Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03 do CNS e consoante com as 
Recomendações da 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser 
distribuídas da seguinte forma: 
a)50% de entidades e movimentos representativos de usuários; 
b)25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde; 
c)25% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem 
fins lucrativos. 
 
 
 
 
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O Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde (CONASS) e o 
Conselho Nacional de Secretários 
Municipais de Saúde (CONASEMS) terão 
representação no Conselho Nacional de 
Saúde. 
A representação dos usuários nos 
Conselhos de Saúde e Conferências será 
paritária em relação ao conjunto dos 
demais segmentos. 
As Conferências de Saúde e os 
Conselhos de Saúde terão sua organizaçãoe normas de funcionamento definidas em 
regimento próprio, aprovadas pelo 
respectivo conselho. 
Os recursos do Fundo Nacional de 
Saúde (FNS) serão alocados como: 
I - despesas de custeio e de capital do 
Ministério da Saúde, seus órgãos e 
entidades, da administração direta e 
indireta; 
II - investimentos previstos em lei 
orçamentária, de iniciativa do Poder 
Legislativo e aprovados pelo Congresso 
Nacional; 
III - investimentos previstos no Plano 
Qüinqüenal do Ministério da Saúde; 
IV - cobertura das ações e serviços de saúde 
a serem implementados pelos Municípios, 
Estados e Distrito Federal. 
 
Para receberem os recursos, os 
Municípios, os Estados e o Distrito Federal 
deverão contar com: 
Fundo de Saúde; Conselho de Saúde; 
plano de saúde; relatórios de gestão; 
contrapartida de recursos para a saúde no 
respectivo orçamento; Comissão de 
elaboração do Plano de Carreira, Cargos e 
Salários (PCCS), previsto o prazo de dois 
anos para sua implantação. 
Os recursos referidos neste artigo serão 
destinados, pelo menos setenta por cento, 
aos Municípios, afetando-se o restante aos 
Estados. 
Os recursos referidos serão repassados de 
forma regular e automática para os 
Municípios, Estados e Distrito Federal. 
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EXERCÍCIOS 
 
01. (IAUPE, 2019, PERFIL AB) Sobre a participação da Comunidade no Sistema 
Único de Saúde (SUS), leia as afirmativas abaixo: 
I. A Conferência de Saúde e o Conselho de Saúde são instâncias, que atuam nas esferas 
municipal, estadual e federal. 
II. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação de vários 
segmentos sociais. 
III. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, atua na formulação de 
estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros. 
IV. A representação dos usuários nos Conselhos e Conferências de Saúde é paritária em 
relação ao conjunto dos demais segmentos. 
V. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de 
Secretários Municipais de Saúde (Conasems) têm representação no Conselho Nacional de 
Saúde. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
 A) I, II, III, IV e V estão corretas. 
B) Apenas I, II, III e IV estão corretas. 
C) Existem, apenas, duas incorretas. 
D) Existem três incorretas. 
E) Apenas IV está incorreta. 
 
02. (IAUPE, 2019, PERFIL SC) É possível traçar um paralelo entre a 8ª Conferência 
Nacional de Saúde – CNS - (1986) e a 16ª Conferência Nacional de Saúde (2019). 
Fizeram parte da pauta da CNS de 2019 as políticas para barrar os retrocessos no 
campo dos direitos sociais e a necessidade da democratização do Estado, sobretudo 
do setor saúde. 
 
 
 
Considerando os pontos que convergem nos dois eventos citados, é CORRETO 
afirmar que a 8ª CNS foi marcada como 
A) intraministerial, orquestrada por autoridades do setor. 
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B) conferência que refutou participação popular. 
C) espaço de deliberação sobre financiamento e privatização do SUS. 
D) momento de intensificação de debate sobre o estado enquanto provedor, por dever, da 
saúde, a qual é um direito do cidadão. 
E) local onde foram discutidas propostas para minguar o conceito de saúde. 
 
03. (IAUPE, 2015, PERFIL AB) A participação da sociedade na definição das políticas 
de saúde se constitui em um princípio orientador da organização do sistema público 
no Brasil desde 1986, quando da realização da VIII Conferência Nacional de Saúde. 
Nesse sentido, analise as afirmativas abaixo: 
I. Esse princípio é incorporado como norma constitucional e legal na configuração do 
Sistema Único de Saúde (SUS) no país, na forma de conselhos e conferências de saúde em 
todas as esferas de governo. 
II. As conferências municipais de saúde são espaços públicos, parte da esfera pública, em 
que representantes da sociedade civil e do governo municipal encontram-se em situação 
de deliberação e, portanto, de estabelecer ações comunicativas e resgatar as pretensões de 
validade de seus discursos. 
III. A deliberação é o diálogo entre diferentes sujeitos em busca de consenso ou do acordo 
possível, tendo como condição de legitimidade o direito de todos os interessados poderem 
participar. 
Está CORRETO o que se afirma em 
A) I, apenas. B) II e III, apenas. C) I, II e III. 
D) I e III, apenas. E) II, apenas. 
 
4. (AOCP/2016) De acordo com o que dispõe a Lei 8.142/90 acerca do Conselho de 
Saúde, assinale a alternativa correta. 
A) Tem caráter permanente e deliberativo. 
B) Reunir-se-á, a cada quatro anos, com a representação dos municípios para avaliar a 
situação da assistência social. 
C) Tem como função precípua avaliar a situação da saúde e da assistência social em 
âmbito estadual. 
D) É um órgão municipal formado somente quando convocado pelo poder executivo. 
E) É formado pela reunião dos secretários de saúde municipais e pelo Ministro da Saúde. 
 
05. (AOCP/2018) Segundo estabelece a Lei nº 8.142/1990, os recursos do Fundo 
Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como: 
A) Investimentos previstos no Plano anual do Ministério da Saúde; 
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B) Investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Executivo e 
aprovados pelo Senado Federal; 
C) Despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, 
apenas da administração direta; 
D) Cobertura das ações e dos serviços de saúde a serem implementados pelos municípios, 
pelos estados e pelo Distrito Federal.
 
06. (PERFIL HOSPITALAR – 2023 – Caderno 57) Em relação ao que dispõe a Lei 
8.142/90 sobre a participação e o controle social na gestão do SUS, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
A) O Conselho de Saúde é o órgão colegiado composto por representantes do governo, 
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. 
B) A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em 
relação ao conjunto dos demais segmentos. 
C) A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada dois anos, convocada pelo Poder Executivo 
ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 
D) As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de 
funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. 
E) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de 
Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional 
de Saúde. 
 
07. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA – 2023 – Caderno 77- PSICOLOGIA) O Conselho 
Nacional de Saúde (CNS) é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do 
Sistema Único de Saúde (SUS), integrante da estrutura organizacional do Ministério 
da Saúde. Sobre o CNS, assinale a alternativa CORRETA. 
A) A Mesa Diretora do CNS, eleita pelo Plenário, é composta por oito conselheiros 
titulares, incluída a presidência do CNS, para mandato de três anos. 
B) As Comissões são organismostemporários, com caráter excepcional. 
C) A Secretaria-Executiva do CNS é o fórum de deliberação plena e conclusiva, formado 
pelos representantes de usuários e governo. 
D) Os Grupos de Trabalho são organismos instituídos pelo Plenário para assessoramento 
permanente ao CNS ou às Comissões com prazo indeterminado. 
E) A Presidência do CNS é definida por meio de votação secreta, e seu mandato é de 
quatro anos. 
 
08. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA – SAÚDE COLETIVA – 2023 – Caderno 78) As 
Conferências Nacionais de Saúde constituem o principal espaço democrático para a 
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construção de políticas públicas de saúde no Brasil. No processo histórico das 
Conferências Nacionais, podemos destacar uma que teve como tema central: 
Constituição do Sistema Nacional de Saúde e a sua institucionalização. 
Assinale a alternativa que corresponde a essa Conferência. 
A) 8º B) 7º C) 6º D) 5º E) 3º 
 
09. (PERFIL SAÚDE COLETIVA – SAÚDE COLETIVA AC – 2022 - Caderno 85) 
Referente à organização dos Conselhos de Saúde, é CORRETO afirmar que esses 
órgãos terão sua organização e normas de funcionamento definidas por meio da(o) 
A) ata da Conferência de Saúde. 
B) regimento elaborado pela CIT. 
C) ata elaborada pelo Ministério da Saúde. 
D) regimento estabelecido pela CIB. 
E) regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. 
 
10. (PERFIL SAÚDE COLETIVA – SAÚDE COLETIVA AC – 2022 - Caderno 85) 
Indispensáveis, poderosos instrumentos de controle social, esses colegiados, sem 
margem para dúvida ou questionamentos, são o elo entre a gestão do SUS/serviços de 
saúde e os usuários do sistema. É através dessas instâncias que a coletividade social é 
oportunizada à participação na formulação de políticas públicas e instrumentos de 
gestão do SUS. O texto da questão faz referência às(aos) 
A) conferências de saúde. 
B) colegiados de educação em saúde. 
C) centros especializados de assistência social. 
D) centrais de regulação dos níveis municipais e estaduais. 
E) conselhos de saúde. 
 
11. (PERFIL SAÚDE COLETIVA – PSICOLOGIA – 2023 – Caderno 91) Acerca do 
princípio organizativo do SUS, denominado de Participação da Comunidade, é 
CORRETO afirmar que se trata da 
A) organização dos serviços em níveis crescentes de complexidade. 
B) articulação entre os serviços existentes. 
C) atuação social, sobretudo através dos Conselhos e das Conferências de Saúde, na 
política e serviços de saúde. 
D) distribuição do poder entre os três níveis de governo, sem centralizar no nível central. 
E) execução dos serviços com qualidade e eficiência. 
 
 
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GABARITO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. A 2. D 3. D 4. A 5. D 6. C 
 7. C 8. A 9. D 10. E 11. E 
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Aula 
08 
Decreto Nº 7508/2011 
Redes de Atenção à Saúde 
 
Profª Rafaela Domingos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DECRETO Nº 7.508, DE 2011 
 
Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização 
do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a 
articulação interfederativa, e dá outras providências. 
O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e 
recuperação da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, 
mediante a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma 
regionalizada e hierarquizada. 
 
2. ORGANIZAÇÃO DO SUS 
 
Região de Saúde é um espaço geográfico 
contínuo constituído por agrupamentos 
de municípios limítrofes, delimitado a 
partir de identidades culturais, econômicas 
e sociais e de redes de comunicação e 
infraestrutura de transportes 
compartilhados, com a finalidade de 
integrar a organização, o planejamento e a 
execução de ações e serviços de saúde; 
 
As Regiões de Saúde serão instituídas pelo 
Estado, em articulação com os municípios, 
respeitadas as diretrizes gerais pactuadas 
na Comissão Intergestores Tripartite. 
 
Poderão ser instituídas Regiões de Saúde 
interestaduais, compostas por municípios 
limítrofes, por ato conjunto dos 
respectivos Estados em articulação com os 
Municípios. A instituição de Regiões de 
Saúde situadas em áreas de fronteira com 
outros países deverá respeitar as normas 
que regem as relações internacionais. 
 
Os componentes da Região de Saúde 
são: 
a) atenção primária; 
b) urgência e emergência; 
c) atenção psicossocial; 
d) atenção ambulatorial 
especializada e hospitalar e 
e) vigilância em saúde. 
 
Os entes federativos definirão os seguintes 
elementos em relação às Regiões de Saúde: 
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seus limites geográficos; população usuária 
das ações e serviços; rol de ações e serviços 
que serão ofertados e respectivas 
responsabilidades, critérios de acessibilidade 
e escala para conformação dos serviços. As 
Regiões de Saúde serão referência para as 
transferências de recursos entre os entes 
federativos. 
 
Portas de Entrada são serviços de 
atendimento inicial à saúde do usuário no 
SUS: os serviços de atenção primária; de 
atenção de urgência e emergência; de 
atenção psicossocial e especiais de acesso 
aberto. 
 
Serviços Especiais de Acesso 
Aberto são serviços de saúde específicos 
para o atendimento da pessoa que, em razão 
de agravo ou de situação laboral, necessita 
de atendimento especial. 
 
O acesso universal e igualitário às ações e 
aos serviços de saúde será ordenado pela 
atenção primária e deve ser fundado na 
avaliação da gravidade do risco individual 
e coletivo e no critério cronológico, 
observadas as especificidades previstas para 
pessoas com proteção especial, conforme 
legislação vigente. 
 
Ao usuário será assegurada a continuidade 
do cuidado em saúde, em todas as suas 
modalidades, nos serviços, hospitais e em 
outras unidades integrantes da rede de 
atenção da respectiva região. As regras de 
continuidade serão pactuadas pela 
comissão intergestores. 
 
3. PLANEJAMENTO DA SAÚDE 
 
O processo de planejamento da saúde será 
ascendente e integrado, do nível local até o 
federal, ouvidos os respectivos Conselhos 
de Saúde, compatibilizando-se as 
necessidades das políticas de saúde com a 
disponibilidade de recursos financeiros. 
 
O planejamento da saúde é obrigatório 
para os entes públicos e será indutor de 
políticaspara a iniciativa privada. O 
Conselho Nacional de Saúde estabelecerá 
as diretrizes a serem observadas na 
elaboração dos planos de saúde, de acordo 
com as características epidemiológicas e da 
organização de serviços nos entes 
federativos e nas Regiões de Saúde. 
 
No planejamento devem ser considerados 
os serviços e as ações prestados pela 
iniciativa privada, de forma complementar 
ou não ao SUS, os quais deverão compor 
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os Mapas da Saúde regional, estadual e 
nacional. 
 
Mapa da Saúde é uma descrição 
geográfica da distribuição de recursos 
humanos e de ações e serviços de saúde 
ofertados pelo SUS e pela iniciativa 
privada, considerando-se a capacidade 
instalada existente, os investimentos e o 
desempenho aferido a partir dos 
indicadores de saúde do sistema. 
 
O Mapa da Saúde será utilizado na 
identificação das necessidades de saúde e 
orientará o planejamento integrado dos 
entes federativos, contribuindo para o 
estabelecimento de metas de saúde. 
 
4. ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
 
Rede de Atenção à Saúde é um conjunto 
de ações e serviços de saúde articulados em 
níveis de complexidade crescente, com a 
finalidade de garantir a integralidade da 
assistência à saúde. 
 
Relação Nacional de Ações e Serviços de 
Saúde – RENASES: Compreende todas as 
ações e serviços que o SUS oferece ao 
usuário para atendimento da integralidade 
da assistência à saúde. 
 
O Ministério da Saúde disporá sobre a 
RENASES em âmbito nacional, observadas 
as diretrizes pactuadas pela CIT. A cada 
dois anos, o Ministério da Saúde 
consolidará e publicará as atualizações da 
RENASES. A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios pactuarão 
nas respectivas Comissões Intergestores as 
suas responsabilidades em relação ao rol 
de ações e serviços constantes da 
RENASES. 
 
Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais – RENAME: Compreende a 
seleção e a padronização de medicamentos 
indicados para atendimento de doenças ou 
de agravos no âmbito do SUS. 
 
A RENAME será acompanhada do 
Formulário Terapêutico Nacional - FTN 
que subsidiará a prescrição, a dispensação 
e o uso dos seus medicamentos. 
A cada dois anos, o Ministério da Saúde 
consolidará e publicará as atualizações da 
RENAME, do respectivo FTN e dos 
Protocolos Clínicos e Diretrizes 
Terapêuticas. 
 
O Ministério da Saúde é o órgão 
competente para dispor sobre a RENAME 
e os Protocolos Clínicos e Diretrizes 
Terapêuticas em âmbito nacional, 
observadas as diretrizes pactuadas pela 
CIT. 
 
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Protocolo Clínico e Diretriz 
Terapêutica é um documento que 
estabelece critérios para o diagnóstico da 
doença ou do agravo à saúde; o tratamento 
preconizado, com os medicamentos e 
demais produtos apropriados, quando 
couber; as posologias recomendadas; os 
mecanismos de controle clínico; e o 
acompanhamento e a verificação dos 
resultados terapêuticos, a serem seguidos 
pelos gestores do SUS. 
 
O acesso universal e igualitário à 
assistência farmacêutica pressupõe, 
cumulativamente: estar o usuário assistido 
por ações e serviços de saúde do SUS; ter o 
medicamento sido prescrito por 
profissional de saúde, no exercício regular 
de suas funções no SUS; estar a prescrição 
em conformidade com a RENAME e os 
Protocolos Clínicos e Diretrizes 
Terapêuticas ou com a relação específica 
complementar estadual, distrital ou 
municipal de medicamentos; e ter a 
dispensação ocorrido em unidades 
indicadas pela direção do SUS. 
 
A RENAME e a relação específica 
complementar estadual, distrital ou 
municipal de medicamentos somente 
poderão conter produtos com registro na 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
 ANVISA. 
 
5. ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA 
 
Comissões Intergestores são instâncias de 
pactuação consensual entre os entes 
federativos para definição das regras da 
gestão compartilhada do SUS. Pactuarão a 
organização e o funcionamento das ações 
e serviços de saúde integrados em redes de 
atenção à saúde, sendo: I - a CIT, no 
âmbito da União, vinculada ao Ministério 
da Saúde para efeitos administrativos e 
operacionais; II - a CIB, no âmbito do 
Estado, vinculada à Secretaria Estadual de 
Saúde para efeitos administrativos e 
operacionais; e III - a Comissão 
Intergestores Regional - CIR, no âmbito 
regional, vinculada à Secretaria Estadual 
de Saúde para efeitos administrativos e 
operacionais, devendo observar as 
diretrizes da CIB. 
 
Nas Comissões Intergestores, os gestores 
públicos de saúde poderão ser 
representados pelo Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde - CONASS, pelo 
Conselho Nacional de Secretarias 
Municipais de Saúde - CONASEMS e pelo 
Conselho Estadual de Secretarias 
Municipais de Saúde - COSEMS. 
 
As Comissões Intergestores pactuarão: 
 
I - aspectos operacionais, financeiros e 
administrativos da gestão compartilhada 
do SUS, de acordo com a definição da 
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política de saúde dos entes federativos, 
consubstanciada nos seus planos de saúde, 
aprovados pelos respectivos conselhos de 
saúde; 
 
II - diretrizes gerais sobre Regiões de 
Saúde, integração de limites geográficos, 
referência e contrarreferência e demais 
aspectos vinculados à integração das ações 
e serviços de saúde entre os entes 
federativos; 
 
III - diretrizes de âmbito nacional, 
estadual, regional e interestadual, a 
respeito da organização das redes de 
atenção à saúde, principalmente no 
tocante à gestão institucional e à 
integração das ações e serviços dos entes 
federativos; 
 
 IV - responsabilidades dos entes federativos 
na Rede de Atenção à Saúde, de acordo com 
o seu porte demográfico e seu 
desenvolvimento econômico-financeiro, 
estabelecendo as responsabilidades 
individuais e as solidárias; e V - referências 
das regiões intraestaduais e interestaduais 
de atenção à saúde para o atendimento da 
integralidade da assistência. 
 
Serão de competência exclusiva da CIT: 
a pactuação das diretrizes gerais para a 
composição da RENASES; dos critérios 
para o planejamento integrado das ações e 
serviços de saúde da Região de Saúde, em 
razão do compartilhamento da gestão; e 
das diretrizes nacionais, do financiamento 
e das questões operacionais das Regiões de 
Saúde situadas em fronteiras com outros 
países. 
 
Contrato Organizativo da Ação Pública 
da Saúde é um acordo de colaboração 
firmado entre entes federativos com a 
finalidade de organizar e integrar as ações e 
serviços de saúde (seu objeto) na rede 
regionalizada e hierarquizada, com 
definição de responsabilidades, indicadores 
e metas de saúde, critérios de avaliação de 
desempenho, recursos financeiros que serão 
disponibilizados, forma de controle e 
fiscalização de sua execução e demais 
elementos necessários à implementação 
integrada das ações e serviços de saúde. 
 
O Contrato Organizativo de Ação Pública 
da Saúde resultará da integração dos 
planos de saúde dos entes federativos na 
Rede de Atenção à Saúde, tendo como 
fundamentoas pactuações estabelecidas 
pela CIT. 
 
O Contrato Organizativo da Ação Pública 
de Saúde conterá as seguintes disposições 
essenciais: 
 
I - identificação das necessidades de saúde 
locais e regionais; 
II - oferta de ações e serviços de vigilância 
em saúde, promoção, proteção e 
recuperação da saúde em âmbito regional 
e inter-regional; 
III - responsabilidades assumidas pelos entes 
federativos perante a população no processo 
de regionalização, as quais serão 
estabelecidas de forma individualizada, de 
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acordo com o perfil, a organização e a 
capacidade de prestação das ações e dos 
serviços de cada ente federativo da Região 
de Saúde; 
IV - indicadores e metas de saúde; 
V - estratégias para a melhoria das ações e 
serviços de saúde; VI - critérios de 
avaliação dos resultados e forma de 
monitoramento permanente; 
VII - adequação das ações e dos serviços 
dos entes federativos em relação às 
atualizações realizadas na RENASES; 
VIII - investimentos na rede de serviços e 
as respectivas responsabilidades; e 
IX - recursos financeiros que serão 
disponibilizados por cada um dos 
partícipes para sua execução. 
 
O Contrato Organizativo de Ação Pública 
de Saúde observará as seguintes diretrizes 
básicas para fins de garantia da gestão 
participativa: 
I - estabelecimento de estratégias que 
incorporem a avaliação do usuário das 
ações e dos serviços, como ferramenta de 
sua melhoria; 
II - apuração permanente das necessidades 
e interesses do usuário; e 
III - publicidade dos direitos e deveres do 
usuário na saúde em todas as unidades de 
saúde do SUS, inclusive nas unidades 
privadas que dele participem de forma 
complementar. 
 
A humanização do atendimento do 
usuário será fator determinante para o 
estabelecimento das metas de saúde 
previstas no Contrato Organizativo de 
Ação Pública de Saúde. 
 
O Relatório de Gestão conterá seção 
específica relativa aos compromissos 
assumidos no âmbito do Contrato 
Organizativo de Ação Pública de Saúde. 
 
O Sistema Nacional de Auditoria e 
Avaliação do SUS, por meio de serviço 
especializado, fará o controle e a 
fiscalização do Contrato Organizativo de 
Ação Pública da Saúde. 
 
Os partícipes incluirão dados sobre o 
Contrato Organizativo de Ação Pública de 
Saúde no sistema de informações em 
saúde organizado pelo Ministério da 
Saúde e os encaminhará ao respectivo 
Conselho de Saúde para monitoramento. 
 
___________________________________________________________________________ 
 
EXERCÍCIOS 
 
01. (IAUPE, 2017 PERFIL AB) Região de Saúde (RS) é um espaço geográfico 
contínuo, constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, com a finalidade 
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de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. 
Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de 
I. Atenção primária. 
II. Urgência e emergência. 
III. Atenção psicossocial. 
IV. Atenção ambulatorial especializada e hospitalar. 
V. Vigilância em saúde. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todos os itens estão corretos. 
B) Apenas 4 itens estão corretos. 
C) Apenas 3 itens estão corretos. 
D) Apenas 2 itens estão corretos. 
E) Apenas 1 item está correto. 
 
02. (IAUPE, 2018 PERFIL AB) Os serviços de atendimento inicial à saúde do usuário 
no SUS são conhecidos como Portas de Entrada. Sobre os serviços que são Portas de 
Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde, analise os 
itens abaixo: 
I. De atenção primária. 
II. De atenção de urgência e emergência. 
III. De atenção psicossocial. 
IV. Especiais de acesso aberto. V. De atenção hospitalar. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todos estão corretos. 
B) Existem, apenas, quatro corretos. 
C) Existem, apenas, três corretos. 
D) Existem, apenas, dois corretos. 
E) Existe, apenas, um correto. 
 
03. (IAUPE, 2014 GRUPO 28- PSICOLOGIA) O Decreto 7508/2011 regulamentou a 
Lei Orgânica da Saúde (Lei No. 8080/90), instituindo um conjunto de conceitos para 
a organização, planejamento e assistência à saúde no SUS. Analise as descrições 
abaixo e relacione-as com os conceitos. 
I. Espaço geográfico contínuo, constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, 
delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de 
comunicação. II. Descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e 
serviços de saúde ofertados pelo SUS. III. Conjunto de ações e serviços de saúde 
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articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a 
integralidade da assistência à saúde. 
Assinale a alternativa que apresenta a correlação CORRETA. 
A) I- Rede de Atenção à Saúde, II- Mapa de Saúde, III- Região de Saúde 
B) I- Região de Saúde, II- Rede de Atenção à Saúde, III- Mapa de Saúde 
C) I- Mapa de Saúde, II- Rede de Atenção à Saúde, III- Região de Saúde 
D) I- Mapa de Saúde, II- Região de Saúde, III- Rede de Atenção à Saúde 
E) I-Região de Saúde, II-Mapa de Saúde, III-Rede de Atenção à Saúde 
 
04. (IAUPE/SAÚDE COLETIVA/ 2019) Sobre o Planejamento Integrado estabelecido 
no Decreto 7508/11, é CORRETO afirmar que: 
A) se realizará entre o nível Municipal e Estadual, exclusivamente. 
B) é orientado pelo regimento interno da CIB. 
C) conquanto apresente o Mapa de Saúde como instrumento expositivo de diagnóstico, 
este não é considerado para a condução do planejamento integrado. 
D) possui a identificação de necessidades a partir do RAG, sendo orientado pelo Mapa de 
Saúde. 
E) é orientado por meio do uso do Mapa de Saúde, sendo esse instrumento também 
utilizado para identificar as necessidades de saúde. 
 
05.(IAUPE/ATENÇÃOBÁSICA/PSICOLOGIA/2018) As Regiões de Saúde foram 
definidas em legislação federal, em 2011. Para ser instituída, a Região de Saúde deve 
conter, no mínimo, ações e serviços de: 
I. atenção primária. 
II. urgência e emergência. 
III. atenção psicossocial. 
IV. atenção ambulatorial especializada e hospitalar. 
V. vigilância em saúde. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todos os itens estão corretos. 
B) Existem, apenas, quatro itens corretos. 
C) Existem, apenas, três itens corretos. 
D) Existem, apenas, dois itens corretos. 
E) Existe, apenas, um item correto 
 
06. (IAUPE/SAÚDE COLETIVA/AMPLA CONCORRÊNCIA/2018) Em maio de 2016, 
foi aprovado o Regimento Interno na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), 
evento importante para as negociações/pactuação realizadas entre os gestores da 
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saúde. Essa Comissão, CIT, foi previamente apresentada no Decreto N o 7508 de 
2011, o qual estabelece que: 
A) ela desenvolverá atuações no âmbito do Estado, estando diretamenterelacionada à 
Secretaria Estadual de Saúde. 
B) desenvolverá atuações âmbito da União, estando vinculada à Secretaria Estadual de 
Saúde. 
C) deverá desenvolver ações de organização, observando estritamente as diretrizes 
estabelecidas na Comissão Intergestores Bipartite. 
D) apresenta, como competência exclusiva, a pactuação das diretrizes gerais para a 
composição da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – RENASES. 
E) apresenta, como competência exclusiva, a pactuação de referências das regiões 
intraestaduais e interestaduais de atenção à saúde. 
 
07. (IAUPE/SAÚDE COLETIVA/AMPLA CONCORRÊNCIA/2018) “Podemos, grosso 
modo, separar a política de regionalização em dois momentos: o momento do Pacto 
e o do estabelecimento do COAP”. (Política de regionalização do SUS em debate: 
avanços e impasses da implementação das regiões e redes no Brasil.) Sobre o 
Contrato Organizativo de Ação Pública – COAP, é CORRETO afirmar que 
A) cada município pode participar de mais de um COAP. 
B) não é submetido à avaliação de execução. 
C) não faz parte da construção do contrato a elaboração do mapa regional de saúde. 
D) define as responsabilidades sanitárias dos entes federativos dentro das competências 
constitucionais e legais. 
E) não pactua metas, apenas responsabilidades. 
 
08. (IAUPE/INTERIORIZAÇÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA/2020) Sobre o 
planejamento do SUS, analise as afirmativas abaixo: 
I. O COAP é o instrumento de planejamento que registra e celebra o acordo entre gestores 
do SUS para a definição de regiões de saúde cujos principais critérios são: estar na mesma 
Unidade Federativa, possuir serviços de atenção primária, atenção psicossocial, urgência e 
emergência. 
II. Para a definição das regiões de saúde, é de fundamental importância que se tenha uma 
descrição geográfica da distribuição das ações, serviços e das pessoas que neles trabalham, 
e também da capacidade instalada, dos investimentos necessários e o desempenho a partir 
dos indicadores de saúde. 
III. De acordo com o Decreto 7508/11, a elaboração do COAP deve ser feita em sequência 
ao planejamento regional integrado, a partir dos planos de saúde de cada instância gestora 
envolvida no processo de criação de uma região de saúde, 
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IV. As etapas de elaboração do COAP são as seguintes: elaboração do mapa da saúde; 
definição das ações e serviços de saúde e das responsabilidades pela referência e 
contrarreferência do usuário; definição dos medicamentos; pactuação das metas, das 
responsabilidades de cada gestor e das responsabilidades orçamentárias e financeiras. 
V. Um dos aspectos mais importantes ao desenvolvimento do SUS é a possibilidade de os 
pequenos municípios integrarem o COAP de uma região de saúde, sem possuir ações e 
serviços da atenção primária. 
 Estão CORRETAS apenas 
A) I, III e IV. B) II, III e IV. C) I e IV. D) I e II. E) I e V. 
 
09.(IAUPE/HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2020)As Redes de Atenção à Saúde (RAS) 
são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades 
tecnológicas, que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de 
gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. Sobre as RAS, assinale a 
alternativa CORRETA. 
A) O diagnóstico situacional não é importante no processo de implantação da RAS. 
B) No Brasil, o processo de transição nutricional que resultou de mudanças substanciais 
na alimentação, com a crescente oferta de alimentos industrializados, facilidade de acesso 
a alimentos caloricamente densos e mais baratos e redução generalizada da atividade física 
favorece o incremento das condições agudas. 
C) As RAS são espaços, que visam assegurar o compromisso com a melhora de saúde da 
população, ofertando serviços pontuais e fragmentados no âmbito dos diferentes níveis de 
atenção à saúde. 
D) As RAS buscam a integração entre os pontos de atenção à saúde, no sentido de 
permitir a integralidade do cuidado. 
E) Fundamenta-se na compreensão do hospital como o nível de atenção que enfatiza a 
função resolutiva dos cuidados primários sobre os problemas mais comuns de saúde. 
 
10.(IAUPE/HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2020) Para garantir a integralidade do 
cuidado, o Ministério da Saúde estabelece diretrizes para a organização dos serviços 
de saúde em rede. Sobre o papel do hospital como um dos componentes da Rede de 
Atenção à Saúde (RAS), assinale a alternativa CORRETA. 
A) Os serviços especializados ofertados pelo hospital devem apoiar e complementar a 
Atenção Primária. 
B) A instituição hospitalar é definida como uma instituição complexa, densa 
tecnologicamente, de caráter uniprofissional. 
C) O hospital tem o papel de ser referência na prestação aos casos simples que foram 
buscar atendimento diretamente. 
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D) Os hospitais que prestam ações e serviços no âmbito do SUS devem ter missão e perfil 
assistencial definidos, conforme a decisão exclusiva de gestores locais. 
E) Os hospitais, enquanto integrantes da RAS, atuam apenas na prestação de assistência à 
saúde. 
 
11.(IAUPE/ATENÇÃOBÁSICA/PSICOLOGIA/2019) A Rede de Atenção à Saúde 
(RAS) é definida como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, que 
buscam garantir a integralidade do cuidado. Caracteriza-se pela formação de relações 
horizontais entre os pontos de atenção com o centro de comunicação na Atenção 
Primária à Saúde (APS). 
Sobre os pontos de atenção à saúde, analise os itens abaixo: 
I. Os domicílios 
II. As unidades básicas de saúde 
III. As unidades ambulatoriais especializadas 
IV. Os serviços de hemoterapia e hematologia 
V. As residências terapêuticas 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Todos estão corretos. 
B) Existem, apenas, quatro corretos. 
C) Existem, apenas, três corretos. 
D) Existem, apenas, dois corretos. 
E) Existe, apenas, um correto. 
 
12. (IAUPE/ ATENÇÃO BÁSICA /PSICOLOGIA/2019) Sobre a concepção da Rede de 
Atenção à Saúde (RAS), que é definida como arranjos organizativos de ações e 
serviços de saúde de diferentes densidades tecnológicas, que, integradas por meio de 
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do 
cuidado, leia as sentenças a abaixo: 
I. Fundamenta-se na compreensão da Atenção Primária à Saúde como primeiro nível de 
atenção. II. O centro de comunicação está na Atenção Primária à Saúde (APS). 
III. Caracteriza-se pela formação de relações hierarquizadas entre os pontos de atenção 
com o centro de comunicação. 
IV. Enfatiza a função resolutiva dos cuidados primários sobre os problemas mais comuns 
de saúde da população. 
V. Tem a APS como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede. Estão CORRETAS: 
A) I, II, III, IV e V. 
B) I, II, IV e V, apenas. 
C) I, III e IV, apenas. 
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D) I e II, apenas. 
E) I e V, apenas. 
 
13. (AOCP/2018) De acordo com o disposto no Decreto Presidencial nº 7.508/2011, o 
conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade 
crescente, com a finalidadede garantir a integralidade da assistência à saúde, é 
chamado de: 
A) Rede de Atenção à Saúde; 
B) Sistema Único de Saúde (SUS) 
C) Serviços Especiais de Acesso Aberto; 
D) Região de Saúde. 
 
14. (COMPERVE/UFRN/2018) A Política Nacional de Atenção Básica considera esse 
nível de atenção como porta de entrada preferencial do sistema, responsável por 
ordenar fluxos e contrafluxos de pessoas, produtos e informações em todos os pontos 
de atenção à saúde. Segundo o Decreto Presidencial nº 7.508/2011, que regulamenta a 
Lei nº 8.080/1990, os serviços especiais de acesso aberto também são considerados 
como porta de entrada. Um desses serviços de acesso aberto é: 
A) o Serviço de Atenção às Urgências e Emergências; 
B) o Centro de Testagem e Aconselhamento de DST/AIDS; 
C) a Unidade de Saúde da Família; 
D) a Unidade Mista de Saúde. 
 
15. (IBFC/2017) Segundo o decreto presidencial nº 7.508/11, os entes federativos 
definirão os seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde, EXCETO: 
A) seus limites geográficos; 
B) a população usuária das ações e dos serviços; 
C) o rol de ações e serviços que serão ofertados; 
D) as respectivas responsabilidades, os critérios de acessibilidade e a escala para 
conformação dos serviços; 
E) as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com as 
características epidemiológicas e da organização de serviços. 
 
16. (COMPERVE/UFRN/2018) O instrumento de planejamento da saúde que 
operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde e tem como objetivo 
anualizar as metas do Plano de Saúde e prever a alocação dos recursos orçamentários 
a serem executados é: 
A) a Programação Anual de Saúde; 
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B) o Relatório Anual de Gestão; 
C) o Plano Plurianual; 
D) a Lei Orçamentária Anual. 
 
17. (AOCP/2017) De acordo com o que dispõe o Decreto Presidencial nº 7.508/2011, 
assinale a alternativa que não apresenta um dos requisitos para o acesso universal e 
igualitário à assistência farmacêutica. 
Estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS. 
A) Ter o medicamento sido fabricado em território nacional. 
B) Estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e 
Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual, distrital ou 
municipal de medicamentos. 
C) Ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS. 
D) Ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de 
susas funções no SUS. 
 
18. (UPE/2016) A respeito do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde 
(COAP), leia as alternativas abaixo e assinale a CORRETA. 
A) Será fator determinante para o estabelecimento das metas de saúde no COAP a 
humanização do atendimento ao usuário. 
B) O objeto do COAP é a prestação de contas dos serviços e as ações de saúde 
desenvolvidas no SUS. 
C) As normas de elaboração e os fluxos do Contrato Organizativo de Ação Pública de 
saúde serão pactuados pela CIR. 
D) Ao Governo Federal compete coordenar a implementação do COAP. 
E) A integração dos planos de saúde tem como resultado o COAP, cujo fundamento 
consiste nas pactuações estabelecidas pela CIB. 
 
19. (AOCP/2017) Assinale a alternativa correta acerca da Articulação Interfederativa 
e o Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde, estabelecidos pelo Decreto nº 
7.508/11. 
A) Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos de saúde poderão ser representados 
pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), pelo Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e pelo Conselho Estadual de Secretarias 
Municipais de Saúde (COSEMS) 
B) O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é estabelecer a Relação 
Nacional de Medicamentos Essenciais. 
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C) O contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde não pode definir as 
responsabilidades individuais e solidárias dos entes federativos com relação às ações e 
serviços de saúde. 
D) As Secretarias Estaduais de Saúde farão a fiscalização do Contrato Organizativo de 
Ação Pública da Saúde. 
E) Aos partícipes do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde não caberá 
monitorar e avaliar a execução do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde. 
 
20. (PERFIL HOSPITALAR – 2023 – Caderno 57 – Psicologia) O Decreto nº 
7.508/2011 dispõe sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência 
à saúde e a articulação interfederativa. Sobre a integralidade da assistência à saúde, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
A) A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) será acompanhada do 
Formulário Terapêutico Nacional (FTN) e subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso 
dos seus medicamentos. 
B) Uma das exigências para o acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica é que 
o medicamento tenha sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de suas 
funções no SUS. 
C) Estado, Distrito Federal e Município poderão ampliar o acesso do usuário à assistência 
farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem. 
D) O Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENAME, do 
respectivo Formulário Terapêutico Nacional (FTN) e dos Protocolos Clínicas e Diretrizes 
Terapêuticas, anualmente. 
E) Os entes federativos poderão adotar relações específicas e complementares de 
medicamentos, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de 
medicamentos e de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores. 
 
21. (PERFIL HOSPITALAR – 2023 – Caderno 57 – Psicologia) Sobre o planejamento 
em saúde, segundo o Decreto n° 7.508/2011, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) No âmbito estadual, o planejamento deve ser realizado de maneira regionalizada, 
considerando as necessidades dos municípios assim como o estabelecimento de metas de 
saúde. 
B) Devem ser considerados os serviços e as ações prestados pela iniciativa privada, de 
forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão compor os Mapas da Saúde 
regional, estadual e nacional. 
C) O planejamento da saúde é obrigatório para os três entes públicos, não sendo indutor 
de políticas para a iniciativa privada. 
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D) Compete à Comissão Intergestores Bipartite – CIB pactuar as etapas do processo e os 
prazos do planejamento municipal em consonância com os planejamentos estadual e 
nacional. 
E) O processo de planejamento da saúde será ascendente e integrado, do nível local até o 
federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde. 
 
22. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA- 2023- Caderno 77- Psicologia) Dentre os pontos de 
atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção básica em saúde, temos uma 
unidade pública, articulada às Redes de Atenção à Saúde, em especial à Rede de 
Atenção Psicossocial, onde são oferecidos à população em geral espaços de 
sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na cidade. Assinale a alternativa 
que corresponde a essa unidade. 
A) Equipe de Consultório na Rua. 
B) Núcleo de Apoio à Saúde da Família. 
C) Centrode Atenção Psicossocial. 
D) Unidade de Acolhimento. 
E) Centro de Convivência. 
 
23. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA- 2023- Caderno 77- Psicologia) A Rede de Atenção 
Psicossocial (RAPS) foi instituída para pessoas com sofrimento ou transtorno 
mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no 
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Sobre isso, analise as afirmativas abaixo: 
I. UPA 24 horas. 
II. Unidades Básicas de Saúde. 
III. Equipe de Consultório na Rua. 
IV. Serviços Residenciais Terapêuticos. 
V. SAMU 192. 
Assinale a alternativa em que são considerados componentes constituintes da RAPS. 
A) Todos os itens estão corretos. 
B) Existem, apenas, quatro itens corretos. 
C) Existem, apenas, três itens corretos. 
D) Existem, apenas, dois itens corretos. 
E) Existe, apenas, um item correto. 
 
24. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA- 2023 - Caderno 77- Psicologia) Assinale a 
alternativa que representa, na estrutura operacional da Rede de Atenção à Saúde 
(RAS), a que possui papel-chave na sua estruturação como ordenadora das ações e 
serviços disponibilizados na RAS. 
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A) O sistema de governança 
B) Os sistemas logísticos 
C) O Centro de Comunicação 
D) Os pontos de Atenção Secundária e Terciária 
E) Os sistemas de apoio 
 
25. (PERFIL ATENÇÃO BÁSICA – 2023 - Caderno 78 – Saúde Coletiva) A capacidade 
de garantir a continuidade da atenção, através da equipe de saúde, com o 
reconhecimento dos problemas que requerem seguimento constante e se articula 
com a função de centro de comunicação das Redes de Atenção à Saúde corresponde 
ao seguinte atributo da Atenção Primária à Saúde: 
A) Integralidade. 
B) Longitudinalidade. 
C) Orientação comunitária. 
D) Primeiro contato. 
E) Coordenação
 
GABARITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. A 2. B 3. A 4. E 5. A 6. D 7.D 
8. B 9. D 10. A 11. A 12. B 13.A 14.B 
15.E 16.A 17.A 18.A 19.A 20. D 21. C 
22. E 23. A 24. C 25. E 
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Aula 
09 
 
Vigilância à Saúde: noções básicas e 
operacionalização das vigilâncias epidemiológica, 
sanitária e ambiental. 
 
 
Profª Isabelle Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VIGILÂNCIA À SAÚDE: NOÇÕES BÁSICAS 
 
 
Vigilância em Saúde 
 
“vigilância em saúde pública é a coleta sistemática e contínua, análise e 
interpretação de dados sobre desfechos específicos, para uso do planejamento, 
implementação e avaliação de práticas em saúde pública (ROUQUAYROL, 
2018)” 
 
Vigilância Epidemiológica 
 
Conceito: “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou 
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de 
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas 
de prevenção e controle das doenças ou agravos (BRASIL, 2010).” 
 
 O controle das doenças infectocontagiosas consiste em ações que, incidem sob a 
cadeia epidemiológica e são capazes de interrompê-la, as estratégias de intervenção 
tendem a ser aprimoradas ou substituídas. 
 
HISTÓRICO 
 
 Século XX: O Estado iniciava 
intervenções quanto a prevenção 
e controle de agravos. Com o 
avanço da era biológica e ciclos 
epidemiológicos de Doenças 
Infectocontagiosas, realizou-se 
grandes campanhas sanitárias; 
 Década de 50: observação de 
casos suspeitos ou confirmados 
de doenças transmissíveis e de 
seus contatos (vigilância de 
pessoas, isolamento e quarentena 
- âmbito individual); 
 Década de 60: Programa de 
Erradicação da Varíola – organização 
dos sistemas nacionais de Vigilância 
Epidemiológica; 
 21ª Assembleia Mundial de Saúde 
(1968): Vigilância Epidemiológica 
engloba outras doenças e agravos à 
saúde; 
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 Campanha de Erradicação da 
Varíola (1966-1973): Marcou a 
institucionalização da Vigilância 
Epidemiológica no Brasil (Vigilâncias 
Estaduais, notificação de doenças e 
elaboração de boletins 
epidemiológicos semanais); 
 5ª Conferência Nacional de Saúde 
(1975): O Ministério da Saúde institui 
por lei o Sistema Nacional de 
Vigilância Epidemiológica (SNVE); 
 1977: primeiro Manual de Vigilância 
Epidemiológica; 
 Lei 8080/90: “Conjunto de ações que 
proporciona o conhecimento, a detecção 
ou prevenção de qualquer mudança nos 
fatores determinantes e condicionantes 
de saúde individual ou coletiva, com a 
finalidade de recomendar e adotar as 
medidas de prevenção e controle das 
doenças ou agravos.” 
Redirecionamento das atividades 
de vigilância epidemiológica para o 
nível local. 
 
OBJETIVOS 
 
 O principal objetivo dos sistemas de vigilância em saúde pública é o acompanhamento 
do comportamento epidemiológico das doenças sob vigilância, possibilitando a 
detecção precoce de surtos e epidemias e mudanças na distribuição espacial da 
ocorrência das doenças, nos grupos mais afetados e na gravidade dos quadros dessas 
doenças. 
 
 Fornecer orientação técnica permanente para os responsáveis pela decisão e execução 
de ações de controle de doenças e agravos, para isso deve tornar disponíveis 
informações atualizadas sobre a ocorrência destes, bem como dos seus fatores 
condicionantes, em uma área geográfica ou população determinada. A vigilância 
epidemiológica consiste, ainda, em importante instrumento para a organização, o 
planejamento e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a 
normatização de atividades técnicas correspondentes. 
 
 
FUNÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 Coletar, processar e analisar dados; 
 Recomendar medidas de controle e promover ações de controle; 
 Avaliar a eficácia e efetividade das medidas; 
 Divulgação de informações pertinentes. 
 
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COLETA DE DADOS E INFORMAÇÃO 
 
“Informação para ação.” 
 
 
Tipo de dados 
 
Os dados e informações que alimentam o Sistema de Vigilância Epidemiológica são os 
seguintes: 
 
 Dados demográficos: nº de nascimentos, de óbitos, sexo, idade etc. 
 Dados socioeconômicos: situação do domicílio, escolaridade, condições de 
saneamento etc. 
 Dados ambientais: aspectos climáticos, ecológicos e físicos; 
 Dados de morbidade: podem ser obtidos através de busca ativa de casos, de 
estudos amostrais e de inquéritos, entre outras formas (mais utilizado na 
vigilância); 
 Dados de mortalidade: são obtidos através das declarações de óbitos, processadas 
pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (indicador da gravidade do 
fenômeno); 
 Notificaçãode surtos e epidemias: possibilita a constatação de qualquer indício 
de elevação do número de casos de uma doença, ou a introdução de outras não 
incidentes no local e, consequentemente, o diagnóstico de uma situação epidêmica 
inicial, para a adoção imediata das medidas de controle. 
 
Fonte de dados 
 
A informação para a vigilância epidemiológica destina-se à tomada de decisões. Esse 
princípio deve reger as relações entre os responsáveis pela vigilância e as diversas fontes 
que podem ser utilizadas para o fornecimento de dados. 
 
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Notificação: 
 
Comunicação da ocorrência de doença ou agravo à saúde, realizada por profissionais de 
saúde ou qualquer cidadão aos canais adotados pelas autoridades sanitárias, afim de 
adoção de medidas. 
 
Critérios que se aplicam ao processo de seleção para notificação de doenças: 
 
 Magnitude: doenças ou agravos à saúde com alta frequência, que afetam 
contingentes populacionais em grande proporção (elevada incidência, prevalência, 
mortalidade, anos potenciais de vida perdidos). 
 Potencial de disseminação: transmissibilidade da doença, possibilidade de sua 
disseminação por vetores e demais fontes de infecção, colocando em risco outros 
indivíduos ou coletividades. 
 Transcendência: conjunto de características de uma doença ou agravo. 
- Severidade: pode ser medida pela letalidade, hospitalização e sequelas. 
- Relevância social: valor que a sociedade confere à ocorrência do evento, em 
relação a estigmatização de doentes, medo, indignação, quando incide em 
determinados grupos populacionais. 
- Relevância econômica: capacidade de afetar o desenvolvimento, o que as 
caracteriza como restrições comerciais, perdas de vidas, absenteísmo ao trabalho, 
custo de diagnóstico e tratamento etc. 
 Vulnerabilidade: disponibilidade de instrumentos específicos de prevenção e 
controle, permitindo a atuação efetiva dos serviços de saúde com relação a 
indivíduos ou coletividades. 
 Compromissos internacionais: obedecer a metas continentais ou mundiais de 
controle, eliminação ou erradicação (Ex: poliomielite, cólera e peste). 
 Ocorrência de epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde: situações 
emergenciais em que deve se notificar todos os casos suspeitos. 
 
Quem deve notificar? 
 
 
ATENÇÃO PARA A QUESTÃO DE PROVA! 
População civil (qualquer pessoa) pode e 
deve notificar. 
 
 
 
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Todas as unidades de saúde (públicas, privada ou filantrópicas), todos os 
profissionais de saúde e população civil. 
 
O que devemos considerar para fins de notificação? 
 
 Notificar a SUSPEITA da doença; 
 Notificação SIGILOSA (divulgada fora do âmbito médico sanitário somente em 
caso de risco para a comunidade); 
 Notificação NEGATIVA (envio de instrumentos de coleta mesmo na ausência de 
casos). 
 
Portaria Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016 – “Define a Lista Nacional de Notificação 
Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde 
públicos e privados em todo o território nacional.” 
 
✓ O Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) é o 
principal instrumento de coleta dos dados. 
 
Outras bases de dados: 
 
 Laboratórios e hemocentros: através dos resultados dos exames e triagem 
realizada. 
 Investigação epidemiológica de campo: a investigação permite complementar a 
notificação com informações referentes a fonte de infecção, mecanismos de 
transmissão, informações acerca do surto e de casos novos que não foram 
notificados. 
 Imprensa e população: podem ser as primeiras fontes de informação acerca de 
surtos ou epidemias. 
 
Fontes especiais de dados (Estudos Epidemiológicos): 
 
 Inquérito epidemiológico: estudo de corte seccional, geralmente a partir de 
caráter amostral, é realizado quando as informações são insuficientes ou 
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inadequadas (Ex: notificação deficiente e dificuldade na avaliação de coberturas 
vacinais). 
 Levantamento epidemiológico: estudo realizado com base em dados secundários 
encontrados nos registros dos serviços de saúde e outras instituições, tem o 
objetivo de complementar informações já existentes (Ex: recuperação de séries 
históricas e busca ativa de casos). 
 Investigação Epidemiológica: método utilizado para elucidar a ocorrência de 
doenças transmissíveis ou de agravos inusitados à saúde, a partir de casos isolados 
ou relacionados entre si. A expressão “investigação epidemiológica” aqui utilizada 
tem o sentido restrito de importante diagnóstico da vigilância epidemiológica. 
 
Sistemas Sentinelas 
 
 Nem sempre se faz necessária a totalidade de casos para a tomada de decisão em 
vigilância epidemiológica. Para intervir em certas doenças ou agravos, podem ser 
utilizados sistemas sentinelas, capazes de monitorar indicadores-chave na 
população geral ou em grupos específicos a fim de alertar precocemente o sistema 
de vigilância. 
 
Diagnóstico dos casos 
 
 A confiabilidade do sistema de notificação depende, em sua maioria, da capacidade 
dos serviços locais de saúde que são responsáveis pelo atendimento e diagnóstico 
correto dos casos. 
 
 
Normatização 
 
 Definir normas técnicas para uniformizar procedimentos e comparar dados é de 
extrema importância para a vigilância epidemiológica; 
 Importância de normatizar e atualizar a definição de caso, tendo em vista a 
necessidade de padronizar a entrada e classificação final dos casos no sistema. 
 
RETROALIMENTAÇÃO DO SISTEMA 
 
 Incide no retorno regular de informações às fontes produtoras, demonstrando a 
contribuição destas no processo. 
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 Os profissionais de saúde e as lideranças comunitárias precisam sentir-se 
participantes e contribuintes, para que o sistema atinja a confiabilidade necessária. 
 Materializa-se através dos informes epidemiológicos com divulgação periódica em 
caráter regional, estadual, macrorregional ou nacional. 
 
 
AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
Medidas quantitativas 
 
 Sensibilidade: capacidade de detecção dos casos; 
 Especificidade: eficácia em excluir os “não-casos”; 
 Representatividade: possibilidade do sistema em reconhecer os subgrupos da 
população onde ocorrem os casos; 
 Oportunidade: agilidade do fluxo no sistema de informação. 
 
Medidas qualitativas 
 
 Simplicidade: fácil operacionalização do sistema e redução dos custos; 
 Flexibilidade: competência do sistema em adaptar-se a novas situações; 
 Aceitabilidade: capacidade de profissionais, sociedade civil e organizações de 
participar e utilizar o sistema. 
 
 
Perspectivas para a Vigilância Epidemiológica 
 
 O desenvolvimento científico e tecnológico por meio da articulação com asociedade científica e formação de comitês técnicos assessores é de suma 
importância para atualização dinâmica do trabalho em vigilância, além do 
aprimoramento das estratégias operacionais de controle das doenças e agravos à 
saúde. 
 Descentralização do sistema possibilita um salto qualitativo para a reorganização 
dos sistemas locais de vigilância epidemiológica. 
 
ENTENDENDO O PROCESSO EPIDÊMICO... 
 
Conceitos importantes 
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Caso: pessoa ou animal infectado ou doente com características clínicas, laboratoriais e/ou 
epidemiológicas específicas; 
Caso Índice: primeiro caso de uma doença transmissível, diagnosticado e registrado; 
Caso Suspeito: indivíduo com história clínica e exposição compatível que poderá 
desenvolver alguma doença infecciosa; 
Caso Confirmado: isolado e identificado o agente etiológico ou evidências 
epidemiológicas e laboratoriais; 
Autóctone: contraído na área de residência; 
Importado: contraído fora da área de residência onde se fez o diagnóstico, mas que é 
possível identificar a origem da infecção; 
Epidemia: elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado 
lugar e período, caracterizando, de forma clara, um excesso em relação à frequência 
esperada; 
Surtos: tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e 
bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas etc.); 
Pandemia: epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e continentes. 
 
E como investigar surtos e epidemias? 
 
Devem ser investigados em profundidade, utilizando elementos importantes para orientar 
a equipe na investigação de todos ou apenas uma amostra de casos, são esses: magnitude, 
extensão, natureza do evento, a forma de transmissão, tipo de medidas de controle 
indicadas (individuais, coletivas ou ambientais). 
 
Objetivo: identificar formas de interromper a transmissão e prevenir a ocorrência de 
novos casos. 
__________________________________________________________________________________ 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância 
Epidemiológica. 6 ed. Brasília: MS, 2005. 
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro. 8ª edição. 
Medbook. 2018. 
 
 
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VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
 
HISTÓRICO 
 
 Configuração mais antiga da saúde pública; 
 Fazem parte da história de diversos países e do arcabouço de funções do poder 
público desde tempos remotos o controle das impurezas nas águas, da salubridade nas 
cidades, da prática de barbeiros, boticários e cirurgiões da circulação de mercadorias e 
pessoas; 
 A partir do modelo e dos regimentos adotados por Portugal, o Brasil desenvolveu 
ações que ganharam organicidade no início no século XVIII e foram incrementadas a 
partir da chegada da família real; 
 1820 - Criação da Inspetoria de Saúde Pública do Porto do Rio de Janeiro e 
estabelecimento de normas para organizar a vida nas cidades; 
 Monarquia – República: subsetor da saúde pública organizou suas ações tendo como 
esteio o poder de polícia, cuja face mais visível é a fiscalização e a aplicação de 
penalidades 
 Década de 50 e 60: criação do Ministério da Saúde (MS) e Laboratório Central de 
Controle de Drogas e Medicamentos (LCCDM). 
 1976 – Criada a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária – modelo cartorial e a 
relação entre esfera Estadual e Federal extremamente frágil; 
 Década de 80 e 90: crise da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária pois dirigentes 
vinculados ao Movimento da Reforma Sanitária, contrariaram interesses dos 
produtores de medicamentos; 
 Importação de leite e carne contaminadas de Chernobyl; acidente radioativo de 
Goiana; mortes de pacientes renais crônicos; enorme volume de falsificação de 
medicamentos; 
 1986 - Conferência Nacional de Saúde do Consumidor, que subsidiou a Lei n. 
8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor); 
 1994 - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (não implementado); 
 1999 - Cria-se a ANVISA; 
 2001 – I Conferência Nacional de Vigilância Sanitária (CONAVISA) – Tema: Efetivar 
o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: proteger e promover a saúde, construindo 
cidadania. 
 
 
 
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CONCEITO 
 
“Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de 
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas 
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens 
e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: 
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se 
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da 
produção ao consumo; 
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou 
indiretamente com a saúde.” 
(Lei 8080/90: art 6º, parágrafo 1º) 
 
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA VISA 
 
 Produtos: alimentos, medicamentos, cosméticos, saneantes e outros de interesse da 
saúde; 
 Serviços de saúde e de interesse à saúde; 
 Ambientes, incluído ambiente laboral. 
 
ATRIBUIÇÕES PRÓPRIAS DA ANVISA 
 
 Controle sanitário de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados; 
 Ações relacionadas à área de Relações Internacionais; 
 Estudos e manifestação sobre a concessão de patentes de produtos e processos 
farmacêuticos previamente à anuência pelo Instituto Nacional da Propriedade 
Industrial (INPI). 
 
PROCESSO DE TRABALHO 
 
Para que a Vigilância Sanitária cumpra seu objetivo de proteger a saúde da população é 
necessário que desenvolva um amplo conjunto de ações, são essas: 
Se liga! 
Não é só a Vigilância em Saúde do 
Trabalhador que atua no ambiente de 
trabalho, mas a VISA também. 
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 Normatização: as normas nacionais situam exigências para todo o país, os Estados 
por sua vez a partir das devidas especificidades contemplam as questões de caráter 
regional. A elaboração e aprovação de normas é um processo bastante complexo, a 
ANVISA adota o método de consulta pública para democratizar o processo. 
 
 Registro: ato legislado que designa a adequação de produtos, formalizado por meio 
do Diário Oficial da União (DOU). 
 
 Cadastramento: permite identificar informações importantes (registros e 
produtores); a responsabilidade do cadastro é dos estados e municípios, no entanto a 
ANVISA deve disponibilizar um sistema informatizado de caráter nacional. 
 Autorização de funcionamento, Licenciamento e Revalidação: os conceitos usados 
para esse licenciamento mudam entre os estados e geralmente são denominados 
licença sanitária ou alvará sanitário. 
 
 Fiscalização: as inspeções são realizadas tanto para fins de licenciamento e sua 
revalidação anual,quanto para monitoramento, para isso há a utilização de roteiros 
de inspeção e geração de relatórios técnicos a partir das inspeções. 
 
 
Monitoramento de produtos e serviços 
 
- Objetivo: redução da exposição da população a produtos e serviços fora das 
especificações; 
- A ação deve ser planejada, de modo a envolver laboratórios oficiais, de modo que 
haja infraestrutura e tecnologias apropriadas para as análises; 
- Em caso de laudos condenatórios, os mesmos devem ser encaminhados a ANVISA; 
- Programa de Verificação de Medicamentos (Proveme); 
- Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para); 
- Programa de Análise de Resíduos de Medicamentos Veterinários em Alimentos de 
Origem Animal (PAMVET). 
 
 Monitoramento do mercado: objetiva identificar práticas de comércio abusivo de 
medicamentos visando a melhoria do acesso da população; atividade realizada em 
convênio com os órgãos de defesa do consumidor. 
 
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 Monitoramento da publicidade e propaganda: ação recente da prática em 
vigilância sanitária, tem finalidade de combater a propaganda abusiva de 
medicamentos, podendo induzir uso indiscriminado destes. 
 
 Investigação de surtos e agravos: realizado em conjunto com a Vigilância 
Epidemiológica, objetiva identificar a fonte do agravo ou dano, o agente causal, 
confirmar o diagnóstico e orientar quanto às medidas que devem ser adotadas. 
 
 Ações educativas: com o objetivo de promover a disseminação das normas vigentes e 
de informações relacionadas a produtos e serviços, pode ser direcionada a 
profissionais de saúde, prestadores de serviços e comunidade em geral. 
 
 Atendimento a denúncias: serviço de acolhimento das denúncias e monitoramento 
da sua resolução, podendo identificar irregularidades e retroalimentar outras ações da 
vigilância sanitária. 
 
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REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em Saúde. Vol. 2. 
Brasília: CONASS, 2007. 
 
 
 
 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL 
 
 
ARCABOUÇO LEGAL 
 
 Instrumentos legais: Constituição de 1988 e Lei 8080/90; 
 Artigo 225 da Constituição Federal: “Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo 
para as presentes e futuras gerações.” 
 
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CONCEITO 
 
A Vigilância Ambiental em Saúde é um conjunto de ações que proporciona o 
conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade 
de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais 
relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. 
 
OBJETIVOS 
 
 Produção, integração e processamento de informações a fim de fornecer ao SUS 
subsídios para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de 
promoção da saúde e de prevenção e controle de doenças relacionadas ao meio 
ambiente; 
 Identificação de riscos e divulgação das informações referentes aos fatores 
ambientais condicionantes e determinantes das doenças e outros agravos à saúde; 
 Estabelecimento de parâmetros, atribuições, procedimentos e ações relacionadas à 
vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de competência; 
 Promoção de ações de proteção da saúde humana junto aos órgãos competentes 
relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente; 
 Intervenção através de ações diretas de responsabilidade do setor ou demandando 
para outros setores, com vistas a eliminar os principais fatores ambientais de riscos 
à saúde humana; 
 Conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento, 
visando ao fortalecimento da participação da população na promoção da saúde e 
qualidade de vida. 
 
ESTRUTURA DA VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
 
 A vigilância ambiental em saúde tem um caráter integrador inter e intrassetorial, 
considerando-se que é impossível realizar atividades de vigilância e controle de 
riscos ambientais para a saúde humana, sem uma avaliação e ação conjunta de 
todos os setores envolvidos com o ambiente e a saúde humana em um 
determinado território. 
 A vigilância ambiental será implementada a partir de duas áreas: vigilância de 
fatores de riscos biológicos e não biológicos que devem, de forma imprescindível, 
funcionar de maneira integrada. 
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Vigilância e controle dos fatores de riscos biológicos 
 
Possui três áreas de concentração: vetores, hospedeiros e reservatórios, animais 
peçonhentos. 
 
 Vetores: a vigilância de fatores de riscos biológicos relacionados aos vetores tem a 
finalidade de mapear áreas de risco em determinados territórios utilizando a vigilância 
entomológica e as suas relações com a vigilância epidemiológica quanto à incidência e 
prevalência destas doenças e do impacto das ações de controle. 
 
 Hospedeiros e reservatórios: a vigilância de fatores de riscos biológicos relacionados 
aos hospedeiros e reservatórios tem a finalidade de mapear áreas de risco em 
determinados territórios utilizando a vigilância entomológica e as suas relações com a 
vigilância epidemiológica quanto à incidência e prevalência destas doenças e do 
impacto das ações de controle. 
 
 Animais peçonhentos: a vigilância de fatores de riscos biológicos pertinentes a 
animais peçonhentos, que podem resultar em acidentes de interesse para a saúde 
pública, tem como desígnio o mapeamento de áreas de risco em determinados 
territórios, suas relações com a vigilância epidemiológica para avaliação dos acidentes e 
das medidas de controle utilizadas, além da interação com a rede de laboratórios de 
saúde pública. 
 
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Vigilância e controle dos fatores de riscos não-biológicos 
 
Possui cinco áreas de concentração: contaminantes ambientais, qualidade da água 
para consumo humano, qualidade do ar, qualidade do solo, incluindo os resíduos tóxicos 
e perigosos, desastres naturais e acidentes com produtos perigosos. 
 
 
 
 
Fonte: FUNASA 
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 Contaminantes ambientais: a vigilância desses contaminantes caracteriza-se por 
uma série de ações, compreendendo a identificação de fontes de contaminação e 
modificações no meio ambiente que se traduza em risco à saúde. Qualidade da Água para Consumo Humano: ações de vigilância da qualidade da 
água consumida pela população, quer seja aquela distribuída por sistemas de 
abastecimento de água e aquelas provenientes de soluções alternativas (coletados 
diretamente em mananciais superficiais, poços ou caminhões pipa), para avaliação 
das características de potabilidade, ou seja, da qualidade e quantidade consumida. 
- Coordenação do sistema de informação de vigilância e controle da qualidade da 
água de consumo humano - Siságua e pela identificação, acompanhamento e 
avaliação das ações e as metas. 
 
 Qualidade do ar: mapeamento e o cadastramento das principais áreas de risco de 
poluição do ar, em particular nas áreas metropolitanas, identificando a existência e 
a necessidade de sistemas de monitoramento da qualidade do ar (Sistema de 
Informação de Vigilância e Controle da qualidade do ar). 
 
 Qualidade do solo: identificar, caracterizar, quantificar, cadastrar e monitorar 
substâncias, especialmente àquelas de interesse à saúde humana e mapear áreas de 
contaminação ambiental da superfície e do subsolo terrestre que tenham potencial 
risco à saúde humana. 
 
 Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos: são enfatizados os riscos 
e efeitos à saúde decorrentes de eventos relacionados a inundações, secas, 
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desmoronamentos e incêndios em vegetações, de acordo com o esquema 
demonstrado no quadro seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Vigilância Ambiental em Saúde. Brasília: FUNASA, 2002. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- (PSICOLOGIA HOSPITALAR/2022) A raiva é uma zoonose, que se caracteriza 
como uma encefalite aguda e letal, causada por um vírus Lyssavírus, sendo 
considerada como doença negligenciada e um grave problema de Saúde Pública 
(PUGA, 2015). Em 2018, ocorreu em Melgaço no Pará um surto dessa doença. Sobre o 
conceito de surto, assinale a alternativa CORRETA. 
A) Qualquer dano causado à integridade física, mental e social dos indivíduos, provocado 
por circunstâncias nocivas, como 
acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou heteroinfligidas. 
B) O surto decorre exclusivamente, a partir de um caso contraído pelo enfermo na zona 
de sua residência. 
C) Presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona 
geográfica determinada. 
D) É a denominação utilizada em situações em que a doença envolve grande número de 
pessoas e atinge uma larga área 
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geográfica. 
E) Situação em que há aumento acima do esperado na ocorrência de casos de evento ou 
doença em uma área ou entre um grupo específico de pessoas, em determinado período. 
 
2- (PSICOLOGIA HOSPITALAR/2022) Durante a Pandemia de Covid-19, vários 
conceitos utilizados corriqueiramente por epidemiologistas e profissionais da saúde 
pública passaram a ser notícia nos veículos de comunicação. A revista Radis, em 
março de 2020, publicou uma reportagem intitulada: “Os termos de uma emergência”. 
Sobre esse assunto, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Caso-índice é o primeiro entre vários casos de natureza similar e epidemiologicamente 
relacionados. 
B) Caso importado é o caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. 
C) Caso secundário é o caso novo de uma doença transmissível, surgido a partir do 
contato com um caso-índice. 
D) Evento é manifestação de doença ou uma ocorrência que não apresente nenhum 
potencial para ocorrência de doenças. 
E) Pandemia é o nome dado à ocorrência epidêmica, caracterizada por larga distribuição 
espacial, atingindo várias nações. 
 
3- (PSICOLOGIA HOSPITALAR/2022) Compete à vigilância sanitária todas as ações 
citadas abaixo, EXCETO: 
A) Controlar bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, 
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo. 
B) Controlar e fiscalizar produtos de higiene pessoal e perfumes. 
C) Interditar, como medida de vigilância sanitária, os locais de fabricação, controle, 
importação, armazenamento, distribuição e venda de produtos e de prestação de serviços 
relativos à saúde. 
D) Autuar e aplicar as penalidades previstas em lei. 
E) Recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos
 
4.(SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2022) A Nomofobia é 
apresentada à sociedade como “o pavor do século XXI”. Muitas pessoas não sabem o 
que é nomofobia, termo criado na Inglaterra, no ano de 2008, resultante da 
abreviação de “No Mobile phone phobia” (Fobia de estar sem celular). Sobre esse 
termo, observe a imagem abaixo: 
 
 
 
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Apesar de tão funcionais, os celulares estão atingindo a saúde da população. 
Considerando esse contexto, é CORRETO afirmar que a avaliação do impacto das 
tecnologias na saúde é uma atividade abrangida pela 
A) saúde do trabalhador por meio das ações de vigilância epidemiológica e sanitária. 
B) assistência farmacêutica e vigilância epidemiológica, apenas. 
C) vigilância nutricional, apenas. 
D) vigilância sanitária, apenas. 
E) vigilância epidemiológica, apenas. 
 
5- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2022) Leia atentamente a notícia 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando o contexto apresentado, assinale a alternativa que apresenta uma 
função específica da vigilância sanitária nesse cenário de atuação. 
A) Controlar a prestação de serviços pelos bares, por serem locais de sociabilização e 
potencial ambiente de disseminação do vírus. 
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B) Executar a política estadual de proteção, orientação, defesa e educação do consumidor. 
C) Realizar policiamento ostensivo no local onde estiverem presentes pessoas sem 
máscara. 
D) Prender as pessoas em descumprimento do decreto, a fim de preservar a ordem 
pública. 
E) Remover os indivíduos que estejam usando máscara e retirá-los da ameaça iminente de 
contaminação pelo vírus, por ser considerada força auxiliar do exército. 
 
6- (INTERIORIZAÇAO EM SAÚDE/SAÚDE COLETIVA/2021) Sobre a Vigilância em 
Saúde, analise as afirmativas abaixo: 
I. A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação compulsória 
e investiga epidemias que ocorrem em territórios específicos. Além disso, age no controle 
dessas doenças específicas. 
II. A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e 
social na saúde. As ações nesse contexto têm privilegiado, por exemplo, o controle da água 
de consumo humano, o controle de resíduos e o controle de vetores de transmissão de 
doenças. 
III. As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente,ao controle de bens, produtos e 
serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, 
cosméticos e medicamentos. Realizam, também, a fiscalização de serviços de interesse da 
saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros comerciais. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A) Apenas I está incorreta. 
B) Todas estão incorretas. 
C) Apenas II está incorreta. 
D) Apenas III está correta. 
E) Todas estão corretas. 
 
7- (PERFIL HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2021) No Brasil, a vigilância dos vírus 
respiratórios de importância em saúde pública é desenvolvida por meio de uma 
Rede de Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória 
Aguda Grave (SRAG), conjuntamente articulada com Laboratórios de Saúde 
Pública. São objetivos da vigilância epidemiológica no enfrentamento à Covid-19 
todos os citados abaixo, EXCETO: 
A) Identificar precocemente a ocorrência de casos da COVID-19. 
B) Estabelecer os procedimentos para investigação laboratorial. 
C) Notificar serviços de alimentação que não estavam adequados aos protocolos 
sanitários. 
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D) Monitorar e descrever o padrão de morbidade e mortalidade por COVID-19. 
E) Estabelecer as medidas de prevenção e controle. 
 
8- (FCM/2020) A vigilância epidemiológica possui papel importante ao fundamentar 
a atuação profissional e dos serviços de saúde por meio da informação acerca dos 
agravos. Isso posto, observe o quadro abaixo: 
 I. Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas. 
II. Divulgação de informações pertinentes. 
III. Coleta, processamento e análise dos dados. 
IV. Recomendação e promoção de ações apropriadas. 
Considerando o ciclo intercomplementar das funções, assinale a alternativa que apresenta 
a ordem pertinente das ações elencadas. 
A) III; IV; I; II. 
B) III; II; IV; I. 
C) IV; III; I; II. 
D) IV; II; III; I. 
E) III; IV; II; I. 
 
9- (SES/FCM/2020) A imagem a seguir consiste em uma foto de um insumo 
farmacêutico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O destaque da figura aponta para um número que representa o: 
A) registro na ANVISA, o qual é obrigatório para fabricação e comercialização de 
medicamentos. 
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B) número de registro na ANVISA, órgão da Vigilância Sanitária, e que, depois de obtido, 
dispensa verificação periódica de qualidade do fármaco. 
C) número de registro no CONAMA. 
D) lote da medicação que trata da série do fármaco inspecionada pela Vigilância Sanitária, 
especificamente. 
E) registro do fármaco na ANVISA, o qual, uma vez fornecido, não é passível de 
suspensão. 
 
10- (FCM/2020) No campo da saúde, a vigilância está relacionada às práticas de 
atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para 
prevenção de doenças. Sobre esse tema, assinale a afirmativa INCORRETA. 
A) A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação 
compulsória e investiga epidemias. 
B) A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e 
social na saúde. 
C) As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos e 
serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, 
cosméticos e medicamentos. 
D) A fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, 
academias, parques e centros comerciais, é ação exclusiva da vigilância de saúde do 
trabalhador que busca averiguar a atuação profissional nesses serviços. 
E) O trabalho das vigilâncias sanitária, epidemiológica e ambiental nas três esferas de 
governo deverá ser integrado, buscando impacto positivo no perfil epidemiológico da 
população. 
 
11- (FCM/2020) Sobre a Vigilância em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
A) As ações de vigilância em saúde passaram a ocorrer no Brasil, após a promulgação da 
Constituição Federal de 1988. 
B) A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um componente do Sistema 
Nacional de Vigilância em Saúde. 
C) A Vigilância Epidemiológica tem como funções, dentre outras, coleta e processamento 
de dados, análise e interpretação dos dados processados e divulgação das informações. 
D) A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é condição essencial para o 
alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população. 
E) É atribuição da vigilância estruturar a cadeia de resposta às Emergências em Saúde 
Pública. 
 
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12- (FCM/2020) As fotos abaixo expõem uma das maiores tragédias que delapidou 
vidas do Brasil em 25 de janeiro de 2019: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentre as atribuições da Vigilância Ambiental, aquela com potencial preventivo de 
mitigar desastres tal qual o exposto consiste no(a): 
A) monitoramento dos impactos ambientais e químicos sobre as populações atingidas. 
B) planejamento de ações para a prevenção de acidentes ambientais e monitoramento 
intenso dos espaços da megamineração. 
C) atenção integral à saúde das populações expostas aos contaminantes químicos 
veiculados pela lama. 
D) recomendar à parcela social em contato com o perímetro alcançado pela pulverização 
de agentes tóxicos a visita ao médico. 
E) identificação dos efeitos agudos da exposição à lama para a caracterização da situação 
de saúde. 
 
 
13- (FCM/2016) A Vigilância Epidemiológica (VE) tem publicado informações sobre 
a Zika, Chickungunha e Dengue regularmente. Esta é uma das ações de saúde do 
SUS. Sobre a organização da Vigilância Epidemiológica, é CORRETO afirmar que: 
A) cabe à VE Nacional a definição de todas as ações de combate às viroses citadas a serem 
implementadas pelos municípios. 
B) cabe à VE Estadual informar aos municípios os casos identificados como suspeitos de 
Zika, Dengue e Chickungunha para que os municípios promovam ações de combate ao 
mosquito. 
C) no SINAN, cada caso suspeito deve ser informado em uma ficha de notificação ou de 
investigação por qualquer profissional de saúde que suspeitar da doença. 
D) o SINASC é o sistema de informações privilegiado para o acompanhamento dos casos 
de infecções pelas viroses citadas. 
E) cada semana epidemiológica é formada pelos dias de 1 a 7 de cada mês, e daí em 
subsequência. 
 
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14- (FCM/2018) Sobre a vigilância epidemiológica, todas as alternativas abaixo estão 
corretas, EXCETO: 
A) A notificação compulsória de doenças é a principal fonte de dados dos sistemas de 
vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis. 
B) A notificação deve ser feita após a confirmação da doença. 
C) A notificação precisa ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito sanitário, 
em caso de risco para a comunidade.D) O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito, mesmo na ausência 
de casos, sendo denominado de notificação negativa. 
E) Além da notificação compulsória, o sistema de vigilância epidemiológica pode definir 
doenças e agravos como de notificação simples. 
 
15- (FCM/2017) “O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan lançaram, nesta 
quarta-feira (21/12/2016), em São Sebastião, Distrito Federal, a terceira fase dos testes 
em humanos da vacina contra dengue. A imunização tem potencial para proteger a 
população contra os quatro vírus da dengue, com uma única dose”. 
Sobre a Vigilância à Saúde e seus componentes, é CORRETO afirmar que: 
A) pelo componente da Vigilância e controle das doenças transmissíveis, a vacina deverá 
implicar uma modificação das ações com vistas à implantação da notificação compulsória 
dos casos de dengue. 
B) no que se refere à Vigilância Ambiental, poderão ser economizados recursos no 
combate ao Aedes aegypti, investindo em outros agravos. 
C) no caso da Dengue, a Vigilância deve ser pautada na busca ativa de novos casos. 
D) o conceito de farmacovigilância não se aplica nesse caso, pois se trata de uma vacina. 
E) cabe à Vigilância Sanitária avaliar essa nova vacina e autorizar seu uso, mesmo sendo 
produzida por órgãos públicos. 
 
16- Sobre a saúde ambiental, é INCORRETO afirmar que: 
A) A vigilância e o controle dos fatores de risco biológicos é uma das principais áreas de 
atuação do Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde. 
B) A Organização Mundial da Saúde define indicadores em Saúde Ambiental como a 
expressão da relação entre ambiente e saúde, tendo como preocupação aspectos específicos 
de políticas ou gerenciamento. 
C) A estruturação política municipal e engajamento da sociedade são instrumento para 
concretização de suas ações. 
D) A vigilância e o controle de fatores de risco não biológicos, como a água para consumo 
humano, não se constituem sua área de atuação. 
177 
 
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E) As discussões sobre desenvolvimento sustentável estão dentro de seu campo de 
interesse. 
 
17) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) Acerca da execução das 
ações da vigilância epidemiológica e sanitária, é CORRETO afirmar que a UNIÃO 
A) não pode interferir na execução de ações de controle por parte do estado. 
B) poderá executar ações em circunstâncias especiais, tal qual ocorrência de agravos 
inusitados, cujo controle escape da direção estadual ou com risco de disseminação 
nacional. 
C) tem a competência de executar as ações do município, apenas, não sendo permitida 
atuação frente aos Estados. 
D) deverá intervir nas ações estaduais e municipais, rotineiramente, independente da 
execução local das ações ou análise situacional de saúde. 
E) deverá restringir sua atuação ao nível organizacional nacional, não sendo prevista, 
legalmente, interferência nas ações de nível estadual. 
 
18) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) 
 
 
A imagem representa diferentes estratégias da vigilância - uso de inquéritos populacionais, 
chamadas nutricionais e produção científica, sobretudo pelos serviços de saúde – as quais 
contribuem para a produção de indicadores específicos que fornecem à gestão aporte para 
a construção de políticas públicas. Nesse sentido, assinale a alternativa que corresponde ao 
campo de atuação do SUS referido na imagem e corpo textual da questão. 
A) Fiscalização e inspeção de alimentos. 
B) Controle e fiscalização de serviços. 
C) Vigilância sanitária. 
D) Saúde do trabalhador. 
E) Vigilância nutricional e orientação alimentar. 
 
178 
 
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19) (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2023) Um dos principais usos da 
epidemiologia consiste na Análise de Situação de Saúde da população. Esse processo 
analítico-sintético viabiliza conhecer o perfil de saúde-doença populacional, o qual 
possibilita a identificação das necessidades de saúde e a organização da Rede de Atenção 
de acordo com o diagnóstico. Com base no exposto, assinale a alternativa INCORRETA 
sobre a aplicação da epidemiologia referida do enunciado. 
A) É pertinente o uso da epidemiologia descritiva no diagnóstico situacional de saúde. 
B) Deve alcançar os 3 níveis de decisão (tático-político-operacional), sobretudo o político 
pelo potencial de tomada de decisão. 
 C) Busca-se entender o estado de saúde da população em um espaço geográfico e 
momento determinados. 
D) Para traçar a realidade local, o observador deve restringir-se aos aspectos teóricos, 
abstendo-se da perspectiva dos atores sociais (neutralidade). 
E) Deve ser considerado e oportunizado o ponto de vista de diferentes atores sociais. 
 
20) (SAÚDE COLETIVA/PSICOLOGIA/2023) 
A operacionalização das ações da Vigilância Epidemiológica prescinde do reconhecimento 
do perfil da morbimortalidade de uma população. Para isso, a Notificação compulsória de 
doenças é a principal fonte de dados para as ações de vigilância epidemiológica, porém há 
também a Notificação Negativa, a qual 
a) informa um cenário pandêmico negativo em um território. 
b) se refere à notificação de eventos indesejáveis após a vacinação. 
c) consiste de uma notificação de um agravo para alertar a potencialidade de culminar em 
óbito. 
d) retrata um alto potencial de disseminação de uma doença infecto-contagiosa. 
e) registra a não ocorrência de doenças de notificação compulsória. 
21) (HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2023) “Um conjunto de ações capaz de eliminar, 
diminuir, ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do 
meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse à 
saúde.” Essa definição refere-se à 
A) Vigilância Ambiental. 
B) Saúde do Trabalhador. 
C) Vigilância Sanitária. 
D) Vigilância Epidemiológica. 
E) Assistência Farmacêutica. 
 
22) (HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2023) Sobre a Vigilância Epidemiológica, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
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A) É definida como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção 
ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde 
individual ou coletiva. 
B) A Campanha de Erradicação da Varíola, ocorrida nos anos de 1966 a 1973, é 
reconhecida como marco da institucionalização das ações de vigilância no Brasil. 
C) Coletar dados, processar os dados coletados, analisar e interpretar os dados processados 
e recomendar medidas de controle apropriadas são algumas de suas funções. 
D) A coleta de dados ocorre apenas no nível municipal de atuação do sistema de saúde E) 
Os dados de morbidade são os mais utilizados em vigilância epidemiológica, por 
permitirem a detecção imediata ou precoce de problemas sanitários.
 
 
GABARITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. E 2. D 3. E 4. A 5. A 6. E 7. C 8. A 
9. A 10. D 11. A 12. B 13. C 14. B 15. E 16. D 
17. B 18. E 19. D 20. E 21. C 22. D 
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Aula 
10 
 
Política Nacional de Atenção Básica – Portaria nº 
2488/2011; Portaria nº 2436/2017. 
Política Nacional de Educação Permanente em 
Saúde. 
 
Profª Rafaela Domingos 
 
 
 
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Atenção! 
O edital cobra apenas a portaria vigente, no entanto, a banca tende a 
apresentar enunciados comparativos com a portaria anterior nas 
questões deste assunto. Por isso, é importante estudar as duas 
portarias! 
 
 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 
(PNAB) 
 
 
A seguir serão apresentados os principais pontos das duas últimas portarias ministeriais 
que aprovam a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estando em vigência 
atualmente a Portaria 2.436 de 21 de setembro de 2017. É importante a revisão dos 
documentos na íntegra, através de uma leitura crítica atentando para as principais 
modificações ocorridas. 
 
 
 
 
 
 
 
Portaria 2.488 de 21 de outubro de 2011 (antiga PNAB) 
 
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo 
a revisão de diretrizes e normas para a organização da 
Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o 
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). 
 
- Caracterização geral: 
 
Atenção Básica caracteriza-se por 
um conjunto de ações de saúde, no âmbito 
individual e coletivo, que abrange a 
promoção e a proteção da saúde, a 
prevenção de agravos, o diagnóstico, o 
tratamento, a reabilitação, redução de 
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Se liga na dica! 
Ao estudar legislação, faça uma 
leitura ativa, destacando palavras e 
fazendo esquemas com os resumos 
de cada tópico. Isso vai ajudar 
muito na fixação do conteúdo! 
danos e a manutenção da saúde com o 
objetivo de desenvolver uma atenção 
integral que impacte na situação de saúde 
e autonomia das pessoas e nos 
determinantes e condicionantes de saúde 
das coletividades. É desenvolvida por meio 
do exercício de práticas de cuidado e 
gestão, democráticas e participativas, 
sob forma de trabalho em equipe, 
dirigidas a populações de territórios 
definidos, pelas quais assume a 
responsabilidade sanitária, considerando a 
dinamicidade existente no território em 
que vivem essas populações. 
 
Utiliza tecnologias de cuidado 
complexas e variadas que devem auxiliar 
no manejo das demandas e necessidades 
de saúde de maior frequência e relevância 
em seu território, observando critérios de 
risco, vulnerabilidade, resiliência e o 
imperativo ético de que toda demanda, 
necessidade de saúde ou sofrimento 
devem ser acolhidos. 
 
Deve ser o contato preferencial 
dos usuários, a principal porta de 
entrada e centro de comunicação da 
Rede de Atenção à Saúde. 
 
- Princípios: universalidade, 
acessibilidade, vínculo, continuidade do 
cuidado, integralidade da atenção, 
responsabilização, humanização, equidade 
e participação social. 
 
- Fundamentos e Diretrizes: 
 
I - ter território adstrito sobre o mesmo, 
de forma a permitir o planejamento, a 
programação descentralizada e o 
desenvolvimento de ações setoriais e 
intersetoriais com impacto na situação, 
nos condicionantes e determinantes da 
saúde das coletividades que constituem 
aquele território sempre em consonância 
com o princípio da equidade. 
 
II - possibilitar o acesso universal e 
contínuo a serviços de saúde de qualidade 
e 
resolutivos, caracterizados como a porta de 
entrada aberta e preferencial da rede de 
atenção, acolhendo os usuários e 
promovendo a vinculação e 
corresponsabilização pela atenção às suas 
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necessidades de saúde; o estabelecimento 
de mecanismos que assegurem 
acessibilidade e acolhimento pressupõe 
uma lógica de organização e 
funcionamento do serviço de saúde, que 
parte do princípio de que a unidade de 
saúde deva receber e ouvir todas as 
pessoas que procuram os seus serviços, 
de modo universal e sem diferenciações 
excludentes. 
 
III - Adscrever os usuários e desenvolver 
relações de vínculo e responsabilização 
entre as equipes e a população adscrita 
garantindo a continuidade das ações de 
saúde e a longitudinalidade do cuidado. 
IV - Coordenar a integralidade em seus 
vários aspectos, a saber: integração de 
ações programáticas e demanda 
espontânea; articulação das ações de 
promoção à saúde, prevenção de agravos, 
vigilância à saúde, tratamento e 
reabilitação e manejo das diversas 
tecnologias de cuidado e de gestão 
necessárias a estes fins e à ampliação da 
autonomia dos usuários e coletividades; 
trabalhando de forma multiprofissional, 
interdisciplinar e em equipe; realizando a 
gestão do cuidado integral do usuário e 
coordenando-o no conjunto da rede de 
atenção. Essa organização pressupõe o 
deslocamento do processo de trabalho 
centrado em procedimentos, profissionais 
para um processo centrado no usuário, 
onde o cuidado do usuário é o 
imperativo ético-político que organiza a 
intervenção técnico-científica. 
 
V - Estimular a participação dos 
usuários como forma de ampliar sua 
autonomia e capacidade na construção do 
cuidado à sua saúde e das pessoas e 
coletividades do território. 
 
A Política Nacional de Atenção 
Básica tem na Saúde da Família sua 
estratégia prioritária para expansão e 
consolidação da atenção básica. A 
qualificação da Estratégia de Saúde da 
Família e de outras estratégias de 
organização da atenção básica deverão 
seguir as diretrizes da atenção básica e do 
SUS configurando um processo 
progressivo e singular que considera e 
inclui as especificidades locorregionais. 
 
- Das Funções na Rede de Atenção à 
Saúde: 
I -Ser base: ser a modalidade de atenção e 
de serviço de saúde com o mais elevado 
grau de descentralização e capilaridade, 
cuja participação no cuidado se faz sempre 
necessária. 
 
II - Ser resolutiva: identificar riscos, 
necessidades e demandas de saúde, 
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Se liga na dica! 
Ao estudar as responsabilidades 
dos entes federados, se liguem nos 
verbos utilizadas para designar as 
responsabilidades. Isso ajuda a não 
confundir! Esse tópico sofreu 
pouca mudança de uma portaria 
para outra! 
utilizando e articulando diferentes 
tecnologias de cuidado individual e 
coletivo, por meio de uma clínica 
ampliada capaz de construir vínculos 
positivos e intervenções clínica e 
sanitariamente efetivas, na perspectiva de 
ampliação dos graus de autonomia dos 
indivíduos e grupos sociais. 
 
III - Coordenar o cuidado: elaborar, 
acompanhar e gerir projetos terapêuticos 
singulares, bem como acompanhar e 
organizar o fluxo dos usuários entre os 
pontos de atenção das RAS. Atuando 
como o centrode comunicação entre os 
diversos pontos de atenção 
responsabilizando-se pelo cuidado dos 
usuários em qualquer destes pontos 
através de uma relação horizontal, 
contínua e integrada com o objetivo de 
produzir a gestão compartilhada da 
atenção integral. 
 
IV - Ordenar as redes: reconhecer as 
necessidades de saúde da população sob 
sua responsabilidade, organizando as 
necessidades desta população em relação 
aos outros pontos de atenção à saúde, 
contribuindo para que a programação dos 
serviços de saúde parta das necessidades de 
saúde dos usuários. 
 
- DAS RESPONSABILIDADES: 
- Responsabilidades comuns a todas as esferas de governo: 
 
I - Contribuir para a reorientação do 
modelo de atenção e de gestão com base 
nos fundamentos e diretrizes assinalados; 
II - Apoiar e estimular a adoção da 
estratégia Saúde da Família pelos 
serviços municipais de saúde como 
estratégia prioritária de expansão, 
consolidação e qualificação da atenção 
básica à saúde; 
III - Garantir a infraestrutura necessária 
ao funcionamento das Unidades Básicas de 
Saúde, de acordo com suas 
responsabilidades; 
IV - 
Contribuir com o financiamento tripartite 
da Atenção Básica; 
V - Estabelecer, nos respectivos Planos de 
Saúde, prioridades, estratégias e metas 
para a organização da Atenção Básica; 
185 
 
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VI - Desenvolver mecanismos técnicos e 
estratégias organizacionais de qualificação 
da força de trabalho para gestão e atenção 
à saúde, valorizar os profissionais de saúde 
estimulando e viabilizando a formação e 
educação permanente dos profissionais das 
equipes, a garantia de direitos trabalhistas 
e previdenciários, a qualificação dos 
vínculos de trabalho e a implantação de 
carreiras que associem desenvolvimento 
do trabalhador com qualificação dos 
serviços ofertados aos usuários; 
VII - Desenvolver, disponibilizar e 
implantar os sistemas de informações da 
Atenção Básica de acordo com suas 
responsabilidades; 
VIII - Planejar, apoiar, monitorar e 
avaliar a Atenção Básica; 
IX - Estabelecer mecanismos de 
controle, regulação e acompanhamento 
sistemático dos resultados alcançados pelas 
ações da Atenção Básica, como parte do 
processo de planejamento e programação; 
X - Divulgar as informações e os 
resultados alcançados pela atenção básica; 
XI - Promover o intercâmbio de 
experiências e estimular o 
desenvolvimento de estudos e pesquisas 
que busquem o aperfeiçoamento e a 
disseminação de tecnologias e 
conhecimentos voltados à Atenção Básica; 
XII - Viabilizar parcerias com organismos 
internacionais, com organizações 
governamentais, não governamentais e do 
setor privado, para fortalecimento da 
Atenção Básica e da estratégia de saúde da 
família no País; 
XIII - estimular a participação popular e o 
controle social. 
 
 
- Compete ao Ministério da Saúde: 
 
I - definir e rever periodicamente, de 
forma pactuada, na Comissão 
Intergestores Tripartite, as diretrizes da 
Política Nacional de Atenção Básica; 
II - garantir fontes de recursos federais 
para compor o financiamento da Atenção 
Básica; III -prestar apoio institucional aos 
gestores dos estados, ao Distrito Federal e 
aos municípios no processo de 
qualificação e de consolidação da Atenção 
Básica; 
IV - definir, de forma tripartite, estratégias 
de articulação com as gestões estaduais e 
municipais do SUS com vistas à 
institucionalização da avaliação e 
qualificação da Atenção Básica; 
V - estabelecer, de forma tripartite, 
diretrizes nacionais e disponibilizar 
instrumentos técnicos e pedagógicos que 
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facilitem o processo de gestão, de 
formação e educação permanente dos 
gestores e profissionais da Atenção Básica; 
VI - articular com o Ministério da 
Educação estratégias de indução às 
mudanças curriculares nos cursos de 
graduação e pós-graduação na área da 
saúde visando à formação de profissionais 
e gestores com perfil adequado à Atenção 
Básica; 
VII - apoiar a articulação de instituições, 
em parceria com as Secretarias de Saúde 
Estaduais, Municipais e do Distrito 
Federal, para formação e garantia de 
educação permanente para os profissionais 
de saúde da Atenção Básica. 
 
- Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito Federal: 
 
I - pactuar, com a Comissão 
Intergestores Bipartite, estratégias, 
diretrizes e normas de implementação da 
Atenção Básica no Estado, de forma 
complementar às estratégias, diretrizes e 
normas existentes, desde que não haja 
restrições destas e que sejam respeitados as 
diretrizes e os princípios gerais 
regulamentados nesta Portaria; 
II - destinar recursos estaduais para 
compor o financiamento tripartite da 
Atenção Básica prevendo, entre outras, 
formas de repasse fundo a fundo para 
custeio e investimento das ações e serviços; 
III - ser corresponsável, pelo 
monitoramento da utilização dos 
recursos federais da Atenção Básica 
transferidos aos municípios; 
IV - submeter à CIB, para resolução 
acerca das irregularidades constatadas na 
execução dos recursos do Bloco de 
Atenção Básica, conforme regulamentação 
nacional, visando: a) aprazamento para 
que o gestor municipal corrija as 
irregularidades; b) comunicação ao 
Ministério da Saúde; c) bloqueio do 
repasse de recursos ou demais 
providências, conforme regulamentação 
nacional, consideradas necessárias e 
devidamente oficializadas pela CIB; V - 
analisar os dados de interesse estadual, 
gerados pelos sistemas de informação, 
utilizá-los no planejamento e divulgar os 
resultados obtidos; 
VI - verificar a qualidade e a 
consistência dos dados enviados pelos 
municípios por meio dos sistemas 
informatizados, retornando informações 
aos gestores municipais; 
VII - consolidar, analisar e transferir 
para o Ministério da Saúde os arquivos 
dos sistemas de informação enviados 
pelos municípios de acordo com os 
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fluxos e prazos estabelecidos para cada 
sistema; 
VIII - prestar apoio institucional aos 
municípios no processo de implantação, 
acompanhamento, e qualificação da 
Atenção Básica e de ampliação e 
consolidação da estratégia Saúde da 
Família; 
IX - definir estratégias de articulação 
com as gestões municipais do SUS com 
vistas à institucionalização da avaliação da 
Atenção Básica; 
X - disponibilizar aos municípios 
instrumentos técnicos e pedagógicos que 
facilitem o processo de formação e 
educação permanente dos membros das 
equipes de gestão e de atenção à saúde; 
XI - articular instituições, em parceria 
com as Secretarias Municipais de Saúde, 
para formação e garantia de educação 
permanente aos profissionais de saúde das 
equipes de Atenção Básica e das equipes de 
saúde da família; 
XII - promover o intercâmbio de 
experiências entre os diversos municípios, 
para disseminar tecnologias e 
conhecimentos voltados à melhoria dos 
serviços da Atenção Básica. 
 
- Compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito Federal: 
 
I - pactuar, com a Comissão 
IntergestoresBipartite, através do 
COSEMS, estratégias, diretrizes e normas 
de implementação da Atenção Básica no 
Estado, mantidos as diretrizes e os 
princípios gerais regulamentados nesta 
Portaria; 
II - destinar recursos municipais para 
compor o financiamento tripartite da 
Atenção Básica; III - ser co-responsável, 
junto ao Ministério da Saúde, e 
Secretaria Estadual de Saúde pelo 
monitoramento da utilização dos 
recursos da Atenção Básica transferidos 
aos município; IV - inserir a estratégia de 
Saúde da Família em sua rede de serviços 
como estratégia prioritária de 
organização da atenção básica; 
V - organizar, executar e gerenciar os 
serviços e ações de Atenção Básica, de 
forma universal, dentro do seu território, 
incluindo as unidades próprias e as cedidas 
pelo estado e pela União; VI - prestar 
apoio institucional às equipes e serviços 
no processo de implantação, 
acompanhamento, e qualificação da 
Atenção Básica e de ampliação e 
consolidação da estratégia Saúde da 
Família; 
VII - Definir estratégias de 
institucionalização da avaliação da 
Atenção Básica; 
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VIII - Desenvolver ações e articular 
instituições para formação e garantia de 
educação permanente aos profissionais de 
saúde das equipes de Atenção Básica e das 
equipes de saúde da família; 
IX - selecionar, contratar e remunerar os 
profissionais que compõem as equipes 
multiprofissionais de Atenção Básica, em 
conformidade com a legislação vigente; 
X - garantir a estrutura física necessária 
para o funcionamento das Unidades 
Básicas de Saúde e para a execução do 
conjunto de ações propostas, podendo 
contar com apoio técnico e/ou financeiro 
das Secretarias de Estado da Saúde e do 
Ministério da Saúde; 
XI - garantir recursos materiais, 
equipamentos e insumos suficientes para o 
funcionamento das Unidades Básicas de 
Saúde e para a execução do conjunto de 
ações propostas; 
XII - programar as ações da Atenção 
Básica a partir de sua base territorial e de 
acordo com as necessidades de saúde das 
pessoas, utilizando instrumento de 
programação nacional ou correspondente 
local; 
XIII - alimentar, analisar e verificar a 
qualidade e a consistência dos dados 
alimentados nos sistemas nacionais de 
informação a serem enviados às outras 
esferas de gestão, utilizá-los no 
planejamento e divulgar os resultados 
obtidos; 
XIV - organizar o fluxo de usuários, 
visando à garantia das referências a 
serviços e ações de saúde fora do âmbito 
da Atenção Básica e de acordo com as 
necessidades de saúde dos usuários; XV - 
manter atualizado o cadastro no sistema 
de Cadastro Nacional vigente, dos 
profissionais, de serviços e de 
estabelecimentos ambulatoriais, públicos e 
privados, sob sua gestão; 
XVI - assegurar o cumprimento da carga 
horária integral de todos os profissionais 
que compõe as equipes de atenção básica, 
de acordo com as jornadas de trabalho 
especificadas no SCNES e a modalidade de 
atenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Se liga na dica! 
A partir desses tópicos, observamos 
as mudanças mais sensíveis. Leia-os 
buscando os comparativos com a 
portaria vigente. Isso facilita a 
fixação das principais mudanças. 
 
- DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA: 
 
São necessárias à realização das ações de 
Atenção Básica nos municípios e 
Distrito Federal: 
 
I - Unidades Básicas de Saúde (UBS) 
construídas de acordo com as normas 
sanitárias e tendo como referência o 
manual de infraestrutura do 
Departamento de Atenção Básica/SAS/ 
MS; 
 
II - as Unidades Básicas de Saúde: 
 
a) devem estar cadastradas no sistema 
de Cadastro Nacional vigente de acordo 
com as normas vigentes; 
 
b) Recomenda-se que disponibilizem, 
conforme orientações e especificações do 
manual de infra estrutura do 
Departamento de Atenção 
Básica/SAS/MS. 
 
III - manutenção regular da infraestrutura 
e dos equipamentos das Unidades Básicas 
de Saúde. 
 
IV - Existência e manutenção regular de 
estoque dos insumos necessários para o 
funcionamento das unidades básicas de 
saúde, incluindo dispensação de 
medicamentos pactuados nacionalmente 
quando esta dispensação está prevista para 
serem realizadas naquela UBS. 
 
V - Equipes multiprofissionais compostas, 
conforme modalidade das equipes, por 
médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, 
auxiliar em saúde bucal ou técnico em 
saúde bucal, auxiliar de enfermagem ou 
técnico de enfermagem e Agentes 
Comunitários da Saúde, dentre outros 
profissionais em função da realidade 
epidemiológica, institucional e das 
necessidades de saúde da população; 
 
VI - cadastro atualizado dos profissionais 
que compõe a equipe de atenção básica no 
sistema de Cadastro Nacional vigente de 
acordo com as normas vigentes e com as 
cargas horárias de trabalho informadas e 
exigidas para cada modalidade; 
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VII -garantia pela gestão municipal, de 
acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial 
necessário ao cuidado resolutivo da 
população; 
 
VIII - garantia pela gestão municipal, dos 
fluxos definidos na Rede de Atenção à 
Saúde entre os diversos pontos de atenção 
de diferentes configurações tecnológicas, 
integrados por serviços de apoio logístico, 
técnico e de gestão, para garantir a 
integralidade do cuidado. 
 
 
 
- DAS ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS: Do Agente Comunitário de Saúde: 
 
I - trabalhar com adscrição de famílias em 
base geográfica definida, a microárea; 
II - cadastrar todas as pessoas de sua 
microárea e manter os cadastros 
atualizados; 
III - orientar as famílias quanto à 
utilização dos serviços de saúde 
disponíveis; 
IV - realizar atividades programadas e de 
atenção à demanda espontânea; 
V - acompanhar, por meio de visita 
domiciliar, todas as famílias e indivíduos 
sob sua responsabilidade. As visitas 
deverão ser programadas em conjunto 
com a equipe, considerando os critérios de 
risco e vulnerabilidade de modo que 
famílias com maior necessidade sejam 
visitadas mais vezes, mantendo como 
referência a média de 1 (uma) 
visita/família/mês; 
VI - desenvolver ações que busquem a 
integração entre a equipe de saúde e a 
população adscrita à UBS, considerando as 
características e as finalidades do trabalho 
de acompanhamento de indivíduos e 
grupos sociais ou coletividade; 
VII - desenvolver atividades de promoção 
da saúde, de prevenção das doenças e 
agravos e de vigilância à saúde, por meio 
de visitas domiciliares e de ações 
educativas individuais e coletivas nos 
domicílios e na comunidade, como por 
exemplo, combate à Dengue, malária, 
leishmaniose, entre outras, mantendo a 
equipe informada, principalmente a 
respeito das situações de risco; VIII - estar 
em contato permanente com as famílias, 
desenvolvendo ações educativas, visando à 
promoção da saúde, à prevenção das 
doenças, e ao acompanhamento das 
pessoas com problemas de saúde, bem 
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Se liga na dica! 
Esse tópico é bastante cobrado! 
Atenção aos detalhes! 
como ao acompanhamento das 
condicionalidades do Programa Bolsa 
Família ou de qualquer outro programa 
similar de transferência de renda e 
enfrentamento de vulnerabilidades 
implantado pelo Governo Federal, 
estadual e municipal de acordo com o 
planejamento da equipe. 
IX - Ocorrendo situação de surtos e 
epidemias, executar em conjunto com o 
agente de endemias ações de controle de 
doenças, utilizando as medidas de controle 
adequadas, manejo ambiental e outras 
ações de manejo integrado de vetores, de 
acordo com decisão da gestão 
municipal. É permitido ao ACS 
desenvolver outras atividades nas unidades 
básicas de saúde, desde que vinculadas às 
atribuições acima. 
 
 
ESPECIFICIDADES DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: 
 
São itens necessários à estratégia Saúde da Família: 
 
I - Equipe multiprofissional (equipe 
saúde da família) mínima: médico 
generalista ou especialista em saúde da 
família ou médico de família e 
comunidade, enfermeiro generalista ou 
especialista em saúde da família, auxiliar 
ou técnico de enfermagem e agentes 
comunitários de saúde. Podendo 
acrescentar: cirurgião dentista generalista 
ou especialista em saúde da família, 
auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal; 
II - O número de ACS deve ser suficiente 
para cobrir 100% da população 
cadastrada, com um máximo de 750 
pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe 
de Saúde da Família, não ultrapassando o 
limite máximo recomendado de pessoas 
por equipe; 
III - Cada equipe de saúde da família 
deve ser responsável por, no máximo, 
4.000 pessoas, sendo a média 
recomendada de 3.000 pessoas, 
respeitando critérios de equidade para esta 
definição. 
IV - Cadastramento de cada profissional 
de saúde em apenas 01 ESF, exceção 
somente ao profissional médico que 
poderá atuar em no máximo 02 ESF e 
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com carga horária total de 40 horas 
semanais; 
V - Carga horária de 40 horas semanais 
para todos os profissionais de saúde 
membros da equipe de saúde da família, 
à exceção dos profissionais médicos. Para 
os quais a jornada de 40 horas deve 
observar a necessidade de dedicação 
mínima de 32 horas da carga horária para 
atividades na equipe de saúde da família 
podendo, conforme decisão e prévia 
autorização do gestor, dedicar até 08 (oito) 
horas do total da carga horária para 
prestação de serviços na rede de urgência 
do município ou para atividades de 
especialização em saúde da família, 
residência multiprofissional e/ou de 
medicina de família e de comunidade, 
bem como atividades de educação 
permanente e apoio matricial. 
 
- Especificidades da Estratégia de 
Agentes Comunitários de Saúde: 
São itens necessários à implantação desta 
estratégia: 
I - a existência de uma Unidade Básica 
de Saúde, inscrita no sistema de Cadastro 
Nacional vigente que passa a ser a UBS de 
referência para a equipe de agentes 
comunitários de saúde; 
II - a existência de um enfermeiro para 
até no máximo 12 ACS e no mínimo 04, 
constituindo assim uma equipe de Agentes 
Comunitários de Saúde; 
III - o cumprimento da carga horária 
integral de 40 horas semanais por toda a 
equipe de agentes comunitários, 
composta por ACS e enfermeiro 
supervisor. 
 
- Equipes de atenção básica para 
populações específicas: 
1. Equipes do consultório na rua 
2. Equipes de saúde da família para o 
atendimento da População Ribeirinha da 
Amazônia Legal e Pantanal Sul 
Matogrossense: Equipe de Saúde da 
Família Ribeirinhas (ESFR) e Equipes de 
Saúde da Família Fluviais (ESFF). 
___________________________________________________________________________
REFERÊNCIA: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no. 2.488 de 21 de outubro de 2011. Brasília: Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, 2011. 
 
 
 
 
 
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PORTARIA 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 
 
 
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo 
a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, 
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção 
Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos 
equivalentes, de forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste 
documento. 
 
Definição de Atenção Básica: Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde 
individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância 
em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, 
realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, 
sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. 
 
Características da AB 
 
§1º A Atenção Básica será a principal 
porta de entrada e centro de 
comunicação da RAS, coordenadora do 
cuidado e ordenadora das ações e 
serviços disponibilizados na rede. 
§ 2º A Atenção Básica será ofertada 
integralmente e gratuitamente a todas 
as pessoas, de acordo com suas 
necessidades e demandas do território, 
considerando os determinantes e 
condicionantes de saúde. 
§ 3º É proibida qualquer exclusão 
baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia, 
crença, nacionalidade, orientação sexual, 
identidade de gênero, estado de saúde, 
condição socioeconômica, escolaridade, 
limitação física, intelectual, funcional e 
outras. 
§ 4º Para o cumprimento do previsto no § 
3º, serão adotadas estratégias que 
permitam minimizar 
desigualdades/iniquidades, de modo a 
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Se liga na dica! 
O tópico das responsabilidades dos 
entes federados sofreu porquíssima 
alteração. No estudo desse tópico, 
sugiro focar na portaria vigente! 
evitar exclusão social de grupos que 
possam vir a sofrer estigmatização ou 
discriminação, de maneira que impacte na 
autonomia e na situação de saúde. 
 
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do 
SUS e da RAS a serem operacionalizados 
na Atenção Básica: 
a) Universalidade; b) Equidade; e c) 
Integralidade. 
 
Diretrizes: 
 
a) Regionalização e Hierarquização: 
b) Territorialização; c) População Adscrita; 
d) Cuidado centrado na pessoa; 
e) Resolutividade; 
f) Longitudinalidade do cuidado; 
g) Coordenação do cuidado; 
h) Ordenação da rede; e 
i) Participação da comunidade 
 
Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família 
sua estratégia prioritária para expansão e 
consolidação da Atenção Básica. Parágrafo 
único. Serão reconhecidas outras 
estratégias de Atenção Básica, desde que 
observados os princípios e diretrizes 
previstos nesta portaria e tenham caráter 
transitório, devendo ser estimulada sua 
conversão em EstratégiaSaúde da Família. 
 
Art. 5º A integração entre a Vigilância 
em Saúde e Atenção Básica é condição 
essencial para o alcance de resultados que 
atendam às necessidades de saúde da 
população. 
 
Art. 6º Todos os estabelecimentos de saúde 
que prestem ações e serviços de Atenção 
Básica, no âmbito do SUS, de acordo com 
esta portaria serão denominados Unidade 
Básica de Saúde – UBS. 
 
DAS RESPONSABILIDADES Art. 7º 
 
São responsabilidades comuns a todas 
as esferas de governo: 
 
I - contribuir para a reorientação do 
modelo de atenção e de gestão com base 
nos princípios e nas diretrizes contidas 
nesta portaria; 
II - 
apoiar e estimular a adoção da Estratégia 
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Saúde da Família - ESF como estratégia 
prioritária de expansão, consolidação e 
qualificação da Atenção Básica; 
 
III - garantir a infraestrutura adequada e 
com boas condições para o funcionamento 
das UBS, garantindo espaço, mobiliário e 
equipamentos, além de acessibilidade de 
pessoas com deficiência, de acordo com as 
normas vigentes; 
 
IV - contribuir com o financiamento 
tripartite para fortalecimento da Atenção 
Básica; 
 
V - assegurar ao usuário o acesso universal, 
equânime e ordenado às ações e serviços 
de saúde do SUS, além de outras 
atribuições que venham a ser pactuadas 
pelas Comissões Intergestores; 
 
VI - estabelecer, nos respectivos Planos 
Municipais, Estaduais e Nacional de 
Saúde, prioridades, estratégias e metas 
para a organização da Atenção Básica; 
 
VII - desenvolver mecanismos técnicos e 
estratégias organizacionais de qualificação 
da força de trabalho para gestão e atenção 
à saúde, estimular e viabilizar a formação, 
educação permanente e continuada dos 
profissionais, garantir direitos trabalhistas 
e previdenciários, qualificar os vínculos de 
trabalho e implantar carreiras que 
associem desenvolvimento do trabalhador 
com qualificação dos serviços ofertados às 
pessoas; 
 
VIII - garantir provimento e estratégias de 
fixação de profissionais de saúde para a 
Atenção Básica com vistas a promover 
ofertas de cuidado e o vínculo; 
 
IX - desenvolver, disponibilizar e 
implantar os Sistemas de Informação da 
Atenção Básica vigentes, garantindo 
mecanismos que assegurem o uso 
qualificado dessas ferramentas nas UBS, de 
acordo com suas responsabilidades; 
 
X - garantir, de forma tripartite, 
dispositivos para transporte em saúde, 
compreendendo as equipes, pessoas para 
realização de procedimentos eletivos, 
exames, dentre outros, buscando assegurar 
a resolutividade e a integralidade do 
cuidado na RAS, conforme necessidade do 
território e planejamento de saúde; 
 
XI - planejar, apoiar, monitorar e avaliar as 
ações da Atenção Básica nos territórios; 
 
XII - estabelecer mecanismos de 
autoavaliação, controle, regulação e 
acompanhamento sistemático dos 
resultados alcançados pelas ações da 
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Atenção Básica, como parte do processo de 
planejamento e programação; 
 
XIII - divulgar as informações e os 
resultados alcançados pelas equipes que 
atuam na Atenção Básica, estimulando a 
utilização dos dados para o planejamento 
das ações; 
 
XIV - promover o intercâmbio de 
experiências entre gestores e entre 
trabalhadores, por meio de cooperação 
horizontal, e estimular o desenvolvimento 
de estudos e pesquisas que busquem o 
aperfeiçoamento e a disseminação de 
tecnologias e conhecimentos voltados à 
Atenção Básica; 
 
XV - estimular a participação popular e o 
controle social; 
 
XVI - garantir espaços físicos e ambientes 
adequados para a formação de estudantes e 
trabalhadores de saúde, para a formação 
em serviço e para a educação permanente 
e continuada nas Unidades Básicas de 
Saúde; 
 
XVII - desenvolver as ações de assistência 
farmacêutica e do uso racional de 
medicamentos, garantindo a 
disponibilidade e acesso a medicamentos e 
insumos em conformidade com a 
RENAME, os protocolos clínicos e 
diretrizes terapêuticas, e com a relação 
específica complementar estadual, 
municipal, da união, ou do distrito federal 
de medicamentos nos pontos de atenção, 
visando a integralidade do cuidado; 
 
XVIII - adotar estratégias para garantir um 
amplo escopo de ações e serviços a serem 
ofertados na Atenção Básica, compatíveis 
com as necessidades de saúde de cada 
localidade; 
 
XIX - estabelecer mecanismos regulares de 
auto avaliação para as equipes que atuam 
na Atenção Básica, a fim de fomentar as 
práticas de monitoramento, avaliação e 
planejamento em saúde; e 
 
XX - articulação com o subsistema 
Indígena nas ações de Educação 
Permanente e gestão da rede assistencial. 
 
Art. 8º Compete ao Ministério da Saúde 
a gestão das ações de Atenção Básica no 
âmbito da União, sendo responsabilidades 
da União: 
 
I - definir e rever periodicamente, de 
forma pactuada, na Comissão 
Intergestores Tripartite (CIT), as diretrizes 
da Política Nacional de Atenção Básica; 
 
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II - garantir fontes de recursos federais 
para compor o financiamento da Atenção 
Básica; 
 
III - destinar recurso federal para compor 
o financiamento tripartite da Atenção 
Básica, de modo mensal, regular e 
automático, prevendo, entre outras 
formas, o repasse fundo a fundo para 
custeio e investimento das ações e serviços; 
 
IV - prestar apoio integrado aos gestores 
dos Estados, do Distrito Federal e dos 
municípios no processo de qualificação e 
de consolidação da Atenção Básica; 
 
V - definir, de forma tripartite, estratégias 
de articulação junto às gestões estaduais e 
municipais do SUS, com vistas à 
institucionalização da avaliação e 
qualificação da Atenção Básica; 
 
VI - estabelecer, de forma tripartite, 
diretrizes nacionais e disponibilizar 
instrumentos técnicos e pedagógicos que 
facilitem o processo de gestão, formação e 
educação permanente dos gestores e 
profissionais da Atenção Básica; 
 
VII - articular com o Ministério da 
Educação estratégias de indução às 
mudanças curriculares nos cursos de 
graduação e pósgraduação na área da 
saúde, visando à formação de profissionais 
e gestores com perfil adequado à Atenção 
Básica; e 
 
VIII - apoiar a articulação de instituições, 
em parceria com as Secretarias de Saúde 
Municipais, Estaduais e do Distrito 
Federal, para formação e garantia de 
educação permanente e continuada para 
os profissionais de saúde da Atenção 
Básica, de acordo com as necessidades 
locais. 
 
Art. 9º Compete às Secretarias Estaduais 
de Saúde e ao Distrito Federal a 
coordenação do componente estadual e 
distrital da Atenção Básica, no âmbito de 
seus limites territoriais e de acordo com as 
políticas, diretrizes e prioridades 
estabelecidas, sendo responsabilidades dos 
Estados e do Distrito Federal: 
 
I - pactuar, na Comissão Intergestores 
Bipartite (CIB) e Colegiado de Gestão no 
Distrito Federal, estratégias, diretrizes e 
normas para a implantação e 
implementação da Política Nacional de 
Atenção Básica vigentenos Estados e 
Distrito Federal; 
 
II - destinar recursos estaduais para 
compor o financiamento tripartite da 
Atenção Básica, de modo regular e 
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automático, prevendo, entre outras 
formas, o repasse fundo a fundo para 
custeio e investimento das ações e serviços; 
 
III - ser corresponsável pelo 
monitoramento das ações de Atenção 
Básica nos municípios; 
 
IV - analisar os dados de interesse estadual 
gerados pelos sistemas de informação, 
utilizá-los no planejamento e divulgar os 
resultados obtidos; 
 
V - verificar a qualidade e a consistência de 
arquivos dos sistemas de informação 
enviados pelos municípios, de acordo com 
prazos e fluxos estabelecidos para cada 
sistema, retornando informações aos 
gestores municipais; 
 
VI - divulgar periodicamente os relatórios 
de indicadores da Atenção Básica, com 
intuito de assegurar o direito fundamental 
de acesso à informação; 
 
VII - prestar apoio institucional aos 
municípios no processo de implantação, 
acompanhamento e qualificação da 
Atenção Básica e de ampliação e 
consolidação da Estratégia Saúde da 
Família; VIII - definir estratégias de 
articulação com as gestões municipais, 
com vistas à institucionalização do 
monitoramento e avaliação da Atenção 
Básica; 
 
IX - Disponibilizar aos municípios 
instrumentos técnicos e pedagógicos que 
facilitem o processo de formação e 
educação permanente dos membros das 
equipes de gestão e de atenção; X - 
articular instituições de ensino e serviço, 
em parceria com as Secretarias Municipais 
de Saúde, para formação e garantia de 
educação permanente aos profissionais de 
saúde das equipes que atuam na Atenção 
Básica; e 
 
XI - fortalecer a Estratégia Saúde da 
Família na rede de serviços como a 
estratégia prioritária de organização da 
Atenção Básica. 
 
Art. 10 Compete às Secretarias 
Municipais de Saúde a coordenação do 
componente municipal da Atenção Básica, 
no âmbito de seus limites territoriais, de 
acordo com a política, diretrizes e 
prioridades estabelecidas, sendo 
responsabilidades dos Municípios e do 
Distrito Federal: 
 
I - organizar, executar e gerenciar os 
serviços e ações de Atenção Básica, de 
forma universal, dentro do seu território, 
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incluindo as unidades próprias e as cedidas 
pelo estado e pela União; 
 
II - programar as ações da Atenção Básica a 
partir de sua base territorial de acordo 
com as necessidades de saúde identificadas 
em sua população, utilizando instrumento 
de programação nacional vigente; 
 
III - organizar o fluxo de pessoas, 
inserindo-as em linhas de cuidado, 
instituindo e garantindo os fluxos 
definidos na Rede de Atenção à Saúde 
entre os diversos pontos de atenção de 
diferentes configurações tecnológicas, 
integrados por serviços de apoio logístico, 
técnico e de gestão, para garantir a 
integralidade do cuidado. 
 
IV - estabelecer e adotar mecanismos de 
encaminhamento responsável pelas 
equipes que atuam na Atenção Básica de 
acordo com as necessidades de saúde das 
pessoas, mantendo a vinculação e 
coordenação do cuidado; 
 
V - manter atualizado mensalmente o 
cadastro de equipes, profissionais, carga 
horária, serviços disponibilizados, 
equipamentos e outros no Sistema de 
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de 
Saúde vigente, conforme regulamentação 
específica; 
 
VI - organizar os serviços para permitir 
que a Atenção Básica atue como a porta de 
entrada preferencial e ordenadora da RAS; 
 
VII - fomentar a mobilização das equipes e 
garantir espaços para a participação da 
comunidade no exercício do controle 
social; 
 
VIII - destinar recursos municipais para 
compor o financiamento tripartite da 
Atenção Básica; 
 
IX - ser corresponsável, junto ao 
Ministério da Saúde, e Secretaria Estadual 
de Saúde pelo monitoramento da 
utilização dos recursos da Atenção Básica 
transferidos aos município; 
 
X - inserir a Estratégia de Saúde da Família 
em sua rede de serviços como a estratégia 
prioritária de organização da Atenção 
Básica; 
 
XI - prestar apoio institucional às equipes 
e serviços no processo de implantação, 
acompanhamento, e qualificação da 
Atenção Básica e de ampliação e 
consolidação da Estratégia Saúde da 
Família; 
 
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XII - definir estratégias de 
institucionalização da avaliação da 
Atenção Básica; 
 
XIII - desenvolver ações, articular 
instituições e promover acesso aos 
trabalhadores, para formação e garantia de 
educação permanente continuada aos 
profissionais de saúde de todas as equipes 
que atuam na Atenção Básica implantadas; 
XIV - selecionar, contratar e remunerar os 
profissionais que compõem as equipes 
multiprofissionais de Atenção Básica, em 
conformidade com a legislação vigente; 
 
XV - garantir recursos materiais, 
equipamentos e insumos suficientes para o 
funcionamento das UBS e equipes, para a 
execução do conjunto de ações propostas; 
 
XVI - garantir acesso ao apoio diagnóstico 
e laboratorial necessário ao cuidado 
resolutivo da população; 
 
XVII - alimentar, analisar e verificar a 
qualidade e a consistência dos dados 
inseridos nos sistemas nacionais de 
informação a serem enviados às outras 
esferas de gestão, utilizá-los no 
planejamento das ações e divulgar os 
resultados obtidos, a fim de assegurar o 
direito fundamental de acesso à 
informação; 
 
XVIII - organizar o fluxo de pessoas, 
visando à garantia das referências a 
serviços e ações de saúde fora do âmbito 
da Atenção Básica e de acordo com as 
necessidades de saúde das mesmas; e 
 
IX - assegurar o cumprimento da carga 
horária integral de todos os profissionais 
que compõem as equipes que atuam na 
Atenção Básica, de acordo com as jornadas 
de trabalho especificadas no Sistema de 
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de 
Saúde vigente e a modalidade de atenção. 
 
A gestão municipal deve articular e 
criar condições para que a referência aos 
serviços especializados ambulatoriais, 
sejam realizados preferencialmente pela 
Atenção Básica, sendo de sua 
responsabilidade: 
a.) Ordenar o fluxo das pessoas nos 
demais pontos de atenção da RAS; 
b.) Gerir a referência e 
contrarreferência em outros pontos de 
atenção; e 
c.) Estabelecer relação com os 
especialistas que cuidam das pessoas do 
território. 
 
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Atentar para as mudanças nesse 
tópico, que são bem sensíveis e 
bastante cobradas nas provas! 
INFRAESTRUTURA, AMBIÊNCIA E FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA 
 
3.1.Infraestrutura e ambiência A 
infraestrutura de uma UBS deve estar 
adequada ao quantitativo de população 
adscrita e suas especificidades, bem como 
aos processos de

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