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provas da IBMEC junho de 2005

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É trabalho pioneiro.
Prestação de serviços com tradição de confiabilidade.
Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras
em sua tarefa de não cometer injustiças.
Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estu-
dante no processo de aprendizagem, graças a seu formato:
reprodução de cada questão, seguida da resolução elaborada
pelos professores do Anglo.
No final, um comentário sobre as disciplinas.
Seleciona 50 alunos para o curso de Administração de Empresas
e 50 alunos para o curso de Economia, ambos diurnos e com
duração de 4 anos.
São duas provas em um único dia:
• A primeira, iniciada às 8h, consta de questões de Análise
Quantitativa Objetiva (20), Análise Verbal (15), Língua
Inglesa (10) e Conhecimentos Gerais — História e Geo-
grafia (15). Cada questão vale 1 ponto.
• A segunda, iniciada às 14h, consta de 10 questões de
Análise Quantitativa Discursiva, valendo 1,5 pontos cada
questão, e de uma Redação, que vale 15 pontos.
Serão desclassificados os candidatos que não obtiverem pon-
tuação em qualquer das disciplinas ou cujo total de pontos
seja menor que 40.
A classificação final é feita multiplicando-se os pontos obti-
dos nas provas por 100 e dividindo-se o resultado por 90.
Caso o candidato opte pela utilização da nota do ENEM, será
somado ao seu total de pontos 1/10 da parte objetiva da-
quele exame, dividindo-se o resultado por 100, para chegar
à classificação final.
o
anglo
resolve
As
provas da
IBMEC
junho
de 2005
Código: 83594005
2Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
Utilize o texto abaixo para responder os testes de 1 a 3.
Manuel Bandeira faz novent’anos
Carlos Drummond de Andrade
Jornal do Brasil, 17 de abril de 1977
1 Oi, poeta!
Do lado, de lá, na moita, hem? Fazendo seus novent’anos…
E se rindo, eu aposto, dessa bobagem de contar tempo,
de colar números na veste inconsútil do tempo, o inumerável,
5 o vazio-repleto, o infinito onde seres e coisas
nascem, renascem, embaralham-se, trocam-se
com intervalos de sono maior, a que, sem precisão científica, chamamos de morte.
Mas bem que gostavas de fazer anos, lembras-te?
de tirar retrato, de beijar moçoilas flóreas, de rir
10 um riso que filtrava todas as salsugens da experiência e do desencanto,
e não era ácido, era indulgente/infantil, era sumo da suma:
como pesa a alma, como é leve o corpo,
mesmo visitado de mortais micróbios!
Sempre respeitei teus silêncios-pigarro
15 e seus corredores frios.
Parava diante da campainha
sem saber: toco?
surpreendo?
pergunto, de gravador?
20 Hoje me sobe o desejo
de saber o que fazes, como,
onde:
em que verbo te exprimes, se há verbo?
em que forma de poesia, se há poesia,
25 versejas?
em que amor te agasalhas, se há amor?
em que deus te instalas, se há deus?
Que lado, poeta, é o lado de lá,
não me dirás, em confiança?
30 Como passas as manhãs,
a cor qual é de teu dia,
como anoiteces? (Perdoa
falar-te em termos horários,
sobre a extradimensão sem relógios.
35 Vezo terrestres.) Sorris.
Sorriso-tosse,
com reticências. Desisto.
É aqui, neste agora, no teu livro
que te encontro:
40 Manuel, profundamente,
poeta de vastas solidões
desabrochadas em curta, embaladora
(como esquecê-la?) surdinada canção.
IIILLLÁÁÁNNN EEESSS LLLAAABBBRRREEEVVVAAA
Manuel canção de câmara, Manuel
45 canção de quarto e beco,
ritmo de cama e boca
de homem e mulher colados no arrepio
do eterno transitório: traduziste
para nós a tristeza de possuir e de lembrar,
50 a de não possuir e de lembrar,
a de passar,
mescla do que foi, do que seria,
simultaneamente projetados
na mesma tela branca de episódios
55 — em nós, vaga, soprada cinza,
em ti, o sopro intenso da poesia.
Isto nos deste, verso a verso,
e só depois o soubemos claramente,
na leitura da luz da vida inteira.
60 Foste nosso poeta, doaste som
de piano e violão e flauta ao sentimento
esparso, convulsivo, dos amantes,
dos doentes, dos fracos, dos meninos,
dos sozinhos, na praça ou sanatório:
65 Manuel-muitos irmão no gesto seco.
Novent’anos, será? Ou és menino
também e para sempre
agora que viveste a dor da vida
e sorris no mais longe Pernambuco?
(Bandeira, Manuel, Poesia completa e prosa. 4 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985, p. 26-7.)
A partir da leitura atenta, não é correto afirmar que:
a) O texto apresenta a morte como sendo intervalos de sono.
b) O autor indaga a existência de verbo, de poesia, de amor e de deus considerando onde, naquele momento,
esteja o poeta.
c) Ainda que sem parâmetros para contagem do tempo, o autor usa a hora, o dia, a noite como pontos de
referência na tentativa de diálogo estabelecida.
d) O autor sempre visitava o poeta tanto é que faz referência aos corredores da casa onde este morava.
e) Dentre as coisas vividas pelo poeta, a dor teve presença certa.
No início da terceira estrofe do poema, o eu lírico faz referência aos momentos em que hesitava “diante
da campainha” da casa de Bandeira, o que mostra ele nem sempre visitava o poeta.
Resposta: d
Resolução
Questão 1▼▼
Vocabulário:
Inconsútil: não consútil, que não tem costura; fig. inteiriço.
Salsugem: lodo que contém substâncias salinas (nome vulgar da impetigem).
Vezo: hábito ou costume, geralmente repreensível.
Surdinada: abafada, murmurada.
Esparso: espalhado em várias direções: restos esparsos. Em desordem: cabelos esparsos. Espargido, disperso.
3Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
Considerando somente a segunda estrofe do poema e as afirmações apresentadas abaixo, assinale a alternativa
correta.
I. Em: “de rir um riso que filtrava todas as salsugens da experiência e do desencanto” tem-se exemplo de
pleonasmo.
II. Em: “como pesa a alma, como é leve o corpo” tem-se exemplo de antítese.
III. As palavras: flóreas, experiência, ácido e micróbios são acentuadas graficamente obedecendo à mesma
regra de acentuação.
IV. O primeiro verso é formado por um período composto e o sujeito das orações que o compõem é desinencial.
a) Apenas I e II são verdadeiras.
b) Apenas II e IV são verdadeiras.
c) Apenas III é verdadeira.
d) Apenas I, II e III são verdadeiras.
e) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
A proposição I está correta, pois a expressão “rir um riso” configura, de fato, um pleonasmo, utilizado pro-
gramadamente para produzir um efeito de sentido de ênfase.
A proposição II também está correta, já que há uma evidente oposição de natureza semântica entre o peso
da “alma” e a leveza do “corpo”, o que caracteriza uma antítese.
A proposição III está incorreta, se considerarmos que as palavras “flóreas”, “experiência” e “micróbios” são
acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente, enquanto o termo “ácido” é acentuado por
ser proparoxítono. Porém, se considerássemos que as palavras “flóreas”, “experiência” e “micróbios” são acentuadas
por serem proparoxítonas (o que é uma possibilidade admitida sem controvérsias pelos gramáticos), a proposição
III estaria correta, o que traria um desnecessário ruído para essa afirmação.
A proposição IV é imprecisa. É possível, fazendo-se vista grossa, considerá-la correta. Isso porque o primeiro
verso da segunda estrofe é formado por um período composto por três orações, cada uma com uma forma verbal:
“gostavas”, “fazer” e “lembras”. Todas elas possuem, do ponto de vista semântico, o mesmo sujeito. Acontece que,
a rigor, esse sujeito só está marcado pela desinência do verbo em “gostavas” e “lembras”, já que o infinitivo “fazer”
(que introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta, em sua forma reduzida) não está flexionado
na segunda pessoa do singular. Lamente-se ainda o uso da expressão sujeito “desinencial”, que, além de não ser
contemplada pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), é imprecisa, já que todo sujeito está marcado pela
desinência verbal.
Resposta: e
O autor coloca a “moita” como sendo a divisória entre dois lugares, entre dois“espaços” distintos. O lado de lá
— onde está o poeta; o lado de cá — onde há possibilidade do encontro. Assinale a alternativa que aponta o
local onde se encontram.
a) Nos corredores frios.
b) No livro do poeta.
c) Na tela branca em que são projetados os sopros de poesia.
d) No local visitado por mortais micróbios.
e) No mais longe Pernambuco.
Nos versos 38-39, o eu lírico afirma: “É aqui, neste agora, no teu livro / que te encontro”.
Resposta: b
Resolução
Questão 3▼▼
Resolução
Questão 2▼▼
4Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
Utilize o texto abaixo para responder os testes de 4 a 7.
Zé Brasil
IV
Eu era “agregado” na fazenda do Taquaral. O coronel me deu lá uma grota, fiz minha casinha, derrubei
mato, plantei milho e feijão.
— De meias?
— Sim. Metade para o coronel, metade para mim.
— Mas isso dá, Zé?
— Dá para a gente ir morrendo de fome pelo caminho da vida — a gente que trabalha e planta. Para o
dono da terra é o melhor negócio do mundo. Ele não faz nada, de nada, de nada. Não fornece nem uma foice,
nem um vidrinho de quina para a sezão — mas leva metade da colheita, e metade bem medida — uma
metade gorda; a metade que fica com a gente é magra, minguada… E a gente tem de viver com aquilo um
ano inteiro, até que chegue tempo de outra colheita.
— Mas como foi o negócio da fazenda do Taquaral?
— Eu era “agregado” lá e ia labutando na grota. Certo ano tudo correu bem e as plantações ficaram a
maior das belezas. O coronel passou por lá, viu aquilo — e eu não gostei da cara dele. No dia seguinte me
“tocou” de suas terras como quem toca um cachorro; colheu as roças para ele e naquela casinha que eu havia
feito botou o Totó Urumbeva.
— Mas não há uma lei que…
Zé Brasil deu uma risada. “Lei… isso é coisa para os ricos. Para os pobres, a lei é a cadeia e se resingar um
pouquinho é o chanfalho.”
V
— E se você fosse dono das terras, aí dum sítio de 10 ou 20 alqueires?
— Ah, aí tudo mudava. Se eu tivesse um sítio, fazia uma casa boa, plantava árvores de fruta, e uma horta,
e até um jardinzinho como o do Giusepe. Mas como fazer casa boa, e plantar árvores, e ter horta em terra dos
outros, sem garantia nenhuma? Vi isso com o coronel Tatuíra. Só porque naquele ano as minhas roças estavam
uma beleza, ele não resistiu à ambição e me tocou. E que mundo de terras esse homem tem! A fazenda do
Taquaral foi medida. Os engenheiros acharam mais de 2 mil alqueires — e ele ainda é dono de mais duas
fazendas bem grandes, lá no Oeste. E não vende nem um palmo de terra. Herdou do pai, que já havia herda-
do do avô. E o gosto do coronel é dizer que vai deixar para o Tatuirinha uma fazenda maior ainda — e anda
em negócios com o Mané Labrego para a compra daquele sítio da Grota Funda.
— Então não vende nem dá as terras — só arrenda?
— Isso. Também não planta nada. O que ele quer lá é rendeiro como eu fui, e são hoje mais de cem
famílias que vivem no Taquaral. Desse jeito, o lucro do coronel é certo. Se vem chuva de pedra, se vem geada
ou ventania, ele nunca perde nada; quem perde são os rendeiros.
(Literatura Comentada, Monteiro Lobato. 2 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 125-7)
Monteiro Lobato sempre lutou por seus ideais — os quais defendia de forma direta e objetiva. É possível
perceber, neste texto, seu posicionamento crítico. Assinale a alternativa que melhor o sintetiza.
a) O autor apresenta denúncia evidente contra as condições sociais responsáveis pela miséria e pela falta de
ânimo dos camponeses, bem como crítica à estrutura política e jurídica do país.
b) O autor apresenta denúncia contra a morosidade dos sistemas no país, visto que, muitos anos se passaram
até que o protagonista conseguisse reparação dos danos causados pelo coronel Tatuíra.
Questão 4▼▼
Vocabulário:
Grota: abertura que as águas da enchente fazem na ribanceira de um rio; bras. terreno
situado na interseção de duas montanhas, vale profundo; depressão sombria e úmida
nas encostas.
Quina: nome comum a várias plantas da América do Sul, pertencentes a diversas famílias
botânicas, cuja casca tem propriedades antifebris; a casca dessas árvores; planta da
família das rubiáceas (de que se extrai a quinina).
Sezão: febre intermitente ou periódica.
Resingar: resmungar, reclamar.
Chanfalho: espada velha e sem corte; instrumento desafinado.
5Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
c) Tem-se claro o repúdio ao sistema sanitário e preventivo, uma vez que os colonos eram deixados a mingua
sem qualquer plano assistencial.
d) A crítica apresentada atinge diretamente o Partido Comunista, já que as idéias de justiça apresentadas, pri-
mam pela igualdade entre os seres e a divisão de bens em torno de um objetivo comum.
e) As lavouras cafeeiras deslocaram muitos colonos para a região do Vale do Paraíba em busca de trabalho,
estabilidade e sucesso. No entanto, a crise advinda fez com que a região passasse a se caracterizar por uma
população carente, abandonada e totalmente esquecida pelas autoridades.
A miséria e a falta de ânimo de Zé Brasil, personagem sucedâneo do Jeca Tatu (ambos criados por Monteiro
Lobato), provêm da sua condição de oprimido pelos latifundiários, que além de não fornecerem “nem uma foice,
nem um vidrinho de quina para a sezão” e de ficarem com “metade da colheita e metade bem medida”, expulsam
os rendeiros quando o trabalho dá bons frutos. A opressão se dá também pela estrutura política e jurídica, que
fazem da lei um privilégio de ricos.
Resposta: a
Considerando: “Então não vende nem dá as terras”, assinale o período que apresenta oração com a mesma
função sintática que a oração sublinhada.
a) “Eu era ‘agregado’ lá e ia labutando na grota.”.
b) “Se eu tivesse um sítio, fazia um casa boa…”.
c) “nem um vidrinho de quina para a sezão — mas leva metade da colheita, …”.
d) “O que ele quer lá é rendeiro, como eu fui…”
e) “Só porque naquele ano as minhas roças estavam uma beleza, ele não resistiu à ambiação…”.
A oração “nem dá as terras” é uma oração coordenada à anterior. No caso, o conectivo é a conjunção coor-
denativa aditiva nem por se tratar da coordenação de duas proposições negativas. Também na alternativa a, a
segunda oração, “e ia labutando na grota”, está coordenada de forma aditiva à oração anterior. Só que, em vez
da conjunção aditiva nem, temos a conjunção e, já que a coordenação se dá entre proposições afirmativas.
Resposta: a
Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação do termo sublinhado, considerando o processo de
formação das palavras.
a) “… e naquela casinha que eu havia feito…” — derivação imprópria.
b) “Mas como foi o negócio da Fazenda do Taquaral?” — derivação parassintética.
c) “… e anda em negócios com o Mané Labrego para a compra daquele sítio da Grota Funda.” — derivação
regressiva.
d) “O que ele quer lá é rendeiro como eu fui…” — derivação prefixal.
e) “Então não vende nem dá as terras — só arrenda?” — derivação sufixal.
O substantivo compra significa “o ato de comprar”. O que ocorre é que, para a formação desse substantivo
derivado, não se anexou um sufixo à palavra primitiva, como se vê, por exemplo, em fingir / fingimento, recor-
dar / recordação, relutar / relutância... O que há, no caso de compra, é a retirada da desinência verbal –r, pas-
sando o tema verbal (radical + vogal temática) a funcionar como substantivo. Assim, do mesmo modo que de
combater se formou o combate, de podar se formou a poda, de comprar se formou o substantivo a compra.
Pelo exposto, entende-se bem por que esse processo de formação de substantivo abstrato se chama derivação
regressiva ou deverbal.
Resposta: c
Resolução
Questão 6▼▼
Resolução
Questão 5▼▼
Resolução
6Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
Assinale a alternativa que apresenta substantivos flexionados em grau — na forma analítica e na forma sin-
tética, respectivamente.
a) “e ele ainda é dono de mais duas fazendas bem grandes, lá no Oeste”/”e até um jardinzinho como o doGiusepe.”
b) “E o gosto do coronel é dizer que vai deixar para o Tatuirinha uma fazenda maior ainda.”/”Para o dono da
terra é o melhor negócio do mundo.”
c) “Só porque naquele ano as minhas roças estavam uma beleza...”/”O coronel me deu lá uma grota, fiz minha
casinha, derrubei mato, plantei milho e feijão.”
d) “E não vende nem um palmo de terra.”/”Não fornece nem uma foice, nem um vidrinho de quina para a sezão…”
e) “e são hoje mais de cem famílias que vivem no Taquaral.”/”... colheu as roças para ele e naquela casinha
que eu havia feito botou o Totó Urumbeva.”
Em “fazendas bem grandes” temos o grau aumentativo analítico do substantivo fazendas, uma vez que o
elemento indicador de grau não é constituído por um sufixo (como ocorre, por exemplo, em casarão), mas por
meio de uma expressão formada pelo adjetivo grandes, intensificado pelo advérbio bem: bem grandes.
Já em “jardinzinho”, temos a forma sintética do grau diminutivo, uma vez que o elemento indicador do
grau, o sufixo –zinho, se anexa ao substantivo jardim, constituindo o conjunto um único vocábulo.
Resposta: a
Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação sintática do termo sublinhado.
a) Quando inquirido pelos investigadores, viu que não tinha mais como sustentar a farsa. (objeto indireto)
b) As crianças não acreditavam no que viam: havia balas, bombons, frutas e mais guloseimas para comemo-
rarem o evento. (objeto direto do verbo impessoal)
c) A cidade foi atingida por uma tempestade horrível. (objeto direto)
d) Os nativos tinham respeito aos costumes. (agente da passiva)
e) Nenhuma pessoa era capaz de admitir que errara. (sujeito indeterminado)
Na oração “...havia balas, bombons, frutas e mais guloseimas...” o verbo haver, empregado na acepção
de existir, forma oração sem sujeito. O termo “balas, bombons, frutas e mais guloseimas” está funcionando
como complemento do verbo, exercendo a função sintática de objeto direto de um verbo impessoal.
Resposta: b
Dados os seguintes adjetivos: pluvial, occipital, lupino e lacustre, assinale a alternativa que apresenta as
locuções adjetivas correspondentes.
a) de chuva, de olho, de lobo e de rio, respectivamente.
b) de chuva, de nuca, de lupa e de lago, respectivamente.
c) de rio, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente.
d) de chuva, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente.
e) de rio, de olho, de lupa e de lago, respectivamente.
Os adjetivos listados são eruditos, formados a partir do radical latino, antes das transformações históricas
por que passaram na língua portuguesa. Pluvial é derivado de pluvia, vocábulo do latim que deu origem à
palavra chuva. Occipital, da mesma família de caput-capitis (=cabeça), com agregação do prefixo o-, variante
assumida pela preposição latina ob diante de palavras iniciadas pela consoante c. Lupino, de lupus, origem
de lobo. Lacustre, de lacus, origem de lago.
Resposta: d
Resolução
Questão 9▼▼
Resolução
Questão 8▼▼
Resolução
Questão 7▼▼
7Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
8Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
Observe os adjetivos nas orações abaixo e assinale a alternativa que apresenta, de acordo com a norma culta,
o superlativo sintético correspondente.
— Todos os policiais, naquele momento, tinham um dever muito amargo!
— O juiz entrou e tinha o semblante muito sério.
— Tua palavra era muito doce...
a) amaríssimo, sapientíssimo e docíssima, respectivamente.
b) amarguíssimo, severíssimo e docíssima, respectivamente.
c) amaríssimo, seríssimo e dulcílima, respectivamente.
d) amarguíssimo, seriíssimo, dulcíssima, respectivamente.
e) amaríssimo, seriíssimo e dulcíssima, respectivamente.
De acordo com os dicionários mais atualizados, os adjetivos amargo, sério e doce dão origem, cada um deles,
a duas formas de superlativos sintéticos, uma mais popular e outra mais erudita, respectivamente: amarguíssimo
e amaríssimo, seríssimo e seriíssimo, docíssima e dulcíssima. Entre os dicionários que registram esses vocábulos
podem ser citados o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e o Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua
portuguesa. O Guia de Uso do Português, da professora Maria Helena de Moura Neves, esclarece ainda que não foi
encontrada nenhuma ocorrência da forma erudita amaríssimo no corpus consultado, uma amostra de textos
brasileiros dos últimos 50 anos que já contabiliza cerca de 80 milhões de palavras.
Resposta: d e e
O Pré-Modernismo foi um movimento literário que abrangeu 20 anos no início do século passado. Uma de
suas grandes propostas era a denúncia da realidade brasileira e, fazendo-a de forma localizada, os vários proble-
mas “espalhados” pelo país poderiam ser abarcados. Destacam-se cinco escritores que tiveram participação
fundamental em tal movimento: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Augusto dos Anjos e Monteiro
Lobato. Em relação à poesia pré-modernista, é correto dizer que:
a) Foi declaradamente parnasiana não apresentando qualquer diretriz simbolista.
b) Foi caracteristicamente simbolista negando toda e qualquer tendência parnasiana.
c) Teve produção visivelmente inferior à prosa e traz em Augusto dos Anjos um de seus maiores expoentes.
d) Ainda que os grandes nomes da época realista já não exercessem nenhuma influência, não pôde desen-
volver-se autonomamente.
e) Mesmo apresentando poucos autores importantes, caracteriza-se por um grande volume de obras.
Dentre os cinco grandes autores citados, só um era poeta: Augusto dos Anjos, que se destacou em sua época
por realizar uma poesia originalíssima, tanto pela linguagem, que incorpora termos científicos, como pela morbidez
e o pessimismo dos temas. 
Resposta: c
Buscando definições, encontramos: “ECLÉTICO adj. Pertencente, relativo ao ecletismo. / — S.m. O que segue
a filosofia ou método eclético. / O que escolhe o que parece melhor em todas as manifestações do pensa-
mento.” Isto posto, assinale a alternativa que justifica a seguinte afirmação: “A literatura das duas primeiras
décadas do século XX pode ser chamada de eclética.”
a) Uma vez que amadurece as idéias que preparam o modernismo.
b) Pois convivem, na época, diversas correntes estéticas.
c) Já que há o domínio da prosa sobre a poesia.
d) Porque ainda estavam vivos os melhores poetas parnasianos.
e) Pois a poesia se volta para a situação e a problemática das diversas regiões brasileiras.
Questão 12▼▼
Resolução
Questão 11▼▼
Resolução
Questão 10▼▼
Pode-se considerar o Pré-Modernismo como um movimento eclético porque nele convivem tanto recursos
expressivos típicos do oitocentismo (o rigor formal, na poesia, e a influência do ideário realista, na prosa)
quanto elementos que seriam valorizados a partir do Modernismo de 1922, como certo prosaísmo nos temas
e na linguagem.
Resposta: b
Utilize o texto abaixo para responder os testes de 13 a 15.
Especialistas defendem linguagem da internet
Apesar do choque que este tipo de escrita utilizada pelos jovens pode causar em pais desavisados, espe-
cialistas em linguagem ouvidos pela Folha afirmam que o uso do internetês tem a mesma função das gírias,
ou seja, são termos ou novos códigos usados para definir um grupo social.
“Inventar e alterar linguagens por meio do uso é talvez a mais humana das capacidades. Convencionar
abreviações é tão antigo quanto a invenção da escrita e, posteriormente, da imprensa. Assim, nada de novo
no front, para tranqüilidade dos alarmistas que vivem prevendo o fim da civilização. O internetês é linguagem
de uma tribo grande, poderosa e em expansão”, diz Marisa Lajolo, do Instituto de Estudos da Linguagem da
Unicamp.
O professor Sérgio Nogueira — que apresenta um programa na TV sobre língua portuguesa no canal SBT
— lembra que há sempre várias formas de linguagem. “Todas são válidas, desde que no seu devido lugar. É
natural que a juventude, criativa como ela é, crie suas marcas. Cabe à escola, no entanto, ensinar a língua
padrão, que é a que essesjovens vão precisar para trabalhar ou para fazer concursos. É por isso que o profes-
sor deve conhecer essa nova linguagem”.
O internetês tem também a função de identificar quem está escrevendo do outro computador, já que, na
maioria das mensagens trocadas pela internet, não é possível visualizar o interlocutor.
“Se alguém entra num chat escrevendo certinho a gente vai logo perceber que é adulto ou que não está
acostumado”, conta a estudante Priscilla Mayrink, 14, que troca bilhetes e mensagens nessa linguagem com
as colegas Joana Dias, 15, e Cindy Nagao, 15.
O internetês, como qualquer gíria, está sempre em mutação. A única regra clara desse grupo é não se preo-
cupar em seguir a norma culta. Prova disso é que, a pedido da Folha, cinco estudantes fizeram versões para
um trecho do choro “Carinhoso”, de Pixinguinha e Braguinha. Apesar de algumas semelhanças, as “traduções”
foram bem diferentes.
(Folha de São Paulo. Caderno Cotidiano, 24 de abril de 2005. C6)
Assinale a alternativa que apresenta oração com a função sintática de aposto explicativo em sua composição.
a) “… cinco estudantes fizeram versões para um trecho do choro ‘Carinhoso’, de Pixinguinha e Braguinha.”.
b) “… conta a estudante Priscilla Mayrink, 14, que troca bilhetes com as colegas Joana Dias, 15, e Cindy Nagao, 15.”.
c) “… já que na maioria das mensagens trocadas pela internet, não é possível visualizar o interlocutor.”.
d) “O professor Sérgio Nogueira — que apresenta um programa na TV sobre língua portuguesa no canal SBT
— lembra que há sempre várias formas de linguagem.”.
e) “Assim, nada de novo no front, para tranqüilidade dos alarmistas que vivem prevendo o fim da civilização.”.
Para aceitar a alternativa d como correta, é preciso mais presumir do que interpretar com rigor. Interpretando
com rigor — ao menos dentro da nomenclatura da teoria gramatical circulante — a oração sob análise é intro-
duzida por um anafórico, o pronome relativo “que”, fato que configura uma oração subordinada adjetiva.
Essa oração desempenha função sintática, portanto, de adjunto adnominal, e não de aposto. Presume-se que,
por ter caráter explicativo, o examinador a tenha considerado equivalente ao aposto. Trata-se de uma con-
fusão entre critério sintático e semântico.
Resposta: d
Resolução
Questão 13▼▼
Resolução
9Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
A expressão internetês é exemplo claro de:
a) onomatopéia.
b) hibridismo.
c) neologismo.
d) substantivo deverbal.
e) galicismo.
A expressão “internetês” foi formada pelo processo de derivação sufixal: o sufixo “-ês” foi associado à base
“internet”. Trata-se de uma palavra nova, criada no contexto do desenvolvimento das tecnologias digitais.
Segundo o texto, “internetês” remete ao impacto da internet sobre a linguagem dos usuários dessa nova tecnolo-
gia. Trata-se, portanto, de uma forma de linguagem como português, francês, inglês, etc.
Resposta: c
De acordo com o texto, é correto afirmar que:
a) Somente adultos e pessoas que não freqüentam chats conhecem a norma culta.
b) Para trabalhar ou fazer concursos é necessário conhecer a língua padrão e não necessariamente a norma culta.
c) As gírias são estáticas, não mudam e variam de acordo com os grupos sociais característicos.
d) Os visionários acreditam que o fim das civilizações virá através das variações lingüísticas que têm sido criadas.
e) As gírias definem grupos sociais.
No primeiro parágrafo, o texto afirma que o uso do “internetês” tem a mesma função das gírias, explicitando
que “são termos ou novos códigos usados para definir um grupo social”.
Resposta: e
Resolução
Questão 15▼▼
Resolução
Questão 14▼▼
10Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
PASSAGE ONE
The capital of Bolivia’s easternmost province, Santa Cruz is prosperous and seething with frustration. It is
a centre of commercial farming, and the local headquarters for multinationals pumping natural gas out of the
country. There is nothing cruzeños want more than to export gas and soya beans. But for much of the past
two years, radical groups from Bolivia’s western highlands have done their best to prevent that. They have
blocked roads in order to force foreign investors to bow to their demands or leave. To inoculate itself against
such disruption, Santa Cruz wants to gain autonomy from the central government in La Paz.
Bolivia’s tensions stir wider worries. If regionalism becomes separatism, other Andean countries could fray.
With Hugo Chávez, Venezuela’s authoritarian president, fomenting anti-American revolution across much of
Latin America, Bolivia could be “the first domino” to fall, claimed The Wall Street Journal this month. Long
the third-biggest producer of cocaine, if the country’s shaky government loses authority, Bolivia, to some, risks
becoming an ungovernable narco-state.
Bolivia’s politicians propose to dodge disaster by reinventing the country. In August, for the first time, an
election will be held for provincial governors. Together with a referendum on provincial autonomy, for which
a date has yet to be fixed, this should placate Santa Cruz.
“Pressure builds again in Bolivia”. The Economist, April 23rd — 29th 2005, p. 38.
Please answer the following questions by selecting the alternative that best represents what is said in the passage
above:
Political interests concentrated in the Western part of Bolivia, including the city of La Paz, have taken the position
that:
a) Soya beans and natural gas should be exported from La Paz, and not from Santa Cruz.
b) Current investors in the natural gas industry should make additional concessions or give up their investments.
c) The current government of Bolivia should fall like a domino.
d) The province of Santa Cruz must secede from the rest of Bolivia.
e) Cocaine has been produced for too long.
Interesses políticos concentrados na parte Ocidental (Oeste) da Bolívia, incluindo a cidade de La Paz, assumiram a
posição de que:
b. Os atuais investidores na indústria de gás natural devem fazer concessões adicionais ou desistir de seus
investimentos.
Lê-se em: “They have blocked roads in order to force foreign investors to bow to their demands or
leave.”
Resposta: b
The worsening of Bolivia’s crisis could be the first chapter of widespread crisis in Latin America becuse:
a) The Bolivian crisis is being actively fomented by Hugo Chávez, the president of Venezuela.
b) The entire region would not have access to natural gas supplies.
c) Foreign investors will certainly decide to leave one and every country in the region.
d) Many other countries in the region will begin producing cocaine.
e) The granting of autonomy to provincial governments could be the first step towards the breakup of other
nations in the region.
Questão 17▼▼
Resolução
Questão 16▼▼
11Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
UUUNNN EEEIIINNNGGGLLL AAASSSÍÍÍLLL GGG AAA
O agravamento da crise na Bolívia poderia ser o primeiro capítulo de uma crise disseminada na América Latina porque:
e. A garantia de autonomia aos governos das províncias poderia ser o primeiro passo em direção à fragmentação
de outras nações na região. 
Lê-se em: “Bolivia’s tensions stir wider worries. If regionalism becomes separatism, other Andean
countries could fray.” 
Resposta: e
One proposal that is being contemplated as a solution to the current crisis is:
a) Rotating the seat of the central government between La Paz and Santa Cruz.
b) Blocking roads so that exports of soya beans and natural gas are reduced.
c) Giving greater autonomy to the country’s regions.
d) Converting Bolivia into a narco-state.
e) Seething Santa Cruz’s frustration.
Uma proposta que está sendo contemplada como uma solução para a atual crise é:
c. Dar maior autonomia para as regiões do país. 
Lê-se em: “Bolivia’s politicians propose to dodge disaster by reinventing the country. In August, for
the first time, an election will be held for provincial governors.Together with a referendum on
provincial autonomy, for which a date has yet to be fixed…”
Resposta: c
PASSAGE TWO
If men are to be motivated to fight with commitment, they need to be given good reasons for doing so. In
Homer, it is a mark of aristocratic status that one is able to persuade others to risk their lives. Yet Homer also
highlights the importance of discussion between leaders who meet in common council at the end of the day.
The views of one speaker need to be tempered by those of his listeners so that there is a reasoned consensus.
By the sixth century, however, speakers found themselves faced by the much more demanding audiences of
the citizen assemblies, raucous, volatile and much less ready to defer to aristocratic status. New demands on
speakers forced the Greeks to think about the nature of rhetorike, rhetoric, itself, and to exploit it effectively
before audiences. Was it even to be seen as a skill that could be taught? Yes, said the rhetorician Gorgias, who
arrived in Athens in 427 from his native city, Leontini, in Sicily. Gorgias had learned his skills negotiating property
disputes and had come to Athens to plead for the city to support Leontini against its neighbour Syracuse. He
was unashamedly a performer — he would stride into the Athenian theatre, call out “Give me a theme” and
then declaim on it without hesitation — but he gave younger citizens starting their political careers in the
assembly the confidence that the art of good speaking could be learned.
Yet Gorgias’ success highlighted the tension which lay at the core of rhetoric. The effectiveness of speech
seemed to depend as much on the emotional power of the speaker, his learned skills and oratorical devices,
as on the quality, in rational terms, of its argument. In the activities of the Athenian assembly, for example,
during the tense days of the Peloponnesian War between Athens and Sparta (431-404 B.C.), the citizens, swayed
by powerful speeches, decided one day in 427 that all the men of the island of Mytilene, captured after a
revolt, should be executed. When tempers had cooled the next day, they realized that so harsh a decision
might rebound against them and they reversed it.
Freeman, C. The Closing of the Western Mind. Vintage Books, New York, 2005, p. 26-27.
Please answer the following questions by selecting the alternative that best represents what is said in the passage
above:
The main lesson taught by Gorgias, one of the early rhetoricians, was that persuading others:
a) Depended mostly on the power of aristocrats over the common people.
b) Required waiting for the day after the discussion, because by then tempers would not be as hot.
Questão 19▼▼
Resolução
Questão 18▼▼
Resolução
12Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
c) Mytilenian citizens should not have been executed.
d) Leontini’s interests were equal to those of Syracuse.
e) Could be done just with the skilled use of oratory.
A principal lição ensinada por Gorgias, um dos primeiros retóricos, era que persuadir outros:
Onde se lê: com o uso habilidoso da oratória.
Lê-se a partir da linha 9 do 1º- parágrafo: Gorgias had learned… the art of good speaking could be
learned.
Resposta: e
According to Homer, the ability to commit other individuals to fight could be strengthened:
a) With the effective use of aristocratic power.
b) By resorting to impassioned oratory.
c) In daily meetings between the leaders and the other individuals.
d) By having Mytilenian citizens executed.
e) With the appropriate use of rhetoric before audiences.
De acordo com Homero, a habilidade de envolver outros indivíduos a lutar poderia ser reforçada:
Onde se lê: com o uso eficaz do poder aristocrático.
Lê-se na 1ª- linha do 1º- parágrafo: In Homer, it is mark of aristocratic status that one is able to persuade
others to risk their lives.
Resposta: a
The text indicates that, after considering Gorgias’ contribution, rhetoric’s effectiveness seems to depend on:
a) Daily meetings, oratorical skills, and absence of shame.
b) Oratorical skills, cool tempers, and aristocratic power.
c) Aristocratic power, the determination to execute prisoners, and the speaker’s emotional power.
d) The speaker’s emotional power, the merits of his arguments, and oratorical skills.
e) The merits of the speaker’s arguments, his aristocratic status, and his temper.
O texto indica que, depois de considerar a retórica de Gorgias, a eficácia da retórica parece depender da:
Onde se lê: o poder emocional do orador, os méritos dos seus argumentos e do seu temperamento.
Lê-se a partir da 1ª- linha do 2º- parágrafo: The effectiveness of a speech... rational terms of his argument.
Resposta: d
In the end, the captured Mytilenian citizens were not executed in 427 B.C. thanks to:
a) A timely oratorical intervention by Gorgias.
b) The tension caused by the war between Leontini and Syracuse.
c) The ultimate prevailing to rational argument.
d) The imposition of aristocratic power over the audience.
e) The suspension of a volatile audience’s demands.
Questão 22▼▼
Resolução
Questão 21▼▼
Resolução
Questão 20▼▼
Resolução
13Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
No final os cidadãos capturados de Mytelene não foram executados em 427 a.C. graças a:
Onde se lê: prevalência posterior do argumento racional.
Lê-se na penúltima linha do texto: …they realized that so harsh decision… they reversed it.
Resposta: c
PASSAGE THREE
The classic telltale sign of inflation comes when more people are employed, and have more money to spend. So
the job report means Wall Street’s hopes that the Federal Reserve will soon pause in raising interest rates are
probably kaput.
“The only dark cloud to this number is that now the Fed has no reason whatsoever to stop raising rates,” said
Barry Ritholtz, chief market strategist with Maxim Group, a New York-based money management firm.
The Treasury bond market reacted accordingly. Bond prices sank, sending the yield on the benchmark 10-years
Treasury up to 4.26 percent, from 4.16 percent Thursday, as investors bet rates would keep heading higher still.
Bond prices and yields move in opposite directions.
Bond yields and other rates typically rise when the economy is strong and fall during periods of sluggishness.
Several economists said the April job report is a sign that the first-quarter soft patch may have been a blip
induced largely by record high oil prices. And with oil prices falling in recent weeks, that’s a good sign for the
economy.
“The Fed has assumed that the weakness in the first quarter was temporary. This confirms that,” said Steven
Wieting, senior economist with Citigroup Global Markets. “The reasonable view was you don’t have a one-third
rise in energy prices without consequences.”
La Monica, P. R. “Fed won’t hit the pause button:
Strong job report makes it much less likely the Fed will
stop raising rates anytime soon.” www.cnn.com, 6 de maio de 2005.
Please answer the following questions by selecting the alternative that best represents what is said in the passage
above:
The presumed relationship between interest rates and the strength of the economy is:
a) Interest rates tend to rise when the economy declines.
b) Interest rates tend to fall when oil prices rise.
c) None whatsoever.
d) Interest rates tend to rise when the economy grows.
e) There is no clear relationship when the economy’s weakness is temporary.
“A suposta relação entre taxas de juros e a forção da economia é:”
d. Taxas de juros tendem a subir quando a economia cresce.
Lê-se a resposta no 4º parágrafo do texto.
Resposta: d
The increase in oil prices recently had an impact on interest rates only because:
a) When bond prices rise, their yields also rise.
b) The job market, as another source of inflation, was temporarily weak.
c) Inflation is under control in the United States.
d) Investors are betting that interest rates willincrease.
e) Investors do not have a reasonable view of the economy’s future.
Questão 24▼▼
Resolução
Questão 23▼▼
Resolução
14Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
“O aumento no preço do petróleo recentemente teve um impacto nas taxas de juros apenas porque:”
b. O mercado de trabalho, como outra fonte de inflação, esteve temporariamente fraco.
Infere-se a resposta a partir da leitura do 5º- e do 6º- parágrafos.
Resposta: b
The April job report indicates that:
a) The economy has become stronger.
b) Interest rates have fallen.
c) Oil prices have risen.
d) The Fed will reduce interest rates.
e) The Fed had assumed that the economic situation in the January-March period was very good.
“O relatório de emprego de abril indica que:”
a. economia se fortaleceu.
Infere-se a resposta a partir da leitura total do texto.
Resposta: a
Resolução
Questão 25▼▼
Resolução
15Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
16Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
A história do povo judeu envolve acontecimentos históricos e bíblicos de grande importância para o mundo
atual. A cidade de Jerusalém, considerada sagrada para três religiões, é disputada como capital por israelen-
ses e palestinos. O Muro das Lamentações, próximo da Mesquita de Al Aqsa, é ponto de peregrinação dos
judeus porque se acredita que seja remanescente de um importante monumento:
a) As muralhas de Jericó, que protegiam a cidade de Jerusalém, destruídas na guerra contra os filisteus no
século IV a.C.
b) O palácio do Rei Davi, construído no século IX a.C. no processo de unificação de Israel.
c) O Monte Sinai, local onde Moisés teria recebido as tábuas da lei, segundo a Bíblia.
d) O complexo do Templo de Jerusalém, construído por Salomão no século X a.C. e reconstruído nos séculos
VI a.C. e I a.C.
e) As muralhas da fortaleza de Massada, o último foco de resistência dos hebreus contra os romanos no sécu-
lo XII a.C.
No reinado de Salomão (961-922 a.C.), o reino hebreu atingiu um período de prosperidade. Graças aos seus
recursos, foi construído o templo de Javé, em Jerusalém. No entanto, com a expansão dos caldeus (neobabilônios),
o templo foi destruído, e os hebreus foram conduzidos para o chamado Cativeiro da Babilônia. Depois de libertos,
voltaram a ser dominados e no reinado Selêucida obtiveram novamente autonomia, com a revolta dos macabeus.
Mas foi uma libertação temporária, porque em 63 a.C. a Judéia seria conquistada pelos romanos. 
O Muro das Lamentações foi o que restou do templo e tornou-se ponto de peregrinações dos judeus.
Resposta: d
“Aos gritos de Deus o deseja os participantes do Concílio de Clermont, em 1095, aclamaram a realização de uma
campanha pela reconquista dos lugares santos, em poder daqueles que consideravam infiéis. Levariam no peito
uma cruz vermelha — o rito foi decidido ali mesmo. O papa Urbano II conseguiu iniciar, naquele momento, uma
mobilização que uniria a nobreza em prol de uma missão comum, em vez de continuar guerreando entre si.”
HEERS, Jacques. O fundamentalismo dos cristãos. In História Viva. Ano II, n. 15, p. 18, 2004.
Após o pronunciamento do papa Urbano II, no Concílio de Clermont em 1095, a cristandade ocidental do século
XI se uniu e realizou as Cruzadas:
a) que, além da motivação religiosa, exportavam para fora das fronteiras da cristandade ocidental duas fontes de
tensões sociais: as camadas empobrecidas e marginalizadas que podiam envolver-se em revoltas populares e he-
resias, e os representantes da pequena nobreza, que, desprovidos de terras, viviam da pilhagem a senhorios e
do assalto a camponeses.
b) que eram verdadeiras peregrinações armadas e procuravam conquistar pela força das armas os lugares deseja-
dos pela fé. Entre os embates mais importantes, estão as reconquistas da Espanha, de Roma e de Jerusalém que
se encontravam em poder dos mulçumanos.
c) que foram uma grande fonte de inspiração imaginativa e levaram o homem medieval a criar lugares fantásti-
cos, na maioria das vezes situados no Oriente, e personagens heróicos como foi o caso de Dom Sebastião que,
sumido no deserto, teria combatido os mulçumanos, chegando a conquistar a Terra Santa.
d) que, em 1212, viveram um momento decisivo, a cruzada das crianças, movimento comandado por um jovem pas-
tor chamado Estevão, que reuniu um exército de 30.000 crianças francesas e saiu de Marselha rumo à Terra Santa.
O resultado foi o pavor do mundo mulçumano que diante de tamanha demonstração de fanatismo religioso,
abandonou Jerusalém.
e) que usaram da aparente religiosidade vivida pelo homem medieval para esconder as suas verdadeiras intenções:
o desejo de controlar as rotas do comércio com o Ocidente, de conquistar terras e riquezas e fortalecer o poder
dos senhores feudais.
Questão 27▼▼
Resolução
Questão 26▼▼
EEECCCOOONNNHHH IIICCC MMM NNNEEE OOOSSSTTT RRREEEGGG AAASSSIII
O movimento cruzadista (séc. XI-XIII) foi motivado por diversos interesses. No âmbito religioso, centrava-se na luta
contra os infiéis e na reunificação da cristandade, com o objetivo de reintegrar a Igreja Ortodoxa. No aspecto social
e econômico, as Cruzadas possibilitariam a conquista de terras e a organização de novos feudos, solucionando as
tensões sociais do período, resultantes do crescimento populacional e marcadas pelas revoltas de camadas popula-
res marginalizadas e pela pequena nobreza desprovida de terras.
Além disso, os comerciantes, principalmente de Gênova, viam nas cruzadas a possibilidade de desenvolvimento das
atividades comerciais com a reabertura do Mar Mediterrâneo para os cristãos.
Resposta: a
Em 1519, uma expedição espanhola rumou em direção ao Império Asteca na região do atual México. Em 1521,
Tenochtitlan, a principal cidade asteca, caiu sob o domínio dos conquistadores. Vários fatores são apontados
para explicar a rápida conquista pelos espanhóis, dentre eles, podemos destacar:
a) Com os espanhóis em flagrante inferioridade numérica, Fernão Cortez fez um acordo com Atahualpa. Após a
morte de Cortez, Atahualpa foi atacado e morto por tropas espanholas que dominaram a cidade de Tenochtitlan.
b) Após a derrota da expedição de Fernão Cortez, a Espanha enviou um contingente maior de soldados fortemente
armados, liderados por Francisco Pizarro, que derrotou Montezuma e tomou a cidade de Tenochtitlan.
c) O espanto dos astecas com as armas-de-fogo espanholas e a identificação feita por Montezuma da figura de
Fernão Cortez como sendo a divindade chamada de Quetzalcoatl, cujo retorno era aguardado pelos astecas.
d) Francisco Pizarro tomou de assalto a cidade de Tenochtitlan com armas-de-fogo e cavalos, que eram totalmente
desconhecidos dos astecas, agindo de forma rápida e surpreendente.
e) Os espanhóis aproveitaram-se das rivalidades entre maias e incas e semearam discórdias políticas, além de
disseminarem doenças européias desconhecidas na América, responsáveis pela dizimação de boa parte da
população.
Além da superioridade de suas armas de fogo, a expedição conquistadora de Fernão Cortez teve a seu favor a
postura passiva e cordial do imperador Montezuma, que identificou a chegada dos “pálidos e barbados” espanhóis
como a chegada da corte do deus Quetzalcoatl — “a serpente emplumada” — que, segundo a lenda, voltaria do
mar para viver entre os astecas. Montezuma guiou a expedição até Tenochtitlán, a capital do império — onde se
iniciaram os massacres e pilhagens que marcaram a conquista do México.
Resposta: c
“O Príncipe” de Maquiavel tornou-se um dos livros mais famosos e controvertidos do mundo. Clássico da política,
a obra também é fruto da observação de Maquiavel sobre a Itália e a Europa de seu tempo. Sobre o contexto his-
tórico da Itália e Europa no qual foi escrito “O Príncipe”, podemos dizer que:
a) A Itália enfrentava um processo de reunificação que terminaria com a ascensão do rei Vitório Emanuel, enquan-
to as principais monarquias européias enfrentavam o avanço de Napoleão Bonaparte.
b)A Itália e os principais países europeus, como França e Espanha, enfrentavam um processo de unificação que re-
sultaria em monarquias governadas sob o regime do despotismo esclarecido.
c) A Itália estava dividida em pequenos principados, governados por regimes absolutistas. Enquanto Espanha e
Inglaterra eram governadas por monarquias parlamentares, a França enfrentava uma revolução que pôs fim à
monarquia.
d) A Itália era composta de pequenos principados e repúblicas em que vigoravam diferentes regimes políticos, en-
quanto a Espanha e França enfrentavam um processo de unificação que resultaria no século XVIII em monar-
quias centralizadas.
e) Enquanto a Itália constituía-se em um mosaico de estados, submetidos aos mais diversos regimes políticos,
algumas nações, como a Espanha, eram estados unificados governados por monarquias absolutistas.
Questão 29▼▼
Resolução
Questão 28▼▼
Resolução
17Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
A obra “O Príncipe” foi escrita no início da Idade Moderna, período de formação e consolidação na Europa de
várias monarquias nacionais centralizadas (Espanha e França, por exemplo). A Itália, naquele momento, ainda era
composta por vários estados independentes, com formas de governo diversas. Maquiavel escreveu sua obra a
partir da observação desse panorama e passou a ser considerado o ideólogo de uma Itália unificada e de um
projeto político absolutista.
Resposta: e
“A Arquitetura monumental das igrejas altera as percepções convencionais de espaço, luz e sombra e manipula
a orientação urbana monopolizando os relevos, controlando as perspectivas e presidindo as praças. As imagens
nos templos se movem, assumindo seu misterioso esplendor quando conduzidas nos palanquins das procissões.
É nas festas e celebrações, portanto, que o Barroco realiza plenamente sua mágica aglutinadora. Então toda a
cidade se move.”
SEVCENKO, Nicolau. Barroco: a arte da fantasia. In: ARAUJO, Emanoel.
O Universo Mágico do Barroco Brasileiro. São Paulo: Senai, 1998, p. 43.
O Barroco brasileiro caracterizou-se:
a) pela arquitetura inspirada no barroco espanhol e trazida pelos holandeses durante o período da união das
coroas ibéricas (1580-1640). Momento da força e da riqueza de Vila Rica (atual Ouro Preto).
b) pela imaginação, contrapondo-se à cultura renascentista centrada no intelecto. Momento marcado pelo início
da extração de uma das maiores reservas de ouro e diamantes encontradas no Brasil.
c) pela dor das guerras vividas entre bandeirantes e índios e pela vida difícil dos negros escravos. Momento das
aspirações de liberdade dos inconfidentes mineiros e dos sonhos iluministas levados para o interior das igrejas.
d) pela exigência de uma elite ilustrada portuguesa que desejava diferenciar-se da massa de escravos e pobres
que perambulavam pelas ruas de Ouro Preto. Momento em que as festas religiosas eram proibidas às cama-
das sociais inferiores.
e) pelo desaparecimento misterioso da figura mística do Preste João, na luta contra o inimigo infiel. Momento em
que a perda da autonomia portuguesa é representada pelas imagens religiosas que imploram a volta do rei.
No final do século XVII, os bandeirantes paulistas descobriram a região mineradora. Tal fato repercutiu profunda-
mente na Colônia e em Portugal.
Em um curto período de tempo, houve uma ocupação do território da minas que fez nascer uma sociedade urbana
que, para os padrões coloniais, era bastante diversificada.
Foi nesse universo que floresceu o Barroco brasileiro, sobretudo na construção de várias igrejas.
Como o próprio texto apresentado pela questão sugere, o Barroco contrapõe-se a uma cultura centrada no inte-
lecto, propondo o estímulo às percepções sensoriais. Sendo assim, manipula a orientação, controla as perspectivas
e cria a impressão de que a própria cidade se move.
Resposta: b
“A guerra representou uma confissão de que o sistema político falhou, esgotou os seus recursos sem encontrar
uma solução. Foi uma prova de que, mesmo numa das democracias mais antigas, houve uma época em que
somente a guerra podia superar os antagonismos políticos.”
EISENBERG, Peter Louis. Guerra civil americana. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 07. (Coleção Tudo é História, 40)
A guerra civil americana mostrou ao mundo um palco complexo de relações políticas econômicas e sociais:
a) que só terminou com a eleição de Abraham Lincoln que dizia “uma casa dividida contra si mesma não sub-
sistirá”. Foi por suas mãos que o norte e o sul se uniram dando fim à escravidão e criando o Homestead Act,
lei que garantia a posse da terra a quem nela produzisse por cinco anos consecutivos. Esse foi o caminho
encontrado pelo presidente para que o oeste americano fosse colonizado.
Questão 31▼▼
Resolução
Questão 30▼▼
Resolução
18Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
b) que acabou por dividir os EUA em duas forças: o norte, sob o comando do democrata Abraham Lincoln, e
o sul como uma nova nação, os Estados Confederados da América (ECA) nas mãos do republicano Jefferson
Davis. Yankees e confederados enfrentam-se pela primeira vez no Forte Sumter. Essa batalha foi o início da
guerra e o fim das possibilidades de diálogo entre a burguesia nortista e a nobreza sulista.
c) que levou os EUA a uma guerra de grande proporções iniciada pelo ataque yankee ao Forte Sumter que foi
bombardeado e destruído completamente. Esse forte era o local onde os carolinianos mantinham a sede
dos Estados Confederados da América (ECA). O final da guerra trouxe a vitória do norte e um saldo estar-
recedor, 618.000 americanos combatentes morreram nos dois lados.
d) que eram percebidas não apenas nas questões escravistas, mas também nas questões econômicas, como por
exemplo, a tarifa sobre as importações. O sul defendia um baixo imposto para as manufaturas importadas,
enquanto o norte defendia um imposto alto o bastante para oferecer alguma proteção contra a concor-
rência de matérias-primas e manufaturas importadas. Essas dificuldades só foram resolvidas depois da guer-
ra de secessão.
e) que levou, em 1861, à criação de uma nova nação, os Estados Confederados do Sul (ECA), com uma constitui-
ção que dava plenas garantias à manutenção da escravidão, que defendia a exportação sulista, assim como
o alto imposto das manufaturas importadas e criava uma moeda nacional, o dólar. Nesse mesmo momento,
um novo presidente foi eleito pela constituinte ocorrida no Alabama, o republicano Jefferson Davis.
No século XIX, as marcas dos modelos econômicos diferenciados entre o norte e o sul dos EUA levaram à
eclosão da Guerra de Secessão. O modelo sulista, exportador de matérias-primas e calcado na mão-de-obra es-
crava, acabou se chocando com os interesses econômicos do Norte, que ambicionava medidas protecionistas
e o desenvolvimento da produção industrial.
Resposta: d
“Tão logo a avenida se concretiza, seu sentido original é deixado de lado. De eixo de ligação ela passa a funcionar
como exemplo de civilização. A via tornou-se aspecto central do plano da elite republicana para a modernização
da sociedade brasileira. Era preciso dotar a capital federal de uma nova composição espacial, urbana e arquitetôni-
ca, que a organizasse física e simbolicamente.”
RICCI, Cláudia Thurler. O endereço da civilização. In: Nossa História, Ano 2, n. 17, pp. 44-45, 2005.
A Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, inaugurada há cem anos nasceu como símbo-
lo da modernidade e expressa um período em que:
a) duas revoltas importantes ocorreram nas ruas do Rio de Janeiro, a Revolta da Vacina e a Revolta dos 18 do For-
te, ambas questionando a política do novo governo republicano que excluía o povo de decisões relevantes
sobre o seu cotidiano e da participação ativa nos rumos do país.
b) o Brasil, governado pelo novo regime republicano, na figura de Rodrigues Alves, acreditava estar construindo ali
uma vitrine de inovações, um palco para uma sociedade civilizada,ou seja, um projeto de nação moderna, sanea-
da e pronta para consolidar a imagem do triunfante regime que venceu o seu passado imperial.
c) a burguesia, representada pela literatura de Olavo Bilac, Machado de Assis e Lima Barreto, tecia muitas críticas
a essas mudanças que punham abaixo a tradição burguesa dos casarões coloniais e não levavam em conta os
desejos econômicos dessa camada social presa ainda ao velho governo imperial.
d) os barões do café pouco se interessavam pelas novas medidas governamentais, uma vez que seu interesse residia
exclusivamente na cidade de São Paulo, para onde os investimentos estrangeiros se encaminhavam e eram dire-
cionados para a construção de outras avenidas, como a Paulista que ficaria pronta em 1904.
e) a população era constantemente consultada sobre os novos caminhos das reformulações arquitetônicas e compor-
tamentais sofridas pela capital do país. Entre essas mudanças podemos destacar a construção de largas avenidas,
sob a batuta do prefeito do Rio de Janeiro Pereira Passos, e a proibição de criar porcos no perímetro urbano.
Pouco mais de uma década depois da instituição do regime republicano, no governo do presidente Rodrigues
Alves (1902/1906), as elites políticas do País pareciam entender que era urgente formar a capital federal — a
cidade do Rio de Janeiro — o reflexo material da imagem de modernidade e civilização que associavam ao novo
regime.
Resolução
Questão 32▼▼
Resolução
19Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
Esse intento traduziu-se na ampla campanha sanitária capitaneada por Oswaldo Cruz contra as várias epidemias
que assolavam a cidade e o projeto de reforma urbana, sob a direção do prefeito-engenheiro Pereira Passos, que
incluiu a abertura da avenida Central (futura Rio Branco).
Resposta: b
A Guerra do Contestado foi:
a) Um conflito entre o Brasil e a Bolívia pela posse da região fronteiriça do Acre, rica em minérios. O conflito,
que envolvia seringueiros e mineradores, terminou em 1914, com a assinatura do acordo de Rio Branco que
anexou o Acre e garantiu para a Bolívia uma saída para o mar.
b) Uma revolta religiosa ocorrida no estado do Paraná no início do século XX. Camponeses pobres foram lide-
rados pelo beato Antonio Conselheiro que pregava o fim da república e a volta do rei Dom Sebastião. A
revolta foi esmagada pelo governo republicano com mão-de-ferro.
c) Um conflito de cunho messiânico ocorrido no sertão nordestino sob a liderança do Padre Cícero Romão Ba-
tista em 1911. Os líderes locais, apoiados pelo padre Cícero, contestaram as ordens do presidente Hermes
da Fonseca que tentava impor um interventor no estado do Ceará.
d) Um conflito entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul pela área de fronteira, rica em erva-mate
e madeira. Após algumas ações armadas entre os dois estados, o litígio foi resolvido com a intervenção de
tropas enviadas pelo governo de Floriano Peixoto.
e) Uma revolta de cunho messiânico-milenarista ocorrida em uma área de litígio entre os estados do Paraná e
Santa Catarina, entre 1912 e 1916. O conflito envolveu sertanejos pobres liderados inicialmente pelo “mon-
ge” José Maria e tropas do exército.
A Guerra do Contestado envolveu, de um lado, sertanejos pobres, vítimas da exploração dos “coronéis” locais
e de empresas estrangeiras — a Brazil Railway e a Southern Brazil Lumber and Colonization Company; do
outro lado, tropas do Exército, das polícias militares catarinense e paranaense, milicianos do Corpo de Segu-
rança da Lumber Company e jagunços contratados pelos fazendeiros e pelas autoridades federais e estaduais.
O resultado da guerra foi o massacre de milhares de sertanejos, a consolidação dos interesses das companhias
estrangeiras e dos “coronéis” do mate e a assinatura de um acordo dividindo o Contestado entre o Paraná e
Santa Catarina.
Vale lembrar que não foram apenas o sentimento religioso e a pobreza que ocasionaram a revolta dos serta-
nejos. Contribuíram também, e muito, as manobras políticas de “coronéis” e de autoridades paranaenses e
catarinenses, que estimularam a rebelião. Os fazendeiros pretendiam enfraquecer seus adversários políticos, e
as autoridades tentavam fortalecer a posição de seus respectivos estados na disputa pela posse do Contestado.
Resposta: e
A cidade de São Paulo caracterizou-se ao longo do século XX pela crescente verticalização, marcada pela presença
maciça de altos edifícios à semelhança das cidades norte-americanas. Sobre o início desse processo, podemos afir-
mar que:
a) Os edifícios Sampaio Moreira e Martinelli foram os primeiros a atingir a altura de, respectivamente, 14 e 25
pavimentos na década de 20. Em 1929, o Código Arthur Saboya introduziu um zoneamento tornando com-
pulsória a construção de edifícios de mais de três andares na zona central de São Paulo.
b) O primeiro arranha-céu de São Paulo foi o edifício Itália, construído na década de 50, quando a cidade co-
meçou a verticalizar-se. Nesse período, foi promulgado o primeiro plano-diretor municipal, definindo o ta-
manho dos edifícios na área central da cidade.
c) O edifício Martinelli, construído em 1920, foi o primeiro grande edifício da cidade de São Paulo. A industria-
lização e o comércio de café foram os responsáveis pela construção de vários prédios com mais de 30 pavi-
mentos no início da década de 20, autorizados pelo Código de Posturas de 1922.
Questão 34▼▼
Resolução
Questão 33▼▼
20Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
d) A verticalização da cidade de São Paulo teve início na década de 40, com a construção dos edifícios Itália e
Altino Arantes (prédio do Banespa). A promulgação de um código de obras favorável à construção de altos
edifícios no final da década de 30 incentivou o mercado imobiliário.
e) O processo de verticalização da cidade de São Paulo teve o seu início no final do século XIX na região cen-
tral e espalhou-se pelos bairros adjacentes como Brás, Lapa e Ipiranga. Além de prédios comerciais, o uso
dessas áreas para a construção de residências foi bastante explorado pelo mercado imobiliário.
Desde o início do século XX, a cidade de São Paulo apresentou um rápido crescimento populacional, que
resultou na proliferação de cortiços. O Código de Obras Arthur Saboya, de 1929 (Lei nº- 3.427 — revisado e
consolidado pelo Ato nº- 663, de 10 de agosto de 1934), foi uma das tentativas de organizar a expansão urbana
da cidade. Ele introduziu o conceito de zoneamento, organizou a construção de vilas operárias e normatizou a
construção de edifícios de vários pavimentos na área central da cidade. Permaneceu vigente até 1972, quando
foi aprovada a Lei do Zoneamento da Cidade de São Paulo. 
Resposta: a
Em julho de 1944, desembarcava, na Itália, o 1º- Escalão da FEB, composto de 5 mil soldados, iniciando a parti-
cipação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Sobre essa participação, podemos afirmar que:
a) O Brasil declarou guerra ao Eixo em agosto de 1942 e constituiu a FEB em 1943, mesmo ano em que os alia-
dos invadiram a Itália. Enviou, no total, cerca de 25 mil homens que auxiliaram o V Exército norte-america-
no no combate em território italiano.
b) O Brasil declarou guerra ao Eixo em 1944, após o afundamento de navios e submarinos brasileiros promo-
vido pelos alemães. A FEB foi constituída no mesmo ano e enviada para combater o exército italiano, servin-
do como força de apoio em terra ao Comando Aéreo norte-americano.
c) A entrada do Brasil na guerra foi forçada pelos Estados Unidos que tentavam evitar o apoio de Getúlio Var-
gas ao Eixo. A FEB, constituída em 1945, foi enviada imediatamente para a frente de batalha na Itália, ser-
vindo como força de ocupação nas áreas libertadas pelos norte-americanos.
d) Apesar da simpatia de Getúlio Vargas ao regime nazista, o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados devido
ao afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães em 1942. Apesar de constituída ainda em 1942,
a FEB só foienviada em 1944 e não entrou em combate direto.
e) O Brasil declarou guerra ao Eixo em 1942, após pedido do presidente Franklin Roosevelt a Getúlio Vargas.
Enviou 5 mil homens para a frente italiana e um pequeno contingente para a frente francesa como força
de apoio ao exército norte-americano.
Ao longo da década de 1930, o governo de Getúlio Vargas manteve uma “eqüidistância pragmática” entre os
Estados Unidos e a Alemanha nazista, procurando obter algumas vantagens para o Brasil naquele ambiente
conturbado.
Quando a Segunda Guerra eclodiu, em setembro de 1939, o governo brasileiro posicionou-se de forma neutra.
Porém, em dezembro de 1941, com o ataque a Pearl Harbor, os EUA declararam guerra ao Eixo. Em janeiro de
1942, o governo de Vargas, seguindo a orientação norte-americana, rompeu relações com os países do Eixo.
Ao longo do primeiro semestre daquele ano, submarinos alemães atacaram navios brasileiros. Pressionado
pela forte reação popular, Getúlio declarou guerra ao Eixo, em agosto de 1942.
Na seqüência, foi criada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que organizou a nossa participação no con-
flito, lutando ao lado dos norte-americanos em solo italiano a parir de 1944.
Resposta: a
Resolução
Questão 35▼▼
Resolução
21Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
22Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
O cardeal Joseph Ratzinger, eleito Papa Bento XVI, chefiou a Congregação para a Doutrina da Fé (herdeira do Tri-
bunal do Santo Ofício) por mais de duas décadas. No exercício de seu cargo, foi o responsável pela punição ao frei
Leonardo Boff, condenado ao “silêncio obsequioso” por suas idéias. O movimento do qual fazia parte o frei
Leonardo Boff e que foi perseguido por Ratzinger e pelo Papa João Paulo II foi conhecido como:
a) A Teologia da Pobreza, desenvolvida por teólogos do terceiro mundo durante os anos 60, derivada do conceito
de opção preferencial da igreja pelos pobres.
b) A Teologia da Libertação, surgida na América Latina a partir das discussões das Conferências Episcopais de
Medellin e Puebla nos anos 60 e 70.
c) A Renovação Carismática que, surgida nos anos 80, teve seu auge no Brasil com o uso de métodos considerados
semelhantes aos evangélicos pentecostalistas.
d) A organização religiosa Opus Dei, grupo que defende uma visão dogmática e ortodoxa da igreja católica e que
se insurgiu contra a autoridade papal em 1980.
e) O movimento da Cúria romana que tentou descentralizar o poder papal, em prol do colégio cardinalício, a par-
tir do Concílio Vaticano II nos anos 60.
Em meio ao crescimento das esquerdas na América Latina, uma ala progressista da Igreja Católica voltou-se para as
questões sociais. Nascia assim a Teologia da Libertação, posicionando-se a favor dos pobres em seus conflitos com
as elites latino-americanas.
Resposta: b
O polêmico projeto de transposição das águas do Rio São Francisco é antigo e foi retomado pelo governo do pre-
sidente Luís Inácio Lula da Silva, que deseja vê-lo realizado durante a sua gestão. Sobre o projeto e as caracte-
rísticas do rio São Francisco, podemos dizer que:
a) O projeto de transposição é visto como a resolução para a seca na região nordeste. O rio, que nasce na
Bahia e deságua em Sergipe, seria desviado em direção ao Piauí e Maranhão através de estações de bom-
beamento e serviria para abastecer açudes e rios.
b) O rio São Francisco, conhecido historicamente como o rio da integração nacional, atravessa todos os esta-
dos nordestinos. O projeto, tornaria o rio navegável em toda a sua extensão, através do sistema de eclusas,
permitindo a integração econômica dos estados cortados por ele.
c) O rio São Francisco nasce em Minas Gerais e desemboca no Oceano Atlântico entre os estados de Sergipe e
Alagoas. O projeto de transposição consiste basicamente em desviar parte de suas águas por dois eixos,
para tornar permanentes açudes e rios do semi-árido nordestino.
d) O rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e atravessa todos os estados nordestinos, seria usado para
irrigar áreas do semi-árido de regiões como o norte de Minas Gerais e o polígono da seca nos estados do
Ceará, Pernambuco e Sergipe. O projeto prevê a construção de aquedutos para desviar as águas do rio.
e) O projeto de transposição pretende usar o rio, que corta todo o nordeste no sentido leste-oeste, para
resolver o problema da seca na região do semi-árido. Consiste basicamente na construção de afluentes no
sentido norte-sul para irrigar as áreas não banhadas pelo rio.
O rio São Francisco nasce na serra da Canastra, em Minas Gerais, e segue rumo norte. Após atravessar o sertão
da Bahia, direciona-se para o leste, passando pelo estado de Pernambuco e servindo como fronteira entre
Alagoas e Sergipe, até desaguar no oceano Atlântico. O projeto de transposição visa a bombear as águas do
médio curso do rio para dois eixos: um (deles) voltado para o Ceará/Rio Grande do Norte, e o outro para
Pernambuco/Paraíba. A intenção é tornar permanentes rios temporários que abastecem açudes nessa região. 
Resposta: c
Resolução
Questão 37▼▼
Resolução
Questão 36▼▼
A cada um ano e meio, cai um presidente na América do Sul. Essa marca é registrada entre 1989 e 2005, em
sete dos dez países sul-americanos. Os dados são do Centro de Estudos União para a Nova Maioria e do Instituto
de Planejamento Estratégico (IPE), divulgados no dia 21 de abril de 2005. Sobre esse período, sabemos que:
a) apesar de o Chile, o Uruguai e o Peru passarem por momentos de instabilidade no período de redemocra-
tização (1989-1997), e mesmo por crises econômicas, seus presidentes concluíram os mandatos.
b) em 1989, o presidente De La Rúa, da Argentina, depois de ter governado durante 66 meses, entregou o
cargo seis meses antes do final do mandato. Sua renúncia deu-se em meio a uma escalada de hiperinflação,
que gerou conflito nas ruas, deixando 14 mortos e vários feridos.
c) em 2004, o presidente Lucio Gutiérrez, da Venezuela, renunciou após 27 meses de gestão. Só na Venezuela,
país rico em petróleo, mas com altos índices de pobreza, foram sete presidentes em nove anos.
d) em 2003, o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, da Colômbia, renunciou após 14 meses de gestão. Ele
saiu em meio a um caos que deixou 70 mortos no país, era o seu segundo mandato, depois de um período
de ausência do país.
e) em 1999, o presidente Raúl Cubas Grau do Paraguai, então aliado do general Lino Oviedo, foi obrigado a
interromper a gestão, em meio a uma crise institucional, que deixou mortos e feridos.
Em relação à forte instabilidade política que a América do Sul tem vivido nos últimos anos, a alternativa e é a única
que retrata de forma correta a realidade. Em 1999, o presidente paraguaio Raul Cubas Grau, ignorando decisões
judiciais contrárias ao general Lino Oviedo, seu aliado político, agravou a instabilidade política do país. Disso de-
correu uma crise institucional que culminou com a interrupção da gestão de Grau: ele renunciou e fugiu para o
Brasil. 
Resposta: e
Nos últimos meses, jornais e revistas de vários países têm colocado em questão o racismo dentro dos estádios
de futebol. O preconceito contra jogadores negros não é uma questão nova, ela vem de longa data, porém
os meios tecnológicos e a globalização nos deixaram hoje mais próximos dessa discussão. Sobre esse tema, é
correto afirmar:
a) que o Brasil, ao longo de sua história, nunca viveu cenas de racismo no âmbito futebolístico, o que explica
o atual assombro com os recentes acontecimentos entre os jogadores Grafite, do São Paulo, e Desabato, do
Quilmes, ou mesmo com as agressões sofridas por Roberto Carlos no campeonato espanhol.
b) que existem grupos racista e fascista misturados às torcidas organizadas somente dos times pertencentes a
países que tiveram governo fascista, tais como Itália, Alemanha, Espanha e Suécia, e que estes reproduzem,
no campo as suas teorias raciais segundo as quais a raça pura ariana demonstrasuperioridade sobre as
demais raças.
c) que o início do futebol no Brasil coincide com uma época em que alguns intelectuais propunham medidas
sócio-educacionais e de saúde ligadas à eugenia, ou seja, ao melhoramento da raça, e muitos deles viam o
futebol como uma forma de ‘higiene social’ destinada a ‘melhorar a raça’ mestiça do Brasil.
d) que a Fifa, preocupada em conter as manifestações de preconceito, tanto entre torcedores como entre
jogadores e na diretoria dos times, vem aplicando duras medidas, como aquelas, tomadas contra o Quilmes,
o Lazio e o Atlético de Madrid que foram desclassificados dos campeonatos que estavam disputando.
e) que, recentemente, no jogo Lazio e Livorno, a seção norte da arquibancada, local dos fanáticos “ultra” torcedores
da Lazio, mostrou um banner em que se lia “Roma Fascista” e os torcedores cantavam slogans racistas, causando
constrangimentos à diretoria do time que puniu essa torcida organizada banindo-a dos estádios.
Os primeiros anos do século XX marcam o início da história do futebol no Brasil. Naquela época, o futebol era
um esporte restrito aos atletas provenientes da elite branca. Afirma-se até que “somente brancos ricos tinham
o direito de correr atrás de uma bola importada” (Mario Filho). Atletas negros em São Paulo eram obrigados
Resolução
Questão 39▼▼
Resolução
Questão 38▼▼
23Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
a esconder sua cor com vestimentas que cobriam braços e pernas e com gorros que cobriam a cabeça. No Rio
de Janeiro, dirigentes perguntavam “para que negros se times de brancos eram campeões”. No Rio Grande
do Sul, o primeiro atleta negro só participou de uma partida oficial em 1952. O futebol era então um esporte
acessível somente aos brancos ricos, e os negros e mestiços só conseguiam nele ocupar espaço recorrendo aos
artifícios de branqueamento.
Resposta: c
Da década de 50 até o início da de 90, a política italiana teve como característica a constante renúncia de
primeiros-ministros e a sucessiva queda de governos em meio de mandatos. Essa característica deu à Itália uma
reputação de instabilidade, desmentida pelo freqüente reaparecimento no cargo, de primeiro ministro, dos
mesmos rostos com as mesmas políticas. Em 20 de abril de 2005, apesar de já ter afirmado que a renúncia era
uma tática que pertencia “ao passado político confuso da Itália”, Silvio Berlusconi renunciou ao cargo de pri-
meiro-ministro. Esse episódio foi marcado:
a) pela convocação, às pressas, do presidente Carlo Azeglio Ciampi para novas eleições, uma vez que o pri-
meiro-ministro Sílvio Berlusconi se recusou a apresentar uma nova equipe ao parlamento.
b) pela composição de um novo governo com a participação de partidos de centro-esquerda, como o L’Unione,
que saiu vitorioso nas últimas eleições de abril de 2005, somado a políticos conhecidos do Forza Italiana e
da Aliança Nacional.
c) pelo descontentamento dos partidos de esquerda que denunciaram o chamado “magnata da mídia”, o
primeiro-ministro Silvio Berlusconi, por corrupção e por excesso de déficits orçamentários sem justificativa
plausível.
d) pela derrota sofrida pelos partidos de coalizão do governo Berlusconi, em abril de 2005, uma vez que, das
13 regiões em disputa, a coalizão centro-direita venceu em apenas duas; as outras foram vencidas pela
oposição progressista.
e) pelo desentendimento entre os partidos que formavam o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi,
Liga do Norte, Aliança do Sul, União Democrata-Cristã e Forza Itália sobre os rumos da coalizão.
Nas eleições realizadas em 13 das 20 regiões da Itália nos dias 3 e 4 de abril de 2005, a coalizão de centro-
-direita que apoiava o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, teve baixa votação popular — perdeu
em 11 delas —, o que levou Berlusconi a renunciar. O presidente do país, Carlo Azeglio Ciampi, iniciou con-
sultas com líderes políticos para formar um novo governo, no entanto acabou pedindo a Berlusconi que reassu-
misse o cargo, e ele cedeu. Foi formado um novo governo, com a mesma coalizão de apoio, mas com trocas
de ministros e criação de um novo programa. A alternativa c cita um fato que é correto, embora não tenha sido
a causa da crise citada. 
Resposta: d
Resolução
Questão 40▼▼
24Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
Num país há A mulheres e B homens. Sabe-se que, neste país:
• X% dos homens e Y% das mulheres pertencem ao partido democrático,
• Y% dos homens e X% das mulheres pertencem ao partido republicano,
• nenhuma pessoa pode pertencer a ambos os partidos.
É correto afirmar que:
a) (X + Y)% das pessoas do país pertencem ao partido republicano ou ao partido democrático.
b) (X – Y)% das pessoas do país pertencem ao partido republicano ou ao partido democrático.
c) 100% das pessoas do país pertencem ao partido republicano ou ao partido democrático.
d) das pessoas do país pertencem ao partido republicano.
e) das pessoas do país pertencem ao partido democrático.
Sendo D e R, nessa ordem, os totais de pessoas do país que pertencem ao partido democrático e ao partido
republicano, temos:
Somando membro a membro; temos:
Portanto (X + Y)% das pessoas do país pertencem ao partido republicano ou ao partido democrático.
Resposta: a
Os astrônomos estimam que, no universo visível, existem aproximadamente 100 bilhões de galaxias, cada uma
com 100 bilhões de estrelas. De acordo com estes números, se cada estrela tiver, em média, 10 planetas a sua
volta, então existem no universo visível aproximadamente
a) 1012 planetas. d) 10121 planetas.
b) 1017 planetas. e) 10220 planetas.
c) 1023 planetas.
Como 100 bilhões é igual a 1011, o número aproximado de planetas é dado por
1011 ⋅ 1011 ⋅ 101 = 1023.
Resposta: c
Resolução
Questão 42▼▼
X Y
B A D R
+
+ = +
100
( )
X Y
B
X Y
A D R
+
+
+
= +⋅ ⋅
100 100
 
X
B
Y
A D
Y
B
X
A R
100 100
100 100
⋅ ⋅+ =
⋅ + ⋅ =





Resolução
X Y–
%
2
X Y+
2
%
Questão 41▼▼
25Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
AAAIIILLLÁÁÁNNN EEESSS IIITTTNNNAAAUUUQQQAAA TTTAAATTT VVVIII
CCCIIIGGGÓÓÓEEE AAALLL AAAIIITTTEEEJJJBBBOOO VVV
Para que os pontos do plano cartesiano de coordenadas (1: 1), (a: 2) e (2: b) estejam sobre uma mesma reta é
necessário e suficiente que
a) ab = a – b.
b) ab = a + b.
c) ab = b – a.
d) ab = a2 – b2.
e) ab = a2 + b2.
Com a ≠ 1, temos que , ou seja, ab = a + b.
Resposta: b
O departamento de arqueologia da Universidade de Oxford mantém em sua biblioteca uma coleção de aproxi-
madamente 500.000 papiros, todos com mais de 1000 anos de idade, cujo conteúdo começou a ser desvenda-
do a partir de 2002, utilizando-se uma técnica chamada de imagem multiespectral, desenvolvida pela Nasa. Se
um computador, munido de um sistema de inteligência artificial, conseguir decifrar o contéudo de cada um
destes papiros, sempre gastando a metade do tempo que precisou para decifrar o papiro anterior e, con-
siderando que o primeiro papiro seja decifrado por este computador em 10 anos, então toda a coleção de
papiros citada será decifrada em
a) aproximadamente 20 anos.
b) aproximadamente 40 anos.
c) aproximadamente 50 anos.
d) aproximadamente 80 anos.
e) aproximadamente 100 anos.
A soma dos primeiros n termos de uma progressão geométrica de razão q, q ≠ 1 e primeiro termo a1 é dada
por
S = a1 ⋅
Com a1 = 10, q = e n = 500000, temos S = 10 
Como , temos
S ≈ 10 ⋅ ∴ S ≈ 20 anos
Resposta: a
 
1
1 –
1
2
 
1
2
0
500000


 ≈
 
1 –
1
2
1 –
1
2
500000



 
1
2
1 – q
1 – q
n
Resolução
Questão 44▼▼
b
a
–
–
–
–
1
2 1
2 1
1
=
Resolução
Questão 43▼▼
26Ibmec/2005 ANGLO VESTIBULARES
O vovô Fibonacci propôs um acordo de mesada ao seu netinho, prometendo que lhe daria R$1,00 no primeiro
mês, R$1,00 no segundo mês, e, a partir do terceiro mês, lhe

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