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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA - FACINTER AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PSICOPEDAGOGIA CURITIBA 2008 1 FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA - FACINTER AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA Material de apoio para a disciplina de Avaliação Diagnóstica Psicopedagógica Clínica, da Faculdade Internacional de Curitiba - FACINTER. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PSICOPEDAGOGIA CURITIBA 2008 2 ROTEIRO DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA Tomando por referência principal a Epistemologia Convergente, nossa opção de avaliação propõe os seguintes instrumentos: 1. QUEIXA 2. E.O.C.A e/ou OBSERVAÇÃO LÚDICA (levantamento do primeiro sistema de hipóteses, definição das linhas de investigação, escolha de instrumentos) 3. PLANEJAMENTO E APLICAÇÃO DAS PROVA 4. INSTRUMENTOS FORMAIS Área Cognitiva: Provas Piagetianas – Diagnóstico Operatório Provas projetivas psicopedagógicas Provas psicométricas (uso exclusivo do psicólogo) Área Afetiva Provas projetivas psicopedagógicas Provas projetivas Psicológicas (uso exclusivo do psicólogo) Área Funcional 4.3.1. Aspectos Psicomotores 4.3.2. Linguagem 4.3.3. Sensorial 4.3.4. Conceitos Básicos 4.3.5. Habilidades acadêmicas: leitura / escrita / matemática (realismo nominal, audibilização, classificação de estágios de escrita, ditado topológico, ordenação de figuras) (levantamento do segundo sistema de hipóteses e investigação) 3 5. HISTÓRIA DE VIDA – ANAMNESE 6. LEVANTAMENTO DE DADOS ESCOLARES Entrevista com os profissionais da escola Análise do material escolar 7. PROVAS E TESTES COMPLEMENTARES (dependendo da análise das provas anteriores: complementação das provas de leitura, escrita matemática; exames clínicos complementares: neurológicos, oftalmológicos,...; análise da expressão plástica; análise de tarefas; outros) 8. ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONCLUSÃO DA HIPÓTESE DIAGNÓSTICA (verificação e decantação do segundo sistema de hipóteses, formulação do terceiro sistema de hipóteses) 9. INFORME PSICOPEDAGÓGICO 10. DEVOLUTIVA 11. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO A QUEIXA (ENTREVISTA PARA ESCLARECER O MOTIVO DA CONSULTA) OBJETIVO: • Estabelecer hipóteses sobre aspectos importantes para o diagnóstico de aprendizagem. � COM OS PAIS • significação do sintoma na família ou, com maior precisão, articulação funcional do problema de aprendizagem; 4 • significado do sintoma para a família, isto é, as reações comportamentais de seus membros ao assumir a presença do problema; relaciona-se com os valores da família com respeito ao não aprender; • fantasias de enfermidade e cura e expectativas acerca de sua intervenção no processo diagnóstico de tratamento; sentido do que a família espera a respeito do seu trabalho; • modalidade de comunicação do casal e função do terceiro; observar a relação dos pais entre si, os valores da família, a comunicação entre pais e você. � COM A ESCOLA (PROFESSOR – ORIENTADOR) observar: • significação do sintoma na escola, visão do sintoma; • significação do sintoma para o professor (escola) • significado do sintoma para o professor (escola), reações dos membros da escola ao assumir o problema; • significado do sintoma • sentido do que a escola espera a respeito da sua intervenção (confirmação do não aprender como: tirar da responsabilidade da escola o fracasso; uma possibilidade de auxílio para o sucesso; uma ameaça externa); • observar os valores da escola, a comunicação entre seus profissionais e entre profissionais e o aluno. � COM O SUJEITO observar: • visão do sintoma para o sujeito (isto é o que acontece): • significação do problema para o sujeito (o que significa o meu não aprender); • sentido do que o sujeito espera a respeito da sua intervenção; • observar as modalidades de comunicação do sujeito. (pode ser obtida na entrevista realizada com o sujeito no primeiro encontro-antes da E.O.C.A.) 5 ENTREVISTA COM O SUJEITO 1. Nome: _________________________________________________________________ 2. Data do nascimento: _____/_____/_____ Idade: _________ Série: ____ Período: ______ 3. Escola atual _____________________________________________________________ 4. Nome da Profª. __________________________________________________________ 5. O que disseram que você viria fazer aqui? _____________________________________ _________________________________________________________________________ 6. Por que você acha que veio aqui? ____________________________________________ _________________________________________________________________________ 7. Você acha que tem alguma dificuldade? _________ Em que? ______________________ 8. Gostaria de fazer um trabalho comigo para verificarmos onde posso lhe ajudar? _______ _________________________________________________________________________ E.O.C.A. ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM O processo diagnóstico consta de uma série de passos por cujo meio se realiza o reconhecimento da dificuldade, o prognóstico e as indicações. Entre esses processos destacamos a E.O.C.A. – Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem, elaborada pelo professor argentino Jorge Visca, cujo objetivo é o de estudar as manifestações cognitivo-afetivas da conduta do entrevistado em situação de aprendizagem. Permite ainda se obter uma visão conjugada e uma hipótese diretriz do interjogo dos aspectos cognitivos e afetivos da aprendizagem, bem como os pontos de alerta que devem ser verificados para constatação ou não das hipóteses levantadas. A EOCA é utilizada como ponto de partida em todo processo de investigação diagnóstica das dificuldades de aprendizagem. Este instrumento consiste em uma entrevista inestruturada que põe em evidência o aprendizado e conta como reativos, qualquer material, dependendo da idade do educando e da queixa. Na idade 6 escolar podem ser: folhas pautadas, lápis de escrever, borracha, lápis colorido, giz cera, papéis variados, revistas, tesoura, cola, livros de acordo com a idade do entrevistado, apontador, canetas, caneta hidrocor, folhas sulfite, régua, etc. Os objetos são deixados sobre uma mesa, organizados de tal forma que o entrevistado precise abrir as caixas de lápis, abrir o estojo, apontar o lápis preto sem ponta, procurar o que deseja, observar todo o material para poder decidir o que utilizar. 1. CONSIGNAS E INTERVENÇÕES As consignas e intervenções possibilitam observar: • a possibilidade de mudança de conduta; • a desorganização ou reorganização do sujeito; • as justificativas verbais ou pré-verbais; • a aceitação ou a recusa do outro (assimilação, acomodação, introjeção, projeção) 1.1. Tipos de consignas e intervenções: � De abertura: “Gostaria que você me mostrasse o que sabe fazer, o que lhe ensinaram e o que voe aprendeu. Esse material é para que você utilize como desejar, pode escolher e usar o que quiser.” � Para mudança de atividade: • Consigna aberta: “Gostaria que você me mostrasse o que quisesse com este materiais.” • Consigna fechada: “Gostaria que você me mostrasse outra coisa que não seja... ou gostaria que você me mostrasse algo diferente do que já me mostrou.” • Consigna direta: “Gostaria que me mostrasse algo de matemática, escrita, leitura, etc.” • Consigna múltipla: “Você pode ler, escrever,pintar, desenhar, recortar, etc.” • Consignas para pesquisa: “Para que serve isto, o que você fez, que horas são, que cor você está utilizando, etc.” � As respostas geralmente após a consigna de abertura são: a) Sujeito começa a fazer algo (desenha, faz contas, escreve, etc.) b) Pede que lhe indique o que precisa fazer, ao que se responde: o que você quiser. 7 c) Fica totalmente paralisado sem poder reagir. Mesmo diante do modelo múltiplo não realiza nada. � Qualquer uma das respostas já são dados significativos para a avaliação. � Quando o entrevistado apresenta uma produção, é aconselhável que se incida sobre ela, perguntando, argumentando, investigando, apresentando um problema, pedindo que relate o que leu ou escreve, desenhe, etc. 2. FATORES DE OBSERVAÇÃO DURANTE A EOCA: • Através da observação do tema, da dinâmica e do produto, pode se observar o sintoma e as causas históricas coexistentes (ansiedade, defesas, funções, nível de pensamento utilizado, grau de exigência, aquisições automáticas, aspectos da lateralidade, organização, ritmo de trabalho, interesses, etc.) • Estes três níveis de observação são os indicadores do primeiro sistema de hipóteses. a) Temática • Consiste em tudo que o sujeito diz, o que terá, como toda conduta humana, um aspecto manifesto e outro latente; b) Dinâmica • Consiste em tudo que o sujeito faz que não é estritamente verbal: gestos, tons de voz, postura corporal, etc. A forma de sentar, de pegar no lápis podem ser mais reveladoras que os comentários e até mesmo que o produto. c) Produto • É o que o sujeito deixa gravado no papel, na dobradura, na colagem etc. incluindo a seqüência em que foram feitos. d) Dimensão afetiva: Alguns indicadores: • Alterações no campo geográfico e o de consciência (distração, indequação da postura, fugas, etc.) • Aparecimento de condutas defensivas (medos, resistência à tarefa, à mudanças, à ordens, etc.) • Ordem e escolha dos materiais • Aparecimento de condutas reativas (ansiedade, choro, etc.) e) Dimensão cognitiva 8 Alguns indicadores: • Leitura dos objetos e situação • Utilização adequada dos objetos • Estratégias utilizadas na produção da tarefa • Organização • Planejamento da atividade (antecipação) • Nível de pensamento utilizado 3. POSTURA DO EXAMINADOR • Deve ser um mero observador da conduta do avaliando, participando somente com intervenções quando achar necessário. • Utilizar-se de vários tipos de consignas para maior riqueza das observações. • Colocar limites quando achar necessário. • Quando o avaliado apresentar dificuldade em entrar na tarefa, deverá utilizar a consigna múltipla para facilitar a decisão do avaliando. • Caso o avaliando permaneça sem iniciativa, devemos lembrar que esta também é uma postura a ser analisada, é uma forma de agir frente às situações novas, deve ser avaliada em seus vários fatores. • Se necessário, pode ser feita mais de uma entrevista de EOCA. 4. FORMAS DE REGISTRO • Papel pautado dividido em duas colunas, sendo a da esquerda a maior, pois servirá para as anotações do que ocorrerá na entrevista a coluna da direita para anotações das hipóteses levantadas. • Deve-se anotar tudo que ocorrer, postura, ações, palavras, frases, etc. 9 (modelo de registro) ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM – E.O.C.A. Nome: _____________________________________________ Idade: ________________ Data: _____/_____/_____ Horário: ___________________ a _______________________ Observador: _______________________________________________________________ Anotações Hipóteses Observações: ______________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ _______________________ 10 OBSERVAÇÃO LÚDICA 1. CONCEITO Toda criança interage com brinquedos e expressa a realidade do mundo interno e sua relação com o mundo externo. Brincar é uma forma de expressão, pois através do jogo ela define seus papéis seu espaço, mostrando suas relações interpessoais. Pode perceber os limites que lhes são impostos e demonstra como lidar com eles. A observação lúdica é uma técnica de compilação de dados que auxilia a investigar os aspectos mais significativos para a formulação das hipóteses. Trata-se de uma observação espontânea na qual a motivação por brincar deve ser a sua maior preocupação, do que o fato de se sentir observada. 2. OBJETIVOS • auxiliar no diagnóstico de crianças que não respondem a outras formas de avaliação; • auxiliar na investigação das dificuldades apresentadas nas áreas diversas de desenvolvimento, possibilitando o levantamento de hipóteses. 3. ESTRATÉGIAS • brinquedos diversos de acordo com a faixa etária, o interesse e o que se quer investigar; • os brinquedos são expostos para que a criança interaja com eles. 1. PONTOS A SEREM OBSERVADOS: • a interação da criança frente ao brinquedo; • o repertório cognitivo, afetivo, motor, funcional, social; • o nível e o tipo de linguagem; • a conduta; • o uso do brinquedo enquanto função real; • a proposta de brincadeiras; • a centralização em brinquedos regressivos ou superior à idade da criança; • o levantamento de hipóteses. 11 5. DEMANDA A observação lúdica é também indicada no diagnóstico de: • crianças portadoras de necessidades especiais na idade pré-escolar ou escolar quando não tem repertório de linguagem verbal e não respondem às outras formas de investigação; • crianças com suspeitas de hiperatividade ou distúrbios de comportamento como autismo, psicose, esquizofrenia, etc. e que não respondem às outras formas de investigação. DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO � CARACTERÍSTICAS GERAIS Jean Piaget e colaboradores após intensas pesquisas, elaboraram as provas do diagnóstico operatório, que determinam o grau de aquisição de algumas noções chaves do desenvolvimento cognitivo, tais como: noção de tempo, espaço, conservação causalidade, número, etc. Por meio das provas operatórias é possível detectar o nível de estrutura cognitiva com que o sujeito opera diante da situação apresentada. � MOMENTOS DO DIAGNÓSTICO 1. Vínculo 2. Clarear o que se vai fazer 3. Apresentação do material da prova (quando o sujeito manuseia deve-se ouvir o que diz.) 4. A ordem ou consigna 5. A pergunta propriamente dita não tem que ser translúcida que dirija ou direcione a resposta. 6. Resposta 7. Primeira transformação do objeto, introdução de uma variável nula, ou seja não transforma o aspecto considerado. 8. Pedido de argumentação. 9. Resposta argumentada por: • Identidade – quando o sujeito percebe que não se acrescenta nada ao material utilizado • Identidade subjetiva – quando o sujeito identifica que a quantidade material dada possui a mesma quantidade. 12 • Reversibilidade – quando o sujeito argumenta: se você voltar a forma antiga. • Compensação – quando o sujeito argumenta compensando as diferenças das formas apresentadas: é mais comprida, mais larga, etc. Pode ser conservadora ou não. 10. Contra-argumentação. Pode-se contradizer o pensamento exprimido pelo sujeito. (tentar levar em conta o ponto de vista do sujeito e pesquisar se a resposta tem um esquema ou é por acaso.)11. Justificação: resposta do sujeito, pode ser conservadora e não conservadora. 12. Segunda transformação 13. Seqüência dos passos anteriores � OBSERVAÇÕES Quando o sujeito na argumentação ou justificativa responde não sei, pode ter dificuldade no aspecto operativo, possui a imagem mas não opera mentalmente, ou pode estar no nível intermediário entre um período e outro. � PROVAS HORIZONTAIS • Seriação • Dicotomia • Quantificação e inclusão de classes • Transvasamento de líquido • Massa • Peso • Comprimento • Superfície • Substâncias homogêneas 13 PROVAS DO DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO As provas do diagnóstico operatório adotadas no momento atual, foram selecionadas pelos pesquisadores de acordo com os trabalhos de Barbel Inhelder e estão assim relacionadas: 1. Provas de Classificação – avaliam o domínio do sujeito a respeito da classificação, são elas: conservação de número, matéria, líquido. 2 . Provas de Seriação – consta de 10 palitos graduados para serem organizados segundo o seu tamanho. 3. Mudança de critério ou Dicotomia – consta de fichas com os atributos: cor, forma e tamanho que devem ser destacados pelo sujeito, conforme a ordem dada. 4. Quantificação da inclusão de Classes – esta prova pode sr realizado com flores, como o original, ou com animais ou frutas, pois permitem avaliação da quantificação inclusiva a respeito das classes com os elementos das subclasses. 5 . Interseção de classes – nesta prova se investiga o grau de operatividade a respeito das relações lógicas no trato com as classes. 6. Conservação – a conservação diz respeito a igualdade lógica e possibilita a percepção de que mesmo diante de transformações o objeto conserva sua identidade, integridade ou quantidade em questão. Estas noções são importantes para os processos reguladores das atividades do sujeito em sua adaptação frente a realidade. 6.1. Conservação de Pequenos conjuntos discretos de elementos – provas das fichas ou dos números, possibilita a verificação da conservação da equivalência numérica com quantidades discretas, apesar das transformações a que forma expostas. Parte-se da correspondência termo a termo. 6.2. Conservação de quantidade de líquido – prova do transvasamento de líquido, investiga-se o grau de conservação com um material físico continuo em diversas variáveis. 6.3. Composição de quantidade de líquido – nesta prova o sujeito deve encontrar a solução mediante um processo de síntese, diferente da anterior eu era por meio da análise do material. 6.4. Conservação da quantidade de matéria – prova da massa, utiliza um novo material (massa de modelar) mas está correlacionada a anterior. 6.5. Conservação de Peso – esta prova tem êxito no segundo nível das operações concretas e indaga sobre o grau de aquisição da invariância de peso. 14 6.6. Conservação de volume – esta conservação é alcançada por volta dos 11/13 anos dentro do período das operações concretas. 6.7. Conservação do comprimento – esta prova é administrada somente quando o sujeito atingiu a conservação das equivalências numéricas, pois ela estuda a capacidade dos mesmos a respeito da transposição ou reconstrução deste conhecimento ao nível da conservação de um contínuo unidimensional – o comprimento e a largura. 7. Provas do pensamento formal ou hipotético dedutivo – São as provas de combinatórias entre os elementos, que possibilitam perceber se o sujeito alcançou o nível de pensamento formal, apesar do material ser concreto, a formulação do pensamento exige um sistema de lógica proporcional. � APLICAÇÃO DAS PROVAS As provas consistem de uma situação experimental elaborada mas a técnica utilizada para as provas é basicamente igual para todas. Consta em se interrogar o avaliando frente aos fenômenos observáveis e/ou manipuláveis a partir dos quais se leva o sujeito a raciocinar. Variam somente segundo a natureza lógica dos problemas ou de fenômenos físicos. QUADRO DE SELEÇÃO DE PROVAS CONFORME A IDADE Até 6 anos Provas de Conservação: de pequenos conjuntos discretos de elementos da quantidade de líquido Provas de Classificação: de mudança de critérios ou dicotomia Provas de Seriação 6 a 7 anos Provas de Conservação: de pequenos conjuntos discretos de elementos da quantidade de líquido, da quantidade de matéria, da composição da quantidade de líquido. Provas de Classificação: de mudança de critérios ou dicotomia, intersecção de classes ou quantificação da inclusão de classes. Provas de Seriação 8 a 9 anos Provas de Conservação: da quantidade de matéria, de largura, da composição da quantidade de líquido, de peso. 15 Provas de Classificação: intersecção de classes, quantificação da inclusão de classes. Provas de Seriação 10 a 12 anos Provas de Conservação: de largura, de peso, de volume Provas de Classificação: intersecção de classes, quantificação da inclusão de classes. 12 anos ou mais No caso de se obter êxito na prova de conservação de volume, administra- se as provas para o pensamento formal. TÉCNICAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓGICAS As técnicas projetivas psicopedagógicas têm o objetivo de investigar a rede de vínculos que o sujeito possui em três domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo. Em cada um destes domínios, guardando as diferenças individuais, é possível reconhecer três níveis em relação ao grau de consciência dos distintos aspectos que constituem um vínculo, o vínculo de aprendizagem. Em seguida apresentaremos um quadro onde se reproduzem os diversos domínios com suas correspondentes técnicas projetivas e os objetivos de cada uma: DOMÍNIO PROVA INVESTIGA IDADE ESCOLAR Par educativo Eu e meus companheiros Planta da sala de aula Vínculo com a aprendizagem Vinculo com os companheiros da classe A representação real do campo geográfico da sala e a desejada 6/7 anos 7/8 anos 8/9 anos FAMILIAR Planta da casa Os quatro momentos do dia Família educativa A planta da casa onde se habita, sua representação real e a desejada Os vínculos ao longo do dia O vínculo de aprendizagem com o grupo familiar e cada um dos integrantes da mesma 8/9 anos 6/7 anos 6/7 anos CONSIGO O desenho em episódios A delimitação da permanência da identidade 4 anos 16 MESMO O dia de meu aniversário Desenho de minhas férias Fazendo o que mais gosto psíquica em função dos afetos. A representação que se tem de si e do contexto físico e sociodinâmico em um momento de transição de uma idade a outra As atividades escolhidas durante o período de férias escolares O tipo de atividade que mais gosta 6/7 anos 6/7 anos 6/7 anos ADVERTÊNCIAS NECESSÁRIAS 1. A interpretação de cada uma das provas projetivas, devem ser feitas em função do sujeito em particular e em função do total de informações que se obteve; 2. O total de técnicas aqui expostas não significa ser necessária a utilização de todas, é adequado usar somente aquelas que se consideram necessárias em função das hipóteses que se aja formulado, podendo significar que: a) que se aplique somente uma prova; b) que se aplique provas de alguns domínios; c) que se aplique todas as provas de um único domínio; d) que se apliquem todas as provas, coisa que não é muito comum. 3. Certos indicadores de uma técnica se superpõem com os de outra; 4. Os critérios para interpretação sugeridos para cada prova, devem somar-se aos critérios gerais para a interpretação das provas projetivas: 5. Os indicadores e significados encontrados não implicam numa questão fechada ou sem lugar para dúvidas cada especialista pode realizar novas descobertas ampliando o aspecto de indicadores e significados. 17ANÁLISE DAS PROVAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓICAS PAR EDUCATIVO INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Tamanho total Muito grande ou muito pequeno Vínculo negativo com a aprendizagem Dimensão razoável Relação equilibrada. Vínculo positivo e negativo estão equilibrados Tamanho dos personagens Pequeno Desvalorização Grande Supervalorização (persecutório) Tamanho dos objetos Muito Pequeno Depósito de projeções negativas Muito grande Cisão de quem aprende e quem ensina Posições Frente a frente Bom vínculo com aprendizagem Lado a lado Regular vínculo com a aprendizagem Docente de costas p/ a turma O aluno sente-se rechaçado pelo docente Aluno de costas p/ o docente O aluno rechaça o docente Distância entre os personagens e o objeto de aprendizagem Grande distância Não comprometimento com o conteúdo e a transmissão de conhecimentos Mínima distância Supervalorização do conhecimento sobre o ato de transmissão Distância adequada Quem ensina usa os conteúdos como instrumentos para ensinar e aprender Perspectiva Com perspectiva Vínculo maduro do ponto de vista afetivo, cognitivo e social Âmbito onde se dá a cena Escolar Centração na aprendizagem sistemática. Pode ser positivo ou 18 negativo Extra-escolar Melhor vínculo com a aprendizagem assistemática Características corporais Só cabeças Supervalorização do intelectual que pode ser persecutório Corpo do docente inacabado Agressão oculta a quem ensina Simplificação dos personagens Quando não há dificuldade em desenhar, significa uma desvalorização do vínculo de aprendizagem com o docente. Título do desenho Nega o vínculo com a aprendizagem Resume as características do vínculo Relato Também é uma projeção onde se pode analisar o vínculo estabelecido através: • do conteúdo do mesmo • sua correspondÊncia com o desenho • sua relação com o título Obs.: tanto no relato, quanto no título podemos observar os mecanismos de dissociação, negação e repressão EU COM MEUS COMPANHEIROS INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Tamanho total Grande Bom vínculo com colegas e com a 19 aprendizagem Pequeno Vínculo negativo Tamanho do personagem principal Grande Liderança ou incapacidade para descentrar-se Pequeno Submissão e sentimento de ser vítima do grupo Igual Relação igualitária: aceita e é aceito Posição Lado a lado Comunicação superficial Concêntrica Comunicação profunda: reflexiva e sensível Inclusão do docente Inclusão Relação deficitária com os colegas: dependência: grande afeto pelo docente Relato ou comentário sobre os colegas Observar se há contradições entre o que diz e o desenho. Comentários gerais dão uma visão de conjunto, que indica como o entrevistado está inserido no grupo ou deseja estar. Comentários pessoais revelam os subvínculos com cada membro do grupo PLANO DE SALA DE AULA INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Tamanho da sala Pequeno Restrição egótica que se apresenta como uma inibição Muito grande Descontrole, falta de limites adequados Disposição Tradicional Respostas rígidas ou ordenadas Localização quando é uma Em frente Bom vínculo com o docente e/ou com a 20 escolha do entrevistado aprendizagem é negativo No fundo O vínculo com o docente e/ou com a aprendizagem é negativo Na lateral O vínculo com aprendizagem é negativo No centro Vínculo positivo com a aprendizagem e com os colegas e vínculo positivo ou negativo com o docente Não se localiza na sala Vínculo negativo com o espaço geográfico Perspectiva Constante Geralmente aprende bem Inconstante Tendência a automatização de conhecimentos e quadros de ansiedade frente a novas aprendizagens FAMÍLIA EDUCATIVA INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Posição dos personagens Frente ao processo O vínculo coma a aprendizagem não é nem demasiado positivo ou negativo. O grupo familiar não é um referencial muito adequado Posição dos personagens Em meio ao processo O entrevistado sente que o grupo familiar serve de referência para desenvolver e integrar modelos de aprendizagem Posição dos personagens Fora do processo Há carência de modelos significativos de modelos significativos de identificação. PLANO DE MINHA CASA INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Tamanho do plano da casa Desenho pequeno Inibição para o uso do espaço, diminuição no uso potencial emocional com que investe as situações e objetos com que aprende. Desenho que ocupa a folha toda Expansão egóica e uma aprendizagem positiva, desde que não haja um descontrole motor. 21 Desenha usando mais de uma folha Descontrole falta de antecipação e vínculo negativo ou instável com aprendizagem em geral e ao estudo sistemático em particular. Desenhar pessoas Inclui pessoas neste desenho pode ter significados diverso e contraditórios de aceitação ou rechaço As aberturas Representadas, esquecidas, transladas e objetivas encontram-se diretamente ligadas aos canais de comunicação imaginários ou reais. Ponto de vista Interno Sente-se incluído no contexto familiar e sente que o mesmo é um continente adequado Externo Sente-se estranho e admira a casa Espaços representados Interior da casa Se privilegia a aprendizagem formal de tipo intelectual Horta, galinheiro, jardim, parque e espaços abertos. Valorização da aprendizagem vinculada ao corpo e a natureza Comentários sobre o dormitório Detectar as tentativas realizadas ou não para mudar a habitação e o grau de aceitação e resistência que o meio lhe oferecer. Os comentários podem revelar aceitação, rechaço, indiferença ou objetividade. Escolha do dormitório A maneira como e por quem foi escolhido possui grande importância a partir dos 8 ou 10 anos em diante O lugar de estudo Revela o vínculo com a aprendizagem que se estabelece nas situações e os estilos de aprendizagem que se pode estruturas Lugar de reunião familiar Onde, quem, com, por que e quando se reúnem são perguntas que revelam os modelos familiares de aprendizagem. OS QUATRO MOMENTOS DE UM DIA INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Adequação a consigna Desenho adequado a consigna Capacidade de adaptação às exigências externas e tolerância a frustração Os momentos escolhidos Eleição automática Vida monótona e sem criatividade Eleição em função de carga afetiva positiva Dinamismo, criatividade e uso instrumental e enriquecedor do tempo. 22 Eleição em função de carga afetiva negativa Apatia, solidão e deposição de impulsos agressivos manifestos ou latentes. Atividade realizada Indica os gostos do sujeito e imposições externas, s aspirações e frustrações, as identificações e o potencial de organização que possui As pessoas Modelo de identificação. Modelos de aprendizagem familiar, que pede ser compacto ou diversificado. O campo geográfico da cena Na casa (parcial ou totalmente) em dependência apropriada ou não, realizando atividades de acordo com o mesmo. Indicam o estilo de vínculo a adequação e a flexibilidade deste. Os objetos do ambiente Indicam como se encontra povoado o mundo interno do sujeito e revela a realidade objetiva quanto aos ambientes físicos: desprovido, sobrecarregado, ordenado, confuso ou indiscriminado. Os detalhes do desenho O tipo de traços, proporções, posições, retoques, detalhes, estereotipias, mobilidade, etc. Seqüência espacial Seqüência A, B, C, D. Princípio da realidade e da capacidade de acomodação: aprendizagem realista Seqüênciatemporal Com seqüência lógica Uso ordenado do tempo alta tolerância a frustração: aprendizagem inconstante. Seqüência do relato em concordância com a espacial Reforça os aspectos assinalados na seqüência espacial Seqüência do relato em concordância com a temporal Reforça os aspectos assinalados na seqüência temporal Seqüência do relato em concordância com as seqüências temporal e espacial Severa desorganização temporo-espacial e conseqüentemente severas dificuldades de aprendizagem. 23 DESENHOS EM EPISÓDIOS INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Tempo e espaço Pode ser observado através da transformação ou não de objetos animados (árvores, flores), de estados do tempo (sol, nuvens, chuva), das estações (primavera, verão, etc.). O tema Pode ser único, com um critério estável ou não. Os afetos Simples ou complexos Elementos relacionais ou sociais Adequadamente elaborados ou não em termos de comunicação e movimento FAZENDO O QUE MAIS GOSTA INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Indecisão na hora do tema. Desenhar, apagar e mudar de tema. Pode indicar problema entre os desejos dos sujeitos e uma forte proibição do meio ou contradições entre distintos interesses não adequadamente discriminados ou hierarquizados. Indecisão da eleição do tema. Apagar objetos sem mudar o tema Indica consolidação de uma eleição e uma marcada tendência ao perfeccionismo. Relato Coerência no relato é produto de maior influência da censura sobre o domínio verbal que sobre a produção gráfica. Coerência entre o relato e o desenho revela os conflitos sujeito- realidade e do sujeito consigo mesmo. Contexto espacial e temporal onde ocorre a cena pode significar realização possível. NAS MINHAS FÉRIAS INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Adequação ou não à consigna. Adequação Vínculo positivo, flexível, com capacidade de acomodação, criativa. Não adequação Vínculo negativo, rígido, com predominância da 24 assimilação e pouca criatividade. Atividade representada Depositação dos desejos mais íntimos e das capacidades que se deseja desenvolver. Indica uma antecipação da vocação e futuras inclinações profissionais. Desenhos Continua fazendo o mesmo Porque gosta muito do que faz, porque não sabe fazer algo diferente (falta de criatividade) ou representa predomínio da assimilação. Realiza algo totalmente distinto Criatividade, flexibilidade, tendência a acomodação e capacidade de aprendizagem. Leva a cabo uma atividade Capacidade de aprendizagem criadora DIA DO MEU ANIVERSÁRIO INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS Tamanho total Muito grande ou muito pequeno Vínculo negativo com a aprendizagem Tamanho razoavelmente dimensionado Relação equilibrada. Vínculo positivo e negativo estão equilibrados Tamanho dos personagens Pequeno Desvalorização Grande Supervalorização (persecutório) Posições De frente Vínculo positivo De costa Vínculo negativo Espaço geográfico Própria casa Atitude realista Lugar público Posição de abertura as aprendizagens Fora contexto real possível Pode sugerir uma capacidade criadora ou um mundo imaginário do impossível, compensador de sentimentos de frustrações com baixa tolerância e uma predominância do princípio do prazer sobre o da realidade. 25 A idade dos personagens que faz aniversário compara com a idade do entrevistado diz respeito à aceitação do mesmo neste momento da vida se é menos pode significar desejo de não crescer e de não aprender, se coincide indica aceitação e uma tendência a tolerar a aprendizagem implica: quando é maior regularmente mostra alto nível de aspiração. A caracterização dos demais personagens determina aceitação ou rechaço As contradições entre o desenho e o relato revelam o grau de coerência ou não dos aspectos em conflito que implicam ou não perturbações nos vínculos que o entrevistado estabelece consigo mesmo. Indicadores geográficos Rodeado de pessoas Possui um mundo interno rodeado de identificações múltiplas que indicam uma adequada capacidade de aprendizagem em termos quantitativos. Sozinho Aprendizagem predominantemente assimilativa, dificuldade de descentração do pensamento. Posição Frente a frente sugere identificação introjetiva positiva. Todas as outras posições indicam introjetivas negativa. Presentes recebidos Os mesmos representam os objetos desejados. 26 EXAME MOTOR 1. Coordenação fina Diadococinesia (marionetes) Coloca-se diante da criança com os braços dobrados na altura do cotovelo, lateralmente e balançar as mãos de um lado para outro. Pedir a criança que observe e que execute os mesmos movimentos que o profissional fizer (primeiro com uma mão e depois com as duas). Pianotages (contar nos dedos) Com os braços dobrados na altura do cotovelo lateralmente, encostar suavemente a ponta de cada dedo na ponta do polegar. Pedir para uma criança executar o mesmo movimento utilizando apenas uma mão e após com a outra. Cópia Colocar a folha na horizontal. Lápis colorido. Ordenar que a criança pegue o lápis e copie o que está vendo. 2. Coordenação Global a) Andar – andar pela sala livremente b) Correr – correr numa determinada direção c) Pegar e arremessar a bola com as duas mãos e com uma das mãos e com a outra. 3. Equilíbrio Dinâmico a) Andar em uma linha reta b) Andar em uma linha curva c) Andar com um pé na frente do outro 4. Equilíbrio Estático a) Ficar parado com os pés e os braços estendidos ao longo do corpo e olhos fechados. (10”) b) Ficar num pé só (perna na altura do joelho para trás, permanecer durante (10”). Repetir com o outro pé. 27 5. Dissociação - Abrir e fechar as mãos juntas. A criança sentada com as mãos sobre a mesa faz o movimento com a E e D. - Abrir e fechar as mãos alternadamente. - Dissociação entre mão D e E. A criança bate as duas mãos sobre a mesa e depois só a mão direita: bater novamente as duas e depois só a esquerda. - Dissociação entre mãos e pés Bater um pé e bater palmas, bater o outro e bater palmas. 6. Lateralidade - Qual a sua mão direita? - Qual a sua mão esquerda? - Qual o seu pé esquerdo? - Qual o seu pé direito? - Qual o seu olho esquerdo? - Qual a minha mão direita? - Qual a minha mão esquerda? • Coloque a: - Mão E no olho D. - Mão D no olho E. - Mão D na orelha E. - Mão E na orelha D. - Mão E no olho D. - Mão D no olho D. • Predominância Lateral • Dominância da mão - Atirar uma bola 28 - Pregar um prego - Escoar os dentes - Pentear-se - Girar o trinco da porta - Escrever • Dominância do olho - Telescópio (tubo de cartolina) - Rifle • Dominância dos pés - Chutar uma bola - Jogo de amarelinha 7. Esquema Corporal Pedir à criança que reconheça as partes do corpo em si e no examinador. Se a criança tiver mais de seis anos solicitar mais detalhadamente. 8. Orientação Espacial Pesquisar com a criança noções do espaço (fora do seu corpo). a) O que tem acima de você? b) O que tem abaixo de você? c) O que tem a sua frente? d) O que tem atrás de você? e) De que lado de voe está o objeto? Relação perto-longe a) O que tem perto de você aqui na sala? b) O que tem longe de você aqui na sala? c) Você mora perto ou longe da cidade? d) A clínica é perto ou longe de sua casa? e) Qual das duas (sua casa ou a clínica) é mais perto da cidade? 29 9. Orientação temporal Noção de velocidade: a) Pedir à criançapara andar devagar. b) Pedir à criança para andar bem depressa. c) Pedir à criança para andar bem depressa e voe ao lado percorre a mesma distância a passos lentos e perguntar quem chegou primeiro e por quê? d) O que anda mais depressa o coelho ou uma tartaruga. e) Como você chega primeiro num lugar: correndo ou pulando? Noção de tempo: a) O que você estava fazendo antes de vir aqui? b) Qual o exercício que você fez antes deste? c) Para você entrar numa sala em que a porta esteja fechada, o que você precisa fazer? d) O que você fez depois que entramos aqui? e) O que você fez depois que põe o pijama? f) O que você faz antes do almoço? g) O que você faz depois do almoço? ETAPAS DA HISTÓRIA ESCRITA PROCESSO CONSTRUÍDO PELA CRIANÇA 1. ETAPA PCTOGRÁFICA Desenhando o objeto a criança inicia sua 30 Desenho do objeto de forma livre Não havia convenção construção gráfica representativa. 2. ETAPA IDEOGRÁFICA Desenho da idéias, início da convenção Distingue a diferença entre desenho e letra e faz a sua primeira descoberta – a convenção 3. ETAPA LOGOGRÁFICA Desenho do som. Início da fonética Descobre que a palavra é o desenho do som e não do objeto. 4. FASE SILÁBICA Desenho arbitrário do som, onde cada sinal gráfico corresponde a um som. Faz a hipótese silábica, descobre a correspondência som-sinal gráfico. 5. FASE ALFABÉTICA Redução de sinais – surgimento das leis de combinação. Correspondência fonema-grafema. A criança faz a sua mais importante descoberta – as leis de combinação NÍVEL CATEGORIA SUBCATEGORIAS A- Grafismos primitivos, escritas unificadas ou sem controle de quantidade. 1. grafismo primitivo. 2. escritas inigráficas. 3. escritas sem controle de quantidade. B- Escritas fixas. 1. escritas fixas – com predomínio de grafias convencionais. C- Escritas diferenciadas (com predomínio de grafias convencionais). 1. seqüência de repertório fixo com quantidade variável. 2. Quantidade constante com repertório fixo parcial. 3. Quantidade variável com repertório parcial. 4. Quantidade constante com repertório de posição variável. 5. Quantidade variável e repertório variável. I – Pré-Silábico D- Escrita diferenciada com valor sonoro inicial. Quantidade e repertório variáveis e presença do valor sonoro inicial. II - Silábico A- Escrita silábicas iniciais 1. Escritas silábicas iniciais, sem o predomínio do valor sonoro convencional. 2.Escritas silábicas iniciais com valor sonoro 31 convencional sem correspondência sonora. 3. Escritas silábicas iniciais com valor sonoro em escritas com correspondência sonora. B- Escrita silábica com marcada exigência de quantidade. 1. Escrita silábica com marcada exigências de quantidade e predomínio do valor sonoro convencional. 2. Escritas silábicas com marcada exigências de quantidade e predomínio do valor sonoro convencional. C- Escritas silábicas estritas. 1. Escritas estritas sem predomínio do valor sonoro convencional. 2. Escritas silábicas estritas com predomínio do valor sonoro convencional. III – Silábico - Alfabético A- Escritas silábico- alfabético. 1. Escrita silábico-alfabético sem predomínio de valores sonoros convencionais. 2. Escrita silábico-alfabético com predomínio do valor sonoro convencional. IV – Alfabético A- Escritas Alfabéticas 1. Escritas alfabéticas em predomínio do valor sonoro convencional. 2. Escritas alfabéticas com falhas na utilização do valor sonoro convencional. 3. Escritas alfabéticas com valor sonoro convencional. I – NÍVEL PRÉ-SILÁBICO Neste nível as escritas são alheias à busca de correspondência entre grafias e sons. A construção gráfica de um significado, está determinada por outro tipo de considerações, Omo no caso da Pictografia e da Ideografia nas etapas da evolução da escrita. A- Grafismos primitivo, escritas inigráficas ou sem controle de quantidade. As escritas que não são formadas por grafias convencionais (letras e números); as que só se constituem de um só elemento (convencional ou não); aquelas em que não há mais limite a não ser os 32 da condições materiais para controlar a quantidade dos elementos da escrita, foram classificadas nesta categoria. 1. Nesta 1ª sub-categoria, denominada por Emília Ferreiro de Grafismo primitivo, predomina as garatujas e ou pseudo-letras. Exemplo: Obs: Cada linha representa uma palavra ou frase. 2 . A escrita unigráfica caracteriza-se por utilizar só uma grafia para cada palavra ou frase a representar. • A quantidade é constante • O repertório pode ser fixo (utilização da mesma grafia) • O repertório pode se variável. 3 . A escrita sem controle de quantidade é determinada pela observação de que é o limite do papel que controla a quantidade de sinais a serem utilizados. B- ESCRITAS FIXAS Estas escritas se utilizam de grafias convencionais (na sua totalidade ou com pouquíssimas exceções) e pelo controle de quantidade desta grafia (na usa uma só letra, nem um número indeterminado). Não apresenta a exigência de diferenciar os sinais ao representar nomes diferentes. Tudo é escrito da mesma maneira. 1. Na escrita fixa; a mesma série de letras, na mesma ordem, serve para representar diferentes nomes. As crianças nesta sub-categoria já adquiriram grafias convencionais mas não usam para reproduzir diferenças objetivas em suas escritas. Exemplo: C- ESCRITAS DIFERENCIADAS Esta forma de escrita se utiliza preponderantemente de grafias convencionais, utiliza o controle de quantidade e se preocupa em produzir diferenciações internacionais, muito embora não existe a compreensão de critérios de correspondência sonora. 1. Seqüência de repertório fio com quantidade variada. 33 As grafias utilizadas aparecem sempre na mesa ordem, porém a escrita possui diferente quantidade de grafia, o que determina a diferenciação entre os nomes a serem representados. Exemplo: 2. quantidade constante com repertório fixo Esta escrita mantém uma mesma quantidade de elementos gráficos, porém uma mesma grafia é mantida no início, no final ou no meio da representação e s outras servem para diferenciar. Exemplo: 3. Quantidade variável com repertório fixo parcial. Como na sub-categoria anterior, aparece constantemente algumas grafias, nas mesmas ordens e no mesmo lugar e outras grafias de formas diferentes, em ordens diferentes de uma representação para a outra. A diferença está na quantidade de grafias que não é sempre a mesma. Isto indica um elemento a mais para a diferenciação. Exemplo: 4. Quantidade constante com repertório ou posição variável. Nestes casos a quantidade de grafias se mantém em todas as representações, porém se usam recursos de diferenciação qualitativa: se trocam as letras ao passar de uma escrita a outra, ou se troca a ordem das letras. Exemplo: 5. Quantidade variável e repertório variável. Estas escritas expressam a máxima diferenciação controlada que permite o nível pré-silábico: variar a quantidade e o repertório para diferenciar uma escrita da outra. As variações na quantidade de grafias podem ter relação com o tamanho do objeto que se representa. Exemplo: D – ESCRITAS DIFERENCIADAS COM VALOR SONORO INICIAL As diferenciações entre escritas se representam plenamente desenvolvidas nessa categoria, com o acréscimo de um dado importante; a presença de letra com correspondência sonora (uma só letra, quase sempre a primeira). Esta categoria é uma zona intermediária entre a ausência de correspondência sonora o nível silábico. 1. Quantidade e repertório variáveis e presença de valor sonoro inicial. Nesta sub-categoria a escrita apresenta característicasmuito peculiar: por um lado, a construção total não está determinada por uma tentativa de correspondência sonora (nível pré-silábico); por outro lado a letra que inicia a escrita não é fixa em aleatória, mas tem relação com o valor sonoro da primeira sílaba da palavra (é o prenúncio do nível silábico). Além disso a quantidade e o repertório são variáveis. Exemplo: 34 II – NÍVEL SILÁBICO Comparando com a evolução da escrita universal, este nível corresponde às etapas logográficas e fonográficas. Quando a criança compreende que as diferenças das representações escritas se relacionam com as diferenças sonoras da palavra, busca descobrir que tipo de recorte da palavra é aquele que corresponde aos elementos da palavra escrita. No nível silábico existe claramente esta tentativa e corresponder grafia e sílaba sonora (geralmente uma grafia para cada sílaba), o que não exclui problemas derivados de exigências de quantidade mínima de grafias. A – Escritas silábicas iniciais Nesta categoria aparecem as primeiras tentativas de escrever designando a cada grafia um valor silábico. Como são as primeiras tentativas, o resultado muitas vezes é incompleto e coexistem com escritas que não correspondem a este principio, e com exigências de quantidade mínima de letras. 1. Escrita silábicas iniciais sem predomínio do valor sonoro convencional. Se trata da coexistência de escrita silábica com escrita sem correspondência sonora, todas com ausência (completa ou quase total) do valor sonoro convencional. A presença dos tipos de escrita pode dever-se a coexistência de diversas hipóteses sobre a escrita. Exemplos: 2. Escritas silábicas iniciais com valor sonoro convencional em escritas sem correspondência sonora. A única diferença deste grupo com relação ao grupo anterior é que a escrita sem correspondência sonora não tem um valor sonoro convenciona inicial e as escritas com correspondência sonora não apresentam valores sonoros convencionais. Exemplos: 3. Escritas silábicas iniciais com valor sonoro convencional e escritas com correspondência sonora. Nesta sub-categoria coexistem escritas com ou sem correspondência sonora, como no valor sonoro convencional pode estar presente nas duas. Exemplos: B – Escritas silábicas com marcada exigência de quantidade. Nesta categoria se agrupam as categorias construídas a partir de análises silábicas das palavras, mesmo que em alguns casos apareçam mais grafias que as exigidas por tais análises. Há o predomínio de uma exigência mínima de quantidade superior a 2. Portanto são as escritas dos monossílabos e dos dissílabos as que mais apresentam dificuldades. Esta situação é tão conflitiva que para compensá-la as crianças se descontrolam a tal ponto, que não se limitam a escrever com a 35 mínima quantidade que os mesmos postulam como necessária, duvidando por vezes, da correspondência silábica que tem demonstrado manejar perfeitamente em ausência deste conflito. Pro isso se fala em uma marcada exigência de quantidade. 1. Escritas silábicas com marcada exigência de quantidade e sem predomínio de valor sonoro convencional. As escritas que se apresentam aqui tendem a estabelecer uma correspondência sistemática entre quantidade de grafias e quantidade de sílabas da palavra que se escreve. Os monossílabos e dissílabos, normalmente são escritos com um número superior às suas sílabas, por se entender que com tão poucas letras não é possível representar uma palavra. Não há predomínio de valor sonoro convencional neste grupo. Exemplo: 2. Escritas silábicas estritas, com marcada exigência de quantidade e predomínio do valor sonoro convencional. A diferença com relação ao grupo superior é o predomínio com valor sonoro convencional nas letras utilizadas. Exemplo: C- ESCRITAS SILÁBICAS ESTRITAS São aquelas em que predominam a hipótese silábica (correspondência entre quantidades de grafias na escrita e de sílabas na palavra que se escreve). Esta correspondência se estabelece quase sempre destinando um grafia para cada sílaba (as vezes aparecem duas grafias para cada sílaba). O conflito que aparece na categoria anterior é resolvido em favor da hipótese silábica e a criança pode escrever uma palavra com um ou dois sinais gráficos. 1. Escritas silábicas estritas sem predomínio de valor sonoro convencional A relação entre quantidade de gráficos e de sílabas é sistemática, ainda que não haja quase valor sonoro convencional nas letras utilizadas. Em alguns casos de exigência de quantidade se subordina inteiramente hipóteses silábicas, e pode assinalar-se uma só grafia para um monossílabo. Em outros casos o monossílabo é o único afetado pela exigência de quantidade. 2. Escritas silábicas estritas com predomínio do valor sonoro convencional. O que diferencia do grupo anterior é a utilização do valor sonoro convencional. III – NÍVEL SILÁBICO ALFABÉTICO 36 A – Escritas silábico-alfabéticos: Neste nível coexistem duas formas de fazer corresponder sons e grafias: a silábica e a alfabética. Há sistematização no sentido de que a cada grafia corresponde um som; existe a possibilidade de alguma falha excepcional, porém o critério de quantidade mínima – que afeta marcadamente as produções do nível silábico – é aqui compensado pela análise fonética (que permite agregar letras sem prejudicar a correspondência sonora). Algumas grafias representam sílabas e outras fonemas. Porém não se trata de escritas com omissões, senão de construções com dois tipos de correspondências, originadas pela superação do nível silábico e preparatória ao nível seguinte que exige sistematização alfabética. Longe de construir um quadro patológico, representa o passo intermediário entre os dois sistemas de escrita. 1. Escrita silábico – alfabéticas sem predomínio de valores sonoros convencionais. Apresenta correspondência sonora, em sua maioria fonética e às vezes silábicas sem predomínio do valor sonoro convencional das letras. 2. Escrita silábico-alfabéticas com predomínio do valor sonoro convencionais. Maior número de letras representando o valor sonoro convencional. IV – NÍVEL ALFABÉTICO Este nível deixa de lado a hipótese silábica na construção da escrita, e permite a formação de correspondência fonemas e grafemas, o que não exclui erros ocasionais. Este nível equivale à etapa alfabética da evolução descrita universal. A – Escritas Alfabéticas 1. Escrita alfabética sem predomínio do valor sonoro convencional: Ainda que pareça estranho há crianças que atribuem qualquer fonema a qualquer letra; e muito embora a análise de sua produção possa parecer primitiva, ela se encontra no nível mais alto da construção. 2. Escritas alfabéticas com algumas falhas na utilização do valor sonoro convencional. São escritas fáceis de interpretar porque além de possuir a correspondência entre letras e fonemas, há predominância de valores sonoros convencionais. 37 Às vezes se usam letras não pertinentes pro desconhecimento da letra convencionada por um fonema particular. Não se trata de falhas ortográficas. Exemplo: 3. Escritas alfabéticas com valor sonoro convencional São aquelas que correspondem inteiramente ao nosso sistema de escrita, ainda que a ortografia não seja totalmente convencional. Exemplos: C H I L O B O R B O L E T A S A U Chile Borboleta Sal Na prática educacional, para fins de avaliação inicial do nível de aquisição da escrita, basta analisar as produções das crianças tendo como referencial os quatro níveis. As subdivisões são necessárias como conhecimento, para provocar desequilíbrios adequados na estimulação e para avaliação do processo da criança após esta estimulação. Necessário ressaltar, que nem todas as crianças evidenciam em sua produção escrita a passagem pro todos os níveis de aquisição da escrita.Após sua pesquisa com crianças de 1ª série, no México, Ferreiro afirma que nas escritas silábicas aparecem uma discrepância significativa entre o diagnóstico do professor e o diagnóstico psicogenético. Tais crianças são muitas vezes consideradas casos patológicos, de “omissões” na escrita. Ferreiro, considera de suam importância, fazer os professores conhecerem este momento evolutivo, que constitui um crescimento e não um desvio patológico. Esta sua preocupação existe com um caráter preventivo dos transtornos de aprendizagem. Outra medida preventiva sugerida por Ferreiro, é o prolongamento do tempo real da aprendizagem, já que a maioria cada população pesquisada chega na 1ª série com um nível inicial de conceitualização silábico ou pré-silábico. Emília Ferreiro nos apresenta uma criança que pensa, participa, constrói a sua aprendizagem, no lugar daquela criança que tem que aprender a lógica do adulto e é preparada para isto em nível de percepção, discriminações e coordenações, mas não em nível de compreensão do objeto que vai aprender. “Nos últimos anos, perdemos de vista o aprendiz. Estávamos tão preocupados com a mão, o olho, os ouvidos que esquecemos que no comando há sempre um ser pensante.” (Weisz – 1985. p. 116) Reprodução da apostila: BARBOSA, L M. A Evolução da Escrita na Humanidade e o Processo de Aquisição da Linguagem Escrita Realizado pela Criança. SP. Documento não publicado 38 PROVA DO REALISMO NOMINAL A) NÍVEIS 1. Total desconhecimento das correspondências entre letras e sílabas com um número arbitrário de letras. 2 . Tentativa de correspondência entre letra e sílaba, com um número arbitrário de letras. 3. Capacidade de antecipar uma representação silábica. Elaboração de hipóteses silábicas. B) INTERPRETAÇÃO DA ESCRITA ANTES DA LEITURA CONVENCIONAL 1. Quantidade suficiente de caracteres • Esta prova tem por objetivo conhecer o nível de conceituação das crianças sobre qual a quantidade de caracteres escritos deve possuir uma palavra para ser lida. • Todos servem para ler, uns servem outros não, descrimina letras e números • Poucas letras não servem para ler, dependendo do contexto uma letra serve ou não • Diferenciação entre letras e números. É possível ser lido independente de ser uma palavra com poucos caracteres. Precisa haver uma variedade de caracteres para ser lido. 2 . Momentos da relação entre números e letras: • Confunde-se números e letras • Distinção da função: números servem para contar e letras para ler • Conflito: número serve ou pode ser lido apesar de não se letra • Em todas as línguas os números são lidos ideograficamente 3. Características que deve possuir o texto para ser lido: • Somente as folhas com desenho podem ser lidas • É necessário haver tanto o desenho como a escrita • Somente as folhas com a escrita podem ser lidas 4. Distinção entre letras e sinais gráficos: 39 • Os sinais de pontuação são mais pictográficos e não fonográficos como as letras • Não existe diferenciação entre eles e as letras ou números • Início de diferenciação limitado ao ponto, dois pontos, traços e reticências, são chamados de pontinhos, risquinhos, mas continuam ser assimilados como letras • Diferenciação inicial. Alguns são confundidos em função da semelhança com os números ou letras. • Diferenciação entre letras e sinais de pontuação. As crianças podem não nomeá-los mas sabem que estes são letras ou vão com elas. • Distinção nítida. Começam a utilizar denominações adequadas e a distinguir a função. 5. Orientação espacial da leitura • Não possui a orientação direita/esquerda, de cima para baixo • Transição, hora aponta corretamente ora não • Domina a orientação convencional da leitura 6. Leitura com imagens, palavras e orações • No processo de aquisição de leitura, a criança recorre a fontes de informação visual e não visual e coordena estas duas fontes para interpretar. • Para avaliar o nível dessa coordenação, propõe-se que a criança leia um texto acompanhado de imagens. • Texto e desenho indiferenciado • Diferenciação de texto e desenho • Imagem permite antecipar o texto. 7. Leitura sem imagens Leitura de Palavras • Objetivo: observar a maneira que a criança trabalha com o texto escrito sem outra referência mais familiar. • Leitura de palavras escritas • A criança não utiliza nenhum referencial, vai dizendo palavras do seu vocabulário sem relação com o que está escrito. • Atribui às palavras grandes, nomes grandes e coisas grandes. 40 • Se preocupa com a extensão da palavra escrita e da emitida oralmente, sem correspondência sonora • Se preocupa com alguns sons da palavra escrita e da emitida oralmente, sem correspondência sonora • Lê a palavra com falhas e corrige a leitura em função da compreensão da mesma • Lê corretamente Leitura de orações Objetivo: observar se a criança tem habilidade de operar simultaneamente com partes do enunciado oral e com as partes do texto. Nome: ___________________________________________ Data: _____/_____/_____. PROVA DO REALISMO NOMINAL 1. Diga uma palavra grande: _____________________________ Por quê: ____________________________________ 2. Diga uma palavra pequena: _____________________________ Por quê: ____________________________________ 3. Qual é a palavra maior, ARANHA ou BOI? _____________________________ Por quê: ____________________________________ 4. Qual palavra é maior, TREM ou TELEFONE? _____________________________ Por quê: ____________________________________ 5. Diga uma palavra parecida com a palavra BOLA. _____________________________ Por quê: ____________________________________ 6. Diga uma palavra parecida com a palavra CADEIRA. _____________________________ Por quê: ____________________________________ 7. As palavras BALEIA e BALA são parecidas? _____________________________ Por quê: ____________________________________ 8. Diante de duas cartelas escritas MESA e CADEIRA, pede-se à criança: a) Onde está escrito CADEIRA? ( ) acertou ( ) errou 41 b) Como você sabe? _______________________________________________________ 9. Diante das três cartelas escritas COPO COLO e ÁGUA o examinador chama a atenção da criança para a semelhança visual entre as duas primeiras palavras e faz a pergunta: a) Esta palavra parecida com COPO é COLO ou ÁGUA? ( ) acertou ( ) errou b) Como você sabe? _______________________________________________________ 10. Diante do par de palavras BOI e ARANHA o examinador fala: a) Nestes cartões estão escritas duas palavras, BOI e ARANHA. Onde você acha que está escrito ARANHA? ( ) acertou ( ) errou e BOI? ( ) acertou ( ) errou b) Por quê: _______________________________________________________________ 11. Diante do par de palavras PÉ e DEDO, o examinador fala: a) Nestes cartões estão escritas duas palavras: PÉ e DEDO. Onde você acha que está escrito DEDO? ( ) acertou ( ) errou b) Por quê: _______________________________________________________________ Nome: ___________________________________________ Data: _____/_____/_____. PROVA DE LEITURA COM IMAGEM 1. Leitura de palavras: 1.1 Apresenta-se para a criança 07 (sete) fichas onde existem uma figura familiar e um texto abaixo de cada imagem. Pergunta-se para a criança: Há algo para ler? ( ) sim ( ) não Onde? ( ) apontou ( ) não apontou O que está escrito? 1.2. Ficha apresentada Resposta da criança 1. _________________________________ ________________________________ 2. _________________________________ ________________________________ 3. _________________________________ ________________________________ 4. _________________________________________________________________ 5. _________________________________ ________________________________ 42 6. _________________________________ ________________________________ 7. _________________________________ ________________________________ 1.3 Classificação: ( ) I. Texto e desenho não estão diferenciados ( ) II. O texto é considerado como uma etiqueta do desenho: nele figura o nome do objeto desenhado; há diferenciação entre o desenho e o texto. ( ) III. As prioridades do texto fornecem indicadores que permitem sustentar a antecipação feita a partir da imagem. Obs: _____________________________________________________________________ 2. Leitura de orações: 2.1 Apresenta-se para a criança 04 (quatro) fichas com imagens e teto e pergunta-se: a) Há algo para ler? ( ) sim ( ) não b) Onde? ( ) acertou ( ) errou O que está escrito? 2.2. Ficha apresentada Resposta da criança 1. _________________________________ ________________________________ 2. _________________________________ ________________________________ 3. _________________________________ ________________________________ 4. _________________________________ ________________________________ 2.3. Classificação: ( ) I. Desenho e escrita na estão diferenciados (escrita e desenho constituem uma unidade indissociável) ( ) II. Diferenciação entre escrita e desenho (a escrita representa uma oração associada à imagem) ( ) III. Início de consideração de algumas propriedades gráficas do texto (a escrita continua sendo predizivel a partir da imagem). ( ) IV. Busca de uma correpondência termo a termo, entre os fragmentos gráficos e segmentações sonoras. 43 Nome: ___________________________________________ Data: _____/_____/_____. PROVA DE LEITURA SEM IMAGEM 1. Leitura de palavras: 1.1 Apresenta-se para a criança uma lista de palavras e pergunta-se: O que você acha que está escrito em cada linha da ficha? 1.2 Palavra apresentada Resposta da criança 1. _________________________________ ________________________________ 2. _________________________________ ________________________________ 3. _________________________________ ________________________________ 4. _________________________________ ________________________________ 5. _________________________________ ________________________________ 6. _________________________________ ________________________________ 7. _________________________________ ________________________________ 8. _________________________________ ________________________________ 9. _________________________________ ________________________________ 10_________________________________ ________________________________ 1.3 Níveis: ( ) I. Não utiliza o referencial ( ) II. Preocupação com a extensão da palavra escrita relacionada ao tamanho do objeto ( ) III. Preocupação com a extensão da palavra escrita e da emitida oralmente, sem correspondência sonora. ( ) IV. Preocupação com alguns sons da palavra escrita que já conhece. ( ) V. Leitura da palavra com algumas falhas, reformula o produto em função da compreensão da mesma. ( ) VI. Leitura correta da palavra. OBS: ____________________________________________________________________ 44 ___________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ OBSERVAÇÃO DE LEITURA Nome: ___________________________________________________________________ Série: ____________________ Idade: __________________Data: ______/______/______ CARACTERÍSITCAS DA LEITURA FREQUÊNCIA DE APRESENTAÇÃO 1. Fluência nunca às vezes sempre Lê palavra por palavra Lê sem inflexão Ignora a pontuação Fraseia com deficiência Apresenta dúvidas e vacilações Repete palavras conhecidas Lê devagar Lê de forma rápida Perde o lugar que está lendo 2. Reconhecimento de palavras nunca às vezes sempre Tem dificuldade de reconhecer palavras comuns a 1ª vista Comete erro em palavras comuns Decodifica com dificuldades palavras desconhecidas Acrescenta palavras Salta linhas Substitui palavras por outras conhecidas ou inventadas Inverte sílabas ou palavras 3. Diante de palavras desconhecidas nunca às vezes sempre Tenta sonorizá-las som por som Tenta sonorizá-las sílabas por sílabas 45 Não faz o reconhecimento pela forma, extensão ou configuração Falta-lhe flexibilidade para usar chaves fônicas ou estruturais 4. Utilização do contexto nunca às vezes sempre Advinha excessivamente a partir do contexto Não utiliza o contexto como chave de reconhecimento Substitui palavras de aparência semelhante mas com significado diferente Comete divergências que alteram o significado Comete divergências que produzem disparates 5. USO DA VOZ nunca às vezes sempre Enuncia com dificuldade Omite o final das palavras Substitui os sons Gagueja ao ler Lê com atropelo A voz parece nervosa ou tensa O volume de voz é muito alto O volume de voz é demasiado baixo O volume de voz é desagradável Emprega certa cadência ao ler 6. HÁBITOS DE POSTURA nunca às vezes sempre Segura o texto mais perto Move a cabeça ao longo da linha Mantém postura corporal inadequada durante a leitura Segue linha com dedo ou com régua Move o livro sem necessidade Dá mostras de excessivo cansaço ao ler Esfrega os olhos ou enxuga lágrimas Observações: ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 46 ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________ _________________________________________________________________________ LEITURA COMPREENSIVA Nome: ___________________________________________________________________ Série: __________________________________ Idade: ____________________________ Data: __________________________________ Reconheceu Lembrou Compreensão Sim Não Sim Não 1) detalhes 2) as idéias principais 3) ações em seqüência 4) relações de causa e efeito 5) traços dos personagens do texto Interpretação Sim Não 1) interpreta aspectos objetivos do texto 2) ) interpreta aspectos subjetivos do texto 3) estabelece relações entre os aspectos do texto e outros seqüência 4) tem autonomia na interpretação 47 LINGUAGEM ORAL Quando se fala em linguagem oral é preciso distingui PRONUNICA, VOCABULÁRIO E HABILIDADE DE FORMULAR FRASES (síntaxe oral) A) Pronúncia A pronúncia correta das palavras ou frases é um pré-requisito muito importante para aprendizagem da linguagem escrita. Deve ser avaliado de acordo com a idade cronológica, com seu estágio de desenvolvimento, levando isto em conta, se a criança apresenta dificuldade em pronunciar corretamente as palavras poderá vir a encontrar obstáculos na aprendizagem da leitura e da escrita; por outro lado se apresenta problemas em associar os sons que ouve com os movimentos articulatórios necessários a sua reprodução oral pode se esperar que também apresente dificuldades em associar aos sons falados e ouvidos ao movimento gráfico na linguagem escrita. É percebido mais a partir dos sete anos no período de alfabetização. B) Vocabulário É a capacidade de falar palavras conhecendo seu significado com base na própria existência. Crianças queapresentam reduzido vocabulário oral poderão apresentar problemas na compreensão dos materiais lidos porque nem tudo que vai conseguir decodificar terá correspondência com sua experiência vivida (para compreender tem que ter vocabulário, leitura e sua interpretação) C) Sintaxe Oral Habilidade de formular oralmente frases com sintaxe correta. Implica na perfeita elaboração mental das unidades básicas do pensamento, que são as frases (elaborar uma frase corretamente). Ao elaborar mentalmente as frases e ao articulá-la a criança deve respeitar a ordem dos vocabulários, os tempos verbais, concordância nominal, etc. Quando a criança apresenta dificuldade em relação a sintaxe oral, possivelmente terá na linguagem escrita a mesma dificuldade caracterizada pro condições das palavras ou pronomes, mudança na ordem de apresentação de vocábulos e outros erros da gramática portuguesa. Disortografia – não tem sintaxe escrita porque não teve a sintaxe oral anteriormente. 48 AMOSTRA DA LINGUAGEM ORAL A) Objetivo: observar como se dá a expressão oral do indivíduo a vista de uma gravura (recepção visual X expressão oral) B) Material: gravuras adequadas a faixa a ser avaliada. • Revistas • Relação: mãe/filho • Situação escolar • Animal • Criança sozinha • Só menino • Só menina C) Consigna: “Olhe estas figuras. Escolha o que você mais gostou. Agora me conte uma história sobre ela”. D) Correção: observar a criatividade ou descrição. Análise qualitativa: • Se a história tem sentido – semântica • Se existe seqüência lógica temporal (início, meio, fim) • Se existe relação entre fatos e gravuras. • Se há fantasias ou realidade • Se há alterações fonoarticulatórios • Como é o vocabulário: rico, pobre, limitado, adequado a idade e ao meio, repetitivo. • Sintaxe (verificar o uso correto de advérbio, pronome, substantivo, concordância verbal, nominal, como a criança utiliza). OBS. Ofertar no máximo seis a sete gravuras. Usar este teste no final da avaliação. • Como a criança articula as palavras • Troca de palavras • Anotar como a criança fala E) Síntese Modelo: 49 Quanto a linguagem receptiva observou-se que compreende ordem simples, no entanto não consegue entender as mais complexas. No que se refere a linguagem expressiva apresentou troca, vocabulário pobre, limitado, não conseguindo elaborar história frente a gravura. Apresenta troca fonoarticulatório demonstrou seqüência lógica temporal, fazendo relação entre fatos e gravura. Na sua oralidade apresenta sentido semântico adequado, apresenta fantasia nos fatos que fez narração. Não faz concordância nominal, etc. TESTE DE AUDIBILIZAÇÃO 1. Discriminação fonemática: 24 pares de sílabas para serem distinguidos pela criança se são iguais ou diferentes. Consigna: “vou dizer duas sílabas e você medirá se elas são iguais ou diferentes.” 2. Memória 2.1 Memória de frases: 6 frases apresentadas e que a criança deverá repetir. Consigna: “eu vou dizer uma frase e gostaria que você a repetisse, pode repetir o eu você lembrar, eu direi um vez somente, por isso preste atenção.” 2.2 Memória de dígitos: Conjunto de dígitos para a criança repetir Consigna: “agora eu direi alguns números e gostaria que, como fez com as frases, me repetisse.” 2.3 Memória de relatos: 3, 4, 5, 6 fatos que a criança deve repetir. Consigna: “eu vou contar algumas histórias bem pequenas e gostaria que você repetisse, se possível usando as mesmas palavras.” 3. Conceituação 3.1. Identificação dos absurdos: 6 frases onde os absurdo são apontados pela criança. Consigna: “vou dizer algumas frases e no final de cada uma delas voe me dirá se o fato que aconteceu na frase é absurdo ou não, isto é, não pode acontecer ou se pode acontece porque você achou que é absurdo ou não este fato.” 50 3.2. Identificação de objetos e situações: Identificar um objeto ou situação apresentada. Consigna: “vou lhe fazer umas perguntas e você me responderá como souber.” 3.3. Definição de palavras: palavras que a criança deverá definir por gestos usos, descrição, etc. Consigna: “vou perguntar o que é tal objeto e você me responderá o que souber”. 3.4. Organização sintático semântica: conjunto de três palavras para a criança reunir significativamente. Consigna: “vou dizer algumas palavras soltas e gostaria que você fizesse uma frase usando todas as palavras que eu disser.” 3.5. Avaliação do vocabulário compreensivo: 23 lâminas com 4 desenhos, a criança deve identificar o desenho que melhor se adapte à palavra dita pelo examinador. Consigna: “vou lhe mostrar umas figuras e dizer uma palavra e você apontará para a figura que para você represente essa palavra.” (se necessário dê um exemplo) ROTEIRO DE OBSERVAÇÕES DO DESEMPENHO LÓGICO MATEMÁTICO Data: _______________________ Nome: _______________________________________ Técnico Responsável _______________________________________________________ Motivo da Observação ______________________________________________________ 1- Quanto a disponibilidade para as atividade propostas, atuação, atenção, interesse. ___________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2- Atuação nas atividades lúdicas: escolha, respeito as regras, resistência à frustração, excitação diante da vitória, compreensão de instrumentos e estratégicas, pensamento antecipatório. ___________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3- Atividades lógicos matemáticos (classificação, seriação) ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________ 4- Técnicas Operatórias 51 • Adição simples de unidades ____________________________________________ • Adição simples de dezenas ____________________________________________ • Adição simples de centenas ____________________________________________ • Subtração simples ____________________________________________________ • Subtração com recurso ________________________________________________ • Multiplicação com unidades ____________________________________________ • Multiplicação com dezenas e/ou centenas _________________________________ • Divisão simples ______________________________________________________ • Divisão até o passo ___________________________________________________ 5- Atividades de resolução de situações problema Raciocínio operação resposta utilização de recursos Envolvendo uma operação ___________ ___________ __________ ____________ Envolvendo mais operações ___________ ____________ ___________ ____________ Sem dados numéricos _______________ ____________ ___________ ____________ 6- Atividades relativas a série escolar (de acordo com o programa da escola) ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ _____________________________________________________ 7- Geometria ___________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 8- Provas Operatórias ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ _____________________________________________________
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