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Manual TEOE Actualizado

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Prévia do material em texto

ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância (ISCED), e 
contém reservado todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste 
manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrónicos, mecânico, gravação, 
fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto Superior de 
Ciências e Educação à Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância (ISCED) 
Rua Dr. Almeida Lacerda No 211, Ponta-Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23323501 
Fax: 258 23324215 
E-mail: info@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
http://www.isced.ac.mz/
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
 
 
Autor Dr. Fernando Manuel Samuel Safo Chicumule 
Coordenação 
Design 
Financiamento e Logística 
Revisão Científica e 
Linguística 
Ano de Publicação 
Local de Publicação 
Direcção Académica 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED) 
Dr. Marcelino Cumbane 
MSc. Chimica Francisco 
2019 
ISCED – BEIRA 
 
 
 
 
 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
i 
 
Sumário 
VISÃO GERAL ........................................................................................................................... iii 
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO .................................................................................................... 3 
AS TÉCNICAS E OS MÉTODOS DE ESTUDO .................................................................................... 11 
UNIDADE 3 - A LEITURA......................................................................................................... 15 
UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 19 
A TOMADA DE NOTAS ................................................................................................................... 19 
O RESUMO..................................................................................................................................... 23 
UNIDADE 6 A SÍNTESE ............................................................................................................... 28 
UNIDADE 7 ................................................................................................................................ 30 
A ORTOGRAFIA .............................................................................................................................. 30 
UNIDADE 8 ................................................................................................................................ 38 
A PONTUAÇÃO .............................................................................................................................. 38 
UNIDADE 9 ................................................................................................................................ 47 
A ANÁLISE DE UM TEXTO ESCRITO ............................................................................................... 47 
.................................................... 52 
UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 52 
A FRASE ......................................................................................................................................... 52 
UNIDADE 11 .............................................................................................................................. 56 
A FRASE SIMPLES E COMPLEXA ..................................................................................................... 56 
UNIDADE 12 .............................................................................................................................. 61 
ESTUDO DO VERBO ....................................................................................................................... 61 
UNIDADE 13 .............................................................................................................................. 65 
CONJUGAÇÃO PRONOMINAL........................................................................................................ 65 
Introdução ............................................................................................................................. 65 
UNIDADE 14 .............................................................................................................................. 68 
O DISCURSO DIRECTO E INDIRECTO .............................................................................................. 68 
A FICHA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................ 72 
UNIDADE 16 .............................................................................................................................. 74 
A FICHA DE LEITURA ...................................................................................................................... 74 
UNIDADE 18 .............................................................................................................................. 83 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
ii 
 
TEXTOS ADMINISTRATIVOS ........................................................................................................... 83 
Introdução ............................................................................................................................. 83 
UNIDADE 19 .......................................................................................................................... 85 
FORMAS DE TRATAMENTO ........................................................................................................... 85 
UNIDADE 23 ............................................................................................................................ 100 
TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO ............................................................................................... 100 
Introdução ........................................................................................................................... 100 
...................................................... 106 
UNIDADE 24 ............................................................................................................................ 106 
TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO ....................................................................................... 106 
UNIDADE 25 O RELATÓRIO ..................................................................................................... 115 
Introdução ............................................................................................................................... 115 
Bibliografia Recomendada ...................................................................................................... 119 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
iii 
 
VISÃO GERAL 
 
Bem-vindo ao Manual da Disciplina de Técnicas de 
Expressão Oral e Escrita 
A Competência na comunicação e expressão em língua portuguesa é 
uma das habilidades indispensáveis, quer na comunidade em geral, 
quer em todos os processos de gestão do capital humano, nas 
organizações. Assim, por meio deste manual pretendemos que o 
futuro técnico ou gestor de recursos humanos seja capazde se 
exprimir correctamente e de produzir documentos de carácter 
administrativo com uma boa expressividade e correcção linguísticas. 
 
 
Objectivos do Manual 
 
 
Constituem os objectivos deste manual 
Objectivos 
• Adquirir e aperfeiçoar as técnicas de expressão consideradas como 
fundamentais para a prossecução dos estudos superiores e para 
futura vida profissional; 
• Conjugar destrezas e conhecimentos linguísticos com literacia e 
 competências comunicativas; 
• Analisar aspectos gramaticais e funcionais da 
 língua portuguesa; 
• Reflectir sobre a estética e a cultura da linguagem; 
• Produzir correctamente textos de carácter administrativo; 
• Aplicar eficazmente as diferentes formas de tomada de notas ou de 
estudo; 
• Reconhecer as estratégias discursivas que norteiam a produção e 
organização de textos; 
• Usar correctamente as regras de pesquisa e elaboração de 
trabalhos científicos. 
 
 
Quem deveria estudar este manual 
O presente Manual foi concebido para estudantes do 1º ano dos 
cursos de licenciatura do ISCED. 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
iv 
 
 
Como está estruturado este manual 
O presente manual está estruturado da seguinte maneira: 
• Conteúdos deste manual. 
• Abordagem geral dos conteúdos do manual, resumindo os 
aspectos-chave que você precisa para conhecer a história da 
comunicação. Recomendamos vivamente que leia esta secção com 
atenção antes de começar o seu estudo, como componente de 
habilidades de estudos. 
 
 
Conteúdo deste manual 
 
Este manual está estruturado em temas. Cada tema, comporta 
certo número de unidades temáticas ou simplesmente unidades, 
cada unidade temática caracteriza-se por conter um título 
específico, seguido dos seus respectivos subtítulos. 
No final de cada unidade temática, são propostos 10 exercícios de 
fechados e 5 exercicios abertos. No fim de cada tema, são 
incorporados 10 exercícios fechados para avaliação e 5 exercicios 
abertos para auto-avaliacao. No final do manual estão 
incorporados 100 exercicios fechados para preparação aos 
exames. 
Os exercícios de avaliação são Teóricos e Práticos. 
 
 
Outros recursos 
O ISCED pode, adicionalmente, disponibilizar material de estudo na 
Biblioteca do Centro de recursos, na Biblioteca Virtual, em formato 
físico ou digital. 
 
 
 
 
 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
v 
 
 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
As tarefas de auto-avaliação para este manual encontram-se no 
final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
As tarefas de avaliação neste manual também se encontram no 
final de cada unidade temática, assim como no fim do manual em 
si, e, devem ser semelhantes às de auto-avaliação, mas sem 
mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente atribuição de uma nota. Também constará do 
exame do fim do manual. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exercícios de avaliação é uma grande vantagem. 
 
 
Habilidades de estudo 
 
O principal objectivo desta secção, é ensinar a aprender 
aprendendo. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso, é importante saber como, onde e quando 
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos 
que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos 
estudos, procedendo como se segue: 
 
1º - Praticar a leitura. Aprender à distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º - Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
vi 
 
3º - Voltar a fazer a leitura, desta vez para a compreensão e 
assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º - Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º - Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou 
as de estudo de caso, se existir. 
 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de 
estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: 
Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor 
à noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Preciso de intervalo a cada 30 minutos ou a cada 60 
minutos? etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; deve estudar cada 
ponto da matéria em profundidade e passar só a seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler 
e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no manual. 
 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-
se descanso à mudança de actividades). Ou seja, que durante o 
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das 
actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
vii 
 
fim ao perceber que estuda tanto, mas não aprende, cai em 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobretudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar. 
 
 
Precisa de apoio? 
 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, 
o material de estudos impresso, pode suscitar-lhe algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis 
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página 
trocada ou invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os serviços de 
atendimento e apoioao estudante do seu Centro de Recursos (CR), 
via telefone, SMS, E-mail, Casos Bilhetes, se tiver tempo, escreva 
mesmo uma carta participando a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
viii 
 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino à Distância (EAD), onde o recurso às TIC se 
tornam incontornável: entre estudante, estudante – tutor, 
estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que caro estudante, 
tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, 
com tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigitada 
para acompanhar as suas sessões presenciais. Neste período, pode 
apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou 
administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é de muita importância na 
medida em que permite-lhe situar, em termos do grau de 
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira fica 
a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. 
Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os 
conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e 
unidade temática, no manual. 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
 
O estudante deve realizar todas as tarefas (actividades avaliação e 
auto−avaliação), pois, influenciam directamente no seu 
aproveitamento pedagógico. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Esteja sempre ciente de que a nota das avaliações conta 
e é decisiva para a admissão ao exame final da disciplina. 
As avaliações são realizadas e submetidas na Plataforma MOODLE. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
ix 
 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do (s) autor (es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um autor, 
sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
 
 
Avaliação 
Muitos perguntam: como é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: sim é muito possível, talvez seja 
uma avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu manual. Quanto ao tempo de contacto presencial, 
conta com um máximo de 10% do total de tempo do manual. A 
avaliação do estudante consta de forma detalhada do regulamento 
de avaliação. 
As avaliações de frequência pesam 25% e servem de nota de 
frequência para ir aos exames. Os exames são realizados no final da 
disciplina e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames 
pesam 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a disciplina. 
É definida a nota de 10 (dez) valores como nota mínima de 
aprovação na disciplina. 
Nesta disciplina, o estudante deverá realizar pelo menos 5 
avaliações escritas sendo 2 fóruns e 3 testes (teóricos e práticos), e 
1 (um) exame final. 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
 
x 
 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento ds 
Cursos e Sistemas de Avaliação do ISCED. 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
3 
 
UNIDADE 1 
 O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 
 
Introdução 
Nesta primeira unidade, abordamos o processo de comunicação 
porque constitui a base da nossa comunicação no quotidiano. 
Neste processo, são estudados os elementos que garantem uma 
comunicação perfeita. 
Focalizamos também as funções de comunicação que se 
relacionam intrinsecamente com os factores da comunicação 
para o processo comunicacional. 
 
Ao completar esta unidade/lição, será capaz de: 
 Objectivos 
• Conhecer os elementos de comunicação; 
• Relacionar os factores da comunicação com as funções de 
linguagem; 
• Comunicar, de forma desbloqueada, sem ruído. 
 
 
 
 
O Processo de comunicação 
 No processo de comunicação, o emissor (ou codificador) emite 
uma mensagem (ou sinal) ao receptor (ou descodificador), 
através de uma chamada, por exemplo, um telefonema. O 
receptor 
 
interpretará a mensagem que pode ter chegado até ele com 
algum tipo de barreira (ruído) e, a partir daí, dará o feedback ou 
resposta, completando o processo de comunicação. 
Ciclo comunicacional: 
- Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da 
comunicação ou elaborar um sistema de signo ou um significado que 
aparenta objectivos comuns; 
- Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do 
repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Emissor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Emissor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mensagem
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mensagem
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Receptor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Receptor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ru%C3%ADdo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ru%C3%ADdo
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema
http://pt.wikipedia.org/wiki/Signo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Signo
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
4 
 
- Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter 
e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor. 
Tipos de Linguagem 
-Linguagem verbal: as dificuldades de comunicação ocorrem 
quando as palavras têm graus distintos de abstracção e 
variedade de sentido. O significado das palavras está nas pessoas 
(no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e 
interpretar as palavras); 
-Linguagem não verbal: as pessoas não se comunicam apenas 
por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os 
olhares, as entoações são também importantes: são os 
elementos não verbais da comunicação. 
Os significados de determinados gestos e comportamentos variam 
muito de uma cultura para outra e de época para época. 
A comunicação verbal é plenamente voluntária; o 
comportamento não-verbal pode ser uma reacção involuntária 
ou um acto comunicativo propositado. 
Alguns psicólogos (e.g. Armindo Freitas-Magalhães, 2007) 
afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de 
regular e encadear as interacções sociais e de expressar emoções 
e atitudes interpessoais: 
a) Expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém 
apenas a partir da sua expressão fisionómica. Por vezes os rostos 
transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas 
pessoas tentam inibir a expressão emocional. 
b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito 
importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido 
como prova de interesse, mas noutro contexto pode significar 
ameaça, provocação. Desviar os olhos quando o emissor fala é 
umaatitude que tanto pode transmitir a ideia de submissão 
como a de desinteresse. 
c) Movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a 
emissão de mensagens. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_verbal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_verbal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_verbal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89poca
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89poca
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psic%C3%B3logo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psic%C3%B3logo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armindo_Freitas-Magalh%C3%A3es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armindo_Freitas-Magalh%C3%A3es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armindo_Freitas-Magalh%C3%A3es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armindo_Freitas-Magalh%C3%A3es
http://pt.wikipedia.org/wiki/2007
http://pt.wikipedia.org/wiki/2007
http://pt.wikipedia.org/wiki/2007
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociais&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociais&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabe%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabe%C3%A7a
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
5 
 
d) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais 
podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial 
para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: 
inferiores hierárquicos adoptam posturas atenciosas e mais 
rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se 
descontraídos. 
e) Comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, 
velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de 
comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens 
mais claras do que uma voz agitada. 
f) Aparência: a aparência de uma pessoa reflecte normalmente 
o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através da 
indumentária, arrumo, maquilhagem, apetrechos pessoais, 
postura, gestos, modo de falar, etc, as pessoas criam uma 
projecção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As 
relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer 
aos outros a sua projecção particular e se os outros respeitarem 
essa projecção. 
Relação Interpessoal - construção da identidade (ERIKSON, 
1872): - implica definir quem a pessoa é, quais sãos seus valores 
e qual direcção deseja seguir pela vida. 
Elementos da comunicação 
A comunicação acompanha o ser humano desde seu nascimento, 
sendo processada em todo o tempo, independentemente da 
forma ou da localização. O sucesso de toda a actividade 
profissional é uma comunicação eficaz. 
 
Comunicar significa transmitir e receber mensagens e pode ser 
realizada por meio de: -Linguagem falada ou escrita, 
-Linguagem de sinais, 
-Ideias, 
-Comportamentos e atitudes. 
 
No entanto, a comunicação jamais poderá ser compreendida 
como um fenómeno isolado, pois ela somente será efectiva, se 
outros elementos estiverem presentes nessa dinâmica. 
 
Os elementos da comunicação são: 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Voz
http://pt.wikipedia.org/wiki/Voz
http://pt.wikipedia.org/wiki/Postura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Postura
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
6 
 
1- Emissor (locutor) = É aquele que dá início ao processo comunicativo, 
pois transmite a mensagem. 
 
2- Receptor (alocutário) = É o alvo do emissor, sendo quem recebe a 
mensagem. 
 
3- Mensagem = Pode ser um facto, ideias ou até mesmo, emoções, ou seja, 
é o conteúdo contido na comunicação. 4- Canal = É o meio pelo qual a 
mensagem é enviada do emissor para o receptor. 
 
5- Referente ou Contexto: É o objecto ou a situação a que a 
mensagem se refere. 
 
6- Código: É o conjunto de regras de combinação de signos 
utilizado para elaborar uma mensagem: o emissor codifica aquilo 
que o receptor irá descodificar. 
 
Entende-se que a organização deve estar atenta ao que vai além 
das palavras no processo de comunicação. É preciso focalizar 
também os gestos, as expressões e atitudes. Ao mesmo tempo, 
ressalta-se que o mais importante é ter capacidade de uma 
escuta atenta ao que diz o cliente, pois ele repassará para a 
empresa o feedback de todo o investimento realizado na sua 
direcção. 
 
O maior cuidado deve estar em não produzir “ruídos” ao realizar 
a comunicação. Isso quer dizer ter certeza de que a mensagem 
emitida foi correctamente recebida e interpretada pelo 
públicoalvo. 
 
É preciso ter o conhecimento das técnicas e dos conceitos para colocar 
as palavras certas em função da comunicação certa. 
 
Funções da linguagem 
 
1. Função Emotiva ou Expressiva 
Esta função ocorre quando se destaca o emissor. A mensagem 
centra-se nas opiniões, sentimentos e emoções do emissor, 
sendo um texto completamente subjectivo e pessoal. A ideia de 
destaque do locutor dá-se pelo emprego da 1ª pessoa do 
singular, tanto das formas verbais, quanto dos pronomes. A 
presença de interjeições, pontuação com reticências e pontos de 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
7 
 
exclamação também evidenciam a função emotiva ou expressiva 
da linguagem. Os textos que expressam o estado de alma do 
locutor, ou seja, que exemplificam melhor essa função, são os 
textos líricos, as autobiografias, as memórias, a poesia lírica e as 
cartas de amor. 
Exemplo: Pelo amor de Deus, preciso encontrar algo, nem que sejam 
cinco meticais! 
2. Função Informativa ou Referencial ou Denotativa 
Referente é o objecto ou situação de que a mensagem trata. A 
função referencial privilegia justamente o referente da 
mensagem, procurando transmitir informações objectivas sobre 
ele. Centra-se no contexto da mensagem. 
Exemplo: "Nos vertebrados, esta resposta inclui uma série de 
alterações bioquímicas, fisiológicas e imunológicas 
colectivamente denominadas inflamação" (Descrição da 
inflamação num artigo científico). 
3. Função Apelativa ou Conativa ou Injuntiva 
É voltada para o leitor, tom imperativo, e muito encontrada em 
propagandas. A mensagem é centrada no receptor e organiza-se 
de forma a influenciá-lo, ou chamar sua atenção, o contexto 
tornase a parte mais importante da mensagem. Geralmente, 
usa-se a 2ª pessoa do discurso (tu/você; vós/vocês), vocativos e 
formas verbais ou expressões no imperativo. Como essa função 
é a mais persuasiva de todas, aparece comummente nos textos 
publicitários, nos discursos políticos, horóscopos e textos de 
autoajuda. Como a mensagem centra-se no outro, ou seja, no 
interlocutor, há um uso explícito de argumentos que fazem parte 
de seu universo. 
Exemplo: "Beba Coca-Cola" / "Venha à caixa Senhor, venha!" 
4. Função Fáctica 
O canal é posto em destaque, ou seja, o canal que dá suporte à 
mensagem. Ocorre quando o emissor tem a intenção de testar o 
canal. A Função Fáctica seria basicamente o diálogo. 
Exemplo: "Alô?!", "Entenderam?", “Quem fala...?” 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
8 
 
5. Função Poética 
É aquela que se centra sobre a própria mensagem. Tudo o que, 
numa mensagem, suplementa o sentimento da mensagem 
através do jogo de sua estrutura, de sua tonalidade, de seu ritmo, 
de sua sonoridade. Essa função é capaz de despertar no leitor o 
prazer estético e surpresa. É explorado na poesia e em textos 
publicitários. 
Exemplo: “Aquela cativa que me tem cativo” (Camões). 
 
6. Função Metalinguística 
Caracterizada pela preocupação com o código. Pode ser definida 
como a linguagem que fala da própria linguagem, ou seja, 
descreve o acto de falar ou escrever. Programas de TV que 
abordam sobre a própria TV ou programas de TV que abordam 
sobre os media. Peças de teatro que tratam sobre o teatro. 
Exemplos: A linguagem (o código) torna-se objecto de análise do 
próprio texto. Os dicionários e as gramáticas são repositórios de 
metalinguagem. 
“Lutar com palavras é a luta mais vã. Entretanto lutamos mal 
rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortescomo 
o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-
las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu 
sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e 
súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de 
novo ao centro da praça” (Carlos Drummond de Andrade). 
Nesse texto, Drummond escreve um poema sobre como escrever 
poemas... Ou seja, a criação literária fala sobre si mesma. Um 
outro exemplo é quando um cartunista descreve o modo como 
ele faz seus desenhos num próprio cartoon; ele demonstra o acto 
de fazer cartoons e como são feitos. 
 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
9 
 
 
Sumário 
Em síntese: 
O processo da comunicação mobiliza todos os factores da 
comunicação, partindo do emissor que codifica uma mensagem 
que aborda um assunto do mesmo contexto, por meio de um 
canal que respeita um determinado código, para um receptor 
capaz de descodificar a informação veiculada na mensagem. 
Todos os elementos comunicacionais referidos centram-se, 
respectivamente, nas funções expressiva, poética, referencial, 
fáctica, metalinguística e apelativa. 
 
 
Exercícios 
Leia atentamente os textos e responda às questões levantadas em 
torno deles. 
 
TEXTO -1 
Lição sobre a água 
Como substância, a água é incolor, insípida e inodora. 
Desempenha, portanto, um papel invulgar em todos os campos 
de actividade do mundo. Quimicamente, nada se lhe compara. 
Tratase de um composto de grande estabilidade, notável 
solvente e poderosa fonte de energia química. 
Quando congelada, portanto na forma sólida, a água se expande 
ao invés de retrair, conforme acontece com a maioria das demais 
substâncias, e o sólido mais leve flutua sobre o líquido mais 
pesado, com consequências surpreendentes. Ela é capaz de 
absorver e liberar mais calor que todas as demais substâncias 
comuns. No que diz respeito a uma série de propriedades físicas 
e químicas, tais como seu ponto de congelamento e ebulição, a 
água é singular, verdadeira excepção à regra. E quase todas as 
propriedades participam dos mecanismos da vida humana, quer 
naturalmente, como no processo digestivo, ou artificialmente, 
como uma máquina a vapor. 
Todas essas peculiaridades da água podem ser explicadas à luz 
da sua estrutura molecular. A combinação de dois átomos de 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
10 
 
hidrogénio com um de oxigénio formando a água (H2O) resulta 
numa molécula espantosamente resistente, sendo necessária 
uma energia extraordinária para cindi-la. De facto, até há uns 180 
anos passados acreditava-se que a água fosse um elemento 
indivisível, e não um composto químico. 
MATTOS e MEGALE: 13:1990 
 
Texto 2 
 
 
1. Identifique os elementos da comunicação presentes nos dois 
textos por meio de um quadro comparativo. 
2. Encontre funções da linguagem nos dois textos e exemplifique 
com passagens textuais. 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
11 
 
3. Descreva situações de ruído de comunicação em todos os 
factores de comunicação. 
4. Elabore um texto onde ocorram todas as funções da linguagem. 
 
 
 
UNIDADE 2 
 AS TÉCNICAS E OS MÉTODOS DE ESTUDO 
Introdução 
A unidade aborda essencialmente as técnicas de estudo para os 
estudantes do ensino superior e, no geral, para os estudantes de 
qualquer nível que queiram ver o seu trabalho repleto de 
sucessos. 
O ISCED usa o método PBL, que centraliza o processo de ensino 
e aprendizagem no aluno e a aplicação do estudante nos estudos 
constitui a base. 
Ao completar esta unidade/lição, será capaz de: 
• Diferenciar os métodos de estudo no ensino superior dos métodos de estudo no 
ensino secundário; 
• Organizar, planificar e implementar as tarefas, ou seja, as Objectivos actividades de 
estudo. 
 O método de estudo 
 
Ao ingressarmos numa instituição temos de prestar atenção a 
 algumas mudanças relacionadas aos métodos de estudo. Aqui e 
 em particular neste ISCED usa-se o método PBL que centraliza o 
 
processo de ensino e aprendizagem no aluno. Neste método, o 
 aluno é o centro da aprendizagem e todas as atenções estão viradas para o seu 
desenvolvimento, com tendência à resolução de problemas 
específicos da vida quotidiana. Como veremos nos tópicos que 
se seguem nesta unidade não pretendemos ilustrar a 
aplicabilidade do método, mas sim o uso de determinadas 
técnicas que contribuirão para o maior rendimento do estudante 
no método. 
A Aprendizagem no ISCED 
Como já dissemos acima, os métodos de aprendizagem no ISCED 
são diferentes dos usados no ensino secundário geral, pois, para 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
12 
 
além do nível de abordagem dos conteúdos que é mais profundo, 
os estudantes devem possuir a seguinte 
 postura (+) pesquisadores, (–) dependentes do 
Docente e de maior autonomia na aprendizagem. 
A título de exemplo de algumas diferenças dos estudantes das duas 
escolas temos, de acordo com Ruiz, (1991: 19)2: 
“no curso médio, o estudante leva para casa as tarefas 
diárias; não acontece o mesmo na faculdade. No curso 
médio, os alunos andam uniformizados, não podem 
fumar no recinto escolar e as classes são bastante 
homogéneas; no curso superior nada disso acontece”. 
Como se pode notar, a caracterização do ambiente de estudo no 
ensino universitário é diferente do ensino secundário. Assim, o 
estudante do ensino universitário deve ser pontual, responsável 
e assíduo às aulas. A responsabilidade referida parte da 
programação das actividades diárias. O plano de actividades 
No quotidiano, notamos constantemente que todo o homem 
planifica, pois, a planificação é guia das suas actividades. Com 
base nela, os homens praticam e controlam o cumprimento dos 
objectivos previamente estabelecidos. Assim, tendo o estudante 
um conjunto de actividades a efectuar, é pertinente que essas 
sejam devidamente planificadas para que o objectivo de 
assimilação dos conteúdos seja consumado. 
Segundo Estanqueiro (2002: 13)3: 
“Se compararmos o rendimento de duas pessoas com 
capacidades intelectuais semelhantes, veremos que vai 
mais longe aquele que dedica mais horas ao estudo. 
Acontece até que muitos estudantes de ritmo lento (tipo 
tartaruga) chegam a superar colegas rápidos (tipo lebre), 
só porque começam mais cedo e são mais regulares”. 
Da citação, pode compreender-se até que ponto vai a 
responsabilidade do estudante na universidade, pois, antes de 
tudo, o estudante deve ser capaz de dispor de tempo para 
estudar ou mesmo para frequentar todas as aulas do curso. 
Assim, tornase indispensável que o estudante descubra o tempo 
para o desenvolvimento desta e de outras actividades. 
 
2 RUIZ, J. Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos, 
São Paulo: ATLAS, 1991 
3 ESTANQUEIRO, A. G. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed., 2001 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
13 
 
 De acordo com Ruiz, (1991: 22)4: 
“A maneira mais prática de descobrir ou fazer aparecer o 
tempo consiste em tomar uma folha de papel, anotar os 
diversos dias da semana em linha horizontal e os diversos 
afazeres em linha vertical; registar depois, na coluna de 
cada dia da semana, as horas plenas e os diversos 
espaços”. 
 
É evidente que nem sempre acordaremos a hora indicada no 
nosso horário, mas o grande esforço do estudante deve cingir-se 
no cumprimento do horário estabelecido. Neste horário devem 
constar todas as actividades inclusive as actividades de estudo 
individual: preparação para a aula, revisão de aula, revisões 
gerais para as provas e exames e até os tempos de lazer. 
Não importa se o tempo de estudo de cada cadeira ou disciplina 
é pouco ou não, porque se usarmos correctamente as técnicas 
de leitura, revisão, fichamento teremos um bom 
aproveitamento. Nisto, é necessário desenvolver técnicas para 
tornar qualquer tempo produtivo. 
Do ponto de vista de Ruiz,(1991: 22)5: 
“A perseverança no cumprimento do programa é o maior 
problema; geralmente, o nosso tempo é pequeno, mas o 
pior é que o pequeno espaço de tempo se converte em 
nada pela falta de perseverança”. 
 O autor acima referido apela-nos para maior perseverança nas actividades 
programadas no horário individual, mas para além da perseverança, 
 
4 RUIZ, J. Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos, 
São Paulo: ATLAS, 1991 
5 RUIZ, J. Álvaro. Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos, 
São Paulo: ATLAS, 1991 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
14 
 
Estanqueiro cita também a necessidade de ocupar as melhores horas do dia 
para o estudo individual. 
Segundo Estanqueiro (2002: 14)6: 
“o estudo é uma actividade ciumenta que exige as melhores 
horas do dia. Quais são? Várias experiências provam que o 
rendimento intelectual da manhã é superior ao da tarde e ao 
da noite. Ao princípio da tarde, ocorre sempre uma quebra 
de vivacidade mental, fruto de uma certa sonolência que 
ataca a gente e não apenas os que fizeram um grande 
almoço. Quanto à noite, é natural que o cansaço acumulado 
de um dia prejudique o rendimento, apesar de haver pessoas 
que se dão bem a estudar na calma da noite”. 
Pode-se depreender da citação que, cada estudante tem um 
determinado tempo que lhe é rentável nas suas actividades, 
pois, enquanto uns obtém uma boa atenção mental na 
assimilação dos conteúdos nas manhãs; outros, obtém o mesmo 
estado nas tardes ou à meia-noite. Por isso, convém deixarmos 
bem claro nesta unidade que cada estudante deve ser capaz de 
descobrir o seu tempo mais rentável. Além do tempo, as 
condições do ambiente de estudo “calmo, barulhento, no quarto, 
na praia”, estado emocional do estudante entre outros, 
constituem os principais factores a ter em conta na planificação 
do tempo de estudo. 
 
 
Sumário 
Em síntese: 
A adopção de um ou do outro método de estudo nos 
estabelecimentos educacionais tem como objecto alcançar os 
objectivos preconizados nos programas. Assim, com a adopção 
do método PBL, esperamos que o processo seja eficaz e que o 
aluno sinta que tem todas as ferramentas necessárias para o seu 
progresso. 
A programação, a perseverança e a responsabilidade nas 
actividades será como sempre a base do êxito educacional do 
estudante. 
 
6 ESTANQUEIRO, A. G. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed., 2001 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
15 
 
 
Exercícios 
1. Elabore um horário das suas actividades tendo em conta as 
cadeiras que tem e as exigências do curso. 
2. Indique duas vantagens da programação das actividades. 
3. Por que razão Ruiz afirma que “A perseverança no 
cumprimento do programa é o maior problema…”. 
 
UNIDADE 3 - A LEITURA 
Introdução 
No processo de ensino e aprendizagem é preciso compreender 
que o êxito nos estudos provém da adopção de técnicas de 
estudo e de leitura. Fazer uma boa leitura significa criar 
condições para que a leitura termine na compreensão dos 
conteúdos. Assim, nesta unidade, pretendemos apresentar 
algumas técnicas que lhe poderão ajudar nos seus estudos. 
Ao completar esta unidade/lição, será capaz de: 
 
• Indicar o propósito da leitura; 
• Praticar a leitura de acordo com as etapas; 
Objectivos Verificar a compressão dos conteúdos. 
 
 Para se alcançar o pleno êxito na sua carreira estudantil, não basta apenas o facto de 
participar às aulas e receber as orientações com relação aos objectivos da aprendizagem, 
mas é também necessário que se façam leituras. 
 De acordo com Gomes (2002: 57)7, o acto de ler consiste em 
“decifrar símbolos de linguagem escrita para lhes conferir a 
correspondência com os sons que representam”. 
Do conceito de leitura acima apresentado, é possível notar que 
toda actividade da aprendizagem terá o seu fulcro na leitura 
porque com base nela o estudante será capaz de assimilar 
 
7 GOMES A. Didáctica de Ensino da Língua Portuguesa, Vol. II, 2002 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
16 
 
conteúdos a partir da atitude de clarificar os conteúdos 
subjectivos. 
Segundo Potts (1989: 56)8: 
“No sentido genérico, a qualidade de uma leitura é a 
soma de todos os elementos que estão presentes numa 
peça impressa, que influencia o êxito que um grupo de 
leitores consegue com ela. O êxito é medido pela 
extensão em que o texto é compreendido, a velocidade 
óptima é tida como interessante”. 
Como se afirma na citação, o êxito da leitura é avaliado pelo grau 
da compreensão do texto no processo de ensino e 
aprendizagem. Se os estudantes não forem capazes de 
transmitir o conteúdo patente no texto, ou seja, de mostrar que 
conhecimentos adquiriram ou, ainda, de usar os conhecimentos 
para responder a determinadas necessidades, então, eles não 
entenderam o texto. Porém, a leitura é antecedida por uma 
selecção de obras que normalmente nos é apresentada pelo 
docente, mas se assim não suceder siga as instruções que se 
seguem. 
 
Como seleccionar o que ler 
É evidente que ao nos dirigirmos à biblioteca já teremos em mão 
um tema relacionado com uma determinada área da 
aprendizagem. No entanto, será fundamental que conheçamos 
a organização dos livros de estudo na biblioteca e depois que 
conheçamos a organização dos próprios livros em si. Assim, é 
interessante trazermos a teoria de Estanqueiro (2001: 69)9 que 
refere que há três técnicas entre outras possíveis de ajudar a 
conhecer um livro, a descobrir o seu interesse e a tornar mais 
rentável a sua utilização. 
As técnicas destacadas pelo autor são: Percorrer o Índice, ler a 
Introdução e folhear as páginas. Para o autor “pelo índice é 
possível ver o essencial da matéria tratada. (...) Na Introdução, 
o autor explica as intenções do livro, (...) Folheando o livro pode 
observar-se a forma como é apresentada a matéria”10. 
 
 
8 In Didáctica de ensino da língua portuguesa. 
9 ESTANQUEIRO, A. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed., 2001 
10 ESTANQUEIRO, A. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed., 2001 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
17 
 
Na mesma perspectiva de abordagem, Ruiz (1991: 35)11, para 
além dos elementos citados, acrescenta que “devemos ver o 
nome do autor, o seu Curriculum, a orelha do livro, a 
documentação ou as citações ao pé das páginas, a bibliografia, 
assim como verificar a editora, a data, a edição e ler 
rapidamente o prefácio”. 
No processo de desenvolvimento da leitura é preciso ter em 
conta dois passos que são considerados fundamentais para que 
se efectue uma leitura efectivamente produtiva. Na primeira 
leitura, procura-se ter um conhecimento global do texto e, na 
segunda, faz-se uma leitura mais aprofundada procurando 
compreender e assimilar o essencial. 
A primeira etapa da leitura, de acordo com Estanqueiro, pode 
ser designada Ler “por Alto” e a segunda Ler “em 
Profundidade”. A primeira consiste em dar uma passagem de 
olhos pelo seu conteúdo, procurando ter uma visão panorâmica 
do terreno a explorar, ou seja, uma visão geral do assunto “a 
Ideia Principal”. Nesta primeira leitura, pode-se fazer a leitura 
de alguns parágrafos (os iniciais e os do meio e o último 
parágrafo). 
As questões tais como: 
“O Que diz o texto? Que pretende transmitir o 
autor? 
Que explicações são fundamentadas? Os factos e 
os argumentos são esclarecidos? 
Concordo com a opinião do autor? 
Que novidades surgem no texto? 
Encontro informações úteis? Posso aplicá-las na 
prática? 
Que ligações tem o assunto com aquilo que já 
sei?”. 
É bom notar que um bom leitor não regista passivamente tudo 
aquilo o que lê nos livros, mesmo se os autores lhe merecem 
toda a confiança. O bom leitor tem de manifestar o seu espírito 
crítico perante todo o conteúdo que lê, ele analisa, 
compreende, interpreta, compara e avalia. Esta prática torna-se 
 
11 RUIZ, J. Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiêncianos estudos, 
São Paulo: ATLAS, 1991 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
18 
 
eficaz a partir do momento em que sabemos sublinhar o 
essencial do texto. 
O acto de sublinhar as ideias-chave do texto desperta a atenção, 
ajuda a captação e facilita as revisões. Assim, para sublinhar e 
fazer anotações na margem do texto, o metodólogo Estanqueiro 
diz que é necessário: 
“Dar prioridade as definições, fórmulas, esquemas, 
termos técnicos, e outras palavras ou expressões que 
sejam a chave da ideia principal. 
Destacar uma ou duas frases por parágrafo. 
Sublinhar apenas os livros pessoais”. 
Por sua vez, Ruiz reforça que temos de seleccionar apenas as 
ideias principais e os detalhes importantes; não devemos 
sublinhar por ocasião da primeira linha, reconstruir o parágrafo 
a partir das palavras sublinhadas, ler o parágrafo sublinhado 
com a continuidade e plenitude de sentido de um telegrama; 
sublinhar com dois traços as palavras-chave da ideia principal, e 
com um único traço os pormenores importantes; assinalar com 
linha vertical, as margens mais significativas e finalmente 
assinalar com um ponto de interrogação as margens dos pontos 
a discordar. 
 
Sumário 
Em síntese: 
A qualidade de uma leitura é a soma de todos os 
elementos que estão presentes nele, que influenciam no 
êxito que um grupo de leitores consegue com ela. O 
resultado da leitura é medido pela extensão em que o 
texto é compreendido, a velocidade óptima é tida como 
interessante. 
 
Exercícios 
“No processo de desenvolvimento da leitura é preciso ter em 
conta dois passos fundamentais para que se efectue uma leitura 
efectivamente produtiva”. 
1. Quais são as etapas a seguir no acto da leitura? 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
19 
 
2. Que questões podem ser colocadas depois de ter feito uma 
leitura? 
 
 
UNIDADE 4 
A TOMADA DE NOTAS 
Introdução 
A tomada de notas constitui uma síntese dos conteúdos lidos e 
todo o estudante deverá conhecer e usar correctamente estas 
regras. Assim, nesta unidade apresentamos as diferentes formas 
de tirar apontamentos e as orientações recomendadas para cada 
método. 
Ao completar esta unidade/lição, será capaz de: 
 
• Conhecer as regras de tomada de notas; 
• Tomar notas. 
Objectivos 
 
 A Tomada de Notas 
 Um bom leitor, para além de sublinhar, também faz anotações quer no papel quer no 
próprio texto de apoio. Estas anotações, principalmente, as feitas no texto são a prova 
do seu espírito crítico. Enfim, as anotações são reacções ou comentários pessoais 
e podem expressar-se através de formas diversificadas: 
• Ponto de interrogação (?) como sinal de dúvida; 
• Ponto de exclamação (!) como sinal de surpresa ou entusiasmo; 
• Letras diversas para fazer uma observação simples como por ex: B - 
bom, I - importante ou interessante, N – não, R- rever e outras; 
• Palavras que resumam o núcleo central de um parágrafo; 
• Uma nota de referência sobre os assuntos defendidos pelo mesmo 
autor ou por autores diferentes (ESTANQUEIRO, 2001). 
 
 
 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
20 
 
Nota: 
Fazer anotações é enriquecer o livro e elas (as anotações) devem 
ser claras e breves. 
A actividade de tirar apontamento é complexa e constitui um dos 
processos fundamentais para a captação e retenção da matéria, 
pois, por meio dos apontamentos aprendemos melhor e as 
nossas informações ficam guardadas para sempre. 
De acordo com Estanqueiro, os apontamentos podem ser de três tipos: 
Transcrição, esquemas e resumos. 
O primeiro tipo de apontamento “A Transcrição” consiste em 
transcrever e copiar uma informação de forma totalmente igual 
ao texto original. Porém, é importante referir que esse não é o 
processo mais eficaz para estudar um assunto, embora seja útil, 
pois enquanto se escreve pensa-se sobre aquilo que se lê. Mais 
eficaz será fazer esquemas e resumos. 
Regras: 
De acordo com o mesmo autor12 as regras a serem seguidas nos 
apontamentos de transcrição são: 
• Não copiar longos textos, integralmente. Basta seleccionar 
as partes mais significativas; 
• Pôr entre aspas os textos copiados; 
• Indicar com precisão a fonte, ou seja, registar o nome do 
autor, o título do livro ou da revista; o número da edição, o 
local da edição, o editor, a data e a página. 
Se assim estiverem organizados, os apontamentos poderão servir 
em qualquer momento. 
Esquema 
Uma técnica importante é passar a esquema todas as 
informações tidas como ideias-chave, durante a leitura. Pois eles 
(os esquemas) são simples enunciados das palavras-chave, em 
torno dos quais é possível arrumar grandes quantidades de 
conhecimentos. De acordo com Estanqueiro “eles também 
representam uma enorme economia de palavras e oferecem a 
vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em 
análise, podendo ainda ser facilmente reformulados”. 
 
12 Estanqueiro, A, Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
21 
 
 
Tipos de esquemas: 
Ainda na mesma abordagem, refere-se que existem os seguintes 
tipos de esquema: Índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas 
e todos estes tipos de esquema podem ser encontrados nos 
manuais. 
De acordo com Ruiz, as regras do resumo são: 
• Ser fiel ao texto; 
• Apanhar o tema do autor; 
• Ser simples, claro e destacar os títulos e subtítulos; 
• Subordinar as ideias aos factos; 
• Manter um sistema uniforme de observação. 
Nota: Os esquemas não são aconselháveis pela insuficiência de informações. 
 
O resumo 
Segundo Estanqueiro (2001: 52, 53): 
Resumir é abreviar, tornar mais curto um texto. Isto exige 
capacidade para seleccionar e reformular as ideias essenciais, 
usando frases bem articuladas. 
Às pessoas pouco treinadas na técnica do resumo, propomos a seguinte 
metodologia: 
• 1.º Compreender o texto, na sua globalidade; 
• 2.º Descobrir a ideia-chave ou tópico de cada parágrafo; 
• 3.º Registar numa folha de rascunho o conjunto dos vários 
tópicos, recolhidos parágrafo a parágrafo; 
• 4.º Reconstruir o texto, de um modo pessoal, respeitando 
sempre o plano e o pensamento do autor. 
Um bom resumo, tal como um bom esquema, tem quatro características 
fundamentais: 
• Brevidade - os pontos principais da matéria são registados de 
forma abreviada. Um bom resumo não ultrapassa um quarto do 
texto inicial. 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
22 
 
• Clareza - os factos ou as ideias são apresentados sem qualquer 
tipo de confusão ou ambiguidade. 
 
• Rigor - o essencial do assunto é reproduzido fielmente, sem erros 
nem deformações. 
• Originalidade - a matéria é traduzida numa linguagem original, 
própria de cada leitor, embora transmita apenas o ponto de vista 
do autor. Resumir não é comentar! 
Fazer resumos é um processo eficaz para compreender e 
assimilar a matéria. É também um treino fundamental para a 
transmissão das nossas ideias, de forma breve, clara, rigorosa e 
original. 
Nas provas de avaliação, escritas ou orais, e pela vida fora, 
exigese capacidade para comunicar, com rapidez e eficiência, o 
essencial das coisas que sabemos. Aprender a resumir é 
aumentar as hipóteses de sucesso: 
 
Nota: quando for convidado a fazer um resumo, não hesite em 
perguntar qual a extensão desejada, para não haver defeito nem 
excesso. 
 
Sumário 
Em síntese: 
A actividade de tirar apontamento constitui um dos 
processos fundamentais para a captação e retenção da 
matéria, pois, por meio dos apontamentos aprendemos 
melhor e as nossas informações ficam guardadas para 
sempre. Os apontamentos podem ser de três tipos: 
transcrição, esquemas e resumos. 
 
Exercícios 
1. Indique as diferentes formas de tirar apontamentos. 
2. Diferencie-as. 
3. Faça a tomada de notas do Texto 1, da Unidade 1. 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA23 
 
 
UNIDADE 5 
O RESUMO 
Introdução 
Qualquer estudante do ensino superior deve ser capaz de 
resumir textos de carácter científico ou didáctico, pois, por meio 
dos resumos, os resultados adquiridos nos estudos são mais 
eficazes e mais amplos. 
Nesta unidade, veremos as estratégias usadas para a redução de 
um texto – a técnica de resumo - especificamente o método 
RASERO. 
 
Ao completar esta unidade/lição, será capaz de: 
 
• Detectar o essencial num texto para resumi-lo; 
• Discernir sobre o que é indispensável, o principal, o 
Objectivos importante, o secundário, o acessório e o inútil; 
• Resumir um texto de qualquer natureza (científico/ literário). 
 A actividade de resumir um texto destaca-se pelo facto de tornar o texto mais curto, 
contraído, condensado ou de abreviá-lo. Porém, não se deve confundir um plano com um 
resumo, pois, este é correctamente redigido, claro e construído. Deve pôr em realce o 
essencial, sem ser nem uma análise nem um comentário. 
De acordo com Lemitre (1986: 158), o resumo dá uma visão de 
conjunto do conteúdo e acentua a progressão dos pontos 
principais. Ele respeita a linearidade do discurso inicial. Não pode 
retomar todas as ideias expostas, mas não deverá tão-pouco 
limitar-se a um sobrevoo abstracto não conservando senão os 
conceitos sem explicações. 
Em suma, resumir é apresentar, de forma contraída, reduzida ou 
abreviada, as ideias principais de um texto. E para chegarmos a 
ele, há que fazer uma operação mental insubstituível: dispensar 
o que não é significativo. Ao dispensar o que é secundário, 
valorizará só o que é fundamental. Por isso, um resumo bem 
feito é económico em palavras e rico em significado. 
São alguns dos exemplos de resumo: as manchetes, os títulos, as 
legendas. Assim, dar títulos, fazer manchetes ou construir 
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24 
 
legendas é uma actividade que muitas vezes nos ajuda no 
domínio significativo de um texto. 
Para detectar, referenciar, descobrir, apreender e apontar as 
ideias de fundo, directrizes, mestras, essenciais ou centrais é 
necessário seguir o método RASERO. 
• Rapidez da leitura do texto; 
• Atenção da leitura do texto; 
• Sublinhado das ideias-chave; 
• Esquema do essencial; 
• Resumo das unidades de significação; Operatividade. 
 
Nestas actividades, a grande dificuldade é de identificar qual é o 
conteúdo mais importante, mas é preciso ter em atenção que as 
ideias principais encontram-se em constelações de ideias. Ver 
em Ruiz p. 38-39 como se pode notar a partir do Plano (esquema) 
traçado se o leitor é capaz de produzir o resumo considerando 
os seguintes aspectos: 
• Eliminar as repetições, as interjeições; 
• Suprimir pormenores, exemplos isolados, citações, mas sem cair na 
generalização esquemática; 
• Manter os valores mais significativos em abordagens que 
apresentam números; 
• Distinguir as ideias principais das secundárias; 
• Respeitar a ordem, a estrutura e a proporção do texto, bem como as 
articulações lógicas. 
Defeitos a evitar: 
• A utilização de frases ou expressões inteiras do texto que se quer 
resumir; 
• Acrescentamento de comentários pessoais; 
• A ausência de elos de ligação entre as frases e os parágrafos. 
 
 
 
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25 
 
 
Sumário 
Em síntese: 
Resumir é apresentar de forma contraída, reduzida ou abreviada, 
as ideias principais de um texto. E para chegarmos a ele, há que 
fazer uma operação mental insubstituível: dispensar o que não é 
significativo. Ao dispensar o que é secundário, valorizará só o que 
é fundamental. Por isso, um resumo bem feito é económico em 
palavras e rico em significado. 
 
 
Exercícios 
1. “O resumo dá uma visão de conjunto do conteúdo e 
acentua a progressão dos pontos principais. Ele respeita 
a linearidade do discurso inicial”. 
 
1. Clarifique a ideia expressa na afirmação. 
2. Explicite detalhadamente o método RASERO, resumindo o 
texto que se segue: 
A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NO TRABALHO COM O 
TEXTO LITERÁRIO 
 
O trabalho com a literatura infantil e juvenil no contexto 
escolar e a formação do hábito/necessidade de leitura tem 
motivado várias discussões e busca constante de inovações 
por parte dos profissionais da educação. Porém, na prática, 
percebe-se que as aulas de Língua Portuguesa não têm dado 
conta de abarcar toda essa carga de responsabilidades, 
principalmente no que se refere à formação do hábito de 
leitura de textos literários. Como em qualquer outro 
conteúdo, o ensino da leitura na escola necessita de 
metodologia. 
Segundo Ezequiel Theodoro da Silva e Regina Zilberman 
(2005, p. 115), uma pedagogia da leitura que objectiva a 
transformação do leitor e, através deste, da sociedade, 
dificilmente se funda na descrição da estrutura do(s) texto(s). 
Mais do que isso, uma pedagogia da leitura de cunho 
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26 
 
transformador propõe, ensina e encaminha a descoberta da 
função exercida pelo(s) texto(s) num sistema 
comunicacional, social e político. 
A história mostra que a criança só passou a ser vista como 
criança a partir do final do século XVII. Por isso, até então não 
se escrevia especificamente para elas, porque não existia o 
conceito de “infância” como um período particular na vida 
do ser humano. Foram as modificações acontecidas no início 
da Idade Moderna e solidificadas no século XVIII que 
propiciaram a ascensão de modalidades culturais como a 
escola com sua organização actual e o género literário 
dirigido ao jovem. A valorização da infância (enquanto faixa 
etária distinta do adulto) é o que chama a atenção nesse 
novo modelo, no qual a criança merece uma consideração 
especial e é-lhe dado o direito de tornar-se num adulto 
saudável, providenciando-lhe uma formação intelectual 
(ZILBERMAN, 2005). 
A escola tem, nesse processo, uma actuação 
fundamental. Ela deve propiciar um encontro adequado 
entre criança e livro. O convívio com o texto alarga 
horizontes; não se trata, portanto, de oferecer ao leitor-
jovem obras que justifiquem sua condição de marginalidade 
ou inferioridade social, mas sim, de dar-lhe a oportunidade 
de intercâmbio com o texto, vivenciando particularmente o 
mundo criado pelo imaginário. Dessa forma, a leitura adquire 
um carácter formativo, o que difere de uma função 
estritamente didáctica, propiciando elementos para a 
emancipação pessoal, fazendo com que o leitor tenha um 
maior conhecimento do mundo e do seu próprio ser através 
da fantasia criada pelo escritor. 
Nessa interacção entre o texto e o leitor, é fundamental 
o papel do professor, pois ele é o principal responsável pelo 
ensino da leitura na escola. 
Para tanto, precisa estar fundamentado em teorias que o 
ajudem a pensar práticas pedagógicas para o ensino da 
literatura na escola. E o primeiro passo para que isso ocorra 
é a conscientização, tanto por parte do aluno quanto do 
professor – principalmente deste – de que a leitura, neste 
caso particularmente a leitura de textos literários, é uma das 
formas de aquisição de conhecimento e gostar de ler é um 
processo: não se nasce gostando e pode-se aprender. 
Por isso, tal processo requer procedimentos 
didácticopedagógicos que levem o leitor a perceber que há 
um percurso até chegar ao objectivo, e que o prazer de ler é 
construído na medida em que ele vai superando as 
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27 
 
dificuldades, avançando e constituindo-se como sujeito, 
criando novas relações entre situações reais e situações de 
pensamento. 
Os alunos precisam ter contacto com textos literários em 
sala de aula, mas isso não pode ser feito de forma aleatória e 
desvinculada de um objectivo. É necessário planificar as aulas 
e usar estratégias que sirvam para despertar o interesse de 
crianças e adolescentes, permitindo-lhes superar as 
limitações e avançar, constantemente,no processo de 
amadurecimento como leitores e como pessoas. A esse 
respeito, Magnani afirma que: 
• se o gosto se aprende, pode ser ensinado. A 
aprendizagem comporta uma face não espontânea e 
pressupõe intervenção intencional e construtiva. 
Assim, o professor tem um importante papel a 
desempenhar no desenvolvimento de seus 
alunos/leitores (MAGNANI, 1991, p. 104). 
• Se o gosto se forma na aprendizagem escolar, o 
professor tem papel imprescindível neste processo. É 
necessário, além da planificação, uma intimidade 
com as obras literárias, adquiridas a partir do gosto 
de ler, primeiramente do professor, que será o 
principal mediador entre leitor e obra. 
Esta intimidade fará com que o professor tenha prazer 
em ler para seus alunos, comentar sobre as obras que está a 
ler e apresentar a eles tudo que a literatura é capaz de nos 
proporcionar. A partir daí os alunos naturalmente terão 
curiosidade em buscar sozinhos tudo aquilo que lhe é 
proporcionado quando o professor lê para eles. 
Ao fazer com que a obra literária chegue até ao aluno e ao 
planificar estratégias para este trabalho, o professor contribui para 
que os conteúdos básicos de leitura, escrita, oralidade e análise 
linguística estejam interligados e não isolados. Além de facilitar aos 
alunos o acesso a diversos géneros textuais. 
Dessa forma, serão capazes de perceber o percurso que 
há até se chegar ao objectivo, e que o prazer de ler está na 
superação, na responsabilidade e na consciência de que 
leitura demanda esforço. 
Entendida desta forma a leitura da obra literária, 
propõese que se pense no ensino de literatura a partir dos 
pressupostos teóricos da Estética da Recepção (JAUSS, 1971) 
que tem como fundamento central a ideia de que nenhuma 
obra está incólume às determinações históricas, às condições 
de recepção a que é exposta no passar do tempo. 
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28 
 
In: SANTOS NUNES, Isabel Cordeiro dos (2008). O texto literário 
no ensino fundamental. Porto Alegre 
(www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br) 
 
 
UNIDADE 6 A 
SÍNTESE 
Introdução 
Para a elaboração de qualquer texto, seja de que natureza for, é 
necessário seguir um determinado percurso de forma a atingir 
uma hiperestrutura textual coerente e coeso. 
Portanto, nesta unidade apresentamos o percurso metodológico que 
deve ser seguido na produção ou elaboração de uma síntese. 
Ao completar esta unidade/lição, será capaz de: 
 
 
 Elaborar uma síntese de texto de qualquer natureza 
 (científico/literário). 
Objectivos 
 
 
 
 
 Segundo Esteves (2002: 82)13, a síntese é “um género de texto elaborado, de dimensão 
reduzida, mas redigida de forma simples, clara e consistente”. A elaboração de uma 
síntese implica um bom domínio das técnicas de leitura e de escrita. Deste modo, é 
possível trabalhar-se vários tipos de texto em simultâneo. 
O apelo à escrita sintética do mundo actual é devido a dois 
aspectos. Por um lado, aos vários suportes de informação 
existentes e, por outro, às exigências do próprio leitor que se 
interessa por escritos recheados de “paginação, cor, abundância 
 
13 Esteves Rei. Curso de Redacção II, Porto: Porto Editora, p. 
82 13 idem 
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29 
 
de títulos, subtítulos e cabeçalhos, quadros, gráficos, resumos e 
sínteses, estrutura e plano em destaque, frases curtas (20 a 30), 
estilo concreto e vivo, próximo da oralidade, usando a forma 
activa e o infinitivo”13. 
 Percurso de elaboração 
Os passos a seguir para a elaboração de uma síntese assentam 
na compreensão do texto, na elaboração de um plano ou no 
reagrupamento das ideias e na redacção. 
I. Compreensão do texto 
Deve-se fazer uma leitura activa, tal como no resumo, mas em 
menor profundidade. Implica destacar as palavras-chave, 
ideiaschave e fazer anotações numa folha, usando frases soltas. 
II. Plano ou reagrupamento de Ideias 
Engloba os seguintes pontos: 
1. Apresentação – “Identifica o texto, o tema 
tratado, o nome do autor e eventualmente a 
tese”; 
2. Ilustração – “expõe os factos respeitantes ao 
tema; noutros casos, historia o problema”; 
3. Causas – “diagnostica o estado da questão, indo 
até às suas origens”; 
4. Efeitos – “reúne as consequências”; 
5. Remédios – “indica as soluções apresentadas 
pelos autores para alterar os efeitos ou resolver 
os problemas”; 
6. Conclusão – “apresenta as considerações finais 
dos textos”. 
 Plano ou Reagrupamento das Ideias 
1. Apresentar no estilo indirecto as posições de cada autor; 
2. Respeitar o pensamento de cada autor; 
3. Ser conciso, claro e preciso; 
4. Ter atenção à construção frásica. 
 
 
 
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30 
 
Aspectos a evitar 
1. Não se deve utilizar frases e expressões inteiras 
do texto; 
2. Não se deve fazer comentários ao texto. 
 
 
Sumário 
Em síntese: 
 
A elaboração de uma síntese implica um bom domínio das 
técnicas de leitura e de escrita. Na produção, há que evitar os 
seguintes aspectos: utilizar frases e expressões inteiras do texto; 
fazer comentários ao texto. 
 
 
Exercícios 
1. Releia atentamente o texto da unidade anterior e faça a sua síntese. 
 
 
 
UNIDADE 7 
A ORTOGRAFIA 
Introdução 
A Língua Portuguesa constitui, para além de elemento de 
Unidade Nacional em Moçambique, um meio de comunicação. 
Assim, ao futuro técnico/gestor, que usará esta língua como 
instrumento de comunicação, torna-lhe imperativo dominá-la. 
Portanto, é importante que se esteja atento à correcção 
linguística dos enunciados que ouvimos ou que lemos no dia-a-
dia. 
ISCED TÉCNICA DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA 
 
31 
 
 O desenvolvimento da capacidade de expressão escrita só será 
possível com a escrita constante. Escrever bem implica também 
dominar as regras, quer de ortografia quer da pontuação, por 
isso na unidade seguinte trataremos da Pontuação. 
Ao completar esta unidade/lição, será capaz de: 
 
 Aprofundar conhecimentos sobre o sistema verbal escrito 
 da língua portuguesa; 
Objectivos Escrever correctamente um enunciado sem cometer erros 
 ortográficos. 
 
 
 
Conceito da ortografia 
 
A Ortografia é a parte da Gramática que ensina a maneira correcta 
 
de escrever as palavras (Pinto; Lopes; Neves: 2001: 4). 
A habilidade de escrever é uma arma eficaz de sucesso, tanto na escola 
como na profissão. 
Na escola, a escrita é uma das formas de expressão mais valorizada na 
avaliação dos estudantes, em quase todas as disciplinas. 
Pela vida fora, as pessoas, mesmo seguindo profissões técnicas, 
 
têm de escrever cartas, relatórios, actas, exposições, 
comunicados, projectos, etc. A escrita é um instrumento 
fundamental para informar, demonstrar, persuadir ou 
simplesmente para interessar os outros pelas nossas ideias. 
É possível ter sucesso sem saber escrever correctamente. Mas aqueles 
que sabem escrever estão sempre em vantagem. 
Na expressão escrita o mais importante é fazer-se entender, mas 
isto não significa que se deve desprezar a ortografia. As palavras 
têm de ser escritas com correcção. 
Os erros ortográficos podem ter como causas a deficiente 
aprendizagem no ensino básico, a falta de tempo e de motivação 
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32 
 
para a leitura ou ainda a desvalorização da escrita em relação a 
outras formas de expressão. A maioria dos erros é um reflexo da 
oralidade. Espontaneamente, as pessoas escrevem as palavras 
como as pronunciam na linguagem oral. Falando mal, pioram na 
escrita. 
Observemos exemplos dos erros mais frequentes, encontrados nos 
trabalhos dos estudantes. 
Eliminação ou troca de letras 
Devido às confusões provocadas pela oralidade, acontece, por 
vezes, ao nível da grafia, a eliminação ou troca de algumas letras. 
É vulgar: 
 
__ A eliminação do e ou do i: 
adquado (errado) __adequadoadvinhar (errado ) __ adivinhar 
establecer ( errrado) __ estabelecer 
intlectual ( errado) 
 
__ A troca de e por i ou i por e: 
 __ intelectual 
defenição (errado) __ definição 
destinção (errado) __ distinção 
indespensável (errado) __ indispensável 
ivitar ( errado ) __ evitar 
 
menistro (errado) __ ministro 
previlégio (errado) 
 
__ A troca de o por u ou u por o: 
 __ privilégio 
agrícula (errado ) __ agrícola 
mágua (errado) __ mágoa 
opurtuno (errado) __ oportuno 
suburdinado (errado) __ subordinado 
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33 
 
 
__A confusão entre os prefixos es e ex: 
esperiência (errado) __ experiência espectativa 
(errado) __ expectativa expectáculo (errado) 
 __ espectáculo 
 
__ A confusão entre os prefixos per e pre: 
perconceito (errado) __ preconceito pregunta (errado) 
__ pergunta prefeição (errado) __ perfeição premissão 
(errado) __ permissão 
 
Troca de palavras homófonas 
Alguns erros provêm da troca de palavras homófonas, isto é, palavras que 
se pronunciam do mesmo modo. 
Diferentes na escrita e no significado, merecem distinção claras seguintes 
palavras: 
acento (modo de pronúncia) assento (lugar ) 
apreçar (avaliar) apressar (acelerar o 
passo) cem (numeral) sem ( preposição) 
concelho (município) conselho(opinião, parecer) 
concerto (sessão musical) conserto (reparação) 
consolar ( aliviar o sofrimento) consular (relativo ao cônsul) 
coser ( costurar ) cozer ( cozinhar) 
estofar ( cobrir de estofo) estufar ( meter na 
estufa) espiar ( espreitar) expiar ( sofrer 
um castigo) 
morar ( residir) murar ( pôr muro) 
paço (palácio) passo ( modo de andar) 
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34 
 
peão ( pessoa que anda a pé) pião (brinquedo) 
roído (mordido) ruído ( som) 
ruço ( pardacento) russo ( da Rússia) 
soar ( produzir som) suar (transpirar) 
tacha (prego) taxa (imposto) 
 
Outras palavras são igualmente difíceis de distinguir ao nível da oralidade, 
mas têm grafia e significados diferentes. Exemplos: 
descrição (narração) discrição (prudência) despensa 
(compartimento) dispensa (desobrigação) 
 
Confusões nos verbos 
Para o escritor Mark Twain, a culpa principal dos erros 
ortográficos deve ser atribuída aos verbos: “o verbo não tem 
estabilidade nem dignidade nem opinião duradoira”. Apesar do 
tom humorístico da frase, é um facto que o verbo tem pessoas, 
tempo, modo e vozes. Torna-se muito complexo conjugar tudo 
isso com a devida correcção. 
Por culpa dos verbos ou da ignorância de quem os usa, existem vários 
tipos de confusões: 
__ Confusão entre formas verbais e outras palavras: 
há (verbo haver) e à (preposição) 
traz (verbo trazer) e trás (preposição) 
asso (verbo assar) e aço (metal) 
vazo (verbo vazar) e vaso (recipiente) 
cede (verbo ceder) e sede (lugar) 
 
__ Confusão entre verbos diferentes 
vêm (verbo ir) e vêem(verbo ver). 
 
 
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35 
 
__ Confusão entre tempos diferentes do mesmo verbo: 
andaram (pretérito) e andarão (futuro) 
 
__ Confusão entre conjugações diferentes do mesmo verbo: 
mudasse (conjugação simples) e muda-se(conjugação pronominal) 
 
N.B.: Ler bons autores (em livros e revistas), de forma cuidadosa 
e com um dicionário sempre à mão, permite enriquecer o 
vocabulário essencial para a escrita (cerca de 2.200 palavras em 
Português, segundo os especialistas). 
(...) A leitura activa e interessada permite ainda observar como 
os outros comunicam. Escritores e bons jornalistas podem ser 
para o estudante escolas vivas, exemplos a seguir, modelos a 
imitar. (...) 
(...) Conhecer as regras básicas da gramática é um meio para falar 
e escrever com correcção. 
Na arte da escrita ninguém nasce perfeito. Aprende-se a 
escrever, escrevendo. O segredo fundamental para aprender a 
escrever é praticar a escrita, com exercícios constantes. A 
qualidade só se consegue depois de muita quantidade, feita com 
intenção de melhorar. Entre várias formas de treinar, sugerimos: 
• tirar apontamentos nas aulas; 
• copiar textos interessantes (pensamentos, poemas...); 
• resumir leituras de livros, revistas e jornais; 
• fazer trabalhos escritos, por iniciativa própria; 
• elaborar «escritos pessoais» (por exemplo escrever um diário onde 
se registem ideias, experiências e sentimentos). 
Praticando a escrita, com treinos sistemáticos (recorrendo a 
dicionários e prontuários sempre que houver dúvidas), é possível 
escrever sem medo. Mais do que isso, é possível escrever com 
gosto. 
 
 
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36 
 
 
Sumário 
Em síntese: 
A correcção na escrita é indispensável porque para se 
fazer entender é necessário que a linguagem usada e a ortografia 
das palavras sejam claras e correctas. 
Contudo, saber escrever é ter a ferramenta necessária 
para o sucesso no contacto em toda a sociedade. 
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37 
 
 
Exercícios 
Depois destes subsídios sobre a ortografia, e com ajuda de outras 
bibliografias responda as questões que lhe são levantadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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38 
 
 
 
UNIDADE 8 
A PONTUAÇÃO 
Introdução 
Pontuar uma frase escrita corresponde ao estabelecimento das 
pausas na comunicação oral e é apresentar a ideia que se 
pretende transmitir com exactidão e precisão. 
A má utilização dos sinais de pontuação pode resultar na 
completa ambiguidade comunicativa. Assim, nesta unidade 
apresentamos os diferentes sinais de pontuação e as regras 
usadas para a sua aplicação ou utilização. 
Ao completar esta unidade/lição, será capaz de: 
• Aplicar correctamente os diferentes sinais de pontuação; 
• Identificar erros de pontuação em textos produzidos; 
• Enunciar as regras para a utilização de sinais de pontuação. 
 
Objectivos 
 
 Definição 
 
 Designa-se por pontuação ao sistema de utilização de certos sinais gráficos convencionais 
(NOGUEIRA, 1989, p. 67). Entretanto, 
FERREIRA e FIGUEREDO acrescentam que: “a pontuação não é só 
 importante para exprimirmos com clareza o que pretendemos dizer. É-o também para uma 
boa e expressiva leitura dos textos”. 
Os sinais de pontuação contribuem para nos dar a entoação de vida 
à leitura e fazer as pausas necessárias. 
 Tipos de pontuação 
Os sinais de pontuação são: ponto final (.), ponto e vírgula (;), 
vírgula (,), ponto de interrogação (?), ponto de exclamação (!) as 
reticências (…), as aspas (« »), vírgulas altas (“ ”) o parêntese ( ), 
e o travessão (-). Dentre vários sinais de pontuação existentes 
podem ser agrupados em sinais que marcam a pausa e os que 
marcam a melodia (cf. FERREIRA, FIGUEREDO e CUNHA e 
CINTRA). 
 
 
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39 
 
 Sinais que marcam a pausa 
No entender de CUNHA e CINTRA, os sinais de pontuação que 
marcam a pausa são os que a seguir mencionamos. 
Vírgula (,) 
A vírgula, que marca uma pausa de pequena duração. Emprega-
se não só para separar elementos de uma oração, mas também 
em orações de um só período. Quando a vírgula se encontra no 
interior da oração serve para: 
a) Separar elementos que exercem a mesma função 
sintáctica (sujeito composto, complementos, adjuntos), quando 
não vêm unidos pelas condições e, ou e nem. 
Ex: A sua frota, a sua boca, o seu sorriso, as suas lágrimas, enchem-lhe a 
voz de formas e de cores… 
 
b) Separar elementos que exercem funções sintácticas 
diversas, geralmente com a

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