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Código Genético 
O código genético é a relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência correspondente de aminoácidos, na proteína. O código genético guarda toda a informação que rege a sequência dos aminoácidos, essencial para o desenvolvimento e funcionamento do organismo humano. Este código genético está presente em cada uma das células humanas, sendo responsável também pela hereditariedade. 
O DNA possui quatro bases nitrogenadas diferentes (A, T, C e G), e 20 tipos de aminoácidos diferentes. A partir disso, surgiu a hipótese de que três nucleotídeos constituem um códon - uma trinca de nucleotídeos, já que dois nucleotídeos produziriam apenas 16 combinações diferentes, insuficiente para os 20 aminoácidos que a célula produz; enquanto três nucleotídeos produzem 64 combinações possíveis; mais do que o suficiente para os 20 aminoácidos existentes. 
Essas 64 combinações ou códons têm papel específico na síntese de proteínas, pois 61 códons representam aminoácidos e três causam o término da síntese de proteínas, por não especificarem nenhum aminoácido. Por existir um número maior de códons (61) do que de aminoácidos (20), quase todos os aminoácidos são representados por mais de um códon. 
A descoberta de que o código genético é lido em trincas foi feita por Brenner e Crick, em 1961. Mas, somente em 1966, pela ação de vários pesquisadores, foi desvendado todo o código genético. 
A universalidade do código genético afirma que o mesmo surgiu muito cedo e permaneceu conservado durante a evolução, por isso, ele é o mesmo nos mais diversos organismos, desde as bactérias até o homem. Ou seja, todos organismos vivos são descendentes de um único grupo de célula primitiva. As mudanças significativas no genoma principal de uma espécie são determinadas pelos códons de terminação. 
Códons de Iniciação e Terminação 
O mRNA (RNA mensageiro) não é traduzido do início ao fim. A tradução começa e termina em pontos na molécula chamados de códons de iniciação e de terminação. O códon AUG determina o início da síntese de proteínas, ou seja, é o códon de iniciação. O AUG codifica o aminoácido Metionina (Met), portanto o primeiro aminoácido a ser incorporado em todas proteínas, tanto em procariotos quanto eucariotos, é a metionina. Em Escherichia coli (bactéria), eventualmente, GUG pode ser utilizado como códon de iniciação. 
Os códons UAA, UGA e UAG não são reconhecidos por nenhum tRNA (RNA transportador), determinando assim, uma parada no processo ao cessar a incorporação de aminoácidos, portanto, o térmido da síntese de proteínas. Esses códons são chamados de códons de terminação, códon de parada, ou ainda stop codon. 
Em resumo, o DNA é transcrito numa molécula de mRNA complementar que, se associa ao ribossomo no citoplasma. O código do mRNA é então traduzido numa cadeia polipeptídica. O códon AUG inicia a tradução, quando um tRNA ativado carrega o primeiro aminoácido, a metionina, para o ribossomo. 
O anticódon do tRNA liga-se ao códon AUG no mRNA. Uma ligação peptídica é formada entre os aminoácidos. O segundo tRNA recebe a cadeia de proteína em crescimento e a metionina do primeiro tRNA é cedida. O processo vai se repetindo até que apareça um códon de terminação, interrompendo a tradução. 
Os códons de terminação não têm tRNA correspondente. Então, o ribossomo se desassocia para ser reutilizado na tradução de outro mRNA

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