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Introdução em Farmacologia Geral (1)



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Conceitos e Divisões
Farmacologia
Conceito:
Estudo dos efeitos das substâncias
químicas sobre a função dos sistemas
biológicos
Divisões da Farmacologia
Farmacodinâmica
Estuda os efeitos bioquímicos, fisiológicos e o mecanismo
de ação dos fámacos.
“Estuda o que a droga faz com o organismo”.
Mecanismo de ação
Divisões da Farmacologia
Farmacocinética
• “Estuda o que o organismo faz com a droga”.
• Absorção
• Distribuição
• Metabolismo
• Excreção dos fármacos.
• Uma vez estabelecida a farmacocinética de
um fármaco, pode-se elaborar esquemas
racionais de posologia.
Divisões da Farmacologia
Farmacologia Clínica
Avalia a segurança e eficácia dos
fármacos no homem
Desenvolvimento de Novas Drogas
• Fase pré-clínica
• Fase clínica
Desenvolvimento de Novas Drogas
Fase Pré-Clínica
Síntese ou Extração 10.000 Substâncias Homogenatos de tecidos Cultura de Células Órgãos Isolados
Testes em Animais
Efeitos na função do organismo vivo, mecanismo de ação e toxicidade
Estudos Clínicos
• Fase I: farmacologia clínica (1 ano)
• Definir a segurança (voluntários sadios- 20-80)
• Farmacocinética e duração da ação
• Estudos não cegos (abertos)
• AIDS e câncer – voluntários portadores da doença
• Fase II: investigação clínica (2anos)
• Pacientes com a doença-alvo (100 – 300 pacientes)
• Estudo simples-cego – placebo e droga teste
• Definir a eficácia e a dose e regime de
administração
• Fase III: ensaios clínicos (3 anos)
• Número maior de pacientes que na fase 2 (1000 a 3000)
• Verificar a eficácia e detectar efeitos adversos
• Medicamento estudado e medicamentos comparadores
• Multicêntricos
• Duplo-cegos
• Elevado custo
• Fase IV: pós-comercialização
• Obter dados adicionais após a aprovação (morbidade e
mortalidade, novas formulações, etc.)
• Farmacovigilância
Farmacologia Clínica
Desenvolvimento de Fármacos
Divisões da Farmacologia
Toxicologia
Estuda os efeitos adversos dos fármacos e dos
agentes tóxicos.
Terapêutica
• Conjunto de medidas que tratam o doente
• Farmacoterapia
• Terapêutica com medicamentos
Droga
• Droog (holandês) = seco
• Drogué (Francês) = erva sêca
• Significado atual: Qualquer agente químico
capaz de alterar as funções do organismo com
efeitos benéficos (droga-medicamento) ou
efeitos maléficos (droga-tóxico).
Pró-droga
Termo usado para indicar que a substância química
precisa transformar-se no organismo a fim de
tornar-se ativa.
Ex.: Prednisona  Prednisolona
Fármaco
• Pharmakon (grego): significava não só
substância de uso terapêutico, mas também
venenos, feitiços e influência sobrenatural ou
mística.
• Significado atual: É a droga que provoca
efeitos benéficos ou úteis.
Medicamento ou Fármaco
Conceito:
É a droga, ou preparação efetuada com
drogas que provoca efeitos benéficos e
úteis, quando utilizada de acordo com
suas indicações e propriedades.
Remédio
• Qualquer coisa, inclusive medicamento, que
sirva para tratar o doente: higiene,
tratamentos dietéticos, rezas, massagem,
clima, sugestão, etc.
Placebo
• Placere (latim): “eu vou agradar”
• Preparação inativa administrada para
satisfazer a necessidade psicológica do
paciente de tomar um medicamento.
• Usado em ensaios clínicos controlados.
• Índice Terapêutico (IT): É a relação entre a dose letal (ou
tóxica) e a dose efetiva do fármaco.
• Dose letal (DL50): É a dose capaz de matar 50% de uma
população.
• Dose efetiva (DE50): É a dose capaz de produzir o efeito
farmacológico em 50 % da população.
• Nível plasmático efetivo: É a quantidade mínima de droga
capaz de provocar resposta farmacológica.
• Concentração máxima tolerada: É a quantidade máxima de
droga tolerada pelo organismo. Se essa concentração for
ultrapassada, provoca efeito tóxico.
Conceitos em Farmacologia
Forma Farmacêutica
• Forma de apresentação do
medicamento: xarope, comprimido,
cápsula, drágea, etc.
Medicamentos na Atualidade
• Sintéticos .............. 50%
• Vegetais ................ 18%
• Soros ..................... 1%
• Vacinas ................. 3%
• Semi-sintéticos ..... 3,5%
• Minerais ............... 9%
• Animais ................ 10%
Farmacocinética
Introdução
Farmacologia
- Dividida em duas áreas principais:
- Farmacocinética 
- Farmacodinâmica
FARMACOCINÉTICA
Vias de 
Administração
Absorção
Distribuição
Biotransformação
Excreção
↴
↴
↴
↴
Vias de Transporte dos Fármacos 
pelas Membranas
Difusão através de lipídios
Substâncias na forma não carregada (não-
ionizada ou apolares)  lipossolúveis  mais
facilmente absorvidos
Efeito do pH na difusão de fármacos
 A maioria dos fármacos são ácidos ou bases fracas,
podendo existir na forma ionizada ou não ionizada,
variando a razão entre as duas formas com o pH.
 Fármacos ácidos  forma não-ionizada no estômago 
melhor absorção
 Fármacos básicos  forma não-ionizada no intestino 
melhor absorção
 PKa  constante de dissociação
Valores de pKa
pKa (constante de
dissociação) é a medida
da força da interação de
um composto com um
próton. Quanto mais
baixo o valor do pKa de
um fármaco mais forte é
o ácido. Inversamente
quanto mais alto o pKa,
mais forte a base.
Absorção: Introdução
A absorção de um fármaco consiste na passagem
das suas moléculas do meio externo (local de
administração) para o interior da corrente
circulatória
Vias de Administração e 
Locais de Absorção
Via de Administração ‡ Local de Absorção
A via de administração é o local onde a droga é
introduzida no organismo
Vias de Administração
Fatores que influenciam a Absorção de Fármacos
Edema, ChoqueInflamação, 
queimadura
Condições Patológicas
PequenaGrandeCirculação local
MaiorMenorEspessura membrana
PequenaGrandeÁrea absortiva
PequenaGrandeDissolução sólidos
SólidaLíquidaForma farmacêutica
HidrossolúvelLipossolúvelSolubilidade
GrandePequenoPeso molecular
MenorMaiorConcentração
MENOR 
ABSORÇÃO
MAIOR 
ABSORÇÃO
FATORES
Administração Oral
Efeito Primeira Passagem
Administração Oral
Absorção no TGI: Mucosa Gástrica
Substâncias irritantes diminuem o esvaziamento
gástrico (administrar com alimento)
 velocidade de esvaziamento -  absorção
gástrica
Exemplos de substâncias absorvidas: álcool,
hormônios esteróides, aspirina, fenobarbital
Administração Oral
Absorção no TGI: 
Mucosa do Intestino Delgado
 Principal local de absorção de fármacos
administrados por via oral
extensa superfície de absorção (vilosidades e
dobras): 200m2
Administração Oral
Absorção no TGI: 
Mucosa do Intestino Delgado
Absorção depende de:
- Motilidade Gastrintestinal
- Fluxo sanguíneo esplâncnico – suprimento sanguíneo do
TGI, baço e pâncreas
- Tamanhos das partículas e formulação. Ex.: digoxina
- Fatores físico-químicos. Ex.: Tetraciclina + cálcio
- Absorção prolongada:
droga + materiais insolúveis (acetilcelulose, cera)
Administração Oral
Absorção no TGI: 
Interação com Alimentos
Modificação do pH do conteúdo gastrintestinal
 pH de 1,5 a 3
– redução da dissolução de comprimidos de eritromicina e
tetraciclina
- desintegração mais fácil da fenitoína ou dicumarol
Velocidade de esvaziamento gástrico
- Retardo do esvaziamento gástrico
* Refeições gordurosas, ácidas, com volume de líquido acima
de 300 ml
Aumento da atividade peristáltica do intestino
Competição pelos sítios de absorção
- Dieta hiperprotéica inibe a ação da levodopa
• Fluxo sangüíneo esplâncnico:
  fluxo sangüíneo esplâncnico – melhora na
biodisponibilidade de beta-bloqueadores
• Ligação direta do fármaco com componentes dos
alimentos(complexação)
Administração Oral
Absorção no TGI: 
Interação com Alimentos
Administração Retal: 
Absorção na Mucosa Retal
 Velocidade de absorção menor (não tem vilosidades)
A droga sofre menor ação metabólica do fígado
 Efeitos locais ou sistêmicos
Usada para: 
- Pacientes inconscientes
- Pacientes com náuseas e vômitos
- Lactentes
Administração sublingual
• Fármacos passam diretamente para a
circulação sistêmica
• Drenagem para a veia cava superior
• Resposta rápida
• Ex.: Isossorbida e nitroglicerina
Trato Respiratório
Absorção na via respiratória
- Mucosa Nasal
- Mucosa Traqueal e Brônquica
- Alvéolos Pulmonares
Farmacocinética de Drogas Inaladas
Subcutânea (hipodérmica)
 Absorção no tecido adiposo (ricamente vascularizado)
 Inadequada para grandes volumes (máximo 1 ml)
 Não devem ser irritantes (necrose)
 Diminuição da absorção (anestésico local + adrenalina)
Intramuscular
Droga

Líquido intersticial

Endotélio vascular

Circulação
Intramuscular
 Não usar grandes volumes de líquidos (volumes
moderados)
 Absorção pelos capilares e linfáticos
 Drogas insolúveis em água e solúveis no líquido
intersticial - absorção lenta
- óleos vegetais
- sais de metais pesados: mercúrio, bismuto
 Drogas insolúveis em água e no líquido intersticial não
são absorvidas (fibrose)
Endovenosa
 Não há absorção
 Efeito imediato
 Utilizada em pacientes hospitalizados ou inconscientes
 Utilizada para grandes volumes
 Útil em emergências
É a fração do fármaco administrado que atinge a 
circulação sistêmica.
BIODISPONIBILIDADE
Dose
Destruído no
intestino
Não 
absorvido
Destruído na
Parede intestinal
Destruído 
no fígado
Para a 
circulação 
sistêmica
Conceito
Biodisponibilidade comparativa
- Bioequivalência  Fármacos com a mesma
quantidade da droga podem não ser
bioequivalentes nas mesmas formulações ou em
formulações diferentes
- Fármacos não bioequivalentes podem gerar
ineficácia terapêutica ou toxicidade.
Concentração sanguínea versus tempo
Relacionados as características da droga
- Inativação antes da absorção no TGI
- Absorção incompleta
- Biotransformação na parede intestinal
(efeito de primeira passagem)
Fatores que podem influenciar a 
biodisponibilidade
Forma farmacêutica
- Natureza da formulação da droga
tamanho da partícula
excipientes
forma do sal
- Solubilidade da droga
Fatores que podem influenciar a 
biodisponibilidade
Características ligadas ao paciente
- Tempo de esvaziamento gástrico
- pH do estômago
- Motilidade no TGI
- Perfusão
- Estados de má absorção
- Função hepática e renal
Fatores que podem influenciar a 
biodisponibilidade
Interação com outras substâncias no TGI
- Alimentos
- Drogas
Fatores que podem influenciar a 
biodisponibilidade
Distribuição das drogas
DISTRIBUIÇÃO
FÁRMACO
Administração Direta Absorção a partir do sítio
de aplicação
PLASMA
Tecidos
Suscetíveis
Tecidos
Ativos
Emunctórios
Tecidos
Indiferentes
metabolização reservatório elimininação
Distribuição
LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS E 
TECIDUAIS
FÁRMACO
Forma LivreForma Ligada
Alfa-
Glicoproteína
Ácida
ALBUMINA Lipoproteínas e
Proteínas das Membranas
Eritrócitos Leucócitos Plaquetas
Fármaco
Livre
Proteína+ ComplexoFármaco-Proteína
Com ação
farmacológica
Farmacologicamente
Inerte
 Saturação dos Sítios
de ligação
 Velhice
( da capacidade de ligação)
 Gestação
(hemodiluição)
 Competição entre
fármacos AUMENTO
DA
FORMA LIVRE
 Hipoalbuminemia
( cirrose, síndrome nefrótica, desnutrição grave e uremia)
Distribuição
Barreiras anatômicas:
- Barreira hematoencefálica
- Barreira placentária
Distribuição
(Barreira hemato-encefálica)
Consiste de uma camada contínua de células
endoteliais unidas por zônulas de oclusão.
Torna o cérebro inacessível a muitas drogas de ação
sistêmica, incluindo agentes antineoplásicos e alguns
antibióticos, como aminoglicosídeos, cuja
lipossolubilidade é insuficiente para permitir sua
penetração na BHE.
Biotransformação de Fármacos
Biotransformação dos Fármacos
 Processo de alteração química dos fármacos 
no organismo
Droga
Excreção
Biotransformação
Pró-droga
Droga
AtivaçãoInativação
(Metabolização 
e Conjugação) (Metabolização)
Biotransformação dos Fármacos
Órgãos metabolizadores de drogas
- Fígado (principal)
- Pulmões
- Rins
- Supra-renais
- Estômago e intestino
Biotransformação
 Reações bioquímicas envolvidas no metabolismo dos fármacos
Fase 1: 
- alteram a reatividade química
  solubilidade aquosa
- oxidação, redução e hidrólise
Fase 2:
  ainda mais a solubilidade 
- conjugação
Substâncias que sofrem eliminação 
de primeira passagem significativa
• Aspirina
• Trinitrato de glicerina
• Dinitrato de isossorbida
• Levodopa
• Lidocaína
• Metoprolol
• Morfina
• Propranolol
• Salbutamol
• Verapamil
Biotransformação
Inibidores enzimáticos – inibem a
metabolização dos fármacos
Inibidores:
- Inseticidas organofosforados
- Cimetidina
- Omeprazol
Biotransformação
Indutores enzimáticos – estimulam a metabolização
dos fármacos
Indutores:
- Barbitúricos
- Fenitoína
- Etanol (ingestão crônica)
Excreção
A excreção dos fármacos refere-se ao processo
pelo qual um fármaco ou metabólito é eliminado do
organismo.
Vias de Eliminação
 O rim é o mais importante órgão de excreção.
 O trato biliar e as fezes constituem importantes
vias de excreção de alguns fármacos que são
metabolizados no fígado
 Também podem ser excretados no ar expirado,
suor, saliva, lágrimas e leite (são lipossolúveis e
não-ionizados)
Farmacodinâmica
Farmacodinâmica
• Locais de ação
• Mecanismo de ação
• Relação entre concentração da droga e
magnitude do efeito
• Efeitos
• Variação das respostas às drogas
Locais de Ação dos Fármacos
• Enzimas
• Transportadores
• Canais de íons
• Receptores
Paul Erlich – a droga só age quando ela se liga
Seletividade
• Especificidade no sentido de agir,
exclusivamente, em um só tipo de célula ou tecido
• Determina a margem de segurança entre os
efeitos desejados e os indesejados dos fármacos
• Ex.: Beta-bloqueadores
• Baseada na interação droga-receptor
Receptores
• Componentes da célula ou organismo que
interagem com a droga e dão início a uma cadeia
de eventos bioquímicos que levam aos efeitos
observados dos fármacos
Mecanismo de ação dos 
fármacos
K1
D + R DR Resposta
K2
Droga Receptor Complexo 
livre livre droga/receptor
Receptor
0
1,0
1 0,1 1,0 10,0
0,5
O
cu
pa
çã
o 
fr
ac
io
ná
ri
a
Concentração (escala log)
KA=1,0
Relação entre Droga & Receptor 
Relação Droga-Receptor
• Os receptores são responsáveis pela
seletividade de ação dos fármacos
• Os receptores medeiam as ações de agonistas
e antagonistas farmacológicos
Receptores
Famílias ou Tipos de Receptores
- Tipo 1: Acoplados a Canal Iônico
- Tipo 2: Acoplados a Proteína G
- Tipo 3: Acoplados a tirosina quinase
- Tipo 4: Acoplados a transcrição do DNA
Receptores
Famílias ou Tipos de Receptores
Interação droga-receptor
Afinidade
Eficácia
Agonistas – Droga que se liga ao receptor
produzindo uma resposta fisiológica
Parcial – baixa eficácia
Total – resposta máxima
Inverso – ações opostas às do agonistaAntagonistas – Droga que bloqueia o receptor,
impedindo a ação do agonista
Antagonistas
Antagonismo Competitivo
Antagonismo não-competitivo
Receptores e Doenças 
• Mecanismos envolvidos:
• Auto-anticorpos dirigidos contra proteínas
receptoras
• Ex.: Miastenia grave (inativação do receptor)
• Hipertensão grave (anticorpos ativadores do receptor
-adrenérgico
• Epilepsias (anticorpos ativadores do receptor
glutamatérgico)
• Mutações de genes que codificam os
receptores  produção de receptores anormais
• Receptores que não reconhecem ligantes
• Receptores com mecanismos efetores
permanentemente ligados mesmo na ausência do
agonista
• Enzimas
• Substâncias análogas do substrato da enzima 
causando bloqueio reversível ou irreversível
• Falsos substratos
• Moléculas Transportadoras
• Bloqueio do sistema de transporte
• Ex.: bloqueio da captação de noradrenalina-cocaína 
Outros Alvos para a ação de drogas
Fatores que Influenciam a 
Ação de Fármacos 
Fatores Dependentes do Paciente
Variabilidade do
Efeito da 
droga
 conc. da droga no local - Farmacocinética
de ação
 resp. fisiológicas à mesma - Farmacodinâmica
concentração da droga
Fatores Dependentes do Paciente
Fatores que Influenciam a Ação 
de Fármacos
• Idade
• Fatores Genéticos
• Reações idiossincrásicas
• Doença
• Interação entre drogas
Idosos
Alterações Farmacológicas com a 
idade 
VARIABILIDADE ADULTOS JOVENS ADULTOS VELHOS
(20-30 anos) (60-80 anos)
Água corporal 61% 53%
Gordura corporal (26-33 % mulheres) (38-45 mulheres)
(18-20 % homens) (36-38 % homens)
Albumina sérica 4,7g/dl 3,8g/dl
Função renal 100% 80%
Fluxo sangüíneo hepático 100 55-60
Alterações Farmacocinéticas no 
idoso
• Absorção
Hábitos nutricionais ( no transporte ativo de
açúcares, vitaminas e minerais)
Utilização de drogas não prescritas
 da superfície absortiva
 no esvaziamento gástrico
 do HCl
Alterações Farmacocinéticas 
no idoso
• Distribuição
 da massa muscular
 da água corporal
 da porcentagem de gordura corpórea
 da albumina sérica
  da alfa-glicoproteína com maior ligação de
drogas básicas como propranolol e lidocaína
Alterações Farmacocinéticas no 
idoso
• Metabolismo
 do fluxo sangüíneo hepático
 da massa do fígado
 da atividade das enzimas metabolizadoras de
drogas
 da incidência de doenças hepáticas
Alterações Farmacocinéticas no 
idoso
• Eliminação
 da função renal
- 50 anos  diminuição 25 %
- 75 anos  diminuição 50 % 
 da taxa de filtração glomerular
Clearence de creatinina
Comprometimento da Função Renal 
do idoso
 da responsividade a algumas drogas (Ex.:
diazepam)
 número e sensibilidade de receptores e
depleção de neurotransmissores
Drogas podem causar alterações cognitivas e
perda de memória
Interações entre drogas (polimedicação)
Alterações Farmacodinâmicas no 
idoso
Aumento da Meia-vida do Diazepam 
no Idoso
Recém-nascidos
“As crianças são os órfãos da 
terapêutica”
Shirkey
• Absorção
 Imaturidade do trato digestivo
 acidez
  secreções digestivas
  da motilidade
• Distribuição
  quantidade de albumina
Menor quantidade de gordura
Alterações Farmacocinéticas no 
Recém-nascido
• Metabolismo
- RN  enzimas de metabolização com baixa atividade 
50 a 70 % do adulto 
(Ex.: Cloranfenicol - síndrome do bebê cinzento e 
Kernicterus)
Alterações Farmacocinéticas no Recém-
nascido
- 1 ano  metabolismo + rápido que no adulto
• Excreção
Recém nascido  20 % do adulto
Gentamicina  T1/2 
- 6 meses de idade  filtração glomerular 
máxima 
RN prematuros= 18 h 
RN a termo = 6 h 
Adultos= 2 h
Alterações Farmacocinéticas no 
Recém-nascido
Efeitos da Idade sobre a Eliminação 
de Drogas
Reações Idiossincrásicas
• Efeito qualitativamente anormal geralmente
nocivo (fatal) que ocorre em uma pequena
proporção de indivíduos (determinado
geneticamente)
Ex.: - Cloranfenicol (anemia aplástica 1:50.000
pacientes)
- Primaquina (5 a 10 % homens negros -
hemólise)
Efeitos das Doenças
(Alterações Farmacocinéticas)
• Absorção
- Estase gástrica (enxaqueca)
- má-absorção (esteatorréia por insuficiência
pancreática)
- Edema da mucosa ileal (insuficiência cardíaca,
síndrome
nefrótica)
• Distribuição
- Alteração da ligação às P.P. (fenitoína na
insuficiência renal crônica)
- Disfunção da barreira hematoencefálica
(penicilina na meningite)
• Metabolismo
- Cirrose hepática
• Excreção
- Insuficiência renal aguda e/ou crônica
Efeitos das Doenças
(Alterações Farmacocinéticas)
Outros Fatores
• Estado Psicológico
• Peso Corporal
Fatores Dependentes do Fármaco
• Interação entre drogas
• Esquemas de administração
• Formas Farmacêuticas
• Prazo de Validade
• Tolerância (Taquifilaxia)
• Dependência
Interação entre drogas
• Ingestão simultânea de outro medicamento ou
alimento
• Efeitos benéficos ou indesejáveis e
prejudiciais
• Risco aumentado pelo número excessivo de
medicamentos e paciente sob o cuidado de
vários médicos
Interação entre Drogas
• Interações Físico-químicas
• Interações farmacocinéticas
• Interações farmacodinâmicas
Interações Físico-químicas
• Ocorrem antes da droga ser administrada
• Reduzem a biodisponibilidadde da droga
ativa
• Inativação do nitroprussiato pela luz
• Neutralização de drogas administradas pelo
mesmo equipo
Interações Farmacocinéticas
• Absorção
• Acelerada por fármacos que estimulem o esvaziamento
gástrico como metoclopramida e retardada por
fármacos que inibem o esvaziamento (anticolinérgicos)
• Inibição ou retardo da absorção do fármaco
Ex: tetraciclina + cálcio
Colestiramina + digoxina ou varfarina
Adrenalina + anestésicos locais
Interações Farmacocinéticas
• Distribuição
• Deslocamento do fármaco da ligação às proteínas
plasmáticas
• Deslocamento da bilirrubina por fármacos, como
ceftriaxona – Kernicterus (coreoatetose)
• Fármacos antiarrítmicos como verapamil e amiodarona –
deslocamento da digoxina -  a excreção renal da
digoxina - predisposição a arritmias
Interações Farmacocinéticas
• Metabolismo
Efeito da rifampicina sobre o metabolismo e ação 
anticoagulante da varfarina
Vermelho: Varfarina
Verde: Varfarina + 
rifampicina
Interações Farmacocinéticas
• Excreção
• Inibição da secreção tubular –
• Ex.: Probenecida + Penicilina
• Probenecida + Zidovudina
• Alteração do fluxo e pH urinários
• Diuréticos de alça e tiazídicos e lítio -  da 
toxicidade do lítio
Interações Farmacodinâmicas
• Antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos e
agonistas dos receptores beta-adrenérgicos
• Diuréticos -  potássio plasmático, potencialização das
ações tóxicas dos digitálicos
• Sildenafil potencializa nitratos orgânicos – risco de
hipotensão grave
• Inibidores da MAO ( níveis de Noradrenalina) com
efedrina ou tiramina – aumento dos níveis de
noradrenalina
• Varfarina + AAS – sangramento
• Fármacos antiinflamatórios (ibuprofeno ou
indometacina) em hipertensos – aumento da
pressão sangüínea
• Fármacos antiinflamatórios ( retenção de
sódio + diuréticos) – descompensação cardíaca
Interações Farmacodinâmicas
Fatores Dependentes do Meio-Ambiente
• Reações fototóxicas e fotoalérgicas (Ex.: retinóides)
- Desencadeada por um agente químico (manifestações de
queimaduras solares)
Ex.: Drogas - clorpromazina, tiazidas, ácido nalidixo,
piroxicam, hipoglicemiantes orais, sulfonamidas,
griseofulvina efenotiazinas.
• Ruído - fármacos hipnóticos
• Interação medicamento-alimento (Ex.: Metronidazol-
álcool)
• Isolamento ou vida gregária
Prescrição Racional
• Conhecimento da droga
• Diagnóstico correto da 
afecção
• Cuidadosa anamnese
Bibliografia Consultada
• Rang, et al., Farmacologia, 5ª edição, 2004;
• Silva, Penildon. Farmacologia, 6ª edição, 2002;
• Moura; Reyes. Interação fármaco-nutriente: uma
revisão. Revista de Nutrição, v. 15,p. 223-238,
2002
Medicamentos na Atualidade
USA 60.000 265.000
Itália 12.000 20.000
Alemanha 8.850 28.000
Canadá 8.000 17.000
Japão 6.000 20.000
Suiça 6.000 20.000
Brasil 6.000 13.500
Argentina 4.440 9.700
Espanha 4.000 12.000
Inglaterra 3.000 9.000
País Medicamento Produto Comercial
Farmacocinética