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Resumo farmacologia

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Farmacologia2
Valéria Santos 
Histórico
1550 - Histórico-Papiro de Ébers, utilização terapêutica de várias sustâncias químicas (800 fórmulas-papoula, algo, gingssen...
1602-1640 d.c- Galeno (131-201 d.c) filosofo de origem grega “Pai da Fisiologia Experimental” escreveu cerca de 400 tratados sobre medicina, indicando o uso de extratos de plantas e outros produtos naturais.
1779 – Samuel Hahneman (1755-1843) médico alemão criador da homeopatia terapia que considera que os semelhantes curam-se com semelhantes.
1824 – François Magencie (1783-1855) médico neurologista e fisiologista experimental francês, introduziu o conceito de investigação sistemática da ação das drogas.
1906- O bioquímico inglês Frederick Gowland demonstrou a existência de fatores acessórios nos alimentos, descobrimento das vitaminas.
1910 Paul Ehrlich (1854 - 1915), o composto à base de arsênio Salvasan, o primeiro tratamento eficaz para a sífilis.
1922 insulina sintética é liberada para tratamento humano.
1928- Alexaner Fleming, descobriu a penicilina, antibiótico muito eficas para infecções bacterianas.
1953 Dois cientistas americanos, Jonas Salk e Albert Sabin desenvolveram diferentes versões de uma vacina contra poliomielite, que foram apresentadas em meados da década de 50.
1960 – Criação da pílula anticoncepcional
1974 A primeira droga antiviral, o aciclovir, surgiu na década de 70 para ser usada contra algumas formas de herpes.
1990 – Mais de 20 anos após ser descoberto, 1em 1990, o fármaco AZT (azidotimidina) é utilizado contra HIV.
conceitos
· A farmacologia é a ciência voltada para o estudo dos efeitos das substâncias químicas (drogas), analisando todos os aspectos, desde as suas origens até os seus efeitos no organismo.
· Em farmacologia, drogas são substâncias químicas usadas para prevenir, diagnosticar e tratar doenças.
· O termo “droga” para designar substâncias de abuso como maconha, heroína, cocaína,... É utilizado erroneamente. 
Esta classe de substâncias que age no cérebro, modificando o seu funcionamento, com potencial de causar dependências, são classificadas como substâncias psicoativas.
O objetivo da administração de fármacos (drogas)em um paciente, é a obtenção de uma resposta biológica.
Existem 2 efeitos principais na administração de fármacos: benéficos (o esperado) e maléficos (indesejáveis).
· MEDICAMENTO: quando uma droga administrada provoca um efeito benéfico à saúde.
· TÓXICO: quando uma droga administrada provocada um efeito maléfico à saúde.
· O Primeiro teste do medicamento é feito em células, o segundo teste em animais e o terceiro teste em seres humanos
Medicamento de referência: 
Aquele medicamento cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal responsável (ANVISA). Está há muito tempo no mercado, geralmente, foi o primeiro remédio que surgiu para curar determinada doença.
· Patente (registra a fórmula do medicamento e não pode ser copiado durante 5 anos). E com a patente registrada garante o seu lucro após o lançamento do medicamento
Medicamento genérico: 
aquele medicamento que possui o mesmo princípio ativo, efeito, contra-indicações, dosagem, forma farmacêutica e a mesma indicação terapêutica e um medicamento de referência. Geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade.
· Após a expiração da patente os outros laboratórios podem ter acesso a fórmula do medicamento de referência. E também realizam os testes para a comprovação da eficácia. 
· Na sua embalagem tem escrito o princípio ativo ao invés de uma marca e a tarja amarela
Medicamento similar: 
aquele medicamento que tem o mesmo princípio ativo, concentração, via de administração, forma farmacêutica e indicação de um medicamento de referência, mas não bioequivalência comprovada. Apesar de garantido pelo Ministério da Saúde, não foi comprovado se a quantidade e a velocidade com que é absorvido pelo organismo são equivalentes ao medicamento tradicional.
· Não faz a comprovação da eficácia, para identificar um medicamento similar ele ira conter o nome fantasia e o nome do princípio ativo.
Drogas órfãs: são medicamentos desenvolvidos para doenças raras.
Medicamento x remédio
Medicamento: produtos manufaturados com a finalidade de diagnóstico, cura e alívio de doenças -princípio ativo- (ex: anti-hipertensivos, ansiolíticos, analgésicos,...)
Remédio: todos os recursos terapêuticos utilizados no combate à doença ou de seus sintomas - (ex: soro caseiro, banho quente, chás...)
As divisões da farmacologia
A farmacologia pode se subdividir em muitas áreas, mas as 2 principais divisões, que serão estudadas são: 
· Farmacodinâmica: descreve os efeitos fisiológico das drogas, o mecanismo de ação, os efeitos terapêuticos ( o que a droga fara com seu organismo.)
· Farmacocinética: descreve a absorção, distribuição, metabolismo ou biotransformação e eliminação da droga (o que seu organismo fara com a droga). Alguns autores designam como ADME.
AS VERTENTES DA FARMACOLOGIA
Farmacotécnica: relacionada ao preparo, purificação e conservação dos medicamentos com a finalidade de promover um melhor aproveitamento no organismo.
Farmacognosia: conhecimento obtenção identificação e isolamento dos princípios ativos (matérias-primas naturais encontrada nos reinos) passiveis de uso terapêutico.
Farmacologia Clínica: compatibiliza as informações obtidas no laboratório ( em animais saudáveis), com aquelas obtidas no animal-alvo(enfermo).
Farmacoepidemiologia: estudos dos efeitos dos fármacos em nível populacional. Ocupa-se com a variabilidade dos efeitos farmacológicos entre indivíduos.
Farmacoterapêutica: refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das enfermidades. Terapêutica envolve não só o uso de medicamentos, mas também outros meios para a prevenção, tratamento e diagnostico das doenças (cirurgias, radioterapia).
Imunofarmacologia: relacionado com a ação terapêutica de algumas substâncias (vacinas, medicamentos) que podem estimular ou deprimir o sistema imune e também com determinadas condições (deficiências nutricionais / estresse) que podem alterar a resposta imune.
Toxicologia: ciência que estuda os agentes tóxicos sendo que estes são quaisquer substâncias químicas ou agentes físicos (radiação) capazes de produzir efeito nocivo em um ser vivo (falência de órgãos, arritmias cardíacas).
A farmacoterapia
A farmacoterapia envolve um tratamento medicamentoso a pacientes portadores de enfermidades.
Existem fatores que podem influenciar o resultado da terapia medicamentosa, como:
· Cada indivíduo possui uma taxa de biotransformação da droga.
· Idade e sexo, genética, características físicas.
· Estado fisiológico e nutricional
· Doenças pré-existentes
· Fertilidade, gravidez e amamentação
· Cooperação do paciente.
POPULAÇÕES ESPECIAIS DE PACIENTES
· Recém-nascidos e crianças: pelo tamanho e biotransformação mais lenta precisam de dosagens ajustadas.
· Mulheres grávidas e em período de amamentação: Drogas atravessam a placenta facilmente atingindo o feto. Durante a amamentação a droga pode passar para o leite.
· Com comprometimento hepático e renal: biotransformação e eliminação alteradas.
· Idosos: funções hepáticas e renais diminuídas pela idade. E a polimedicação (uso simultâneo de diversas drogas)
A visão da farmacologia na visão do enfermeiro 
· é a administração dos medicamentos, porque precisamos saber o mecanismo de ação, população especial, o efeito no paciente, e a forma de apresentação das drogas
1. O principal fator estudado são as vias de administração dos medicamentos, porque a escolha da via de administração depende da apresentação do medicamento, sendo assim é necessário observar a dose, o medicamento, o horário, o paciente.
2. O estado fisiológico do paciente pode interferir na resposta ao medicamento, mostrando diferentes graus de toxidade.
3. Dever de orientação ao paciente sobre os efeitos adversos do medicamento,
FORMAS FARMACÊUTICAS
Formas Farmacêuticas são os modos de apresentaçãodos fármacos a fim de facilitar sua administração, garantindo a preservação de suas propriedades.
Todas as formas farmacêuticas contêm:
· Princípio ativo: substância que irá exercer a ação terapêutica no organismo.
· Dosagem/concentração: É a quantidade do princípio ativo no medicamento, ou seja, princípio ativo + excipiente/veículo.
· Excipiente/ veículo: Substância que não possui ação terapêutica e que tem por função dar forma e volume ao medicamento
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS
Comprimidos: forma farmacêutica sólida resultante da compressão de princípio ativo + excipiente. Permite maior precisão de dose e conteúdo, uma variedade de espessuras, formas (mastigáveis, sublinguais, vaginais, efervescentes); e é inviolável, ou seja, não é possível adulterar seu conteúdo:
Medicamento compactado dilui no estomago
Comprimidos revestidos ou drágeas: comprimido que passou por um processo de revestimento, útil para mascarar sabor, cor e aparência desagradáveis; proteger o princípio ativo (física e quimicamente); permitir mistura de substâncias incompatíveis e controlar a libração do fármaco.
O medicamento revestido (tem uma camada de cera) vai dissolver no estomago, mas o medicamento prensado vai sair do estomago e ser dissolvido no intestino.
Cápsulas: envolvido por uma substância relativamente elástica (amidoou gelatina), são as formas sólidas mais utilizadas na manipulação e são fáceis de transportar, capazes de mascarar sabor e aparência desagradáveis, e permitem liberação rápida do fármaco.
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI SÓLIDAS
· Pomadas: Forma farmacêutica de consistência mole e oleosa destinada ao uso tópico.
· Creme: Forma farmacêutica de consistência mole destinada ao uso tópico e difere das pomadas por possuir maior quantidade de água em sua formulação, e por isso apresenta absorção mais rápida.
· Gel: Forma farmacêutica que possui grande quantidade de água em sua formulação, o que proporciona uma absorção mais rápida se comparar com creme e pomada.
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS
Emulsão: forma farmacêutica líquida de um ou mais princípios ativos que consiste em um sistema de duas fases que envolvem pelo menos dois líquidos imiscíveis. Normalmente é estabilizada através de um ou mais agentes emulsificantes.
Dois líquidos que não se mistura no frasco e precisa ser agitado.
Suspensão: forma farmacêutica líquida que contém partículas sólidas dispersas em um veículo líquido, no qual as partículas não são solúveis.
· Alguns princípios ativos em formulação liquidas tem a data de validade menor, por isso não é vendido com ele dissolvido, somente o pó. O cliente precisa fazer a mistura com a água e a partir disto o prazo de validade é de 15 dias.
Xarope: forma farmacêutica aquosa caracterizada pela alta viscosidade, que apresenta cerca de 50% de sacarose ou outros açucares na sua composição.
Elixir: Soluções que contém álcool, açúcar e água.
OUTRAS FORMAS FARMACÊUTICAS
Adesivo: sistema destinado a produzir um efeito sistêmico pela difusão do princípio ativo numa velocidade constante, por um período prolongado.
Granulado Efervescente: granulado contendo, em adição aos ingredientes ativos, substâncias ácidas e carbonatos ou bicarbonatos, os quais liberam dióxido de carbono quando o granulado é dissolvido em água. É destinado a ser dissolvido ou disperso em água antes da administração.
Aerossol: embalagem sob pressão contendo um gás e ingredientes terapeuticamente ativos que são liberados após a ativação de um sistema apropriado de válvulas.
Supositório: forma farmacêutica de vários tamanhos e formatos, adaptada para introdução no orifício retal, vaginal ou uretral do corpo humano, contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos ou dispersos numa base adequada. Os supositórios fundem-se, derretem ou dissolvem na temperatura do corpo.
Preparações parenterais para injeção: uma forma invasiva de administração.
Absorção e vias de administração de fármacos
Índice terapêutico, reações adversas, tolerância, alergia.
Princípios farmacocinéticos
A farmacocinética estuda: absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos fármacos.
Primeira Fase: Absorção – necessidade de administração da droga.
A administração das drogas pode ser:
· Sistêmica; a droga atinge a corrente sanguínea.
· Tópica: a droga é administrada no local desejado.
Vias de administração
Alguns fatores determinam a escolha da via de administração:
Quanto ao medicamento:
Tipo de ação desejada
Rapidez de ação desejada
Natureza do medicamento
Quanto ao paciente:
Patologias pré-existentes
Nível de consciência
Impedimento físico de acesso
· Uso interno ou enteral: quando ocorre a ingestão do fármaco, promove ação gastrointestinal ou absorção por mucosa gastrointestinal, atingindo a circulação com distribuição sistêmica.
· Uso externo ou tópico: quando não ocorre ingestão do fármaco. A aplicação é diretamente na pele ou mucosa, ação local, não cai na corrente sanguínea.
· Uso parenteral: qualquer via de administração que não seja oral, mas que atinja a circulação sistêmica.
· Auricular (dentro do ouvido)
· Bucal (no interior da bochecha)
· Intra-arterial (dentro de uma artéria)
· Intra-articular (dentro da articulação)
· Intracutânea (dentro da pele)
· Inalação (dentro das vias aéreas)
· Intramuscular (dentro do músculo esquelético)
· Intratecal (dentro do canal espinal)
· Intravenosa ou endovenosa (dentro de uma veia)
· Intravaginal (dentro da vagina)
· Nasal (dentro do nariz)
· Ocular (dentro do olho)
· Oral (pela boca)
· Retal (pelo reto)
· Subcutânea (abaixo da pele)
· Sublingual (embaixo da língua)
· Tópica (nas superfícies)
· Transdérmica (na pele para absorção sistêmica)
VIA ORAL
Via mais conveniente e aceitável de administração de medicamentos.
“A via oral pode ser utilizada para um efeito local (trato gastrointestinal) ou sistêmico (após ser absorvida pela mucosa do intestino e atingir o sangue).”
Vantagens: A via oral é a mais segura, além disso é conveniente e econômica.
Desvantagens: O meio ácido do estômago e as
enzimas digestivas podem destruir a droga, algumas drogas irritam a mucosa gastrointestinal, podendo provocar vômitos, a presença de alimento pode prejudicar a absorção.
1. As drogas se dissolverão no estômago (com exceção de comprimidos de liberação intestinal)
2. O intestino delgado é o sítio primário de absorção;
3. As moléculas precisam atravessar uma série de
membranas biológicas até chegar na circulação porta hepática – conhecida como “via primeira passagem pelo fígado”
4. Absorção pelo intestino – cai na circulação
mesentérica- chega no fígado – chega no coração –pulmão e distribuição sistêmica.
5. Tempo total - 10 h: 
· 4 h de esvaziamento gástrico e
· 6 h de trânsito pelo intestino delgado.
VIA SUBLINGUAL
Via simples e eficaz. Apesar da área de absorção ser pequena é altamente vascularizada, o que proporciona uma absorção rápida.
· Fármacos absorvidos pela mucosa oral vão para a veia cava superior e caem na circulação sistêmica evitando a degradação gástrica e o efeito de primeira passagem hepática
Vantagem: permite a administração de fármacos de baixa estabilidade, devido o pH da mucosa bucal ser relativamente neutro.
Desvantagem: só permite a administração de
pequenas doses de fármacos.
Observação internet
Os medicamentos sublinguais são absorvidos rapidamente pela mucosa sublingual. Nessa forma de administração, o medicamento (em comprimidos ou gotas) deve ser colocado embaixo da língua e deve permanecer ali até a sua absorção total. Nesse período, não se deve conversar nem ingerir líquidos ou alimentos. Os medicamentos administrados por essa via promovem efeito sistêmico em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco resíduo na boca. Essa via é utilizada para administração de medicamentos em algumas urgências, como ataque cardíaco. Nessa situação, o medicamento tem que chegar rapidamente ao coração; entretanto, é importante saber que nem todo medicamento tem características que possibilitem sua utilização por essa via, que é descrita na bula como “sublingual” ou pelo símboloSL.
VIA RETAL
É uma via alternativa, quando a via oral não pode ser utilizada. Serve para ação local (laxantes) ou sistêmica
· Cerca de 50% da drenagem da região retal contorna a circulação porta, assim, minimiza a biotransformação hepática de fármacos.
· Mucosa retal apresenta absorção igual ao intestino delgado.
· Absorção via sanguínea pelas veias hemorroidais, se for para o intestino grosso vai para a via de primeira passagem. 
· Não tem 100% eficácia
· Veias hemorroidais superiores acesso a veia porta condução de fármacos para o fígado (efeito de primeira passagem.
Vantagem: evita a destruição do fármaco por enzimas digestivas ou pelo baixo pH do estômago. A via retal é útil se o fármaco induz o vômito quando administrado por via oral, para estados de inconsciência, estados febris e convulsivos, perigo de aspiração.
Desvantagem: a absorção retal geralmente é irregular e incompleta, sendo que muitos fármacos irritam a mucosa do reto. Não é muito bem aceita pelos pacientes.
Drogas injetáveis 
VIA INTRAVENOSA - Injeção de drogas em: veias periféricas ou cateteres centrais – entrada direta na circulação sistêmica pela veia cava superior. 
 Útil para drogas com meia-vida curta ou rigoroso controle de dosagem ou infusão contínua.
VIA INTRAMUSCULAR E SUBCUTÂNEA- Utilizam aporte sanguíneo do tecido muscular e adiposo
Absorção: mais rápida muscularmente / Duração no músculo: horas, dias ou semanas.
VIA INTRADÉRMICA – Volume injetado bem pequeno (0.2ml) –dentro da pele.
 VIA INTRA-ARTICULAR – nos espaços articulares para efeito local.
 VIA INTRA-ARTERIAL–efeito desejado em um órgão específico. Ex. carcinomas.
 VIA INTRATECAL – injeção no espaço subaracnóideo para evitar a barreira hematoencefálica.
ABSORÇÃO 
A absorção é definida como a passagem de uma droga de seu local de administração para o plasma.
· Passagem da droga do seu local de aplicação até a corrente sanguínea.
· Entre os mecanismos pelos quais os fármacos podem atravessar a membrana temos: difusão passiva, difusão facilitada, difusão por canais aquosos.
As moléculas de drogas devem atravessar barreiras biológicas ou membranas (camadas mucosas, endotélio capilar, ou barreiras especializadas)
· Quanto mais fácil essas moléculas conseguirem atravessar as membranas, melhor a droga será absorvida.
· Membrana celular – barreira que separa os compartimentos intra e extracelular. Permeabilidade seletiva da membrana celular – permite que existam diferenças na composição dos líquidos intra e extracelular.
· Composição da membrana celular: Bicamada lipídica com fosfolipídeos – cabeça (fosfato polar e hidrofílico - hidrossolúvel) e dupla cauda (duas cadeias de ácidos graxos apolares e
· hidrofóbicas – lipossolúvel).
A ESTRUTURA DAS MEMBRANAS
As proteínas de membrana podem ser:
· Integrais ou transmembrana: quando atravessam a membrana. Elas podem formar canais e podem servir de receptores.
· Periféricas: quando ficam apenas de um lado da membrana, são internas.
· As proteínas podem se ligar a glicídios (açucares),
formando o que chamamos de glicocálice, e estes servem como sensores. Eles sempre ficam na face externa da célula.
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
· A membrana é uma bicamada lipídica e substâncias que são solúveis em lipídios atravessam a membrana livremente. Ex: alguns hormônios, anestésicos.
· Quando uma substância atravessa livremente a membrana, dizemos que é um transporte passivo.
· O transporte passivo pode ser dividido entre: difusão simples, difusão facilitada e osmose. 
· O transporte ativo ocorre quando a célula precisa gastar energia para o transporte de alguma substância.
· Transporte ativo primário e secundário 
· A água é insolúvel em lipídios. No entanto, 70% do peso do corpo é de água. O transporte de água é chamado de osmose. Como a água não é lipossolúvel, ela entra e sai da célula através de canais, chamados aquaporinas.
Transporte ativo
Transporte através da membrana com gasto de energia.
· O transporte ativo é realizado quando a célula quer manter uma diferença de concentração de uma substância dentro e fora da célula, mesmo quando isto não esteja em equilíbrio. Ex: Na+(sódio)eK+(potássio).
· O transporte ativo pode ser dividido conforme a fonte da energia gasta:
· transporte ativo primário: (usa o estoque de energia da célula, o ATP).
· transporte ativo secundário (usa a energia do transporte de outro íon, geralmente do sódio). 
Um exemplo clássico de transporte ativo é a bomba de Na+/K+
· Ela transporta dois íons em quantidades diferentes. O sódio (NA+) para fora da célula gasta de energia (ATP) O transporte de sódio (Na+) neste caso é transporte ativo primário
· E ao mesmo tempo coloca potássio(K+) para dentro da célula)
· O transporte de(K+) neste caso é transporte ativo secundário.
· Dizemos que a bomba de Na+/K+ tem esteiquiometria de 3Na:2K
· A fagocitose ocorre com a emissão de pesudópodos, a membrana emite prolongamentos que envolvem a partícula. Para substâncias (SUBSTÂNCIAS SOLIDAS) maiores. 
· A pinocitose ocorre por envaginações, dobramentos para dentro da membrana, para englobar partículas menores, diluídas em líquidos.
· A endocitose mediada por receptor é semelhante à pinocitose, no entanto é mais seletiva, o receptor identifica uma partícula específica para ser englobada.
DIFUSÃO SIMPLES 
As partículas atravessam a membrana livremente. Ex: gases (oxigênio – O2 e gás carbônio CO2).
· Apenas pequenas partículas e íons lipossolúveis conseguem atravessar.
· Só ocorre movimento quando existe uma diferença de concentração entre o lado de dentro e o lado de fora da célula.
· TRANSPORTE PASSIVO
DIFUSÃO FACILITADA
As partículas atravessam a membrana através de um carreador, sem gasto nenhum de energia. 
Ex: glicose, aminoácidos.
· A difusão facilitada é realizada em casos em que as partículas não são lipossolúveis.
· Um carreador é uma proteína de membrana.
· A consequência de usar um carreador é que este tipo de transporte apresenta algumas características como saturação.
· Quando há pouco soluto, a difusão facilitada é mais rápida que a simples (é facilitada pelo carreador). 
· Quando tem muito soluto, a difusão simples é mais rápida que a facilitada (os carreadores estão saturados).
TRANSPORTADORES 
Os transportadores são proteínas de membrana, que transportam substâncias através da membrana. Podem ser:
· Uniporte: transportam em um único sentido.
· Simporte ou cotransportador: quando transportam 2 substâncias no mesmo sentido.
· Antiporte ou contratransportador: quando transportam substâncias em sentidos diferentes.
FATORES QUE DETERMINAM A ABSORÇÃO
· CAPACIDADE DE SE DISSOLVER: 
Ex: via oral – tem que se dissolver em água.
· Drogas lipossolúveis: são absorvidas pelo tratogastrointestinal
· Drogas muito hidrossolúveis: não conseguem se difundir pela fase lipídica da membrana –dificuldade de absorção pelo tratogastrointestinal.
· SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO: Quanto maior a área para absorção, melhor a absorção real. 
Ex: o estômago – o esvaziamento gástrico é retardado pelo conteúdo de alimentos – a absorção no intestino também será retardada.
· PERFUSÃO: Pode ser prejudicada se a área de perfusão estiver prejudicada. Ex: pele ou tecido adiposo estiver com problemas – choque circulatório – prejuízo para o adesivo transdérmico ou injeção subcutânea.
· BARREIRAS BIOLÓGICAS ESPECIAIS: barreira hematoencefálica, tireóide e próstata – difícil penetração de drogas.
· BIODISPONIBILIDADE SISTÊMICA – fração da droga que administrada oralmente chega de fato à corrente sanguínea.
Relação dose-efeito
· Posologia: estudo da dose do medicamento para que se obtenha o máximo de efeito terapêutico, utilizando na menor quantidade possível sem nenhum ou o mínimo possível de efeitos adversos ou colaterais.
· Dose mínima: menor quantidade da droga capaz de produzir efeito terapêutico.
· Dose máxima: maior dose tolerada sem sintomas tóxicos.
· Dose terapêutica: entre a dosagem mínima e máxima.
· Dose letal: menor quantidade da droga capaz de produzir a morte
· Índice terapêuticoou margem de segurança: é uma medida indireta de toxicidade, uma medida estatística obtida de experimentos com animais entre dose terapêutica e dose letal.
TOLERÂNCIA 
Tolerância ou tolerância medicamentosa: consiste na diminuição do efeito de uma medicação por exposição excessiva do paciente ao seu princípio ativo.
· Na prática, consiste no uso de dosagens cada vez maiores do mesmo medicamento para se obter os mesmos resultados relacionados às dosagens padrão.
Reações adversas 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem definido reação adversa a medicamentos (RAM), como:
"qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas no homem para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma enfermidade”.
A maioria das reações adversas aos medicamentos ocorrem por:
· aumento da dose terapêutica (intoxicação)
· reações imunológicas (alergia à fórmula)
· prolongamento do tempo de uso (efeito acumulativo)
· suspensão do medicamento (abstinência).
Efeitos colaterais 
São aqueles efeitos associados à ação da droga. Ex: anti-histamínico indicado para tratamento de alergia tem efeito colateral de sonolência (por sedação do sistema nervoso).
· Cada fármaco pode ter diferentes ações farmacológicas. No entanto, só uma das ações será provocar o efeito desejado (motivo pelo qual foi indicado). Sendo assim, as outras ações serão consideradas efeitos colaterais.
Idiossincrasia
Caracterizada por uma resposta anormal e inesperada a uma droga, e que não tem associação com mecanismo alérgico.
· Muitas vezes são casos isolados, que resultam de alguma deficiência enzimática particular, e que só ficou evidenciada após a utilização das drogas.
Reações alérgicas
São reações anormais que se manifestam após a utilização do fármaco.
Caracterizada por hipersensibilidade a algum dos componentes da fórmula.
· A reação alérgica desencadeia uma resposta exagerada do sistema imunológico, podendo se agravar provocando broncoconstrição, urticária e até choque anafilático.
1. Não, porque o fígado esta comprometido e não vai conseguir metabolizar o medicamento.
2. Absorção, distribuição, metabolismo e excreção.
3. Tipo de ação desejada, rapidez de ação desejada, patologias pré-existentes, nível de consciência.
4. As sistêmicas são; via intravenosa, via intra-arterial, via sublingual.
As tópicas são: pomadas, spray, creme.
5. Via sub-lingual, via retal
6. colateral: Está ligado a ação da droga (põe se esperar que aconteça). Adverso: Efeito prejudicial, indesejável e não intencional
Distribuição, Biotransformação, Metabolismo e Excreção de fármacos.
Princípios farmacocinéticos
A farmacocinética estuda: o que o seu corpo faz com a droga. A Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção dos fármacos.
Primeira fase: Absorção – passagem da droga do seu local de aplicação até a corrente sanguínea
Segunda fase: Distribuição – quando cai na corrente sanguínea e vai até seu local de ação.
Terceira fase: Metabolismo ou biotransformação – é a inativação da droga realizada pelo fígado (enzimas cromossomais) ou por outros tecidos (enzimas não cromossomais)
Quarta fase: Excreção- forma e processo pelo qual os restos metabólicos são eliminados.
· No fígado tem uma grande perda de princípio ativo por ser xenobiotica
Anotações:
· O fármaco é metabolizado no fígado, alguns vão sofrer oxidação, ativação....
· Primeira passagem pela via oral passa pelo mesentério.
· Via oral tem efeito de primeira passagem pelo fígado, vai para a corrente sanguínea faz seu efeito e passa pelo fígado de novo para ser excretado.
· Fármacos sem ser pela via oral, vai passar no fígado só para excreção.
ABSORÇÃO
Para que ocorra absorção, a droga deve atravessar barreiras biológicas, através dos diferentes mecanismos de transporte das membranas para chegar ao seu local de ação, sofrendo influência das características de cada fármaco.
Barreira epitélio gastrointestinal: para drogas ingeridas ou que promovam contato com trato gastrointestinal (ex.: via oral, sonda nasogátrica, retal)
Barreira do endotélio vascular: para droga administradas por vias parenterais (via intravenosa, via intramuscular, via transdérmica).E para as drogas bioativas que atravessaram o epitélio gastrointestinal.
Barreira das membranas plasmáticas: para as drogas administradas por vias tópicas, de ação local (ex. via oftálmica, via inalatória).E paras vias que atravessaram o trato gastrointestinal e as membranas vasculares.
Distribuição
Depois de administrada e absorvida a droga é distribuída, ou seja, transportada pelo sangue e outros fluídos à todos os tecidos do organismo. (do compartimento plasmático para o intracelular, do compartimento plasmático para placentário).
No sangue as drogas podem:
· Seguir livremente e atravessar o endotélio vascular ou se ligarem à proteínas plasmáticas como a albumina, constituindo uma fração de reserva que será utilizada quando a ação da porção livre diminuir.
· A ligação da droga à proteínas pode interferir na biodisponibilidade (fração da droga que administrada, chega à corrente sanguínea e permanece ativa).
· Pode ocorrer acúmulo da droga em algum tecido. Ex.: drogas lipossolúveis e anestésicos podem se acumular no tecido adiposo.
ANOTAÇÕES
· A droga se liga na proteina principalmente a albunina e a droga não esta ativa, quando se desliga da albunima já esta disponivel para efeito biologico.
· A droga não fica ligada na albunima por tanto tempo.
· Drogas Lipossolúveis e anestesicos se acomulam no tecido adiposo para depois ir para corrente sanguinea, na anestesia demora para fazer efeito porque esta amarzenado no tecido adiposo.
· Ascite ocorre por causa da falta da proteína albumina, e a água começa a sair do sangue para o abdome.
· Se a droga não se ligar na albumina ela irá agir mais rápido.
· Drogas com alta afinidade a albumina ficam ligada por mais tempo/ horas e só vai ter efeito quando se soltar da albumina. Isso interfere no tempo do efeito da medicação (biodisponibilidade).
· O que tem menos afinidade liga na albumina e solta.
· O acúmulo de drogas lipossolúveis quando entram na corrente sanguínea são transportadas pelas lipoproteínas e vai direto para o tecido adiposo e ficam um tempo e depois vai ser liberada. Esse tempo interfere na ação da droga.
 
Ligação da droga à proteínas plasmáticas 
A fenilbutasona conhecida comercialmente como (butazolidina, algiflan, mioflex) é um anti-inflamatório, anti-reumático. Sendo que a dose administrada, 95% se liga à proteínas e apenas 5% são utilizados farmacologicamente.
Biotransformação - metabolismo
· A biotransformação ocorre principalmente no fígado, mas pode ocorrer nos pulmões, placenta e rins.
· Através de reações enzimáticas no retículo endoplasmático hepático, ocorre ação de uma enzima chamada citocromo 450 (P450 ou CYP450).
· As reações de biotransformação no fígado, transformam as drogas em substâncias mais hidrossolúveis (aumento da polaridade da molécula), facilitando a eliminação pelo rim.
· As reações de metabolização das drogas foram classificadas em duas categorias com processos de fases 1 e 2.
As reações bioquímicas da fase 1: 
· alteram a composição química com a finalidade de aumentar a solubilidade do composto.
· Geralmente são reações catabólicas.
· Estas reações incluem processos de: oxidação, redução e hidrólise.
· As reações de fase 1 geralmente resultam em metabólitos mais ativos ou mais tóxicos que o produto original.
As reações bioquímicas da fase 2: 
· Aumentam ainda mais a solubilidade promovendo sua eliminação.
· Incluem reações de conjugação adição de um conjugado (ácido glicurônico). São reações anabólicas.
· As reações da fase 2, geralmente resultam em metabólitos inativos.
· O ácido glicurônico é uma molécula parecida com a molécula de glicose, é importante no mecanismo de desintoxicação das células.
· Moléculas lipossolúveis, que não podem ser eliminadas na urina, devem reagir com ácido glicurônico, para que a excreção ocorra.
Anotações:
· No fígadopode ter reações químicas
· Reticulo endoplasmático transforma as proteínas, ele tem enzimas que fazem reações química com as proteínas.
· Quando o medicamento chega no fígado consegue atravessar no reticulo endoplasmático hepático que possui as enzimas P450 (Proteina450) ou CY450 (citocromiop450) e acaba modificando o medicamento.
· As ações do fígado (inativar, deixar hidrossolúvel, diminui a agressividade da molécula, que é estranha para o corpo.) tenta reduzir o efeito para não agredir o corpo.
· O fígado modifica a molécula, carrega a molécula até o rim pela conjugação da ligação do ácido glicurônico
Representação esquemática do metabolismo dos fármacos.
A fase 1 prepara as drogas para a reação da fase 2
Biotransformação no fígado
Término da ação da droga
1) Biotransformação: inativação da droga realizada pelo fígado ou por outros tecidos.
2) Excreção: eliminação da droga, realizada principalmente pelos rins, mas também pelos pulmões, fígado e secreções corporais.
3) Ação diminuída: quando ocorre redistribuição da droga. Ex: tiopental sódico – rapidamente distribuído para tecidos altamente vascularizados – induz anestesia geral, se acumula no tecido adiposo e continua agindo de maneira mais lenta.
4) Eliminação: Fim da ação da droga por biotransformação ou excreção. Pode ser saturável – aumento da droga na circulação.
Excreção
• As drogas podem ser excretadas por várias vias: renal, tratogastrointestinal (bile e fezes), pulmões, suor, lágrimas, leite materno.
• A via renal é a principal via de excreção.
• A porcentagem de excreção das drogas pode variar, devido aos processos renais de filtração, secreção e reabsorção tubular.
• A albumina não é filtrada pelo néfron. Portanto, as drogas ligadas à albumina, não serão filtradas. Neste caso, só a porcentagem de droga livre será filtrada.
• Conforme o manejo tubular (secreção e reabsorção) de substâncias, teremos uma variação de pH na urina final (de pH 4,0 até pH 8,0). Esta variação pode influenciar na excreção dos metabólitos das drogas.
• Se a urina estiver alcalina, as drogas ácidas serão excretadas mais rápido. Se a urina estiver ácida, as drogas básicas serão excretadas mais rapidamente.
Anotações: 
· ao tomar o fármaco via oral, pode ocorrer excreções pelas fezes. O fígado produz sais biliares, e o medicamento passa pela corrente sanguínea e volta para o fígado, os sais biliares e o medicamento vão para a vesícula biliar e posteriormente para o intestino. 
· A urina é a principal via de excreção.
Excreção de drogas
Ácidos orgânicos
• Ácido salicílico (analgésico)
• Penicilina (antibiótico)
• Furosemida (diurético)
• Fenobarbital (anticonvulsivo)
Bases orgânicas
• Lidocaína (anestésico)
• Anfetamina (estimulante do SNC)
• Dopamina (estimulante cardíaco)
• Morfina (narcótico/analgésico)
1)Quais drogas sofrem o efeito de 1ª passagem?
R: drogas da via oral e em menor proporção pela via retal 
2) Quais são as etapas de metabolização das
drogas no fígado?
R: 1º Etapa: biotransformação: oxidação, redução, hidrolise
2º fase: Incluem reações de conjugação
3) Como a ligação das drogas em proteínas
plasmáticas interferem na biodisponibilidade
do princípio ativo no organismo?
R: por causa da afinidade que retarda o efeito da droga.
• 4) Por quais vias uma droga pode ser
excretada? 
R: placenta, pulmão, vias biliares, seios, rins, fezes.
FARMACODINÂMICA 
Descreve os efeitos fisiológicos das drogas, o mecanismo de ação, os efeitos terapêuticos (o que a droga fará com seu organismo.)
· Estudo das interações fundamentais ou moleculares entre drogas e constituintes do corpo, as quais por uma serie de eventos, resultam numa resposta farmacológica.
· IMPORTANTE: As drogas não criam funções sobre o alvo de ação. Elas apenas modificam as funções preexistentes.
· Para que um fármaco consiga exercer uma ação e produzir um efeito, precisa atingir seu local de ação ou alvo específico.
· Os locais de interação com as drogas são principalmente de natureza proteica (enzimas, receptores, canais iônicos, moléculas transportadoras).
· A ligação Farmaco+Receptor (FR) pode ser reversível
· Quando a ligação é irreversível ocorre a destruição dos receptores
Membrana plasmática 
• A membrana plasmática também é conhecida como membrana celular. Ela separa a célula do meio externo
 • Tem função de permeabilidade seletiva controle sobre a entrada e saída de substâncias • Só é visível ao microscópio eletrônico 
• As células vegetais, possuem além da membrana plasmática, uma parede celulósica (uma rede de fibras) que oferece proteção e sustentação
 • Está presente em todas as células, desde procariontes até células animais e vegetais
RECEPTORES
· Receptores são proteínas possuidoras de um ou mais sítios que, quando ativados por substâncias endógenas, são capazes de desencadear uma resposta fisiológica.
SÍTIOS DE AÇÃO: Locais onde as substâncias endógenas ou exógenas (fármacos)interagem para promover uma resposta fisiológica ou farmacológica.
· Em Farmacologia: “Receptor local onde o fármaco interage e produz um efeito farmacológico.”
Interação farmaco - receptor
 A tendência de um fármaco de se ligar a um receptor é determinada pela sua afinidade. 
· O receptor possui um sítio de ligação para um ligante. 
· Como o receptor é uma proteína de membrana, o ligante deve conter aminoácidos 
· Portanto, a droga precisa ser o mais parecida possível com este ligante. 
· Geralmente ela deve ser preparada contendo os mesmos aminoácidos que se encaixam no sítio de ligação do receptor
AÇÃO DOS FÁRMACOS 
Para produzir efeito farmacológico o fármaco precisa ter duas características:
AFINIDADE PELO RECEPTOR: Capacidade de se ligar (encaixe).
ATIVIDADE INTRINSECA (Al): capacidade do fármaco produzir alteração conformacional no receptor. Depois de ligar, tem que ter capacidade de ativar.
Alteração conformacional alterações intracelulares efeito farmacológico
TIPOS DE AÇÃO DAS DROGAS
Drogas agonistas totais ou plenos: Têm afinidade pelo receptor.
· Produzem efeito máximo
· Tem atividade intrínseca (Al) = 1 (100%)
· Mesmo em pequenas doses produz resposta máxima
Drogas agonistas parciais: têm afinidade pelo receptor 
· Não produz efeito máximo
· Atividade intrínseca (Al) entre 0 e 1 (0 <Al < 1) 
Drogas antagonistas: Têm afinidade pelo receptor
Não produz resposta direta
Atividade intrínseca (Al) = 0
Interação ligante-receptor
Ligante agonista: ativam o receptor, causam alterações na função celular, produzindo vários tipos de efeitos biológicos. Pode ser uma droga, um hormônio, um neurotransmissor
Ligante antagonista: substância que se liga ao receptor sem causar ativação impedindo consequentemente a ligação do agonista.
Antagonista competitivo: Tem a mesma afinidade pelo receptor que um agonista. Também chamado de bloqueador. Diminui a resposta biológica.
TIPOS DE AÇÃO DAS DROGAS
A ação de uma droga se baseia sobre seu grau de seletividade, sua especificidade, o grau de afinidade por seu sítio de ação.
Os tipos básicos de ação das drogas são:
1- Estimulação: provocam aumento da atividade das células atingidas. Ex: cafeína – aumenta atividade cerebral.
2- Depressão: provoca diminuição da atividade da célula atingida pela droga. Ex. barbitúricos – deprimem o SNC
3- Irritação: provocam efeito não seletivo, às vezes lesivo em tecidos vivos. EX. Purgativos: irritam as células da mucosa intestinal, estimulando o peristaltismo e provocando a evacuação.
4- Reposição: Terapia de substituição – hormônios naturais ou sintéticos no tratamento de doenças de insuficiência. EX. insulina para diabetes.
5- Citotóxica: Destinam-se a destruição ou neutralização de organismos patógenos, do tipo bactérias, fungos e vírus. Ex.: antibiótico para pneumonia.
MECANISMO DE AÇÃO DAS DROGAS
Específicas:
· fármacos que interagem com sítios bem definidos, apresentando um alto grau de seletividade.
· Geralmente requer baixas doses.
· São classificados de acordo com o local que atuam:
· Fármacos que interagem com Enzimas (acelera ou retarda uma ação química- quebra de moléculas)
· Fármacos que interagemcom proteínas carreadoras
· Fármacos que interagem com canais iônicos. (canal de sódio, canal potássio, canal de cálcio.)
· Fármacos que interagem com receptores de membranas (hormônios - Fármacos que interagem com receptores: Aumenta a ação ou inibição dos receptores)
Inespecíficas:
· Fármacos que interagem com pequenas moléculas ou íons encontrados (aleatoriamente) no organismo.
· Geralmente requer altas doses.
Ex.: Antiácido: são substâncias (hidróxido de alumínio) usada no tratamento da úlcera péptica que sofre polimerização quando o pH cai abaixo de 4.0. O polímero condensado forma um gel que adere à base da úlcera duodenal.
Ex.: Diuréticos osmóticos: substâncias que não são reabsorvidos pelos rins (manitol), retendo água no túbulo renal, provocando aumento do volume urinário.
Características dos receptores
Receptores transmembranares: fármacos hidrossolúveis 
· Receptores enzimáticos (tirosina quinase) 
Enzimáticos coloca fosfato em algum lugar para ativação
· Receptores acoplados à Canais Iônicos (Ionotrópicos)
· Receptores acoplados à Proteína G (Metabotrópico).
· Receptores citoplasmáticos e nucleares: fármacos lipossolúveis
· Receptores Nucleares
Receptores enzimáticos
Quando o hormônio ou droga se liga ao domínio extracelular do receptor, provoca uma alteração conformacional fazendo com que o domínio intracelular se torne enzimaticamente ativo (função quinase fosforila proteínas que farão efeito intracelular).
· Receptores ligados à quinase
Receptores ionotrópicos
Estes receptores controlam a passagem se íons na membrana
 • Quando o ligante se une ao receptor, forma se um canal interno para a passagem do íon.
 Ach acetilcolina ligante de canal iônico.
· Canais iônicos regulados por ligantes 
Receptores acoplados à proteína G
Receptores acoplados à proteína G (Metabotrópicos)
1. Um hormônio se liga ao receptor
2. O receptor muda de forma e a proteína G é ativada dentro da célula.
3. A proteína G é separada e a subunidade alfa inicia uma reação em cadeia que altera o metabolismo da célula.
4. Uma nova proteína G se liga. O receptor pode ativar muitas outras proteínas G até o hormônio se desligar.
Receptores nucleares
· Os receptores nucleares são receptores que regulam a transcrição de genes 
· Alguns deles na verdade se localizam no citosol e migram para o compartimento nuclear na presença da ligante, mas a maioria se localiza no núcleo 
· São os receptores que ligam as substâncias e fármacos lipossolúveis 
 Ex receptores para hormônios esteroides, vitamina D.
Interação fármaco receptor 
Extensão da ação de um Fármaco dependerá da localização dos receptores e da quantidade da droga administrada 
· Quanto maior o número de tipos celulares (área) apresentando um determinado receptor, mais abrangente a ação dessa droga.
· Quanto menor o número de tipos celulares
(área) com um determinado receptor, mais específica será sua ação.
Mecanismo de ação – enzimas
· Enzimas são proteínas catalisadoras que aceleram as reações. São especificas para cada substrato.
· Os fármacos que atuam sobre enzimas podem ativar (aumentar sua atividade), inibir (diminuir ou inativar) ou reativá-las (tirar do estado de latência).
· Os inibidores podem alterar a função enzimática. Eles podem ser:
Inibidores irreversíveis: provocam inativação irreversível. Ex. o uso terapêutico da penicilina, que se liga na enzima de síntese da parede bacteriana. As bactérias sem esta proteção ficam sujeitas à lise.
Inibidores reversíveis: É uma inativação temporária. São divididos em competitivos (compete com o substrato pelo sítio ativo da enzima) e não competitivos (se liga em lugar diferente do sítio ativo e muda a conformação das enzimas e ela fica inativada)
Ex.: Inibição enzimática
Captopril – inibe enzima conversora de Angiotensina II (potente hormônio vasoconstritor aumentado em casos de hipertensão.)
Indicado para hipertensão, nefropatia, insuficiência cardíaca.
MECANISMO DE AÇÃO – CANAIS IÔNICOS
· Canais iônicos são proteínas de membrana que formam poros para a passagem seletiva de íons. Eles se abrem por uma alteração na membrana por um ligante ou por voltagem
· Fármacos que atuam sobre canais iônicos interferem no sistema de transmissão de sinais intracelulares.
Ex.: lidocaína – anestésico odontológico – bloqueia a condução do impulso nervoso por diminuição da permeabilidade das membranas dos neurônios (nervos) aos íons sódio. Interrompe a propagação da informação de dor.
- Canal iônico forma canal é mais rápida
Mecanismo de ação – proteínas carreadoras
São fármacos que atuam sobre proteínas carreadoras alteram a estrutura da membrana plasmática e o sistema de transporte da membrana.
Ex.: Nifedipino, bloqueador de canal de cálcio, indicado para doenças coronárias, angina). Diminui a entrada de cálcio e a contração do músculo cardíaco e a frequência cardíaca).
- Proteínas carreadoras possui encaixe e muda a conformação passa para dentro ou para fora, pelo encaixe é mais lenta
MECANISMO DE AÇÃO – RECEPTORES
· Receptores de membrana são proteínas que reconhecem o “ligante” (neurotransmissor, hormônio ou a droga) e transmite um sinal intracelular.
· Existem receptores na membrana plasmática, no citoplasma ou na membrana nuclear.
Antibióticos ministrados junto com anticoncepcional podem cortar o efeito do contraceptivo.
Os antibióticos modificam a flora intestinal e podem interferir na absorção e aproveitamento dos componentes hormonais das pílulas.
Princípios básicos das interações medicamentosas e interações medicamentos nutrientes.
Interações medicamentosas
Interações medicamentosas é evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental 
 A administração de 2 ou mais medicamentos ao mesmo tempo pode ocorrer: 
1. Ação independente de cada um 
Ex. anti hipertensivo + diurético 
2. Interação com aumento do efeito terapêutico ou tóxico. 
Ex : varfarina (anticoagulante) + AAS ácido acetilsalicílico (antiflamatório não esteroidal AINE antiplaquetário) podem ter sangramentos, pequenas hemorragias. 
3. interação com diminuição do efeito terapêutico ou tóxico 
Ex. varfarina(anticoagulante) + vitamina k (promoção de coagulação), efeitos contrários onde um fármaco cancela a ação do outro.
As interações também podem envolver fitoterápicos, certos tipos de alimentos, agentes químicos não medicinais e drogas sociais, tais como álcool e tabaco 
• A incidência de problemas é maior entre idosos porque a idade afeta o funcionamento do fígado e rins e muitos fármacos acabam sendo eliminados mais lentamente
 • De forma geral podemos classificar as interações em:
• Interações farmacocinéticas: afetam a ADME Interações Farmacológicas: quando a interação tem efeito aditivo ou sinérgico (potencializado)
• Interações mistas: quando não se encaixam nos grupos anteriores (fármacos e alimentos).
· Interações farmacocinéticas: são aquelas em que um fármaco altera a velocidade ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco 
· Na absorção alteração no pH gastrintestinal pode afetar ou favorecer a absorção, que ação e outros mecanismos de complexação podem diminuir a absorção, alteração na motilidade gastrintestinal pode influenciar na velocidade da absorção 
· Na distribuição competição na ligação com proteínas plasmáticas, hemodiluição com diminuição de proteínas plasmáticas
· Na biotransformação indução ou inibição enzimática para metabolização da droga.
· Na excreção alteração no fluxo sanguíneo renal e no pH urinário.
Interações farmacodinâmicas: ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos desejados se processam (receptor ou enzima) 
Interações de efeito: ocorrem quando dois ou mais fármacos em uso concomitante têm ações farmacológicas similares ou opostas 
Ex álcool reforça o efeito sedativo de hipnóticos e anti histamínicos 
 Interações farmacêuticas: também chamadas de incompatibilidade medicamentosa. Pode ocorrer formação de novo composto (ativo, inócuo,tóxico). Podem muitas vezes provocar mudanças de cor, consistência (sólidos) turvação, formação de cristais, floculação associadas ou não a mudança de atividade farmacológica, diminuindo ou inativando um dos fármacos.
· IMPORTANTE: atentar quanto ao índice terapêutico da droga (dose que serve para efeito terapêutico e tóxico). Quanto menor o índice terapêutico, mais próximo de uma dose tóxica. 
· Considerar problemas óbvios como depressão do Sistema Neural Central, uso de bebidas alcoólicas e fumo 
· Interações também podem ocorrer com fitoterápicos 
· Medicamentos que tenham baixo índice terapêutico: aqueles que necessitam manter níveis séricos específicos. 
Ex. imunossupressores anticoagulantes, citotóxicos, anti hipertensivos, anticonvulsivantes, antidiabéticos
· Indutores enzimáticos: barbituratos, tabaco
· Inibidores enzimáticos: aciclovir, digoxina.
· 
· O dissulfiram é um medicamento para tratamento do alcoolismo crônico, para prevenir que o paciente ingira bebida alcoólica. Provocando desagradáveis efeitos colaterais quando na presença de álcool (extrema vasodilatação e consequente queda de pressão arterial, taquicardia e cefaléia.)
Interações medicamento nutrientes
A ingestão de alimentos ou líquidos o pH de 1,5 do estômago se eleva para aproximadamente 3,0 afetando a desintegração das cápsulas, drágeas ou comprimidos e consequentemente a absorção do princípio ativo 
• O aumento do pH gástrico em função dos alimentos ou líquidos pode reduzir a dissolução de comprimidos de eritromicina ou de tetraciclina 
• Entretanto, alguns fármacos são preferencialmente administrados com alimento, seja para aumentar a absorção ou para diminuir o efeito irritante sobre o estômago 
• Refeições sólidas, ácidas, gordurosas, quentes e volumes líquidos acima de 300 mL retardam o esvaziamento gástrico, podendo aumentar a absorção dos fármacos por aumento do tempo de contato do princípio ativo com a superfície de absorção.
Os íons di e trivalentes (Ca2+ Mg2+ Fe2+ e Fe3+), presentes no leite e em outros alimentos, são capazes de formar quelatos não absorvíveis com as tetraciclinas. Não ocorre ação do fármaco que acaba sendo excretado nas fezes 
Alimentos possuam tiramina como queijos fermentados, iogurte, chocolate, vinho tinto, cerveja liberam noradrenalina nas terminações adrenérgicas, potencializando os efeitos antidepressivos dos inibidores de monoaminooxidase (IMAO)causando crises hipertensivas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Relacionadas ao paciente 
Função Hepática: uma diminuição pode resultar na insuficiência dos medicamentos, com resultante elevação de seus níveis sanguíneos e a possibilidade de reações indesejáveis de interação 
Níveis sérios de Proteínas hipoalbuminemia aumenta a gravidade da interação de drogas, cuja eliminação envolve conjugação protéica 
pH urinário: ionização de drogas que são ácidos ou bases fracas pode ser afetada pelo pH urinário, influenciando dessa forma a excreção renal das mesmas 
fatores Dietéticos: os alimentos podem alterar a absorção gastrointestinal de alguns medicamentos, alterando os níveis sanguíneos e o potencial de interação. Dietas insuficientes ou excessivas podem predispor ao aparecimento de reações indesejáveis de interação.
Função Renal: diminuição de velocidade de filtração glomerular e ou a deficiência da função tubular renal podem resultar em níveis aumentados no soro, com aumento da possibilidade de reações indesejáveis de interação 
Fatores Ambientais: poluição, fumo, inseticidas, etc., podem afetar a ação dos medicamentos provocando interações indesejáveis 
Fatores Farmacogenéticos a constituição genética individual é importante na determinação da eliminação de drogas 
Idade: pacientes idosos estão predispostos a reações adversas devidas às interações. Vários fatores podem contribuir para que isso aconteça: função renal diminuída, insuficiência dietética, doenças múltiplas, etc.
Fármacos que atuam no sistema cardiovascular
· O sistema cardiovascular é um sistema fechado, composto pelo coração, os vasos sanguíneos e o sangue.
· A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, gás oxigênio e hormônios para todas as células do organismo.
· O sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.
Quem tem mais risco de ficar hipertenso?
· Quem tem hipertenso na família
· Quem está com excesso de peso.
· Quem usa muito sal na alimentação
· Quem é diabético
· Quem não tem uma alimentação saudável.
· Pessoas da raça negra.
Fármacos cardiovasculares
· Anti hipertensivo
· Vasodilatadores coronarianos
· Bloqueadores de canal de Ca++
· Anticoagulante
· Antiagregante plaquetário
· Trombolíticos
· Agentes inotrópicos (glicosídios)
· Antiarrítmicos
· Antilipidêmicos
· Sequestradores de sais biliares
· Fibratos
· Diuréticos
Monoterapia – Estágio I
Diuréticos, betabloqueadores, inibidores da ECA, Bloqueadores dos canais de Cálcio, bloqueadores de receptor da AT1
Associação de anti-hipertensivos – Estágio II e III
Classes distintas em doses baixas
· Faz associação quando não se tem a resposta esperada na monoterapia.
Anti hipertensivos
· Enfermeiro educador: ensinar horário correto, importância de manter o mesmo horário do medicamento, importância do uso contínuo.
· Paciente cardiopata sob medicação: acompanhar a PA, pode sofrer queda se a PA cair abruptamente.
· Hipertenso resistente (3 classes de medicamentos): risco de interações, deve ser monitorado constantemente.
· A única medicação anti hipertensiva indicada para gestantes é metildopa, todas as outras atravessam barreira hematoencefálica e placenta
· Hipertensão acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassamos140/90mmHg.
 
· Aumento da Angiotensina 2 tem dois receptores at1 at2
· At1 relacionado a pressão arterial.
· At2 são resposta fisiológicos
· Vasoconstrição (at1) e absorção de sal(aldosterona) aumentam a pressão arterial.
1. Inibidores da Enzima Conversora da angiotensina (ECA): Captopril, Enalapril, lisinopril, Ramipril 
Efeitos colaterais: tosse seca, distúrbios do paladar, cefaleia, dor muscular
2. Antagonista de Receptores de Angiotensina II (AT1): Losartana, Olmesartan, Valsartan, Candesartan
Efeitos colaterais: erupções cutâneas, edema facial, insônia e mialgia3. 
3. Vasodilatadores diretos: Hidralazina, Nitroprussiatode sódio (emergências hipertensivas)
4. Bloqueadores adrenérgicos (beta-bloqueador): Metildopametroprolol, Propranolol, Atenolol.
Beta-bloqueador causa vasodilatação e diminui a frequência cardíaca pode causar tontura e desmaio risco de queda para o paciente
Efeitos colaterais: bradicardia intensa, acidose metabólica, piora de quadros respiratórios.
5. Bloqueadores de canais de cálcio: Anlodipino, Verapamil, Nifedipimo
Efeitos colaterais: dor de cabeça, vômitos, hipotensão, bradicardia
6. Diuréticos: Hidroclorotiazida, Furosemida, Espironolactona, Clortalidona, Amilorida, Triantereno.
Inibidores da (ECA)
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA)bloqueiam os efeitos de angiotensina II. Ao bloquear o efeito da angiotensina II, os inibidores da ECA provocam o relaxamento dos vasos sanguíneos, reduzindo a pressão arterial.
Efeitos colaterais: tosse seca, distúrbios do paladar, cefaleia, dor muscular.
Agentes anti-hipertensivos
Betabloqueadores inespecíficos: (propranolol, nadolol, etc.)
· Esse grupo de drogas diminui o fluxo simpático por antagonizar os receptores beta no sistema nervoso central e na periferia.
· Diminui a pressão arterial por diminuir o débito cardíaco. A longo prazo, o débito cardíaco retorna ao normal e a resistência periférica total diminui, mantendo a pressão arterial baixa.
Efeitos colaterais: bradicardia intensa, acidose metabólica, piora de quadros respiratórios.
Bloqueadores de canais para cálcio: bloqueiam a entrada de cálcio extracelular para as células do miocárdio e células do músculo liso vascular.
Diminui o rendimento cardíaco e a resistência periférica.
Cloridrato de diltizem, Isradipina, Nicardipina, Nifedipina, Nimodipina,Nisoldipina, Cloridratode Verapamil. 
Efeitos colaterais: dor de cabeça, vômitos, hipotensão, bradicardia.
Anticoagulantes e antiplaquetários
· Anticoagulante age na cascara de coagulação, que envolve vários fatores, formação de proteínas de agregação.
Anticoagulante: heparina, clexane, varfarina (marevan)
Efeito colateral: trombocitopenia. (redução do número de plaqueta)
· Anti agregante plaquetário: inibe a agregação plaquetária, AAS, cloridogrel.
Efeitos colaterais: sangramento.
· Trombolítico: dissolve trombos de diferentes origens, estreptoquinase, ateplase.
Efeitos colaterais: hemorradia, embolização do colesterol e arritmias.
· Exame de tromboplastina ativada (TTPA): heparina em dose bolus ou bomba de infusão.
· Controlar paciente: risco de sangramento, monitorar paciente com sonda vesical.
· Clexane é medicamento caro, geralmente é utilizado a varfarina que tem mais efeitos colaterais e só tem efeito após 5 dias, difícil acertar a dose.
· Paciente sob medicação tem que controlar pelo exame (RNI) a cada 6 meses = Relação normatizadora internacional, parâmetro calculado para acompanhar risco de sangramento. Antidoto: vitamina K
· Cuidados com interação alimentar: evitar alimentos ricos em vitamina k (verdes escuros).
Anotações:
· Vitamina k aumenta a coagulação.
· Problemas de micro sangramentos usa o antidoto vitamina k
· Processo de trombose, aterosclerose: evitar alimentos escuros pois são ricos em vitaminas k e teria um efeito contraditório com o anticoagulante.
Antiarrírmicos
Arritmia é o descompasso do coração
Bloqueadores de canais de cálcio: Anlodipino, Verapamil, Nifedipimo
Bloqueadores de canais de sódio: lincocaína, procanamida, quinidina
Bloqueadores beta adrenérgicos: propranolol, atenolol
Bloqueador de canais de potássio: amiodarona, sotalol
· Procurar histórico da doença de base para administrar um antiarrítmico.
· Causam bradicardia, efeitos gastrointestinais, pode levar a convulsão e coma
· Cuidado especial com idosos com fibrilação atrial: sangue pode coagular no átrio
· Paciente com marca-passo atendido em hospital é liberado com amiodarona: Em UTI é administrada EV, mas pode causar inflamação no vaso (flebite), é vesicante (pode causar necrose).
Ionotrópicos
· Na insuficiência cardíaca congestiva (ICC), o coração está hipertrofiado (musculatura aumentada) oque diminui o espaço ventricular, o bombeamento do sangue para os tecidos é ineficiente, favorece formação de edema.
· Má oxigenação periférica, favorece cianose
· Fármacos ionotrópicos aumentam a contratilidade cardíaca, indicados para insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
· Fármacos Ionotrópicos: digitálicos (digitalis) – medicamento: Digoxina
· Aumenta a força de contração, mas diminui a frequência cardíaca.
· Efeitos colaterais: náuseas, vômitos e distúrbios visuais.
· Intoxicação por digoxina: causada por hipercalemia (aumento do k+ sérico). Dose terapêutica próxima de dose tóxica.
· Antídoto para Digoxina – Digoxina imuno Fab
Antilipidêmicos
Os antilipidêmicos são destinados a diminuir a taxa de colesterol sanguíneo
Valores de referência
Estatinas: São inibidoras da enzima HMG-coA redutase no fígado, diminuindo a síntese de colesterol e de lipoproteínas.
· Efeitos perceptíveis é a partir 15 dias
· Sinvastatina, Lovastatina, atorvastatina
· Monitorar ocorrência de mialgias câimbras, nas estatinas.
· Estatinas devem ser tomados à noite devido à atividade da enzima HMG coA redutase.
Fibratos: facilitam a hidrólise de triglicerídeos: interação com warfarina (reduz efeito)
· Fibratos são preferencialmente eliminados na urina: não administrar junto com metformina (juntos podem causar dano renal)
· Fibratos devem ser tomados após o horário do almoço porque atua sobre triglicerídeos (maior quantidade na refeição)
Sequestradores de sais biliares: impedem a ação da bile no intestino, diminuindo a absorção de lipídios: fármaco colestiramida.
· Sequestradores de sais biliares diminuem a absorção de vitaminas lipossolúveis, antibióticos, diuréticos e anticoncepcionais: orientar quanto a intervalo de 3 horas após o sequestrador de sais biliares.
· Enfermagem atua na educação sobre mudança de estilo de vida.
· Auxilia na orientação sobre horários e monitora enzimas do fígado.
· Antilipidêmicos aumentam a taxa de colesterol na bile e favorecem a formação de pedras na vesícula.
Diuréticos
Diuréticos reduzem a quantidade de líquidos no organismo, aumentando o fluxo urinário.
São classificados conforme sua ação no néfron:
· Diuréticos osmóticos: manitol 
· Diuréticos de alça: furosemida 
· Tiazídicos: hidroclorotiazida
· Poupadores de potássio: espironolactona
· A espironolactona age como antagonista do receptor de aldosterona.
· efeitos colaterais são dose-dependente podem causar hipovolemia, hiponatremia hipocalemia por perda de eletrólitos na urina.
Tipos de ação dos diuréticos
hIPOTENSÃO
· hipotensão pode ser uma condição crônica, com valores pressóricos abaixo de 90x60 mmHg.
· Principais causas: hipovolemia por desidratação ou hemorragia, sepses, dissecação aórtica e IAM.
· A terapêutica é de reposição de volume (soro fisiológico).
· Elevação de membros inferiores
· Terapia medicamentosa com vasopressores: dopamina, noradrenalina, dobutamina
Sintomas: tontura e vertigem, fraqueza, dor de cabeça, visão turva, sonolência, boca seca.

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