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Ciência que estuda as interações entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico (tóxico) ou benéfico (medicamento). Propriedades da droga ideal: efetividade, segurança, seletividade, reversibilidade, fácil administração, mínimas interações, isenta de reações adversas. DIVISÕES DA FARMACOLOGIA: FARMACOGNOSIA: Fármacos de origem natural (animais, vegetais e plantas) e suas fontes. FARMACOTÉCNICA: estuda a preparação das formas farmacêuticas sob as quais os medicamentos são administrados, como em cápsulas, suspensões, comprimidos e outras formas. Antigamente, era função exclusiva dos farmacêuticos bioquímicos, sendo, atualmente, exercida em maioria pela indústria farmacêutica. FARMACOEPIDEMIOLOGIA: Aplicação do método e raciocínio epidemiológico no estudo dos efeitos, benéficos e adversos, e do uso de medicamentos em populações humanas. FARMACOVIGILÂNCIA: Identificação e avaliação dos efeitos, agudos ou crônicos, do risco do uso dos tratamentos farmacológicos no conjunto da população ou em grupos de pacientes expostos a tratamentos específicos. FARMACOTERAPIA: corresponde à terapêutica medicamentosa, orientação do uso racional de medicamentos. FARMACOLOGIA CLÍNICA: estuda a aplicação clínica, eficácia das drogas no homem e a RAM (reação adversa ao medicamento) em voluntários sadios ou doentes. FARMACOLOGIA PRÉ-CLÍNICA: estuda a aplicação clínica, eficácia das drogas e a RAM nos animais. TOXICOLOGIA: estuda os efeitos tóxicos das drogas no organismo. FARMACOCINÉTICA: relacionam-se a dose, a forma farmacêutica, a frequência posológica e a via de administração da droga com as relações de concentração da droga durante certo tempo no corpo. Estuda a cronologia dos processos de administração, absorção, distribuição, biotransformação e eliminação das drogas. FARMACODINÂMICA: estuda o alvo das drogas, o mecanismo de ação e os efeitos das drogas. Na farmacodinâmica, a concentração da droga nos locais de ação é relacionada com os efeitos produzidos. FITOTERAPIA: estuda o uso de fármacos vegetais (plantas medicinais). CONCEITOS: Fármaco> Sinônimo de droga. Ou, mais especificamente, o fármaco é a droga-medicamento de estrutura química bem definida, que quando em um sistema biológico modifica uma ou mais funções biológicas. Farmacologia Farmacologia Farmacologia Droga > matéria-prima de origem animal, vegetal ou mineral que contém um ou mais fármacos. Qualquer substância química capaz de produzir efeito farmacológico, isto é, provocar alterações somáticas ou funcionais, benéficas (droga-medicamento) ou maléficas (droga-tóxico). Reação Adversa a Medicação (RAM) > é qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas. A RAM é caracterizada pela existência de uma relação causal específica entre o medicamento e a ocorrência. Intoxicação medicamentosa > a primeira ocorre com o uso do medicamento em dose terapêutica e a segunda em superdose. Efeito colateral > é um efeito não pretendido (adverso ou benéfico) causado por medicamento utilizado em doses terapêuticas. Forma farmacêutica > Forma de apresentação do medicamento: comprimido, xarope, cápsula etc.; na forma farmacêutica, além do medicamento principal ou princípio ativo, entram outras substâncias na composição, como veículo ou excipiente, coadjuvante, edulcorante, ligante, preservativo etc. Veículo > meio em que a droga se encontra dispersa. Dose > é quantidade de droga administrada. Biodisponibilidade > é a fração de um fármaco administrado que é levado à circulação. Bioequivalência > é quando um fármaco pode ser substituído por outro sem consequências clínicas adversas. Duas formulações de fármacos são bioequivalentes se elas apresentam biodisponibilidades comparáveis e tempos similares para alcançar o pico de concentração plasmática. Tempo de ½ vida > é tempo necessário para reduzir à metade (50%) a concentração do fármaco no plasma. Estado de equilíbrio estável > indica quando o fármaco atinge a concentração terapêutica. Interação fármaco-receptor > é a tendência de um fármaco de se ligar a um receptor pela sua afinidade e ativá-lo. Especificidade > ocorre quando é recíproca entre substâncias e ligantes, uma substância se liga somente em determinados alvos e os avos só reconhecem determinada substância. Obs.: o aumento da dose faz com que o fármaco deixe de ser especifico e atue em alvos diferentes! Agonistas > é uma substância capaz de se ligar a um receptor celular e ativá-lo para provocar uma resposta biológica, uma determinada ação na célula, geralmente similar à produzida por uma substância fisiológica Antagonista > substância que se liga ao receptor sem causar a ativação impedindo consequentemente a ligação do agonista. Antagonismo químico > duas substâncias que se combinam em solução, reagem quimicamente e levam a inativação da droga. Ex.: Agentes quelantes como o EDTA e penicilamina, que sequestram metais (As, Hg, Pb), diminuindo suas ações tóxicas. Antagonismo farmacocinético > o antagonista reduz efetivamente a concentração do fármaco ativo em seu local de ação. Pode ocorrer de várias formas, como: • Aumento da velocidade de degradação metabólica do fármaco: redução do efeito do anticoagulante Warfarin (Varfarina sódica – anticoagulante) por aumento do seu metabolismo induzido pelo fenobarbital (Gardenal – barbitúrico), por exemplo. • Redução da velocidade de absorção da droga no trato gastrintestinal. • Aumento na velocidade de excreção renal: Bicarbonato de sódio que aumenta a secreção urinária dos barbitúricos, por exemplo. Antagonismo competitivo > ambos os fármacos se ligam aos mesmos receptores (reversível ou irreversível). Antagonismo fisiológico > substâncias de ações opostas tendem anular –se. Ex.: Histamina atua sobre os receptores das células parietais da mucosa gástrica estimulando a secreção de ácido, enquanto o Omeprazol (Gastrium) bloqueia esse efeito ao inibir a bomba de prótons. Dessensibilização e Taquifilaxia > diminuição do efeito de um fármaco que ocorre gradualmente quando administrado de modo contínuo ou repetidamente. Mecanismos envolvidos: • Alterações nos receptores • Perda de receptores: exposição prolongada reduz o número de receptores expressos na superfície celular. • Aumento do metabolismo da substância. Substâncias como etanol e barbitúricos quando administradas repetidamente, aparecem em concentrações plasmáticas reduzidas. Exaustão de mediadores: a dessensibilização está associada à depleção de uma substância intermediária essencial. Ex.: Anfetaminas atuam através da liberação de aminas nas terminações nervosas, portanto apresentam elevada taquifilaxia devido à depleção das reservas de aminas. Adaptação fisiológica: Pode ocorrer uma diminuição do efeito de um fármaco, devido à sua anulação por uma resposta homeostática. Ex: Redução de efeitos colaterais como náuseas e sonolência. MODELOS FARMACOCINÉTICOS: 1> Corpo é imaginado como um só compartimento, onde a droga penetra e onde é eliminada. 2> Corpo formado por 2 compartimentos: um central – representado pelo sangue e o periférico – tecidos. CINÉTICA DA BIOTRANSFORMAÇÃO: Cinética de 1º ordem ou cinética linear > a velocidade de biotransformação do fármaco é diretamente proporcional à concentração do fármaco livre ou seja a velocidade com que a droga sai de um compartimento do organismo é proporcional a sua concentração. Ex. de processo fisiológico que segue esta cinética: absorção; distribuição; clearence renal e metabolismo. Cinética de ordem 0 ou não linear > a velocidade da biotransformação permanece constante no tempo porque a enzima responsável é saturada pela concentração elevada de fármaco livre, ou seja, a velocidadede transferência da droga não depende da concentração pois a transferência do compartimento 1 para o 2 será constante, em relação ao tempo. = cinética de MICHAELIS-MENTEN Absorção> é a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção dependem do ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas características físico-químicas, da via de administração e dos processos fisiológicos característicos do paciente. Distribuição> é o processo pelo qual um fármaco reversivelmente abandona o leito vascular e entra no interstício (líquido extracelular) e, então, nas células dos tecidos. • A passagem do fármaco ou sua captação por qualquer tecido dependem de vários fatores: propriedades físico-químicas, tamanho molecular, solubilidade, permeabilidade e tamanho do tecido e fluxo sanguíneo tecidual. • Fármacos ligados às proteínas hidrossolúveis ficam principalmente no compartimento plasmático e fármacos lipossolúveis acumulam-se no tecido adiposo Biotransformação > As três principais vias de eliminação são biotransformação hepática (fígado- é a principal), eliminação biliar e eliminação urinária. A biotransformação (metabolismo) das drogas que ocorre no fígado envolve dois tipos de reações bioquímicas reações de fase I e de fase II (ou metabolismo I, e metabolismo II). Fase I > Ocorre oxidação, redução e hidrólise que convertem o fármaco original em um metabólito mais polar. Produtos mais reativos quimicamente podem resultar na inativação de um fármaco. Após as reações podem se tornar mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original. Fase II > Forma conjugados ainda mais hidrossolúveis por meio de sulfatação e metilação para serem excretados. Como os recém-nascidos são deficientes deste sistema de conjugação, além de suas funções renais que não estão completamente desenvolvidas, deve ser evitado o uso de alguns fármacos, como por exemplo, o cloranfenicol (atb) que pode se acumular no organismo provocando depressão da respiração, colapso cardiovascular, cianose e morte. Como provoca a cianose, também é denominada de Síndrome cinzenta do recém-nascido. Eliminação > Os fármacos são eliminados do organismo por biotransformação e excreção . A depuração de fármacos pode ocorrer também por rins e fígado (principais), intestinos, bile, pulmões, leite, entre outros. • Fígado: biotransformação – enzimas capazes de reduzir, oxidar, hidrolisar ou conjugar compostos. • Rins: por filtração glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção tubular passiva excreção dos fármacos e seus metabólitos: fármacos excretados na bile e eliminados nas fezes. • RINS → GRANDE MAIORIA DOS FÁRMACOS • PULMÕES→ AGENTES VOLÁTEIS OU GASOSOS • SISTEMA BILIAR→ EXCRETADAS PELA BILE ATRAVÉS DO FÍGADO, SOFRE REABSORÇÃO INTESTINAL A escolha da via ou sistema de administração das drogas depende de vários fatores: • efeito local ou sistêmico da droga; • propriedades da droga e da forma farmacêutica administrada; • idade do paciente; • conveniência; • tempo necessário para o início do tratamento; • duração do tratamento; • obediência do paciente ao regime terapêutico VIA ORAL: A absorção das drogas, por via oral, pode ocorrer na boca (mucosa bucal e sublingual), no intestino delgado, no reto e, em menor extensão, no estômago e no intestino grosso. Exemplo: Oral > intestino (TGI) Vantagens> método não invasivo, praticidade, autoadministração; facilidade... Desvantagens> dificuldade de deglutição, baixa absorção no estômago aumenta o tempo de latência dos fármacos, ph’s extremos; metabolismo de 1ª passagem... Exemplo: Oral-enteral transmucosa > sublingual e mucosa bucal deglutição: (enzimas) estômado: (ph ácido) porção inicial do intestino: absorção pH alcalino fígado: Metabolismo de 1ª passagem biodisp. mucosa oral rapidez na absorção ñ tem metab. de 1ª passagem efeitos rápidos VIAS Enteral/oral Parenteral Tópica outras • A colocação do fármaco sob a língua permite que ele se difunda na rede capilar e, assim, entre diretamente na circulação sistêmica. • Administração sublingual vantagens > facilidade de administração, absorção rápida, ultrapassagem do ambiente gastrintestinal (GI) hostil e capacidade de evitar a biotransformação de primeira passagem. • A via bucal (entre a bochecha e a gengiva) é similar à via sublingual. VIA RETAL: Como 50% da drenagem da região retal não passa pela circulação portal, a biotransformação dos fármacos pelo fígado é minimizada com o uso desta via. A vantagem adicional da via retal é evitar a destruição do fármaco no ambiente GI. Recomendações > se o fármaco provoca êmese quando administrado por via oral ou se o paciente já se encontra vomitando ou se está inconsciente, pacientes com crises convulsivas, pacientes que passaram por cirurgias no TGI, pacientes com desidratação que impeça o uso da via IV. VIA PARENTERAL: introduz o fármaco diretamente na circulação sistêmica. Vantagens • usada para fármacos que são pouco absorvidos no trato GI. • aumento da biodisponibilidade. • para os medicamentos que são instáveis no TGI (p. ex., insulina). • é usada no tratamento do paciente impossibilitado de tomar a medicação oral (paciente inconsciente) ou quando é necessário um início rápido de ação. • melhor controle sobre a dose real de fármaco administrada ao organismo. Desvantagens • são irreversíveis e podem causar dor, medo, lesões teciduais e infecções. • Invasivo, necessita de conhecimento técnico. • é necessário saber a concentração correta e a tonicidade do tecido. Exemplo: parental > endovenosa ou intravenosa (IV) uso esporádico absorção irregular tratamento local ou sistêmico leito vascular não há absorção efeito imediato Vantagens: rápido início de efeito, possibilidade de controle da liberação do fármaco, alta biodisponibilidade, ausência de metabolismo de primeira passagem e possibilidade de infusão de grandes volumes. Desvantagens: toxicidade do fármaco relacionada com seu pico de concentração, risco de infecção, dor, medo; pode precipitar constituintes do sangue, causar hemólise ou outras reações se for introduzida muito rapidamente (Benzetacil, é aplicada de forma lenta por ser densa) ; ricos de embolia (fármacos oleosos) e sobrecarga de volume. Exemplo: parental > intramuscular (IM) Podem estar em soluções aquosas, que são absorvidas rapidamente, ou em preparações especializadas de depósito, que são absorvidas lentamente (as injeções intramusculares formam um depósito no músculo e geralmente provocam início de ação mais lento e de maior duração de ação do que a administração intravenosa). Cuidados: líquidos irritantes devem ser evitados; aplicação – risco de lesar nervos e atingir vasos; Exemplo: parental > subcutânea (SC) Oferece absorção por difusão simples e é mais lenta do que a via IV. A injeção SC minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados à injeção IV e pode proporcionar efeitos lentos, constantes e prolongados. Esta via não deve ser usada com fármacos que causam irritação tissular, porque pode ocorrer dor intensa e necrose. Fármacos administrados comumente por via SC incluem insulina e heparina. Exemplo: parental > intradérmica (ID) Se utiliza um pequeno volume de produtos para diagnóstico, dessensibilização ou imunizantes na camada dérmica vascular da pele. músculo altamente irrigado rápida absorção áreas distensíveis (tec.adiposo) maiores volumes menor risco de complicações útil p/ medicamentos que têm de ser absorvidos lentamente via limitada pequenos volumes vascinas e testes imunológicos Exemplo: parental > intraperitoneal (IP) O Peritônio é uma membrana serosa que cobre os órgãos abdominais e reveste a parede abdominal e pélvica, funcionandocomo uma membrana semipermeável. A administração de medicamentos por essa via é mais comum para a realização de diálise ou infusão de quimioterápicos. VIA RESPIRATÓRIA: introduz medicamentos diretamente na árvore respiratória para o tratamento de doenças broncopulmonares. A via inalatória também é usada em anestesiologia quando se empregam anestésicos gerais gasosos. Vantagens • administração localizada de pequenas doses da droga e para início rápido de ação • redução de efeitos adversos sistêmicos VIA TRANSDÉRMICA: A velocidade de absorção pode variar de modo acentuado, dependendo das características físicas da pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. Essa via é usada com mais frequência para a oferta prolongada de fármacos. VIA INTRAUTERINA: para tratamentos de infecções do tratogenito-urinário. • uso dos DIUs que transportam drogas (há DIUs sem drogas) é administrar uma baixa dose de droga, diretamente ao órgão-alvo, reduzindo assim a absorção sistêmica da droga. Via Intra-ocular ou conjuntival: Tratamento de conjuntivites ou glaucoma. Em geral diretamente, sob a forma de gotas (colírios) ou pomada. Usam-se injeções subconjuntivais no tratamento emergencial de infecções agudas do olho anterior. altamente vascularizada pouco utilizada Via Epidural e Intratecal: A epidural é usada para administração de anestésicos locais e analgésicos (morfina). O espaço peridural está situado entre a dura-máter anteriormente e as paredes ósseas e ligamentosas do canal espinhal posteriormente. Pode-se realizar uma punção peridural em qualquer segmento da coluna, mas a região cervical não é habitualmente usada. O espaço subaracnóideo (intratecal) é delimitado externamente pela membrana aracnóidea, delicada, a vascular, em contato íntimo com a dura- máter e, internamente, pela pia-máter. Comumente, são usados para punções os espaços L2-L3, L3-L4 e L4-L5; É um evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. (HOEFLER,2008) Medicamentos administrados concomitantemente: ✓Podem agir de forma independente; ✓Interagir entre si; ✓Aumento ou diminuição do efeito terapêutico ou tóxico de um ou de ambos; ✓Desfecho pode ser perigoso quando promove o aumento da toxicidade de um fármaco. (HOEFLER,2008) Vantagens • Aumentar Efeitos terapêuticos • Diminuir Toxicidade das drogas Desvantagens • Produção de reações adversas • Aumento ou diminuição indesejada de ações dos medicamentos • Produção de novas condições patológicas Objetivos ao associar medicamentos: • Potencializar os efeitos terapêuticos • Diminuir os efeitos colaterais • Diminuir as doses terapêuticas • Prevenir a resistência • Proporcionar maior comodidade ao paciente Fatores relacionados ao paciente: • Estados patológicos e função renal • Função hepática e nível sérico de PTNs • pH urinário e fatores alimentares • idade e alterações na microbiota intestinal Fatores relacionados com a administração dos fármacos: • Sequência da administração • Via de administração • Duração da terapia dosagem • TIPOS DE INTERAÇÕES: Farmacêutica, farmacocinética, farmacodinâmica e de efeito. FARMACÊUTICA: Incompatibilidade farmacêutica, inativação, precipitação; Exemplos: Incompatibilidade entre substâncias: • DIAZEPAN + SOLUÇÕES FISIOLÓGICAS: PRECIPITAÇÃO • FENITOINA + SOL. FISIOLÓGICAS :PRECIPITAÇÃO • HEPARINA + HIDROCORTIZONA: INATIVAHEPARINA • PENICILINA + HIDROCORTISONA: INATIVAPENICILINA Incompatibilidade com material: • seringas, cateteres, vidro, plástico. Incompatibilidade em relação: • diluentes, estocagem, outros agentes Se diminui a ESTABILIDADE ocorre > PERDA da ATIVIDADE, pode se tornar um PRODUTO TÓXICO FARMACOCINÉTICA: absorção, distribuição, biodisponibilidade e eliminação. Exemplos: Absorção • Envolvem mecanismos decorrentes de: – Alterações no esvaziamento gástrico – Modificações na motilidade gastrointestinal –Formação de quelatos e precipitados, interferência com transporte ativo – Ruptura de micelas lipídicas – Alteração do fluxo sanguíneo portal – Efeito de primeira passagem hepático e intestinal Distribuição Ocorre entre tecidos intersticiais e compartimentos intracelulares, vem do sistema circulatório e um pouco do sistema linfático. • Os órgãos e os tecidos variam na sua capacidade de captar os diferentes fármacos, bem como na proporção de fluxo sanguíneo sistêmico que recebem. (LAMATTINA; GOLAN, 2009; BUXTON; BENET,2012) Biotransformação É consequente do aumento ou da diminuição da velocidade de biotransformação de um ou de ambos os fármacos. Estão ligadas aos processos de indução ou inibição enzimática de sistemas metabolizadores que podem acarretar alterações na meia-vida plasmática na sua concentração de equilíbrio no plasma. Principal sistema enzimático envolvido no metabolismo dos fármacos compreende as enzimas microssomais hepáticas, se destaca uma hemoproteína oxidativa (citocromo P450 localizada principalmente no fígado) e uma flavoproteína (NADPH). Biotransformação: primeira fase do metabolismo (Fase 1) Conjugação: segunda fase do metabolismo (Fase2) ➢Efeito de primeira passagem: Quando da administração oral de um fármaco, uma porcentagem significativa pode sofrer metabolismo no epitélio intestinal ou fígado, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica (efeito de primeira passagem), o que limita a disponibilidade do fármaco (BUXTON; BENET,2012). ➢Inibição Enzimática: Diminui a velocidade de metabólitos, diminui a depuração total; aumenta a meia vida do fármaco no soro; aumenta as concentrações séricas do fármaco livre e total; aumenta os efeitos farmacológicos. ➢Inibição Enzimática, mais específica: • Exposição aguda ao etanol • Cloranfenicol e alguns outros antibióticos • Cimetidina (secreção estomacal) • Dissulfiram (antietanol) • Propoxifeno (analgésico) ➢ Indução Enzimática: • Aumenta a velocidade de biotransformação hepática dos fármacos; • Aumenta a velocidade de produção dos metabólitos; • Aumenta a depuração hepática dos fármacos; • Diminui a meia-vida sérica dos fármacos; • Diminui as concentrações séricas do fármaco livre e total; • Diminui os efeitos farmacológicos, se os metabólitos forem inativos. ➢Indução Enzimática, exemplos: • barbitúricos ( por exemplo,fenobarbital), • hidrocarbonetos da fumaça de cigarro • Ingestão de Álcool • carbamazepina • rifampicina. Excreção ➢Os fármacos são eliminados sem alteração ou na forma polar, mais hidrossolúvel (metabolizado); ➢O rim é o principal órgão de excreção; ➢As fezes eliminam fármacos ingeridos por via oral que não foram absorvidos ou metabólitos excretados pela bile ou secretados diretamente no trato gastrointestinal. ➢Alguns fármacos são excretados pelo leite materno em pequenas quantidades, mas possuem importância pelo efeito que pode provocar no lactente. ➢A excreção pulmonar é importante para eliminar gases anestésicos. ➢Na excreção renal, um dos principais mecanismos de eliminação de 25 a 30% (BUXTON; BENET, 2012), os fármacos podem ser filtrados no glomérulo renal, secretados no túbulo proximal (ativa), reabsorvidos a partir da luz tubular e transportados de volta ao sangue, e excretados na urina. (LAMATTINA;GOLAN,2009). FARMACODINÂMICA: envolve - receptores; mecanismos celulares; alterações no meio celular; neutralizações químicas. Locais de ação/ligação da droga: ➢Enzimas ➢Moléculas transportadoras ➢Canais iônicos ➢Receptores ➢DNA ➢Matriz óssea Decorrem do efeito sinérgico ou antagônico entre fármacos no sítio de ação da atividade biológica (receptores, enzimas), alterando a ação de um ou ambos os medicamentos. Fármacopode aumentar o efeito de um agonista: ✓ por estimular a ativação do seu receptor(sinergismo) ✓ por inibir enzimas que o inativam no seu local de ação Fármaco pode diminuir o efeito(antagonismo): ✓ Competição e bloqueio do mesmo receptor, tendo o antagonista maior afinidade e nenhuma atividade intrínseca. Sinergismo: Quando as ações e relações entre os membros de um mesmo grupo farmacológico ou entre grupos farmacológicos diferentes se processam na mesma direção, exemplos: Por adição ✓ fármacos agem por mecanismos semelhantes. ex. dipirona + aas Por somação ✓ fármacos agem por mecanismos diferentes. ex. aas + codeína Por potenciação ✓ o efeito final é maior que a soma dos efeitos, geralmente por mecanismos diferentes. Antagonismo: Quando as ações e relações entre os membros de um mesmo grupo farmacológico ou entre grupos farmacológicos diferentes se processam em direções contrárias, exemplos: Antagonismo farmacológico: dois fármacos agem no mesmo local com ações diferentes (ex. expectorante e antitussígeno) Antagonismo fisiológico: dois fármacos exibem efeitos opostos por mecanismos independentes (ex. vasodilatadores e vasoconstritores) Antagonismo químico: substâncias reagem entre si e formam um produto inativo (ex. versenato de sódio + chumbo) Antagonismo físico: duas substâncias interagem sem reagir (ex. estricnina + carvão ativo que adsorve alcaloides e pode evitar sua absorção) Interações de Efeito: Ocorrem quando dois ou mais fármacos em uso concomitante tem ações farmacológicas similares ou opostas, atuando em sítios e por mecanismos diferentes. • Podem produzir sinergismos ou antagonismos sem modificar a farmacocinética ou o mecanismo de ação. Exemplos: ✓ Potencialização do efeito sedativo dos hipnóticos e antihistamínicos pelo etanol. ✓ Fentolamina e as fenotiazinas (clorpromazina) bloqueiam a ação da noradrenalina sobre os receptores alfa-adrenérgicos nos vasos sanguíneos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2012)
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