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Aula 9

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14/10/2018 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1580711&classId=981738&topicId=2424617&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 1/25
Teoria e história das
cidades
Aula 9 - O pensamento do urbanismo
contemporâneo
INTRODUÇÃO
14/10/2018 Disciplina Portal
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Nas aulas anteriores, vimos que os modelos de cidade dos séculos XIX e XX partiam do princípio de que uma cidade
inteiramente nova deveria surgir a partir das novas funções e necessidades do mundo moderno. Mas as experiências
reais com cidades planejadas foram contraditórias, pois trouxeram mais segregação e fragmentação, quando, na
verdade, a promessa era criar uma cidade mais igualitária e coesa.
A estrita divisão funcional teve custos sociais, econômicos e ambientais. Para os novos autores do urbanismo, a
prioridade deixou de ser a funcionalidade: a cidade deve ser o espaço da diversidade.
Veremos que, entre a teoria e a prática, existe, além de um distanciamento no tempo, um conjunto de interesses e
forças econômicas que, nos últimos anos, têm transformado nosso mundo em uma sociedade globalizada.
A evolução dos meios de telecomunicação e da Tecnologia da Informação aproximou pessoas e culturas distantes,
gerando novos modelos de cidade de acordo com algumas características inéditas. Iremos analisar os principais
autores que tentaram identi�car os diferentes aspectos da cidade global, genérica e transnacional.
As cidades do século XXI se expandem tanto virtualmente quanto �sicamente. O alto crescimento demográ�co
observado desde o �m da Segunda Guerra Mundial fez surgirem as megacidades. Analisaremos como elas são e como
estão espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Boa viagem!
OBJETIVOS
Reconhecer os autores do pensamento urbanístico pós-moderno;
Identi�car os diversos modelos da cidade contemporânea;
Reconhecer as novas dimensões da cidade no século XXI.
14/10/2018 Disciplina Portal
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AUTORES DO PENSAMENTO URBANÍSTICO PÓS-MODERNO
O pensamento urbanístico pós-moderno surgiu como uma crítica às realizações do urbanismo moderno, como Brasília
e Chandigarh, que vimos em aulas anteriores, assim como em projetos de habitação popular construídos no mundo
inteiro, como Pruitt-Igoe, nos Estados Unidos, que foi demolido em virtude dos índices de violência ali registrados.
O rígido zoneamento preconizado na Carta de Atenas terminou por dividir as cidades em setores monofuncionais.
As cidades e os bairros que seguiam a cartilha dos CIAM tornaram-se exemplos de segregação social e fragmentação
espacial.
Vista aérea do complexo de Pruitt-Igoe, Saint Louis, nos Estados Unidos, que se tornou símbolo do fracasso
do planejamento urbano moderno, quando foi implodido em 1972.
Tampouco o “conceito cartesiano de cidade ordenada, onde tudo é estabelecido com lógica, precisão e rigidez” atraía
os pensadores do urbanismo contemporâneo. (COSTA, 1962, p. 347)
A própria ideia de planejar uma cidade inteiramente nova perdeu interesse para boa parte da geração do pós-guerra,
como descreveu, em 1965, Christopher Alexander, professor emérito da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e
fundador do Center for Environmental Structure (ALEXANDER, 1965):
14/10/2018 Disciplina Portal
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Quatro etapas da construção do pensamento em Arquitetura e Urbanismo, com destaque para a crítica como
etapa de renovação da teoria.
 
O processo de construção do pensamento em Arquitetura e Urbanismo invariavelmente cumpre um ciclo, no
qual a teoria fundamenta o projeto. O projeto, por sua vez, estabelece as diretrizes para a construção da
obra. 
 
 
Após a ocupação desta obra, os usos e as consequências práticas daquele espaço irão gerar um
pensamento crítico-re�exivo. Isto vale tanto para o caso de uma edi�cação, quanto para a análise de um
projeto urbano. A partir desta re�exão crítica, uma nova teoria será desenvolvida, em um processo contínuo
de aperfeiçoamento da Arquitetura e do Urbanismo. 
 
 
A construção de imóveis destinados a diferentes classes sociais, em um mesmo bairro, passou a ser
estimulada e virou instrumento de política urbana, em especial na França. Diferentes tipos de edi�cações
com funções diversas e complementares em uma mesma área também se tornaram bem-vindas, porquanto
induzem à diversidade de usos e à ocupação diuturna dos espaços públicos. 
 
14/10/2018 Disciplina Portal
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Neste caso, a palavra de ordem do urbanismo passou a ser diversidade: funcional, social e tipológica. O
zoneamento perdeu espaço para as áreas de uso misto, em que se pudesse morar, trabalhar e se divertir
com pouco deslocamento. 
 
A AGENDA DO URBANISMO PÓS-MODERNO
Os fundamentos do urbanismo moderno passaram a ser questionados com grande oposição e foram confrontados por
novos temas:
01
A diversidade induzia ao tratamento individual e personalizado em detrimento da abordagem coletiva
e padronizada do modernismo.
02
A centralidade de um ser humano supostamente universal, a quem corresponderia um estilo
internacional, foi substituída por uma abordagem mais local e mais adequada a uma sociedade
multicultural.
03
A ideia de que a tecnologia e a racionalidade trariam a solução para todos os problemas foi deslocada
para o estudo dos fenômenos sociais. Assim como na Arquitetura, os projetos de comunidades
perderam certo caráter abstrato em nome de uma representação mais humana dos espaços de uso
comum.
04
O automóvel deixou de ser o protagonista em nome do pedestre e da escala humana.
05
A busca incessante da originalidade das cidades planejadas perdeu destaque para as estratégias de
requali�cação de bairros existentes.
06
O isolamento da obra arquitetônica passou a ser menos valorizado do que sua contextualização.
07
Os processos históricos passaram a ser mais respeitados do que a pura inovação.
08
A construção coletiva e colaborativa do pensamento, inclusive no que se refere à teoria e à doutrina
urbanísticas, tornou-se mais valorizada do que o gênio artístico do arquiteto e urbanista
individualmente.
14/10/2018 Disciplina Portal
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Tabela de conceitos do planejamento urbano moderno em comparação às teorias mais recentes do
urbanismo.
09
Os pequenos relatos cotidianos ganharam relevância em detrimento das grandes narrativas
totalitárias.
10
O estudo da cidade real prevaleceu sobre a busca incessante pela cidade ideal.
14/10/2018 Disciplina Portal
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Esta praça, no centro da
cidade holandesa de Haia, é
um belo exemplar da
aplicação de vários princípios
do urbanismo pós-moderno: 
 
a escala humana é
respeitada, pois as torres
estão recuadas em relação à
praça;
os edifícios mais recentes
fazem referência ao contexto
histórico, tanto na forma
quanto no material utilizado;
há uma colagem entre o
antigo e o novo, o simples e o
monumental;
o pedestre é valorizado;
os pontos de referência são
destacados e o conjunto de
edi�cações geram um
espaço urbano quali�cado e
cheio de apontadores
culturais.
Podemos destacar outras concepções urbanísticas do mesmo período:
Contextualização
Adequação (simples ou complexa) às condiçõesexistentes.
Cidade colagem (legibilidade)
Modo de conferir integridade a uma mescla assimétrica entre ordem/desordem,
simples/complexo, privado/público, inovação/tradição, singelo/monumental. Este conceito
foi criado por Collin Rowe, professor e historiador, no livro Collage City, que foi publicado
originalmente em 1978 (ROWE, 1978);
Cidade como texto
Caminhos, limites, nódulos, bairros e pontos de referência na paisagem. Foram ideias
expressas por Kevin Lynch, em 1960, na primeira edição de seu conhecido livro: A imagem
da cidade (LYNCH, 1997);
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Historicismo
Uma atitude de interesse pelas tradições anteriores, muito baseada nos escritos do
arquiteto britânico Alan Colquhoun (COLQUHOUN, 1989);
Neorracionalismo europeu
Valorizava a tipologia arquitetônica e a experiência espacial urbana como representação de
valores e signi�cados, em que a cidade é um artefato artístico e cultural. Um dos textos
fundadores deste movimento foi o livro A arquitetura da cidade, do arquiteto italiano Aldo
Rossi, publicado pela primeira vez em 1966 (ROSSI, 1988);
Regionalismo crítico
O crítico norte-americano Kenneth Frampton propõe que, assim como a arquitetura
vernácula é uma resposta arquitetônica ao lugar especí�co, ao clima local e ao material
disponível, projetos climaticamente de�nidos obterão bons resultados estéticos e
ecológicos e serão capazes de resistir às pressões homogeneizadoras do capitalismo
moderno (FRAMPTON, 1997).
 
 
 
 
A Capela Otaniemi (1957), dos arquitetos
Heikki e Kaija Siren (esquerda) e a Capela
do Silêncio (2012) de K2S Architects
demonstram como os �nlandeses
conseguiram trabalhar a modernidade com
uma boa dose de regionalismo, em
especial, pelo uso do material
característico da Finlândia: a madeira. 
Fotos: acervo pessoal.
 
Enquanto os arquitetos e urbanistas modernos privilegiavam o Zeitgeist, que podia ser traduzido literalmente da língua
alemã como espírito do tempo, os pós-modernos procuravam valorizar o genius loci, que, interpretado do latim, seria o
espírito do lugar especí�co.
Como de�niu o arquiteto austríaco Raimund Abraham:
14/10/2018 Disciplina Portal
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Fonte: enjoy your life / Shutterstock
Projetar é reconciliar as consequências da intervenção na paisagem 
(NESBITT, 2006)
O LEGADO DE JANE JACOBS
O livro Morte e vida das grandes cidades foi escrito em 1961 por Jane Jacobs. A obra sintetizou a agenda do
urbanismo pós-moderno, que analisamos anteriormente. A crítica principal da autora ao urbanismo moderno foi
desenvolvida a partir de uma análise muito simples.
De acordo com Jacobs, o grande equívoco dos urbanistas modernos foi propor soluções de simplicidade elementar
para as questões complexas da cidade contemporânea. Por outro lado, ela alertava que o extremo oposto tampouco
era válido: imaginar a cidade como um fenômeno irracional e desordenado levaria à imobilidade e à sensação de
impotência.
Entre estes dois extremos, a autora apontava para uma nova direção metodológica: a cidade é um problema de
complexidade organizada.
A melhor maneira de intervir no espaço urbano seria, antes de tudo, ater-se ao mundo real, prestar atenção à vida
cotidiana dos habitantes do lugar e só então propor qualquer ação. Ao invés de partir de um modelo universal
preestabelecido, melhor seria analisar as situações concretas.
Para Jacobs, o principal elemento da cidade era a calçada, que comparava a um espetáculo diário:
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Após analisar exemplos de diferentes bairros, nas cidades norte-americanas de Los Angeles, Boston, Chicago e Nova
York, Jane Jacobs apontou algumas necessidades básicas para o bom funcionamento dos espaços urbanos:
galeria/aula9/img/11b.jpg
Uso misto
A necessidade do uso misto: os bairros devem ter mais de uma função, a �m de atrair pessoas com
distintos propósitos em horas diferentes do dia e da noite.
galeria/aula9/img/11c.jpg
Pequenos quarteirões
A necessidade de pequenos quarteirões: quadras devem ser curtas, com interseções movimentadas
que permitam criar oportunidades para a interação entre os pedestres (conectividade).
galeria/aula9/img/11d.jpg
Edifícios antigos
A necessidade de edifícios antigos: bairros devem mesclar construções antigas e edifícios novos,
com diversas formas e que abriguem classes sociais diferentes.
galeria/aula9/img/11e.jpg
Densidade
A necessidade da densidade: bom bairro é aquele que tem alta concentração de pessoas e edifícios.
14/10/2018 Disciplina Portal
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Jacobs morava na cidade de Nova York na época do
rodoviarismo de Robert Moses. Ele foi o mentor
intelectual do sistema de autoestradas (highways) e
estradas-parque (parkways) que recortaram todo o
estado de Nova York. 
Este modelo de urbanismo, que se baseava no
automóvel particular como símbolo de autonomia e
liberdade individual, teve repercussões em diversos
países, inclusive o Brasil. Apesar disto, a grande
batalha entre os dois foi vencida pela escritora, que
conseguiu impedir que uma via expressa projetada
por Moses rasgasse o tecido urbano do sul da ilha
de Manhattan, no bairro que �cou mundialmente
conhecido como Soho. 
O livro de Jacobs, associado à sua ação política, foi
uma arma poderosa contra o modelo rodoviarista e
seus efeitos para o pensamento urbanístico podem
ser sentidos até hoje. Camila Bortoluzzi, em artigo
para ArchDaily de outubro de 2012, assim de�niu o
legado de Jane Jacobs: 
Provavelmente a maior colaboração de Jane
Jacobs às cidades é ter transformado o modo
como são analisadas. Sua crítica e ideias
reverteram as tendências mais tecnocratas da
plani�cação para dar mais atenção ao valor das
comunidades em construir seu próprio projeto
social no território (BERTOLUZZI, 2012).
Cena típica de um dia comum em Greenwich Village, bairro onde Jane Jacobs morava quando escreveu Morte
e vida das grandes cidades e que inspirou notadamente a autora em suas propostas. 
Foto: A shot in Greenwich Village, de Seth Werkheiser.
O NOVO URBANISMO NORTE-AMERICANO
14/10/2018 Disciplina Portal
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O legado de Jane Jacobs pode ser sentido atualmente na abordagem dos problemas de planejamento
urbano, que tem tido um caráter mais local e mais humano, na revitalização dos centros históricos, em
diversas cidades do mundo e até na revalorização do patrimônio histórico. 
 
 
Nos Estados Unidos, alguns autores e movimentos seguiram direções bastante diferentes a partir das
diretrizes de�nidas por Jacobs. Robert Venturi, que seis anos antes havia provocado uma revolução na
teoria da Arquitetura, ao iniciar um livro com a expressão Less is a bore!, aventurou-se pelo urbanismo com
o trabalho intitulado Aprendendo com Las Vegas, de 1972, fruto de uma pesquisa acadêmica realizada
juntamente com os arquitetos e pesquisadores norte-americanos Denise Scott Brown, sua esposa, e Steven
Izenour (VENTURI, 1972). 
 
Venturi, Brown e Izenour analisaram o fenômeno da urbanização dispersa (que veremos a seguir) a partir de Las Vegas,
um “exemplo exagerado de onde se podem tirar lições sobre o típico”. Mas, veja como a premissa básica para o
trabalho poderia ter sido escrita pela própria Jacobs: “uma maneira de o arquiteto ser revolucionário” é “aprender com a
paisagemexistente”.
Os herdeiros mais diretos de Jane Jacobs, porém, foram os arquitetos e urbanistas que formaram o movimento
conhecido como New Urbanism ou novo urbanismo norte-americano (Peter Calthorpe, Michael Corbett, Andrés Duany,
Elizabeth Moule, Elizabeth Plater-Zyberk, Stefanos Polyzoides e Daniel Solomon). Eles estabeleceram um decálogo que
listava os princípios que deveriam reger um bom master plan (Fonte: Portal do New Urbanism):
10 Princípios do New Urbanism
1
Habilidade para caminhar (walkability): caminhadas de 10 minutos, com ruas de pedestres e
para pedestres;
2
Variedade de conexões (connectivity): uso da quadrícula (grelha ou grid), além da indução
de pedestres para os espaços públicos.
14/10/2018 Disciplina Portal
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3
Uso misto e diversidade: na escala do bairro, da quadra e até no mesmo edifício com o
convívio de pessoas de diferentes idades, classes sociais, culturas, etnias etc.;
4
Diferentes tipologias residenciais: com tipos, tamanhos e preços diversos;
5
Qualidade de projeto na arquitetura e no desenho urbano: que leve em conta a escala
humana, os usos cívicos e coletivos, além da preocupação com o conforto, a estética e o
sentido de lugar;
6
Estrutura tradicional de bairro/comunidade: com uma distinção clara entre o centro e a
borda, distantes entre si por uma caminhada de dez minutos. No centro, estaria o grande
espaço público e cívico, visível para o restante do bairro ou cidade;
7
Densidade crescente: a proximidade gera e�ciência;
8
Transporte e�ciente: sobre trilhos (entre bairros e cidades: V.L.T./Veículo leve sobre trilhos,
bonde, trem e metrô) e pessoal (dentro do bairro: bicicletas, patins,
scooters/vespas/motocicletas);
9
Sustentabilidade: com impacto mínimo obtido pela utilização de tecnologia limpa aliada à
e�ciência energética. A ideia seria minimizar o uso de combustíveis não renováveis e
maximizar a produção local: caminhar mais e dirigir menos;
10
Qualidade de vida: “elevar o espírito humano”.
14/10/2018 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1580711&classId=981738&topicId=2424617&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 14/25
A comunidade de Celebration, na Flórida, tentou reunir diversos arquitetos historicistas em uma cidade nova construída
a partir dos princípios do New Urbanism: a sede dos correios foi projetada por Michael Graves, o centro de acolhimento
foi concebido por Philip Johnson, o posto de saúde por Robert A. M. Stern. Há, ainda, obras de Charles Moore (centro
de previsão), Cesar Pelli (cinema) e Robert Venturi e Denise Scott Brown (agência bancária).
Os diversos modelos da cidade contemporânea
Enquanto os autores citados, na primeira parte desta aula (como Alan Colquhoun, Christopher Alexander, Collin Rowe,
Kenneth Frampton e Kevin Lynch, todos professores), buscavam um caminho alternativo e um novo pensamento para o
urbanismo do século XX, a cidade real, movida pela lógica do capital, espraiava-se pelo território em categorias que
�caram conhecidas como: urbanização dispersa, cidade global, cidade genérica, entre outras.
URBANIZAÇÃO DISPERSA
O termo urbanização dispersa tem sido a tradução utilizada com mais frequência para o fenômeno conhecido
originalmente pelo termo em inglês urban sprawl.
 
Entre o �m da Segunda Guerra
Mundial e o início dos anos 1970,
o aumento do preço dos
terrenos, nas áreas centrais das
grandes cidades norte-
americanas, impulsionou uma
procura por áreas mais distantes,
com espaços mais generosos e
preços mais acessíveis. 
 
A grande atração seriam os
loteamentos com residências
unifamiliares bastante amplas e
confortáveis. O poder público
estimulou este processo com a
construção de autoestradas. 
 
Os empresários do comércio viram
aí uma grande oportunidade para
expandir as cadeias de lojas de
departamento, enquanto a
indústria automobilística iria se
bene�ciar com o aumento das
vendas de automóveis particulares. 
 
Demorou pouco para alguém tentar reunir lazer e comércio, com fácil acesso por automóvel, em uma nova tipologia de
centro comercial: os shopping centers.
Fonte: Commons.wikimedia.org / Bobak Ha'Eri
14/10/2018 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1580711&classId=981738&topicId=2424617&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 15/25
Os subúrbios norte-americanos foram assim formados pela combinação de autoestradas, loteamentos e shopping
centers.
 
Segundo alguns, essa nova modalidade de metropolização descontínua, formada por múltiplos centros
urbanos, foi promovida por razões de defesa militar: espalhar a população a �m de dispersar os alvos de
uma eventual guerra nuclear. 
 
De acordo com outros, o verdadeiro objetivo era o desenvolvimento da indústria automobilística, com o aproveitamento
das plantas industriais dedicadas, até aquele momento, à produção de veículos para as forças armadas.
 
Vista aérea de uma comunidade característica da urbanização dispersa, em Colorado Springs, subúrbio norte-
americano. 
Foto: David Shankbone.
Em qualquer hipótese, o fenômeno foi impulsionado fortemente pela valorização do preço do solo nos grandes centros
urbanos e a consequente busca de terrenos mais baratos, em áreas semirrurais que passariam a ser alimentadas por
autoestradas (highways) e por �liais das grandes redes de varejo norte-americanas, reunidas em centros comerciais
climatizados e com vasta oferta de estacionamento (shopping malls ou shopping centers).
A forma residencial característica desse modo de vida seriam os grandes condomínios fechados de residências
unifamiliares com garagens e jardins próprios, além de alguns serviços compartilhados voltados ao lazer e à
segurança. (NUNES-FERREIRA, 2014, p. 18 e 19)
O fenômeno da dispersão urbana não �cou restrito aos Estados Unidos. Muito ao contrário, o modelo foi reproduzido
em diversas áreas de expansão de cidades mundo afora, inclusive no Brasil.
Como o poder de investimento da inciativa privada mostrou-se muito superior ao planejamento público, os subúrbios
a�uentes brasileiros transformaram-se em manchas de um tecido urbano descontínuo e fragmentado.
14/10/2018 Disciplina Portal
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A cidade do século XXI tem recebido diversas denominações, que variam de acordo com as características especí�cas
que cada autor decidiu enfatizar:
 
O conceito da cidade global foi cunhado por Saskia Sassen, professora de sociologia da Universidade de
Chicago, a partir das considerações expostas na citação acima reproduzida; 
 
 
Já Rem Koolhaas, famoso arquiteto holandês, analisou diversos centros urbanos da atualidade, em especial
as megacidades que surgiram na virada do século nos países em desenvolvimento (entre eles os BRICS:
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — South Africa, no original em inglês), e destacou sua semelhança
aparente, a despeito das diferenças culturais originais. 
 
Por isso, ele escolheu o termo cidade genérica para designar esta interpretação crítica sobre bairros mais recentes,
áreas de expansão e projetos de cidades novas encontrados, particularmente, no sudeste asiático e em países da
América do Sul, como o Brasil.
ATENÇÃO!
Cidade global, cidade genérica e a cidade da sociedade em rede
14/10/2018 Disciplina Portal
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, A cidade genérica é estruturada a partir de pistas de alta velocidade que conectam diferentes
empreendimentos privados fechados, tais como condomínios residenciais, comercias ou
corporativos., , Os espaços de convívioe lazer também são privatizados em shopping centers, arenas
de esporte e aeroportos, onde “tudo é consumo”. As tipologias residenciais são predominantemente
verticais.
A cidade genérica é policêntrica, com núcleos de serviços ao longo de uma rede espraiada pelo território.
Consequentemente, seus moradores guardam pouca relação de identidade com os centros históricos das cidades
tradicionais. Como de�niu o próprio Koolhaas:
A cidade contemporânea, global e genérica,
como descrita e interpretada por Sassen e
Koolhaas respectivamente, seria uma
manifestação de diferentes forças atuantes
na sociedade pós-industrial, cujo principal
meio de produção são os �uxos de
informação e a oferta de serviços. 
 
O cientista social espanhol Manuel Castells
(2002) descreveu as cidades atuais como
“pontos nodais de conexão às redes globais”,
distanciadas de aspectos locais em favor de
uma grande sociedade em rede mundial.
URBANISMO HÍBRIDO
As diferentes visões sobre o que é uma cidade, que vimos até o momento, parecem evidenciar que cidades são
sistemas complexos e variáveis, que estão em permanente transformação.
14/10/2018 Disciplina Portal
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Você já deve ter notado que alguns conceitos apresentados aqui não são necessariamente excludentes. Podemos
encontrar, por exemplo, fragmentos da cidade moderna, da cidade informal e da cidade genérica reunidos em diversas
regiões metropolitanas do Brasil. Por isso, o termo urbanismo híbrido tem sido utilizado com frequência cada vez
maior.
CURIOSIDADE
, A expressão cidade híbrida foi utilizada por George Katodrytis, professor da American University de
Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, para se referir a cidades como Dubai, onde os edifícios e os
espaços urbanos reúnem símbolos heterogêneos de diversas culturas (KATODRYTIS, 2004).
Na verdade, esta de�nição aplica-se a diversas cidades contemporâneas, que re�etem a superposição de camadas da
cultura atual: erudita e popular, local e global.
Fonte: Commons.wikimedia.org / Tim.Reckmann. Dubai é um exemplo de cidade contemporânea, onde há referências a diferentes culturas.
O arquiteto argentino Juan Carlos Pérgolis, que hoje é diretor do Centro de Pesquisa da Faculdade de Arquitetura, da
Universidade Católica da Colômbia, dividiu os modelos ocidentais de urbanismo em três momentos:
Í
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CIDADE CONTÍNUA
Cidade tradicional pré-industrial;
CIDADE DESCONTÍNUA
Modelo de urbanismo moderno do século XX (CIAM);
CIDADE FRAGMENTADA
Produto de uma nova sociedade, mais individualista, em que “a fragmentação se apresenta como um
traço dominante em todos os campos da cultura”.
Este terceiro momento aproxima-se de temas que já analisamos anteriormente como a dispersão urbana, a cidade
global, a cidade genérica e a sociedade em rede.
A cidade fragmentada, segundo Pérgolis, tem uma dimensão difícil de assimilar porque é resultado da conurbação, ou
seja, da união territorial e da interdependência de mais de uma cidade.
Há diversas referências de centralidade, normalmente em espaços de uso coletivo com controle privado de acesso,
como os grandes shopping centers.
As relações sociais terminam por acontecer tanto ou mais pelas interconexões globais, como as redes sociais e a
internet, do que em âmbito local, pela interação dos vizinhos de uma mesma comunidade (PÉRGOLIS, 2005).
Novas dimensões da cidade no século XXI
Fonte: DSS Research: Looking Beyond The Expected. Crescimento da população mundial entre os anos de 1050 e 2050.
O início do século XX marcou um ponto de in�exão do crescimento demográ�co mundial que podemos sentir até hoje.
Em 1900, apenas 10% da população mundial viviam em cidades;
Em 2007, a população urbana superou a população rural;
Em 2050, 75% das pessoas viverão em cidades;
A Terra atingiu a marca de 7 bilhões de pessoas em 2011;
A previsão é chegar a 10 bilhões de habitantes em 2050;
Em 1950, havia menos de 100 cidades com 1 milhão de habitantes;
Em 2016, há mais de 500 cidades com esta população.
Atualmente, consideramos que metrópole é a reunião de mais de uma cidade que estabelecem entre si alguma
interdependência funcional ou simbólica. Acima das metrópoles, teremos as megacidades e as megalópoles.
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As megacidades
contemporâneas
são aglomerações
urbanas com mais
de dez milhões de
habitantes. Elas
podem estar em
países
desenvolvidos,
como Estados
Unidos e França, ou
em nações
emergentes como
Brasil e México.
Mas, com certeza, a
megacidade é um
fenômeno
predominantemente
asiático: entre as
dez maiores
cidades do mundo,
oito estão em
diferentes países da
Ásia (Japão,
Indonésia, Índia,
Coreia do Sul,
Filipinas, Paquistão
e China). E se
levarmos em
consideração as
atuais conurbações
entre megacidades,
há sistemas
espaciais urbanos,
na China, que
podem atingir a
marca dos 50
milhões de
habitantes, como o
delta do Rio das
Pérolas, que inclui,
entre outras, as
cidades de Hong
Kong, Macau,
Cantão e Shenzhen.
 
 
Lista das megacidades mundiais. 
Fonte: Demographia 2016.
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Fonte: Demographia 2016. 10 maiores cidades do mundo por população, com destaque para as 8 maiores, localizadas no continente asiático.
São Paulo, onde moram 12.038.175 de pessoas, é o único município no Brasil com população superior a dez milhões
de habitantes (Fonte: IBGE, estimativa para 2016).
Entretanto, se considerarmos que as regiões metropolitanas brasileiras são conurbações com grande coesão urbana,
poderíamos considerar o Grande Rio de Janeiro, com seus 21 municípios, como a segunda megacidade brasileira.
Fonte: A tabela traz as regiões metropolitanas do Brasil acima de 1 milhão de habitantes listadas por população conforme a estimativa para
2016.
Por último, há autores que consideram a interdependência entre Rio e São Paulo (incluindo os municípios do Vale do
Paraíba, da Grande Campinas e da Baixada Santista) tão signi�cativa que mereceria uma referência como uma
megalópole de 40 milhões de habitantes, também conhecida por Região Metropolitana Ampliada Rio-São Paulo
(RMARSP) (DAVIS, 2006, p.16).
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Imagem de satélite da megalópole Rio de Janeiro — São Paulo à noite. 
Foto: NASA Earth Observatory, 2014
QUESTÃO 1
O pensamento urbano do pós-moderno se contrapôs a diversos princípios do urbanismo moderno, propondo uma nova
agenda para a cidade contemporânea. Assinale as a�rmações que correspondem a esta nova agenda e indique abaixo
a opção correta:
I. O automóvel voltou a ser valorizado, porque permite que as cidades se espalhem de maneira a serem menos densas
e, assim, propiciem mais qualidade de vida aos seus habitantes. 
II. Embora os pensadores do urbanismo contemporâneo preconizem os condomínios residenciais como padrão ideal
de habitação, o mercado imobiliário resistiu fortemente a esta nova tipologia. 
III. A valorização do contexto urbano, em detrimento da obra isolada, em Arquitetura, terminou por gerar uma
revalorização dos centros históricos. 
IV. A diversidade de usos e tipologias em uma mesma área passou a ser considerada desejável, pois a cidade
organizada por meio de zoneamento tornou-se excessivamente segregada e fragmentada.V. As megaestruturas passaram a ser vistas como a única alternativa para os graves problemas das cidades
contemporâneas.
As a�rmações corretas são apenas:
I e IV
II e V
I e V
III e IV
I, IV e V
Justi�cativa
QUESTÃO 2
Analise as duas a�rmativas abaixo reproduzidas:
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Em seu livro Morte e vida das grandes cidades, Jane Jacobs defendeu a necessidade de pequenos quarteirões, com
interseções movimentadas criando mais conectividade entre os moradores de um bairro ou cidade.
PORQUE
O tráfego de veículos particulares precisava de alternativas ao congestionamento das vias expressas, que já
prejudicava o desenvolvimento do modelo rodoviarista que a autora defendia como consequência natural da
popularização do automóvel.
Sobre essas duas a�rmativas, é correto a�rmar que:
As duas a�rmativas são falsas.
As duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si.
A primeira é uma a�rmativa falsa; e a segunda, verdadeira.
A primeira é uma a�rmativa verdadeira; e a segunda, falsa.
As duas são verdadeiras, e a segunda é uma justi�cativa correta da primeira.
Justi�cativa
QUESTÃO 3
Em relação às diferentes visões sobre as cidades contemporâneas estudadas, nesta aula, é possível a�rmar que:
I. O fenômeno da urbanização dispersa está ligado ao aumento do preço dos terrenos nas áreas centrais das grandes
cidades norte-americanas e à popularização do automóvel particular após o �m da Segunda Guerra Mundial. 
II. Enquanto diversos autores preconizavam a necessidade de um retorno a uma escala mais humana e menos
dependente do automóvel, diversas áreas de expansão das cidades, em diferentes países, continuaram a ser
construídas com base na combinação de autoestradas, condomínios fechados e shopping centers. 
III. O modelo da dispersão urbana foi associado ao modelo de vida norte-americano e, por isso, não teve grande
repercussão nos países em desenvolvimento, cujas cidades não cresceram por falta de recursos governamentais. 
IV. De acordo com alguns autores estudados, embora as cidades tenham crescido aceleradamente nas últimas
décadas, a cidade contemporânea tem uma estruturação mais fragmentada do que as cidades tradicionais do século
XIX.
I e II
I e III
II e III
III e IV
I, II e IV
Justi�cativa
QUESTÃO 4
A partir das semelhanças e diferenças entre os modelos de cidade apresentados nesta aula, analise a a�rmativa que
NÃO corresponde ao conteúdo estudado:
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A urbanização dispersa, assim como a cidade do CIAM, tem um custo ambiental muito alto.
A cidade genérica, assim como as áreas de urbanização dispersa, é estruturada a partir de autoestradas.
Os pensadores do urbanismo pós-moderno celebravam a urbanização dispersa, assim como a cidade global.
A cidade fragmentada de Pérgolis pode ser considerada uma releitura da cidade genérica de Koolhaas.
Podem ser encontrados fragmentos dos diferentes modelos urbanos estudados em uma mesma cidade.
Justi�cativa
QUESTÃO 5
A América-Latina é uma região altamente urbanizada, estimando-se em 80% a sua taxa de urbanização. Em relação às
grandes cidades dessa região, é correto a�rmar que as megacidades latino-americanas são:
Buenos Aires, Cidade do México, Lima, Rio de Janeiro e São Paulo.
Brasília, Buenos Aires, Cidade do México, Rio de Janeiro e São Paulo.
Belo Horizonte, Buenos Aires, Cidade do México, Rio de Janeiro e São Paulo.
Bogotá, Buenos Aires, Cidade do México, Lima e São Paulo.
Buenos Aires, Cidade do México, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.
Justi�cativa
QUESTÃO 6
De�na megacidade e cite dois exemplos, sendo que um deles deve estar localizado em um país desenvolvido e outro
deverá estar, necessariamente, em um país em desenvolvimento:
Resposta Correta
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