Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS CÂMPUS GOIÂNIA DEPARTAMENTO DAS ÁREAS ACADÊMICAS III ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO JORDANA PORTILHO NEVES GOIÂNIA 2016 JORDANA PORTILHO NEVES ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO Relatório a ser apresentado à disciplina de Mecânica dos solos II do curso de Engenharia Civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Orientador: João Carlos. GOIÂNIA 2016 SUMÁRIO 1 OBJETIVO ............................................................................................................ 6 2 PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS PARA ENSAIO ....................................... 6 3 EQUIPAMENTOS ................................................................................................ 6 4 EXECUÇÃO DO ENSAIO ................................................................................... 7 4.1 CÁLCULOS E GRÁFICOS ............................................................................................. 11 4.1.1 DADOS ......................................................................................................................... 11 4.1.2 CÁLCULOS PARA TRAÇAR OS GRÁFICOS .......................................................... 12 4.1.3 TENSÃO DE CISALHAMENTO X DESLOCAMENTO HORIZONTAL ................ 12 4.1.4 DESLOCAMENTO VERTICAL X DESLOCAMENTO HORIZONTAL ................. 13 4.1.5 TENSÃO NORMAL X TENSÃO CISALHANTE ...................................................... 14 4.1.6 TABELAS DE RESULTADOS.................................................................................... 14 4.2 COMENTÁRIOS ............................................................................................................... 17 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 20 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 21 ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 6 ______________________________________________________________________________________ 1 OBJETIVO Executar o ensaio de cisalhamento direto utilizando-se de uma caixa de seção quadrada para se obter, através da interpretação de uma envoltória linear, os valores de ângulo de atrito interno do solo e do intercepto coesivo. 2 PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS PARA ENSAIO As amostras foram coletadas pelo professor João Carlos, e trazidas ao laboratório dentro do amostrador envolto com plástico para manter o teor de umidade. A amostra é deformada. 3 EQUIPAMENTOS Os equipamentos utilizados para a realização do ensaio de cisalhamento direto (Figura 1), segundo a norma ASTM d3080, foram: - Máquina de cisalhamento direto. - Caixa de cisalhamento. - Balança. - Talhador. - Cápsulas. Figura 1 – Materiais utilizados para o ensaio de adensamento ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 7 ______________________________________________________________________________________ 4 EXECUÇÃO DO ENSAIO O ensaio de cisalhamento direto do solo foi realizado dia 04/06/2016, sendo a amostra utilizada foi a deformada e o tipo de ensaio foi o rápido. Fez-se uma inspeção cuidadosa do equipamento, selecionou o anel dinamométrico adequado, verificou os extensômetros e escolheu as partes da caixa de cisalhamento que serão usadas. Fez-se o ensaio de compactação do solo para calcular a quantidade de solo e de água que serão necessários para fazer a bolacha de solo. A bolacha possui 3 cm de altura que está cravada no gabarito. Separou algumas capsulas para determinar a umidade, que deu próxima da ótima, na qual a ótima é 18,3 em relação a 17,95. Abaixo passa-se ao procedimento: Montou a caixa de cisalhamento e prendeu a parte superior da caixa de cisalhamento à parte inferior através dos dois parafusos de fixação (Figura 2). Figura 2 – Montagem da caixa de cisalhamento ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 8 ______________________________________________________________________________________ O molde possui um fundo que irá encaixar na parte de cima, com parafusos que travam o deslocamento vertical. Umedece levemente a pedra porosa que irá em baixo do corpo-de-prova e o papel filtro logo após, inserido também a peça metálica a qual cravará o solo para evitar o deslocamento deste pela parte de baixo no momento de realização do ensaio. Transfere-se o solo para a parte de baixo do equipamento com a ajuda de uma prensa e faz-se o inverso dos passos anteriores com o filme, a pedra porosa e a peça metálica, inserindo por fim o cabeçote e os pinos laterais que levantaram a parte de baixo com a parte de cima durante o ensaio de cisalhamento (Figura 3). Figura 3 – Caixa de cisalhamento montada com o solo dentr Leva-se o corpo-de-prova para a prensa e inicia-se o ensaio (Figura 4). ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 9 ______________________________________________________________________________________ Figura 4 – Caixa de cisalhamento sendo montada no equipamento Acertar os extensômetros horizontal, de medida de deformações cisalhantes, e vertical, de medida de deformações normais. Verificar e ajustar as engrenagens corretas do motor. Retirar os parafusos verticais de fixação e aplicar o carregamento normal. Se esta fase for adensada, deve-se permitir então que se processe o adensamento, anotando-se as deformações verticais até que se verifique ao menos 95% de adensamento. Caso seja não adensada, a aplicação do esforço de cisalhamento deve ser imediata. A não ser que o solo seja não coesivo, quando estas observações em nada influenciam. Separar as duas partes da caixa de cisalhamento, mantendo o corpo de prova apoiado no fundo do anel. Para isso retire os dois parafusos verticais de fixação e dê um giro os dois parafusos de levantamento, com isso levanta-se a parte superior da caixa da quantidade necessária. Soltar os parafusos de levantamento e iniciar a aplicação do esforço horizontal de cisalhamento. Fazer leituras em intervalos regulares de tempo, nos extensômetros vertical, horizontal e do anel dinamométrico. As leituras deverão ser feitas de modo que se possa definir bem a ruptura (queda no valor lido no anel dinamométrico) ou até o curso máximo da caixa de cisalhamento, caso o valor lido no anel dinamométrico não sofra redução. ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTODIRETO 10 ______________________________________________________________________________________ São feitas no mínimo três determinações para tensões normais diferentes, resultando em três pares de valores de tensão normal - tensão ao cisalhamento na ruptura. A relação entre estes valores definirá a envoltória de resistência do solo ensaiado, donde se obtém os parâmetros de c e o ângulo de atrito. A velocidade que foi realizado o ensaio tem que ser tão lento que permita que haja drenagem da água que está dentro do equipamento. O CP é submerso em água, normalmente inundado no primeiro estagio. A realização do ensaio durou no máximo 2,00h. A velocidade com que a altura do CP vai diminuir depende da permeabilidade do solo, que gera uma curva raiz quadrada do tempo versos altura do CP. A área de contato dos grãos vai reduzi (antes tinha uma faixa de contato de 5,1 cm, quando vai empurrando o solo ela vai diminuindo). Por isso que precisa fazer uma correção da área para cada intervalo. Para cada carregamento traça-se três tipos de gráficos: Força cisalhante x deslocamento horizontal, Variação volumétrica x deslocamento horizontal e Tensão cisalhante x Tensão normal. A inclinação dessa reta vai corresponder ao ângulo de atrito do solo (uma parcela de resistência devido ao atrito). Onde o prolongamento dessa curva que corta no eixo vertical será o intercepto coesivo (coesão). Como o ensaio é rápido não tem geração de poropressão. ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 11 ______________________________________________________________________________________ Figura 5 – Equipamento para ensaio de cisalhamento direto 4.1 CÁLCULOS E GRÁFICOS 4.1.1 DADOS Dimensões da caixa de cisalhamento: 5,1 x 5,1 cm (L) Volume: 234,60 cmᵌ ρd moldagem: 1,653 g/cmᵌ wot: 18,3 % Tensões normais aplicadas: 1,0; 2,0; 3,0 kg/cm² k= 0,2703 Velocidade de deformação: 0,36 mm/min ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 12 ______________________________________________________________________________________ 4.1.2 CÁLCULOS PARA TRAÇAR OS GRÁFICOS - Tensão normal (σ) σ= N/Área da seção transveral (Equação 1-1) Em que N= σ x Área (Equação 1-2) Para o primeiro ciclo com tensão normal igual a 1, temos: N= 1kg/cm² x 100 cm² = 100kg - Tensão cisalhante (τ) τ= Força cisalhante (kg)/Área corrida (cm²) (Equação 1-3) Em que A é a área do CP corrigida, Acorrigida= Lx(L – deslocamento horizontal em cm) (Equação 1-4). Para o primeiro ciclo com tensão normal igual a 1, temos: τ= (leitura do anel * k)/[5,1*(5,1-Deformação horizontal/10)] τ= 15*0,2703/*5,1*(5,1 - 0,01/10)] τ= 0,16 kg/cm² 4.1.3 TENSÃO DE CISALHAMENTO X DESLOCAMENTO HORIZONTAL A Figura 6 é um gráfico que, após a realização dos cálculos para determinar a tensão de cisalhamento para os três estágios de tensão normal, nos dá a relação de τ x deslocamento horizontal, a qual encontraremos a tensão cisalhante máxima. Onde o pico de tensão cisalhante máxima é a de ruptura. ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 13 ______________________________________________________________________________________ Figura 6: Gráfico tensão de cisalhamento x deslocamento horizontal 4.1.4 DESLOCAMENTO VERTICAL X DESLOCAMENTO HORIZONTAL A Figura 7 mostra o deslocamento vertical x deslocamento horizontal que nos dá a variação de volume do CP ou mostra se houve tendência de haver dilatância ou só redução de volume.,l Figura 7: Gráfico deslocamento vertical x deslocamento horizontal 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 0,00 0,50 1,00 1,50 τ (T e n sã o d e C is al h am e n to ) Deslocamento Horizontal τ x Deslocamento horizontal Tensão normal 1 kg/cm2 Tensão normal 2 kg/cm2 Tensão normal 3 kg/cm2 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0 10 20 30 D e sl o ca m e n to V e rt ic al Deslocamento Horizontal Desloc. vert. x Desloc. horiz. Tensão normal 1 kg/cm2 Tensão normal 2 kg/cm2 Tensão normal 3 kg/cm2 ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 14 ______________________________________________________________________________________ 4.1.5 TENSÃO NORMAL X TENSÃO CISALHANTE A partir dos valores das tensões cisalhantes máximas e das tensões normais aplicadas no CP, traça-se um gráfico, Figura 8, que nos mostra a tensão cisalhante x tensão normal das três fases do ensaio. Figura 8: Gráfico tensão cisalhante x tensão normal das três fases do ensaio. Tensão normal x tensão cisalhante, a inclinação dessa reta vai corresponder ao ângulo de atrito do solo (uma parcela de resistência devido ao atrito). Onde o prolongamento dessa curva corta no eixo vertical será o intercepto coesivo (coesão). Esse gráfico nos oferece, a partir da equação y= 0,435x + 0,7733 os valores de φ (ângulo de atrito) igual ao arc tag 0,435 = 23,51° e c (intercepto coesivo) igual a 0,7733. 4.1.6 TABELAS DE RESULTADOS As características dos corpos de prova ensaiados são apresentadas nas Tabelas 1, 2 e 3. y = 0,435x + 0,7733 R² = 0,9947 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 0 1 2 3 4 τ (T e n sã o d e C is al h am e n to ) σ (Tensão Normal) τ x σ σ x τ Linear (σ x τ) ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 15 ______________________________________________________________________________________ Tabela 1: Parâmetros da primeira fase do ensaio de cisalhamento direto Deflectômetro leituras Vertical (mm) Vertical (mm) Horiz. (mm) 0,00 0,00 26,01 0,00 25,00 0,00 0,00 15,00 4,05 25,98 0,16 25,00 0,00 0,05 16,00 4,32 25,96 0,17 25,00 0,00 0,10 16,00 4,32 25,93 0,17 25,00 0,00 0,15 16,00 4,32 25,91 0,17 25,00 0,00 0,20 21,00 5,68 25,88 0,22 25,00 0,00 0,25 22,00 5,95 25,86 0,23 25,00 0,00 0,30 23,00 6,22 25,83 0,24 25,00 0,00 0,35 23,00 6,22 25,81 0,24 25,00 0,00 0,40 22,00 5,95 25,78 0,23 25,00 0,00 0,45 24,00 6,49 25,76 0,25 25,00 0,00 0,50 24,00 6,49 25,50 0,25 25,01 -0,01 1,00 22,00 5,95 25,250,24 25,01 -0,01 1,50 21,00 5,68 24,99 0,23 25,01 -0,01 2,00 20,00 5,41 24,74 0,22 25,00 0,00 2,50 20,00 5,41 24,48 0,22 25,00 0,00 3,00 21,00 5,68 24,23 0,23 24,99 0,01 3,50 71,00 19,19 23,97 0,80 25,02 -0,02 4,00 104,00 28,11 23,72 1,19 25,09 -0,09 4,50 94,00 25,41 23,46 1,08 25,33 -0,33 5,00 78,00 21,08 22,95 0,92 25,45 -0,45 6,00 74,00 20,00 22,44 0,89 25,50 -0,50 7,00 73,00 19,73 21,93 0,90 25,53 -0,53 8,00 72,00 19,46 21,42 0,91 25,56 -0,56 9,00 72,00 19,46 20,91 0,93 25,56 -0,56 10,00 σ de pico 1,19 DeformaçãoTensão Cisalhamento (kg/cm²) Área Corrigida (cm²) Força Cisalhamento (Kg) Leitura do anel obtida ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 16 ______________________________________________________________________________________ Tabela 2: Parâmetros da segunda fase do ensaio de cisalhamento direto Deflectômetro leituras Vertical (mm) Vertical (mm) Horiz. (mm) 0,00 0,00 26,01 0,00 25,00 0,00 0,00 25,00 6,76 25,98 0,26 24,95 0,05 0,05 34,00 9,19 25,96 0,35 24,89 0,11 0,10 40,00 10,81 25,93 0,42 24,85 0,15 0,15 43,00 11,62 25,91 0,45 24,83 0,17 0,20 45,00 12,16 25,88 0,47 24,81 0,19 0,25 44,00 11,89 25,86 0,46 24,80 0,20 0,30 43,00 11,62 25,83 0,45 24,78 0,22 0,35 40,00 10,81 25,81 0,42 24,75 0,25 0,40 40,00 10,81 25,78 0,42 24,73 0,27 0,45 38,00 10,27 25,76 0,40 24,70 0,30 0,50 39,00 10,54 25,50 0,41 24,65 0,35 1,00 40,00 10,81 25,25 0,43 24,63 0,37 1,50 38,00 10,27 24,99 0,41 24,63 0,37 2,00 37,00 10,00 24,74 0,40 24,63 0,37 2,50 37,00 10,00 24,48 0,41 24,64 0,36 3,00 36,00 9,73 24,23 0,40 24,64 0,36 3,50 36,00 9,73 23,97 0,41 24,64 0,36 4,00 36,00 9,73 23,72 0,41 24,63 0,37 4,50 50,00 13,52 23,46 0,58 24,62 0,38 5,00 102,00 27,57 22,95 1,20 24,44 0,56 6,00 122,00 32,98 22,44 1,47 24,28 0,72 7,00 123,00 33,25 21,93 1,52 24,00 1,00 8,00 130,00 35,14 21,42 1,64 23,82 1,18 9,00 130,00 35,14 20,91 1,68 23,82 1,18 10,00 σ de pico 1,68 Leitura do anel obtida Força Cisalhamento (Kg) Área Corrigida (cm²) Tensão Cisalhamento (kg/cm²) Deformação ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 17 ______________________________________________________________________________________ Tabela 3: Parâmetros da terceira fase do ensaio de cisalhamento direto 4.2 COMENTÁRIOS O ensaio de cisalhamento direto apresenta como principais vantagens sua simplicidade e facilidade de execução. Como desvantagens têm-se: v) Plano de ruptura Deflectômetro leituras Vertical (mm) Vertical (mm) Horiz. (mm) 0,00 0,00 26,01 0,00 25,00 0,00 0,00 18,00 4,87 25,98 0,19 25,00 0,00 0,05 23,00 6,22 25,96 0,24 24,99 0,01 0,10 25,00 6,76 25,93 0,26 24,99 0,01 0,15 25,30 6,84 25,91 0,26 24,99 0,01 0,20 26,00 7,03 25,88 0,27 24,99 0,01 0,25 26,00 7,03 25,86 0,27 24,99 0,01 0,30 25,00 6,76 25,83 0,26 25,00 0,00 0,35 23,00 6,22 25,81 0,24 25,00 0,00 0,40 21,00 5,68 25,78 0,22 25,00 0,00 0,45 22,00 5,95 25,76 0,23 25,00 0,00 0,50 21,00 5,68 25,50 0,22 25,00 0,00 1,00 20,00 5,41 25,25 0,21 25,00 0,00 1,50 20,00 5,41 24,99 0,22 25,00 0,00 2,00 18,00 4,87 24,74 0,20 25,00 0,00 2,50 16,00 4,32 24,48 0,18 25,00 0,00 3,00 25,00 6,76 24,23 0,28 25,00 0,00 3,50 110,00 29,73 23,97 1,24 25,01 -0,01 4,00 128,00 34,60 23,72 1,46 25,01 -0,01 4,50 161,00 43,52 23,46 1,86 25,02 -0,02 5,00 175,00 47,30 22,95 2,06 25,13 -0,13 6,00 167,00 45,14 22,44 2,01 25,20 -0,20 7,00 164,00 44,33 21,93 2,02 25,20 -0,20 8,00 158,00 42,71 21,42 1,99 25,18 -0,18 9,00 156,00 42,17 20,91 2,02 25,12 -0,12 10,00 σ de pico 2,06 Deformação Leitura do anel obtida Força Cisalhamento (Kg) Área Corrigida (cm²) Tensão Cisalhamento (kg/cm²) ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 18 ______________________________________________________________________________________ A ruptura ocorre em um plano pré-determinado. Esta desvantagem, entretanto, favorece a realização de ensaios para verificação do grau de anisotropia, uma vez que pode-se moldar os corpos de prova de forma que o plano de ruptura fique paralelo ou perpendicular à direção da orientação das partículas. vi) Controle de drenagem Uma deficiência importante do ensaio de cisalhamento direto é a impossibilidade de controle da drenagem no corpo-de-prova, pois a caixa não tem um sistema de vedação adequado. Mesmo que fossem usadas placas impermeáveis no topo e no fundo da amostra, seria impossível impedir a saída de água, pois logo que se inicia o ensaio o deslocamento de uma parte da caixa sobre a outra provoca uma abertura entre elas, permitindo a drenagem. Com isso, as tensões efetivas seriam alteradas, tornando difícil a analise dos resultados. Por estas razões, a única solução é conduzir o ensaio em condições totalmente drenadas, mantendo nulas as poropressões. Isto é feito controlando-se a velocidade de ensaio (ensaio lento). vii) Deformações não uniformes Uma vez iniciada a aplicação da força T, o campo de deformação passa a ser desuniforme, ou seja, diferente para cada ponto considerado no interior do corpo de prova. As deformações especificas lineares ou distorcionais não podem ser determinadas a partir de observações na superfície da amostra. O modo deformação da amostra não permite a determinação da deformação axial, pois esta, por definição, está associada a uma variação de uma determinada dimensão em relação à dimensão original. No ensaio a dimensão horizontal da amostra permanece inalterada. Por outro lado, não se aplica uma condição de cisalhamento puro, Uma vez iniciado o cisalhamento não se tem qualquer informação sobre o estado de tensão ou de deformações da amostra, sendo impossível saber quais as trajetórias de tensões e deformações e obter módulos de deformação, como o de Young e o coeficiente de Poisson. ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 19 ______________________________________________________________________________________ As únicas informações obtidas são os deslocamentos no plano de ruptura. Assim, o resultado do ensaio de cisalhamento direto de um corpo de prova é somente um ponto no diagrama de Mohr, pelo qual podem ser traçados vários círculos. viii) Tensões em outros planos As tensões normal e cisalhante são determinadas exclusivamente no plano, horizontal, aonde ocorre a ruptura. A determinação dos estados de tensão em outros planos só é possível após o traçado da envoltória de ruptura. Observa-se que o ensaio provoca rotação das tensões principais. ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO20 ______________________________________________________________________________________ CONCLUSÃO O ensaio de cisalhamento direto é o ensaio mais comum de determinação da resistência ao cisalhamento de solos. Esse ensaio consiste na imposição de um plano de ruptura em uma amostra prismática, podendo representar a condição de campo. O ensaio de cisalhamento direto apresenta como principais vantagens sua simplicidade e facilidade de execução. Este ensaio é geralmente drenado e é mais aplicado ao estudo da resistência ao cisalhamento de solos com estratificações ou xistosidades definidas, ou quando se quer avaliar a resistência entre contatos de diferentes materiais. Dessa forma, o ensaio de cisalhamento direto realizado no laboratório do IFG, possibilitou aos alunos uma maior compreensão das tensões na qual os solos estão submetidos e sua resistência a elas. ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 21 ______________________________________________________________________________________ 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Dados colhidos em laboratório STANDARD TEST METHOD FOR DIRECT SHEAR TEST OF SOILS UNDER CONSOLIDATED DRAINED CONDITIONS. ASTM D3080, 1998. ______________________________________________________________________________________________ NEVES, J.P ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 22 ______________________________________________________________________________________ JORDANA PORTILHO NEVES ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO Relatório a ser apresentado à disciplina de Mecânica dos solos II do curso de Engenharia Civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Orientador: João Carlos. Entregue em 24 de Junho de 2016. ______________________________________________________ Jordana Portilho Neves (Aluna) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Compartilhar