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RESUMO CITOLOGIA ONCÓTICA

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RESUMO CITOLOGIA ONCÓTICA 
 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 Ovários 
 Tubas uterinas 
 Útero 
 Vagina 
 Tubas 
 Glândulas Mamárias 
 
Principais funções 
 Produzir gametas (ovócitos). 
 Manter um ovócito fertilizado. 
 Sustentar a fase embrionária e fetal. 
 Produzir hormônios sexuais. 
 
Fases do aparelho reprodutor feminino: 
 Menarca: (alguns folículos amadureçam e produziram hormônios sexuais) quando ocorre a primeira menstruação 
 Fase reprodutiva: modificações cíclicas em sua estrutura. (ciclos reprodutivos constantes). 
 Menopausa: quando as modificações cíclicas ficam irregulares e cessam (cessa a produção hormonal). 
 Pós-menopausa: pequena involução do aparelho reprodutor. 
 
Ovários 
 Epitélio germinativo: pavimentoso ou cúbico simples. 
 Túnica albugínea: tecido conjuntivo denso, responsável pela cor esbranquiçada. 
 Região cortical: predomínio de folículos ovarianos que contêm os ovócitos. 
 Região medular: parte mais interna, contendo tecido conjuntivo frouxo e vasos sanguíneos. 
 
 
Ovário 
 Região cortical. 
 Região medular. 
 Localizados no tecido conjuntivo 
 (estroma). 
 “Estroma”: contém fibroblastos com 
 arranjos típicos (redemoinho). 
 Respondem a estímulos hormonais 
 de modo específico. 
 
 
Folículos Ovarianos 
Vai ser formado por no mínimo duas estruturas: o ovócito 
I circundado por uma ou mais camadas de células 
foliculares. 
Células foliculares: CÉLULAS DA GRANULOSA. 
O conjunto de ovócito+células foliculares são os folículos 
ovarianos. 
 
Localizam-se preferencialmente na região cortical. 
 
Porque o ovócito é tão grande? 
Quando uma célula vai se dividir, a primeira coisa que ela tem que fazer é aumentar o 
número de organelas, aumentando o citoplasma. Durante o ciclo celular a célula faz um 
"balanço" se ela tem tudo que ela precisa para dividir e formar outra célula com tudo e ser 
do mesmo tamanho ela divide. Quando tem a fecundação de forma homozigoto, não tem tempo de elas crescerem para 
se dividirem, o citoplasma vem do ovócito e recebe o material genético do espermatozoide. Logo elas fazem clivagem. 
 
Os folículos em desenvolvimento passam por 5 etapas: 
 
1 - Folículo primordial: 
A mulher nasce com ele, eles ficam quietos até o momento que forem estimulados pelo 
FSH. 
 O ovócito cresce em tamanho. 
 As células foliculares se dividem por mitose 
 Formam uma única camada de células pavimentosas 
 Ainda não estimulados pelo FSH. 
 
2 - Folículo primário unilaminar: 
O FSH estimula os folículos. 
 
 Ovócito cresce (aumenta o citoplasma) 
 Início da formação da zona pelúcida. 
 Células foliculares aumenta de tamanho e número, formam uma única camada 
de células cúbicas. 
 
3 -Folículo primário multilaminar: 
 
 Aumento da quantidade de células foliculares, mais camadas. 
 Epitélio passa a cúbico estratificado (camada granulosa). 
 Formação da zona pelúcida – glicoproteínas secretadas pelo próprio ovócito, com a função de evitar a 
polispermia (entrada de mais de um espermatozoide no ovócito). 
 
4 - Folículo Secundário ou Antral: 
Caracterizado pelo surgimento do espaço antral. 
 
 Ovócito imenso. 
 Zona pelúcia espessa. 
 Formação do antro folicular (fora da zona pelúcia). 
 Função: força a saída do óvulo (ovocitação). 
 Líquido folicular contém componentes do Plasma. 
 Células estromais – Teca. 
 
Folículo Antral 
Teca interna: Acumula lipídeos, mas não consegue produzir o hormônio 
final, o estrogênio. Ela acumula o lipídeo e produz a androstenediona que é 
um hormônio masculino e precursor da testosterona. Androstenediona é 
liberado pelas células da teca interna e as células foliculares captam 
androstenediona. As células foliculares conseguem converter em estrogênio, 
passando por etapas. Primeiro androstenediona vira testosterona para só 
depois ser convertida em estrogênio e ir para a corrente sanguínea. 
 
 Envolve o folículo e as células são fracamente coradas 
 Gotículas de lipídios, característica de células secretoras de esteroides 
(androstenediona). 
 
Teca externa: Tecido conjuntivo com fibroblastos, contínua ao estroma do ovário. 
 
5 – Folículo Maduro ou de Graaf: 
 Máximo de amadurecimento folicular, antro aumenta de tamanho. 
 Em cada ciclo, um folículo deste tipo cresce mais que os outros do mesmo grupo 
 Os outros folículos do grupo entram em atresia. 
Cumulus oophorus: 
 Reorganização das células da granulosa. 
 Serve de apoio para o ovócito 
 
Corona radiata: 
 Células foliculares que envolvem o ovócito. 
 Acompanham o ovócito após a ovulação. 
 
 
RESUMO 
 
No início do ciclo a mulher menstrua e o FSH está alto, e isso 
estimula os folículos a amadurecerem até virar um folículo 
maduro, conforme os folículos forem amadurecendo eles são 
responsáveis pela produção do estrogênio. Quanto mais 
amadurecidos eles estão, maior a produção de estrogênio. 
O FSH já estava sendo produzido e o LH em pequena 
quantidade. Essa alta produção de estrogênio, gera um 
feedback positivo, estimulando o aumento do LH e do FSH 
(hormônios hipofisários) principalmente o LH, gerando um pico 
de LH, que tem duas funções: estimular a liberação do gameta 
(ovulação) e formação do corpo Lúteo. 
Quando ocorre a ovulação o folículo não sai por completo, se 
mantendo no ovário. Essas estruturas foliculares que ficam no 
ovário após a ovocitação, são estimuladas pelo LH e se 
transformam no corpo lúteo. 
Se a mulher não tiver um pico de LH ela não ovula. 
O Corpo Lúteo produz estrogênio e progesterona, passando a 
ter também progesterona sendo produzida. 
Caso a mulher não fique grávida, não tem o porquê manter o 
endométrio preparado, nesse caso estrogênio e progesterona 
caem e ocorre a menstruação, descamação do endométrio. 
Caso a mulher fique grávida, precisa continuar a produção de 
estrogênio e progesterona, mantendo o Corpo Lúteo, e quem o 
mantém é o Beta HCG. O Beta HCG é um hormônio produzido 
pelo sinciciotrofoblasto. 
Etapas do Ciclo Ovariano. 
Qualquer alteração ovariana reflete no útero. 
O início do ciclo começa na menstruação e começa o amadurecimento dos folículos pelos FSH. 
1° Fase: Folicular. FSH atuando para desenvolver os folículos. 
Nessa etapa ocorre a produção de estrogênio, levando a proliferação no endométrio. No 
meio da primeira fase temos uma alta produção de estrogênio que leva ao pico de LH, 
2° Etapa: Ovocitação. Acontece no meio do ciclo ovariano. 
3° Etapa: Fase Lutea. Formação do corpo Lúteo. 
Fase secretora, com a presença da progesterona. 
Caso corpo lúteo morra, o endométrio descama levando a fase menstrual. 
A primeira figura representa os hormônios 
hipofisantes. 
A segunda figura representa o que acontece com o 
ovário. 
A terceira figura representa os hormônios 
produzidos pelo ovário. 
ÚTERO 
Anatomicamente separamos o útero em 3 partes: 
 Fundo do útero: parte superior. 
 Corpo do útero: parte mais dilatada. 
 Colo do útero: porção inferior e delgada. 
 
Camadas do útero: 
 Perimétrio: tecido conjuntivo. 
 Miométrio: parte do meio, a maior, formada por músculo liso; 
 Endométrio: mais interna. 
 
Endométrio 
Composição do endométrio: 
 Epitélio de revestimento 
simples cilíndrico. 
 Glândula endometriais. 
 Tecido conjuntivo. 
 
A camada basal nunca é perdida, 
diferente da funcional. 
 
Todo ciclo menstrual a partir da camada basal é produzida uma 
camada funcional, caso não ocorra gravidez, a camada funcional é 
perdida durante a menstruação. 
 
Estrogênio que faz crescer a camada funcional. 
As glândulas não produzem secreção quando tem apenas 
estrogênio agindo, preciso ter progesterona. Durante a faseproliferativa as glândulas endometriais são mais curtas e não tem secreção. 
 
 
Fase secretora ou 
progestacional: 
 Glândulas 
alongadas e 
tortuosas 
(estimulada pelo 
estrogênio) elas se 
tornam tortuosas 
devido ao 
crescimento e 
sendo impedida de 
entrar no 
miométrio e por conta disso ela ondula. Se tem 
secreção possui progesterona, significa que 
tem ovulação e formou o corpo lúteo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉRVIX UTERINA (COLO). 
 
 Mucosa – epitélio cilíndrico simples secretor de muco 
 Poucas fibras de músculo liso 
 Formado principalmente por tecido conjuntivo denso 
O colo do útero se projeta dentro do canal vaginal. A partir da 
abertura do colo do útero, para dentro, chamamos de endocervix. A parte do colo do útero que fica exposta para o 
canal vagina, é chamada de ectocervix. 
 
Canal Endocervical (Endocervix) 
 Epitélio cilíndrico simples mucossecretor; 
 Tecido conjuntivo denso expressivo com glândulas tubulares ramificadas e fibras musculares lisas. 
 
Ectocérvix: 
 Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. Mais exposta e possui um epitélio de proteção. 
 
 
• Não sofre grandes alterações durante o clico menstrual; 
• Secreções mais fluidas na primeira metade do ciclo facilitando a penetração do esperma; 
 Secreções mais viscosas na segunda metade do ciclo e gravidez, prevenindo a entrada de microrganismos. 
 
Metaplasia: quando se tem um epitélio se transformando de outro epitélio de 
outro tipo de maneira adaptativa. 
Na região de contato da ectocervix e a endocervix, existe uma região de transição 
que é chamada de região metaplásica, JAC (junção entre o epitélio da ectocervix 
escamoso, com a endocervix que é colunar) sendo a região mais suscetível a 
aparecimento de câncer de colo do útero, por ser uma região de metaplásica . 
Neoplasia de colo de útero 
• Exame de Papanicolau: esfregaço de células do epitélio cervical (exame 
citológico). 
• Displasia  carcinoma in situ  carcinoma invasivo. 
 
A ectocervix e o canal vaginal tem praticamente o mesmo epitélio. Ambos são 
epitélio estratificado, pavimentoso, a diferença é que no canal vaginal possuem 
lipídeos. O canal vaginal é um local excelente de microrganismos, por ser escuro, 
úmido e quente, porém não cresce pela presença da flora vaginal que é formada 
por lactobacilos, que funciona como um mecanismo de simbiose (quando temos 
dois organismos convivendo tendo vantagens), os lactobacilos utilizam o glicogênio 
contidos nos lipídios quando acontece a descamação. Enquanto os lactobacilos 
estão utilizando o glicogênio, eles estão fabricando ácido láctico, deixando o pH 
vaginal ácido, evitando o crescimento de outros microrganismos, um mecanismo 
de autodepuração. 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE COLETA, DE FIXAÇÃO E DE COLORAÇÃO. 
 
 Mulheres em atividade sexual - priorizando idade entre 25 e 60 anos (Pois o desenvolvimento de câncer no colo 
do útero, não se desenvolve rapidamente. O Ideal é ser feito logo quando inicia a atividade sexual. 
 Realizado anualmente – 2 resultados negativos → a cada três anos; O ideal é anualmente. 
 Pode ser interrompido após os 64 anos, uma vez que não tem produção hormonal. 
 Lesões pré-cancerosas → Semestral 
 
É considerado câncer um tumor maligno. O que diferencia um tumor maligno de um benigno é a invasão. Por exemplo, 
um tumor que teve origem no epitélio (carcinoma), enquanto ele tiver só no tecido epitelial ele é um tumor benigno, a 
partir do momento que ele invadir um tecido adjacente, por menor que seja o tamanho ele se torna câncer, um tumor 
maligno. 
Metástase: É quando se tem um tumor em um órgão primário e vai para outra região, um foco secundário. Tumor 
benigno nunca faz metástase. 
 
NORMAS 
 Não estar menstruada, por haver muito sangue e pedaços do endométrio, e na hora que for visualizar verá 
bastante hemácia, pois o exame é feito por análise morfológica das células. 
 Não realizar duchas vaginais e não usar drogas intravaginais (creme) nas 48 horas que antecedem o exame. Para 
garantir que o material seja fidedigno, pois o creme fica sobreposto a células. E as duchas vaginais são usadas 
para acidificar o canal vagina, e acaba matando muitos microrganismos e podendo geral um resultado falso 
positivo. 
 Abstinência sexual nas 48 horas que antecedem o exame. Pois pode aparecer espermatozoides que dificultam a 
visualização e lesões, pequenos sangramentos que podem ser confundidos com inflamação ou infecção naquela 
região. 
 
IDENTIFICAÇÃO 
Antes do preparo do esfregaço 
 
Dados pessoais: nome completo (Menopausa), idade, endereço, telefone e número do documento de identificação se 
corresponder a exame do SUS. 
 
Dados clínicos: 
 Data da última menstruação 
 Paridade 
 Queixas clínicas, especialmente sangramento vaginal anormal 
 Uso de contraceptivos 
 Referência a terapia de reposição hormonal 
 Data do último exame preventivo 
 Resultados de exames fitopatológicos e histopatológicos do colo/vagina prévios 
 Procedimentos terapêuticos anteriores (cauterização, cirurgia, quimio e/ou radioterapia) 
 
Medicações utilizadas; 
Dados macroscópicos da vagina/colo e colposcópicos se forem disponíveis. 
 
COLETA 
 Espéculo vaginal descartável, para afastar a parede do canal vaginal e permitir a visualização. 
 Escova cervical. 
 Espátula de Ayre em madeira. 
 Luva. 
 Estojo porta-lâminas. 
 Lâmina de vidro. 
 
Esfregaços Vaginais - esfoliativa 
Recolher as células que descamaram sozinhas. 
Particularmente importante nas mulheres peri e pós-menopausadas, uma vez que o fundo de saco vaginal pode ser um 
reservatório de células malignas originadas especialmente de tumores do endométrio, do ovário e das trompas. 
Diversidade de células 
 Células epiteliais descamadas 
 Muco 
 Leucócitos 
 Macrófagos 
 Detritos celulares 
 Pode conter: bactérias, fungos e parasitas 
 
Desvantagem: Mau estado de conservação das células, evidências 
escassas das anomalias produzidas por lesões pré-cancerosas e 
cancerosas do colo uterino. 
Vantagem: Boa representatividade das células, material de fácil coleta, 
não abrasivo, avaliação do estado hormonal. 
 
Esfregaços cervicais – abrasiva 
É o tipo de coleta obrigatória de ser feita. 
 Ideal para a amostragem da superfície ectocervix e da porção mais interior do canal endocervix. 
 Escovação endocervical. 
 
Espátula de Ayre. 
Se utiliza a espátula de ayre. A região mais alongada é inserida no óstio do colo do útero, a região 
abaulada fica em contato com a parte externa do colo do útero, a ectocervix. Uma vez em contato, 
deve-se girar 360° fazendo abrasão, raspando as células coletando as células aderidas ao colo do 
útero, tendo um estado das células melhor que a da coleta esfoliativa. 
 
Escovação endocervical. 
É inserida a estrutura dentro do canal endocervical, girando 360° para varrer as células da 
endocervix em toda a sua circunferência, e espera que também venha material da JEC. 
 
Vantagens: Superior ao esfregaço vaginal no que diz respeito à detecção de lesões pré-cancerosas 
e cancerosas do colo uterino. 
Desvantagens: Exige grande prática e destreza manual, perda do tampão mucoso, pode provocar 
traumas no epitélio endocervical levando a pequenos sangramentos. 
 
ESPALHAMENTO 
 Material espalhado sobre a lâmina de modo regular 
 Boa espessura 
 Toda a superfície da escova deve estar em contato com a lâmina 
 Rapidamente → evitar a dessecação 
 
TÉCNICA DA TRÍPLICE OU DUPLA COLETA  VAGINA, ECTOCÉRVICE E ENDOCÉRVICE. 
 
a) Distribuição da amostra da endocervix. 
b) Distribuição do material obtido do raspado ectocervical. 
c) Distribuição da amostra do fundo de saco posterior da vagina. 
 
 
a; b - Contaminação por talco 
c - Fundo hemorrágicod - Esmagamento celular 
 
 
 
 
 
 
 
ESPALHAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Requisitos mínimos para um bom esfregaço 
 Representativo de todas as superfícies epiteliais do colo e da vagina; 
 Número suficiente de células; 
 Presença de células da zona de transformação; 
 Visualização de muco cervical (faixas de material amorfo); 
 
TÉCNICA DE COLORAÇÃO E FIXAÇÃO DA CITOLOGIA 
TRATO GENITAL FEMININO 
FIXAÇÃO 
Para uma interpretação citopatológica adequada é necessária uma preservação da morfologia celular desde o momento 
da coleta até seu processamento. 
 
OBJETIVO 
Preservar as características citomorfológicas e reter certos elementos citoquímicos, que são essenciais na etapa de 
coloração. 
 
CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS DOS FIXADORES CITOLÓGICOS 
 Penetrar rapidamente nas células; 
 Minimizar a retração e a distorção celular; 
 Preservar a morfologia celular; 
 Tornar as membranas permeáveis aos corantes; 
 Ter afinidades específicas para as diversas estruturas celulares; 
 Facilitar adesão celular à lâmina; 
 Não tóxico e custo aceitável. 
 
TIPOS DE FIXAÇÃO 
 A Seco 
 Úmida 
 Cobertura 
Fixação a seco - a fresco. É recomendado para colorações tipo hematológica. Ex.: spray, aerossóis. 
Perto → lesar ou provocar artefatos 
Longe → fixação incompleta 
 
Fixação úmida - Imersão imediata do esfregaço na solução fixadora, onde permanece até ao processamento da amostra. 
Ex.: Etanol, formol. (mais comum) 
Fixação de cobertura - Fixam e protegem as células do esfregaço. Ex.: metanol. (mais comum em hemato) 
Deve ser tirado antes da coloração, pois inibe a penetração apropriada dos corantes. 
 
Preservar o estado morfológico das células 
Imediata → evitar a dessecação 
 Deforma as células 
 Altera suas afinidades tintoriais 
Fixação incorreta!! 
 Aspecto opacificado, turvo, dando a impressão 
de que a amostra está fora do campo de visão. 
 Aumento da eosinofilia citoplasmática. 
 Aumento nuclear (de quatro a seis vezes maior 
ao verificado nas amostras fixadas 
imediatamente) e perda dos detalhes da 
estrutura cromatínica. 
 Lâmina embaçada núcleo grande Fungos 
 
Coloração 
Acidófilos e basófilos 
 
H&E (hematoxilina e eosina): A mais utilizada em exames histológicos. A hematoxilina é um 
corante básico, e tem atração por ácido, logo ela é acidofílica. A estrutura mais ácida da 
célula é o núcleo, ele se cora pela hematoxilina (roxa). A eosina é um corante ácido, logo 
tem atração por uma estrutura mais básica, o citoplasma é mais básico pelo núcleo, que é 
corada pela eosina (rosa). 
 
 
 
COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU 
É constituída por um corante nuclear; a hematoxilina; e dois citoplasmáticos; Orange -G e EA (Eosina, verde luz ou verde 
brilhante e pardo de Bismarck). São usados dois corantes citoplasmáticos para diferenciar estruturas no citoplasma, os 
tipos celulares vão se diferenciar nas cores. 
A amostra tem que estar no mesmo meio no qual o corante foi diluído. 
Existem corantes diluídos em água e em álcool. Na coloração de Papanicolau, vamos utilizar os dois. 
 
Quando for colocar a amostra na hematoxilina, precisamos ter hidratado a amostra, pois ela é diluída em água. A primeira 
coisa que se faz é hidratar a amostra. Logo depois vamos desidratar a amostra, pois os corantes citoplasmáticos são 
diluídos em álcool. 
 
Uma coloração com qualidade depende de: 
 Qualidade da preservação celular; 
 Fixação do espécime; 
 Reagentes e soluções utilizadas; 
 Protocolo de coloração; 
 Protocolo de Montagem 
 
Hidratação: Reposição gradual da água das 
células (até água destilada); 
Coloração nuclear: Corante aquoso para corar 
os núcleos (hematoxilina de Harris); 
Desidratação: para receber corantes 
alcoólicos citoplasmáticos, devemos agora 
retirar a água das células (Álcool); 
Coloração citoplasmática: nesta etapa, o citoplasma das células é corado 
pelos corantes orange G e EA-65, de modo a diferenciar com diversas 
tonalidades o citoplasma das células de acordo com a sua maturidade e 
metabolismo. 
Montagem: as lâminas devem ser seladas com meios permanentes 
hidrofóbicos. 
 
 
Montagem 
De acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina 
número 1472/97, as lâminas de exames citopatológicos (negativas 
ou positivas para malignidade) devem ser mantidas em arquivo por 
cinco anos no próprio laboratório ou entregues à paciente ou a seu 
responsável legal devidamente orientado quanto a sua 
conservação e mediante comprovante que deverá ser arquivado 
durante o período acima mencionado. 
 
Para isso devemos colocar uma lamínula por cima, para proteger o 
material, e nesse momento podendo gerar problemas. 
 
 
ESFREGAÇO ADEQUADO 
 Representativo de todas as células epiteliais do colo e da vagina. 
 Número suficiente de células (8.000-12.000 células escamosas). 
 Presença de células metaplásica. 
 Presença de muco. 
 Esfregaço acelular ou obscurecido em mais de 75% da sua totalidade. 
 
ESFREGAÇO INADEQUADO 
 Acentuadamente hemorrágico; 
 Esfregaço espesso com acentuada sobreposição celular por falha na distribuição do material na lâmina: 
- Esmagamento das células: 
- Dessecação celular; 
- Falhas na técnica de coloração. 
 
LEITURA 
Na lâmina citopatológica, deve-se olhar a lâmina toda, se tiverem 3 células alteradas já se pode dar um diagnóstico. 
 
Nunca podemos perder de vista 
a célula do final, deve-se manter 
as células no campo de visão, o 
próximo campo de visão, deve 
ser sobreposto ao campo 
anterior. 
 
 
Em todos os resultados do exame citopatológicos devem constar os seguintes dados: 
Identificação da paciente, número de registro do laboratório, método de colheita das amostras, tipo de fixador e técnica 
de coloração, descrição microscópica, conclusão diagnóstica e comentários adicionais se necessário. 
 
 
TIPOS CELULARES OBSERVADOS NO TRATO GENITAL FEMININO 
 
 Endocérvice - Glandular (cilíndrico simples) 
 Vagina - epitélio pavimentoso estratificado 
 Junção escamo-colunar (JEC) - Transição de células 
metaplásica. 
 Ectocérvice - Está composta de epitélio pavimentoso 
estratificado 
 
 
 
 
 
 
Na ectocérvice encontramos 3 tipos de células: 
 
 A camada mais profunda é a parabasal; (células mais imaturas, local onde as células proliferam) Tem o menor 
citoplasma e maior núcleo. 
 Acima desta comparecem as camadas de células intermediárias e na superfície células superficiais (maior 
citoplasma e menor núcleo); 
 Conforme as células amadurecem e se descolam para a superfície, o citoplasma cresce; O estrogênio é o 
hormônio responsável por esse processo de amadurecimento. 
 Em fase proliferativa, teremos muitas células maduras, superficiais. 
 A espessura do tecido epitelial pavimentoso depende da idade da paciente, mostrando-se algo atrofiado e 
delgado em mulheres pós-menopausa. Na mulher com menopausa, atrofia pois não tem hormônio, logo 
encontramos muitas células parabasais em predominância. 
 Uma mulher em idade reprodutiva produz hormônio, então na superfície acharemos uma predominância de 
células superficiais. 
 
CÉLULAS ESCAMOSAS SUPERFICIAIS 
Descamam como elementos isolados→ ruptura dos 
desmossomos. 
 
Núcleo 
 Muito denso e picnótico (5-7 µM). 
 Circundado por um halo claro e estreito. 
 
Citoplasma 
Achatado (por ser um tecido estratificado e pavimentoso), transparente e eosinofílico (atração por eosina, um corante 
alaranjado que causa essa coloração). 
 
Um núcleo ter uma coloração mais clara ou muito escuro, significa que a cromatina está compactada ou está aberta. 
Funcionalmente para a célula podemos relacionar com o metabolismo celular. 
Heterocromatina:é quando o material genético está compactado. A célula não está produzindo muita coisa. 
Eurocromatina: a cromatina está mais aberta, mais espalhada e o núcleo mais claro. A célula está produzindo. 
Quando vemos célula com núcleo mais claro, conseguimos ver que a célula tem uma atividade de síntese grande. 
Nucléolo fica evidente. 
 
 Citoplasma rico em grânulos pequenos e escuros (perinuclear) provavelmente lipídeos 
 Citoplasma rico em filamentos de queratina  resistência à manipulação e forma da célula 
É um epitélio não queratinizado, as células superficiais têm núcleo, mas apesar disso elas produzem muita 
citoqueratina, que é o que confere resistência as células. 
 Fase estrogênica. 
 
A mulher está no cliclo em fase proliferativa, as células em predominância são as células superficiais. 
 
Observamos ao redor do núcleo uma região mais clara. É o halo perinuclear. Pois ela já foi uma célula com um núcleo 
grande e diminuiu, formando esse halo que é o espaço ocupado pelo núcleo, antes de ele condensar. Nas outras células 
não é normal. 
 
Processo patológico. 
 
 Células escamosas superficiais anucleadas, ou escamas, também podem 
aparecer: 
 Núcleo ausente. 
 Excessiva queratinização. 
 Citoplasma espesso. 
 Coloração amarelada ou alaranjada. 
 O local antes ocupado pelo núcleo fica demarcado por uma área central, clara e 
pequena. 
 Citoplasma pregueado. 
CÉLULAS ESCAMOSAS INTERMEDIÁRIAS 
 
Núcleo 
 Vesicular, arredondado ou ovalado. 
 Cromatina granulosa. 
 
Citoplasma 
 Cianófilo (coloração azulada, pela atração por 
corantes azulados) (↑ glicogênio). 
 Geralmente citoplasma menor que as células 
superficiais. 
 Geralmente elíptico (alongado). 
 Periferia espessa, com a coloração mais forte na 
borda, devido a dobraduras na periferia. 
 
Descamação em aglomerados 
Núcleo periférico e maiores que nas células periféricas. 
 
Essas células têm como característica acumular glicogênio, as células intermediárias acumulam glicogênio em resposta a 
progesterona. Na fase secretora, as células que tendem a estar em predomínio são as células intermediárias. Esse 
amarelado é o glicogênio. Elas estão nessa coloração pois acumularam muito glicogênio. São células características de 
mulheres gravidas, que acumularam muito glicogênio. 
São chamadas de células naviculares. 
 
Citólise. 
= lise do citoplasma. 
 Resultado da fermentação do glicogênio. 
 Presença de Lactobacilos. 
 Citólise → núcleos nus. 
 Detritos celulares. 
 
Células intermediárias sem citoplasma, núcleo nu. Ele está assim devido os 
lactobacilos, que se alimentam do glicogênio, eles comem o citoplasma da 
célula. As células intermediárias são as que mais sofrem, pois são as que mais acumulam glicogênio. É normal achar em 
lâminas, mas não em grande quantidade. EM muita quantidade indica um desbalanço entre a quantidade de bactérias e a 
degradação do citoplasma delas. 
 
CÉLULAS ESCAMOSAS PARABASAIS 
 Frequentemente isoladas. 
 Relação núcleo-citoplasma elevada. 
Núcleo grande ocupando a maior 
parte do citoplasma. 
 Formato arredondado ou ovalado. 
 Citoplasma cianofílico. 
 Quando estimulada pelos hormônios, vai começar o processo de amadurecimento e se transformar em uma 
superficial. 
 Núcleo vesicular (8-10 µM). 
Descamação espontânea 
 Mulheres na menopausa (nenhum hormônio sendo 
produzido). 
 Após ooforectomia (retirada do ovário). 
Mulheres jovens 
 Lesões infecciosas nas camadas profundas do 
epitélio. 
Desprendem por raspagem 
 Presença de desmossomos. 
 Citoplasma estirado. 
CÉLULAS ESCAMOSAS METAPLÁSICAS 
 
 Provenientes das regiões de metaplasia 
escamosa (JEC). Lugar de transformação das 
células da ectocervice para a endocérvice e 
vice-versa. 
 
 Tamanho semelhante ao das células 
parabasais. 
 Células poligonais com formato indefinido, projeções do citoplasma pontiagudas. 
 Superfície plana  estavam apoiadas na lâmina basal. 
 Geralmente formam um mosaico. Um tapete de células muito próxima uma das outras que se encaixam muito 
bem. 
 Citoplasma denso e cianofílico  pequenos vacúolos (produzindo muco, característica da endocérvice). 
 Núcleos esféricos ou ovalados (8-10 µM) e centrais. 
 
 Presença de muco: parabasais x metaplásicas 
 Menos glicogênio que as escamosas 
 Isoladas (parabasais) ou formando lâminas planas (metaplásicas). 
 Lâminas planas: formato irregular e distribuição em mosaico  cada célula se ajusta aos contornos de suas 
vizinhas 
 
CÉLULAS CILÍNDRICAS ENDOCERVICAIS 
 São células colunares, cilíndricas. A forma como se visualizar, varia de acordo com 
o plano que elas ficarem na lâmina. 
 Sempre coletadas em grupos, grudadas umas nas outras. 
 Núcleo mais rosado. 
 Citoplasma mais azul claro indica uma quantidade grande de muco sendo 
produzido. 
 Nas células com o citoplasma mais escuro, não estão sendo estimuladas a produzir muco. O estímulo que elas 
precisam para produzir muco é progesterona. 
 
 Esfregaços vaginais → raras 
 Esfregaços cervicais por escovação 
 Selo obrigatório de qualidade da colheita cervical 
 Arredondadas ou alongadas → ângulo do posicionamento 
 
 Depende também da fase do ciclo menstrual 
 Estrogênico  citoplasma denso e cianofílico com núcleo elíptico ou esférico. 
 Progestacional  citoplasma distendido por muco claro e núcleo deslocado 
para periferia. 
 
 
Dependendo do jeito que elas são observadas elas possuem nomes específicos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Faces Laterais Membranas claramente visíveis 
 Disposição em paliçada 
 Aglomerados pólo apical 
 “Favo de mel” 
 
Tipos celulares que podem aparecer na lâmina citológica, mas não serão eles que irão fazer com que feche um 
diagnóstico citológico. 
 
CÉLULAS ENDOMETRIAIS (Revestem a parede do corpo e do fundo do útero) – ESFREGAÇO 
As que mais se alteram no ciclo menstrual, que realmente respondem muito ao estrogênio e a progesterona. 
São muito parecidas com as células endocervicais, porém as endometriais são menores. 
 
 2 tipos de células: colunares (superfície e das glândulas) e células pequenas (estroma) 
 Células que escamam espontaneamen te x células removidas 
 1°  12° dias: células observadas com frequência cada vez menor 
 Após o 12° dia ou na menopausa: presença é patológica 
 São observados durante a fase menstrual do ciclo, derivando do endométrio que está sendo descamado. 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS NÃO EPITELIAIS - MACRÓFAGOS 
 Fagócitos móveis de tamanhos e formas variados. 
 Origem de monócitos da medula óssea  diferenciam-se em macrófagos nos tecidos. 
 Geralmente mede 10-20 µM com citoplasma de bordas imprecisas e vacúolos intracelulares. 
 Fusão de vários macrófagos  célula gigante multinucleada ou de corpo estranho. 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS NÃO EPITELIAIS – OUTRAS CÉLULAS. 
 
Fibroblastos (provenientes do estroma uterino)  pouco comuns; presentes apenas em lesões do epitélio, expondo o 
tecido conjuntivo subjacente. 
Células musculares lisas  semelhantes à fibroblastos; observadas após um aborto. 
Leucócitos  polimorfonucleares e linfócitos; pouco observados em esfregaços normais. 
Hemácias  presentes em esfregaços normais colhidos até o décimo dia do ciclo menstrual. Fora esse período, sua 
presença representa lesão genital traumática, às vezes da própria colheita ou doença genital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Células superficiais: núcleo piquinótico, citoplasmagrande. 
 Células intermediárias: citoplasma menor, núcleo maior, pregas 
na periferia deixando o citoplasma mais escuro por conta do 
glicogênio. 
 Células parabasais: núcleo parecido com o das células 
intermediárias, porém a quantidade de citoplasma bem menor. 
Relação núcleo-citoplasmática elevada. 
 Células cervicais e endometriais: muito parecidas, porém 
menores. 
 Nas endocervicais: podemos observar o padrão favo de mel ou 
paliçada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se tem estrogênio agindo as células tendem a amadurecer, tendo a chegada no nível da etapa de células superficiais. 
Não tendo estrogênio e nem progesterona, fica como célula parabasal. 
Tendo a progesterona e o estrogênio agindo a progesterona inibe um pouco o amadurecimento, tendo um predomínio 
de células intermediárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VAGINA E VULVA: NORMAL E PATOLÓGICO 
 
 Secreção vaginal normal: mucorréia 
 Vulvovaginites, 
 Líquen escleroso vulvar. 
 
A primeira coisa que nós fazemos em uma coleta de material citopatológico, é a análise macroscópica. Se a secreção 
vaginal estiver normal, já um indício que ela está normal, se tiver alguma alteração, teremos algum problema. 
 
MUCORRÉIA 
A secreção vaginal normal é parecida com uma clara de ovo, secreção líquida, transparente, em gel. A mucorréia é o 
aumento da secreção vaginal normal. 
Não é um problema e não deve ser tratada como uma doença. 
 
Secreção vaginal: Secreção sebácea, descamação de células da vagina e do colo e secreção de glândulas. 
 Fisiológica (clara de ovo). 
 Cerca de 10% das mulheres. 
 Hormonal, nutricional, psíquicas (estresse), higiene. 
 Não se associa a outros sintomas. 
 Ausência de inflamação: muco claro e límpido. 
 Lactobacilos em abundância. 
 
Normal: Um corrimento que não tenha um odor 
desagradável, ou cause queimação excessiva ou 
coceira. 
 
Exame microscópico a fresco: células sem alterações 
inflamatórias, número normal de leucócitos e 
abundantes Lactobacilos. 
Tratamento: tranquilizar e explicar a fisiologia normal 
da genitália. 
 
LEUCORRÉIA 
Não tem uma condição normal, aumento da secreção com características alteradas, associadas a sintomas. Relacionada 
com leucócitos. Tem uma secreção com características indicando um processo inflamatório. 
O canal vaginal pode ser colonizado por diferentes microrganismos, por ser escuro, úmido e quente, podendo conter 
fungo, bactérias, protozoários, vírus etc. 
 
 Infecções da vulva e vagina. 
 Fungos, Bactérias, Protozoários, Vírus. 
 Hábitos inadequados. 
 Doenças sistêmicas. Aids, diabetes; 
 Idade (menopausa). Sem hormônios atuando não tem acumulo do glicogênio se não tem glicogênio, os 
lactobacilos não acham tão interessante ficar naquela região, pois o pH não é tão ácido, favorecendo outros 
microrganismos. 
 Distúrbios comportamentais. 
 Gravidez. 
 Uso de fármacos (antibióticos que matam os lactobacilos) 
 Diabetes. 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
 
Infecção polimicrobiana: Gardnerella + bactérias anaeróbias + ↓ Lactobacilos. 
 
# 50% das infecções genitais baixas. 
# Discreta resposta inflamatória. 
# QUADRO CLÍNICO: 
 Corrimento abundante 
 Homogêneo 
 Branco-acinzentado 
 Odor fétido 
 Pequenas bolhas 
 Disúria (dor ao urinar) 
 Dispaurenia (dor no ato sexual) 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Características clínicas do corrimento. 
 pH vaginal > 4,5 (normal 3,0) 
 
TRATAMENTO: 
 Abstinência sexual 
 Duchas vaginais com peróxido de hidrogênio 
 Acidificação do meio vaginal 
# Medicamentoso 
 
TRICOMONÍASE 
 Trichomonas vaginalis 
 Protozoário anaeróbio flagelado 
 10 – 15% dos corrimentos vaginais infecciosos 
 Transmissão principalmente sexual 
 Freqüente associação com o gonococo 
 
QUADRO CLÍNICO: 
 Corrimento profuso 
 Amarelo ou amerelo-esverdeado 
 Bolhoso e fétido 
 Disúria e dispaurenia 
 Muitas vezes assintomáticas 
 
DIAGNÓSTICO 
 Clínico e microscópico 
 pH vaginal em torno de 5 a 7 
 Protozoário de forma ovóide 
 Polimorfonucleares numerosos (resposta inflamatória bem alta) 
 Lactobacilos escassos 
 
GONOCOCICA 
 Neisseria gonorrhoeae 
 Transmissão sexual 
 Predileção por pH alcalino 
 Propaga-se de forma ascendente  Pelviperitonite e peri-hepatite 
 
QUADRO CLÍNICO: 
 Corrimento espesso e purulento 
 Friabilidade do epitélio 
 Esbranquiçada e opaca. 
 Epitélio friável. 
 
DIAGNÓSTICO 
 Exame bacteriológico 
 Diplococos gram-negativos 
 
 
CHLAMYDIA 
 
Parasitas intra-celulares obrigatórios 
Faz propagação ascendente, ela coloniza o canal vaginal, se não tratado entra no útero, e do útero ir para tuba uterina e 
cair na cavidade abdominal. 
Um dos problemas mais recorrentes associados a Chlamydia é a gravidez ectópica, ela chega na tuba uterina gerando 
uma resposta inflamatória muito grande, que gera uma fibrose na tuba uterina, fechando-a. 
O espermatozoide por ser pequeno consegue passar, mas o ovócito não, então ele acaba se fixando na tuba e crescendo 
ali. Ou pode gerar infertilidade se a fibrose fechar totalmente. 
 
 Gram-negativos 
 Corpos cocóides → inclusões 
 Freqüentemente associada a gonocócica 
 Formas altas de infecção estão associadas a esterilidade e gravidez ectópica 
 
QUADRO CLÍNICO: 
 Geralmente assintomática 
 Corrimento mucopurulento → endocervicite 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Exame citológico (baixa sensibilidade) 
 Detecção de antígenos → imunofluorescência 
 ELISA 
 
Associada a uma série de outras lesões: lesões oculares, conjuntivite, lesão óssea, na 
glande, na pele. 
 
 
CANDIDÍASE 
 
 Fungo gram-positivo 
 Candida albicans: + comum - 85 a 90 % 
 75 % das mulheres no menacme: 1 episódio 
 40 a 50%: 2º episódio 
 5% episódios recorrentes 
 20-25% dos corrimentos vaginais infecciosos 
 
 Gravidez 
 ACO 
 Imunosupressores 
 Duchas vaginais, vestuário inadequado 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Corrimento branco (leite coalhado) 
 Placas 
 Escoriações na região vulvar 
 Disúria e dispaurenia 
 
DIAGNÓSTICO: 
pH vaginal ácido 
Exame microscópico a fresco ou corado 
 Filamentos ramificados (pseudo-hifas) 
 Esporos 
 Leucócitos numerosos 
Cultura 
 
LÍQUEN ESCLEROSO VULVAR 
 
Alteração inflamatória e atrofiante da vulva 
Etiologia: desconhecida 
Sintomas: 
 Irritação local 
 Prurido(85%) 
 Dispaurenia e sintomas urinários 
Exame Clínico: 
 Pele atrófica, pálida, perda de pêlos, fissuras, hiperceratose (placas brancas) 
 
Casos avançados 
 Perda da arquitetura vulvar 
 Lesões pigmentadas 
 Apagamento dos lábios 
 Fusão parcial da linha média

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