Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
QUESTÕES – EXCLUDENTES DE ILICITUDE 1. (2017 - IESES - TJ-RO - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS)Conforme as normas penais brasileiras, não há crime quando o agente pratica o fato: I. Em estrito cumprimento de dever legal. II. Em legítima defesa. III. No exercício regular de direito. IV. Em estado de necessidade A sequência correta é: A)A assertiva III está incorreta. B)Apenas as assertivas I e IV estão corretas. C)As assertivas I, II, III e IV estão corretas. D)Apenas a assertiva II está correta. 2. (2018 - IBFC - SEAP-MG - AGENTE DE SEGURANCA) Não há de se falar em crime quando o autor pratica a conduta: A)em estrito cumprimento de dever legal e no exercício regular de direito B)em estrito cumprimento de dever legal e na obediência hierárquica C)no exercício regular de direito e na coação moral irresistível D)em excesso de estado de necessidade e na inimputabilidade E)em legítima defesa recíproca e no erro de direito 3. (2018 - CESPE - PC-SE - DELEGADO DE POLICIA - Adaptada) Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida. Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir. a. Carlos agiu sob o pálio da excludente de legítima defesa justificante. Certo Errado b. Carlos agiu sob o pálio da legítima defesa putativa. Certo Errado 4. (2018 - FCC - CL-DF - TÉCNICO LEGISLATIVO - AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA) De acordo com o que estabelece o Código Penal, A)não há crime quando o agente pratica o fato no exercício regular de direito. B)entende-se em legítima defesa quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar. C)é possível a invocação do estado de necessidade mesmo para aquele que tinha o dever legal de enfrentar o perigo. D)é plenamente possível a compensação de culpas quando ambos os agentes agiram com imprudência, negligência ou imperícia na prática do ilícito. E)considera-se praticado o crime no momento do resultado, ainda que outro seja o momento da ação ou omissão. 5. (2018 - IBADE - SEPLAG-SE - GUARDA DE SEGURANÇA DO SISTEMA PRISIONAL) Quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, age em: A)legítima defesa. B)estrito cumprimento de dever legal. C)exercício regular de direito. D)estado de necessidade. E)obediência hierárquica. 6. (2018 - FUMARC - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO) Com relação às causas de exclusão da ilicitude, é CORRETO afirmar: A)Astrogildo colocou cacos de vidro, visíveis, em cima do muro de sua casa, para evitar a ação de ladrões. Certo dia, uma criança neles se lesionou ao pular o muro da casa de Astrogildo para pegar uma bola que ali havia caído. Nessa situação, ainda que se tratando da defesa de um perigo incerto e ou remoto, a conduta de Astrogildo restaria acobertada por excludente da ilicitude. B)No caso de legítima defesa ou estado de necessidade de terceiros, é imprescindível a prévia autorização destes para que a conduta do agente não seja ilícita. C)Caio, lutador de boxe, durante uma luta em que seguia as regras desportivas, atinge região vital de Tício, causando-lhe a morte. Ante a gravidade da situação fática, a violência não encontra amparo em nenhuma causa de exclusão da ilicitude, devendo Caio responder pela morte causada. D)Nos moldes do finalismo penal, pode a inexigibilidade de conduta diversa ser considerada causa supralegal de exclusão de ilicitude. 7. (2018 - FCC - DPE-RS - DEFENSOR PÚBLICO) Na madrugada de um sábado, Jorge, cabo da Polícia Militar, retornava para casa, em um bairro bastante violento da capital. Policial experiente, que já havia sido ameaçado por algumas lideranças do tráfico na região, ciente das constantes disputas entre grupos rivais que ocorriam na comunidade, Jorge era cuidadoso e sempre caminhava pelo bairro em trajes civis. A cerca de 5 metros da esquina de sua casa, Jorge assustou-se com dois homens que dobraram a esquina correndo, os quais, ao vê-lo, apontaram-lhe as armas que portavam. Diante da situação sinistra em que se via, Jorge não titubeou e agiu conforme seus treinamentos: sacou seu revólver com extrema rapidez e habilidade e, com disparos certeiros, atingiu letalmente os dois homens que lhe apontavam as armas. Jorge, então, acionou a Polícia Militar e o serviço de socorro médico de emergência, que compareceram ao local, tendo os agentes militares constatado que os homens atingidos eram dois policiais civis que participavam de uma operação contra o tráfico no bairro e se preparavam para prender alguns suspeitos em flagrante. Da leitura do enunciado, é correto afirmar: A)Apesar de sua conduta típica e ilícita, a Jorge não deve ser aplicada qualquer pena, sendo-lhe inexigível conduta diversa diante das circunstâncias que compunham o contexto em que se viu envolvido, que o levaram a supor situação de fato que, se existisse, tornaria sua ação legítima. B)A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso material, qualificados por terem como vítimas policiais civis (art. 121, § 2° , VII − por duas vezes −, c/c art. 69, ambos do CP). C)A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso material, sem possibilidade de qualificação pela condição das vítimas, uma vez que o autor desconhecia essa circunstância (art. 121, caput − por duas vezes −, c/c art. 69, ambos do CP). D)A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios culposos, em concurso formal, tendo em vista sua conduta imprudente, uma vez que efetuou os disparos sem prévia identificação e ordem de parada (art. 121, § 3° − por duas vezes −, c/c art. 70, ambos do CP). E)A Jorge não deve ser imputada a prática de crime, uma vez que agiu sob o pálio da legítima defesa enquanto excludente da ilicitude, estando sua ação especialmente justificada pelas circunstâncias da situação em que se viu envolvido − a chamada legítima defesa putativa. 8. (2018 - IADES - PM-DF - SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR) Não constituem crimes a ação do agente penitenciário que encarcera o criminoso, do policial que realiza um flagrante delito e do policial que conduz coercitivamente uma testemunha que, após ser devidamente intimada, nega-se a comparecer em Juízo, desde que, em nenhuma delas, ocorra excesso, justamente por serem hipóteses de causas excludentes da ilicitude. Acerca desse tema, é correto afirmar que as hipóteses relatadas configuram A)legítima defesa. B)estrito cumprimento do dever legal. C)exercício regular de direito. D)estado de necessidade. E)causa supralegal de exclusão da ilicitude. 9. (2018 - FGV - TJ-AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) Mévio, superior hierárquico de Tício, Oficial de Justiça, solicitou que ele alterasse o teor de determinada certidão em mandado de busca e apreensão. Apesar de ter conhecimento de que a condutanão era correta, Tício atendeu a solicitação de Mévio, já que este era seu superior hierárquico e os dois eram também amigos de infância. Descobertos os fatos, foi instaurado procedimento investigatório, razão pela qual Tício procura seu advogado para esclarecimentos. Considerando apenas as informações narradas, o advogado de Tício deverá esclarecer que sua conduta configura: A)fato típico, ilícito e culpável; B)fato típico, mas não ilícito, em razão do estrito cumprimento do dever legal; C)fato típico, mas não ilícito, em razão da obediência hierárquica; D)fato típico e ilícito, mas não culpável, em razão da obediência hierárquica; E)fato típico e ilícito, mas não culpável, em razão da coação moral irresistível. 10. (2016 - FGV - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XX - PRIMEIRA FASE (REAPLICAÇÃO SALVADOR/BA) Miguel, com 27 anos de idade, pratica conjunção carnal com Maria, jovem saudável com 16 anos de idade, na residência desta, que consente com o ato. Na mesma data e também na mesma residência, a irmã de Maria, de nome Marta, com 18 anos, permite que seu namorado Alexandre quebre todos os porta-retratos que estão com as fotos de seu ex-namorado. O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Miguel pelo crime de estupro. Marta, após o fim da relação, ofereceu queixa pela prática de dano por Alexandre. Os réus contrataram o mesmo advogado, que deverá alegar que não foram praticados crimes, pois, em relação às condutas de Miguel e Alexandre, respectivamente, estamos diante de A)causa supralegal excludente da ilicitude e causa supralegal de excludente da culpabilidade. B)causa excludente da tipicidade, em ambos os casos. C)causa excludente da tipicidade e causa supralegal de excludente da ilicitude. D)causa supralegal de excludente da ilicitude, em ambos os casos. 11. (2015 - FGV - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XVI - PRIMEIRA FASE) Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão pitbull na direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a criança, Carlos, que estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamente da casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando constatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta situação jurídica de Carlos. A)Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de Leandro. B)Carlos atuou em estado de necessidade defensivo, devendo responder, porém, pela morte de Leandro. C)Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro. D)Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder pela morte de Leandro. 12. (2013 - FGV - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XI - PRIMEIRA FASE) Débora estava em uma festa com seu namorado Eduardo e algumas amigas quando percebeu que Camila, colega de faculdade, insinuava-se para Eduardo. Cega de raiva, Débora esperou que Camila fosse ao banheiro e a seguiu. Chegando lá e percebendo que estavam sozinhas no recinto, Débora desferiu vários tapas no rosto de Camila, causando-lhe lesões corporais de natureza leve. Camila, por sua vez, atordoada com o acontecido, somente deu por si quando Débora já estava saindo do banheiro, vangloriando-se da surra dada. Neste momento, com ódio de sua algoz, Camila levanta- se do chão, agarra Débora pelos cabelos e a golpeia com uma tesourinha de unha que carregava na bolsa, causando-lhe lesões de natureza grave. Com relação à conduta de Camila, assinale a afirmativa correta. A)Agiu em legítima defesa. B)Agiu em legítima defesa, mas deverá responder pelo excesso doloso. C)Ficará isenta de pena por inexigibilidade de conduta diversa. D)Praticou crime de lesão corporal de natureza grave, mas poderá ter a pena diminuída. 13. (2005 - OAB-SP - OAB-SP - EXAME DE ORDEM - 2 - PRIMEIRA FASE) Se o agente atua por erro plenamente justificável pelas circunstâncias e supõe que se encontra em situação de perigo, haverá A)estado de necessidade putativo. B)estado de necessidade real. C)legítima defesa putativa. D)legítima defesa real. 14. (2017 - CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item subsequente. Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da análise das excludentes de ilicitudes será punido apenas se o tiver cometido dolosamente. Certo Errado 15. (2017 - IADES - PM-DF - OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR - ASSISTENTE VETERINÁRIO) João está em um bar, curtindo o happy hour de sexta, e é agredido por Pedro, jogador profissional de futebol. João, fisicamente mais fraco, para repelir a injusta agressão, saca sua pistola e atira em Pedro, que tomba ferido no tórax. João, mesmo depois de ter cessado a ação após o primeiro disparo, sabendo que não mais poderia continuar a repulsa, olha para Pedro e diz: “A partir de agora, você nunca mais jogará futebol!”. Em seguida, efetua outro disparo, agora no joelho direito de Pedro. Nessa situação hipotética, o caso trata-se de A)legítima defesa putativa. B)excesso doloso na legítima defesa. C)excesso culposo na legítima defesa. D)legítima defesa recíproca. E)legítima defesa de terceiro.
Compartilhar