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Falhas Geológicas: Conceitos e Classificações

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Aula 08 – Falhas 
 
- Conceituação 
-Elementos geométricos 
 - Classificações: sistemas extensionais, compressionais e direcionais 
 
Baseado no material didático, disponível na internet, do professor Eduardo Salamuni, além dos livros-texto de 
Ragan (2009), Fossen (2012) e Davis et al. (2012). 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
ESCOLA DE MINAS 
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA 
 
DESENHO GEOLÓGICO – GEO 154 
2019/2 (Turma 21) 
Prof. Maximiliano de Souza Martins 
Conceituação: 
 
- Apesar do uso arbitrário e difundido do nome, uma falha pode 
ser entendida como uma superfície ao longo da qual uma 
quantidade apreciável de deslocamento tomou lugar, podendo 
ser plana ou curviplanar; 
 
- Em geral, representam descontinuidades físicas associadas a 
níveis crustais rasos ou pouco profundos da superfície terrestre, 
caracteristicamente de envolvendo estruturas rúpteis a rúpteis-
dúcteis; 
 
- Podem ocorrer em qualquer escala de observação, de 
microescala a quilométrica; 
 
- Falhas estão associadas a estruturas extensionais, 
compressionais ou direcionais. 
 
 Interesse científico do estudo das falhas: 
 
- Assim como as dobras, falhas permitem uma análise 
cinemática e dinâmica da deformação (através de um 
estudo teórico e experimental); 
- constituem uma excelente oportunidade para 
integrar e sintetizar princípios da geologia estrutural. 
 
Interesse econômico do estudo das falhas: 
- podem constituir potenciais locais de concentração 
ou destruição de jazidas minerais. 
 
(a) Sistemas extensionais: formação de falhas ou sistemas de falhas 
normais onde há alívio das tensões, ocasionando no abatimento de 
blocos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(b) Sistemas compressionais: formação de falhas ou sistemas de falhas 
por superposição vertical de duas séries de estratos cuja sucessão não e 
normal. Estratos mais antigos podem recobrir estratos mais novos, ou 
então o horizonte de um mesmo estrato qualquer pode estar justaposto a 
si mesmo. 
(c) Sistemas direcionais: formação de falhas ou sistemas de falhas cujo 
vetor de rejeito é paralelo a direção da falha e podem aparecer como 
traços retilíneos em mapas geológicos. Geralmente possuem altos 
valores de mergulhos. 
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DE UMA FALHA 
• Zona de falha (fault zone): zona que contém falhas paralelas ou anastomosadas. 
 
 
 
 
 
 
 
• Muro ou lapa (footwall): superfície 
delimitadora do corpo rochoso imediatamente 
abaixo de uma falha não vertical. O corpo 
rochoso em sí é designado de bloco de muro ou 
de lapa (footwall). 
 
• Teto ou capa (hangingwall): superfície 
delimitadora do corpo rochoso imediatamente 
acima de uma falha não vertical. O corpo 
rochoso em sí é designado de bloco de teto ou 
de capa (hangingwall). 
 
 
• Vetor de deslocamento (displacement 
vector): deslocamento relativo a pontos 
adjacentes no footwall e no hangingwall. 
Deslocamentos ao longo do mergulho (dip slip) 
e ao longo da direção (strike slip) do plano 
constituem seus extremos. 
• Estrias, steps, slickensides/slickenlines: estruturas lineares que indicam direção 
e/ou sentido de movimento relacionada ao vetor deslocamento na superfície de 
falha. 
• Linha de corte (cut-off line): traço de um plano deslocado na superfície de 
falha; estas linhas ocorrem em pares, uma no footwall e outra no hangingwall. 
• Separação (separation): distância entre dois planos deslocados. Pode ser 
medida perpendicularmente a linha de corte, sendo comumente medida ao 
longo do deslocamento do mergulho (dip slip) ou da direção (strike slip) 
da superfície de falha. 
 
TIPOLOGIA DAS FALHAS COM RELAÇÃO AO MERGULHO 
- Horizontais a sub-horizontais: falhas que mergulham de 0º a 10º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Lístricas: falhas que possuem mergulho acentuado próximo a superfície e que se tornam sub-
horizontalizadas em profundidade, em formato côncavo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOLOGIA DAS FALHAS COM RELAÇÃO AO MERGULHO 
- Moderadas: falhas que mergulham entre 30º a 60º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Baixo ângulo: falhas que mergulham entre 10º a 30º. 
- Alto ângulo: falhas que mergulham entre 60º a 80º. 
- Verticais a sub-verticais: falhas que mergulham de 80º a 90º. 
TIPOLOGIA DAS FALHAS (GERAL) 
TIPOLOGIA DAS FALHAS COM RELAÇÃO AO MOVIMENTO 
CLASSIFICAÇÃO DAS FALHAS COM BASE NO MERGULHO DO 
PLANO DE FALHA E NO PITCH (ângulo entre a direção do 
vetor deslocamento e a direção do plano de falha) 
 
Principais estruturas em sistemas extensionais 
Falhas lístricas (sintética e antitética) 
 
Falhas de crescimento 
 
Falhas de transferência 
 
Anticlinais de acomodação 
 
Altos estruturais 
 
Estruturas duplex, descolamento basal/interm./superior, horse 
Prof. F. Chemale Jr. – Notas de aula 
Unidade fundamental: o meio gráben 
Sistemas de falhas: altos (horsts) e baixos (grábens) estruturais 
Sistemas de falhas extensionais: o modelo dominó 
Sistemas compressionais 
 
• Falhas inversas/empurrões 
 
• Falhas de rasgamento 
 
• Geometria de rampa e patamar 
 
• Duplex 
 
• Antiforme de Empilhamento 
 
• Dobramento 
Prof. F. Chemale Jr. – Notas de aula 
Prof. F. Chemale Jr. – Notas de aula 
SISTEMAS COMPRESSIONAIS: EMPURRÕES OU 
CINTURÕES DE THRUSTS SYSTEMS 
 Sistemas direcionais 
 
• Falhas transcorrentes, transformantes e wrench 
 
• Zonas de transpessão e transtração 
(flor positiva e negativa) 
 
• Falhas e Fraturas tipo P, S (R), A (R’), T 
 
• Tension Gash 
 
• Rabo de Cavalo 
Prof. F. Chemale Jr. – Notas de aula 
Prof. F. Chemale Jr. – Notas de aula 
- Transformantes: 
movimentação lateral entre duas placas tectônicas. Os exemplos mais bem definidos 
geralmente ocorrem associados às margens divergentes. A composição predominante é 
de rochas ígneas máficas. 
 
Margem transformante

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