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Cistos Intraósseos e Extra ósseos

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Patologia Oral | Thaíssa Reibolt
Cistos Intraósseos e Extra Ósseos
Cistos são cavidades patológicas revestidas por tecido epitelial. São compostos por uma cápsula de tecido conjuntivo, que é revestida por tecido epitelial e que contém um lúmen em seu interior, sendo essa cápsula e o epitélio variantes de acordo com o tipo de cisto.
Os cistos são divididos em: ODONTOGÊNICOS e NÃO ODONTOGÊNICOS.
Cistos odontogênicos – o epitélio de revestimento é de origem odontogênica, ou seja, provém da odontogênese.
Classificação (oms,1992)
Cistos Odontogênicos
Do Desenvolvimento: 
Ceratocisto odontogênico;
Cisto gengival do recém-nascido;
Cisto gengival do adulto;
Cisto periodontal lateral;
Cisto dentígero;
Cisto de erupção;
Cisto odontogênico calcificante (cisto de gorlin);
Cisto odontogênico glandular.
Inflamatório:
Cisto radicular;
Apical e lateral;
Residual;
Paradental.
Cistos não odontogênicos
Cisto do ducto nasopalatino;
Cisto nasolabial.
Cistos Intraósseos
Cisto Radicular
Cisto Periapical: quando o epitélio na região do ápice de um dente desvitalizado é estimulado pela inflamação e forma um cisto verdadeiramente revestido por epitélio ou cisto periapical. É formado pelos restos epiteliais de Malassez; assintomático, ao menos que exista uma exarcebação inflamatória aguda; O dente de origem não responde ao teste de vitalidade; O padrão Radiográfico é idêntico ao do granuloma periapical, imagens radiolúcidas arredondadas que circundam o ápice do dente.
Os cistos periapicais baía têm como característica um revestimento epitelial incompleto devido à extensão da porção apical do dente para o interior do lúmen do cisto;
Os cistos periapicais verdadeiros formam uma estrutura semelhante a um saco, com revestimento epitelial completo, que se localiza adjacente ao ápice do dente, mas está separado deste.
Cisto radicular lateral: Se desenvolve ao longo da porção lateral da raiz. Esta lesão também se origina dos restos epiteliais de Malassez e a fonte da inflamação pode ser uma doença periodontal ou necrose pulpar com disseminação através de um forame lateral; apresenta-se com uma imagem radiolúcida discreta ao longo da porção lateral da raiz.
Cisto periapical residual: Quando o tecido inflamatório não é curetado no momento da extração do dente pode dar origem ao cisto periapical residual; Apresenta-se como uma imagem radiolúcida de forma circular oval, de tamanho variável, localizada no processo alveolar em um sítio de extração dentária prévia.
Características Histopatológicas: De todos os três cistos são semelhantes. É revestido por epitélio escamoso estratificado, o qual pode apresentar exocitose, espongiose ou hiperplasia.
Tratamento e Prognóstico: extração ou tratamento endodôntico conservador não cirúrgico.
Cisto dentígero (Cisto Folicular)
É definido como um cisto que se origina pela separação do folículo que fica ao redor da coroa de um dente incluso e se conecta ao dente pela junção amelocementária.
Características Clínicas e Radiográficas: envolve mais frequentemente terceiros molares inferiores; são mais frequentes em pacientes entre 10 e 30 anos; há leve predileção pelo sexo masculino; são assintomáticos e são descobertos apenas radiograficamente; radiograficamente se apresentam como uma área radiolúcida unilocular, geralmente com uma margem bem definida e frequentemente esclerótica.
Tratamento e Prognóstico: cuidadosa enucleação do cisto juntamente com a remoção do dente não erupcionado; o prognóstico é excelente e raramente nota-se recidiva após a remoção completa do cisto.
Ceratocisto odontogênico (cisto primordial)
É uma forma diferente de cisto odontogênico do desenvolvimento; seu desenvolvimento pode estar relacionado a fatores desconhecidos, inerentes ao próprio epitélio ou à atividade enzimática na parede cística.
Características Clínicas e Radiográficas: podem ser encontrados em pacientes com idade variável, mas a maioria dos casos foram encontrados em paciente de 10 e 40 anos; há uma leve preferência por homens; a mandíbula é acometida em 60% a 80% dos casos, com envolvimento do corpo posterior e do ramo da mandíbula; pequenos ceratocistos são assintomáticos e os de grande tamanho, geralmente, podem estar associados a dor, edema ou drenagem; exibem uma área radiolúcida, com margens escleróticas frequentemente bem definidas, podem se apresentar multiloculadas; no interior da lesão podemos encontrar um líquido claro, material caseoso com aspecto de vela derretida.
Tratamento e Prognóstico: a confirmação tem que ser através do histopatológico para um diagnóstico definitivo; tratamento através de enucleação e curetagem; o prognóstico geral para a maioria é bom.
Síndrome do carcinoma nevoide basocelular (síndrome de gorlin): é uma condição hereditária autossômica dominante que exibe alta penetrância e expressividade variável. Os componentes principais são múltiplos carcinomas basocelulares na pele, ceratocistos odontogênicos, calcificações intracranianas e anomalias das costelas e das vértebras.
Cisto periodontal lateral
É um tipo incomum de cisto odontogênico do desenvolvimento que ocorre tipicamente ao longo da superfície radicular lateral de um dente.
Características Clínicas e Radiográficas: lesão assintomática, que somente é detectada durante exame radiográfico; ocorre frequentemente em pacientes da quinta à sétima décadas de vida, raramente ocorre em pessoas com menos de 30 anos; cerca de 75% a 80% dos casos ocorre na região do pré-molar, canino e incisivo lateral inferiores; radiograficamente, o cisto aparece como uma área radiolúcida localizada lateralmente à raiz ou raízes de dentes com vitalidades.
Tratamento e Prognóstico: enucleação conservadora é o tratamento de escolha; recidiva não é comum.
Cisto do ducto nasopalatino (cisto do canal incisivo)
É o cisto não odontogênico mais comum da cavidade oral, ocorrendo em cerca de 1% da população. Alguns possíveis fatores etiológicos: trauma, infecção do ducto e retenção de muco das glândulas salivares menores adjacentes.
Características Clínicas e Radiográficas: pode se desenvolver em qualquer idade, porém é mais comum da quarta a sexta década de vida; sinais e sintomas mais comuns incluem tumefação da região anterior do palato, drenagem e dor; radiograficamente se apresenta como uma área radiolúcida bem circunscrita próxima ou na linha média da região anterior de maxila, entre os ápices dos incisivos centrais; a lesão, em geral, é redonda ou oval, com uma margem esclerótica.
Tratamento e Prognóstico: são tratados por enucleação cirúrgica; a recidiva é rara.
PSEUDOCISTOS
cISTO ÓSSEO SIMPLES (CISTO ÓSSEO TRAUMÁTICO)
Cavidade benigna vazia ou contendo fluido no osso; 
Livre de revestimento epitelial;
Lesão comum;
Causa e patogênese incertas;
Teoria de trauma-hemorragia tem muitos defensores (hematoma intraósseo por trauma);
Outras teorias: incapacidade do fluido intersticial em deixar o osso por causa da drenagem venosa inadequada, distúrbio local no crescimento ósseo, necrose isquêmica da medula e alteração localizada no metabolismo ósseo resultando em osteólise.
Características Clínicas e Radiográficas: acomete mais pacientes entre 10 e 20 anos de idade; restritos à mandíbula; 60% dos casos em homens; geralmente assintomáticos; área dos molares e pré-molares mandibulares; dentes vitais e sem reabsorção radicular; apresenta-se como um defeito radiolúcido bem delimitado; algumas áreas são precisamente definidas e outras são mal definidas; projeções em forma de cúpula que se dirigem para cima entre as raízes dos dentes (vários dentes envolvidos). DEDOS DE LUVA.
Cisto ósseo de stafne
Concavidade focal do osso cortical na superfície lingual da mandíbula;
Lesão radiolúcida; Assintomática;
Abaixo do canal mandibular, na região posterior de mandíbula;
Bem circunscrita e apresenta uma margem esclerótica;
A maioria é unilateral, embora outros casos podem ser bilaterais;
80%-90% dos casos em homens;
Alteração de desenvolvimento (não congênita).
Cistos extra ósseos
OrigemOdontogênica: cisto alveolar (gengival) do recém-nascido; cisto gengival do adulto; cisto de erupção.
Origem Não Odontogênica: cisto da papila incisiva; cisto nasolabial; cisto do ducto tireoglosso; cisto linfoepitelial cervical; cisto dermóide; cisto epidermóide.
Pseudocistos: mucocele; rânula.
cISTOS ODONTOGÊNICOS
Cisto alveolar do recém-nascido
Encontrado em 90% do neonatos;
Resolução espontânea;
Pequenas pápulas brancas que contém queratina;
Local: mucosa alveolar de recém-nascidos;
Mais comum em maxila;
Lesões múltiplas;
Origem: restos de lâmina dentária.
Cisto Gengival do adulto
Lesão incomum;
Contraparte em tecidos moles do cisto periodontal lateral;
Derivado de restos da lâmina dental;
Região de canino e pré-molares inferiores;
5ª e 6ª décadas de vida;
Localizados na gengiva vestibular ou na mucosa alveolar;
Aparecem como um nódulo indolor, em geral com menos de 0,5 cm de diâmetro;
Geralmente são de cor azulada ou cinza-azulada.
Cisto de erupção
Correspondente no tecido mole de um cisto dentígero;
Origem: separação do folículo dentário que envolve um dente em erupção que está no tecido mole sobre o osso alveolar;
Proliferação dos remanescentes do órgão do esmalte ou epitélio reduzido do órgão do esmalte;
Não requer tratamento;
Coloração arroxeada ou azulada, por conta do extravasamento de sangue;
Indolor.
CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS
cISTO DA PAPILA INCISIVA
Remanescente do cisto do ducto nasopalatino;
Aumento de volume na área da papila incisiva, sem envolvimento ósseo;
Diagnóstico diferencial com cisto do ducto nasopalatino;
Usualmente exibem uma coloração azulada devido ao conteúdo líquido na luz do cisto;
Patogênese desconhecida.
Cisto nasolabial
Cisto do desenvolvimento raro;
Patogênese desconhecida;
Aumento de volume do lábio superior lateral à linha média, resultando na elevação da asa do nariz;
Prevalância na 4ª e 5ª décadas de vida;
Predileção significativa pelo gênero feminino;
Não há alterações radiográficas;
Pode ocorrer reabsorção do osso subjacente pela pressão exercida pelo cisto.
Cisto do ducto tireoglosso
O desenvolvimento da glândula tireoide tem início no forame cego; este primórdio da tireóide migra para o pescoço através do ducto tireoglosso; normalmente, o epitélio do ducto tireoglosso sofre atrofia e o ducto é obliterado, porém, remanescentes desse epitélio podem persistir e dar origem a cistos ao longo deste ducto; a causa para a degeneração cística é incerta;
Se desenvolvem na linha média;
Podem se desenvolver em qualquer idade, porém são mais diagnosticados nas duas primeiras décadas de vida;
Tumefação móvel, flutuante e indolor.
Cisto branquial (Linfoepitelial cervical)
Patogênese incerta;
Teoria sustenta que o cisto se desenvolve de remanescentes das fendas branquiais;
Região lateral superior do pescoço, ao longo da margem anterior do músculo esternocleidomastóideo;
Adultos jovens entre 20 e 40 anos;
Massa mole, flutuante, que pode variar de 1 a 10 cm de diâmetro.
Cisto linfoepitelial oral
Uma lesão rara da cavidade oral que se desenvolve dentro do tecido linfoide oral;
Microscopicamente semelhante ao cisto da fenda branquial, porém de tamanho muito menor;
Pequeno nódulo branco amarelado.
pSEUDOCISTOS
mUCOCELE
Fenômeno de extravasamento de muco;
Lesão comum da mucosa oral;
Ruptura de um ducto de glândula salivar com extravasamento da mucina para dentro dos tecidos moles adjacentes;
Trauma local;
Lábio inferior é o sítio mais comum, lateralmente à linha média;
Não é um cisto verdadeiro pois não tem revestimento epitelial;
Mais comum em crianças e adultos jovens;
A mucina extravasada geralmente confere uma coloração azulada à lesão;
Flutuantes, podendo ser firmes à palpação.
rânula
Termo usado para mucoceles que ocorrem em soalho de boca;
Mucina de glândula sublingual, glândula submandibular ou glândulas salivares menores presentes no soalho de boca;
Aumento de volume flutuante, de formato abaulado e coloração azulada no soalho de boca;
Lesões profundas podem apresentar coloração normal da mucosa;
Mais frequente em crianças e adultos jovens;
Lateralmente à linha média.
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