Buscar

Cavidade Abdominal e Peritônio

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Cavidade Abdominal e Peritônio 
------------------------------------------------------------------ 
Esther Louise, Turma 256
Cavidade Abdominal
Parte sup da cavidade abdominopélvica (entre diafragma e diaframa da pelve) – contínua c a cav pélvica
Limite superior: 4º espaço intercostal da caixa torácica 
*Órgãos abd + altos são protegidos pela caixa torácica (baço, fígado, estômago e parte dos rins)
*A pelve maior sustenta e protege parcialmente as vísceras abd inferiores (parte do íleo, ceco, apêndice e colo sigmoide) 
Planos da cavidade abdominal
Medioclaviculares – sagitais
Ponto médios da clavículas – pontos medioinguinais (entre a EIAS e os tubérculos púbicos de cada lado)
Subcostal – transverso
Atravessa a margem inferior da 10ª cartilagem costal
Intertubercular – transverso
Atravessa os tubérculos da crista ilíaca e o corpo da vértebra L5
Regiões: 
*+ Transpilórico: transversal; cruza no meio da linha entre margens superiores do manúbrio do esterno e a sínfise púbica (em L1) – na posição ortostática, o piloro está mais baixo; cruza o fundo da vesícula biliar, o colo do pâncreas, a origem da AMS e da veia porta, a raiz do mesocolo transverso, a junção duodenojejunal e os hilos renais 
*+Interespinal: atravessa as EIAS
Transumbilical: atravessa o umbigo e o disco intv entre L3 e L4; metade superior e inferior
Mediano: atravessa o corpo longitudinalmente; metades direitas e esquerda
Quadrantes: superior esquerdo (QSE), QSD, QIE, QID.
Paredes:
→ Músculos + aponeuroses (*a posterior inclui a região lombar da coluna)
Parede anterolateral
Limite sup: cartilagens das costelas 7 a 10 e processo xifóide
Limite inf: lig inguinal e margens superiores dos ossos do quadril
Fáscia: 
*Tela subcutânea: importante depósito de gordura
→ Abaixo do umbigo é reforçada na parte profunda por fibras elásticas e colágenas – camadas:
	Panículo adiposo do abdome (fáscia de Camper)
	Estrato membranáceo da tela subcutânea (fáscia de Scarpa) – contínua com o do períneo, para antes das coxas
→ Fáscias externas finas, muito aderidas; principalmente epimísio (por fora e entre os feixes)
→ Face interna: lâminas membranáceas e areolares; espessura variável – Fáscia parietal do abdome (endoabdominal) 
*contínua, mas recebe diferentes nomes 
	Fáscia transversaL: reveste a face profunda do m transverso do abdome e sua aponeurose
Peritônio parietal: única camada de células epiteliais + tecido conjuntivo; interno à fáscia transversal, separado desta por gordura extraperitoneal. 
Músculos: 
→ Planos:
	Oblíquo externo do abdome – fibras inferomediais
	Oblíquo interno do abdome – fibras superomediais
	Transverso do abdome – fibras transversais
→ Verticais
	Reto do abdome 
	Piramidal 
Bainha do músculo reto do abdome (BMRA)– compartimento fibroso incompleto e forte dos m reto e piramidal. 
→ Artérias e veias epigástricas superiores e inferiores
→ Partes distais dos nervos toracoabdominais (ramos anteriores dos n esp de T7 a T12)
Aponeuroses dos m planos se cruzam e entrelaçam, formando a bainha
*Aponeurose do oblíquo interno: se divide em lâmina anterior e lâmina posterior, e cada uma ajuda a forma a lâmina de mesmo nome da bainha – acima da linha arqueada
Linha arqueada: abaixo desta, a aponeurose do oblíquo interno deixa de se dividir, e as aponeuroses dos 3 músculos planos passam anteriormente ao m. reto 
Linha alba: entrelaçamento das fibras das lâminas anterior e posterior da bainha do m reto abdominal na linha mediana anterior
→ Estreita inferiormente, larga superiormente.
→ Passagem de pequenos vasos e nervos p/pele
→ Anel umbilical: na porção média; defeito na linha através do qual os vasos umbilicais fetais entravam e saíam do cordão umbilical e da placenta.
Vasos:
→ Pele e tela subcutânea: plexo venoso subcutâneo complexo
Drenagem sup → Veia torácica interna medialmente e torácica lateral lateralmente
Drenagem inf → Veias epigástrica superficial e epigástrica inferior (tributárias da femoral e ilíaca externa, respect) 
→ Veias cutâneas que circundam o umbigo anastomosam-se com as paraumbilicais (trib da porta, paralelas a veia umbilical obliterada ou ligamento redondo do fígado) 
*Veia toracoepigástrica – pode se desenvolver entre a epigástrica sup e a torácica lateral (trib da axilar); outra anastomose – venosa medial profunda – pode se desenvolver entre a epigástrica inf e as epigástricas sup/torácica interna (tributárias da subclávia) 
→ A presença de anastomoses podem garantir a circulação colateral durante a obstrução de uma das veias cavas
Artérias e Veias Primárias 
→ Epigástricos superiores e ramos dos vasos musculofrênicos dos vasos torácicos internos
→ Epigástricos inferiores e circunflexos ilíacos profundos dos vasos ilíacos externos
→ Vasos circunflexos ilíacos superficiais e epigástricos superficiais da artéria femoral e veia safena magna rspct
→ Vasos intercostais posteriores do 11º espaço intercostal e os ramos anteriores dos vasos subcostais
*orientação reflete as dos músculos: anterolateral – padrão circunferencial; central – padrão vertical
Artéria epigástrica superior – cont da torácica interna; penetra na BMRA suprindo a parte superior do reto abd; anastomosa c a epigástrica inferior na região umbilical
Artéria epigástrica inferior – origem na ilíaca externa; segue superiormente na fáscia transversal, entrando na BMRA abaixo da linha arqueada, penetrando no reto abd e anastomosando-se com a epigástrica superior
Drenagem Linfática: 
Vasos superficiais acompanham as veias subcutâneas
→ Sup ao plano transumbilical drenam p/ linfonodos axilares (principalmente, mas também para os linfonodos paraesternais)
→ Inf ao plano transumbilical drenam para os linfonodos inguinais superficiais
Vasos profundos acompanham as veias profundas e drenam para os linfonodos ilíacos externos, ilíacos comuns, lombares direito e esquerdo (cavais e aórticos).
Face interna:
Fáscia transversal + gordura extraperitoneal + peritônio parietal
Pregas peritoneais umbilicais:
	Mediana – do ápice da bexiga até o umbigo, cobre o lig umbilical mediano *remanescente do úraco, que unia umbigo e bexiga
	Mediais – duas, laterais à mediana, cobrem os lig umbilicais mediais (partes ocluídas das art umbilicais)
	Laterais – duas, laterais às mediais, cobrem os vasos epigástricos inferiores – sangram 
Fossas peritoneais: depressões laterais às pregas
→ passíveis de hérnias 
	Fossas supravesicais – entre pregas mediana e mediais; sobre a bexiga urinária (nível sobe e desce com o enchimento e o esvaziamento)
	Fossas inguinais mediais – entre pregas mediais e laterais; trígonos inguinais (Triângulo de Hasselbach) – hérnia inguinal direta (- comum)
	Fossas inguinais laterais – laterais às pregas laterais, incluem os anéis inguinais profundos – hérnia inguinal indireta (+ comum)
*Ligamento falciforme do fígado: dobra dupla de peritônio anterior ao fígado; sua margem inferior encerra o ligamento redondo do fígado (remanescente fibroso da veia umbilical que ia p/fígado) e suas veias paraumbilicais. 
*O testículo migra para o períneo através do canal inguinal
Peritônio 
Membrana serosa transparente
Mesotélio – epitélio pavimentoso simples
Parietal – reveste a face interna da parede abdominopélvica
	Mesma inervação somática, vasc sanguínea e linfática da parede que reveste; sensível a pressão, dor, calor, frio e laceração
	Dor geralmente bem localizada
Visceral – reveste as vísceras como estômago e intestino
	Mesma inervação, vasc sanguínea e linfática que o órgão que ele cobre. Insensível a toque, calor, frio e laceração 
	Estímulos vem de distensão e irritação química
	Dor mal localizada – referida para os dermátomos, principalmente as partes medianas
→ Intestino anterior: dor referida p/ epigástrio
→ Intestino médio: dor referida p/ região umbilical
→ Intestino posterior: dor referida p/ região
púbica
Cavidade Peritoneal 
→ Situada dentro da abdominopélvica
→ Espaço potencial com espessura capilar entre as lâminas visceral e parietal 
→ Fina película de líquido peritoneal (água, eletrólitos, filtrado intersticial) – lubrifica as faces das vísceras; leucócitos e anticorpos 
→ Nas mulheres, tem uma comunicação através da tuba uterina, cavidade uterina e vagina (favorece infecção); nos homens é fechada.
Embriologia
→ O intestino precisa de liberdade de movimento p/crescer, mantendo inervação e irrigação, hence why a cavidade peritoneal existe, para acomodar o crescimento do intestino – durante um momento, o cresc supera o espaço, e o intestino se estende p/ fora do corpo
→ Mesoderma: precursor do peritônio; depois, forma o peritônio parietal que forma um saco peritoneal (cujo lúmen é a cavidade) – os órgãos se protraem para o saco peritoneal, adquirindo o revestimento que é o peritônio visceral
→ Seus vasos sanguíneos, linfáticos e nervos permanecem conectados às regiões extraperitoneais (geralmente retroperitoneais) – ficam entre as lâminas do peritônio que formam seus mesos/mesentérios
*Vísceras como o rim – pouca deformação se protraem apenas parcialmente – são RETROPERITONEAIS, externas à cavidade peritoneal, sempre posterior. Já a bexiga urinária é SUBPERITONEAL, só tendo peritônio parietal em sua face posterior. Outras vísceras, como estômago e baço – alterações de formato por enchimento, esvaziamento e peristalse, se protraem completamente e são INTRAPERITONEAIS (quase completamente revestidas por peritônio visceral – não está dentro da cavidade: “soco no balão”)
Vísceras são ligadas à parede do abdome por um mesentério (na verdade, meso + região; mesentério é só do intestino delgado) – duas lâminas do peritônio com uma lâmina fina de TCF entre elas; comprimento variável. 
→ As vísceras que tem um meso, como a maior parte do ID, são móveis, e o grau de mobilidade varia com o comprimento do meso
Inicialmente, o intestino primordial está suspenso no centro da cavidade peritoneal por um meso posterior fixado à linha mediana da parede posterior. – Órgãos crescem, cavidade peritoneal diminui e vira espaço virtual 
→ Faz c/ que várias partes do intestino estejam contra a parede posterior do abdome – diminuição dos mesos posteriores por causa da pressão de órgãos sobrejacentes
	Intestino delgado crescente empurra a parte q originará o colo descendente para o lado esquerdo – lâminas de peritônio se fundem ao peritônio parietal 
	Assim, colo descendente no lado esquerdo e colo ascendente no lado direito eram intraperitoneais e tornaram-se secundariamente retroperitoneais
	Isso também ocorre com boa parte do duodeno e do pâncreas
	Fáscia de Fusão/Coalescência: lâminas do peritônio que se fundiram, um plano de tec conjuntivo que contém os vasos e nervos do colo descendente
Formações Peritoneais
→ Parte do peritônio que unem os órgãos a outros órgãos ou à parede do abdome, e resultam em compartimentos e recessos
Meso: meio de comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo. Une um órgão intraperitoneal à parede (geralmente a posterior do abdome).
→ Meso do intestino delgado: mesentério; 
→ Meso do colo transverso: mesocolo transverso; 
→ Meso do colo sigmoide: mesocolo sigmoide; 
→ Meso do apêndice: mesoapêndice. 
Omento: extensão ou prega de peritônio visceral; duas camadas; vai do estômago/parte proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cav abdm
	Omento maior: prega proeminente, com quatro camadas; pende como um avental da curvatura maior do estômago e da parte prox do duodeno. Desce, dobra-se de volta e se fixa à face anterior do colo transverso e seu meso.
	Ligamento gastrocólico (curvatura maior do estômago → colo transverso)
	Ligamento gastroesplênico (curvatura maior do estômago → baço)
	Ligamento gastrofrênico (curv maior do estômago → face interior do diafragma)
	Cheio de gordura, impede a aderência do peritônio visceral ao parietal; protege órgãos inflamados/lesionados (pode mudar de posição p isso) 
	Omento menor: prega dupla, muito menor, que une a curvatura menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado; também une o estômago à uma tríade de estruturas que seguem entre o duodeno e o fígado. 
	Ligamento hepatoduodenal (duodeno → fígado; margem livre dá passagem à Tríade Portal: veia porta, artéria hepática e ducto colédoco)
	Ligamento hepatogástrico (estômago → fígado, porção membranácea)
→ Ligamento falciforme: une o fígado à parede anterior do abdome
Áreas nuas: regiões isentas de peritônio para a passagem de estruturas neurovasculares p/ órgãos intraperitoneais. – em relação as fixações das formações peritoneais aos órgãos 
OBS: uma prega peritoneal é uma reflexão de peritônio elevada da parede do corpo por vasos sanguíneos, ductos e ligamentos formados por vasos fetais obliterados subjacentes. Um recesso ou fossa peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal. 
Divisões pelo mesocolo transverso:
Compartimento supracólico: estômago, fígado, baço
Compartimento infracólico: intestino delgado, colos ascendente e descendente 
	Posterior ao omento maior
	Dividido em espaços infracólicos direito e esquerdo pelo mesentério do intestino delgado
→ Comunicação livre entre os compartimentos pelos sulcos paracólicos, entre a face lateral dos colos ascendente e descendente e a parede posterolateral do abdome
Bolsa omental: cavidade extensa, tipo um saco, posterior ao estômago, omento menor e estruturas adjacentes. 
→ Recesso superior: limitado sup pelo diafragma e camadas posteriores do ligamento coronário do fígado
→ Recesso inferior: entre as partes superiores das camadas do omento maior
→ Forame omental: comunicação com a cavidade peritoneal, abertura posterior à margem livre do omento menor. 
	Limite ant: ligamento hepatoduodenal
	Limite post: veia cava inferior e pilar direito do diafragma
	Limite sup: fígado
	Limite inf: parte superior ou primeira parte do duodeno
→ Permite o movimento livre do estômago sobre as estruturas posteriores e inferiores a ela (as paredes anterior e posterior deslizam suavemente uma sobre a outra)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando