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Trem de força-Caterpillar-Curso

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Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
2
 
 
 
 
INDICE 
 
 
 
 
TREM DE FORÇA ----------------------------------------------------- 03 
 Embreagem ----------------------------------------------------------- 04 
 Transmissão Direta -------------------------------------------------- 07 
 Conversor de Torque ----------------------------------------------- 10 
 Embreagem Unidirecional ----------------------------------------- 13 
 Conversor de Torque de Capacidade Variável ------------------ 14 
 Sistema Planetário --------------------------------------------------- 15 
 Divisor de Torque --------------------------------------------------- 17 
 Servotransmissão ---------------------------------------------------- 18 
 Grupo de Controle da Servotransmissão ------------------------- 21 
 Servotransmissão de Contra-Eixos ------------------------------- 26 
 Grupo de Controle de Pressão (Eletrônico) --------------------- 27 
 Caixa de Engrenagens de Transferência ------------------------- 29 
 Pinhão e Coroa ------------------------------------------------------ 30 
 Diferencial ----------------------------------------------------------- 31 
 Embreagens Laterais ----------------------------------------------- 33 
 Comandos Finais --------------------------------------------------- 34 
 Eixo Integrado ------------------------------------------------------ 36 
 Direção Diferencial ------------------------------------------------ 37 
TREM DE FORÇA D6R --------------------------------------------- 38 
TREM DE FORÇA 938G -------------------------------------------- 53 
TREM DE FORÇA 120H -------------------------------------------- 64 
TREM DE FORÇA 416D -------------------------------------------- 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta apostila foi editada em dezembro de 2004 por Francisco Pinheiro, Treinamento de Serviços de Sumaré. 
 
 
 
 
Nome : ________________________________________________ 
 
Filial : ________________________________________________ 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
3
 
TREM DE FORÇA 
 
Quando falamos em trem de força, imaginamos prontamente todos os componentes que vão desde a 
produção de potência até o objetivo final que é a movimentação das rodas ou esteiras da máquina. 
A produção de potência é responsabilidade do motor, mas como aproveitar esta potência? Como 
transmiti-la ao resto da máquina? 
Então vamos considerar como trem de força os componentes a partir do motor, e como eles se 
comportam para transmitir potência, ou seja, embreagem, conversor de torque, sistema planetário, 
divisor de torque, transmissão direta, servotransmissão, engrenagens de transferência, diferencial, 
embreagens laterais, comandos finais, eixos integrados, etc. 
 
Para complementar esta apostila com informações básicas preliminares, usaremos a literatura “Livro 
da Engrenagem” da Caterpillar. 
 
Após o estudo básico de componentes, veremos o trem de força de algumas máquinas Caterpillar: 
• Trator de Esteiras D6R 
• Carregadeira de Rodas 938G 
• Motoniveladora 120H 
• Retroescavadeira 416D 
 
 
 
Eis abaixo um exemplo típico de trem de força: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
4
 
Embreagem 
 
Desde o desenvolvimento das fontes de potência, o homem tem dificuldades em conectar e aproveitar 
a força produzida para executar trabalho. Por exemplo: como aproveitar a potência do motor para 
acionar as rodas de um carro? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na segunda figura mostrada acima, ao acionar o motor, o mesmo sentiria a carga de inércia das rodas e 
dificilmente daria partida. Também não haveria controle ao parar o veículo. 
Para resolver o problema, foi criada a embreagem. Este mecanismo está localizado entre o motor e a 
transmissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A embreagem está fixada mais precisamente ao volante do motor e possui um disco intermediário que 
está conectado por meio de estrias ao eixo de entrada da transmissão. Na linha veicular, o mecanismo 
de embreagem conecta o tempo todo o motor ao cambio por meio de molas. As molas têm força 
suficiente para manter o disco de embreagem e o volante do motor unidos a fim de transferir o torque 
máximo do motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para desengatar o motor da transmissão é necessário 
comprimir as molas e desta forma liberar o disco de 
embreagem. Isto é conseguido acionando-se o pedal de 
embreagem. 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
5
 
 
Em máquinas pesadas, é necessário um mecanismo de embreagem com maior força de adesão. Neste 
caso o disco de embreagem, ou discos, são comprimidos contra o volante do motor por meio de um 
mecanismo de travamento, e a atuação para engatar e desengatar é feita por uma alavanca manual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A transferência de potência também está em função da área do disco. Em máquinas de maior porte 
seria inviável fabricar um disco de embreagem muito grande. A técnica usada é adicionar mais discos 
e colocar placas entre estes discos. Somam-se então as áreas de cada disco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os discos são conectados ao eixo de entrada da transmissão e as placas são conectadas ao volante do 
motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
6
 
 
 
Para manter a lubrificação e o arrefecimento, evitando os desgastes internos do mecanismo, o 
alojamento da embreagem, em máquinas pesadas, é abastecido com óleo apropriado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As ilustrações abaixo mostram o conjunto de embreagem visto lateralmente, e a lubrificação necessária 
para uma vida longa dos componentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
7
 
 
 
 
Transmissão Direta 
 
Chamamos de transmissão direta ao conjunto de engrenagens com tamanhos e arranjos diferentes que 
recebem torque de entrada vindo do motor e têm a possibilidade de aumentar este torque ou aumentar 
a velocidade do eixo de saída. Também podem reverter o movimento do eixo de saída. 
Existem aplicações de trabalho específicas onde a transmissão direta é essencial. São aplicações que a 
carga de trabalho é constante, seja frontal ou de reboque. Um exemplo típico são os tratores agrícolas 
usando grade para revolver o solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olhando o simulador abaixo fica fácil entender como uma transmissão direta trabalha: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A engrenagem acionadora é menor que a engrenagem 
acionada, portanto haverá uma redução de velocidade, e 
conseqüentemente um aumento de torque. Ao receber o 
movimento do garfo de mudanças, a engrenagem desliza 
sobre o eixo de entrada da transmissão e passa a transmitir 
potência à engrenagem acionada. Esta engrenagem é parte 
integrante do eixo de saída e passa a acioná-lo. 
Se a engrenagem acionadora for deslocada para a 
esquerda, engrenará com uma engrenagem maior do 
eixo intermediário. Este eixo possui várias engrenagens 
integradas ao eixo. Uma delas já está constantemente 
engrenada com o eixo de saída. Desta forma, além de 
acionar o eixo de saída, haverá a reversão do mesmo. 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
8
 
 
 
 
 
Normalmente a construção das caixas de transmissão são no formato triangular, quanto aos eixos. 
Para entendermos melhor os desenhos de transmissão do catálogo de peças e do manual de serviço, 
devemos entender alguns recursos de desenho técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normalmente é feita a rotação de um dos eixos, ou seja, para melhor entendimento ele é tirado da 
frente dos outros eixos.Na prática o desenho fica assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A transmissão mostrada acima é chamada “transmissão de engrenagem deslizante”. 
Existe também a “transmissão de colar deslizante”. Vejamos o que muda. 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
9
 
 
 
 
 
 
Neste tipo de transmissão as engrenagens ficam permanentemente engrenadas. Quando é feita a ação 
do garfo de mudanças, um colar deslizante estriado, se encaixa entre os dentes da engrenagem que está 
tracionando e a engrenagem que está estriada no eixo de saída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para uma melhor compreensão, vamos fazer a rotação do eixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste tipo de transmissão as peças que 
sofrem maior desgaste são os colares. As 
engrenagens e os eixos sofrem pouco 
desgaste, reduzindo bastante o custo da 
reforma. 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
10
 
 
 
 
 
 
 
Conversor de Torque 
 
Em certas aplicações de máquinas existe a necessidade de um amortecimento no trem de força, em 
outras aplicações é exigido aumento gradual de torque, muito além do que a transmissão direta pode 
oferecer. Nestes casos é usado o conversor de torque. 
O princípio básico do conversor usa a transmissão de potência do motor para a transmissão sem haver 
contato meânico dos conjuntos. Para entendermos este princípio, vejamos o exemplo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obviamente não se usa ar como meio de transmissão de potência. Vamos usar óleo, pois é 
praticamente incompressível, não havendo assim, perda de potência na transferência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nas figuras mostradas acima, vemos um acoplamento hidráulico, onde uma peça vai empurrar o óleo 
de alimentação do conjunto, contra outra peça que está acoplada ao eixo de saída. Existe um bom 
ajuste entre as peças de forma que a perda de acionamento é muito pequena. 
Para melhor entendermos o funcionamento, vamos simular um corte transversal no desenho: 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
11
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o motor é acionado, a peça que está acoplada ao volante do motor (vamos chamá-la de 
impulsor) começa a deslocar o óleo contra a peça que está parada e acoplada ao eixo de saída (vamos 
chamá-la de turbina). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imediatamente a turbina começa a mover-se, e rapidamente as duas peças têm a mesma rotação e 
força. Ou seja, é possível transmitir, no máximo, o mesmo torque do motor ao componente que está 
sendo acionado. O óleo dentro do conjunto age como uma “cola”, grudando impulsor e turbina. Este 
movimento do óleo é conhecido como fluxo rotativo. 
Caso o eixo de saída sofra uma carga maior que o torque do motor, haverá a tendência de um 
desequilíbrio entre a rotação de entrada e a rotação de saída. Isto causa uma espécie de redemoinho de 
óleo dentro do acoplamento hidráulico, que gera calor e desgaste. Este movimento do óleo é conhecido 
como fluxo turbilhão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxo rotativo Fluxo turbilhão 
 
 
Este tipo de dispositivo não traz ganho, no máximo se consegue a transferência do mesmo torque. 
O benefício que apresenta é poder acoplar um motor a outro conjunto sem contato mecânico, o que 
auxilia na eliminação de vibração, ruído e desgaste. 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
12
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As máqinas pesadas necessitam de um dispositivo que consiga ampliar o torque do motor. Foi criado 
então o conversor de torque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – alojamento rotativo 
2 – impulsor 
3 – turbina 
4 – estator 
 
A diferença entre um acoplamento hidráulico e um conversor de torque está na adição de um estator no 
conversor. Vale lembrar que quando a máquina está submetida a um grande esforço, ocorre entre 
impulsor e turbina, o fluxo turbilhão. Grande parte do óleo rebate na turbina e se desloca em sentido 
contrário ao impulsor. Desta forma cai a potência do impulsor. No conversor de torque, o estator fica 
localizado estrategicamente no alojamento e sua função é redirecionar o óleo que flui em sentido 
contrário, ou seja, o óleo que retornaria para atrapalhar o movimento do impulsor é redirecionado em 
sentido favorável ao impulsor, multiplicando sua capacidade de torque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
13
 
 
O aumento de torque só aparece quando há uma solicitação da carga. Quando deixa de existir a 
necessidade de torque, desaparece o fluxo turbilhão e aparece o fluxo rotativo. Impulsor e turbina 
passam a ter a mesma rpm. 
Podemos concluir que em um conversor de torque, o fluxo turbilhão é benéfico. Mas não devemos 
esquecer que o turbilhão gera atrito internamente ao alojamento do conversor, o atrito gera calor, e 
conseqüentemente desgaste. 
 
 
Embreagem Unidirecional 
 
As máquinas que utilizam conversor de torque, geralmente trabalham em ciclo curto à baixa 
velocidade, ou seja, deslocam temporariamente a carga em alto torque e no momento seguinte aliviam 
a carga. Por exemplo: uma carregadeira de rodas fazendo carregamento de caminhão. 
Em outras aplicações, a máquina tem uma exigência alta de torque para sair da inércia, porém no 
momento seguinte cai a necessidade de torque e a máquina passa a ter a exigência de velocidade. 
Assim, torna-se desnecessário um conversor de torque. O ideal seria ter apenas um acoplamento 
hidráulico. Isso é possível utilizando-se um dispositivo chamado embreagem unidirecional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
14
A embreagem unidirecional se assemelha bastante com uma catraca de bicicleta, que permite aos 
pedais girarem livres para trás, mas trava quando os pedais giram para frente. 
Neste caso, a catraca fica entre o estator e o alojamento fixo. Quando a máquina necessita de aumento 
de torque, o fluxo turbilhão age contra o estator travando-o no alojamento. Quando a máquina já 
venceu a carga e o conversor está em fluxo rotativo, o estator passa a girar livremente, no mesmo 
sentido do conjunto impulsor e turbina, e com a mesma velocidade. 
Assim, o conversor de torque age como conversor em alguns casos e como acoplamento hidráulico em 
outros. Isto coloca menos calor e menor desgaste ao sistema. 
 
 
 
Conversor de Torque de Capacidade Variável 
 
Este dispositivo normalmente é encontrado em carregadeiras de rodas de grande porte. Nestas 
máquinas, o conversor de torque possui turbina, estator e impulsor de grande diâmetro. Isto faz a 
máquina desenvolver muito torque. O excesso de torque é prejudicial aos pneus, pois em alguns tipos 
de terreno e aplicações, eles patinam desgastando a borracha prematuramente. 
Para sanar este problema, foi desenvolvido o converor de torque de capacidade variável. O impulsor é 
dividido em dois, onde um deles é controlado hidraulicamente por uma válvula manual. O impulsor 
externo está conectado ao impulsor interno por meio de uma embreagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A válvula (5) é controlada por cabo e alavanca do posto do operador para ajustar o torque dsejado, 
dependendo das condições do terreno e da patinagem dos pneus. 
 
 
 
 
 
 
 
1 – engrenagem 
2 – turbina 
3 – alojamento 
4 – impulsor externo 
5 – alojamento da embreagem 
6 – impulsor interno 
7 – tampa 
8 – suporte 
9 – eixo de saída 
10 – estator 
11 – garfo de saída 
12 – placa 
13 – disco 
14 – pistão 
15 – guias 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Planetário 
 
A exigência de aumento de torque fez com que simples arranjos de engrenagensnão fossem 
suficientes. Além disso, quando necessitamos de redução de velocidade com grande aumento de 
torque, teríamos que ter engrenagens muito grandes, com alojamentos de construção robusta e 
dispendiosa. Com base nisto, foi construído um dispositivo de pequenas dimensões, capaz de aumentar 
muito o torque de saída, e quando necessário, reduzir a velocidade. A este conjunto chamamos de 
sistema planetário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O nome sistema planetário foi dado em virtude da formação do conjunto que muito se assemelha com 
o nosso sistema solar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – engrenagem anelar 
2 – planetas e suporte 
3 – engrenagem sol 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
16
 
 
 
Existem planetários simples, com a transmissão de potência do tipo: sol, planeta e anelar. Também 
existem planetários compostos, com a transmissão de potência do tipo: sol, planeta interno, planeta 
externo e anelar. No segundo caso, haverá uma inversão no sentido de rotação final. 
 
 
 
 
 
 
 
Para que um sistema planetário simples transmita potência, são necessárias as seguintes condições: 
• Uma engrenagem entra com a potência 
• Uma engrenagem é travada 
• Uma engrenagem sai com a potência 
Normalmente a potência entra pela engrenagem sol, ocorre o travamento da anelar, e a potência sai 
pelo suporte, no mesmo sentido da sol. Caso seja necessária a inversão de movimento, a potência entra 
pela sol, ocorre o travamento do suporte, e a potência sai pela engrenagem anelar, no sentido contrário. 
 
Conforme a necessidade, os conjuntos planetários podem se unir para formar grandes redutores. 
Temos como exemplo o comando de giro e o motor de percurso das Escavadeiras 320C, onde existe 
um redutor planetário simples que entra com a potência pela solar, fica com a anelar travada e sai com 
a potência pelo suporte dos planetas. O suporte dos planetas se transforma na engrenagem sol do 
segundo estágio, e o ciclo se repete. Neste caso, vamos imaginar que a redução primária seja 5:1 e a 
redução secundária seja 4:1, a diferença da velocidade de entrada para a velocidade de saída é muito 
grande e o torque elevadíssimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) suporte planetário do primeiro estágio 
(2) engrenagem planetária do primeiro estágio 
(3) suporte planetário do segundo estágio 
(4) engrenagem anelar 
(5) engrenagem planetária do segundo estágio 
(6) rolamento de roletes 
(7) rolamento de roletes 
(8) eixo pinhão 
(10) eixo do motor de giro 
(11) engrenagem sol do primeiro estágio 
(12) engrenagem sol do segundo estágio 
(14) alojamento 
(15) engrenagem rolamento (engrenagem do giro) 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Divisor de Torque 
 
Algumas máquinas, em virtude da aplicação, necessitam de um conversor de torque para vencer 
obstáculos momentaneamente, e depois que a carga foi deslocada, necessitam de um acionamento 
direto. Para estes equipamentos foi desenvolvido o divisor de torque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Basicamente, um divisor de torque é o trabalho conjunto de um conversor e de um sistema planetário. 
 
 
Colocando os dispositivos juntos teremos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Operação do primeiro estágio do conjunto 
planetário 
 
(1) suporte planetário do primeiro estágio 
(2) engrenagem planetária do primeiro estágio 
(4) engrenagem anelar 
(11) engrenagem sol do primeiro estágio 
(16) eixo da engrenagem ao suporte 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
18
 
 
 
 
 
 
Sempre que o eixo de saída sente uma carga, sua velocidade é diminuída. Esta diminuição faz a 
velocidade da anelar diminuir e defasa a rotação entre turbina e impulsor. Quando a velocidade da 
turbina e do impulsor está diferente, ocorre o fluxo turbilhão e o aumento de torque. 
Quando a carga é vencida e o eixo de saída recupera sua rotação normal (igual a do motor), a máquina 
passa a se deslocar pela ação do sistema planetário, não utilizando mais o conversor de torque. 
 
 
 
Servotransmissão 
 
Vimos nos tópicos anteriores a necessidade de uma embreagem para engatar e desengatar o fluxo de 
potência entre o volante do motor e a transmissão. As máquinas pesadas que necessitam de uma troca 
constante de marcha para reunir as condições ideais de trabalho, se tornariam improdutivas se tivessem 
um sistema de transmissão que utilizasse embreagem acionada pelo operador. Isto traria desconforto e 
queda no rendimento. Foram desenvolvidas as servotransmissões, conjuntos de engrenagens capazes 
de conseguir aumento/redução de torque, ou aumento/redução de velocidade, sem a necessidade de 
acionamento de embreagem pelo operador, bastando apenas o manuseio da alavanca de mudanças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Basicamente a servotransmissão é um pilha de peças, sistemas planetários, discos, placas, pistões 
circulares e alojamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
19
 
 
 
 
 
 
Pelo conceito já adquirido, sabemos que para o funcionamento de um sistema planetário, é necessário 
que um dos componentes seja travado. O método utilizado é através de pressão de óleo agindo sobre 
um pistão circular. Como mostrado no desenho acima, o pistão comprime um conjunto de discos e 
placas contra o alojamento, produzindo assim, o travamento da engrenagem anelar. Em uma 
servotransmissão existem vários pacotes de embreagem, colocados lado a lado, fazendo a potência 
fluir da entrada para a saída. 
 
 
 
Componentes da Servotransmissão: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suporte com planetas Suporte central 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Discos, placas, pistão e alojamento 
 
 
Abaixo uma servotransmissão vista em corte, bem próximo do que se vê nos catálogos de peças e 
manuais de serviço: 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Vamos utilizar como exemplo uma servotransmissão de duas velocidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A potência entra pela engrenagem sol de avante, a anelar está travada, os planetas são acionados e 
impulsionam o suporte no mesmo sentido da sol. A potência vai para o lado de saída da transmissão. A 
anelar de primeira velocidade está travada, então o suporte gira os planetas que impulsionam a 
engrenagem sol de saída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Mais um exemplo: o suporte está travado, a potência entra pela sol de ré e impulsiona a anelar no 
sentido contrário. A potência vai para o lado de saída da transmissão. A anelar de segunda velocidade 
está travada, então o suporte gira os planetas que impulsionam a engrenagem sol de saída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo de Controle da Servotransmissão 
 
A simples tarefa de colocar óleo sob pressão na câmara do pistão de engate exige na verdade um 
conjunto de válvulas e carretéis trabalhando sincronizados e com pressão ajustada. 
 
Alguns conceitos e nomenclaturas precisam ser definidos: 
P1 – óleo sob pressão que engata as embreagens de velocidade. 
P2 – óleo sob pressão que engata as embreagens de sentido. 
P3 – óleo sob pressão que alimenta a entrada do conversor de torque. 
Pressão de bomba – óleo sob pressão vindo da bomba de óleo da transmissão. 
Pressão de saída do conversor – óleo sob pressão controlada na saída do conversor de torque. 
Pressão diferencial – diferença entre P1 e P2, em valor constante. 
Pressão de lubrificação – óleo que sai quente do conversor, vai ao trocador de calor e em seguida para 
a lubrificação da transmissão. 
Válvula de alívio e modulação – controla a pressão de bomba e desempenhaaumento gradual de 
pressão quando ocorre o engate de marcha. Libera óleo para alimentação do conversor de torque. 
Pistão de carga – coloca tensão na mola da válvula de alívio e modulação, em breves intervalos, para 
produzir a modulação. 
Válvula diferencial e de segurança – é responsável por fazer a diferença constante entre P1 e P2. 
Impede que a máquina se mova se o motor for funcionado com a alavanca de mudanças fora de neutro. 
Válvula de alívio de entrada do conversor – controla a pressão de entrada do conversor para evitar 
danos ao conjunto quando o motor é acionado com o óleo do sistema frio. 
Trocador de calor – arrefece o óleo que saiu do conversor e vai para a lubrificação. 
Válvula de alívio de lubrificação – controla a pressão de lubrificação em valores baixos. 
Orifício – controla a pressão de saída do conversor; em algumas máquinas usa-se uma válvula. 
Filtro de óleo – recebe todo o fluxo da bomba e remove partículas estranhas ao sistema. 
Carretel de velocidade – direciona o óleo de P1 às embreagens de velocidade. 
Carretel de sentido – direciona o óleo de P2 às embreagens de sentido. 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
22
 
 
 
 
 
 
 
Algumas cosiderações: 
• P1 tem valor de pressão maior que P2 
• A necessidade de haver uma diferença entre P1 e P2 é porque no momento da mudança de 
marcha, o pacote de embreagem de velocidade engata primeiro, e o pacote de sentido engata 
depois. 
• Normalmente as embreagens de sentido são mais reforçadas, possuem mais discos e placas que 
as embreagens de velocidade. Isto ocorre porque as embreagens de sentido são engatadas por 
último e acabam levando a maior parte da carga de impacto. 
• A modulação é um processo de aumento gradual de pressão que garante suavidade no engate 
de marchas de uma servotransmissão. 
 
Grupo de Controle em Neutro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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1. válvula seletora. 2. filtro de óleo. 3. carretel selettor de velocidade. 4. bomba de óleo. 5. carretel selector de sentido. 6. 
válvula de alívio de entrada do conversor de torque. 7. carter e tela. 8. conversor de torque. 9. válvula de controle de 
pressão. 10. pistão de carga. 11. válvula de alívio e modulação. 12. trocador de calor. 13. orifício. 14. válvula de alívio de 
lubrificação. 15. válvula diferencial e de segurança. A. tomada de pressão da embreagem de velocidade (P1). B e C. 
tomadas de pressão da bomba de óleo. D. tomada de pressão da embreagem de sentido (P2). E. tomada de pressão de saída 
do conversor. F. tomada de pressão de entrada do conversor (P3). G. tomada de pressão de lubrificação. 
 
Os controles hidráulicos da servotransmissão consistem de um grupo de válvulas seletoras, de um 
grupo de válvulas de controle de pressão e de uma placa separadora. Este grupo de controle é montado 
no topo da servotransmissão, dentro do alojamento. Ele fornece três velocidades avante e três 
velocidades a ré. As válvulas seletoras direcionam o óleo pressurizado para as embreagens adequadas, 
para a obtenção da velocidade e do sentido selecionados. 
Quando o motor é funcionado e a alavanca seletora está em neutro, o óleo da bomba vai para a válvula 
de alívio e modulação. O óleo flui para a câmara de reação da válvula. Como a cavidade do pistão de 
carga está aberta ao dreno pela posição da válvula diferencial e de segurança, a pressão do sistema é 
mantida no valor inicial, aproximadamente 75 psi. 
 
 
 
Grupo de Controle – Motor Funcionando, Transmissão em Neutro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Grupo de Controle – Primeira Velocidade Avante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Grupo de Controle – Posição de Segurança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Servotransmissão de Contra-Eixos 
 
Esta servotransmissão é similar a uma transmissão direta, pois as engrenagens já ficam em engreno 
constante. Também se assemelha com a servotransmissão planetária, no tocante aos pacotes de 
embreagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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O pacote de embreagem está dentro do tambor. O tambor é integral ao eixo e tem nele engrenadas as 
placas, Os discos são engrenados com a engrenagem interna de acionamento. Devido ao tamanho da 
engrenagem acionadora e da engrenagem acionada do outro eixo, ocorre a redução/aumento de 
velocidade de saída, ou aumento/redução de torque de saída. O óleo sob pressão para o engate vem do 
grupo de controle através do alojamento e de furações nos eixos. 
 
 
Grupo de Controle de Pressão (Controle Eletrônico) – Solenóide On/Off 
 
Em máquinas mais modernas, o grupo de controle usa solenóides para direcionar o óleo aos pacotes de 
embreagem. Os solenóides são energizados por um ECM (módulo de controle eletrônico) que recebe 
estímulo de sinais enviados pelo operador e/ou pelo próprio sistema. Estes solenóides trabalham com 
tensão de 12 ou 24 volts de corrente contínua. Seu estado de trabalho é ligado para engatar e desligado 
para desengatar. A modulação de pressão é de responsabilidade das válvulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Refira-se sempre ao manual de serviço da máquina em questão, para testes e ajustes. 
 
 
 
Grupo de Controle de Pressão (Controle Eletrônico) – Solenóide Proporcional 
 
Neste caso, o ECM energiza os solenóides com corrente proporcional, ou seja, os solenóides são 
energizados inicialmente com uma baixa corrente e em seguida o ECM vai aumentando 
proporcionalmente esta corrente, a fim de obter o efeito da modulação. A grande vantagem deste 
sistema é que a troca de marchas se torna mais suaves e produz menos desgaste no trem de força. 
Outro ponto forte é que o sistema possui menos peças, uma vez que cada solenóide é montado em uma 
válvula individual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Em um sistema de transmissão com solenóides proporcionais, o único ajuste feito mecanicamente, é o 
da válvula de alívio principal. Outros ajustes são feitos eletronicamente, com o auxílio da ferramenta 
ET. 
 
 
Caixa de Engrenagens de Transferência 
 
A caixa de engrenagens de transferência serve para desviar o fluxo de potência de um nível mais alto 
para um nível mais baixo. Normalmente, este dispositivo é encontrado em carregadeiras de rodas, e 
não tem a função de aumentar o torque de saída. Na engrenagem acionada fica o eixo de saída, 
encaixado em estrias, e transmitindo potência para o diferencial dianteiro e para o diferencial traseiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Pinhão e Coroa 
 
Em motoniveladoras antigas e na maioria dos tratores de esteiras, após a transmissão, a potência vai 
para o conjunto pinhão e coroa. Este arranjo permite que o fluxo de potência se divida em duas linhas 
de potência, com desvio de 90 graus. Isto é benéfico, poisleva a potência para as laterais da máquina 
onde estão as rodas ou as esteiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) alojamento 
(2) engrenagem acionadora 
(3) calços 
(4) engrenagem acionada 
(5) calços 
(6) eixo 
(7) conjunto do garfo 
(8) conjunto do garfo 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
31
No caso das máquinas de pneus, a desvantagem deste conjunto é para se fazer uma curva. Neste 
momento, a roda interna gira com baixa velocidade e a roda externa precisa girar com maior 
velocidade, a fim de acompanhar o raio de giro externo da curva. O conjunto pinhão e coroa pode ser 
encontrado em tratores de esteiras atuais. Nestas máquinas as curvas são desempenhadas por outro 
dispositivo: embreagens laterais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pinhão 
 
 
 
 Coroa 
Na montagem deste conjunto existem duas verificações que são extremamente importantes: 
• Folga entre dentes. 
• Figura de contato dos dentes. 
 
Diferencial 
 
A idéia de diferencial surgiu pois como vimos o conjunto pinhão e coroa não atendia as necessidades, 
principalmente em máquinas com maior velocidade. Chegou-se a conclusão que máquinas de pneus 
necessitavam de um mecanismo que pudesse variar a velocidade entre os dois semi-eixos de 
acionamento das rodas. O projeto parte de um conjunto pinhão e coroa, porém com a adição de um 
alojamento fixado a coroa: caixa do diferencial. Este alojamento contém quatro engrenagens satélites, 
pivoteadas numa cruzeta que está fixa ao alojamento. Internamente ao alojamento do diferencial 
existem duas engrenagens laterais ou planetas que são fixadas aos semi-eixos, dando sequüência ao 
fluxo de potência. Enquanto não houver desequilíbrio entre a velocidade de uma roda e da outra, as 
satélites ficam estacionadas, como se houvessem pingos de solda entre as engrenagens. O diferencial, 
neste caso, age como se fosse pinhão e coroa. Quando a máquina faz uma curva e a roda interna 
diminui a velocidade, a engrenagem lateral também diminui. Neste momento as engrenagens satélites 
começam a girar e transferem para a outra engrenagem lateral a rotação perdida, aumentando a 
velocidade da roda externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Se não houvesse o diferencial, veja o que aconteceria com os pneus: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peças 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
33
Este conjunto precisa ser montado com muita atenção. Existem torques e folgas específicas. Todos os 
passos precisam ser seguidos pela literatura de serviço. Vale lembrar que o diferencial é um redutor, 
pois o pinhão é a engrenagem acionadora menor e a coroa é a engrenagem acionada maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Engrenagens satélites. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embreagens Laterais 
 
A maneira encontrada para que um trator de esteiras faça uma curva, foi a colocação de um dispositivo 
no fluxo de potência, entre o conjunto pinhão e coroa, e os comandos finais. 
Este dispositivo tem como função quebrar o fluxo de potência de uma lateral da máquina. Como o 
outro lado está tracionando, a máquina faz uma curva para o lado que está sem potência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
34
 
A união entre pinhão e coroa e comando final é feita através de um pacote de embreagem que fica 
permanentemente engatado pela ação de um conjunto de molas fortes. Quando o operador aciona a 
alavanca de controle direcional, uma válvula hidráulica direciona óleo sob pressão para o pacote de 
embreagem, comprimindo as molas e abrindo o conjunto de discos e placas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comandos Finais 
 
Os comandos finais podem ser de redução simples, redução dupla e planetário. 
O comando final de redução simples possui um engrenamento de saída direta, ou seja, uma 
engrenagem pequena aciona uma engrenagem grande, produzindo aumento de torque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
35
 
 
 
 
 
O comando final de redução dupla apresenta dois conjuntos redutores de engrenagens, possibilitando 
maior aumento de torque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O comando final planetário consegue um aumento de torque muito grande com melhor distribuição de 
esforços e peças menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Montagem típica de trator de esteira. Montagem típica de carregadeira de rodas. 
 
 
 
 
Eixo Integrado 
 
Este mecanismo foi desenvolvido para carregadeiras de rodas e retroescavadeiras. Trata-se de um 
alojamento que contém: diferencial, freios de serviço e comandos finais planetários. Sua grande 
vantagem é ter os componentes agrupados em um conjunto maior, fácil de serviçar e selado. O 
conjunto de freio de serviço dura até dez vezes mais que sistemas de freios abertos, por ser livre de 
contaminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Direção Diferencial 
 
Trata-se de um mecanismo projetado para possibilitar ao trator de esteiras fazer curva, mantendo 
potência o tempo todo nas duas esteiras. Como vimos anteriormente, os tratores de esteiras usam 
embreagens laterais para fazer curva. A desvantagem é que uma embreagem lateral precisa ser 
desengatada enquanto a outra esteira traciona. Isto faz a máquina perder 50% de seu torque quando 
está fazendo uma curva, impossibilitando certos trabalhos e aplicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – pinhão 
2 – coroa 
3 – pistão de freio 
4 – engrenagem planeta 
5 – suporte dos planetas 
6 – eixo de saída 
7 – engrenagem lateral 
8 – caixa do diferencial 
9 – eixo das satélites 
10 – satélite 
11 – disco de freio 
12 – engrenagem anelar 
13 – engrenagem sol 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
38
 
 
 
 
 
 
 
O sistema de direção diferencial utiliza três conjuntos planetários para executar o serviço: 
• Planetário direcional (1) 
• Planetário de acionamento (2) 
• Planetário de equalização (3) 
 
 
Podem ocorrer as seguintes situações de deslocamento da máquina: 
• Em linha reta - o fluxo de potência entra pelo pinhão da transmissão, aciona o suporte dos 
planetas que transfere potência para as engrenagens sol dos outros planetários. Nesta situação, 
o pinhão do motor hidráulico de direção permanece parado e a máquina segue em linha reta. 
• Fazendo uma curva - o fluxo de potência entra pelo pinhão da transmissão, aciona o suporte 
dos planetas que transfere potência para as engrenagens sol dos outros planetários. O pinhão do 
motor hidráulico de direção começa a girar no sentido determinado pelo volante direcional. Isto 
causa rotação nas engrenagens planeta do planetário de direção. Dependendo para que lado foi 
feita a curva, teremos aumento de velocidade do suporte que dá saída para o lado esquerdo da 
máquina, ou aumento de velocidade na engrenagem sol que dá saída para o lado direito da 
máquina. 
• Girando o volante direcional com a transmissão em neutro – nesta situação o pinhão da 
transmissão está parado e o pinhão do motor hidráulico está girando. Isto faz com que o suporte 
dos planetas do planetário de direção gire em sentido contrário da engrenagem sol, ou seja, a 
máquina terá uma esteira girando em um sentido e a outra esteira girando em sentido contrário. 
A este movimento chamamos contra-rotação.TREM DE FORÇA – D6R 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
39
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.Freios e embreagens direcionais 
2.Comandos finais 
3.Motor 
4.Esteiras 
5.Divisor de torque 
6.Eixo de acionamento 
7.Coroa e engrenagens de transferência 
8.Servotransmissão 
 
 
 
O motor transfere a potência do volante ao divisor de torque. 
A potência flui do divisor ao eixo de acionamento principal, e daí para a servotransmissão. 
A transmissão possui três velocidades avante e três velocidades a ré. A transmissão é controlada 
eletronicamente por um sistema chamado ECPC. 
Quando a transmissão está engatada, a potência vai para a coroa e engrenagens de transferência. 
Das engrenagens de transferência a potência flui para as embreagens direcionais e freios. 
Então o fluxo de potência é encaminhado através dos semi-eixos aos comandos finais, rodas motrizes e 
esteiras. 
 
 
 
SISTEMA HIDRÁULICO DO TREM DE FORÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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1.Válvula de prioridade 
2.Chicote (para o Módulo de Controle Eletrônico - ECM) 
3.Válvula de alívio de entrada do conversor de torque 
4.Filtro de óleo do trem de força 
5.Válvula de alívio principal e válvulas de modulação da transmissão 
6.Válvula de controle do freio e direcional 
7.Freios e embreagens laterais 
8.Passagem (para lubrificação da coroa e transmissão) 
9.Resfriador de óleo 
10.Válvula de alívio de saída do conversor de torque 
11.Conversor de torque 
12.Bomba do trem de força 
13.Acionamento da bomba 
14.Passagem (para lubrificação dos freios e embreagens direcionais) 
15.Válvula de retenção 
 
 
A seção (A) puxa óleo do alojamento da coroa. O óleo flui através de uma tela magnética para o filtro. 
Daí o óleo se encaminha à válvula de controle de freio e direção, válvulas moduladoras e válvula de 
alívio principal. 
A seção (B) envia óleo do alojamento da coroa para a válvula de prioridade. A válvula de prioridade 
envia uma parte do óleo ao conversor de torque. O restante do óleo é usado para lubrificar embreagens 
direcionais, freios e transmissão. 
Quando a válvula de prioridade é estimulada pelo ECM, ela desvia o óleo da seção (B) pela válvula de 
retenção (15). O óleo combina-se com o óleo da seção (A). 
A seção (C) remove óleo do conversor de torque e retorna ao alojamento da coroa através de tela 
magnética. 
 
TELA MAGNÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
41
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOMBA DE ÓLEO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARREFECEDOR DE ÓLEO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A – seção de controles e transmissão 
B – seção de lubrificação e conversor 
C – seção de recirculação conversor e transmissão 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
42
 
FILTRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando a pressão de óleo aumenta acima do ajuste da válvula de derivação (50 psi), o óleo deriva o 
elemento filtrante. 
 
 
 
NOTA 
Quando o óleo não flui através do elemento filtrante, detritos no óleo causam danos 
aos componentes do sistema hidráulico da transmissão. 
 
 
 
 
Manutenção correta deve ser usada a fim de assegurar que o elemento filtrante não fique entupido. 
Um filtro obstruido bloqueia o caminho natural do óleo provocando derivação e consequentemente 
avarias. 
 
 
 
VÁLVULA DE RETENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
43
 
 
 
 
 
A passagem (6) contém pressão da seção da bomba de lubrificação e conversor. 
A passagem (8) contém pressão da seção da bomba que opera os controles. 
Estas passagens garantem que a pressão será mantida nos sistemas de freio, direção e controles da 
transmissão. Este processo ocorre em situações que requerem alto fluxo. 
A válvula de retenção (3) abre quando a pressão da passagem (6) é maior que a pressão na passagem 
(8). Assim, é enviada pressão reserva aos controles. 
A válvula de retenção não permite a passagem de óleo no sentido inverso. 
 
 
 
 
 
VÁLVULA DE ALÍVIO PRINCIPAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. topo da servotransmissão 
 
 
VÁLVULA DE PRIORIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
44
 1. válvula de alívio de entrada do conversor 
 8. válvula de prioridade 
 
O grupo da válvula de prioridade contém a válvula de prioridade (8) e a válvula de alívio de entrada do 
conversor de torque (1). 
A válvula de prioridade assegura que a pressão de óleo esteja disponível primeiramente para os 
controles de direção, freio e transmissão. 
A seguir, a válvula supre óleo para o conversor de torque e para lubrificação das embreagens 
direcionais, lubrificação do freio e lubrificação da transmissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIVISOR DE TORQUE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A válvula de prioridade apresenta dois modos de trabalho : 
 
a) Modo Normal – o solenóide fica energizado e os fluxos 
de óleo para conversor e lubrificação ficam separados. 
Embreagens direcionais, freios e transmissão não têm 
prioridade. A pressão na válvula de prioridade é de 145 
psi no máximo. 
 
b) Modo Prioridade – o solenóide fica desenergizado e o 
fluxo de óleo para o conversor e lubrificação dá 
prioridade aos controles de transmissão, direção e freio, 
através da válvula de retenção, a fim de manter a pressão. 
A pressão na válvula de prioridade é de 425 psi. 
 
Condições para o Modo Prioridade: 
• rotação do motor menor que 1300 rpm. 
• temperatura do óleo menor que 40° C. 
• momento da mudança de marcha. 
• calibração da transmissão. 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
45
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.Volante do motor 
2.Engrenagem anelar 
3.Alojamento 4.Impulsor 
5.Passagem de entrada 
6.Suporte 
7.Flange 
 
 
O divisor de torque é uma unidade de conjunto de engrenagens planetárias e um conversor de torque. 
O divisor conecta o motor à servotransmissão. Esta conexão é mecânica e também hidráulica. 
A conexão hidráulica é feita pelo conversor de torque (impulsor, estator e turbina). 
A conexão mecânica é feita pelo planetário (sol, planetas, suporte e anelar). 
Quando a máquina trabalha contra uma carga leve, a multiplicação de torque é baixa. 
Quando a máquina trabalha contra uma carga pesada, a multiplicação de torque é alta. Um alto torque 
pode ser enviado para a transmissão durante condições de carga alta. 
O conjunto planetário também multiplica o torque do motor, aumentando a vantagem mecânica, 
através das engrenagens. 
A multiplicação de torque só ocorre quando a carga na máquina aumenta. 
Durante movimentação sem carga, nem conversor, nem planetário podem multiplicar o torque do 
motor. 
 
 
VÁLVULA DE ALÍVIO DE ENTRADA DO CONVERSOR DE TORQUE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.Eixo de saída 
9.Passagem de saída 
10.Estator 
11.Turbina 
12.Engrenagem sol 
13.Engrenagens planetárias 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
46
 
 
 
 
Sua função é limitar a máxima pressão de alimentação do conversor. Isto previne danos ao conversor 
quando o motor é acionado e o óleo está frio. 
A válvula de alívio de entrada limita a pressão do óleo em 135 psi. 
 
 
 
 
VÁLVULA DE ALÍVIO DE SAÍDA DO CONVERSOR DE TORQUE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sua função é manter a pressão interna do conversor. 
O ajuste desta pressão é 60 psi. 
Após fazer o trabalho entre impulsor e turbina, o óleo esquenta e precisa ser resfriado. 
O óleo flui da passagem (4) parao arrefecedor de óleo do trem de força. 
 
 
 
 
 
SERVOTRANSMISSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
47
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.Engrenagem anelar (embreagem nº1) 2.Embreagem nº1(Ré) 3.Suporte (nº2 e nº3) 4.Embreagem nº2 (avante) 
5.Engrenagem anelar (embreagem nº2) 6.Embreagem de terceira velocidade (nº3) 7.Engrenagem anelar (embreagem nº3) 
8.Embreagem de segunda velocidade (nº4) 9.Engrenagem anelar (embreagem nº4) 10.Embreagem de primeira velocidade 
(nº5) 11.Cubo 12.Suporte (nº4) 13.Engrenagem sol (nº4) 14.Eixo de entrada 15.Eixo de saída 16.Engrenagem planetária 
(nº4) 17.Engrenagem sol (nº3) 18.Engrenagem planetária (nº3) 19.Engrenagem planetária (nº2) 20.Engrenagem sol (nº2) 
21.Engrenagem de acoplamento 22.Engrenagem planetária (nº1) 23.Engrenagem sol (nº1) 24.Suporte (nº1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A.Pistão B.Mola C.Placas D.Alojamento E.Discos F.Engrenagem anelar 
 
 
A servotransmissão possui cinco embreagens ativadas hidraulicamente. A combinação de engate de 
duas embreagens fornece três velocidades avante e três velocidades à ré. 
As embreagens de velocidade e sentido são controladas eletronicamente. 
 
Engate das embreagens da transmissão 
 
Velocidade 
 
Sentido 
 
Embreagens engatadas 
Primeira AVANTE 2 e 5 
Segunda AVANTE 2 e 4 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
48
Terceira AVANTE 2 e 3 
NEUTRO 3 
Primeira RÉ 1 e 5 
Segunda RE 1 e 4 
Terceira RE 1 e 3 
 
 
A transmissão é fixada no alojamento principal, na traseira da máquina. 
A potência flui do divisor de torque para o eixo de entrada (14). 
A potência flui da transmissão através do eixo de saída (15), e daí às engrenagens de transferência. 
As embreagens 1 e 2 são de sentido. Estas embreagens estão localizadas na traseira da transmissão. 
A embreagem 5 é considerada embreagem rotativa. 
 
 
Exemplo de engate : 
 
Primeira à ré 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE CONTROLE ELETRÔNICO DA TRANSMISSÃO 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
49
 
 
 
 
1.Controle nas pontas dos dedos 2.Interruptor de freio de estacionamento 3.Elo de comunicações Cat 4.Módulo de Controle 
Eletrônico (ECM) 5.Sistema de Monitorização 6 e 7.Conector 8.Ferramenta de diagnóstico 9.Válvula de controle do freio e 
direcional 10.Válvula de alívio principal e válvulas de modulação manual 11.Válvula de prioridade 12.Pedal de freio 
13.Freios e embreagens laterais A.Velocidade de saída do conversor de torque B.Velocidade intermediária da transmissão 
C.Velocidade de saída da transmissão D.Velocidade do motor E.Temperatura do óleo 
 
 
 
 
 
CONTROLE HIDRÁULICO DA TRANSMISSÃO 
 
 
 
 
 
 5.Conector 
6.Solenóide 
7.Engate rápido 
8.Válvulas de modulação 
E. Embreagem nº1 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
50
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÁLVULAS MODULADORAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.Conector 6.Solenóide 7.Engate rápido 8.Válvula de modulação 
B.Dreno C.Embreagem D.Suprimento 
 
 
Os controles hidráulicos são montados no topo da transmissão. 
Existe uma válvula solenóide proporcional para cada embreagem. 
Os solenóides são energizados e controlados pelo ECM, e responsáveis pela modulação da pressão de 
engate. As válvulas moduladoras são projetadas para serem substituidas individualmente. 
Em caso de substituição da válvula moduladora, solenóide, reforma ou substituição da transmissão, 
substituição do ECM, as válvulas moduladoras devem ser calibradas. 
 
 
COROA E ENGRENAGENS DE TRANSFERÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
1.Cartucho 2.Alojamento 3.Carretel 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
51
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um conjunto de eixo de acionamento conecta o garfo no divisor de torque e ao conjunto de garfo no 
alojamento da coroa. 
O conjunto de garfo no alojamento da engrenagem está conectado ao eixo de entrada da transmissão 
por estrias. 
 
 
 
 
 
EMBREAGEM DIRECIONAL E FREIO 
 
 
 
 
 
1.Pinhão 
2 e 3.Engrenagens de transferência 
4.Eixo de entrada da transmissão 
 5.Eixo de saída da transmissão 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
52
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os módulos de freio e embreagem transferem potência da coroa aos comandos finais. 
As embreagens direcionais são engatadas por óleo sob pressão que é enviado pela válvula de controle. 
Os freios são aplicados por mola e liberados por óleo sob pressão da válvula de controle. 
A potência da coroa é enviada através do semi-eixo interno (12) para o cubo interno (13) que está 
conectado ao cubo externo por discos e placas de embreagem. O cubo externo está conectado ao semi-
eixo externo (11) por estrias. O semi-eixo externo está conectadao ao comando final. 
Óleo para lubrificação e arrefecimento das embreagens direcionais e freios vem de uma das seções da 
bomba do trem de força. 
 
 
 
 
 
 
 
COMANDOS FINAIS 
 
 
 
(1) placa de retenção da embreagem 
(2) discos e placas 
(3) cubo de saída 
(4) pistão 
(5) placa de retenção do freio 
(6) discoseplacas do freio 
(7) pistão do freio 
(8) mola 
(9) alojamento do freio 
(10) câmara (pressão do freio) 
(11) semi-eixo de saída 
(12) semi-eixo interno 
(13) cubo de entrada 
(14) câmara (pressão da embreagem) 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
53
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os comandos finais recebem o fluxo de potência das embreagens direcionais e enviam a potência para 
as esteiras. Usam conjuntos planetários para fazer a redução final. 
Os comandos finais possuem um suprimento de óleo independente. Todos os componentes obtem 
lubrificação conforme as engrenagens se movem. As engrenagens espirram óleo em todos os 
componentes (lubrificação por salpico). 
 
 
 
 
TREM DE FORÇA – 938G 
 
 
(1) semi-eixo externo 
(2) segmentos da roda motriz 
(3) planetárias 
(4) eixos das planetárias 
(5) solar (parte do eixo externo) 
(6) suporte 
(7) anel 
(8) cubo 
(9) retentores Duo-Cone 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
54
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O trem de força possui uma transmissão de contra eixos. A transmissão é controlada por um 
ECM a fim de fornecer mudanças mais suaves. 
A potência do motor diesel é enviada ao conversor de torque (2) que aciona o eixo de 
entrada da transmissão (3). A transmissão trabalha com embreagens de discos e placas 
inseridas em tambor, engatadas por óleo e liberadas por mola. A potência flui da 
transmissão através de eixos de acionamento para o diferencial dianteiro (4) e diferencial 
traseiro (5). Os diferenciais acionam os comandos finais que aumentam o torque de saída 
para as rodas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Hidráulico do Trem de Força 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
55
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (1) válvula de controle de fluxo. (2) válvula de controle da transmissão. (3) válvula diferencial. (4) válvula de alívio 
diferencial. (5) filtro de óleo da transmissão. (6) válvula de retenção de fluxo reverso do conversor. (7) grupo de 
válvula de descarga. (8) bomba. (9) válvula de alívio de entrada do conversor. (10) conversor de torque. (11) 
trocador de calor. (12) tela magnética de sucção. (13) lubrificação. 
 
 
O fundo do alojamento da transmissão é o reservatório de óleo. O sistema trabalha com umabomba de 
engrenagens. A bomba está protegida por uma tela magnética e o sistema está protegido por um filtro. 
A manutenção destes itens no período recomendado, garante o bom funcionamento do sistema e evita 
desgaste prematuro dos componentes. 
A válvula de controle de fluxo envia uma taxa de 23 L/min para a válvula de controle da transmissão e 
o restante ao conversor de torque. 
A válvula de controle da transmissão envia óleo, sob pressão controlada, para as embreagens 
selecionadas. Uma embreagem de sentido e uma embreagem de velocidade devem estar engatadas a 
fim de movimentar a máquina . 
A válvula de retenção de fluxo reverso evita que o óleo retorne do circuito do conversor para a válvula 
de controle da transmissão. Isto ocorre quando a pressão da válvula de controle está baixa devido a 
mudança de marcha. 
A válvula de alívio de entrada do conversor limita a pressão de entrada em 900 ± 70 kPa (130 ± 10 
psi). Esta válvula está instalada abaixo da válvula de controle da transmissão. 
 
 
Conversor de Torque 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
56
 
O conversor de torque conecta hidraulicamente o motor a transmissão. Quando a máquina está contra 
uma carga, o conversor pode multiplicar o torque do motor para a transmissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) alojamento. (2) turbina. (3) estator. (4) impulsor. (5) engrenagem de acionamento da bomba. (6) suporte. (7) 
saída. (8) entrada. (9) cubo. 
 
A válvula de alívio de entrada do conversor protege o conversor de torque contra alta pressão causada 
por óleo frio ou restrições do sistema e do trocador de calor.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
57
Transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A transmissão é do tipo contra eixos, de engreno constante, power shift. Possui seis embreagens do 
tipo tambor com discos e placas, engatadas hidraulicamente. Desta forma, consegue-se quatro 
velocidades avante e três velocidades a ré. 
Uma embreagem de sentido e uma embreagem de direção devem estar engatadas para mover a 
máquina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
58
 
A transmissão contém cinco eixos : 
• Eixo de entrada (3). 
• Eixo de saída (33). 
• Eixo intermediário (9) – contém as embreagens 1 e 2. 
• Eixo intermediário (19) – contém as embreagens 3 e 4. 
• Eixo intermediário (27) – contém as embreagens 5 e 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os eixos intermediários possuem passagens internas. Cada eixo possui três passagens : 
• Uma passagem leva óleo lubrificante para as embreagens, rolamentos e engrenagens. 
• As outras duas passagens levam óleo para engatar as embreagens. 
 
 
O conjunto do freio de estacionamento (34) está montado na saída da transmissão. 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
59
 
 
A tabela a seguir mostra os solenóides energizados e as embreagens engatadas para cada marcha: 
 
Marcha Solenóide Embreagem 
Primeira velocidade avante 3 and 4 1 and 6 
Segunda velocidade avante 3 and 5 1 and 4 
Terceira velocidade avante 3 and 6 1 and 5 
Quarta velocidade avante 1 and 6 2 and 5 
Neutro - - 
Primeira velocidade a ré 2 and 4 3 and 6 
Segunda velocidade a ré 2 and 5 3 and 4 
Terceira velocidade a ré 2 and 6 3 and 5 
 
 
 
Primeira Velocidade Avante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
60
 
 
Bomba de Óleo da Transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (1) bomba. (2) engrenagem. (3) eixo. 
 
 
 
 
 
As bombas da direção, do freio e dos implementos são montadas em tandem com a bomba da 
transmissão. 
O conjunto de acionamento das bombas é fixado na engrenagem acionada pelo impulsor do conversor. 
 
 
Filtro de Óleo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O filtro de óleo da transmissão possui uma válvula de derivação. Caso ocorra uma restrição no filtro ou 
se a viscosidade do óleo estiver alta, a válvula abrirá. 
O valor de abertura é de 172 ± 12 kPa (25 ± 2 psi). Este valor é um diferencial de pressão entre o lado 
de entrada e o lado de saída do filtro. 
Quando o óleo não flui pelo elemento filtrante, detritos no óleo podem causar danos aos componentes 
do sistema. 
As recomendações de manutenção e intervalos corretos devem ser seguidos a fim de manter o sistema 
em perfeitas condições de funcionamento. 
O uso de filtro original Caterpillar garante os intervalos de manutenção descritos no manual. 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
61
 
 
 
Válvula de Controle da Transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) carretel seletor de avante alta. (2) solenóide 1 de avante alta. (3) carretel seletor de avante baixa (4) solenóide 2 
de ré. (5) carretel seletor de ré. (6) solenóide 3 de avante baixa. (7) válvula de retenção. (8) cavidade. (9) cavidade 
do pistão de reação da válvula de alívio e modulação. (10) válvula de alívio e modulação. (11) válvula diferencial. 
(12) válvula de alívio diferencial (13) passagem. (14) molas do pistão de carga. (15) cavidade. (16) passagem. (17) 
pistão de carga. (18) passagem. (19) passagem. (20) passagem. (21) válvula de descarga. (22) válvula de contra 
pressão do conversor. (23) carretel seletor de primeira velocidade. (24) solenóide de primeira velocidade. (25) 
cavidade. (26) orifício com tela. (27) carretel seletor de segunda velocidade. (28) carretel seletor de terceira 
velocidade. (29) solenóide 6 de terceira velocidade. (30) solenóide 5 de segunda velocidade. 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
62
 
 
 
 
 
Válvula de Controle em Neutro com o Motor Funcionando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(AA) P1. 
(BB) P2. 
(CC) P3. 
(DD) pressão do pistão de carga. 
(EE) dreno. 
 
 
Quando o motor é acionado, o óleo da bomba flui através do filtro para a válvula de controle da 
transmissão. 
O óleo após entrar na válvula é denominado de P1. Este óleo flui aos solenóides das embreagens de 
velocidade. 
Quando a pressão de P1 alcança 40 psi, a válvula diferencial se abre e alimenta os solenóides de 
sentido. Este óleo é chamado de P2. A válvula diferencial manterá uma diferença constante de 40 psi 
entre P1 e P2. 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
63
O aumento de pressão na válvula inicia o ciclo de modulação. A válvula de alívio e modulação se 
move para a esquerda e abre uma passagem de alimentação ao conversor. A este óleo de entrada do 
conversor denominamos P3. 
Nenhum dos solenóides está energizado com a transmissão em neutro. Portanto, não há pressão 
dirigida às embreagens. 
 
 
Válvula de Controle em Primeira Avante com o Motor Funcionando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(AA) P1. 
(BB) P2. 
(CC) P3. 
(DD) pressão do pistão de carga. 
(EE) dreno. 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
64
 
 
 
 
 
 
 
EIXOS INTEGRADOS 
 
A 938G trabalha com dois eixos integrados: 
• Dianteiro – fixo ao chassi. 
• Traseiro – oscilante. 
 
A denominação eixo integrado é pelo fato de num mesmo alojamento termos: 
- diferencial 
- comandos finais 
- freios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) pinhão 
(2) coroa 
(3) pistão de freio 
(4) planetárias 
(5) suporte 
(6) semi eixo 
(7) engrenagens laterais 
(8) caixado diferencial 
(9) eixo 
(10) satélites 
(11) disco de freio 
(12) engrenagem anelar 
(13) engrenagem solar 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
65
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREM DE FORÇA - MOTONIVELADORAS SÉRIE H 
 
 
Geral 
 
A sua máquina está equipada com uma transmissão de contra-eixos. Esta transmissão possui oito 
marchas avante e seis marchas a ré. As marchas são controlada eletronicamente pelo módulo de 
controle eletrônico – ECM. 
A transmissão está localizada no lado traseiro esquerdo da máquina, e é montada como uma unidade 
com o motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) Transmissão 
(2) eixo de acionamento 
(3) diferencial 
(4) motor 
(5) comando final 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
66
(6) correntes 
(7) rodas 
 
A potência do motor é transmitida diretamente para a transmissão. Quando o controle modulador da 
transmissão é solto, a potência é transferida ao eixo de acionamento. O eixo de acionamento transmite 
potência do eixo de saída da transmissão ao diferencial. O diferencial transfere a potência às correntes 
e às coroas dentadas. Daí a potência chega aos pneus. 
 
 
 
Transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(3) eixo de entrada 
(10) eixo de avante 
(17) eixo de segunda / ré 
(24) eixo de terceira / primeira 
(31) eixo de alta / baixa 
 
(1) tampa 
(2) engrenagem 
(3) eixo de entrada 
(4) engrenagem 
(5) engrenagem 
(6) embreagem 1 
(7) engrenagem 
(8) engrenagem 
(9) embreagem 2 
(10) eixo de avante 
(11) engrenagem 
(12) embreagem 4 
(13) engrenagem 
(14) engrenagem 
(15) engrenagem 
(16) embreagem 3 
(17) eixo de segunda / ré 
(18) engrenagem 
(19) embreagem 5 
(20) engrenagem 
(21) engrenagem 
(22) engrenagem 
(23) embreagem 6 
(24) eixo de terceira / primeira 
(25) engrenagem 
(26) engrenagem 
(27) embreagem 7 
(28) engrenagem 
(29) cubo 
(30) embreagem 8 
(31) eixo de alta / baixa 
(32) garfo de saída 
(33) dreno 
(34) caixa da transmissão 
(35) freio de estacionamento 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
67
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de engates de marchas : 
 
Primeira avante – embreagens engatadas 1, 6 e 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
68
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeira a ré – embreagens engatadas 3, 6 e 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
69
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Válvula de Controle da Transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A válvula de controle da transmissão fornece o fluxo e pressão adequados a transmissão afim de 
engatar as embreagens selecionadas. 
Está localizada no lado esquerdo da caixa da transmissão e é construida em dois corpos de alumínio 
fundido, três coletores de alumínio fundido, três placas de aço, vários carreteis de alumínio, e diversas 
peças de aço. 
 
 
Passagens 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) válvula de controle da transmissão 
(2) chicote da fiação da transmissão 
(22) passagem para a embreagem 2 
(23) lubrificação 
(24) dreno 
(25) passagem da bomba 
(26) passagem para o trocador 
(27) dreno 
(28) passagem para a embreagem 8 
(29) embreagem 7 – estação H 
(30) embreagem 5 – estação G 
(31) embreagem 6 – estação F 
(32) passagem para a embreagem 4 
(33) passagem para a embreagem 3 
(34) b 1
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
70
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Válvula de Alívio Principal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A válvula de alívio principal fornece uma restrição ao fluxo e ajusta a pressão de saída da bomba. O 
óleo que drena da válvula flui para o trocador de calor. 
 
 
 
 
 
 
Válvula Redutora de Prioridade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) válvulla de alívio prncipal 
(2) passagem para o trocador 
da transmissão 
(3) pistão de reação 
(4) orifício 
(5) carretel 
(6) mola 
(7) parafuso de ajuste 
(1) válvula redutora de prioridade 
(2) passagem 
(3) válvula de alívio principal 
(4) pistão de reação 
(5) orifício 
(6) carretel 
(7) molas 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
71
 
 
 
 
 
 
A válvula redutora de prioridade reduz a pressão de suprimento da bomba para as válvulas seletoras e 
solenóides. 
 
 
 
 
 
 
 
Válvula Moduladora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A válvula moduladora é conectada ao pedal através de cabo. Sua função é desengatar ou reduzir a 
potência que é enviada às rodas. Isto é conseguido pela redução da pressão de engate das válvulas 
redutoras de modulação direcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) válvula moduladora 
(2) cabo 
(3) pistão 
(4) batente 
(5) pistão 
(6) carretel 
(7) molas 
(8) pistão de reação 
(9) adaptador 
(10) sensor de temperatura 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
72
 
 
Quando o pedal é acionado, ocorre uma redução na pressão de engate da embreagem direcional. 
Acionando-se o pedal completamente, ocorre uma redução para 0 psi. 
Liberando o pedal lentamente, é possível aumentar gradualmente a pressão até 110 psi. Deste ponto a 
pressão sobe para 302 psi. 
Um sensor de temperatura está montado em um adaptador na válvula de modulação manual. Este 
sensor monitora a temperatura do óleo da transmissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Válvula Redutora de Modulação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem oito válvulas de modulação. Cada válvula fornece uma pressão diferenciada para uma 
respectiva embreagem. Isto se deve a uma combinação de molas e orifícios diferentes. 
Quando um solenóide é energizado pelo ECM, com 24 volts, o carretel seletor, o pistão de carga e o 
carretel redutor movem-se permitindo que o óleo vindo da válvula de alívio principal passe através da 
válvula redutora e abasteça a embreagem. 
Quando o solenóide é desenergizado a embreagem desengata. Isto faz com que o carretel seletor se 
mova e produza um dreno controlado pelo orifício redutor. 
 
Solenóides 
 
 
As válvulas solenóides conectam o óleo pressurizado da válvula redutora de prioridade ao carretel 
seletor correspondente. Os solenóides são do tipo “liga/desliga” de 24 volts. 
 
Marcha Solenoides Embreagens 
8-F (B), (D), (G) (1), (8), (5) 
(1) carretel seletor 
(2) pistão de carga 
(3) carretel redutor 
(4) pistão de reação 
(5) orifício de modulação 
(6) orifício redutor 
(7) molas 
(8) solenoide 
 
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73
7-F (B), (D), (E) (1), (8), (4) 
6-F (C), (D), (E) (2), (8), (4) 
5-F (B), (D), (F) (1), (8), (6) 
4-F (B), (G), (H) (1), (5), (7) 
3-F (C), (G), (H) (2), (5), (7) 
2-F (C), (E), (H) (2), (4), (7) 
1-F (B), (F), (H) (1), (6), (7) 
N (D), (G) (8), (5) 
P (D), (G) (8), (5) 
1-R (A), (F), (H) (3), (6), (7) 
2-R (A), (E), (H) (3), (4), (7) 
3-R (A), (G), (H) (3), (5), (7) 
4-R (A), (D), (F) (3), (8), (6) 
5-R (A), (D), (E) (3), (8), (4) 
6-R (A), (D), (G) (3), (8), (5) 
 
 
Diferencial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) alojamento do pinhão, (2) alojamento do diferencial, (3) porca de ajuste, (4) engrenagem lateral, (5) discos e placas da 
embreagem, (6) pinhões, (7) rolamentos, (8) arruelas de encosto, (9) eixo, (10) coroa, (11) engrenagem lateral, (12) coroa e 
alojamento, (13) calços, (14) porca de ajuste, (15) eixo do pinhão 
 
O diferencial permite queas rodas traseiras girem em diferentes velocidades. Quando a máquina faz 
uma curva, o diferencial possibilita que as rodas internas girem mais devagar que as rodas externas. 
O diferencial pode ser travado ou destravado pelo operador através de um interruptor na cabina. 
Quando a máquina está se movendo em linha reta avante, com o diferencial destravado, a mesma 
quantidade de tração é aplicada as rodas de cada lado. 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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Quando a máquina faz uma curva, forças diferentes são aplicadas aos lados opostos do diferencial. 
Esta ação gira os pinhões, permitindo uma diferença de rotação na saída para as rodas. 
O operador precisa ser treinado sobre o uso correto da trava do diferencial. O interruptor não deve ser 
deixado numa única posição. As condições do terreno, a necessidade da operação é que vão definir a 
posição do interruptor. Boa prática de operação garante longa vida aos componentes do conjunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comando Final e Tandem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) engrenagem sol e eixo, (2) suporte, (3) engrenagem anelar, (4) O-ring, (5) alojamento do comando final, (6) retentor 
de lábio, (7) arruela, (8) anel de desgaste, (9) rolamento cônico, (10) coroa, (11) eixo de saída, (12) alojamento de 
aoscilação do tandem, (13) trava do eixo, (14) engrenagem planeta, (15) eixo do planeta, (16) alojamento tandem 
 
O comando final é um sistema planetário que aumenta o torque de saída para as rodas. Cada roda é 
acionada por uma corrente que conecta a coroa a ponta de eixo da roda. O comando final também 
fornece um ponto de oscilação para cada roda. 
 
(16) interruptor 
(17) entrada 
(18) dreno 
(19) embreagem 
 
 
Treinamento de Serviços Sotreq – Sumaré 
 
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TREM DE FORÇA – 416D 
 
Conversor de Torque 
A potência do motor diesel é enviada ao conversor de torque através de uma placa de acionamento 
flexível. 
Um furo piloto no volante fornece alinhamento para a extremidade dianteira do conversor durante a 
montagem. 
O conversor de torque conecta hidraulicamente o motor com a transmissão. Desta forma não há 
conexão mecânica direta entre o motor e o trem de força da máquina. 
Quando a máquina trabalha contra uma carga, o conversor pode multiplicar o torque do motor e enviar 
alto torque à transmissão. O óleo que opera o conversor vem da bomba de óleo da transmissão. 
A alimentação do conversor é controlada pela válvula de alívio de entrada do conversor a uma pressão 
máxima de 110 psi. 
O óleo que sai do conversor vai para o trocador de calor da transmissão e em seguida para a 
lubrificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) alojamento 
(2) placa flexível 
(3) turbina 
(4) impulsor 
(5) estator 
(6) embreagem do estator 
(16) alojamento tandem, (17) corrente, (18) ponta de eixo, (19) alojamento da ponta de eixo, (20) coroa 
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O conversor possui internamente uma embreagem unidirecional que permite o estator girar livre 
durante condições de alta velocidade e baixa carga. Quando isto ocorre, o conversor passa a agir como 
acoplamento hidráulico, não gerando fluxo turbilhão, portanto, não gerando calor e desgaste. Isto 
também proporciona melhor desempenho em deslocamentos de alta velocidade. 
 
 
 
Transmissão 
 
A transmissão tem as seguintes características: 
• Quatro velocidades 
• Comando direto com engrenagens helicoidais 
• Engreno constante 
• Arranjo de sincronizador 
• Embreagens hidráulicas de sentido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – eixo de entrada 
2 – engrenagem de entrada avante 
3 – engrenagem intermediária de entrada a ré 
4 – pacote de embreagem avante 
5 – pistão de embreagem avante 
6 – eixo intermediário de ré 
7 – pistão da embreagem de ré 
8 – pacote de embreagem de ré 
9 – engrenagem acionada intermediária de ré 
10 – engrenagem de entrada de ré 
11 – rolamentos de roletes 
12 – engrenagem de primeira 
13 – sincronizador de primeira e de segunda 
14 – engrenagem de segunda 
15 – engrenagem de terceira 
16 – sincronizador de treceira e de quarta 
17 – engrenagem de quarta 
18 – eixo de saída 
19 – engrenagem de acionamento avante 
20 – contraeixo 
21 – eixo de acionamento da bomba de 
implementos 
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A embreagem hidráulica é também conhecida como transmissão shuttle (vai e vem). Este é um arranjo 
de embreagem de sentido do tipo multi-disco. Cada pacote de embreagem contém seis placas e seis 
discos, são engatadas hidraulicamente e liberadas por força de mola. 
O engate das embreagens de sentido é conseguido através de alavanca seletora direcional e da 
energização de solenóides elétricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conjunto Sincronizador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso ocorra uma força torcional ou um descasamento de velocidades entre a engrenagem de 
velocidade e o eixo de saída, o pino bloqueador evita que o colar deslizante engate. Quando as 
velocidades estão sincronizadas e não há força torsional ou carga lateral, o colar deslizante continuará 
deslizando conforme o garfo de mudanças se move. 
Os pinos de fenda carregados por molas (26) agirão como mecanismo de travamento a fim de manter o 
colar deslizante (24) engatado com o eixo de saída (18). 
Apenas um conjunto sincronizador pode ser engatado por vez. 
Fluxo de Potência (primeira ou segunda avante) 
 
 
 
22 – capa 
23 – garfo de mudança 
24 – colar deslizante 
25 – cone 
26 – pino de fenda 
27 – pino bloqueador 
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Transmissão em Todas as Rodas (AWD) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – eixo de entrada 
2 – engrenagem de entrada avante 
3 – engrenagem intermediária de entrada a ré 
4 – pacote de embreagem avante 
5 – pistão de embreagem avante 
6 – eixo intermediário de ré 
7 – pistão da embreagem de ré 
8 – pacote de embreagem de ré 
9 – engrenagem acionada intermediária de ré 
10 – engrenagem de entrada de ré 
11 – contraeixo 
12 – engrenagem de entrada para comando das 
rodas dianteiras 
13 – rolamento de roletes 
14 – engrenagem de primeira 
15 – engrenagem de comando das rodas 
dianteiras 
16 – pacote de embreagem do comando das 
rodas dianteiras 
17 – pistão de embreagem do comando das 
rodas dianteiras 
18 – eixo de saída do comando das rodas 
dianteiras 
19 – sincronizador de primeira e de segunda 
20 – engrenagem de segunda 
21 – engrenagem de terceira 
22 – sincronizador de treceira e de quarta 
23 – engrenagem de quarta 
24 – eixo de saída 
25 – engrenagem de comando avante 
26 – eixo de acionamento da bomba de 
implementos 
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Ao acionar o interruptor (27), o eixo de saída para acionamento das rodas dianteiras será engatado. 
O interruptor pode ser acionado quando a máquina estiver parada ou em movimento. 
Quando o interruptor é acionado, o solenóide AWD é energizado e direciona óleo sob pressão para 
acoplar o pacote de embreagens (16). 
 
 
 
 
 
Controles da Transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interruptor de neutralização da transmissão Controles de neutralização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alavanca de mudança de sentido 
 
 
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A válvula de controle solenóide da transmissão está instalada no topo do alojamento da transmissão. 
Esta válvula controla as funções de sentido da máquina: avante, neutro e ré. 
O solenóide direciona

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