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FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSOR FORMAgVO, SUSPENSAO E EXTIN^AO DO PROCESSO Prof. Francisco Saint Clair Neto ESTE ARTIGO TEM POR OBJETIVO, MOSTRAR DE FORMA SIMPLES E OBJETIVA OS ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE A FORMA£AO, SUSPENSAO E EXTIN£AO DO PROCESSO PARA PROVAS DE CONCURSOS PUBLICOS E OAB. 0 MATERIAL UTILIZA, ENTRE OUTROS, 0 LIVRO DO PROFESSOR ALEXANDRE CAMARA1 O QUAL FAREMOS TRANSCRIBES. I. FORMA^AO DO PROCESSO 0 processo civil come^a por iniciativa da parte (art. 2Q], em razao da inercia caracteristica da jurisdifao. Dai por que, para ter infcio o processo, e precise que alguem proponha uma demanda, ato de exerdcio inicial do direito de afao. A lei processual (art. 312) estabelece, entao, o momento em que se considera iniciado o processo, e este momento e o do protocolo da petigao inicial. Art 312. Considera-se proposta a a^ao quando a petiqdo inicial for protocolada, todavia, a propositura da aqao so produz quanto ao reu os efeitos mencionados no art. 240 depots que for validamente citado. #| Define-se, assim, como marco inaugural do processo o ato, praticado pelo demandante, de apresentar ao protocolo forense sua peti^ao inicial. A partir dai ja existe processo. Deve-se ter claro, entao, que ja ha processo mesmo antes da cita^ao do demandado. E nao poderia mesmo ser de outro modo, ou nao se conseguiria entender como seria possivel a prola^ao de sentenfa em processo no qual o reu nao tenha sido citado (como acontece nos casos de indeferimento da petipao inicial e de julgamento de improcedencia liminar). i Processo Civil Brasileiro - Alexandre Freitas Camara. - 3. ed. £3^' www. fsaintdair. com.br Q/FranciscoSaintdaimeto /franciscosaintclairneto FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSOR 0 segundo efeito mencionado no art. 240 e tornar litigiosa a coisa. Pois este efeito, nao obstante a literalidade dos textos normativos, so se produz para ambas as partes apos a cita^ao valida do demandado. E que nao pode haver coisa ou direito litigioso "para uma parte so". Ou bem a coisa ou direito tern carater litigioso (para ambas as partes), ou ainda nao tem. Assim, por exemplo, so se podera aplicar o disposto no art. 109 (que trata, precisamente, da aliena^ao da coisa ou direito litigioso) apos a citagao do demandado, ainda que se trate de alienafao realizada pelo demandante. 0 terceiro efeito previsto no art. 240 e a constituigao em mora do devedor. Mais uma vez, esta-se diante de efeito que so pode produzir-se se alcanfar ambas as partes. Nao ha qualquer sentido logico em se afirmar que o demandado ainda nao foi constituido em mora, mas para o demandante a mora da parte contraria ja produz efeitos. Ou bem o demandado foi constituido em mora, ou nao foi (valendo aqui lembrar que o demandado so sera constituido em mora pela cita^ao se nao tiver se configurado a mora anteriormente, como se da nos casos de mora ex re). Se e a partir da cita^ao que se produz o efeito de constituir-se em mora o devedor, compreende-se o disposto no art. 405 do CC, por for^a do qual "[c]ontam-se os juros de mora desde a cita^ao inicial" (o que so se aplica nos casos de responsabilidade civil contratual, ja que nas hipoteses de responsabilidade extracontratual os juros de mora incidem desde o evento danoso, nos termos consolidados no enunciado 54 da Sumula do STJ, o qual e compativel com o disposto no art. 398 do CC, segundo o qual "[n]as obriga^oes provenientes de ato ilicito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou”). Por fim, o ultimo efeito previsto no art. 240 e o de interromper a prescricdo (ou obstar qualquer outro prazo extintivo, como o de decadencia). Pois neste caso e preciso, para que o efeito se produza, que o reu seja citado, mas a interrup^ao da prescrifao retroage a data da propositura da demanda, isto e, a data do protocolo da petigao inicial (conforme estabelecem os §§ 1Q a 39 do art. 240). Uma vez proposta a demanda e instaurado o processo, pode haver alguma modifica^ao da demanda, subjetiva ou objetiva. Os casos de modifica^ao subjetiva sao aqueles em que, autorizada por lei, ocorre a sucessao processual (art. 108). A modifica^ao objetiva (isto e, a altera^ao do pedido ou da causa de pedir) se da nos termos do disposto no art. 329 do Cbdigo de Processo Civil. Entre o ajuizamento da demanda e a cita^ao do demandado, e licito ao demandante livremente alterar ou aditar o pedido ou a causa de pedir. E que neste caso o reu ja sera citado para responder a demanda alterada ou aditada, o que implica dizer que nao havera, para sua defesa, qualquer prejuizo (art. 329,1). • I :‘f J Ug De outro lado, entre a cita^ao e o saneamento do processo as modifica?6es do pedido e da causa de pedir sao admitidas, desde que com elas o reu consinta, assegurado o amplo contraditorio (art. 329, II). Saneado o processo, ocorre a estabilizagao da demanda, nao se admitmdo mais, ~~ menos a principio, qualquer outra modifica^ao objetiva da demanda. www.fsaintclair.com.br {jj-^/FranciscoSaintclairneto (y^/franciscosaintclairneto psffe* FRANCISCO SAINT CUIR NETO PROFESSORm f II. SUSPENSAO DO PROCESSO Denomina-se suspensao do processo a paralisagao total e tempordria de um processo. Trata-se, portanto, de uma situagao temporaria (ja que, ultrapassada a causa de suspensao, o processo voltara a tramitar normalmente] durante a qual nenhum ato processual pode ser validamente praticado [art. 314), com a unica ressalva dos atos que sejam considerados urgentes, destinados a evitar dano irreparavel. Assim, enquanto suspense o processo nenhum ato processual podera ser praticado, reputando- se invalidos os que eventualmente o sejam. Permite-se, porem, a pratica de atos urgentes, a fim de evitar dano irreparavel, como seria o caso de, durante o penodo de suspensao do processo, deferir- se uma medida cautelar ou determinar-se a cita^ao de um demandado para se evitar a consuma^ao de um prazo decadencial. Incumbe ao proprio juiz da causa autorizar a pratica dos atos urgentes durante a suspensao do processo. Excetua-se, porem, o caso em que a suspensao tenha resultado da arguifao de impedimento ou suspei^ao do juiz. Neste caso, os atos urgentes devem ser requeridos ao substitute legal do juiz cuja parcialidade tenha sido arguida (art. 146, § 3Q, que faz alusao a tutela de urgencia, mas deve ser interpretado no sentido de abranger todo e qualquer requerimento de atos urgentes). As causas de suspensao do processo estao expressamente previstas no art. 313. A primeira delas e a morte ou perda de capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu advogado (art. 313,1). Ocorrendo a morte de qualquer das partes, o processo deve hear suspenso ate que se promova a sucessao processual, o que se faz por habilitafao (art. 313, § le e art. 689). Art 689. Proceder-se-d a habilitagao nos autos do processo principal, na instdneia em que estiver, suspendendo-se, a partir de entdo, o processo. 4Caso nao tenha ainda sido postulada a habilitafao do espolio ou dos sucessores quando o juizo toma conhecimento da morte da parte, sera determinada a suspensao do processo (art. 313, § 2Q). Caso tenha falecido o demandado, o demandante devera ser intimado a promover a citafao do espolio, do sucessor ou dos herdeiros, em prazo que Ihe sera assinado, nunca inferior a dois nem superior a seis meses (art. 313, § 2Q, I). Tendo falecido o demandante e sendo transmissivel o direito deduzido no processo (pois se nao o for, o caso nao sera de suspensao, mas de extingao do o juizo determinara a intimaqao de seu espolio, do sucessor ou dos herdeiros, pelos roeios de divulgaqao mais adequados para o caso concreto, a fim de que manifestem * processual e promovam a habilita^ao no prazo que Ihes for designado (art. 313, § 2% II). !!!§1S a:SSO sucei F'^www. fsaintcloir.com.br (jJ/FranciscoSaintdaimeto{p/franciscosaintdairneto FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSOR Mantido o efeito suspensive do incidente, o processo continuara (impropriamente] suspense ate o julgamento da argui^ao. Tambem se suspende o processo pelo recebimento do incidente de resolufao de demandas repetitivas (IRDR). Preve-se, ainda, a suspensao do processo em casos nos quais a prola^ao de senten^a de merito depende de algum ato que necessariamente Ihe tenha de anteceder, e que va se dar em outro processo ou perante outro juizo (art. 313, V). Sao tratadas aqui duas hipoteses distintas. A primeira delas (art. 313, V, a) e a da suspensao prejudicial do processo. Estabelece a lei que se suspende o processo quando a sentenga de merito "depender do julgamento de outra causa ou da declara^ao de existencia ou de inexistencia de rela^ao juridica que constitua o objeto principal de outro processo pendente". Na maioria das vezes, a resolu?ao de uma questao nao depende da resolu^ao de questoes anteriores a sua questao principal. Assim, por exemplo, se ao juiz incumbe verificar se determinada pessoa sofreu danos morais e danos materials, a solu^ao de uma dessas questoes nao depende da solufao da outra (e exatamente por isso e irrelevante a ordem em que elas serao resolvidas]. Casos ha, porem, em que se estabelece entre duas ou mais questoes uma rela^ao que faz com que uma delas tenha necessariamente de ser resolvida antes de outra. Sempre que isto ocorre, chama-se a questao a ser resolvida primeiro de questao previa. Questoes previas podem ser de dois tipos: questao preliminar e questao prejudicial. Chama-se questao pre/Zm/nar aquela questao previa cuja solu^ao serve apenas para determinar se a questao posterior (aqui chamada de questao principal) podera ou nao ser apreciada, sem influir na sua resoluyao. E o que se da, por exemplo, na aprecia^ao de um recurso no qual se pede a reforma de uma sentenga. Antes de verificar se e ou nao o caso de reformar a senten^a, impende verificar (entre outros pontos) se o recurso foi ou nao interposto tempestivamente. Caso ele tenha sido interposto dentro do prazo, pode-se examinar o pedido de reforma da sentenfa. Ja no caso de ter sido o recurso interposto apos o decurso do prazo, nao se podera reexaminar a senten^a. A tempestividade do recurso e, pois, uma questao preliminar a do acerto da senten^a recorrida. De outro lado, chama-se questao prejudicial aquela cuja solucao influi na resolupao da questao posterior faqui denominada questao prejudicada}. E o que se da, por exemplo, em processo no qual se debate a existencia ou nao de uma obriga9ao tributaria e surge duvida sobre a constitucionalidade da lei que institui o tributo. Ora, se a lei for inconstitucional, a obriga^ao tributaria nao existira. 4 Outro exemplo se faz presente no caso em que se cobra o pagamento de juros resultantes do descumprimento de uma obriga^ao contratual e surge duvida sobre a validade do proprio contrato. I Evidentemente, caso seja invalido o contrato os juros nao serao devidos. ; m A questao prejudicial pode ser interna (quando sua resolu^ao se da no mesmo proc sera resolvida a questao prejudicada) ou externa (quando sua resolu^ao distinto). ^jjj^/FranciscoSaintclalrneto ^^/franciscosamtdairnetoEI^ www.fsaintclair.com.br FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSOR Alem disso, impende que a prova a ser colhida "fora da terra" se revele imprescindivel para a resolu^ao do merito. Assim e que, caso o prosseguimento da instru^ao probatoria (que nao sera paralisada, como visto, podendo ser realizada no juizo de origem] traga aos autos outras provas que se revelem suficientes para o julgamento do merito, cessa eventual suspensao e a senten^a de merito podera ser desde logo proferida. A suspensao fundada no art. 313, V, b tambem nao pode exceder de um ano. Suspende-se, tambem, o processo "por motivo de forfa maior" (art. 313, VI), assim compreendido o evento irresistivel que seja capaz de impedir que o processo tenha andamento regular. Basta pensar, por exemplo, em tragedias naturais (como enchentes resultantes de tempestades, entre outras que assolam o Brasil), as quais fazem com que, ao menos durante algum tempo, o funcionamento das atividades forenses se torne absolutamente impossivel. Cessada a causa, evidentemente, cessara tambem a suspensao do processo. Preve, ainda, a lei processual a suspensao do processo (art. 313, VII) "quando se discutir em juizo questao decorrente de acidentes e fatos da navega^ao de competencia do Tribunal Maritime". 0 que se tern, aqui, e mais um caso de suspensao prejudicial do processo, mas que nao se enquadra na previsao do art. 313, V, a, por conta do fato de que a competencia para apreciar a questao e do Tribunal Maritimo, e nao de outro orgao jurisdicional. 0 Tribunal Maritimo, orgao auxiliar do Judiciario (art. lo da Lei no 2.180/1954), tern como atribuifao "julgar os acidentes e fatos da navegafao maritima, fluvial e lacustre e as questoes relacionadas com tal atividade". Compete ao Tribunal Maritimo (art. 13, I, da Lei no 2.180/1954) julgar os acidentes e fatos da navega^ao, definindo-lhes a natureza e determinando-lhes as causas, circunstancias e extensao, indicando os responsaveis e Ihes aplicando as penas previstas na lei e propondo medidas preventivas e de seguran^a da navegafao. Imagine-se, por exemplo, um processo judicial no qual se postula repara^ao de danos decorrentes da perda de uma carga em um naufragio. Ora, sendo o naufragio um acidente da navegafao (art. 14, a, da Lei no 2.180/1954), e estando em curso processo perante o Tribunal Maritimo para apurar as causas do naufragio, devera ser suspense o processo judicial a fim de aguardar-se a manifestagao do Tribunal Maritimo (cuja decisao, evidentemente, pode ser revista pelo Judiciario, so tendo eficacia probatoria, nos precisos termos do art. 18 da Lei no 2.180/1954). Em seguida, preve a lei processual, numa especie de "clausula de encerramento", que o processo suspender-se-a "nos demais casos que este Codigo regula", entre os quais podem ser citados, a guisa de exemplo, os previstos nos arts. 76, 134, § 3Q, 1.036, § 1-, e 1.037, II. Posteriormente a entrada em vigor do CPC, a Lei n2 13.363, de 25.11.2016, acresceu ao art. 313 mais dois incisos (IX e X), alem de outros dois paragrafos (§§ 62 e 72). Nao se pode deixar de observar a ma tecnica legislativa observada aqui. E que se o inciso VIII apresenta uma "clausula de encerramento", nao•imf a ue: razao que justifique a inclusao de novos incisos depois dele. www.fsaintdair.com.br ^j^/FranciscoSamtdairneto |yjp/frandsco$ainldaimeto FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSOR ■Mlf Isso porque a mesma Lei nQ 13.363 previu (por meio do inciso X que acrescentou ao art. 313) a suspensao do processo quando o advogado da causa se tornar pai, e nao existe qualquer disposifao na mesma lei prevendo que neste caso haveria suspensao apenas dos prazos. Desse modo, considerar que a paternidade e causa de suspensao do processo e a maternidade causa de suspensao de prazos implicaria um tratamento desigual injustificavel, violador da isonomia. Por esse motive e que se deve interpretar o art. 7Q-A, IV, do EOAB no sentido de que a suspensao e do processo como um todo, e nao apenas dos prazos. Passa-se, assim, ao ultimo caso previsto no art. 313: suspende-se o processo "quando o advogado responsavel pelo processo constituir o unico patrono da causa e tornar-se pai". Nesse caso a suspensao se da pelo prazo de oito dias, contado da data do parto ou do deferimento da ado^ao. Tambem aqui se exige a apresenta^ao de certidao de nascimento ou documento similar que comprove a realiza^ao do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a ado^ao, assim como a prova de que o cliente do advogado tomou conhecimento do fato, para que o processo fique suspenso. E aqui, como dito anteriormente, a suspensaoe, inegavelmente, do processo (e nao apenas de algum prazo processual). Registre-se, por fim, que nao ha qualquer violate da isonomia no fato de que o prazo de suspensao do processo e diferente conforme se esteja diante de uma nova maternidade (30 dias) ou paternidade (8 dias). Trata-se de distin^ao perfeitamente compativel com a diferen^a estabelecida entre a licen^a-maternidade e a licenfa-paternidade. Comentarios do Professor Humberto Theodoro Junior sobre o art. 313 A suspensao sempre depende de uma decisao judicial que a ordene, pois o comando do processo e do juiz. Essa decisao, todavia, e meramente declarativa, de sorte que, para todos os efeitos, considera-se suspenso o processo desde o momento em que ocorreu o fato que a motivou e nao apenas a partir de seu reconhecimento nos autos. 0 termino da suspensao e automatico naqueles casos em que haja um momento preciso, fixado na propria lei (como na hipotese de arguifao de suspeifao regulada pelo art. 146, § 2Q, II), ou no ato judicial que a decretou (como no caso em que se defere a paralisa^ao do feito por prazo determinado). Sendo, porem, imprecise o termo da suspensao (tal como se passa em situa^ao de motivo de for^a maior), a retomada da marcha e dos prazos processuais dependera de uma nova deliberafao judicial e da consequente intimayao das partes. ES'www.fsaintclair.com.br (Q/FrandscoSaintclaimeto fj|/franciscosaintd3irneto FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSOR Comentarios do Professor Elpidio Donizetti sobre o art. 316 Terminologia. 0 conceito de senten^a esta umbilicalmente ligado a ideia de extin^ao do processo, consistindo, segundo o art. 203, § l2, do CPC/2015, no pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, poe fim a fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execu^ao. Desse modo, para uma adequada compreensao do tema e necessaria referenda ao disposto no Capitulo XIII ("Da Senten^a e da Coisa Julgada”), cuja Se^ao I ("Das Disposifoes Gerais") corresponde ao que, no CPC/1973, e tratado como extinqao do processo. Nao obstante a permanencia do conceito legal de senten^a vinculado a extinqao da demanda, deve-se ter em mente que a mera prolafao de decisao que resolve o merito ou que extingue o processo sem julgamento meritorio nao 441 comporta imediata extin^ao da rela^ao processual. 0 que ocorre e a resolu^ao da funfao do orgao jurisdicional, que apresentou a devida prestafao jurisdicional. Deve-se entender, portanto, que o termo "senten^a" denota dois significados distintos: urn vinculado ao procedimento, indicando o ato decisorio que extingue a atividade jurisdicional do orgao; e um significado ligado ao seu conteudo, como pronunciamento meritorio de cognifao exauriente. Ainda que se entenda o segundo significado como consectario do primeiro, pode ser que nem sempre isso ocorra na cadeia de atos processuais. 0 principal exemplo dessa dicotomia e o julgamento antecipado parcial do merito (art. 356), que permite o julgamento de parte do merito antes da prolafao da senten^a e do encerramento da presta^ao jurisdicional. Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2019. Bons estudos! #segueofluxooooooo FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSOR F'f'www.fsaintcloir.com.br (Q/FranciscoSaintclairneto (Q) /f ranciscosamtclairneto FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSOR r.iki' FORM AC AO, SUSPENSAO E EXTIN $ AO DO PROCESSO. EXERCICIOS. Ano: 2019 Banca: Crescer Consultorias Orgao: Prefeitura de liioca de lericoacoara 2. CE Prova: Procurador do 1. Ano: 2019 Banca: FCC Orgao: TRF REGIAO Prova: - Analista ludiciario - Oficial de lustica Avaliador Federal 4£ Munidpio Analise os itens e assinale a alternativa correta: Na fase de saneamento do processo, o juiz verificou que o conhecimento do merito da demanda dependia da verifica^ao de fato delituoso objeto de inquerito policial, nao tendo ainda o Ministerio Publico ajuizado a correspondente afao penal. Nesse caso, o juiz I.^e a 3930 penal nao for proposta no prazo de 3 (tres) meses, contado da intima9ao do ato de suspensao do processo cfvel, cessara 0 efeito desse, incumbindo ao juiz civel examinar incidentemente a questao previa. CVOC 6 II. Proposta a agao penal 0 processo ficara suspense pelo prazo maximo de seis meses. •1 erro III. A prova testemunhal requerida por carta precatoria ou rogatoria, caso nao tenha sido produzida, suspende o processo apenas se 0 juiz a considerar imprescindivel. ytj pode determinar a suspensao do processo ate que se pronuncie a justi9a criminal; porem, se a 3930 penal nao for proposta no prazo de 3 [tres] meses, contado da intima9ao do ato de suspensao, devera dar andamento ao feito e examinar incidentemente a questao previa. v/ Estao corretos os itens:b) nao pode determinar a suspensao do cabendo-lheprocesso, incidentemente a questao previa, haja vista que as instancias civel e criminal nao se confundem. examinar y) I e III c) He III c) deve determinar a suspensao do processo ate que se pronuncie a justi9a criminal, podendo manter o processo suspense por prazo indeterminado, desde que a 3930 penal seja proposta no prazo de 3 (tres) meses, contado da intima9ao do ato de suspensao. d) I, He III Ano: 2019 Banca: CESPE Orgao: PGE- PE Prova: Analista ludiciario de Procuradoria d) somente pode ordenar a suspensao do processo, pelo prazo maximo de 1 (um) ano, a partir de quando venha a ser proposta a 3930 penal. 3. Por ter sofrido sucessivos erros em cirurgias feitas em hospital publico de determinado estado, joao ficou com uma deformidade no corpo, razao pela qual ajuizou 3930 de repara9ao de danos em desfavor do referidp estado. e) deve determinar a suspensao do processo ate que se pronuncie a justi9a criminal, pelo prazo minimo de 1 (um) ano e maximo de 2 (dois), salvo se o procedimento de investiga9ao criminal vier a ser arquivado, sem o oferecimento de denuncia. E? www.fsaintcloir.com.br {Jj^/FranciscoSaintclairneto ^p/franciscosaintclairneto FRANCISCO SAINT CLAIR NETO PROFESSORm 6. Ano: 2018 Banca: FUNDEP (Gestae de Concursosl Orgao: TCE-MG Prova: Auditor - Conselheiro Substituto d) II, III e IV, apenas. ^ I, II, III e IV. Sobre a forma^ao, suspensao e extinfao do processo civil, analise as assertivas a seguir. fr I. Suspende-se o processo pela convenyao das partes pelo prazo nunca excedente a 1 -(umj 7. Ano: 2017 Banca: CESPE Orgao: TRF - 1§ REG1AO Prova: Analista ludiciario - Area ludiciariaano. II. Suspende-se o processo quando a sentenga de merito tiver de ser proferida somente apos a verifica^ao de determinado fato ou a
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