Buscar

sistema endócrino

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
41
 
39. (UFRJ) A reprodução de muitas espécies de mariposas é 
facilitada por substâncias voláteis lançadas no ar chamadas 
feromônios. Tais substâncias são produzidas por fêmeas e capazes 
de atrair machos a milhares de metros de distância. Cada feromônio 
atrai machos da espécie da fêmea que os produziu. A eficiência dos 
feromônios está relacionada a grandes diferenças morfológicas 
entre machos e fêmeas (dimorfismo sexual), como mostram as 
figuras abaixo. Armadilhas contendo feromônios são utilizadas para 
eliminar mariposas consideradas pragas das lavouras. 
 
Explique a importância do dimorfismo sexual das antenas para a 
reprodução das mariposas. 
 
39. (UFMG) A língua dos seres humanos apresenta papilas 
gustativas, cada uma delas constituídas, por, aproximadamente, 
200 botões gustativos, que são responsáveis pelas sensações de 
doce, salgado, amargo e azedo. 
1. Analise estes gráficos, em que está representada a atividade de 
dois neurônios em um mesmo botão gustativo, na presença de 
diferentes substâncias: 
 
A) Com base nos dados apresentados nesses gráficos, indique se 
você é a favor de ou contra a teoria da existência de uma região 
específica da língua responsável pela percepção de determinado 
sabor – doce, salgado, amargo e azedo. 
 
Justifique sua resposta. 
B) A sensibilidade a sabores é considerada um fator de proteção 
contra a ingestão de substâncias tóxicas, que são comumente 
azedas ou amargas. A partir das informações contidas nos dois 
gráficos da página anterior, justifique essa afirmação. 
2. Considerando a estrutura e função dos neurônios associados às 
papilas gustativas, cite o processo pelo qual a informação sensorial 
chega ao cérebro. 
 
40. (UFMG) O ecoturismo e as viagens, especialmente as 
internacionais, levam as pessoas a diferentes partes do Planeta. 
Contudo, o corpo humano sofre alterações em decorrência de 
viagens, que podem dar origem a vários problemas de saúde. Por 
isso, já existem serviços médicos especializados em Medicina do 
Viajante. Alguns viajantes queixam-se de leves dores ou de 
sensação de “ouvido entupido”, que podem ocorrer na decolagem 
ou na aterrissagem de avião. Outros também sentem o mesmo 
quando, por exemplo, sobem rapidamente uma montanha. Cite o 
fator que provoca esses sintomas e explique a atuação dele no 
ouvido. 
 
 
Aula 44 – Sistema Endócrino 
 
Assim o sistema nervoso e o sistema sensorial, o sistema 
endócrino é um dos sistema integradores, permitindo a interação 
das várias células do corpo entre si e com o meio ambiente. O 
sistema endócrino corresponde ao conjunto de glândulas 
endócrinas, relacionadas à produção de mensageiros químicos 
transportados pelo sangue, os hormônios. 
 
Hormônios 
Os hormônios (do grego hormon, 'excitar') são substâncias 
lançadas no sangue que controlam diversas atividades no 
organismo. Cada hormônio age como mensageiro químico, atuando 
em determinados tecidos do corpo, os tecidos-alvo. Eles só agem 
nos tecidos-alvo porque estes são os únicos cujas células possuem 
receptores adequados para os respectivos hormônios. Apesar do 
hormônio estar espalhado por todo o corpo devido ao sangue, e ele 
só age em receptores específicos. 
Cada hormônio atua de modo diferente de acordo com sua 
natureza química. 
 
Natureza química dos hormônios 
Quimicamente, os hormônios podem ser de três tipos: 
 
- Protéicos, correspondendo a polipeptídios, como a insulina e o 
glucagon, ou oligopeptídios, como o ADH e a occitocina. 
- Esteróides, correspondendo a lipídios derivados do colesterol, 
como os hormônios do córtex supra-renal e hormônios sexuais. 
- Fenólicos, correspondendo a derivados de aminoácidos 
modificados, principalmente do aminoácido fenilalanina e do 
aminoácido tirosina (quimicamente derivado da fenilalanina), ambos 
dotados de grupos funcionais fenil, como os hormônios tireoidianos 
e adrenalina. 
 
Ação dos hormônios proteicos 
Os hormônios proteicos são incapazes de atravessar a 
membrana plasmática, tanto pelo seu grande tamanho como por 
sua natureza polar (sendo insolúveis na bicamada lipídica). Assim, 
eles se ligam a receptores específicos na membrana plasmática 
das células-alvo, o que leva à ativação da enzima adenilato-
ciclase na membrana. Esta produzirá, do lado intracelular da 
membrana, a partir de ATP, um composto denominado AMPcíclico 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
42
(AMPc), um nucleotídeo que ativará enzimas para que haja a 
função hormonal. 
Como exemplo, o AMPc produzido a partir da ação do 
glucagon ativará a enzima fosforilase do glicogênio (glicogenase) 
para quebrar glicogênio em glicose nas células-alvo, ou seja, nos 
hepatócitos. O AMPc é chamado de 2° mensageiro da ação 
hormonal, uma vez que ele transfere às enzimas intracelularmente 
a mensagem inicialmente trazida pelo hormônio. Outros exemplos 
de 2os mensageiros são o GMPc e íons cálcio. 
O efeito deste tipo de hormônio é bastante rápido, uma vez 
que as enzimas responsáveis pelo seu efeito já estão previamente 
formadas, bastando ativá-las ou desativá-las. 
Célula 
hepática
Receptor de 
glucagon
Enzima adenilato
ciclase
ATP AMPc
Enzima 
fosforilase 
inativa
Enzima 
fosforilase 
ativa
Glicogênio 
Glicose
Glicose no sangue
Hormônio glucagon
Exemp
lo de ação de hormônio protéico: ativação da enzima fosforilase 
pelo hormônio glucagon, promovendo glicogenólise. 
 
Ação dos hormônios esteroides 
Os hormônios esteroides são capazes de atravessar a 
membrana plasmática, uma vez que são apolares, e se ligam a 
receptores específicos dentro da célula-alvo, formando 
complexos hormônio-receptor que agem diretamente no material 
genético do indivíduo, induzindo a ativação ou inativação de 
genes, para que se produza ou interrompa a produção de 
determinada enzima. 
Como agem dentro da célula de maneira direta, não há a 
necessidade de um 2° mensageiro. 
O efeito deste tipo de hormônio é mais demorado, uma vez 
que as enzimas responsáveis pelo seu efeito ainda terão de ser 
produzidas ou deixadas de serem produzidas. 
Célula alvo
Receptor 
de 
esteróide
Complexo 
Hormônio‐
receptor
(1) Hormônio esteróide
entra na célula
Núcleo
DNA
(2) Complexo hormônio‐receptor 
ativa a transcrição do DNA
RNAm
(3) RNAm sai do 
núcleo para 
promover a 
tradução no 
citoplasma
Síntese protéica
 
Mecanismo de ação de hormônio esteróide: ativação do DNA 
promovendo transcrição e tradução. 
Ação dos hormônios fenólicos 
A adrenalina não pode entrar na célula-alvo, e por isso se 
comporta como os hormônios protéicos, mas os hormônios 
tireoidianos podem entrar na célula-alvo e por isso agem como os 
hormônios esteroides. 
 
Glândulas Endócrinas 
Alguns hormônios são fabricados por células isoladas em 
determinados órgãos, como ocorre com a gastrina nas células do 
estômago ou a enterogastrona no duodeno ou ainda os 
neurormônios ou neurotransmissores nos neurônios. A maior parte 
dos hormônios, entretanto, é fabricada por agrupamentos de células 
epiteliais, as glândulas endócrinas. 
Ao contrário das glândulas exócrinas, que possuem ductos 
secretores para eliminar suas secreções numa determinada 
cavidade corporal ou no meio externo, as glândulas endócrinas 
lançam suas secreções, denominadas hormônios, direto no sangue, 
uma vez que não possuem esses ductos secretores. 
 
Localização anatômica das principais glândulas endócrinas em 
mulheres; em homens, ocorrem testículos ao invés de ovários. 
 
1. Glândula Pituitária ou Hipófise 
O hipotálamo é a região do sistema nervoso que controla a 
ação hormonal no corpo humano. Ele se localiza na base do 
encéfalo e encontra-se anatomicamenteligado à hipófise, 
localizada imediatamente abaixo dele. A hipófise se encontra 
abrigada numa cavidade óssea, a cela túrcica do osso esfenoide, 
na base do crânio. 
 
Relação entre hipotálamo e hipófise. 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
43
Anatomicamente falando, a hipófise se divide em três 
regiões: 
 
- Adenohipófise ou hipófise anterior ou lobo anterior da 
hipófise, que produz hormônios tróficos, que estimulam outras 
glândulas; sua liberação está condicionada ao controle do 
hipotálamo, que produz fatores de liberação ou RF (releasing 
factors) específicos para cada hormônio da adenohipófise; 
- Hipófise intermediária ou lobo intermediário da hipófise, que 
produz um único hormônio, que é o hormônio melanotrófico ou 
intermedina, em alguns vertebrados inferiores. 
- Neurohipófise ou hipófise posterior ou lobo posterior da 
hipófise, que não produz hormônios próprios, mas armazena 
hormônios produzidos pelas células neurossecretoras do 
hipotálamo. 
 
1.1. Adenohipófise 
O eixo hipotálamo-hipófise justifica como o hipotálamo 
controla a atividade hormonal no organismo. O hipotálamo produz 
fatores de liberação que agem sobre a adenohipófise para que 
esta libere os hormônios que produz, ditos hormônios tróficos. Os 
hormônios tróficos, como já mencionado, estimulam as outras 
glândulas para que liberem seus hormônios. 
 
HIPOTÁLAMO 
 
Fatores de liberação 
 
ADENOHIPÓFISE 
 
Hormônios tróficos (ex.: TSH, hormônio estimulante da tireóide) 
 
GLÂNDULA ALVO (ex.: tireóide) 
 
Hormônios atuantes nos órgãos efetores (ex.: tiroxina) 
 
Os hormônios estimulados pelos hormônios tróficos têm 
efeito de feedback (ou retroalimentação) sobre o hipotálamo. 
 
- Caso haja concentrações exageradas de um determinado 
hormônio no sangue, há um feedback negativo sobre o 
hipotálamo, diminuindo a liberação do fator de liberação 
correspondente, o que leva à diminuição na produção do hormônio 
tráfico correspondente, e, por fim, diminuindo a produção do 
hormônio que inicialmente estava em altas concentrações. 
- Caso haja concentrações insuficientes de um determinado 
hormônio no sangue, há um feedback positivo sobre o hipotálamo, 
aumentando a liberação do fator de liberação correspondente, o 
que leva ao aumento na produção do hormônio tráfico 
correspondente, e, por fim, aumentando a produção do hormônio 
que inicialmente estava em baixas concentrações. 
 
Os hormônios tróficos da adenohipófise são: 
 
Hormônios gonadotróficos ou gonadotrofinas 
Os hormônios gonadotróficos ou gonadotrofinas estimulam 
as gônadas, sendo de dois tipos, FSH ou hormônio folículo-
estimulante, e LH ou hormônio luteinizante. O LH pode ser 
chamado nos homens de ICSH ou hormônio estimulante das 
células intersticiais de Leydig. Sua atuação é descrita durante a 
análise do ciclo menstrual. 
 
TSH ou hormônio tireotrófico 
O TSH ou hormônio tireotrófico ou hormônio 
estimulante da tireóide ou tireotrofina estimula a tireóide a 
produzir tiroxina. 
 
ACTH ou hormônio adrenocorticotrófico 
O ACTH ou hormônio adrenocorticotrófico ou hormônio 
estimulante do córtex das adrenais ou adrenocorticotrofina 
estimula o córtex das adrenais (supra-renais) a produzir corticoides. 
 
Prolactina ou hormônio mameotrófico 
A prolactina ou hormônio mameotrófico tem importante 
papel na estimulação da produção de leite pelas glândulas 
mamárias pelas mulheres após o parto, mas sua função ainda é 
desconhecida no homem; em aves, estimula a produção do leite-
de-pombo pelo papo desses animais quando há crias. 
A prolactina, por feedback negativo, inibe a liberação de 
gonadotrofinas na mulher que amamenta, inibindo a ovulação e 
impedindo que engravide nos primeiros meses de vida da criança. 
Esse é um método anticoncepcional que pode ser usado, desde 
que a criança se alimente exclusivamente de leite materno nos 
primeiros meses de vida, sendo conhecido como amenorreia da 
lactação. 
 
STH ou hormônio somatotrófico ou hormônio do 
crescimento ou hGH 
O STH ou hormônio somatotrófico ou somatotrofina ou 
hormônio do crescimento ou hGH (human growing hormone) 
estimula o crescimento do indivíduo de várias maneiras. 
Primeiro, o STH induz a gliconeogênese, ou seja, a quebra 
de gordura e proteínas para a produção de derivados glicídicos. 
Desse modo, há a disponibilização de maior quantidade de 
nutrientes no sangue para que se forneça energia para o 
crescimento. Como o indivíduo passa a utilizar maior quantidade de 
gordura e proteínas em detrimento dos açúcares, esse efeito é 
conhecido como “efeito poupador de glicose” ou “efeito 
diabetogênico” do STH, uma vez que a glicose do sangue não é 
diretamente utilizada e ocorre um aumento de glicemia. A lipólise, 
ou seja, a queima de gordura que ocorre na gliconeogênese explica 
por que o emagrecimento rápido da maioria das crianças em 
crescimento. 
Segundo, o STH age no fígado, e em menor grau nos rins, 
acredita-se, para estimular a produção do hormônio 
somatomedina, que age no crescimento direto de cartilagens. 
Exercícios físicos em geral promovem queda de glicemia, o 
que leva à liberação de hormônio do crescimento para promover 
gliconeogênese, o que acaba também proporcionando um estímulo 
ao crescimento. Além disso, a maior parte do hormônio do 
crescimento é liberada durante o sono do indivíduo, quando, devido 
ao longo período de jejum do sono, os níveis de glicemia caem e a 
função do STH de estímulo à gliconeogênese é requerida. 
Uma curiosidade: durante a noite, quando o indivíduo está 
deitado, diminui a pressão do peso do corpo sobre as vértebras, e o 
espaço entre ela aumenta, deixando o indivíduo um pouco maior 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
44
quando acorda (poucos centímetros). Ao passar o dia todo em pé 
ou sentado, as vértebras voltam a ser comprimidas e o indivíduo 
volta a diminuir um pouco. 
 
Deficiência de STH: Nanismo Hipofisário 
A deficiência de STH na infância impede o crescimento 
adequado do indivíduo, de modo que ele desenvolve um quadro 
denominado de nanismo hipofisário. Antes da soldadura das 
epífises, esse quadro pode ser revertido com a utilização do 
hormônio do crescimento. Em adultos, a falta de STH não acarreta 
nenhum problema em especial. 
 
Excesso de STH: Gigantismo Hipofisário e Acromegalia 
O excesso de STH antes da soldadura das epífises, e 
portanto na infância, causa o gigantismo hipofisário. Após a 
soldadura das epífises, e portanto na idade adulta, já que os ossos 
não apresentam mais crescimento em comprimento, o excesso de 
STH promove o crescimento de cartilagens, como nariz e orelhas, e 
dos ossos em espessura, causando alongamento dos dedos e 
projeção do queixo para frente. Esse crescimento das extremidades 
é exatamente o significado da palavra acromegalia. 
 
 
Níquel Náusea – Fernando Gonsales 
 
1.2. Hipófise intermediária 
Certos vertebrados possuem na hipófise uma região 
denominada lobo intermediário. Esta região é bastante rudimentar 
na espécie humana, mas também está presente nela. O lobo 
intermediário produz o MSH ou hormônio estimulante dos 
melanócitos ou intermedina. Esse hormônio regula a atividade de 
produção de melanina em melanócitos. 
Em vertebrados inferiores, como peixes e répteis, o lobo 
intermediário é muito desenvolvido e secreta grande quantidade de 
MSH. Essa secreção é regulada, independentemente, pelo 
hipotálamo, em resposta à quantidade de luz à qual o animal é 
exposto, ou em resposta a outros fatores ambientais. Nesses casos 
o MSH atua determinando mudanças de pigmentação na pele, 
sobretudo na época de reprodução, estando essas alterações 
relacionadas ao aumento na atração sexual. 
Em vertebrados superiores,o MSH determina mudanças de 
pigmentação dos pelos sazonalmente, para possibilitar melhores 
condições de camuflagem, como é o caso de mamíferos que vivem 
no Ártico e tem pelos escuros no verão e brancos no inverno. 
Na espécie humana, o MSH é na verdade derivado do 
ACTH, sendo pois produzido na adenohipófise. O MSH é produzido, 
entretanto, em tão pequenas concentrações em humanos que 
praticamente não tem efeito. O ACTH tem efeito sobre os 
melanócitos em intensidade bem menor, mas como sua 
concentração no sangue humano é bem maior, acaba sendo o 
principal responsável pela atividade de melanócitos, excetuando, é 
claro, o estímulo direto pelo sol. 
1.3. Neurohipófise 
Como já mencionado, a neurohipófise apenas armazena 
hormônios produzidos por neurônios especiais do hipotálamo, 
denominados células neurossecretoras. O hipotálamo controla 
também a liberação desses hormônios. 
Os hormônios do hipotálamo armazenados na neurohipófise 
são: 
 
Occitocina 
A occitocina estimula as contrações uterinas que levam ao 
parto, tendo ação, pois, sobre a musculatura lisa do miométrio 
uterino. 
Outro importante efeito da occitocina é o de estimular a 
ejeção do leite pelas glândulas mamárias após o parto. A sucção do 
mamilo é um dos principais estímulos à liberação de occitocina, 
levando o leite a ser liberado para a criança. 
Mais recentemente, a occitocina passou a ser vista como 
promotora de efeitos neurológicos, no sentido de promover o 
surgimento de elos afetivos entre a mãe e a criança. Por esse 
motivo, e por ser também liberado durante o ato sexual, a 
occitocina tem sido apelidada nos últimos tempos de “hormônio do 
amor”. 
Experimentos mostram que indivíduos com níveis mais elevados de 
occitocina no corpo estão mais propensos a criação de vínculos 
afetivos, inclusive no que diz respeito a aumentar os níveis de 
confiança nos indivíduos próximos. 
 
ADH ou hormônio anti-diurético ou vasopressina 
O ADH ou hormônio anti-diurético ou vasopressina, 
estimula a reabsorção de água nos túbulos renais, diminuindo a 
produção de urina. 
De modo bem preciso, o ADH diminui o volume urinário 
aumentando a permeabilidade de duas regiões do néfron, o ramo 
ascendente da alça de Henle e a porção inicial do túbulo contorcido 
distal, normalmente impermeáveis à água. Assim, ocorre maior 
reabsorção de água dos rins para o sangue, resultando em 
diminuição na produção de urina e em aumento da volemia, volume 
de água no sangue. Esse aumento de volemia, por sua vez, leva a 
um aumento na pressão arterial no indivíduo. 
Em dias quentes, a intensa perda de água através do suor 
faz com que o organismo libere ADH para reduzir a produção de 
urina, o que levaria a uma excessiva desidratação. Por outro lado, 
em dias frios, a pequena produção de suor faz com que sobrem 
mais excretas para serem liberadas pela urina. Além disso, o 
aumento no metabolismo necessário para aumentar a produção de 
calor corporal e compensar o frio do ambiente leva à produção de 
mais excretas. Desse modo, o indivíduo urina mais em dias mais 
frios. 
Quando se ingere bebida alcoólica, observa-se que há um 
aumento do volume de urina. Isso ocorre porque o álcool inibe a 
liberação do ADH pela neurohipófise. Devido à liberação inibida de 
ADH, aumenta a diurese, o que leva o indivíduo à desidratação. 
Essa desidratação, por sua vez, leva à sede e dor de cabeça 
características da ressaca. Ainda vai beber, vai? 
 
Deficiência de ADH: Diabetes Insipidus 
Na deficiência de ADH, ocorre um aumento na diurese e 
uma redução na volemia. Essa redução no volume de água no 
sangue conduz a um aumento na glicemia. Perceba que a 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
45
quantidade de glicose não se altera, mas com um menor volume de 
água no sangue, aumenta a concentração de glicose. Esse quadro 
é denominado diabetes insipidus, e nele não há eliminação de 
glicose na urina, como na diabetes mellitus. 
 
2. Glândula Pineal ou Epífise 
A glândula pineal ou epífise se situa entre os dois 
hemisférios cerebrais, num ponto posterior à localização da 
hipófise. A glândula pineal atua na produção do hormônio 
melatonina, que regula o ritmo circadiano ou relógio biológico, 
principalmente na regulação dos ciclos de sono e vigília. 
A diminuição da luminosidade durante a noite leva à 
produção de melatonina, promovendo o relaxamento no indivíduo e 
predispondo o mesmo ao sono. De maneira contrária, o aumento da 
luminosidade pela manhã leva à interrupção na produção de 
melatonina, predispondo o indivíduo a acordar. (Nas manhãs de 
chuva, a maior dificuldade em acordar parece se dar pelo fato de o 
céu nublado dificultar a passagem dos raios de sol, de modo que, 
para uma certa hora da manhã, a luminosidade é mais fraca do que 
seria de se esperar, e os níveis de melatonina circulantes mais 
altos...) 
O jet lag é uma condição que ocorre em viajantes 
submetidos a mudanças muito violentas de fuso horário em curtos 
períodos de tempo, o que não tem relação com a duração total da 
viagem, mas sim com o deslocamento no sentido de longitude, 
leste-oeste. Uma vez que o relógio biológico do indivíduo está 
adaptado ao fuso horário (e condições de luminosidade) de seu 
lugar de origem, a adaptação ao novo fuso horário pode fazer com 
que o indivíduo tenha dificuldade de dormir durante a noite, se 
mantendo acordado, e dificuldade de dormir durante o dia, com 
intensa sonolência. Estima-se que, em média, a adequação ao 
novo fuso horário, com regulação da produção de melatonina em 
função das novas condições de luminosidade se dê à razão de um 
dia para cada hora diferente de fuso horário. Assim, para uma 
diferença de fuso de 8 horas, deve demorar algo em torno de 8 dias 
para a completa adequação ao novo fuso horário. 
Em países localizados em grandes latitudes, o pequeno 
número de horas de luminosidade por dia nos períodos de inverno 
leva ao aumento nos níveis médios de melatonina, com efeito 
depressor sobre o sistema nervoso central. Além de se dormir mais 
horas por dia nessa época, a ocorrência de episódios de depressão 
se torna bem mais comum, num fenômeno conhecido como 
depressão sazonal. Por outro lado, o pequeno número de horas de 
luminosidade por dia nos períodos de verão leva à diminuição nos 
níveis médios de melatonina, de modo a se dormir menos horas por 
dia nessa época. 
Em alguns mamíferos, chamados fotoperiódicos, a 
reprodução ocorrendo em apenas uma determinada época do ano 
está condicionada ao período diário de iluminação, que influencia 
diretamente a produção de melatonina. Como a escuridão estimula 
a produção de melatonina, sua quantidade no sangue é maior no 
inverno havendo efeito inibidor sobre os hormônios gonadotróficos 
hipofisários, levando os animais a não se reproduzir nessa época, o 
que traz a vantagem adaptativa de evitar que os filhotes nasçam 
numa época com reduzida disponibilidade de alimento. Nos período 
de verão, a maior luminosidade média diminui as quantidades de 
melatonina no sangue, cessando a inibição sobre os hormônios 
gonadotróficos hipofisários e permitindo a reprodução nesse 
período. 
3. Timo 
O timo se situa na região mediana do tórax, à frente do 
coração e entre os dois pulmões, sendo um órgão linfoide, ou seja, 
formado por tecido conjuntivo hematopoiético linfoide e relacionado 
à produção de células de defesa do grupo dos linfócitos. 
O principal papel do timo está na produção dos linfócitos T, 
principais células de defesa do sistema imune específico. Acredita-
se que todos os linfócitos T do corpo são derivados de células 
oriundas do timo, dele tendo saído para colonizar o sangue, a 
medula óssea e os gânglios linfáticos. Existem indícios de que o 
timo produz o hormônio timosina, que estimula a maturação dos 
linfócitos em todosos órgãos linfoides. 
 
4. Tireóide 
A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, por baixo 
da cartilagem cricoide, que forma o pomo-de-adão no homem, e é 
formada por dois lobos, num formato que lembra uma gravata 
borboleta. Nos vértices de seus lobos, pela face posterior, estão as 
quatro glândulas paratireoides. 
 
Vista anterior da tireoide. 
 
Vista posterior da tireóide com paratireoides. 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
46
Histologicamente, a tireóide possui numerosos folículos 
arredondados, como vesículas contendo uma substância gelatinosa 
chamada de coloide. As células epiteliais que formam as paredes 
desses folículos secretam os hormônios tireoidianos, que são a 
tiroxina e a (tireo)calcitonina. 
 
Tiroxina 
A tiroxina é o principal hormônio da tireóide, sendo 
produzido a partir do aminoácido tirosina e do iodo. Ocorrem 
duas formas principais, o T3 ou triiodotironina, com 3 átomos de 
iodo, sendo o mais ativo deles, e o T4 ou tetraiiodotironina, com 4 
átomos de iodo, correspondendo à tiroxina propriamente dita. 
Tanto T3 como T4 mantêm o metabolismo do indivíduo, 
estimulando a produção das enzimas promotoras da respiração 
celular. 
 
Deficiência de tiroxina: Hipotireoidismo 
O hipotireoidismo é causado classicamente pela 
deficiência de iodo na alimentação, uma vez que o iodo é um 
componente necessário à fabricação da tiroxina. 
Com o hipotireoidismo e a queda nas taxas sistêmicas de 
tiroxina, a taxa metabólica estará bastante reduzida, e como tal 
haverá uma falta generalizada de energia no organismo. As 
consequências principais serão: 
 
- Bradipneia, ou seja, diminuição no ritmo respiratório; 
- Bradicardia, ou seja, diminuição no ritmo cardíaco; 
- Hipotensão arterial por falta de tônus muscular; 
- Depressão do sistema nervoso central, com sonolência, 
anorexia (falta de apetite) e apatia (falta de ânimo); 
- Ganho de peso, uma vez que, apesar da anorexia, o metabolismo 
está tão reduzido que o pouco alimento ingerido não é 
metabolizado, se acumulando; 
- Mixedema, edema generalizado desencadeado pelo acúmulo de 
proteínas devido à não metabolização dessas, com consequente 
retenção de água por osmose; 
- Bócio (inchaço na tireóide), uma vez que a deficiência de iodo faz 
com que a tireóide se hipertrofie na tentativa de captar o pouco iodo 
do sangue. 
 
No caso do hipotireoidismo, fala-se em bócio endêmico, 
pois o fenômeno era característico de áreas montanhosas, 
distantes do mar e onde a população não tinha acesso a iodo, o 
que tem mudado com a obrigatoriedade, por lei, de adição de iodo 
ao sal de cozinha. 
Se o indivíduo apresentar esta doença logo na infância, ela 
passa a receber a denominação de cretinismo, caracterizado 
sobretudo pela redução de crescimento e pelo retardamento mental 
devido ao não desenvolvimento cerebral com o baixo metabolismo. 
Modernamente, muitos casos descritos de hipotireoidismo 
têm sido relacionados a uma condição conhecida como tireoidite 
de Hashimoto, doença autoimune em que ocorre a produção de 
anticorpos contra a própria tireoide do indivíduo. 
 
Excesso de tiroxina: Hipertireoidismo 
O hipertireoidismo é causado classicamente por tumores 
benignos na tireóide. Daí a preocupação de se utilizar colares de 
chumbo para proteção da tireoide durante a execução de tomadas 
radiográficas. 
Com o hipertireoidismo e o aumento nas taxas sistêmicas 
de tiroxina, a taxa metabólica estará bastante elevada. As 
consequências principais serão: 
 
- Taquipneia, ou seja, aumento no ritmo respiratório; 
- Taquicardia, ou seja, aumento no ritmo cardíaco; 
- Hipertensão arterial; 
- Insônia, irritação, ansiedade e polifagia (aumento do apetite); 
- Magreza, uma vez que, apesar do aumento do apetite, o 
metabolismo está tão acelerado que o alimento ingerido é 
rapidamente metabolizado, sendo, pois, queimado junto às reservas 
do indivíduo; 
- Exoftalmia, ou seja, projeção dos olhos para fora, devido a um 
acúmulo anormal de tecido adiposo por trás do globo ocular; 
- Bócio (inchaço na tireoide), que, nesse caso, está relacionado à 
causa da doença, ou seja, os tumores benignos; no caso do 
hipertireoidismo, fala-se em bócio exoftálmico. 
 
 
À esquerda: bócio. À direita: exoftalmia. 
 
Tireocalcitonina ou calcitonina 
A tireocalcitonina ativa as células ósseas conhecidas 
como osteoblastos. Os osteoblastos produzem a matriz orgânica 
dos ossos e a enzima fosfatase alcalina, que atua na formação de 
sais insolúveis de cálcio nesses mesmos ossos. De modo geral, 
pode-se afirmar que a tireocalcitonina age removendo cálcio do 
sangue e o fornecendo aos ossos, ou seja, estimulando a 
mineralização óssea. Assim, ela diminui a concentração sangüínea 
de íons de cálcio (Ca++), reduzindo a calcemia. 
 
5. Paratireoides 
As paratireóides são quatro pequenas glândulas esféricas 
que se situam na face posterior elos vértices dos lobos tireoidianos. 
Elas produzem o hormônio paratormônio ou paratirina. 
O paratormônio ativa as células ósseas conhecidas como 
osteoclastos. Os osteoclastos promovem a destruição da matriz 
orgânica dos ossos e produzem a enzima fosfatase ácida, que 
converte os sais insolúveis de cálcio do osso em íons Ca++ solúveis. 
Assim, o paratormônio age removendo cálcio dos ossos e o 
fornecendo ao sangue, estimulando, pois, a desmineralização 
óssea. Em outras palavras, ele aumenta a concentração sanguínea 
de íons de cálcio (Ca++), aumentando a calcemia. 
Os íons de cálcio (Ca++) no sangue atuam em vários 
processos, como a coagulação sangüínea, a contração muscular, a 
transmissão do impulso nervoso ao nível da sinapse e a regulação 
da abertura dos canais iônicos de sódio nos neurônios. 
A redução nos teores de cálcio no sangue leva ao aumento 
da sensibilidade de terminações nervosas, pois aumenta a 
permeabilidade das fibras nervosas aos íons de sódio (Na+), de 
modo que ficam hiperexcitáveis. O resultado é que o organismo fica 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
47
sujeito a espasmos musculares, contrações fortes, rápidas e 
involuntárias, numa situação conhecida como tetania muscular. 
Já o aumento nos teores de cálcio no sangue leva a uma 
redução da sensibilidade nervosa, pois diminui a permeabilidade 
dos neurônios aos íons de sódio (Na+), o que pode levar a um 
quadro de paralisia muscular. 
 
6. Pâncreas 
O pâncreas é uma glândula mista, cuja parte exócrina, 
correspondente aos ácinos, secreta suco pancreático, e cuja parte 
endócrina, correspondente às ilhotas de Langerhans, produz 
hormônios como a insulina e o glucagon. 
As ilhotas de Langerhans possuem duas células principais, 
as células α produtoras de glucagon e as células β produtoras de 
insulina. Além das células α e β, as ilhotas de Langerhans possuem 
outro tipo de célula secretora, as células δ (delta). Estas produzem o 
hormônio somatostatina, que age na inibição da liberação do 
hormônio do crescimento, sendo seu antagônico fisiológico. 
 
Glucagon 
A concentração de glicose no sangue é denominada 
glicemia. A glicemia normal é de 80 a 110 mg de glicose por 100 
mL de sangue. Ao não se alimentar por muito tempo, a glicemia 
diminui. O glucagon, liberado a partir das células α das ilhotas de 
Langerhans, estimula a glicogenólise hepática, liberando glicose 
para o sangue e aumentando a glicemia, ou seja, com efeito 
hiperglicemiante. Isso explica por que a sensação de fome pode 
desaparecer mesmo se o indivíduo não se alimentar: a fome é urna 
sensação produzida pelo hipotálamo que indica uma queda na 
glicemia; como o efeito do glucagon é hiperglicemiante, suprime a 
sensação de fome. 
 
Insulina 
Após a refeições, o nível sangüíneo de glicose se eleva. A 
insulina, liberadaa partir das células β das ilhotas de Langerhans, 
estimula a difusão facilitada de glicose para as células, diminuindo a 
glicemia, com efeito hipoglicemiante. Algumas poucas células, 
como os neurônios e fibras musculares em atividade, não 
necessitam de insulina para receberem glicose. Fibras musculares 
em repouso precisam da insulina para absorver glicose e retê-la na 
forma de glicogênio. 
A insulina também estimula a produção de gordura no 
organismo. Quanto mais um alimento estimula o aumento no teor 
de glicose no sangue, o que se chama de índice glicêmico, mais 
estimula a liberação de insulina e mais estimula o acúmulo de 
gordura. Assim, apesar de igualmente calóricos, quantidades iguais 
de amido e de açúcar não promovem o mesmo efeito em termos de 
acúmulo de gordura: como o amido é formado apenas por glicose, 
eleva mais o índice glicêmico do que o açúcar (sacarose), formado 
por glicose e frutose, sendo que este último não tem efeito sobre a 
liberação de insulina como ocorre como a glicose. Assim, uma certa 
quantidade de amido leva a um maior acúmulo de gordura que uma 
quantidade equivalente de açúcar. 
 
Diabetes mellitus 
A diabetes é uma condição caracterizada pela glicemia 
cronicamente elevada, podendo ter várias origens, como o excesso 
de STH, na diabetes hipofisária, o excesso de corticoides, na 
diabetes adrenal, a deficiência de ADH, na diabetes insipidus, 
e, principalmente, deficiência de insulina, na diabetes mellitus. 
Na diabetes mellitus, ocorre grande elevação na quantidade 
de glicose no sangue, elevando intensamente a glicemia, de tal 
forma que pode ser encontrada glicose na urina, que fica 
adocicada, caracterizando o termo diabetes mellitus (“como mel”). 
Existem dois tipos de diabetes mellitus: 
 
- A diabetes tipo I ou juvenil corresponde a cerca de 10% dos 
casos de diabetes, se manifestando já em indivíduos jovens, e 
sendo de caráter autoimune, de modo que ocorre destruição das 
células β do pâncreas por anticorpos gerados pelo próprio indivíduo. 
Essa forma de diabetes é conhecida como “insulina-dependente”, 
devendo o tratamento ser feito através de uma dieta com restrição 
de carboidratos e do uso de via parenteral (intradérmica). A insulina 
não tem ação por via oral, uma vez que, por ser uma proteína, seria 
destruída pelo sistema digestivo. 
- A diabetes tipo II ou tardia corresponde a cerca de 90% dos 
casos de diabetes, e atinge cerca de 50% das pessoas acima dos 
60 anos de idade, especialmente aquelas com obesidade. Essa 
forma de diabetes é causada pela diminuição na quantidade de 
receptores funcionais para a insulina, que passa a não ser 
percebida pelas células. Essa forma de diabetes é conhecida como 
“não insulina-dependente”, podendo ser controlada através de uma 
dieta com restrição de carboidratos, mas normalmente não havendo 
necessidade do uso de insulina. 
 
Em ambos os casos, deve haver uma propensão genética 
para que se desenvolva a doença, já tendo sido identificados vários 
genes relacionados às duas formas de diabetes mellitus. 
 
Sintomas da diabetes mellitus 
- Hiperglicemia; 
- Glicosúria (liberação de glicose na urina); 
- Hipertensão arterial, uma vez que a alta concentração de glicose 
no sangue remove água dos tecidos vizinhos por osmose, 
aumentando a volemia (volume de água no sangue); 
- Poliúria (excesso de urina), como uma reação do organismo à 
alta volemia e hipertensão; 
- Polidipsia (sede constante), uma vez que a remoção de água dos 
tecidos por osmose leva à desidratação dos mesmos; 
- Polifagia (fome constante) e astenia (fraqueza generalizada), 
uma vez que há grande quantidade de glicose no sangue, mas 
pequena quantidade de glicose no interior das células para a 
produção de energia. 
 
Consequências da diabetes mellitus 
- Caso o indivíduo diabético utilize a insulina em doses abaixo de 
suas necessidades, ou mesmo não a utilize, poderá desenvolver 
um quadro de hiperglicemia. Apesar do elevado teor de glicose no 
sangue, ocorre reduzida quantidade de glicose no interior das 
células, levando a uma acentuada gliconeogênese, com liberação 
de corpos cetônicos, derivados metabólicos de lipídios, formados a 
partir de acetil-coA. Os corpos cetônicos são utilizados para 
distribuir acetil-coA, pelo sangue, para os vários tecidos corporais, 
sendo seu principal exemplo o ácido aceto-acético. O elevado teor 
de corpos cetônicos leva a um quadro de acidose sangüínea, como 
efeitos como hálito cetônico, semelhante a um hálito alcoólico, 
confusão mental, e respiração rápida e profunda, na tentativa de 
eliminar gás carbônico do sangue e reduzir a acidose. Em casos 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
48
extremos, a intensa acidose pode promover depressão do sistema 
nervoso e coma hiperglicêmico. 
- O teor aumentado de lipídios circulando no sangue do diabético o 
predispõe ao acúmulo de lipídios e aterosclerose, com 
consequentes problemas cardiovasculares. 
- A deficiência de glicose no interior das células e consequente 
deficiência na produção de energia pelas mesmas leva a efeitos 
como dificuldade de cicatrização, pela reduzida disponibilidade de 
energia para os fibroblastos, aumento do risco de infecções, pela 
reduzida disponibilidade de energia para os leucócitos, e cegueira 
(retinopatia diabética), pela conversão do excesso de glicose nas 
células nervosas em sorbitol, osmoticamente ativo, atraindo água 
por osmose e leva as células da retina à morte por plasmoptise. 
- Caso o indivíduo diabético utilize a insulina em doses acima de 
suas necessidades, poderá desenvolver um quadro de 
hipoglicemia, pois as células passarão a absorver mais glicose. 
Entretanto, o cérebro não precisa de insulina para receber glicose, 
o que o levará a uma desvantagem em termos de competição com 
as outras células. Assim, a glicose é absorvida pelas outras células 
rapidamente, mas os neurônios continuarão a captá-la em ritmo 
normal: quando a glicose tiver sido removida do sangue pelas 
células não nervosas, a glicemia vai baixar e os neurônios sem 
glicose não funcionarão, levando a desmaios e, eventualmente, 
coma hipoglicêmico. Muitas vezes há também a gliconeogênese 
acionada pela falta generalizada de glicose, em particular para o 
cérebro, o que novamente leva à produção de corpos cetônicos, 
com consequente formação de hálito cetônico. 
 
7. Glândulas supra-renais ou adrenais 
As glândulas supra-renais têm este nome por estarem 
localizadas "sobre os rins" em humanos. Entretanto, na maioria dos 
mamíferos, elas estão em posição adrenal, ou seja, "ao lado dos 
rins", daí o nome alternativo de glândulas adrenais. 
Estas glândulas estão divididas em duas porções, 
anatômica e funcionalmente. A porção mais externa é denominada 
de córtex adrenal e está relacionada com a produção de 
hormônios esteróides, derivados do colesterol, os corticoides ou 
corticosteroides. A porção mais interna tem origem embrionária na 
mesma ectoderma que origina o tecido nervoso, sendo denominada 
de medula adrenal e responsável pela produção de hormônio que 
também age como mediador químico no sistema nervoso, a 
adrenalina. 
 
1. glândula adrenal; 2. artéria renal; 3. veia renal; 4. ureter. 
 
Adrenal. 
 
7.1. Córtex adrenal 
Os corticoides são hormônios esteróides produzidos pelo 
córtex das glândulas supra-renais. Eles correspondem a três 
grupos basicamente. 
 
Mineralocorticoides 
Os mineralocorticoides regulam o teor de sais minerais no 
sangue, tendo como principal exemplo a aldosterona. Esse 
hormônio age nos rins estimulando a reabsorção de íons sódio 
(Na+) e íons cloreto (Cl–), além de água por osmose, dos túbulos 
renais para o sangue. Como consequências, há redução na diurese 
e aumento na volemia e na pressão arterial. Além disso, a 
aldosterona aumenta a secreção deíons potássio (K+) e íons H+ do 
sangue para os túbulos renais, de onde serão eliminados na urina, 
com consequente redução na acidez do sangue. 
Eles são produzidos principalmente na zona glomerular, 
camada mais externa das supra-renais. 
 
Glicocorticoides 
Os glicocorticoides regulam o teor de açúcares no 
sangue, tendo como principais exemplos o cortisol, a cortisona e 
a hidrocortisona. Esses hormônios são liberados em situações de 
estresse físico e mental, levando a gliconeogênese e proteólise, 
para que a glicose e os aminoácidos liberados sejam utilizados 
pelas áreas afetadas pela situação de estresse no seu reparo. Os 
glicocorticoides também apresentam efeito antiinflamatório forte, de 
modo a reduzir a imunidade e retardar a cicatrização. 
A depressão aumenta o risco da contração de doenças por 
representar uma situação de estresse crônico, com consequente 
liberação de glicocorticoides e imunodepressão. 
Eles são produzidos principalmente na zona fasciculada, camada 
intermediária, e pela zona reticular, camada mais profunda das 
supra-renais. 
As alterações proporcionadas pela ação da adrenalina são 
as mesmas produzidas pelo sistema nervoso autônomo simpático, 
que usa como neurotransmissor uma substância extremamente 
parecida e de mesmo efeito que a adrenalina: a noradrenalina ou 
norepinefrina. 
 
Observação: Pelo menos quatro hormônios tem efeito 
hiperglicemiante: 
- STH, por estimular a gliconeogênese ("efeito poupador de 
glicose"); 
- Glucagon, por estimular a glicogenólise; 
- Glicocorticoides como o cortisol, por estimularem a 
gliconeogênese; 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
49
- Adrenalina, por estimular tanto a gliconeogênese como a 
glicogenólise. 
 
8. Glândulas sexuais: testículos e ovários 
Testículos e ovários estão relacionados com a reprodução 
humana, sendo analisados juntamente com os demais aspectos 
inerentes aos aparelhos reprodutores humanos. 
 
Quadro resumo de glândulas endócrinas e 
hormônios: 
Glândulas Hormônios Efeito principal 
Occitocina Indução do parto por 
contração do útero e da 
liberação de leite pelas 
glândulas mamárias 
Hipotálamo 
(produção) / 
Neurohipófise 
(armazenamento 
e liberação) ADH ou Hormônio Anti-
Diurético ou 
Vasopressina 
Aumento da reabsorção 
de água nos rins, com 
elevação da volemia e 
da pressão arterial e 
redução da diurese 
Hipófise 
intermediária 
MSH ou Hormônio 
Estimulante dos 
Melanócitos ou 
Intermedina 
Indução da produção de 
melanina por parte dos 
melanócitos da pele 
STH ou Hormônio 
Somatotrófico ou GH 
ou Hormônio do 
Crescimento 
Indução da produção de 
somatomedina pelo 
fígado promovendo o 
crescimento de 
cartilagens e indução da 
gliconeogênese 
(conversão de 
lipídios/proteínas em 
derivados de glicose) 
TSH ou Hormônio 
Estimulante da Tireóide 
Indução da liberação dos 
hormônios tireoidianos 
ACTH ou Hormônio 
Estimulante do Córtex 
das Adrenais 
Indução da liberação dos 
hormônios corticoides 
FSH ou Hormônio 
Folículo-Estimulante 
Indução da maturação 
dos folículos ovarianos e 
da produção de 
estrógenos em mulheres 
e indução da 
espermatogênese em 
homens 
LH ou Hormônio 
Luteinizante 
Indução da ovulação e 
da produção de 
progesterona em 
mulheres e indução da 
produção de 
testosterona em homens 
Adenohipófise 
Prolactina ou 
Hormônio 
Mameotrófico 
Indução da produção de 
leite pelas glândulas 
mamárias 
Epífise ou Pineal Melatonina Indução do sono e 
regulação do ritmo 
circadiano (relógio 
biológico) como resposta 
à luz do ambiente 
Tireoide Tiroxina Ativação do metabolismo 
pela indução da síntese 
das enzimas da 
respiração celular 
(Tireo)Calcitonina Redução da calcemia e 
indução da calcificação 
óssea 
Paratireoides Paratormônio Elevação da calcemia e 
indução da 
descalcificação óssea 
Glucagon Indução da glicogenólise 
(quebra de glicogênio em 
glicose) no fígado para 
elevação da glicemia 
Pâncreas 
(Ilhotas de 
Langerhans) 
Insulina Indução da retirada de 
glicose do sangue e 
redução da glicemia 
Mineralocorticoides 
(exemplo: Aldosterona) 
Regulação dos teores de 
sais no sangues pelo 
aumento da reabsorção 
de Na+, Cl- e água nos 
rins, com elevação da 
volemia e da pressão 
arterial e redução da 
diurese, e aumento da 
eliminação na urina de 
K+ e H+ 
Glicocorticoides 
(exemplo: Cortisol) 
Regulação dos teores de 
açúcares no sangue por 
indução da 
gliconeogênese 
(conversão de 
lipídios/proteínas em 
derivados de glicose), 
indução de efeito 
antiinflamatório e 
depressão da atividade 
do sistema imunológico 
Córtex das 
Adrenais (Supra-
Renais) 
Androgênios (exemplo: 
Testosterona) 
Testículos Testosterona 
Indução de efeitos 
masculinizantes, como 
aumento de massa 
muscular, de pelos 
corporais e do timbre de 
voz 
Estrogênios Indução de efeitos 
femininizantes, como 
desenvolvimento de 
seios e quadris, e 
preparação do 
endométrio do útero para 
a gravidez 
Ovários 
Progesterona Manutenção do 
endométrio do útero para 
a gravidez 
 
Exercícios 
 
Questões estilo múltipla escolha 
 
1. (ENEM) 
Diversos comportamentos e funções fisiológicas do nosso corpo 
são periódicos, sendo assim, são classificados como ritmo 
biológico. Quando o ritmo biológico responde a um período 
aproximado de 24 horas, ele é denominado ritmo circadiano. Esse 
ritmo diário é mantido pelas pistas ambientais de claro-escuro e 
determina comportamentos como o ciclo do sono-vigília e o da 
alimentação. Uma pessoa, em condições normais, acorda às 8 h e 
vai dormir às 21 h, mantendo seu ciclo de sono dentro do ritmo dia 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
50
e noite. Imagine que essa mesma pessoa tenha sido mantida numa 
sala totalmente escura por mais de quinze dias. Ao sair de lá, ela 
dormia às 18 h e acordava às 3 h da manhã. Além disso, dormia 
mais vezes durante o dia, por curtos períodos de tempo, e havia 
perdido a noção da contagem dos dias, pois, quando saiu, achou 
que havia passado muito mais tempo no escuro. 
BRANDÃO, M. L. Psicofisiologia. São Paulo: Atheneu, 2000 (adaptado). 
Em função das características observadas, conclui-se que a 
pessoa 
A) apresentou aumento do seu período de sono contínuo e passou 
a dormir durante o dia, pois seu ritmo biológico foi alterado apenas 
no período noturno. 
B) apresentou pouca alteração do seu ritmo circadiano, sendo que 
sua noção de tempo foi alterada somente pela sua falta de atenção 
à passagem do tempo. 
C) estava com seu ritmo já alterado antes de entrar na sala, o que 
significa que apenas progrediu para um estado mais avançado de 
perda do ritmo biológico no escuro. 
D) teve seu ritmo biológico alterado devido à ausência de luz e de 
contato com o mundo externo, no qual a noção de tempo de um dia 
é modulada pela presença ou ausência do sol. 
E) deveria não ter apresentado nenhuma mudança do seu período 
de sono porque, na realidade, continua com o seu ritmo normal, 
independentemente do ambiente em que seja colocada. 
 
2. (UNIFOR) O esquema abaixo apresenta duas reações que 
ocorrem em nosso fígado. 
glicose          glicogênio 1
2 
As reações I e II ocorrem, respectivamente, pela ação dos 
hormônios 
A) insulina e glucagon. B) insulina e secretina. 
C) glucagon e insulina. D) glucagon e secretina. 
E) secretina e glucagon. 
 
3. (UNIFOR) Um estudante, ao analisar o sistema endócrino, fez o 
seguinte esquema para representar relações entre glândulas do 
corpo humano. 
 
Ele acertou ao incluir no esquema as glândulasA) I e III, mas errou ao incluir II e IV. 
B) I, II e III, mas errou ao incluir IV. 
C) II e III, mas errou ao incluir I e IV. 
D) II, III e IV, mas errou ao incluir I. 
E) III e IV, mas errou ao incluir I e II. 
 
4. (UNIFOR) A ingestão de bebidas alcoólicas acarreta, após algum 
tempo, aumento na frequência de micção, sendo eliminado um 
grande volume de urina. Tal fato é devido 
A) ao aumento da pressão dos órgãos internos. 
B) à estimulação renal e digestiva. 
C) à mudança da pressão sanguínea. 
D) à liberação do hormônio diurético. 
E) à inibição do hormônio antidiurético. 
5. (FMJ) 
A QUÍMICA DO AMOR 
O cupido, figura que “ativa” o amor, usando o arco e a flecha 
impregnados de noradrenalina e adrenalina está representado na 
figura ao lado. Você já ouviu esse comentário: rolou uma química 
entre nós! “Será que existe mesmo uma explicação científica para o 
amor?” 
 
A adrenalina é um hormônio produzido especificamente no(a) 
_____, de constituição basicamente _____. As palavras que 
preenchem corretamente as lacunas, na ordem em que são 
apresentadas, são: 
A) córtex das adrenais; proteica. B) medula das adrenais; proteica. 
C) adeno-hipófise; lipídica. D) tireoide; proteica. 
E) hipotálamo; lipídica. 
 
6. (FMJ) Níveis elevados de glucagon circulante estão associados a 
qual das seguintes situações? 
A) Ingestão de uma refeição rica em carboidratos. 
B) Atividade diminuída de frutose-1,6-difosfatase. 
C) Nível diminuído de fosfofrutoquinase-2. 
D) Inibição da atividade de fosforilase hepática. 
E) Jejum. 
 
7. (FMJ) 
FISICULTURISTAS USAM INSULINA PARA GANHAR MASSA 
MUSCULAR E ARRISCAM A VIDA 
Médicos britânicos acreditam que uns grandes números de 
fisiculturistas estão comprometendo a própria saúde ao aumentar o 
consumo de Insulina. Normalmente a droga é utilizada por 
diabéticos para ajudar a controlar o nível de açúcar no sangue, mas 
também pode ser usada para aumentar a massa muscular. Os 
fisiculturistas tomam a Insulina combinada com um regime rico em 
açúcar. 
Época on line com informações da BBC Brasil 0510812003 
A insulina utilizada com o objetivo de aumentar a massa muscular 
atua mantendo: 
A) a glicemia alta para garantir o suprimento de glicose no músculo. 
B) a glicose disponível no fígado para o músculo usar quando 
necessário na síntese de proteínas. 
C) a energia do atleta sempre alta para o levantamento de cargas 
mais pesadas. 
D) a glicose disponível no músculo garantindo a energia necessária 
na síntese de proteínas. 
E) a glicemia alta para garantir o suprimento de aminoácidos no 
músculo. 
 
8. (FMJ) A tiroxina é um hormônio da tireóide envolvido no controle 
da atividade metabólica. 
USER
Realce
USER
Realce
USER
Realce
USER
Realce
USER
Realce
USER
Realce
USER
Realce
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
51
HIPOTÁLAMO
GLÂNDULA HIPÓFISE
TIREÓIDE
CÉLULAS DO CORPO
ESTÍMULO
INIBIÇÃO
A
B
tiroxinaC
 
O esquema acima mostra alguns dos fatores reguladores da 
secreção da tiroxina. A análise do esquema nos permite concluir 
corretamente que: 
A) menores taxas de tiroxina estimulam o hipotálamo, mas inibem a 
hipófise. 
B) o metabolismo das células independe da produção de C. 
C) o metabolismo das células aumentará se houver menor taxa do 
fator B. 
D) C estimula a secreção de A pelo hipotálamo. 
E) se a hipófise não funcionar, a tireóide não será afetada se 
receber o fator B. 
 
9. (UNICHRISTUS) 
TIREOIDITE DE HASHIMOTO 
O processo de iodação do sal é uma medida adotada em todo o 
mundo com o objetivo de prevenir os chamados distúrbios por 
deficiência de iodo (DDI), que incluem retardo mental grave e 
irreversível e surdo-mudez em crianças, anomalias congênitas e 
bócio. Contudo, de acordo com a Anvisa, há indícios de que o 
consumo excessivo de iodo possa aumentar os casos de tireoidite 
de Hashimoto, doença autoimune caracterizada pela inflamação da 
tireoide e provocada por um erro no sistema imunológico. Os 
principais sintomas dessa doença incluem fadiga crônica, cansaço 
fácil e ganho de peso. 
QUANTIDADE RECOMENDADA DE IODO 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a 
quantidade de iodo para cada quilo de sal se situe entre 20 mg e 40 
mg nos países em que a população consume uma média de 10 
gramas de sal por dia. Dados do Ministério da Saúde indicam que o 
brasileiro consome, diariamente, 9,6 gramas de sal, mas o consumo 
total pode chegar a 12 gramas quando levados em consideração 
alimentos processados e consumidos fora de casa. A Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma proposta 
para reduzir o teor de iodo no sal de cozinha comercializado em 
todo o país. Atualmente, a quantia considerada própria para 
consumo humano varia entre 20 miligramas (mg) e 60 mg de iodo 
para cada quilo de sal. Por meio da Consulta Pública nº 35, a 
Anvisa propõe que a quantidade fique entre 15 mg e 45 mg. 
Disponível em: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quan tidade-iodo-sal-
cozinha&id=6696. Acesso em: 5 de setembro de 2013. 
(Dados: M(I) = 127 g/mol; M(KIO3) = 214 g/mol) 
Aliando o texto aos seus conhecimentos químicos e sabendo que a 
substância usada no sal para repor iodo é o iodato de potássio, 
pode-se inferir que 
A) a tireoidite de Hashimoto é uma doença congênita causada pelo 
excesso de iodo. 
B) o bócio ou papo é uma anomalia congênita causada pela 
deficiência de iodo. 
C) devem-se adicionar, no mínimo, 15 mg de iodato de potássio por 
quilograma de sal, segundo a Anvisa. 
D) devem-se adicionar, no máximo, 75,83 mg de iodato de 
potássio/kg de sal, segundo nova proposta da Anvisa. 
E) houve uma redução máxima de 15 mg de iodato de potássio, 
segundo a nova proposta da Anvisa. 
 
10. (UNICHRISTUS) 
O diabetes mellitus é a síndrome do metabolismo defeituoso de 
carboidratos, lipídios e proteínas, causado tanto pela ausência de 
secreção de insulina, diabetes tipo I, como pela diminuição da 
sensibilidade dos tecidos à insulina, diabetes tipo II. 
Fonte: Guyton & Hall, Tratado de Fisiologia Médica, p. 999, 12ª Ed. 
Como efeito metabólico decorrente dessa disfunção orgânica, pode-
se destacar 
A) a redução da concentração de colesterol plasmático. 
B) o comprometimento do transporte de aminoácidos para as 
células. 
C) a redução da atividade das enzimas que promovem a 
gliconeogênese. 
D) o aumento da reabsorção de água nos túbulos renais produzindo 
urina concentrada. 
E) a inibição do catabolismo das proteínas, reduzindo a liberação 
de aminoácidos das células. 
 
11. (UNICHRISTUS) 
ADRENALINA ARRISCADA 
“Cuidado!” – Foi tudo que ouvi. 
Eu não sou louquinha, sou feliz! 
Feliz por conhecer esta beleza de cachoeira! 
Feliz por estar acompanhada com meu amor. 
Caminho numa trilha, encontro esta maravilha! 
Feliz, sorridente, serelepe! 
Vitóriaaaa! 
É arriscado querer ver tão de perto... 
“Cuidado, não vai cair”. 
Amor tendo um ataque súbito comigo, 
Demonstra excessiva preocupação. 
Evidencio o seu sentimento por mim, 
Num clima totalmente tropical! 
Faço questão de estar mais próximo do perigo, 
Uma delirante adrenalina arriscada. 
Viver de fortes emoções é um teste para o coração. 
Gargalho pela situação e pela extrema preocupação. 
Amo cachoeiras e amo a natureza! 
Estar na sua tranquilidade, era tudo que eu queria. 
Afastada do cotidiano que acaba sendo monótono. 
Emoções recheadas de forte adrenalina arriscada! 
http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_textos_autor.php?cdPoesia=4735&cdEscritor=
68&cdTipoPoesia=&TipoPoesia=&rdBusca=&tbTxBuscA 
Em relação à substância citada no texto, pode-se inferir que 
A) quando lançada na corrente sanguínea, devido a quaisquer 
condições do meio ambiente que ameacem a integridade física do 
corpo (fisicamente, ou psicologicamente como a ansiedade),aumenta a frequência dos batimentos cardíacos (cronotrópica 
positiva) e diminui o volume de sangue por batimento cardíaco, 
USER
Realce
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
52
eleva o nível de açúcar no sangue (hiperglicemiante), minimiza o 
fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal. 
B) tem como efeitos terapêuticos a broncoconstrição, o controle da 
frequência cardíaca e da pressão arterial, dependendo da dose. Na 
anestesia local é utilizada como coadjuvante, causando 
vasoconstrição para perdurar o efeito do anestésico, visto que uma 
área menor de vaso sanguíneo degradará menos o fármaco. 
C) é um hormônio liberado pelas glândulas que ficam sobre os rins, 
as glândulas pancreáticas. A presença no organismo se dá através 
de um sinal liberado em resposta ao grande estresse físico ou 
mental, situações de forte emoção como, por exemplo: descida em 
montanha russa, salto de paraquedas, esportes radicais em geral. 
D) atua como um hormônio que tem efeito semelhante à ação do 
sistema nervoso simpático, preparando o organismo para um 
grande esforço físico. Os sintomas característicos de sua liberação 
são: sudorese, vasoconstrição, aumento dos batimentos cardíacos, 
dilatação das pupilas e brônquios, elevação do nível de açúcar no 
sangue, dentre outros. 
E) tem sua ação relacionada ao metabolismo do cálcio; age 
promovendo a absorção de cálcio no intestino, a reabsorção nos 
rins e promove as atividades osteoclásticas, ou seja, a reabsorção 
de cálcio dos ossos para o sangue. Eleva as taxas sanguíneas de 
cálcio. Uma hipofunção da substância gera diminuição do cálcio 
sanguíneo, o que causa um quadro de tetania (contrações 
involuntárias da musculatura esquelética). A hiperfunção da 
substância gera uma desmineralização óssea, deixando os ossos 
porosos e quebradiços. 
 
12. (UECE) É verdadeiro afirmar com relação aos hormônios: 
A) O hormônio tireotrófico é produzido na tireóide e regula a taxa de 
crescimento do organismo. 
B) A adrenalina é produzida pela adeno-hipófise e seu efeito no 
organismo pode provocar o aumento do ritmo respiratório e 
circulatório bem como a elevação da pressão arterial. 
C) A ocitocina é um hormônio masculino relacionado com a 
regulação das glândulas sexuais. 
D) O paratormônio é produzido nas paratireóides e regula a taxa de 
cálcio no organismo. 
 
13. (UECE) É correto afirmar com relação aos hormônios: 
A) O diabetes insipidus está relacionado à produção insuficiente de 
insulina pelo pâncreas. 
B) A acentuada retirada de cálcio dos ossos observada na 
produção excessiva de paratormônio favorece fraturas e 
deformações ósseas no indivíduo afetado. 
C) O excesso de tiroxina na infância acarreta um quadro de retardo 
físico, mental e sexual, conhecido como cretinismo. 
D) A produção excessiva de somatotrofina pela tireóide durante a 
fase de crescimento do indivíduo leva ao gigantismo. 
 
14. (UECE) Sobre o sistema endócrino analise as afirmativas 
abaixo. 
I. Os hormônios são produzidos por glândulas endócrinas que se 
originam no tecido conjuntivo. 
II. O hormônio age como mensageiro químico, adaptando-se a 
receptores celulares específicos. Constitui-se efeito comum da ação 
hormonal, a produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMP-
cíclico). 
III. Todos os hormônios são originados do sistema nervoso, onde 
são produzidos pelos neurônios. Ex.: os neurônios da tireoide 
produzem a tiroxina. 
A opção que contém apenas afirmativa(s) correta(s) é: 
A) I. B) II. C) I e III. D) II e III. 
 
15. (NOVAFAPI) Assinale com V as frases verdadeiras e com F as 
falsas e, em seguida, marque a alternativa com a sequência 
correta. 
(_) A gonadotrofina coriônica é um hormônio placentário que atua 
sobre o corpo lúteo, estimulando-o a produzir a progesterona que 
manterá a gravidez. 
(_) O FSH (hormônio folículo estimulante) é produzido no ovário e 
tem a função de estimular a produção de óvulo. 
(_) A aldosterona produzida pelo córtex da adrenal atua nos rins, 
promovendo a reabsorção de água e íons de sódio nos túbulos 
renais. 
(_) A vasopressina, também chamada de hormônio antidiurético, é 
produzida pelas suprarrenais e atua na diminuição da sudorese. 
(_) A calcitonina produzida pela tireoide acelera a perda de cálcio 
dos ossos. 
A) VFFVF. B) VFVFF. C) VFFFV. D) FVFFV. E) FFVFV. 
 
16. (FACID) O diabetes é um distúrbio causado pela incapacidade 
do organismo de produzir ou utilizar insulina. Essa substância, 
produzida pelo pâncreas, auxilia a entrada de glicose nas células, 
como mostra a figura abaixo. 
 
 
Sobre essa doença é incorreto afirmar que: 
A) na falta de insulina, a quantidade de glicose no sangue aumenta, 
o que pode provocar problemas visuais, circulatórios, cardíacos, 
renais, entre outros. 
B) no diabetes tipo I, o nível de insulina no sangue é baixo porque o 
sistema imunológico destrói as células do pâncreas que a 
produzem. 
C) o diabetes tipo II é causada por fatores genéticos e é mais 
comum em pessoas com idade abaixo de vinte anos. 
D) no diabetes tipo II, a quantidade de insulina no sangue é normal, 
mas a glicose não é absorvida, pois as células do corpo 
apresentam menos receptores de insulina na membrana 
plasmática. 
E) atualmente não se conhece nenhum modo de evitar o diabetes 
tipo I. 
 
17. (FCM-JP) Um paciente de 32 anos procurou um 
endocrinologista por estar apresentando baixo peso, o metabolismo 
basal acima dos parâmetros normais, nervosismo e o globo ocular 
saliente. Com dados nesta informação, a disfunção hormonal 
apresentada pelo paciente sugere o envolvimento de: 
A) Suprarrenal. B) Paratireoide. C) Tireoide. 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
53
D) Adrenal. E) Pâncreas. 
 
18. (FCM-CG) 
CAMPANHA ALERTA BRASILEIROS SOBRE AS 
COMPLICAÇÕES E SINTOMAS DO DIABETES 
Até o fim do ano, a Sociedade Brasileira de Diabetes vai fazer uma 
série de ações para alertar a população sobre a doença. No Brasil 
13,5 milhões de pessoas sofrem de diabetes; 90% têm diabetes tipo 
dois. O que preocupa os médicos é que a metade dos diabéticos 
não sabe que tem a doença. A diabetes tipo um destrói as células 
do pâncreas, reduzindo a produção de insulina. A doença costuma 
atingir crianças e adolescentes e os principais sintomas são sede, 
perda de peso e excesso de urina. Já a diabetes tipo dois está 
ligado ao fator genético, à obesidade e ao sedentarismo. Adultos 
com mais de 40 anos sofrem mais da doença. Os sintomas são 
semelhantes aos do tipo um, mas raramente aparecem. É isso que 
preocupa os médicos. “Por ter poucos sintomas, as pessoas não se 
alertam para isso, não fazem exame de sangue e vão descobrir já 
com alguma complicação crônica da diabetes, como a amputação 
de um membro inferior, o início de perda visual”, explica o 
presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Balduíno 
Tschiedel. A receita é fazer exames regulares e atividade física, 
trinta minutos, três vezes por semana. Mexer o corpo estimula a 
ação da insulina, reduzindo o nível de açúcar no sangue. É 
importante também não abusar dos carboidratos. 
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/10/campanha-alerta-brasileiros-sobre-
complicacoes-e-sintomas-da-diabetes.html (adaptado) 
Analise as afirmativas a seguir que contemplam assuntos do 
fragmento jornalístico sobre a Campanha da Sociedade Brasileira 
de Diabetes: 
I. O diabético elimina grande volume de urina, uma vez que a alta 
quantidade de glicose no filtrado glomerular causa diminuição na 
reabsorção de água pelos túbulos renais. 
II. O diabetes tipo I, conhecido como insulino-dependente, é 
causado pela redução acentuada de células-beta do pâncreas, comdeficiência da produção de insulina. 
III. O pâncreas é considerado uma glândula mista que apresenta 
uma parte exócrina constituída por aglomerados celulares 
denominados ilhotas pancreáticas, responsáveis pela síntese dos 
hormônios insulina e glucagon. 
IV. Quando uma pessoa apresenta níveis praticamente normais de 
insulina no sangue, mas sofre redução do número de receptores de 
insulina nas membranas de suas células musculares e adiposas, é 
sinal de que tem diabetes tardio. 
Estão corretas apenas 
A) III e IV. B) I e II. C) II e III. D) I e IV. E) II e IV. 
 
19. (FCM-CG) 
“Como anda a sua tireoide? Um copo d’água e um espelho bastam 
para detectar alterações na tireoide: 
1. Procure, com a ajuda do espelho, o seu pomo-de-adão, também 
conhecido como ‘gogó’. A tireoide fica logo abaixo dele. 
2. Beba um gole de água. Enquanto você engole, a glândula sobe e 
desce. Será que você nota alguma saliência maior durante esse 
movimento? Repita o exercício. Se a sensação de algo alterado 
persiste, não hesite e vá atrás de um endocrinologista” 
Fonte: http://saude.abril.com.br/especiais/tireoide/conteudo_137184.shtml. 
Com relação à tireoide, é correto afirmar que 
A) caso ocorra a diminuição da triiodotironina, a pessoa torna-se 
apática e apresenta tendência a engordar; em crianças, a 
diminuição do T3 é responsável pela manifestação da doença 
adquirida denominada cretinismo, que se caracteriza pelo 
comprometimento do crescimento estatural. 
B) quando há acentuada atividade dessa glândula mista 
(hipertireoidismo), um dos sintomas mais frequentes é percebido 
nos olhos, que ficam maiores e saltados; outros são também 
relatados, como sudorese abundante, nervosismo, irritabilidade, 
bradicardia e emagrecimento (geralmente). 
C) o bócio endêmico ocorre em situações de deficiência do iodo, 
quando a glândula, na tentativa de compensar a falta desse sal 
mineral que é essencial à síntese dos hormônios tireoidianos, 
hipertrofia, situação que comprime a laringe e bloqueia o 
funcionamento das paratireoides. 
D) a glândula é responsável por sintetizar ocitocina – hormônio que 
recrudesce o cálcio no sangue –, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), 
importantes hormônios controladores do metabolismo, além de 
regular a função de importantes órgãos, como o coração, o cérebro, 
o fígado e os rins. 
E) quando não funciona de maneira correta, a glândula pode liberar 
hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo, 
ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo, fato que 
desencadeia a secreção do hormônio tireotrófico (TSH) pela adeno-
hipófise, em um mecanismo de feedback. 
 
20. (FSM) O hormônio humano secretado em caso de desidratação 
e diminuição da pressão arterial, responsável pela conservação da 
água do corpo por parte dos rins. O texto refere-se a(o)? 
A) Adrenalina. B) FSH. C) Cortisona. 
D) Ocitocina. E) Vasopressina. 
 
21. (UESPI) Sobre a integração hormonal necessária para equilibrar 
os níveis de glicose no sangue, observe a figura abaixo e assinale a 
alternativa correta. 
 
Adaptado de: http://www.emagrecer.tv/blog/wpcontent/uploads/2009/01/800 px-glicemiasvg.png 
A) Alimentos ricos em carboidratos (1) inibem as células alfa (2) a 
produzirem insulina e estimulam (3) células beta a produzirem 
glucagon. 
B) A produção de insulina por células beta (4) estimula a 
glicogenólise no fígado (5). 
C) Alimentos pobres em carboidratos (6) inibem células beta (7) e 
estimulam células alfa (8) a produzirem glucagon. 
D) A secreção de insulina por células beta (4) estimula a 
glicogênese, enquanto que a secreção de glucagon por células alfa 
(9) estimula a glicogenólise. 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
54
E) Por estimulo da insulina (9), alimentos pobres em carboidratos 
induzem a liberação de glicose na corrente sanguínea pelo fígado 
(10). 
 
22. (UERN) 
Biólogos evolucionistas se perguntam, há muito tempo, se a história 
pode andar para trás. Seria possível, para as proteínas em nossos 
corpos, retornar a formas e trabalhos antigos que tinham milhões de 
anos atrás? Para examinar mais de perto a possibilidade de 
evolução reversa nesse nível molecular, os cientistas estudaram 
uma proteína denominada receptor glicocorticoide que, em 
humanos e na maioria dos outros vertebrados, se liga ao hormônio 
cortisol, acionando genes de defesa. Ao comparar o receptor a 
proteínas relacionadas, os cientistas reconstruíram sua história. 
Cerca de 450 milhões de anos atrás, ela se iniciou com um formato 
diferente que lhe permitia agarrar firmemente a outros hormônios, 
mas com pouca força ao cortisol. Ao longo dos 40 milhões de anos 
seguintes, o receptor mudou de formato, de forma que se tornou 
muito sensível ao cortisol, mas não podia mais se prender a outros 
hormônios. 
ZIMMER, 2009, P. 118 
Com relação ao hormônio cortisol ou hidrocortisona, pode-se 
afirmar: 
A) É liberado pela medula adrenal, em doses mais ou menos 
constantes, e ocasiona excitabilidade do sistema nervoso. 
B) É produzido pelas glândulas paratireoideas, promovendo 
aumento da taxa de Cálcio sanguíneo, elevando, desse modo, a 
deposição de Cálcio nos ossos. 
C) É produzido pelo córtex adrenal, exercendo efeitos sobre o 
metabolismo de glicose e tendo sua liberação acentuada quando 
em momentos de estresse. 
D) É liberado pela adeno-hipófise, agindo sob o funcionamento de 
outras glândulas endócrinas e possibilita a manutenção da pressão 
sanguínea em níveis normais. 
 
23. (UFPE) Correlacione cada glândula endócrina ilustrada na figura 
com os efeitos que podem ser causados ao homem, em 
conseqüência de disfunções das mesmas. 
 
(_) Diabetes mellitus. Observa-se glicose no sangue e na urina. 
(_) Virilização em mulheres. Observa-se acentuação de caracteres 
sexuais masculinos, como pelos no rosto e mudança no tom de voz. 
(_) Nanismo ou gigantismo. Observa-se, respectivamente, baixa e 
alta estatura em relação à média normal. 
(_) Bócio endêmico. Observa-se crescimento exagerado da 
glândula por deficiência de iodo na alimentação. 
A sequência correta é: 
A) 1, 2, 3 e 4. B) 2, 3, 1 e 4. C) 3, 1, 4 e 2. 
D) 4, 2, 3 e 1. E) 4, 3, 1 e 2. 
24. (UFPE) O equilíbrio hídrico no corpo humano depende dos 
hormônios: 
A) testosterona e tiroxina. B) glucagon e timosina. 
C) ADH (antidiurético) e aldosterona. D) paratormônio e calcitonina. 
E) calcitonina e antidiurético. 
 
25. (UPE) Leia o texto a seguir: 
De acordo com o pediatra Dr. Moises Chencinski, a longo prazo, 
não dormir direito pode comprometer seriamente a saúde, pois é 
durante o sono que são produzidos alguns hormônios vitais para o 
funcionamento de nosso organismo. A melatonina, neuro‐hormônio 
relacionado à regulação do sono, é fabricada no escuro e produzida 
de forma muito irregular em bebês, pois sua glândula produtora não 
é bem desenvolvida. Assim, o sono de bebês é imprevisível. 
Recentes descobertas mostram que o leite materno, produzido pela 
ação da prolactina, contém melatonina em grande quantidade à 
noite e em menor concentração durante o dia. Assim, o aleitamento 
materno tem mais uma função, a qual supre essa deficiência e 
induz o sono dos bebês. Além disso, na infância, cerca de 90% do 
hormônio do crescimento (GH ou somatotrofina) são liberados 
durante o sono, e crianças que têm dificuldade para dormir têm 
mais chance de ter problemas no seu desenvolvimento físico. 
Disponível em: http://guiadobebe.uol.com.br/hora-de-dormir-o-sono-parte-4. Adaptado. 
Considerando as amplas funções dos hormônios apresentados no 
texto, estabeleça a correlação entre outras possíveis ações desses 
hormônios. 
A) Melatonina – pode atenuar inflamações;Prolactina – estimula a 
espermatogênese e a ovocitogênese; Somatotrofina – causa 
vasoconstrição generalizada no corpo. 
B) Melatonina – aumenta a concentração de glicose no sangue; 
Prolactina – evita o acúmulo de gordura e a fragilidade de ossos; 
Somatotrofina ‐ estimula a deposição de cálcio nos ossos. 
C) Melatonina – estimula a quebra de glicogênio no fígado; 
Prolactina – inibe o desenvolvimento das gônadas; Somatotrofina ‐ 
ajuda a manter tônus muscular. 
D) Melatonina – inibe o desenvolvimento das gônadas; Prolactina – 
promove a secreção de progesterona; Somatotrofina ‐ afeta o 
metabolismo das células. 
E) Melatonina – causa vasoconstrição na pele, mucosas e rins; 
Prolactina – pode atenuar inflamações; Somatotrofina ‐ acelera os 
batimentos cardíacos. 
 
26. (UPE) O médico canadense Frederick Banting (1891-1941) 
juntamente com o fisiologista escocês John James MacLeod (1876-
1935) e com o norte-americano Charles Best (1899-1978), então 
estudante de medicina, realizaram uma série de experimentos que 
mudaram a história da luta da humanidade contra uma doença que 
até hoje é alvo de grandes preocupações. Basicamente, esses 
pesquisadores fecharam cirurgicamente o duto pancreático e 
observaram que, após algumas semanas, as células pancreáticas 
haviam desaparecido, restando, apenas, nesse órgão, as ilhotas de 
Langerhans. O extrato dessas células foi, então, administrado a 
cães submetidos à remoção do pâncreas, o que resultou em uma 
sobrevida maior para esses animais. Sobre o experimento desses 
pesquisadores, analise as afirmativas a seguir: 
I. O extrato produzido pelos pesquisadores apresenta-se rico em 
Glucagon – hormônio regulador do metabolismo do açúcar e, por 
isso, foi capaz de diminuir o nível de glicose no sangue dos animais 
que tiveram o pâncreas retirado. 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
55
II. A retirada do pâncreas nos cães aumentou o nível de glicose nos músculos e no fígado dos animais, o qual só pode ser regularizado por 
meio do uso do extrato. 
III. A remoção do pâncreas inviabiliza a vida do animal, uma vez que retira dele a capacidade de produzir insulina, o que só pôde ser sanado 
por meio do extrato. 
IV. A ausência do pâncreas fez esses animais adquirirem um quadro característico de Diabetes, que foi tratado com o uso da insulina presente 
nas ilhotas. 
Estão corretas 
A) I e II. B) I e III. C) I e IV. D) II e IV. E) III e IV. 
 
27. (UPE) Estabeleça a associação correta entre as glândulas listadas na primeira coluna com os hormônios por elas produzidos e listados na 
segunda coluna e as suas respectivas funções listadas na terceira coluna. 
GLÂNDULAS HORMÔNIO FUNÇÃO 
I. Pâncreas A. Epinefrina 1. Age sobre a tireóide, aumentando a taxa do metabolismo. 
II. Pineal B. Tireoidotropina 2. Interfere nos sistemas imunológico, hormonal e nervoso. 
III. Hipófise C. Melatonina 3. Aumenta o nível de glicose no sangue. 
IV. Hipotálamo D. Ocitocina 4. Provoca vasoconstricção periférica, taquicardia e rápido aumento da taxa metabólica. 
V. Adrenal E. Glucagon 5. Estimula as contrações uterinas. 
Assinale a alternativa que apresenta a associação correta entre as colunas. 
A) I-E-3 / II-B-1 / III-D-5 / IV-A-4 / V-C-2. B) I-A-2 / II-C-3 / III-B-1 / IV-D-5 / V-E-4. C) I-B-4 / II-A-5 / III-C-2 / IV-E-1 / V-D-3. 
D) I-B-1 / II-A-4 / III-E-3 / IV-C-2 / V-D-5. E) I-E-3 / II-C-2 / III-B-1 / IV-D-5 / V-A-4. 
 
28. (UNICAMP) Os gráficos A, B e C mostram as variações da secreção de insulina e glucagon em função da concentração de glicose, e as 
variações da concentração de glicose no sangue, após uma refeição rica em carboidratos. 
 
Com base nos gráficos acima, pode-se afirmar que 
A) o aumento dos níveis de glicose no sangue causa um aumento da secreção de insulina e de glucagon por células do pâncreas, pois ambos 
os hormônios contribuem para que as moléculas de açúcar atravessem a membrana plasmática das células. 
B) se os níveis de glicose no sangue estão altos, a secreção de insulina aumenta para permitir que as moléculas de glicose sejam absorvidas 
pelas células, e os níveis de glucagon permanecem baixos, pois não há necessidade de o glicogênio ser transformado em glicose. 
C) a secreção de glucagon é alta em indivíduos que tenham se alimentado de carboidrato duas horas antes, pois muitos desses carboidratos 
acabam se transformando em glicose; já com relação à insulina, ocorre um aumento porque os níveis de glicose estão elevados. 
D) as células secretoras do pâncreas estão sempre produzindo grandes quantidades de insulina e de glucagon, pois esses dois hormônios são 
responsáveis pela captura de glicose do sangue para as células. 
 
29. (UNESP) Observou-se em uma gestante de 8 meses a existência de um tumor na neuro-hipófise, o que resultou na impossibilidade dessa 
região liberar para o sangue os hormônios que ali chegam. Em razão do fato, espera-se que 
I. quando do parto, essa mulher tenha que receber soro com ocitocina, para assegurar que ocorram as contrações uterinas. 
II. depois de nascida, a criança deva ser alimentada com mamadeira, uma vez que as glândulas mamárias da mãe não promoverão a expulsão 
do leite. 
III. a mãe não produza leite, em razão da não liberação de prolactina pela neuro-hipófise. 
IV. a mãe possa desenvolver uma doença chamada diabetes insípido. 
V. a mãe apresente poliúria (aumento no volume urinário) e glicosúria (glicose na urina), uma vez que a capacidade de reabsorção de glicose 
nos rins é insuficiente. 
É correto o que se afirma apenas em 
A) I, II e IV. B) I, II e V. C) I, III e IV. D) II e V. E) III e V. 
 
30. (UERJ) O metabolismo energético do organismo varia em função dos níveis de hormônios na circulação sanguínea. Por sua vez, a 
produção hormonal está relacionada com fatores como existência de doenças, escolhas alimentares e estado de atividade ou de inatividade 
física. O esquema abaixo mostra transformações metabólicas predominantes em determinada condição do organismo, envolvendo algumas 
substâncias em diferentes tecidos. 
  
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
56
 
 
A condição representada pelo esquema é: 
A) repouso. B) diabetes melito. 
C) hiperinsulinismo. D) dieta hiperglicídica. 
 
31. (UERJ) O esquema abaixo destaca três tipos de tecidos e 
algumas de suas respectivas etapas metabólicas. 
 
A epinefrina é um hormônio liberado em situações de tensão, com a 
finalidade de melhorar o desempenho de animais em reações de 
luta ou de fuga. Além de agir sobre o coração e os vasos 
sangüíneos, facilita o consumo de reservas orgânicas de 
combustível pelos músculos. Para cumprir essa função metabólica, 
estimula a glicogenólise hepática e muscular, a gliconeogênese 
hepática, a glicólise muscular e a lipólise no tecido adiposo. No 
esquema, as etapas ativadas pela epinefrina correspondem às 
representadas pelos números: 
A) 1 – 3 – 5 – 8 – 10. B) 1 – 4 – 6 – 8 – 10. 
C) 2 – 3 – 6 – 7 – 9. D) 2 – 4 – 5 – 7 – 9. 
 
32. (UERJ) Em um animal, antes de injetar-se um extrato de porção 
medular de glândula supra-renal, foram medidos sua pressão 
arterial e o número de batimentos cardíacos por minuto, 
representados pelo ponto P no gráfico abaixo; alguns minutos após 
a injeção, foram repetidas essas mesmas medidas. 
 
O único ponto do gráfico que pode representar as medidas feitas 
após a injeção é o de número: 
A) 1.

Outros materiais