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Fatores que alteram a constituição genética da população Monyka M. M. Laureano Hoshiba Fatores que alteram a constituição genética da população Migração Seleção Acasalamentos dirigidos Mutação População pequena (deriva genética) Migração É o movimento de indivíduos de uma população em acasalamento para outra. Pressuposições: A migração é aleatória A freqüência alélica nos migrantes é igual à da população da qual eles emigraram Migração População 1 População 2 n1 = no animais da pop. 1 f(a) = q1 n2 = no animais da pop. 2 f(a) = q2 m 1- m Migração • Taxa de migração (m) Onde n1 = número de animais da pop. 1 n2 = número de animais da pop. 2 • Taxa de não migrantes (1-m) 21 2 nn nm Migração Freqüência alélica na nova população após migração: q’ = mq2 + (1-m)q1 = mq2 + q1 – mq1 A alteração da freqüência alélica depende: Diferença entre as freqüências alélicas das duas populações (q1 – q2) Taxa de migração (m) q’ = q1 + m (q2 – q1) Mudança de freqüência gênica (Δq), após uma geração de imigração é: Δq = q’ – q1 Exemplo: Pop. 1 q1 = 0,20 n1 = 8000 Pop. 2 q2 = 0,60 n2 = 2000 0,20 10000 2000 80002000 2000m q’ = (1 – m)q1 + mq2 = (1-0,20)0,20 + 0,20 (0,60) = 0,16 + 0,12 q’ = 0,28 Diferença de freqüência gênica: Δq = q’ – q1 = 0,28 – 0,20 = 0,08 Seleção SELEÇÃO NATURAL ◦ Refere-se à influência do ambiente sobre a probabilidade de determinado genótipo sobreviver e reproduzir. SELEÇÃO ARTIFICIAL ◦ Refere-se a um conjunto de regras designado pelo homem para governar a probabilidade de um indivíduo sobreviver e reproduzir Seleção SELEÇÃO TAXAS REPRODUTIVAS DIFERENTES “Fitness” ou valor adaptativo: É a capacidade de um fenótipo, e do genótipo correspondente, para sobreviver e se reproduzir em um dado ambiente Genótipo Freqüência inicial Valor adaptativo relativo AA p0 2 1 Aa 2p0q0 1 aa q0 2 1 - s Seleção contra aa População inicial: f(A) = p0 f(a) = q0 Seleção contra aa População inicial: f(A) = p0 f(a) = q0 Genótipo Freqüência inicial Valor adaptativo relativo AA p0 2 1 Aa 2p0q0 1 aa q0 2 1 - s Proporção da população que produz gametas Genótipo Freqüência inicial Valor adaptativo Prop. da pop. que produz gametas AA p0 2 1 p0 2 Aa 2p0q0 1 2p0q0 aa q0 2 1 - s q0 2(1 – s) p0 2 + 2p0q0 + q0 2(1 – s) 1 Freqüência genotípica nos selecionados: Freqüência alélica nos selecionados Freqüência gamética ( p1 > p0 ) Freqüência genotípica na progênie Genótipo Freqüência genotipica AA p1 2 Aa 2p1q1 aa q1 2 Exemplo: Genótipos Freqüência genotípica inicial “Fitness” Relativo Proporção de sobreviventes AA 0,36 1 Aa 0,48 1 aa 0,16 1-s s = 0,50 Exemplo: Genótipos Freqüência genotípica inicial “Fitness” Relativo Proporção de sobreviventes AA 0,36 1 Aa 0,48 1 aa 0,16 1-s Total 1,00 s = 0,50 F(A) = 0,36 + (0,48/2) = 0,36 + 0,24 = 0,60 = p F(a) = 0,16 + (0,48/2) = 0,16 + 0,24 = 0,40 = q Exemplo: Genótipos Freqüência genotípica inicial “Fitness” Relativo Proporção de sobreviventes AA 0,36 1 Aa 0,48 1 aa 0,16 1-s =1-0,50=0,50 Total 1,00 s = 0,50 F(A) = 0,36 + (0,48/2) = 0,36 + 0,24 = 0,60 F(a) = 0,16 + (0,48/2) = 0,16 + 0,24 = 0,40 Exemplo: Genótipos Freqüência genotípica inicial “Fitness” Relativo Proporção de sobreviventes AA 0,36 1 0,36 Aa 0,48 1 0,48 aa 0,16 1-s =1-0,50=0,50 0,16x0,50=0,08 Total 1,00 0,92 s = 0,50 F(A) = 0,36 + (0,48/2) = 0,36 + 0,24 = 0,60 F(a) = 0,16 + (0,48/2) = 0,16 + 0,24 = 0,40 Freqüência genotípica dos sobreviventes f(AA) = 0,36 / 0,92 = 0,391 f(Aa) = 0,48 / 0,92 = 0,522 f (aa) = 0,08 / 0,92 = 0,087 Freqüência gênica dos sobreviventes f(A) = 0,391 + ½ 0,522 = 0,652=p1 F(a) = 0,087 + ½ 0,522 = 0,348=q1 PROGÊNIE Freqüência genotípica f(AA) = p1 2 f(Aa) = 2p1q1 f (aa) = q1 2 Freqüência gênica f(A) = p1 2 + ½ 2p1q1 F(a) = q1 2 + ½ 2p1q1 PROGÊNIE Freqüência genotípica f(AA) = p1 2 = (0,652)2 = 0,425 f(Aa) = 2p1q1 = 2 (0,652)(0,348) = 0,454 f (aa) = q1 2 = (0,348)2 = 0,121 Freqüência gênica f(A) = p1 2 + ½ 2p1q1 = 0,425 + ½ 0,454 = 0,652 F(a) = q1 2 + ½ 2p1q1 = 0,121 + ½ 0,454 = 0,348 Efeito genético da seleção Altera freqüência alélica Exercício: Genótipos Freqüência genotípica inicial “Fitness” Relativo Proporção de sobreviventes AA 0,29 1-s1 Aa 0,50 1 aa 0,21 1-s2 s1 = 0,35 s2 = 0,70 Exercício: Genótipos Freqüência genotípica inicial “Fitness” Relativo Proporção de sobreviventes AA 0,29 1-s1 Aa 0,50 1 aa 0,21 1-s2 Total 1,00 s1 = 0,35 s2 = 0,70 F(A) = 0,29 + (0,50/2) = 0,29 + 0,25 = 0,54 F(a) = 0,21 + (0,50/2) = 0,21 + 0,25 = 0,46 Exercício: Genótipos Freqüência genotípica inicial “Fitness” Relativo Proporção de sobreviventes AA 0,29 1-s1 = 1-35 = 0,65 Aa 0,50 1 aa 0,21 1-s2 = 1-70 = 0,30 Total 1,00 s1 = 0,35 s2 = 0,70 F(A) = 0,29 + (0,50/2) = 0,29 + 0,25 = 0,54 F(a) = 0,21 + (0,50/2) = 0,21 + 0,25 = 0,46 Exercício: Genótipos Freqüência genotípica inicial “Fitness” Relativo Proporção de sobreviventes AA 0,29 1-s1 = 1-35 = 0,65 0,1885 Aa 0,50 1 0,50 aa 0,21 1-s2 = 1-70 = 0,30 0,0630 Total 1,00 0,7515 s1 = 0,35 s2 = 0,70 F(A) = 0,29 + (0,50/2) = 0,29 + 0,25 = 0,54 F(a) = 0,21 + (0,50/2) = 0,21 + 0,25 = 0,46 Freqüência genotípica dos sobreviventes f(AA) = 0,1885 / 0,7515 = 0,25 f(Aa) = 0,50 / 0,7515 = 0,67 f (aa) = 0,0630 / 0,7515 = 0,08 Freqüência gênica dos sobreviventes f(A) = 0,25 + ½ 0,67 = 0,58 F(a) = 0,08 + ½ 0,67 = 0,42 PROGÊNIE Freqüência genotípica f(AA) = p1 2 f(Aa) = 2p1q1 f (aa) = q1 2 Freqüência gênica f(A) = p1 2 + ½ 2p1q1 F(a) = q1 2 + ½ 2p1q1 PROGÊNIE Freqüência genotípica f(AA) = p1 2 = (0,58)2 = 0,336 f(Aa) = 2p1q1 = 2 (0,58)(0,42) = 0,487 f (aa) = q1 2 = (0,42)2 = 0,177 Freqüência gênica f(A) = p1 2 + ½ 2p1q1 = 0,336 + ½ 0,487 = 0,58 F(a) = p1 2 + ½ 2p1q1 = 0,177 + ½ 0,487 = 0,42 Acasalamentos Dirigidos ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos somente entre animais de mesmo fenótipo. ACASALAMENTO PREFERENCIAL NEGATIVO Acasalamentos somente entre animais de fenótipos diferentes. ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Exemplo: Cor de pelagem de bovinos da raça Shorthorn Genótipo Fenótipo Freqüência genotípica (equilíbrio) RR Vermelho p2 Rr Ruão 2pq rr Branco q2 f(RR) = p2 f(Rr) = 2pqf(rr) = q2 Touros Vermelhos f(RR) = 1 Touros Ruão f(Rr) = 1 Touros Brancos f(rr) = 1 ♀ ♂ f(RR) = p2 f(Rr) = 2pq f(rr) = q2 Touros Vermelhos f(RR) = 1 Touros Ruão f(Rr) = 1 Touros Brancos f(rr) = 1 ♀ ♂ f(RR) = p2 f(Rr) = 2pq f(rr) = q2 Touros Vermelhos f(RR) = 1 Touros Ruão f(Rr) = 1 Touros Brancos f(rr) = 1 ♀ ♂ f(RR) = p2 f(Rr) = 2pq f(rr) = q2 Touros Vermelhos f(RR) = 1 Touros Ruão f(Rr) = 1 Touros Brancos f(rr) = 1 ♀ ♂ ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos Fêmeas Machos RR (p2) RR (1,0) Rr (2pq) Rr (1,0) rr (q2) rr (1,0) ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Fêmeas Machos RR (p2) RR (1,0) p2 Rr (2pq) Rr (1,0) 2pq rr (q2) rr (1,0) q2 ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (p2) RR (1,0) p2 Rr (2pq) Rr (1,0) 2pq rr (q2) rr (1,0) q2 ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (p2) RR (1,0) p2 p2 - - Rr (2pq) Rr (1,0) 2pq rr (q2) Rr (1,0) q2 ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (p2) RR (1,0) p2 p2 - - Rr (2pq) Rr (1,0) 2pq ½ pq pq ½ pq rr (q2) Rr (1,0) q2 ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (p2) RR (1,0) p2 p2 - - Rr (2pq) Rr (1,0) 2pq ½ pq pq ½ pq rr (q2) rr (1,0) q2 - - q2 ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (p2) RR (1,0) p2 p2 - - Rr (2pq) Rr (1,0) 2pq ½ pq pq ½ pq rr (q2) Rr (1,0) q2 - - q2 TOTAL p2 + ½ pq pq q2 + ½ pq ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Freqüência genotípica na progênie: ◦ f(RR) = p2 + ½ pq ◦ f(Rr) = pq ◦ f(rr) = q2 + ½ pq Alterou freqüência genotípica Freqüência alélica na progênie: ◦ f(R) = p2 + ½ pq + ½ pq = p2 + pq = p(q +p) = p ◦ f(r) = q Não alterou freqüência alélica Acasalamentos Dirigidos Na ausência de seleção, altera as freqüências genotípicas mas não altera as freqüências alélicas de uma geração para outra. Exemplo: Genótipo Fenótipo Freq. Genotípica (equilíbrio) RR Vermelho p2 = 0,25 Rr Ruão 2pq = 0,50 rr Branco q2 = 0,25 Assumindo: f (R) = 0,50 f (r) = 0,50 ACASALAMENTO PREFERENCIAL POSITIVO Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (p2) RR (1,0) p2 p2 - - Rr (2pq) Rr (1,0) 2pq ½ pq pq ½ pq rr (q2) Rr (1,0) q2 - - q2 TOTAL p2 + ½ pq pq q2 + ½ pq Exemplo: Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (0,25) RR (1,0) Rr (0,50) Rr (1,0) rr (0,25) rr (1,0) TOTAL Exemplo: Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (0,25) RR (1,0) 0,25 Rr (0,50) Rr (1,0) 0,50 rr (0,25) rr (1,0) 0,25 TOTAL Exemplo: Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (0,25) RR (1,0) 0,25 0,25 - - Rr (0,50) Rr (1,0) 0,50 0,125 0,25 0,125 rr (0,25) rr (1,0) 0,25 - - 0,25 TOTAL Exemplo: Acasalamentos Freq. dos Acasalam entos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (0,25) RR (1,0) 0,25 0,25 - - Rr (0,50) Rr (1,0) 0,50 0,125 0,25 0,125 rr (0,25) rr (1,0) 0,25 - - 0,25 TOTAL 0,375 0,25 0,375 Freqüência genotípica f(RR) = 0,375 f(Rr) = 0,25 f(rr) = 0,375 • Freqüência gênica f(R) = 0,375 + ½(0,25) = 0,50 f(r) = 0,375 + ½(0,25) = 0,50 Exemplo: f (R) = 0,50 = p f (r) = 0,50 = q f (R) = 0,50 = p f (r) = 0,50 = q f (RR) = 0,25 f (Rr) = 0,50 f (rr) = 0,25 f (RR) = 0,375 f (Rr) = 0,25 f (rr) = 0,375 ACASALAMENTO PREFERENCIAL NEGATIVO Exemplo: Cor de pelagem de bovinos da raça Shorthorn Genótipo Fenótipo Freqüência genotípica (equilíbrio) RR Vermelho p2 Rr Ruão 2pq rr Branco q2 f(RR) = p2 f(Rr) = 2pq f(rr) = q2 Touros Vermelhos f(RR) Touros Ruão f(Rr) = Rr/Rr+rr Touros Brancos f(rr) = rr/Rr+rr ♀ ♂ f(RR) = p2 f(Rr) = 2pq f(rr) = q2 Touros Vermelhos f(RR) = RR/RR+rr Touros Ruão f(Rr) Touros Brancos f(rr) = rr/RR+rr ♀ ♂ f(RR) = p2 f(Rr) = 2pq f(rr) = q2 Touros Vermelhos f(RR) = RR/RR+Rr Touros Ruão f(Rr) = Rr/RR+Rr Touros Brancos f(rr) ♀ ♂ Acasalamentos Freq. Acasalamentos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (p2) Rr (Rr/Rr+rr) p2 (Rr/Rr+rr) = x ½ x ½ x - rr (rr/Rr+rr) p2 (rr/Rr+rr) = y - y - Rr (2pq) RR(RR/RR+rr) 2pq (RR/RR+rr) = z ½ z ½ z - rr (rr/RR+rr) 2pq (rr/RR+rr) = w - ½ w ½ w rr (q2) RR(RR/RR+Rr) q2 (RR/RR+Rr) = k - k - Rr (Rr/RR+Rr) q2 (Rr/RR+Rr) = t - ½ t ½ t TOTAL f(RR) f(Rr) f(rr) Freqüência genotípica na progênie: ◦ f(RR) = a ◦ f(Rr) = b ◦ f(rr) = c Alterou freqüência genotípica Freqüência alélica na progênie: ◦ f(R) = a + ½ b = p ◦ f(r) = c + ½ b = q Não alterou freqüência alélica Exemplo 02: Fenótipo Genótipo Freq. Genotípica (equilíbrio) RR Vermelho p2 = 0,25 Rr Ruão 2pq = 0,50 rr Branco q2 = 0,25 Assumindo: f (R) = 0,50 f (r) = 0,50 Acasalamentos Freq. dos Acasala mentos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (0,25) Rr (0,667) rr (0,333) Rr (0,50) RR (0,50) rr (0,50) rr (0,25) RR (0,333) Rr (0,667) TOTAL Acasalamentos Freq. dos Acasala mentos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (0,25) Rr (0,667) 0,1668 rr (0,333) 0,0833 Rr (0,50) RR (0,50) 0,25 rr (0,50) 0,25 rr (0,25) RR (0,333) 0,0833 Rr (0,667) 0,1668 TOTAL Acasalamentos Freq. dos Acasala mentos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (0,25) Rr (0,667) 0,1668 0,0834 0,0834 - rr (0,333) 0,0833 - 0,0833 - Rr (0,50) RR (0,50) 0,25 0,125 0,125 - rr (0,50) 0,25 - 0,125 0,125 rr (0,25) RR (0,333) 0,0833 - 0,0833 - Rr (0,667) 0,1668 0,0834 0,0834 TOTAL Acasalamentos Freq. dos Acasala mentos Freq. Genotípica na progênie Fêmeas Machos RR Rr rr RR (0,25) Rr (0,667) 0,1668 0,0834 0,0834 - rr (0,333) 0,0833 - 0,0833 - Rr (0,50) RR (0,50) 0,25 0,125 0,125 - rr (0,50) 0,25 - 0,125 0,125 rr (0,25) RR (0,333) 0,0833 - 0,0833 - Rr (0,667) 0,1668 0,0834 0,0834 TOTAL 0,2084 0,5834 0,2084 Freqüência genotípica f(RR) = 0,2084 f(Rr) = 0,5834 f(rr) = 0,2084 • Freqüência gênica f(R) = 0,2084+ ½(0,5834) = 0,50 f(r) = 0,2084 + ½(0,5834) = 0,50 Conclusão: Progênie Pref. Positivo Progênie Pref. Negativo p2 = 0,375 p2 = 0,2084 2pq = 0,250 2pq = 0,5834 q2 = 0,375 q2 = 0,2084 f(RR) = p2 = 0,25 f(Rr) = 2pq = 0,50 f(rr) = q2 = 0,25 ↑ Homozigotos Mantém Freq. Gênica ↑ Heterozigotos Mantém Freq. Gênica Mutação Mutação é uma mudança súbita e permanente (herdável) na estrutura dos genes. Em função deste fenômeno pode ser criado um novo alelo, ou um alelo pode se modificar e ficar igual a outro alelo existente. Mutação não recorrente Ocorre em apenas um gene ou cromossomo na população como um todo (Este tipo de mutação é de pouca conseqüência a menos que produza uma vantagem seletiva significativa para o indivíduo portador do novo alelo) Mutação Mutação recorrente Eventos mutacionais que ocorrem com taxas características. (Cada evento mutacional ocorre regularmente, e em uma grande população, a freqüência do gene mutante nunca é tão baixa que a perda total do mesmo possa ocorrer por amostragem) Mutação Assumindo: - Ambiente constante - Taxa de mutação constante de geração para geração Mutação -Taxa de mutação µ é a probabilidade que um determinado alelo A1 mute para o alelo A2 P(A1 A2) = µ - Freqüência de mutações é o produto da taxa de mutação e da freqüência gênica, p0: f (A1 A2) = µp0 Mutação Fração de genes A1 perdidos na população Se a freqüência de alelos A2 mutando para A1 for ignorada: - 1ª Geração: f (A1) = p1 = p0 – µp0 = p0(1 – µ) f (A2) = q1 = q0 + µp0 - 2ª Geração: f (A1) = p2 = p1 – µp1 = p1(1 – µ) Como p1 = p0(1 – µ) então: f (A1) = p0(1 – µ)(1 – µ) = p0(1 – µ) 2 - Após n gerações f (A1) = p0(1 – µ) n Considerando mutações em ambas as direções: A1 A2 A1 ←A2 Se f(A1)= p0 na população inicial, então: p1 = p0 – µp0 + vq0 µ v As três possibilidades são: 1) µp0 > vq0 e f (A1) diminui 2) µp0 < vq0 e f (A1) aumenta 3) µp0 = vq0 e f (A1) estável / equilíbrio Equilíbrio Considerando: µ e v são constantes nº alelos A1 A2 é igual ao nº alelos A2 A1 vq = µp Então pE e qE podem ser encontrados como: vqE = µpE vqE = µ (1 – qE) vqE + µqE = µ qE (v + µ) = µ vμ μq E Então pE e qE podem ser encontrados como: pE = 1 - qE μv μμv μv μ1p E μv vp E Exemplo: Considerando que existe mutação do alelo A para a (u=10-4) e mutação do alelo a para A (v= 10-5), e uma freqüência de a=0,05: 1) Verificar o que está acontecendo com a taxa de mutação e sua conseqüência em relação a freqüência do alelo A; 2) Calcular a freqüência dos alelos A e a. 1) µp0 = 10 -4 x 0,95 = 0,95x10-4 = 9,5x10-5 vq0 = 10 -5 x 0,05 = 0,05x10-5 1) µp0 > vq0 e f (A) diminui 2) µp0 < vq0 e f (A) aumenta 3) µp0 = vq0 e f (A) estável / equilíbrio 2) p1 = p0 – µp0 + vq0 p1 = 0,95 – 9,5x10 -5 + 0,05x10-5 p1 = 0,95 – 9,45x10 -5 q1 = q0 + µp0 - vq0 q1 = 0,05 + 9,5x10 -5 - 0,05x10-5 q1 = 0,05 + 9,45x10 -5 Qual a freqüência de q em que se estabelece o equilíbrio? vuuq / = 10-4 /10-4 + 10-5 = 10-4/10-4 + 0,1.10-4 = 0,91 Tamanho da população Teorema de HW considera populações de tamanho grande A permanência de um alelo numa população é governada pelo tamanho efetivo desta. Em populações de tamanho reduzido, poucas gerações podem ser suficientes até que um alelo sofra fixação ou seja perdido. Deriva genética Para a criação da geração seguinte, os indivíduos de uma população produzem gametas Cada gameta recebe ao acaso uma ou a outra versão do mesmo gene recebido da mãe e do pai. A geração seguinte é uma pequena amostra de todas as combinações possíveis de todos os gametas produzidos na geração anterior. Deriva genética Carácter aleatório - flutuações nas frequências alélicas - efeito pode acumular-se ao longo de várias gerações - fixação ou extinção de alelos A deriva genética tem dois efeitos na população: Reduz a diversidade genética; Tem um efeito maior em populações menores. Intensidade da deriva genética - varia com o tamanho efetivo da população Populações pequenas - deriva genética pode causar uma perda significativa de diversidade genética Por exemplo: Suponhamos um alelo com uma freqüência de 0,01 em uma população de 50 indivíduos. -Existe apenas um alelo nesta população 50 indivíduos = 100 alelos → 0,01x100 = 1 (heterozigose) Se este indivíduo não se reproduzir, ou deixar um número pequeno de filhos, os quais podem não sobreviver ou mesmo receber este alelo de seu pai, o alelo vai desaparecer da população Por exemplo: Suponhamos um alelo com uma freqüência de 0,01 em uma população de 50 indivíduos. -Existe apenas um alelo nesta população 50 indivíduos = 100 alelos → 0,01x100 = 1 alelo (heterozigose) 5000 indivíduos = 10.000 alelos → 0,01x10.000 = 100 alelos EXERCÍCIOS 01. Considerando ausência de dominância na característica cor da pelagem na raça Shorthorn, a qual é determinada por um locus com dois alelos e os genótipos podem ser distinguidos pelos fenótipos: Determine as frequências alélicas e genotípicas; A partir desta amostra, verifique se a população está em equilíbrio de Hardy-Weinberg (2 T = 3,84 (Tabela); GENÓTIPO N. INDIVÍDUOS (AMOSTRA) FENÓTIPO A1A1 3000 Vermelho A1A2 5000 Ruão A2A2 2000 Branco Frequências alélicas e genotípicas: Verificar se esta amostra esta em equilíbrio de Hardy – Weinberg: 2 tabela GL = 3 – 1 – 1 = 1 2 1;0,05 = 3,84 (Tabela) H0: A população está em equilíbrio HA: A população não está em equilíbrio 1° Calcular número de indivíduos esperado se a população estiver em equilíbrio FREQUENCIA EQUILIBRIO N. ESPERADO F(A1A1)= p2 = 0,3025 0,3025 x 10000 = 3025 F(A1A2)= 2pq = 0,4950 0,4950 x 10000 = 4950 F(A2A2)= q2 = 0,2025 0,2025 x 10000 = 2025 X2 = Σ (Oi – Ei)2 Ei X2 = (3000 – 3025)2 + (5000 – 4950)2 + (2000 – 2025)2 = 3025 4950 2025 = 0,2066 + 0,5051 + 0,3086 = 1,0203 2OB < 2 1; 0,05 (tabelado) a população está em equilíbrio de Hardy– Weinberg 2° Comparar o n.º de animais observado com n.º esperado 02. Suponha que uma doença em suínos, afetada por um par de gene e dois alelos, faz com que os animais homozigotos recessivos não se reproduzam. Calcular as frequências gênicas e genotípicas dos animais que participarão efetivamente da reprodução e as frequências da futura progênie, considerando p=0,8 e q=0,2. Frequência alélica inicial: f(B1) = 0,64+(1/2*0,32) = 0,80 f(B2) = 0,04+(1/2*0,32) = 0,20 Frequência dos animais que participarão da reprodução: f(RR) = 0,64/0,96 = 0,67 f(Rr) = 0,32/0,96 = 0,33 f(rr) = 0/0,96 = 0,00 f(R) = 0,67+(1/2*0,33) = 0,835f(r) = 0,00+(1/2*0,33) = 0,165 Frequência da progênie: f(RR) = (p)2 = (0,835)2 = 0,6972 f(Rr) = 2pq = 2(0,835) (0,165) = 0,2756 f(rr) = (q)2 = (0,165)2 = 0,0272 f(R) = 0,6972+(1/2*0,2756) = 0,835 f(r) = 0,0272+(1/2*0,2756) = 0,165 03. Em um rebanho onde a frequência de um determinado gene é 0,30, foram introduzidos animais provenientes de outro plantel onde a frequência do mesmo gene é 0,70. Sabendo-se que na população final 80% dos animais são nativos e 20% são imigrantes, qual é a frequência do gene nessa população? Frequência do gene na população nativa: 0,30 = q1 Frequência do gene na população de imigrante: 0,70 = q2 População final: 80% dos indivíduos são nativos = (1-m) 20% dos indivíduos são imigrantes = m Portanto : q’= (1-m)q1 + mq2 q’= (0,80*0,30)+(0,2*0,70)= 0,38 0,38 é a nova frequência do gene na população final Δq = q´ - q1 = 0,38 – 0,30 = 0,08 04. Considerando a população abaixo: ◦ A. Determine as frequências gênicas e genotípicas da progênie se for feito acasalamento preferencial positivo. ◦ B. Determine as frequências gênicas e genotípicas da progênie se for feito acasalamento preferencial negativo. GENÓTIPO FENÓTIPO FREQ. GENOTÍPICA B1B1 Vermelho 0,46 B1B2 Ruão 0,44 B2B2 Branco 0,10 Frequência alélica na Progênie: f(B1) = 0,57+(1/2*0,22) = 0,68 f(B2) = 0,21+(1/2*0,22) = 0,32 Frequência alélica na Progênie: f(B1) = 0,68 f(B2) = 0,32
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