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Cuidados na Emergência Psiquiátrica

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PSICOLOGIA APLICADA A 
ENFERMAGEM 
CUIDADOS NA 
EMERGÊNCIA 
PSIQUIÁTRICA 
PROF AYANNA FERRAZ 
ABORDAGEM DO PACIENTE 
PSIQUIÁTRICO NA 
EMERGÊNCIA 
NA 
PSIQUIATRIA 
 “É toda alteração psíquica que 
obriga a uma intervenção terapêutica 
imediata e imprescindível, com a 
finalidade de evitar sua evolução 
danosa para o indivíduo e para a 
sociedade.” BRIDGES, 1976 
 
 “Doenças mentais não estão 
associadas, 
de modo geral, a comportamentos 
violentos sem que haja história anterior 
de violência”. 
• segurança da equipe 
• segurança do paciente 
• proteção da propriedade 
• Estar na emergência é seguro ao pc? 
• Está psicótico ? 
• Tem tendências suicidas ou 
 homicidas? 
• É capaz de cuidar de si mesmo? 
• início agudo - sem prévio episódio 
• doença afetando função mental no 
 idoso 
• doença ou lesão orgânica atual 
• história de abuso de substâncias 
• uso de medicações no idoso 
• desorientação 
• variações no estado de alerta e 
 atenção 
• comprometimento da memória 
recente 
• alucinações 
• perturbações não auditivas da 
 percepção 
• alterações do estado mental: 
nível de consciência, concentração, fala, 
orientação, alucinações (visuais, táteis), 
memória, atenção, marcha, etc... 
FASES PARA A EVOLUÇÃO DA CRISE 
 fase I- corresponde à exposição ao fator de 
estresse precipitante; 
 Fase II, ocorre o aumento da ansiedade, 
sentimentos de confusão e desorganização diante 
da não resolução do estresse precipitante; 
 Fase III, os recursos possíveis são mobilizados 
para resolver o problema e aliviar o desconforto; 
 Fase IV, as funções cognitivas se desorganizam, 
as emoções mostram-se instáveis e o 
comportamento pode refletir manifestações 
psicóticas, quando não se consegue resolver em 
tentativas anteriores 
LOCAL ADEQUADO 
 O local destinado ao atendimento de urgências e 
emergências psiquiátricas deve oferecer: 
 Segurança; 
 Estrutura física adequada; 
 Ausencia de objetos potencialmente perigosos; 
 Adequação de estímulos sensoriais; 
 Sistema de alarme; 
 Disponibilidade de medicamentos e 
equipamentos para contenção; 
 Serviço de segurança; 
 Serviços de diagnóstico; 
 
 
CONDUTA PROFISSIONAL 
 As emergências psiquiátricas são momentos 
críticos marcados pela fragilidade e instabilidade 
do cliente. Desse modo é relevante que o 
profissional de saúde: 
 Se apresente; 
 Esclareça os objetivos do atendimento; 
 Transmita confiança; segurança; 
 Consistencia em suas ações; 
 Não emita julgamentos pessoais. 
 Emitir respostas e perguntas claras e diretas 
RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO 
 Estabelecido com o uso de técnicas de 
comunicação terapêutica como ouvir 
reflexivamente, observação atenta e 
interpretação das mensagens verbal e não 
verbal, entre outras. 
 Para que uma comunicação terapêutica ocorra o 
profissional deve ser direto, honesto, calmo, não-
ameaçador e transmitir aos pacientes a idéia de 
que está no controle da situação, agir de forma 
decisiva para protegê-los de dano a si mesmo ou a 
terceiros, utilizando-se da empatia para 
planejamento e avaliação da intervenção 
 Princípios Gerais: 
 
• contenção física - técnicas 
• cuidados: supermedicação 
 submedicação 
 troca prematura 
 
• avaliação criteriosa 
• indicativos de violência 
• evitar estimulação excessiva 
• contenção se necessário 
• ansiolíticos ou antipsicóticos 
CONTENÇÃO 
 No Brasil as contenções físicas e químicas devem 
ser prescritas por médicos. 
 A contenção física deve ser realizada na falha dos 
outros métodos. 
 Recomenda-se que a contenção seja realizada por 
uma equipe de 5 pessoas tendo um lider para 
direcionar os demais. 
 Deixar o paciente o mínimo possivel em 
contenção; 
 Avaliar a retirada a cada 15/30 minutos; 
 Ter sempre um profissional junto ao paciente. 
CONTENÇÃO 
 Esta fundamentada no código de Ética Médica: 
 Resolução CFM 2.057/2013 
 Resolução 1952/2010 entre outras. 
 
 
 Resolução Conselho Federal de Enfermagem 
427/12 (segurança do paciente) 
CONTENÇÃO 
 Pode expor o paciente a sofrer impacto psicológico 
além de: 
 Redução da perfusão tecidual em extremidades; 
 Aspiração; 
 Asfixia; 
 Fraturas; 
 Vômitos 
 
 
• atos recentes de violência 
• ameaças físicas e verbais 
• portar armas ou objetos 
• agitação psicomotora 
progressiva 
• intoxicação por drogas 
 
• aspectos afetivos (Se história de 
violência. 
• aspectos comportamentais 
• atividade motora 
• indicadores verbais 
• indicadores não verbais 
Indicadores: 
Conduta: 
• Ambiente livre de objetos perigosos 
• porta aberta, saída fácil 
• não executar movimentos bruscos 
• não dar as costas 
• cumprimentar o paciente 
• postura segura, calma e de interesse 
 
Manejo: 
• Contenção física 
• monitoração criteriosa 
• medicação antes da entrevista 
• medicamentos durante a contenção 
• intervenção psicológica 
• haloperidol 
• prometazina 
• clorpromazina 
(Amplictil) 
• benzodiazepínicos 
• (Ex:midazolam) 
• antidepressivos (?) 
 
Não banque o herói! 
“ TODAS AS 
 TENTATIVAS OU AMEAÇAS DE 
SUICÍDIO DEVEM SER 
CONSIDERADAS COM 
SERIEDADE ” 
 
• cuidados no atendimento 
• entrevista, abordagem direta 
• diagnóstico 
• tomada de decisões 
• orientações aos familiares 
• tratamento medicamentoso 
 
Fatores agudos: 
• disssolução ou perda de 
relacionamento. 
• mudança de condição médica 
• início ou cessação de uso de psicotrop. 
• intoxicação por álcool ou drogas 
• comunicação da intenção de suicídio 
• melhora súbita de humor depressivo 
 
• preconceito 
• entrevista falha 
• exame clínico e neurológico 
• identificação da(s) substância 
• tratamento medicamentoso 
• orientação e encaminhamento 
 
Internar quando: 
• sintomas severos de abstinência 
• convulsões ou história de convulsões 
• recente trauma craniano 
• complicações médicas, desnutrição 
• Delirium ou alucinose 
• febre superior a 38o.C 
 
Delirium tremens: 
• BZD por VO, 10 a 20 mg/h. até sedação 
 se EV. : 2,5 mg/ min., sempre diluído 
• Evitar uso IM 
• Se necessário hidratar: Soro glicosado 5% 
• No caso de convulsões – Diazepam 
 
DELIRIUM 
 Exemplo de quadro orgânico que se manifesta com 
alterações do estado mental. 
 Perturbação da consciência, atenção, cognição e percepção; 
 Início súbito; 
 Flutuação; 
 Ser consequencia fisiológica direta de uma condição médica 
geral, intoxicação ou abstinência de substâncias, uso de 
medicações, exposição a toxinas; 
 Representar um declínio súbito e significativo de um nível 
de funcionamento anterior que não é melhor explicado por 
uma demencia anterior ou em evolução 
• COCAÍNA - CRACK 
• OPIÓIDES 
• ANFETAMINAS 
• INALANTES 
Sinais Vitais: 
REAÇÃO TÓXICA 
 podem ter alucinações 
 e delírio e voltam ao 
normal após tratamento 
C/ sintomas 
de Abstin. 
Comprometidos 
Estáveis ABSTINÊNCIA, mesmo 
com confusão e psicose 
DEPRESSORES DO SISTEMA NERVOSO 
CENTRAL (ALCOOL E BENZODIAZEPÍNICOS) 
 Hipotensão; 
 Bradicardia; 
 Depressão respiratória; 
 Letargia; 
 Pode ocorrer aumento dos efeitos se varias 
substâncias associadas. 
PSICOESTIMULANTES( COCAÍNA) 
 Hipertensão arterial; 
 Taquicardia; Taquipneia; 
 Hipertermia; 
 Dilatação pupilar; 
 Estado de alerta elevado 
 Aumento da psicomotricidade. 
OPIÓIDES 
 A superdosagem deve ser considerada diante de 
sinais de miose e bradicardia acentuadas, 
depressão respiratória e coma. 
EMERGÊNCIAS RELACIONADAS AO USO DE 
ÁLCOOL 
 As alterações incluem: 
 Desidratação; 
 Distúrbios hidroeletrolíticos; 
 Desnutrição; 
 Pancreatite; 
 Hepatopatias; 
 Alterações glicêmicas; 
 Doenças infecciosas 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 Administrar oxigênio sn 
 Verificar pressão arterial; 
 Verificar HGT; 
 Elevar decúbito; 
 Reposição hídrica e nutricional; 
 Redução de estímulos ambientais; 
 Administração de glicose; 
 Administração de anticonvulsivantes e sedativos 
 
 
 
Obrigada!

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