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Amina Salimo Fachar
Cláudio Melo Augusto 
Eligio Artur
Ester António Bengala
José João Chicava 
Júlio Francisco Magala
Madina Tayobo
Rui Pedro Raja
Safura Sábado Sumide
Telma Luís João
Tomasia Abreu Uareno
Venâncio Rabissone Missomali
 Sistema Digestivo do Homem 
Licenciatura em ensino de química 4º ano
Universidade Licungo 
Quelimane
2019
	Amina Salimo Fachar
Cláudio Melo Augusto 
Eligio Artur
Ester António Bengala
José João Chicava 
Júlio Francisco Magala
Madina Tayobo
Rui Pedro Raja
Safura Sábado Sumide
Telma Luís João
Tomasia Abreu Uareno
Venâncio Rabissone Missomali
 Sistema Digestivo do Homem 
Licenciatura em ensino de química 4º ano
Trabalho de investigação para fins avalia
tivos na cadeira de Anatomia e F
isiologia Animal e Humana.
Docente
: Edna Chibite
Universidade Licungo
Quelimane
2019
Índice
 Introdução ………………………………………………………………………………………3
Sistema digestivo do homem ……………………………………………………………………..4
Glândulas anexas …………………………………………………………………………………9
Digestão e absorção dos alimentos ……………………………………………………..…………………11
 Doenças do sistema digestivo …………………………………………………………………16
 Conclusão ………………………………………………………………………………………19
Referências bibliográficas ………………………………………………………………………20
INTRODUÇÃO
O presente trabalho com o tema sistema digestivo do homem é fruto de varias investigações realizadas pelos elementos do grupo em vários manuais existentes nas bibliotecas públicas da nossa província. Durante o trabalho desenvolvemos os aspectos sobre a constituição do sistema digestivo humano, as estruturas anexas do tubo digestivo, a digestão dos lipídios, carbohidratos e proteínas, bem como as doenças relacionadas com o sistema digestivo do homem.
O trabalho está estruturado em introdução, desenvolvimento e conclusão. Logo no inicio apresentamos o índice que serve como guia para encontrar os conteúdos tratados no trabalho e no final apresentamos as referencias bibliográficas das obras consultadas para a elaboração do trabalho. 
 
SISTEMA DIGESTIVO DO HOMEM
O tubo digestivo do homem apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
Boca 
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí se encontram os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura acção das enzimas.
Características dos dentes 
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja actividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma directa, na articulação das linguagens. 
Tipos de dentes 
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares.
A língua 
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direcção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogénea. 
As glândulas salivares 
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogénio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual:
Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. 
Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz. 
Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca. 
Os sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a acção da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esófago, impulsionado pelas ondas peristálticas, levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esófago. Através do peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em acção um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias. Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do estômago.
Faringe e esófago
A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esófago, e o ar, que se dirige à laringe. 
O esófago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdómen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. 
Estômago 
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdómen, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esófago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos proteicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos. 
Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade. 
Segmento inferior: é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia. 
As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização. 
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contém ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação. A pepsina, é a enzima mais potente do suco gástrico e catalisa a digestão de proteínas. 
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela cacao do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a protecção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas). 
A mucosa gástrica produz também o factor intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12. 
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico,auxiliado pelas contracções da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo. 
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão. 
Intestino delgado 
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4 cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino. 
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno actua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contém diversas enzimas digestivas que digerem. Outra secreção que actua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. Os sais biliares têm acção detergente, emulsionando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos. 
A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; as nucleases actuam sobre os ácidos nucléicos, separando seus nucleotídeos. 
O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inactivas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inactiva, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contacto com a enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se me tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inactivo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima activa. 
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos. 
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase).
No suco entérico há enzimas que dão sequência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem acção das peptidases, resultando em aminoácidos. 
No intestino, as contracções rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo. 
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos activos ou passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íÕes e as vitaminas.
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sanguíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.
Intestino grosso 
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal. 
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades. 
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com percentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. 
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.
GLÂNDULAS ANEXAS
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdómen, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino. 
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão. 
O pâncreas endócrino secreta os harmónios insulina e glucagon, que serão trabalhados no sistema endócrino.
O fígado 
É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal. 
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno. 
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros harmónios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogénio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. 
Funções do fígado
Secretar a bile, líquido que actua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a acção da lipase; 
Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogénio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogénio é reconvertido em moléculasde glicose, que são relançadas na circulação; 
Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; 
Metabolizar lipídios; 
Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de factores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigénio e gorduras; 
Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo; 
Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile. 
 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS
A absorção é o processo pelo qual os nutrientes, resultantes da simplificação molecular dos alimentos durante a digestão, passam para o meio interno, através das paredes do sistema digestivo.
Durante a digestão, os alimentos, através de processos mecânicos e químicos, são decompostos em moléculas mais simples, de menor tamanho, susceptíveis de poderem atravessar as paredes do tubo digestivo (meio externo) para o meio interno (sangue e linfa), sendo conduzidos até às células, onde são utilizados no decurso do metabolismo celular.
O processo de absorção ocorre ao nível do intestino delgado, principalmente na zona do jejuno, excepção feita a algumas pequenas moléculas, como o álcool e a cafeína, cuja absorção ocorre logo na boca e estômago. No intestino grosso, ao nível do cólon, ocorre também absorção de determinadas substâncias, como alguns aminoácidos e vitaminas resultantes da acção das bactérias da flora intestinal. No entanto, nesta zona do intestino, os nutrientes absorvidos em maior quantidade são a água e os sais minerais.
A superfície interna do intestino delgado está altamente especializada nos processos absortivos, apresentando uma grande superfície de contacto, em virtude do seu aspecto ondulado, resultante de inúmeras pregas que a recobrem interiormente: as válvulas coniventes. Além disto, está também recoberta por inúmeras projecções em forma de luva, as vilosidades intestinais, as quais possuem no seu interior uma pequena rede de capilares sanguíneos e um vaso linfático-vaso quilífero. 
A simplificação molecular da digestão permite a formação de moléculas capazes de atravessar o epitélio intestinal, atingindo os vasos sanguíneos e o quilífero, que os transportam depois para diversos pontos no organismo.
Para os vasos sanguíneos vão ser absorvidos os aminoácidos, glicose, sais minerais, alguns ácidos gordos e vitaminas hidrossolúveis, que vão ser conduzidos até ao fígado pela veia porta hepática. A maior parte dos ácidos gordos e vitaminas lipossolúveis são absorvidos pelos vasos linfáticos e transportados pelo canal torácico linfático até à veia cava superior, onde entram na corrente sanguínea, através da qual são distribuídos às células.
Os nutrientes podem ser absorvidos de forma directa ou indirecta. Um nutriente é absorvido de modo indirecto quando precisa de ajuda de outras substâncias para ser absorvido, como por exemplo, o cálcio, que necessita da presença de vitamina d, ou o ferro, cuja passagem para o meio interno está dependente da presença de vitamina b12.
 Digestão dos lipídios.
Antes do processo enzimático, as gorduras necessitam passar pelo processo de emulsificação. Isto consiste na transformação dos glóbulos de gordura em gotículas menores, pela acção detergente dos sais biliares, favorecida pela agitação do conteúdo intestinal, provocada pela motilidade do intestino. 
Inicia-se no duodeno pela acção da lipase pancreática. Esta é secretada sob a forma do zimogênio prolipase e é transformada no intestino, pela acção da tripsina, em lipase activa. É encontrada ainda, na célula epitelial do intestino delgado, pequena quantidade de lipase, conhecida como lipase entérica, que actua na hidrólise de gordura. As enzimas digestivas das gorduras são hidrossolúveis e actuam na superfície das gotículas, ou melhor, na interface gordura/meio aquoso: 
Gordura pela bile + agitação resulta na gordura emulsionada
Gordura emulsionada pela acção da lipase pancreática na interface gordura/meio aquoso resulta em ácidos graxos + 2-monoacilglicerol.
 Digestão das proteínas
 Começa no estômago.
Quando o alimento atinge o estômago, a proteína encontrada nele estimula a secreção do harmónio gastrina, que estimula a produção de ácido clorídrico, que baixa o pH do estômago a 1,5-2,5. A acidez gástrica, além de actuar como antibactericida, promove desnaturação das proteínas globulares expondo suas ligações peptídicas ao ataque enzimático da pepsina. Essa enzima é secretada pelas glândulas oxínticas, localizadas nas superfícies internas do corpo e do fundo do estômago, constituindo cerca de 80% do estômago proximal. A digestão proteica no estômago pela pepsina somente inicia a digestão proteica. Libera oligopeptídeos de cadeia longa e somente 15% de aminoácidos. Essa enzima tem seu pH óptimo entre 2-3 e é completamente inactiva em pH 5, a razão pela qual sua actividade cessa no duodeno. Quando o conteúdo ácido passa para o duodeno, estimula a liberação de secretina, que estimula o pâncreas a secretar bicarbonato, a fim de neutralizar o HCl gástrico. Assim, o pH do duodeno sobe abruptamente de 1,5 a 2,5 para até 7.
 Segue para o duodeno (onde termina).
A entrada de aminoácidos no duodeno estimula a secreção de enzimas proteolíticas e peptidases, que actuam na faixa de pH óptimo entre 7-8 e, desse modo, fazem com que a digestão continue. As peptdonas e peptídeos de cadeias longa, resultantes da digestão das proteínas do estômago são atacadas por exo e endopeptidades (tripsina, quimotripsina e carboxipeptidase) secretadas pelas células exócrinas do pâncreas, inicialmente sobre a forma de zimogênios, enzimaticamente inactivos. A síntese dessas enzimas sob a forma de precursores inactivos protege a célula pancreatica do ataque proteolítico.
A tripsina é uma endopeptidase que hidrolisa ligações cujo grupo carbonila é fornecido pela lisina e arginina
A quimiotripsina é uma endopeptidase que hidrolisa ligações peptídicas envolvendo residuos de fenilalanina, tirosina e triptofano e metionina.
Pela acção das peptidases e dipeptidases da borda-em-escova e pela acção sequencial da aminopeptidase e da carboxipeptidase, as proteínas ingeridas são finalmente degradadas, resultando uma mistura de aminoácidos livres, que são absorvidos pelas células epiteliais que revestem o intestino e caem na corrente sanguínea.
Papel do pâncreas o pâncreas ajuda na digestão das proteínas, lipídios e carboidratos. O pâncreas produz inúmeras enzimas, sob a forma de pró-enzimas e o tripsinogênio, que possui umaque o protege da activação e consequente autodigestão pancreática; activado por peptidases no duodeno (enteropeptidases), é o responsável pela activação das mesmas, com a finalidade de prevenir a autodigestão da glândula pancreática.
Na ocorrência de pancreatite aguda pela obstrução do ducto colédoco, a tripsina é activada, e outras enzimas são activadas dentro do mesmo, provocando a autodigestão pancreática, com seus vários níveis de lesão.
Cascata zimogênica.
A tripsina é produzida pelo pâncreas em uma forma inactiva chamada tripsinogênio, que quando entra em contacto com as peptidases no duodeno(enteropeptidases), desencadeia a cascata, que gera toda a activação da árvore zimogênica aqui mostrada.
Colipase liberada juntamente com a lipase pancreática. Uma enzima que impede a inibição que os sais biliares causam na lipase pancreática, através do deslocamento dessa e da re-interação da lipase na interfase lipídio água.
Quimotripsina seu precursor (quimotripsinogênio, é sintetizado no pâncreas, e é uma enzima inactiva. Quando sofre clivagem com a tripsina, é quebrado em duas partes. Quando isso ocorre, perde dois peptídeos pequenos, na \u201ctrans-proteólise\u201d, e obtém-se a quimotripsina, que cliva ligações peptídicas.
Elastase a elastase pancreática humana 1 (e1) permanece estável durante o trânsito intestinal. Consequentemente, sua concentração nas fezes reflecte a função pancreática exócrina. Durante uma inflamação do pâncreas, e1 é liberadona circulação sanguínea e pode ser quantificado no soro permitindo o diagnóstico ou a exclusão da pancreatite aguda.
A elastase pancreática permanece estável no trânsito intestinal, e a sua concentração reflecte na capacidade de secreção do pâncreas (diagnóstico ou exclusão de insuficiência pancreática exócrina). A elastase pancreática possui baixa variação nas fezes e não sofre interferências baseadas em enzimas digestivas ou animais.
Fosfolipase alfa-2
Realiza a clivagem de fosfolipídios da membrana celular em ácidos graxos e lisofosfolipídios, numa reação dependente de cálcio.
Carboxipeptidases
Catalisa a hidrólise do peptídeo ligado à extremidade carboxílica da cadeia polipeptídica.
Obs: quando o quimo entra no duodeno, o pâncreas secreta no mesmo bicarbonato de sódio (hco3-), que vai basificando o ambiente. O duodeno então produz o hormonio secretina que irá estimular o pâncreas a produzir suco pancreático.
 Digestão de carbohidratos
A absorção dos carboidratos pelas células do intestino delgado é realizada após hidrólise (hidratação) dos dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos em seus componentes monossacarídeos. 
Principais sítios de digestão dos carboidratos da dieta: boca e o lúmen intestinal. 
Características: rápida, e é catalisada por enzimas denominadas glicosidases (hidrolisam as ligações glicosídicas). As glicosidases são específicas para o resíduo glicosila e o tipo de ligação. 
Os principais polissacarídeos são de origem vegetal (amido, composto de amilose e amilopectina) e animal (glicogénio). 
Tipos de enzimas necessários para degradação da maioria dos carboidratos da dieta: 
- endoglicosidases: hidrolisam poli e oligossacarídeos. 
- dissacaridases: hidrolisam tri e dissacarídeos em seus componentes redutores. 
Produtos finais: monossacarídeos glicose, galactose e frutose, os quais são absorvidos pelas células do intestino delgado. 
DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO
São 5 doenças comuns do sistema digestivo
Inflamações e enfermidades nos órgãos do aparelho digestório podem causar dores, náuseas, vómitos e até outros sintomas mais graves.
Responsável pelo transporte da água e alimentos ingeridos e, posteriormente, de seu aproveitamento pelo organismo por meio de processos mecânicos e químicos, o sistema digestivo (ou digestório) é constituído, basicamente, em um tubo digestório e estruturas anexas, como estômago, esófago, intestino delgado e grosso, entre outros.
O sistema digestivo pode ser acometido por doenças de diferentes gravidades. Confira 5 delas abaixo:
 Apendicite
A apendicite é uma inflamação que ocorre no apêndice, órgão localizado no ceco, primeira porção do intestino grosso. Provoca dores, febre, náuseas, vómitos, falta de apetite e colapso do aparelho digestivo.
A causa da apendicite é geralmente relacionada a obstrução do apêndice pela retenção de materiais diversos, como restos fecais. A doença é mais frequente em pessoas entre os 20 e 30 anos, só é tratada com cirurgia.
Doença do refluxo gastroesofagico
Também conhecida como azia, a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é resultado do retorno do conteúdo gástrico para o esófago, que tem a mucosa irritada pelas substâncias ácidas presentes no material. Em certos casos, a substância pode chegar até a laringe, aos pulmões e à boca, onde provoca alterações no dente.
Entre as causas da DRGE, estão a fragilidade da musculatura na região entre o esófago e estômago, a hérnia de hiato e alterações no esfíncter, estrutura que actua como válvula e também está localizada entre os dois órgãos. Obesidade, refeições volumosas antes de deitar e ingestão de certos alimentos, como café, tomate e bebidas alcoólicas, contribuem para azias mais recorrentes.
A DRGE provoca tosse seca, sensação de queimação na boca do estômago ou na garganta, dor torácica intensa e doenças pulmonares de repetição, como pneumonias e asma. Geralmente é tratada com medicamentos e mudança de hábitos. Em casos mais graves, requer cirurgia.
 Úlcera gástrica (péptica)
A úlcera gástrica corresponde a uma ferida que surge no tecido do estômago, do duodeno (junção do estômago com o intestino delgado) ou do esófago. A lesão é resultado da acção dos ácidos estomacais, que pode se tornar mais forte por conta do estresse e pelo uso constante de medicamentos anti-inflamatórios e com ácido acetilsalicílico, da presença da bactéria Helicobacter pylori na região ou por histórico familiar.
O principal sintoma da úlcera gástrica é a sensação de dor e queimação na região entre o umbigo e o esterno (osso abaixo a clavícula), que se manifesta principalmente quando o paciente está com o estômago vazio. Além das dores, vómitos com sinais de sangue e fezes escurecidas ou avermelhadas também podem ser sinais da doença. O tratamento é feito com o uso de medicamentos, como antiácidos ou antibióticos. 
 Pancreatite
A pancreatite é uma inflamação no pâncreas. É classificada em aguda e crónica. Sua principal causa é o elevado consumo de álcool.
A pancreatite aguda acontece quando cálculos biliares (pedras na vesícula) obstruem o colédoco, o ducto que transporta a bílis, fluído produzido pelo fígado para digerir as gorduras e captar nutrientes. Esta obstrução interrompe o fluxo das secreções pancreáticas, o que provoca uma inflamação intensa e um acúmulo de líquido no interior do pâncreas.
Já a crónica, por sua vez, é quando ocorrem alterações e inflamações sucessivas no parênquima pancreático, o que gera fibrose e endurecimento da glândula, e consequentemente, a atrofia do pâncreas.
O principal sintoma da pancreatite aguda é uma dor abdominal intensa, que começa na região superior do abdómen e irradia para as costas. Outros sinais são náuseas, vómitos e iciterícia, uma coloração amarela na pele, nas mucosas e nos olhos. Já na pancreatite crónica, dor, diarreia e diabetes são as consequências da doença.
O tratamento de ambas as pancreatite é feito clinicamente. No caso da aguda, requer internação hospitalar, para que o paciente fique em jejum e seja hidratado com soro na veia. Na crónica, mudança de hábitos, como uma dieta mais saudável, sem alimentos gordurosos. A ingestão de álcool é proibida.
Diverticulite
A diverticulite é a inflamação dos divertículos, saliências gastrointestinais que retém pequenas quantidades de fezes e onde podem se alojar colónias de bactérias.
A doença pode ser causada pela predisposição genética do paciente, pelo envelhecimento e a consequente musculatura intestinal menos elástica, por uma dieta alimentar pobre em fibras ou pelo aumento da pressão no interior do cólon, parte central do intestino grosso.
Os sintomas da diverticulite dependem da gravidade da doença. São eles: dor abaixo do umbigo, constipação, diarreia, sangue nas fezes, dificuldade na hora de urinar, náuseas, febre, vomitos, diarreias entre outros.
Caso o estado da diverticulite não seja grave, o tratamento da doença pode ser feito com dieta leve e líquida aliada à prescrição de analgésicos e antibióticos. Se a resposta não for positiva ou a gravidade da inflamação for maior, será necessário fazer cirurgia e drenagem.
CONCLUSÃO 
Feito o trabalho concluímos que Digestão é a transformação de nutrientes (vindos dos alimentos) em substâncias menos complexas e absorvíveis pelo organismo e assimiláveis pelas células. Esses alimentos podem ser carbohidratos (glícidos), lipídios (gorduras) e Proteínas.
A digestão parte da boca ate o ânus onde são retiradas todas substâncias desnecessárias ao organismo. Para além dos órgãos do sistema digestivo existem órgãos anexos que auxiliam a digestão.
Devemos ter alguns cuidados ao consumir diversos alimentos para evitarmos as doenças do sistema digestivo que podem ser prejudiciais ao organismo humano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMABIS, J. M. & MARTHO Gilberto Rodrigues: Biologia dos organismos 2, Editora Moderna, 2ªed. São Paulo 2007 
FOX, Stuart Ira. Fisiologia humana.7ª.ed.São Paulo.Manole,2007 
JACOB,W.S. Anatomia e fisiologia humana.5ed.,Rio de Janeiro,2011. 
RAME, Alaimé e THERAND, Sylvie, Anatomia e Fisiologia , 2012, Lisboa

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