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Direito Processual Penal I - Documentos Google

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Profa. Greice P. Fuller 
 
Direito Processual Penal I 
 
● NUCCI, Guilherme 
● PACELLI, Eugênio .Curso de Processo Penal 
● RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 
 
Pontos: 
 
1. Causas extintivas de punibilidade; 
2. Sistemas processuais penais; 
3. Princípios processuais (cai na prova); (muito importante) 
4. Investigação Criminal (inquérito policial) (muito importante) 
5. Ação penal (muito importante) 
6. Jurisdição e competência; 
7. Teoria Geral das Provas; 
8. Sentença (muito importante); 
 
Prova: 1 problema com perguntas e uma outra pergunta conceitual 
 
Causas extintivas da punibilidade 
 
extingue a possibilidade de imposição de pena 
 
- Conceito: são as causas que extinguem o direito de punir do Estado. 
Obs.: direito de punir vem posteriormente ao direito de ação. 
Obs. 2: as causas podem ocorrer desde o início da ação penal até o 
momento da execução da pena. 
- Espécies 
a) Morte do agente: pode ocorrer a qualquer tempo, desde a investigação, até o 
término da execução da pena. 
É uma causa personalíssima , ou seja, não se estende aos herdeiros e nem se 
comunica aos autores e partícipes do delito. 
Extingue todos os efeitos da sentença penal condenatória inclusive a pena de multa 
(que não poderá ser cobrada aos herdeiros). 
Só pode ser provada por certidão de óbito. 
b) Anistia 
● Conceito: Lei Penal Federal , de efeito retroativo; que tem como 
consequência o “esquecimento jurídico” da conduta delitiva. 
● Competência e natureza jurídica (espécies de indulgência ou clemência): 
Privativa do congresso Nacional e portanto exclusiva da União (art. 21, XVII e 
48, VIII, ambos da CF. 
● Revogação: não pode a anistia ser revogada, pois a Lei não pode retroagir 
para prejudicar o acusado (art.5º, LX, CF) 
 
 
c) Graça e Indulto 
Graça é um benefício individual provocado pela parte interessada, já o indulto é 
benefício coletivo concedido espontaneamente. (Saídas durante o cumprimento 
da pena). 
Obs.: ambos são concedidos via Decreto Presidencial. 
 
 d) Perdão do ofendido e perdão judicial 
 
 e) Perdão do ofendido 
 
● Iniciada a ação penal privada o ofendido ou o seu representante legal desistem do 
seu prosseguimento, portanto ocorre posteriormente à ação penal. 
● É possível até o trânsito em julgado (art. 106, po.2o., CP) 
● Afasta todos os efeitos da sentença (penais e extrapenais) e depende da aceitação 
do réu. 
 
f) Perdão judicial 
● Faculdade do juiz, nos casos previstos em Lei, deixar de aplicar a pena em face de 
circunstâncias justificadas. Exemplos: art. 121, po.5o., 129, po 8o., 140, po. 1o., I, II, 
todos do CP. - quando as consequências do crime já tem efeito de “punição” àquele 
que o pratica. 
 
 g) Prescrição 
 
● Conceito: Prescrição é a perda do direito de punir (executar a pena) do Estado pelo 
decurso do tempo fixado em Lei. 
● Espécies: 
 
a) Prescrição da pretensão punitiva (PPP) 
Da data em que houve a consumação do fato até a sentença. 
Prazo relativo à denúncia começa a contar do seu recebimento. 
Prazos relativos à sentença será a partir da publicação da sentença. 
 
a.1) Conceito: é a perda do direito de punir em face do lapso temporal que vai desde a 
consumação do fato até a publicação da sentença condenatória e o trânsito em julgado da 
mesma ou do processo. No caso a prescrição será contada pela pena máxima 
abstratamente estabelecida em Lei (art. 109, CP) 
 
Obs.: Se houver recurso a PPP irá até o trânsito em julgado do processo 
 
a.2) Efeitos: 
1. a PPP impede o início ou interrompe a ação penal. 
2. Afasta todos os efeitos principais e secundários, penais e/ou extrapenais da 
sentença penal condenatória 
(Não interfere em eventual indenização no âmbito civil) 
a.3) Oportunidades para declaração: em qualquer tempo. Juiz pode declarar de ofício 
(matéria de ordem pública). MP e Defesa também poderão, ou seja, os sujeitos 
processuais. Até mesmo o Tribunal pode declarar de ofício (2a. Instância), o juiz da 
execução também pode. 
Obs.: o reconhecimento da prescrição impede o exame do mérito. 
Obs2.: decadência é perda do direito de ação 
 
a.4) Classificação 
● Propriamente dita: é aquela que gera a perda do direito de punir pelo Estado, pelo 
decurso do tempo, sendo calculada com base na maior pena em abstrato 
estabelecida na Lei. 
● Intercorrente ou superveniente à sentença condenatória: trata-se de espécie da PPP, 
sendo calculada, contudo, com base na pena em concreto (fixada na sentença) e 
aplicada após a condenação de primeira instância. (Da publicação da sentença até o 
trânsito em julgado para a defesa apresentar recurso). 
● Retroativa: é espécie da PPP, sendo contudo calculada com base na pena em 
concreto e aplicada da publicação da sentença para trás. 
● Virtual ou antecipada: espécie de PPP reconhecida antecipadamente com base na 
provável pena fixada na futura condenação. 
Lapsos prescricionais e causas interruptivas 
 
b) Prescrição da Pretensão Executória 
● Contagem do prazo prescricional 
● Causas interruptivas (art. 117 CP) 
● Causas suspensivas (art. 116 CP) 
 
Lapsos prescricionais e causas interruptivas 
 
 
 
 
Termo inicial da Prescrição 
 
★ Consumação: considera-se para fins de contagem da prescrição a data em que 
houve a consumação do delito. Portanto, o legislador adotou a teoria do resultado. 
★ Tentativa: conta-se a partir da tentativa (conduta/ação). 
★ Permanente: a contagem inicia-se após o término da permanência da conduta. 
Obs.: crime permanente - é aquele que se prolonga no tempo. 
★ Concurso: a contagem incide isoladamente em cada resultado autônomo (art. 119, 
CP) 
 
Contagem do prazo (art. 10, CP) 
Conta-se segundo o art. 10, CP, incluindo-se o dia do começo. Trata-se de prazo 
improrrogável e fatal. É contado em dias corridos. 
Obs.: a prescrição, embora produza diversos efeitos no Direito Processual Penal, é matéria 
de Direito penal 
 
Cálculo prazo (máximo da pena abstratamente estabelecida no tipo penal) 
 
É feito em função da pena privativa de liberdade. Calcula-se pela pena máxima determinada 
abstratamente no tipo penal (art. 109, CP).Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste 
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 0). 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; 
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; 
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; 
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; 
VI - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. 
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 
 
* Exceções (arts. 63 e 115, CP) 
a) Se o agente menor de 21 anos na data dos fatos = reduzida pela metade 
b) Ser o agente maior de 70 anos na data da sentença = reduzida pela metade 
c) Ser o agente reincidente = aumentada 
 
Causas interruptivas (art. 117, CP) 
Causas interruptivas são as que obstam/paralisam o curso da prescrição, fazendo com que 
esse prazo se reinicie do zero, desprezando-se o tempo já decorrido (“zeram” o prazo 
prescricional). 
 
Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V 
deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção. 
 
Causas suspensivas (art. 116, CP) 
Causas suspensivas são as que paralisam a contagem da prescrição (permitem a 
continuidade da contagem do ponto onde havia parado). 
 
 
Art. 116. Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; 
Obs.: “questão prejudicial” - enquanto não resolvida, em outro processo, questão que dependa do reconhecimento da 
existência do crime (ex.: bigamia que necessita de da análise sobre o estado civil do acusado). 
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 
Parágrafo único. Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que 
o condenado está preso por outro motivo. 
 
Prescrição retroativa 
É o cômputo do prazo prescricional levando-se em consideração a pena em concreto, 
voltando-se para trás entre a publicação da sentença e o recebimento da inicial acusatória. 
Obs.: a lei 12.234/2010 alterou o §1º do art. 110, CP, acabando parcialmente com a 
prescrição retroativa. Atualmente não mais existe prescrição retroativa com relação ao 
período entre a data do fato e o recebimento da denúncia. Entretanto, pode ocorrer após o 
recebimento da denúncia. 
 
Prescrição intercorrente 
 
Princípios do Direito Processual Penal 
 
A violação de Princípios constitucionais gera nulidade absoluta. 
 
Nulidade: absoluta e relativa 
- Absoluta: só poderá ser sanada por impulso de algum dos sujeitos processuais, 
desconstitui todos os atos anteriores à ela. Poderá ser reconhecida pelas partes (por 
requerimento) ou até mesmo pelo juiz, de ofício. A qualquer momento, em qualquer 
grau de jurisdição. 
- Relativa: vício é sanado se não for alegado no momento oportuno. Somente as 
partes podem alegar, no momento logo após a sua realização. Para afirmá-lo a 
parte deve provar que houve prejuízo. 
 
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (art.1o, III, CF) 
 
Trata-se de um princípio constitucional que apresenta duplo aspecto: 
a) Objetivo: que se caracteriza por ser considerado uma garantia do mínimo 
existencial (arts. 1o., 5o., 6o. e 7o., todos da CF) 
b) Subjetivo: caracterizado como sentimento de respeito ao ser humano desde o seu 
nascimento. 
 
 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição (art. 102, II, CF) 
 
Princípio que consagra o direito de buscar o reexame da causa por órgão jurisdicional 
superior. 
 
Princípio do Estado de Inocência (Presunção de Inocência) (art. 5o., LVII, CF) 
 
● Este princípio estabelece que ninguém será considerado culpado até o Trânsito em 
julgado da sentença penal condenatória. 
● Finalidade: este princípio visa impedir violações aos direitos à intimidade, à honra, à 
imagem de acusados que ainda não foram condenados com trânsito em julgado. 
Também objetiva impedir medidas de privação de liberdade que não possuam o 
caráter de necessidade e não preencham os requisitos legais. E, por fim este 
princípio garante que o ônus da prova cabe à acusação e não à defesa. 
● Questão: prisões provisórias/ processuais: decretada antes do trânsito em julgado, 
no curso da ação penal 
○ Preventiva 
○ Flagrante 
○ Temporária 
As prisões provisórias foram revogadas pelo princípio da presunção de inocência? 
R.: NÃO FORAM REVOGADAS. A constituição Federal admite a prisão provisória quando 
prevê que ninguém será preso, SALVO em caso de flagrante ou por mandado expedido por 
autoridade judicial competente, assim como também quando prevê a liberdade provisória. 
Se assim não fosse o princípio estatal de tutelar a coletividade restaria esvaziado/ violado. 
Estado tem função de conferir segurança pública. 
 
Conclusões a respeito deste princípio: 
1. só pode haver condenação se houver provas robustas e firme convicção do juiz. 
Portanto, em havendo dúvida (provas frágeis) o juiz deverá absolver o réu pelo princípio -”in 
dubio pro reo”. 
2. Cabe ao ministério público comprovar a culpa do réu. 
3. As prisões provisórias somente podem ser decretadas: 
a) Como medida cautelar 
b) Se houver necessidade 
c) Se presentes os requisitos legais 
 
Princípio do Devido Processo Legal (art. 3º, inciso LIV, CF) 
 
Ninguém será privado de seus bens e de sua liberdade sem o devido processo legal. 
Devido processo legal: ação penal que tenha respeito ao ritoestabelecido no CPP e às 
garantias (princípios) constitucionais. 
 
Princípio do Contraditório 
 
● Conceito: este princípio é caracterizado por dois requisitos: 
○ Ciência + Participação: 
Em relação a ciência pode-se dizer que corresponde ao direito das partes serem 
cientificadas de qualquer ato processual. Esta certificação pode ser através de 
citação, intimação ou notificação. 
■ Citação: dando ciência da instauração de um processo. 
■ Intimação: dando ciência de um ato pretérito. Ex.: realização de um 
laudo pericial. 
■ Notificação: dando ciência de um ato futuro. Ex.: ocorrerá audiência. 
Em relação à participação afirma-se que há a necessidade de dar-se a 
oportunidade: 
a) De produzir provas 
b) Ser ouvido (por interrogatório ) 
c) Contrariar a manifestação da parte contrária. 
Portanto, o princípio em questão estabelece o equilíbrio entre o direito de punir e o direito à 
liberdade, dirigindo-se assim à defesa e à acusação 
 
● Decorrências 
○ Princípio da Liberdade Processual: faculdade do acusado nomear o 
advogado que quiser, bem como produzir as provas necessárias à sua tese. 
○ Princípio da Igualdade Processual: trata-se de princípio que estabelece que a 
parte seja ouvida em igualdade de condições, tenha ciência dos atos e 
igualdade de possibilidades de contrariar. Portanto, trata-se da igualdade de 
Direitos entre as partes acusadora e acusada. 
Questão: Aplica-se ao inquérito policial? 
Não se aplica o contraditório ao inquérito policial, pois não se trata de um processo 
judicial, mas de um mero procedimento administrativo com a finalidade de investigar 
a autoria e a materialidade do delito. Assim, no inquérito policial não se fala em 
acusação formal (denúncia oferecida pelo mp), não há a possibilidade de imposição 
de sanção penal, não há litígio e não há partes (MP e Réu). 
 
Princípio da Ampla Defesa 
 
● Direito de defesa (ampla e plena) 
● Decorrências/ requisitos 
○ Princípio da autodefesa: 
■ Interrogatório 
■ Presença nos atos processuais 
■ Direito ao silêncio 
■ Direito a ser “entrevistado” pelo advogado antes de qualquer 
ato processual. 
○ Princípio da defesa técnica: 
■ direito a ter um advogado. 
■ O acusado tem o direito de escolher a sua defesa, podendo 
esta ser através de defensor constituído (particular), dativo 
(particulares, mas se inscrevem na OAB, que tem um 
convênio com o Estado, para funcionar no processo quando 
não há possibilidade de um defensor público funcionar) ou 
público (concursado na Defensoria Pública). Além disso, deve 
ser observada a possibilidade das partes intervirem no 
interrogatório judicial (art. 188, CPP), bem como do 
interrogatório ser feito por meio de videoconferência 
 
Princípio do Juiz Natural (art. 5o., LIII e XXXVIII, CF) 
 
● Conceito: trata-se de um princípio que apresenta duas decorrências: 
a. “Ninguém será processado e nem sentenciado senão por autoridade 
competente (ou seja, aquela previamente estabelecida na constituição, 
sendo independente e imparcial)”. 
b. Não haverá tribunal ou juízo de exceção (ou seja, aquele cujas regras de 
competência foram estabelecidas após o fato a ser julgado). 
Umas exceção a este princípio foi o Tribunal de Nuremberg, que fez exceção 
também ao princípio da legalidade . 
 
 
Princípio da Verdade Real 
 
● Conceito: o juiz tem o dever de investigar como os fatos ocorreram na realidade, não 
se conformando com a mera verdade formal (ou seja, aquela trazida pelas partes ao 
processo). 
● Liberdade do acusado X Segurança da sociedade: valores importantíssimos 
● Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao 
juiz de ofício: 
I - ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de 
provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação 
e proporcionalidade da medida; 
II - determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de 
diligências (“provas, durante a ação penal”) para dirimir dúvida sobre ponto 
relevante. 
● Decorrências: 
a. dever do juiz de dar seguimento à relação processual quando da inércia das 
partes. 
b. **Determinar de ofício provas necessárias à formação de sua convicção (art. 
156 CPP) 
● Limitações (exemplos): 
a. Inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos. 
b. Limitação para depor de pessoas que em razão de função, ofício ou 
profissão devam guardar sigilo (art. 207, CPP). Ex.: advogado, psicólogo, 
médico e etc. 
 
Princípio da Motivação das Decisões (art.5o., LXI e 93, IX, CF) 
 
Motivar = Fundamentar 
Finalidade: para análise e fiscalização da imparcialidade do juiz e legalidade das decisões e 
até mesmo para assegurar o princípio da ampla defesa. 
Questão (prova): quem decreta prisões e somente o juiz, o delegado e o MP podem 
requerer, porém somente o juiz decreta. Uma prisão não fundamentada, em que o juiz 
apenas remete à fundamentação do delegado ou MP será nula, o que a defesa pode 
requerer por meio do Habeas Corpus. 
 
Princípio da Publicidade 
 
● Decorrência: Decorre do princípio democrático de Direito que instituiu o sistema 
acusatório e contraditório no processo penal. Trata-se de sistema oposto ao 
chamado inquisitivo, que é secreto, sigiloso, onde não há igualdade das partes e não 
há divisão entre órgãos diferentes das funções de julgar, acusar e defender. 
● Finalidade: consiste em um freio contra ilegalidades, fraudes e corrupções. 
● Aspectos: 
○ Publicidade aberta/geral: os atos podem ser assistidos por qualquer pessoa. 
○ Publicidade restrita ou especial: é exceção e ocorre para defesa da 
intimidade e do interesse social .art. 5o,X, CF. Exemplos: 
i. art. 217, do CPP (retirada do réu da audiência, se puder influenciar a 
vítima ou a testemunha); 
ii. . Art. 792, p. 1o, CPP (se resultar escândalo ou perturbação da 
ordem). Sigilo. 
 
Princípio da vedação das provas ilícitas 
Art. 5o, LVI, CF 
Art 154, p.u., CPP 
Art. 156, “ caput” , CPP 
 
Princípio da Vedação das Provas Ilícitas ou Princípio da Proibição de Obtenção de Provas 
Ilícitas 
i. Previsão Legal: 
● Artigo 5°, LVI da Constituição Federal: 
○ Se descumprido,gerará a nulidade absoluta do processo e acarretará as 
devidas consequências!!! 
● Artigo 155, parágrafo único do CPP: 
● Artigo 157, “ caput ” do CPP: 
 
ii. Provas Ilegais ( Ada Pellegrini Grinover ): 
● Ilícitas : são aquelas que violam regras de direito material, ou seja, do 
Código Penal; 
● Ilegítimas : são aquelas que violam regras de direito processual penal, ou 
seja, do 
Código de Processo Penal. 
 
iii. Conceito: são as consideradas como aquelas que VIOLAM o Direito Penal e o 
Direito Processual Penal; 
iv. Exemplos: confissão obtida mediante tortura; interceptação sem autorização 
legal; 
depoimento prestado com violação à regra do sigilo profissional ( artigo 207 do 
CPP), documento exibido em plenário do Júri sem antecedência mínima ( artigo rigor 
479 do CPP ) e etc. 
 
➔ Interceptação Telefônica 
i. Conceito: é a captação e gravação de conversa telefônica no mesmo momento em que 
ela se realiza POR TERCEIRA PESSOA, SEM O CONHECIMENTO DE QUALQUER DOS 
INTERLOCUTORES ; 
ii. Previsão Legal: 
● Artigo 5°, XII da CF (); 
● Lei 9296/96 ( requisitos ): 
○ são casos de admissão a investigação criminal ( quando for importante a 
um inquérito policial ) e instrução ( fase de produção de provas em uma ação 
penal ) no Processo Penal ( fase probatória ) e ainda, que esses crimes 
sejam apenados com reclusão ! 
○ Prazo: 15 dias, prorrogáveis por mais 15 dias ( o STF, pela Ministra 
Carmen Lúcia, estabeleceu que em casos complexos poderão haver 
prorrogações sucessivas ); 
○ Determinação: quem pode determinar é o Juiz, de ofício, requerimento da 
Autoridade Policial ( somente no Inquérito policial ), ou ainda, a requerimento 
do Ministério Público ( ação penal ); 
○ Pedido: há a necessidade de demonstração da sua necessidade e 
indicação dos meios a serem utilizados; 
○ Trata-se de providência excepcional ; 
○ A Interceptação será realizada em autos apartados dos autos principais e 
haverá SIGILO ! ! ! ! 
○ O Juiz terá 24 horas para decidir e indicará a forma de execução das 
medidas; 
○ As diligências serão efetuadas pela autoridade policial. 
○ OBSERVAÇÃO IMPORTANTE : o sigilo entre advogado e cliente NÃO 
PODERÁ SER QUEBRADO ! Há quem defenda a quebra do sigilo diante de 
um interesse maior, ou seja, nesses casos, a intimidade/privacidade poderá 
ser relativizada ( deve ser analisado caso a caso ). 
iii. Distinção com gravação clandestina: 
iv. Quebra do Sigilo Bancário e Fiscal: 
v. Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada ( da prova ilícita por derivação ): 
 
 
Sistemas Processuais 
 
1. Inquisitivo ou inquisitorial 
É aquele no qual o juiz acusa e julga, tal sistema fere o princípio da imparcialidade. 
Era admitido antes da constituição federal de 88 nas contravenções penais e nos 
crimes de homicídio e lesão corporal culposos. Era chamado de Procedimento 
judicialiforme , oposto ao que prescreve o artigo 129, I da Constituição Federal. 
2. Acusatório: é aquele no qual há uma separação entre os órgãos encarregados de 
realizarem a acusação, a defesa e o julgamento. 
Neste sistema garante-se a plenitude de defesa e o tratamento isonômico às partes. 
Tendo em vista que a iniciativa da acusação é do órgão acusador, o defensor terá 
sempre o direito de se manifestar por último. Sistema do Brasil e da maioria dos 
países ocidentais 
3. Misto: neste sistema há duas fases: 
● Investigatória e acusatória 
Sendo que ambas são presididas pelo juiz tal sistema vige no CPP do sistema francês de 
1908. 
 
 
 
 
 
Inquérito Policial 
 
● Conceito: procedimento administrativo preparatório e informativo destinado a 
fornecer ao órgão da acusação elementos de prova (autoria e materialidade) 
necessários à propositura da ação penal (através do oferecimento da denúncia pelo 
mp ou da queixa crime pela vítima) 
● Destinatários 
○ Imediato - Direto: Ministério Público 
○ Mediato - Indireto: juiz 
● Dispensável: ** o inquérito policial é dispensável, pois se o titular, se da ação penal 
(órgão de acusação) tiver em mãos elementos necessários ao oferecimento da peça 
acusatória (denúncia ou queixa) o ip será dispensável. Leitura obrigatória: arts. 12, 
27, 46 po. 1o., todos do cpp. 
 
 Obs.: as provas, neste caso, são chamadas de “peças de informação”. 
Podem ser fornecidas: 
○ CVM: Comissão de Valores Monetários. 
○ Receita Federal 
○ Banco Central 
○ Qualquer do povo 
 
● Contraditório? Não. 
○ Não tem acusação 
○ Não tem partes 
○ Não tem lide/litígio 
● IP é: 
○ Escrito 
○ Sigiloso - só os advogados podem ver, há quem sustente que podem ver 
mesmo sem procuração 
 
Relatório - conclusões. Não vinculam o mp. 
Dipo - Departamento de inquéritos policiais - “distribuidor” -irá ao mp para que este ofereça 
denúncia ou não - oferecendo, vai ao juiz. 
MP não pode arquivar o inquérito policial de ofício, portanto o inquérito vai ao juiz mesmo 
que decida não denunciar. 
 
● “Notitia Criminis” - notícia da ocorrência de um crime. 
Portanto queixa-crime é peça acusatória de ação penal privada 
 
Vícios 
 
Um vício no Inquérito policial vai gerar uma irregularidade, pois o IP é mero procedimento 
administrativo e a autoridade policial não detêm competência (apenas atribuição). 
 
 
 
Prazos para o Inquérito: 
 
● Solto - 30 dias (Art. 10, “Caput”, CPP) 
○ Prorrogação ao juiz - passa pelo MP 
● Preso - 10 dias (Art.10, “ caput”, CPP 
○ Para encerramento + soltura, pode ser pedida a decretação de prisão 
preventiva. 
 
Indiciamento 
 
Ato formal (declaração) de convencimento da autoridade policial de que determinada 
pessoa é autora do crime, ou seja, é a imputação a alguém no Inquérito policial da prática 
da infração penal que está sendo apurada . Não vincula o juiz e tampouco o Ministério 
Público . 
**consequências: lançamento do nome do investigado no sistema de informações da 
secretaria de segurança pública, assim como na folha/certidão de antecedentes criminais. 
 
➔ em todo IP há indiciamento? Não 
◆ Acusado pode prestar meras declarações (suspeita) 
◆ Acusado pode prestar meras declarações e ser indiciado (convencimento/ 
certeza) 
◆ Contra um indiciamento= HC 
 
 
Provas novas 
 
(Art. 18, CPP e súmula 514, STF) 
Se após o arquivamento dos autos do IP surgirem provas novas de autoria contra o 
investigado, o Delegado deverá reabrir o IP, pois se trata de procedimento administrativo no 
qual não se pode falar em coisa julgada ou trânsito em julgado. 
 
Valor probatório = o valor informativo 
Regra geral: valor relativo, pois não se pode fundamentar uma decisão 
condenatória apoiada exclusivamente no IP, pois neste procedimento não há o contraditório 
(que só ocorrerá na fase judicial). Entretanto, se no Inquérito policial realizarem certas 
provas periciais haverá uma maior dose de veracidade, pois embora praticadas sem a 
participação do acusado, nelas impera o fator de ordem técnica , gerando a necessidade de 
uma apreciação objetiva e segura. 
 
Formas de Instauração 
a) De ofício (Art. 5º, I, CPP) 
Se trata de um ato voluntário da autoridade sem pedido/ requerimento expresso 
qualquer pessoa. O delegado será obrigado a instaurar o Inquérito policial sempre 
que tomar conhecimento de crime de ação penal pública. 
Neste caso o delegado baixará a chamada portaria (que irá declarar instaurado o 
Inquérito Policial, determinando produção de provas 
b) Requisição judicial ou do MP (Art.5o., II, 1a. Parte, CPP) 
Ordem que o juiz ou MP dá ao delegado; para instaurar o Inquérito policial 
c) Requerimento do ofendido (Art.5o., II, 2a. Parte, CPP) 
Pedido. Boletim de ocorrência não é requerimento de Instauração de i.p.(que é um 
requerimento formal) 
d) Auto de prisão em flagrante 
Documento que formaliza a prisão em flagrante e será o documento inicial do 
inquérito policial 
e) Representação do ofendido (Art.5o., po.4o., CPP 
Condição para o oferecimento da denúncia e que ocorre nos crimes de ação penal 
pública condicionada. Ex.: até. 147 do CP, crime de ameaça. 
 
Termo circunstanciado (TC) 
 
Art. 69, lei 9099/95: Jecrim 
Conceito: trata-se de uma investigação sumária para apurar a autoria e a materialidade dos 
fatos visando conter: 
a) Qualificação do autor da infração 
b) Qualificação da vítima 
c) Maneira como os fatos ocorreram (versão dos envolvidos) 
d) Qualificação das testemunhas e resumo dos fatos 
e) Exames requisitados 
f) Assinatura dos envolvidos 
g) Todos os dados que sejam relevantes ao caso concreto 
Ex.: objetos apreendidos, croquis, etc. 
É como um inquérito policial resumido por tratar-se de crimes de menor potencial 
lesivo (pena máxima abstratamente prevista não superior a 2 anos). 
EXAME OAB OBS.: na Lei 11.340/2006 art. 41 Lei Maria da Penha mesmo que a pena não 
seja superior a 2 anos deve ser instaurado o inquérito policial e não o termo 
circunstanciado. 
 
Ação Penal 
 
Conceito: é o direito de pedir ao Estado-juiz a aplicação do Direito Penal ao caso concreto. 
Prestação Jurisdicional para se buscar uma sentença. 
 
● Condições da Ação Penal: são os requisitos que subordinam o exercício do direito 
de ação. Falta de condição da ação resulta em carência da ação penal. 
a. Possibilidade jurídica do pedido : o pedido precisa estar admitido/ expresso 
em Lei. Princípio da legalidade: Lei seguindo a competência (União) e 
seguindo o procedimento previsto na Constituição. 
b. Interesse de agir: compreende a falta de justa causa: 
■ Necessidade (necessidade do uso da via judicial. Exemplo de falta de 
necessidade, é a extinção da punibilidade como prescrição e morte 
do agente) + adequação da prestação jurisdicional, ou seja, o 
procedimento e rito adequado, exemplo de inadequação , roubo pelo 
JECRIM, que é sumaríssimo, quando deveria ser procedimento 
ordinário. 
■ Justa causa = interesse de agir 
c. Legitimação para agir: legitimação para estar em juízo ou capacidade para 
estar no pólo ativo e passivo. Ex.: menor não pode figurar no polo passivo de 
ação penal. 
Ex.: atipicidade resulta em: falta de interesse de agir (necessidade) e possibilidade jurídica 
do pedido. 
 
● Espécies 
Ação Penal Pública Incondicionada 
 
● Conceito: é aquela promovida através do MP por meio da Denúncia 
● Titularidade: o titular desta ação é o Ministério Público. 
Obs.: neste tipo de ação não há a exigência de requisito/ condição específica para o 
oferecimento da denúncia, ou seja, ajuizamento da ação . 
 
● Princípios 
1) Obrigatoriedade é diferente de oportunidade: sinônimo de legalidade. O MP 
identificando indícios de autoria e materialidade em uma conduta criminosa 
tem a obrigatoriedade de oferecer a denúncia, ou seja, iniciar a ação penal. 
Pena de prevaricação. 
■ Oportunidade/ conveniência/ discricionariedade regrada: confere a 
quem cabe promover a ação penal uma certa margem de liberdade 
para apreciar a oportunidade e conveniência de fazê-lo. Casos: ação 
penal privada e artigo 76 da Lei 9.099/95 que diz respeito a transação 
penal. 
2) Indisponibilidade: artigo 42 do CPP, que diz que o MP não pode dispor/ 
desistir da ação penal em curso. Pena de prevaricação. 
 
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. 
 
3) Oficialidade: A ação penal deve ser iniciada por um órgão oficial 
denominado Ministério Público (art. 129, I da CF) e a investigação criminal 
(Inquérito Policial) Deve ser realizada pela polícia civil ou federal, segundo 
artigo 144 da CF. 
 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
 
Obs.: persecução penal: é igual à atividade de busca de provas em fase 
policial (Inquérito Policial) e em fase judicial (ação penal). 
4) Intranscendência: a ação penal só pode ser movida contra a pessoa a 
quem se imputa (acusa) a prática do delito . 
5) Indivisibilidade: deve abranger todos aqueles que cometeram o delito,sendo desdobramento do princípio da obrigatoriedade, pois se o MP é 
obrigado a propor ação penal pública, não poderá escolher quais serão os 
processados, tendo em vista que isto seria admissão do princípio da 
oportunidade. No caso não tem como consequência a renúncia, podendo ser 
agregada a qualquer tempo. 
● Exceto em caso de haver justificativa, ao exemplo de não haver provas suficiente de 
autoria para o oferecimento da denúncia sobre determinado indivíduo. 
 
Denúncia/ Queixa-crime 
● Prazo: art 46, CP 
 
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em 
que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou 
afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial ( art. 16 ), contar-se-á o prazo da 
data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. 
§ 1 o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia 
contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação 
 
○ Réu preso: 5 dias 
■ Se passar dos 5 dias o réu preso vai ter que ser solto, se não ocorrer 
imediatamente mediante requerimento do réu, se dará por meio de 
Habeas Corpus; 
■ Se trata de prazo impróprio , portanto o decurso de prazo não implica 
em consequências para o promotor (mediante justificação), a única 
consequência para o caso será a soltura do réu preso. 
○ Réu solto: 15 dias. 
 
● Requisitos: art 41, CPP: 
 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a 
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando 
necessário, o rol das testemunhas. 
 
● Rejeição: art. 395, CPP 
○ Inépcia - quando faltam os requisitos do art. 41 
○ Falta pressupostos / condições da ação 
○ Justa causa (que também é condição da ação). 
 
 
 
Ação Penal Pública Condicionada 
 
● Conceito: é aquela cujo exercício do direito de ação depende de uma 
condição, ou seja, é aquela na qual a denúncia depende de uma condição 
específica para ser oferecida e deferida 
● Titularidade: Ministério Público. 
● Condição específica da ação - Representação 
○ Forma: não tem forma especial (STF): basta a exteriorização da 
vontade da vítima mais informações que esclareçam o fato e a 
autoria, segundo artigo 39, §2º do CPP. 
Obs.: se for feita contra um acusado se estenderá aos demais em 
face do princípio da indivisibilidade e obrigatoriedade 
 
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante 
declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. 
§ 1 o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu 
representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério 
Público, quando a este houver sido dirigida. 
§ 2 o A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria. 
§ 3 o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, 
remetê-lo-á à autoridade que o for. 
§ 4 o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que 
esta proceda a inquérito. 
§ 5 o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o 
habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 
 
● Prazo: o prazo é de 6 meses contados do dia em que vier a saber quem é o 
autor do crime (artigos 38 do CPP e 103 do CP). Trata-se de prazo 
Decadencial (não se suspende nem se prorroga). Se a representação não for 
apresentada em 6 meses haverá extinção da punibilidade. art. 107, IV do CP. 
○ Irretratável? Depende. É irretratável, desde que após o oferecimento 
da denúncia arts. 25, CPP e 102, CP. 
 
Art. 25, CPP - A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
Art. 102, CP - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia. 
 
 
 
 
 
 
 
Opções do MP 
 
● Ação Penal Pública Condicionada 
● Ação Penal Pública Incondicionada 
 
1. Pedido de arquivamento (17, CPP) 
a. Deferimento - arquivo - decisão é irrecorrível; 
b. Indeferimento - art. 28, CPP - Procurador Geral de Justiça 
i. Pgj pode concordar com o juiz em oferecer a denúncia 
ii. Pgj pode designar outro promotor para oferecer a denúncia 
iii. Pgj pode insistir no arquivamento 
Excepciona-se portanto à característica do juiz dar a decisão final. 
 
2. Pedido de novas diligências 
a. Deferimento - retorno dos autos à origem ( volta à Delegacia para a 
continuação do IP); 
b. Indeferimento - Correição Parcial - doutrina fala que promotor pode entrar 
com correição parcial, é um ato, como um recurso e quem decide sobre este 
ato é a corregedoria do TJ ou instância superior à que a decisão foi 
prolatada. 
 
3. Oferecimento da Denúncia 
a. Rejeição (art. 395, CPP) - cabe Recurso em Sentido Estrito (art. 581, I, CPP); 
b. Recebimento - não cabe recurso, pode ser utilizado Habeas Corpus. 
 
Ação Penal Privada 
 
1. Conceito: é aquela em que o Estado transfere a titularidade do Direito de ação para 
a vítima/ ofendido ou seu representante legal (mesmo nesta ação o Estado continua 
tendo o Direito de punir, só não tendo o direito de ajuizar a ação penal).; 
2. Titularidade: ofendido; 
3. Princípios 
○ Indivisibilidade: art. 48, CPP, ou se processa todos, ou nenhum. 
○ Se o ofendido não processa todos o Mp não pode aditar a inicial para constar 
todos os agentes, pois a ação não é de titularidade do Mp, e sim do ofendido 
 
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério 
Público velará pela suaindivisibilidade. 
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se 
estenderá. 
● No caso do ofendido deixar de incluir um dos coautores na queixa-crime 
haverá: 
■ A renúncia tácita ao direito de queixa que se estenderá a todos 
gerando a extinção da punibilidade em face de todos os coautores; 
■ O MP não poderá aditar a queixa pois não possui titularidade para 
ação penal PRIVADA; 
 
 
○ Disponibilidade: 
■ Pública é indisponibilidade 
■ Que a vítima ou ofendido pode desistir da ação penal (arts. 49 e 50 
ambos do CPP) 
 
○ Oportunidade / conveniência 
■ Pública é obrigatoriedade; 
■ Que o ofendido ou a vítima pode propor ou não ação penal. 
○ Intranscendência: 
■ a ação só pode ser ajuizada contra aquele que praticou o crime; 
○ Prazo: 
■ 6 meses do conhecimento da autoria,prazo decadencial (não se 
suspende e não se prorroga). 
○ Espécies 
■ Exclusiva ou propriamente dita: aquela proposta pelo ofendido ou por 
quem legalmente o represente; 
■ Personalíssima: é aquela promovida pelo próprio ofendido, sem que 
esse direito se transmita aos sucessores previstos no artigo 31 do 
CPP. Portanto, a morte do ofendido gera a extinção da punibilidade. 
Se o ofendido for incapaz o direito de ação não será transmissível 
aos seus representantes, devendo-se aguardar o término da 
incapacidade para ingressar com a queixa-crime. Neste caso 
haverá a suspensão do prazo decadencial. Hipótese única: 
previsto no artigo 236, parágrafo único do CP: Induzimento a erro 
essencial e ocultação de impedimento matrimonial; 
■ Privada subsidiária da pública: se o MP nos casos de ação de 
iniciativa pública (ação penal pública) não ajuizar a ação no prazo 
legal, o ofendido ou seu representante legal subsidiariamente 
poderão ajuizá-la. Art. 100, § 3º do CP. 
● Prazo: 6 meses contados do término do prazo legal para o 
exercício da ação. Artigos 103, CP e 38 CPP; 
● Peça: queixa subsidiária. 
○ Hipóteses de atuação do MP após a apresentação da queixa subsidiária: 
■ Aditar a queixa subsidiária; 
■ Repudiar/afastar a queixa subsidiária oferecendo a denominada 
denúncia substitutiva ; 
■ Produzir provas; 
■ Intervir em todos os termos do processo, sob pena de nulidade 
(artigos 563 e 564, III, “d” do CPP); 
■ Interpor recurso. 
 
 
 
 
 
 
Como identificar o tipo de ação 
 
1. Art 147 ameaça, CP , parágrafo único - representação - ação penal pública 
condicionada 
2. Art. 138 -140 crimes contra a honra disposições comuns - queixa - ação penal 
privada 
3. Se não tem nada sobre. Ex.: crimes contra o patrimônio -ação penal pública 
incondicionada 
 
● Diferenças entre ação penal pública e privada: 
○ Titularidade: pública = MP / privada = vítima ou ofendido 
○ Peça acusatória: pública=denúncia / privada=queixa-crime 
○ Princípios 
 
Se o ofendido não processa todos o Mp não pode aditar a inicial para constar todos os 
agentes, pois a ação não é de titularidade do MP. 
 
Rito 
 
1. Denúncia/queixa 
2. Citação 
3. Resposta à acusação 
4. Absolvição sumária 
5. Audiência de instrução e julgamento 
6. Memoriais 
7. Sentença 
 
Citação (artigo 396 do CPP) 
 
● Conceito: ato processual que visa dar conhecimento ao Réu da existência de ação 
penal, bem como cientificá-lo do prazo para apresentação da resposta à acusação 
(também denominada preliminar ou escrita) 
● Ausência: nulidade absoluta (pois fere um princípio constitucional) 
● Formas: 
○ Real ou pessoal 
○ Ficta (edital) 
○ Com hora certa 
 
Real ou Pessoal 
 
● Instrumentos pelos quais se realiza desta citação: 
 
○ Mandado: 
■ Art. 351 e seguintes do CPP 
■ Contrafé - denúncia e mandado de citação - 10 dias para resposta à 
acusação, contados da juntada do mandado 
■ Pode citar aos finais de semana e feriados (amigo da pro) 
■ Obs.: citação do réu preso (art 360 do cpp) a citação se dará por meio 
de mandado (pessoalmente) no local onde o réu estiver recolhido. O 
desrespeito a esta regra gera nulidade absoluta 
■ Leitura dos artigos 358 e 359 (militar e funcionário público - através 
do superior hierárquico) 
○ Carta precatória: comarcas distintas. Onde estiver sendo realizado o 
processo e onde está o réu (art. 353 CPP), 
■ Juízo deprecante - juízo do processo 
■ Juízo deprecado - juízo em que o réu se encontre 
■ Obs.: O prazo para resposta conta-se da data do cumprimento do 
mandado e não de sua juntada aos autos (Súmula 170, do STF) 
○ Carta rogatória: Países diferentes (art. 368, CPP): ocorre quando a citação 
deve ocorrer em outro país (neste caso, haverá suspensão do prazo da 
prescrição). A carta deve ser encaminhada ao Ministério da Justiça que 
solicitará o seu cumprimento ao Ministério das Relações Exteriores 
○ Carta de ordem: de um órgão jurisdicional para outro órgão jurisdicional 
 
Por hora certa 
 
● Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial certificará a 
ocorrência e procederá à citação com hora certa (na forma dos artigos 227 a 229, 
CPC). Acusado tem localização certa, mas se oculta, oficial vai duas vezes à sua 
localização e não o encontra, na terceira vez cita por meio de um familiar / vizinho , 
para apresentar resposta à acusação em 10 dias. 
● Lei 11.719/08 
● Art. 362, CPP 
● Consequências 
○ Se o R não apresentar a resposta à acusação - juiz irá nomear um defensor 
dativo (inscrito na OAB, para fazer as “ vezes” de defensor público - Ação 
Penal não será suspensa (10 dias - art. 386-A) 
 
Citação Ficta ou por Edital 
 
Art 363, §1º, CPP 
Réu encontra-se em local incerto e não sabido 
a) Quando o Réu não for encontrado. Não se sabe a localização do réu - Art. 396, p.u. 
CPP Consequências - se não apresenta resposta escrita e não nomeia defensor - 
há suspensão do processo - não se nomeia defensor 
 
● Haverá suspensão da prescrição? 
● Por quanto tempo o processo ficará suspenso 
○ 3 teorias 
■ 1ª Teoria: o processo ficará suspenso até o réu aparecer. Enquanto o 
processo estiver suspenso, não corre a prescrição (STF Recurso 
Extraordinário 460971). Crítica: esta teoria torna o crime 
imprescritível,o que é vedado,tendo em vista que só a Constituição 
Federal pode fazê-lo 
■ 2ª Teoria: o limite deve ser o prazo máximo previsto no artigo 109 do 
CP, ou seja, 20 anos. 
■ 3ª Teoria: o processo e a prescrição ficam suspensos pelo próprio 
prazo da prescrição do crime respectivo (pelo máximo da pena 
estabelecida pela Lei). Súmula 415 do STJ. 
 
b) Quando inacessível o local onde se encontre 
● Hipóteses de catástrofe, guerra 
 
Obs.: crime de lavagem de dinheiro: Lei 9.613/98: NÃO SE APLICA O ARTIGO 366 DO 
CPP E O PROCESSO SEGUE ATÉ O JULGAMENTO COM NOMEAÇÃO DE DEFENSOR 
DATIVO, MESMO NA HIPÓTESE DA CITAÇÃO TER SIDO FEITA POR EDITAL 
 
Artigo 366, CPP - produção antecipada de provas - urgentes e revelia 
 
Artigo 367, CPP - revelia - não há presunção de veracidade -ampla defesa + contraditório. A 
revelia no processo penal tem como efeito o fato de o réu não ser mais intimado 
pessoalmente dos atos processuais. Entretanto, poderá produzir suas provas e não haverá 
a presunção de veracidade 
 
Prova - pontos: 
● Sistemas processuais 
● Princípios 
● Inquérito policial 
● Ação penal 
● Citação/sentença 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em função da matéria, a Cf determina o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, 
consumados ou tentados e em conexão ou em continência com aqueles. Importante 
lembrar que os crimes culposos contra a vida são de competência do juiz singular. Ex.: 
homicídio na direção de veículo automotor (culposo) 
 
Teoria da passagem inocente: na justiça brasileira adotou-se a teoria da passagem 
inocente/inofensiva, segundo a qual o crime cometido em aeronave em trânsito aéreo ou 
em navio ao alto mar não serão julgados no Brasil, por conta de não violarem sua 
autonomia 
 Na justiça federal são julgados os crimes contra a União, suas autarquias e fundações 
Há entendimento do STJ no sentido de que os crimes contra o Banco do Brasil serão 
julgados pela justiça Estadual; 
Os crimes contra a Caixa Econômica Federal serão julgados pela justiça Federal (Súmula 
42, STJ). Compete ainda à Justiça Estadual julgar os crimes previstos em Tratados 
internacionais. 
***pegar pq saí 
Pela súmula 546 do STJ a competência para processar e julgar o crime de uso de 
documento falso é firmada em razão da qualidade do ente ou órgão ao qual foi 
apresentada, não importando o órgão expedidor. 
 
A competência em razão da pessoa é fixada perante o órgão judiciário ao qual a cf tenha 
atribuído a função de julgar 
Cabe ao STF julgar: o presidente e o vice da República, os ministros do supremo e o pgr 
Stj - governadores, desembargadores do tj, tf , tre e trt. 
O crime praticado contra o Presidente da República é crime contra a segurança nacional, e 
não crime comum previsto no código penal ou em Lei extravagante. 
O crime praticado contra agente público, no exercício das suas funções se considera uma 
lesão ao próprio ente ou órgão. Ex.: roubo contra agente dos correios. 
Os juízes, os promotores e os defensores públicos, ainda que seja crime contra a vida, 
serão julgados pelo tribunal de justiça ao qual estão vinculados, independentemente de o 
crime ter ocorrido em sua circunscrição. 
Aqueles que Não tem prerrogativa de função; em concurso de pessoas com aquele que a 
tem; será julgado pelo tribunal do júri, desmembrando-se o processo em função da 
ausência de norma constitucional prevendo o julgamento conjunto. 
 
Competência territorial 
Loci (locus comissi delicti) 
No processo penal a regra é a fixação da competência em razão do local em que o delito se 
consumou, adorando-se portanto a teoria do resultado. 
Nos crimes de menor potencial ofensivo não adotam a teoria do resultado, mas sim a da 
atividade. Portanto, a competência é fixada no local em que houve a ação ou a omissão. 
Nos crimes tentados a competência é fixada no local em que houve por último um ato 
executivo. 
Sendo incerto o local da consumação, a competência é fixada em razão da prevenção. 
Nos crimes à distância quando o último ato de execução tiver ocorrido fora do Brasil e nele 
deveria se consumar, será competente o juiz de onde tenha ou deveria o resultado se 
verificado. Se os atos de execução se deram no Brasil, mas o crime se consumou 
jonexterior, será competente o juízo em que tiver ocorrido o último ato de execução no 
Brasil. 
Conexão: 
Não se determina a conexão se em um deles já houve a prolação da sentença 
● Intersubjetiva: aquela que determina a reunião dos processos em razão dos sujeitos 
○ Simultaneidade: sendo praticadas duas ou mais infrações por várias pessoas 
mas sem que entre elas haja liame subjetivo. Ex.: caminhão tombado, cuja 
carga é furtada por pessoas que por lá passavam 
○ Concurso: é aquela conexão entre vários agentes que em concurso de 
pessoas praticam o crime. Exemplo: roubador que entra na casa e outro que 
apenas dirige o carro de fuga 
○ Recíproca: um pratica o crime contra o outro. É aquela em que é 
determinada a reunião de processos em razão de os crimes terem sido 
cometidos por várias pessoas. O crime de rixa não é considerado por esta 
regra de conexão, já que há um único crime; nos crimes de lesão corporal 
recíproca, por haver vários delitos, é possível que haja a conexão entre eles 
● Subjetiva 
● Teleológica: ocorre quando uma ou mais infrações forem cometidas para 
facilitar a prática de outra. 
● Consequencial: ocorre quando uma ou mais infrações forem cometidas para 
ocultar a prática de outra ou obter impunidade ou vantagem. Ex.: homicídio e 
ocultação de cadáver 
Probatória: quando a prova de um processo puder influir em outro haverá a conexão 
probatória/conexão instrumental. Ex.: furto e receptação 
 
Continência: único crime. Ex.: roubo praticado por uma única vítima, por 3 pessoas em 
concurso 
● Subjetiva: concurso de pessoas 
● Objetiva: ocorre nas hipóteses em que a ação do agente causar mais de um 
resultado. É característico do erro na execução art 73, do cp, resultado diverso do 
pretendido art. 74 do cp e no concursoformal próprio art. 70, 1a. Parte do cp 
● Na concorrência de conexões caberá ao juízo daquele lugar que é imputado o crime 
mais grave; caso tenham a mesma pena, será competente o juízo do local em que 
foram praticados mais crimes; e casos esses critérios não solucionem a fixação da 
competência será adotada a prevenção 
 
Prova: 
● Princípios**** 
● Sistemas processuais 
● Inquérito policia 
● Ação penal 
● Citação 
 
Provas - Teoria geral 
 
● Conceito: trata-se de elemento que autoriza a conclusão acerca da veracidade de 
um fato delituoso e que é condição para que o juiz forme a sua convicção acerca do 
mesmo 
● Objeto ou “thema probandum”: o que se quer provar? Fatos. Jura novit curea. Não é 
necessária a prova do Direito. 
○ Exceção: 
■ Lei estrangeira 
■ Direito Estadual 
● Ônus: as regras sobre o ônus estabelecem a regra de que quem alega, deve provar 
● Cuidado art. 156, CPP 
 
● Sistemas de avaliação (art. 155, CPP) 
○ Sistema da livre convicção (persuasão racional): confere liberdade ao juiz 
para formar seu convencimento, sem subordinar-se a critérios pré fixados 
pela lei acerca do valor de cada prova, contudo o juiz deve fundamentar a 
sua decisão segundo o artigo 93, IX da CF. 
■ Confissão isolada de outros elementos probatórios(BR), resulta em 
absolvição. 
○ Sistema da íntima convicção (certeza moral): não há necessidade de 
fundamentar. Tribunal do Júri. 
○ Sistema da prova legal ou tarifada. Art 62 e 158 
● Prova emprestada: prova produzida em um processo e depois transferida a outro 
com o objetivo de comprovar um determinado fato. 
○ Requisitos: 
■ Mesmas partes 
■ Mesmo fato a ser provado 
■ Mesmas formalidades legais para sua produção 
■ Observância/respeito ao princípio do contraditório.*** 
● Obs.: é inadmissível prova emprestada de ip. 
● Fatos que independem de prova: 
● Axiomáticos (intuitivos): são fatos que são evidentes por si mesmos. Ex.: 
encontrando-se um cadáver em estado de putrefação é desnecessário comprovar 
que a pessoa esteja morta 
● Notórios: são aqueles cujo conhecimento integra a cultura geral. Ex.: não é 
necessário provar que o carnaval é uma festa popular. 
● Presumidos: presumir é tornar como verdadeiro um fato independentemente de 
prova. Pode haver presunção absoluta. Ex.: estabelecer a inimputabilidade aos 
menores de 18 anos. Ou relativa. Ex.: presunção de violência em determinados 
crimes contra a dignidade sexual. 
 
 
Q) Fatos incontroversos: são os alegados por uma parte e não contestados pela outra. 
Precisam ser provados pois o juiz busca a verdade real. Portanto a confissão por si só seria 
um fato incontroverso 
 
 
Sentença 
● Emendatio Libelli: (art. 383, CPP) 
O acusado sempre se defende DOS FATOS, portanto defende-se da descrição do fato 
criminoso e não da sua classificação jurídica. Portanto, o juiz pode condenar diretamente o 
réu e imputar a classificação (artigo que entenda correto), sendo dispensável o aditamento 
da denúncia. 
 
 
● Mutatio Libelli (art. 384, Cpp) 
Pressupõe que durante a produção de provas em juízo surja uma elementar ou 
circunstância não descrita na denúncia ou queixa. Neste caso, o MP deverá aditar a 
denúncia e deverá ser possibilitada a oportunidade para a defesa manifestar-se sobre a 
nova descrição

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