Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Capacidade de Carga Geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES SLIDES 06 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2 Capacidade de Carga de Tubulões Toda a carga aplicada a um tubulão será suportada pelo solo sob a base Como são fundações profundas, a teoria de Terzaghi não propicia boas previsões Teoria de Meyerhof adaptada para a ruptura localizada dos tubulões adm b N A SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Capacidade de Carga de Tubulões 3 SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 4 Capacidade de Carga de Tubulões *** 2 3,1 q s cu qN K Ncq Nc*, Nq* = fatores de capacidade de carga de Meyerhof q = tensão vertical efetiva na cota da base do tubulão Ks = coeficiente de empuxo próximo à base argilas'sin95,0 siltes e areias'sin1 0 KKs SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 5 Nc Nq SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 6 Gráfico em escala logarítmica NTd log d (cm) = distância a partir da origem da década até o ponto desejado no gráfico T (cm) = tamanho da década N = valor entre 1 e 10 T d N 10 década da origem daValor N procuradoValor SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 7 Nc Exemplo Ângulo de atrito = 45 graus Origem da década = 1000 d T T T T d N 10 década da origem daValor N procuradoValor SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 9 Capacidade de Carga de Tubulões *** 2 3,1 q s cu qN K Ncq Obs.: Para usar a equação de Meyerhof para tubulões, recomenda-se alterar os de valores de “c” e de “ɸ”, para representar melhor a ruptura localizada, exceto para o cálculo de Ks. tgtg cc 32 32 ** * FS q q uadmadm FS = 2,0 (fundações profundas) SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 10 Capacidade de Carga de Tubulões Exemplo: Qual a dimensão da base do tubulão para suportar um pilar com 2500 kN? *** 2 3,1 q s cu qN K Ncq SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 11 Capacidade de Carga de Estacas Em estacas a carga última é dada pela soma da parcela de atrito lateral (PL) e da ponta (PP) As parcelas de atrito lateral e de ponta ocorrem para diferentes valores de recalque Atrito lateral → cisalhamento, pequenas deformações Resistência de Ponta → compressão, grandes deformações Pu = PL + PP PL PP SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 12 Capacidade de Carga de Estacas SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 13 Capacidade de Carga de Estacas Para garantir uma menor deformação da estaca na carga de trabalho, recomenda-se: 2 PP 4 P 3,1 P PL PL admP Décourt NBR 6122 SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 14 Capacidade de Carga de Estacas Parcelas de carga (A) Na ponta: σpmax = tensão máxima à compressão no solo sob a ponta da estaca Ap = área da ponta (B) Atrito lateral: τ = tensão cisalhante máxima na interface estaca-solo AL = área lateral da estaca Solo estratificado ppP AP max LL AP n i LiL i AP 1 SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 15 Capacidade de Carga de Estacas Tensões máximas (A) Na ponta: Usa-se a teoria de Meyerhoff: Para estacas NÃO se reduzem os valores de “c” e “ø” (B) Na lateral: A partir da resistência do solo: ** 2 3,1 q s cu qN K cNq tan'na 0 ' tan32tan 2 K ca vn SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 16 Capacidade de Carga de Estacas Tensões máximas (B) Na lateral: Como a tensão vertical varia linearmente com a profundidade, pode-se estimar a tensão no ponto médio de cada subcamada tan'na 0 ' Kvn SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Exemplo Calcule a carga admissível de uma estaca com diâmetro de 50cm tendo em vista o perfil dado. 17 SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Atrito lateral estaca solo Deslocamento relativo entre o solo e a estaca Atrito positivo A estaca recalca mais que o solo envolta Capacidade de carga geotécnica Atrito negativo O solo recalca mais que a estaca A estaca é sobrecarregada 18 SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Causa principal Recalque da camada compressível devido à atuação de sobrecargas (aterros, estoque de materiais, etc) e adensamento Atrito Negativo 19 As estacas limitam o recalque na região onde são instaladas Alonso (1989) SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Estimativa de Qn (Alonso, 1989) 20 ln rlUQ U = perímetro da estaca Δl = trechos de solo com rl constante rl = adesão estaca-solo Valor de rl • Se for argila mole = coesão das argilas • Pode ser adotado igual ao atrito lateral no caso de aterros Estacas pré-moldadas • rl não deverá exceder o peso do volume de solo amolgado SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo 21 Estacas pré-moldadas • rl não deverá exceder o peso do volume de solo amolgado SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Estimativa de Qn (Velloso e Lopes, 2010) 22 lUQ nn a = aderência estaca-solo (geralmente desprezada) σ’v = tensão vertical efetiva junto da estaca na profundidade em estudo K = coeficiente de empuxo lateral (≠ K0) δ = ângulo de atrito solo-estaca tan'vn Ka ' 0 'tan vvn K βξ = fator que considera a redução da tensão vertical efetiva geostática em decorrência da transferência de carga para o solo σ’v0 = tensão vertical efetiva geostática na profundidade em estudo SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Estimativa de Qn (Velloso e Lopes, 2010) Sugestões de valores de βξ (Long e Healy, 1974): 23 '0vn Solo βξ Argilas 0,20 a 0,25 Siltes 0,25 a 0,35 Areias 0,35 a 0,50 lUQ nn SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Exemplo: Calcular o atrito negativo em uma estaca tipo escavada (com D = 50cm) que atravessa uma camada de aterro de 4 m de espessura constituído de uma argila arenosa. Dados: Coesão = 10 kPa Ângulo de atrito = 22º Peso específico do solo = 16 kN/m³ 24 SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Exemplo (empregando Alonso) 25 ln rlUQ DU coesão lDQn 010,45,0 nQ kN83,62 nQ SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Exemplo (empregando Velloso e Lopes) 26 ' 0vn Solo βξ Argilas 0,20 a 0,25 Siltes 0,25 a 0,35 Areias 0,35 a 0,50 kPa80,21625,0 n lUQ nn Metade da camada 0,45,08 nQ kN27,50 nQ SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Exemplo (empregando Velloso e Lopes) Refinar em camadas de solo se não for homogêneo! 27 Δl (m) z (m) σ'v τn Qn 0,5 0,25 4,00 1 0,79 0,5 0,75 12,00 3 2,36 0,5 1,25 20,00 5 3,93 0,5 1,75 28,00 7 5,50 0,5 2,25 36,00 9 7,07 0,5 2,75 44,00 11 8,64 0,5 3,25 52,00 13 10,21 0,5 3,75 60,00 15 11,78 Total (kN) 50,27 SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Influência na carga admissível da estaca 28 SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Influência na carga admissível da estaca (NBR 6122, 2010) Método das tensões admissíveis 29 ngLPadm QFSPPP Padm = carga admissível geotécnica PP = resistência de ponta na ruptura PL = resistência lateral na ruptura FSg = fator de segurança global Qn = atrito negativo SLIDES 06 – Capacidade de carga geotécnica de Fundações Profundas FUNDAÇÕES - Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atrito Negativo Métodos para reduzir Qn Pré-carregamento da camada compressível antes da instalação das estacas Atenção ao cronograma e aos custos Eliminação do contato direto da estaca com o solo Instalação das estacas dentro de tubos de maior diâmetro Limpa-se o solo dentro do tubo e depois crava-se a estaca Inviável quando há carga horizontais Pintura da superfície externa da estaca com mistura betuminosa especial 30
Compartilhar