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Resumo de direito privado

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RESUMÃO INTRODUÇÃO AO DIREITO PUBLICO E PRIVADO 
 
CONCEITO DE DIREITO: “a vinculação bilateral atributiva da conduta para a realização 
ordenada dos valores de convivência” (REALE, 1972, p. 617). Assim, pode-se dizer que o Direito 
é um conjunto de instituições, regras e princípios que buscam regulamentar a vida humana 
em sociedade. 
O Direito é dividido em vários ramos, cada um sobre um determinado assunto. Nesta 
disciplina, estudaremos os seguintes ramos: Direito Constitucional, Direito Civil, Direito 
Administrativo, Direito Internacional e Direito Penal. 
No Direito, encontramos as instituições, que são entidades que perduram no tempo, por 
exemplo: os sindicatos, os órgãos do Poder Judiciário, do Poder Executivo, etc. 
O Direito, como coloca Sérgio Pinto Martins (2013), tem em uma das mãos a balança e na outra a 
espada. A balança serve para sopesar o Direito e a espada visa fazer cumprir as suas determinações. A 
espada sem a balança é a desproporção. A balança sem a espada é um direito ineficaz. As duas devem 
caminhar juntas. A proporção do emprego da espada e da balança tem que ser igual para não se criar 
desigualdades. 
 
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO 
 
O Direito Objetivo, nas palavras de Sérgio Pinto Martins (2013, p. 5), “é o complexo de normas 
que são impostas às pessoas, tendo caráter de universalidade, para regular suas relações”. O 
Direito Objetivo é, portanto, aquele criado pelo Estado e aplicado a toda a coletividade; 
independente da vontade do indivíduo, ele existe. Podemos citar como exemplo o Direito 
Constitucional, que é aplicado igualmente a todos. 
O Direito Subjetivo, por outro lado, é a faculdade, a escolha de a pessoa postular seu direito, 
objetivando a realização de seus interesses, uma vez que não foram cumpridos. 
Diferentemente do Direito Objetivo, no caso do Direito Subjetivo, ele dependerá da vontade 
do indivíduo para existir, ou seja, é necessária a manifestação de vontade para a aplicação de 
um direito. O exemplo deste seria o Direito do Consumidor. 
 
 
 
 
DISTINÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL 
 
A Moral possui um conceito que varia com o tempo, em razão de questões políticas, sociais, 
econômicas que vão sendo alteradas de acordo com a história e com a sociedade que é 
estudada. A Moral é unilateral, pois não há punição uma vez que a norma foi descumprida. No 
Direito, porém, há uma bilateralidade, uma vez que há uma imposição do comportamento do 
indivíduo na sociedade, e quando este é descumprido, há uma sanção (punição) por parte do 
Estado 
 
Para melhor compreender, veja a tabela abaixo com a distinção feita por Miguel Reale (1972, p. 626). 
 
 
RAMOS DO DIREITO 
 
O Direito natural nasce a partir do momento em que surge o homem, aparecendo, portanto, 
naturalmente para regular a vida humana em sociedade, de acordo com as regras da 
natureza. O Direito natural é aquele que fixa regras de validade universal, não 
consubstanciadas em regras impostas ao indivíduo pelo Estado. Em verdade, ele se impõe a 
todos os povos pela força dos princípios supremos dos quais resulta, como, por exemplo, o 
direito de reproduzir, o direito de viver, etc. 
O Direito positivo compreende o conjunto de regras estabelecidas por meio do poder político 
em vigor num determinado país e numa determinada época (FÜHRER; MILARÉ, 2009). “O 
Direito positivo é apenas a norma legal, emanada pelo Estado e não de outras fontes do 
Direito. Ele estabelece o que é útil, sendo conhecido por meio de uma declaração de vontade 
alheia, que é a promulgação” 
O Direito público é aquele que regula as relações em que o Estado é parte; o segundo é o que 
disciplina as relações entre particulares, nas quais predomina, de modo imediato, o interesse 
de ordem privada. Pode-se definir o Direito público como o ramo que: [...] regula as relações 
em que predominam os interesses gerais da sociedade, considerada como um todo. Nas 
relações de Direito Público, o Estado participa como sujeito ativo (titular do poder jurídico) ou 
como sujeito passivo (destinatário do dever jurídico), mas sempre como órgão da sociedade e, 
portanto, sem perder a posição de supremacia ou poder de império. 
O Direito privado é aquele que: [...] regula as relações em que predominam os interesses 
particulares ou a esfera privada. Nas relações jurídicas de Direito Privado o Estado pode 
participar como sujeito ativo ou passivo, em regime de coordenação com os particulares, isto 
é, dispensando sua supremacia ou poder de império. 
Assim, conclui-se que, o Direito público envolve a organização de um Estado, onde são estabelecidas 
as normas de ordem pública, enquanto o direito privado diz respeito ao interesse dos particulares, 
decorrentes da manifestação de vontade dos interessados. 
 
FONTES DO DIREITO 
 
As fontes primárias do Direito são: lei, costumes, doutrina e jurisprudência. 
LEI: Essa é a fonte do direito de maior importância em nosso país e em nosso ordenamento 
jurídico. Assim, deve-se buscar na lei a forma correta de proceder em nossas relações sociais. 
O Art. 5º, II da Constituição Federal estabelece que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar 
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Tal fonte é uma regra de conduta editada pelo 
Poder Legislativo, no qual estão presentes os representantes do povo, ou seja, são os 
vereadores (nível municipal), os deputados estaduais (nível estadual) e os deputados federais 
(nível federal). A característica da lei é a generalidade, ela se aplica de uma maneira geral a 
todos, não fazendo qualquer tipo de distinção 
COSTUME: O costume é o comportamento praticado reiteradamente pela sociedade, que 
acaba se tornando uma lei, sendo então incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro. Ou 
seja, antes mesmo de se tornar uma lei já é considerado uma fonte do direito. Deve-se 
salientar que o costume não poderá ser aplicado se for contrário a uma determinação 
expressa em lei. O costume acaba variando de acordo com o ramo do Direito. Contudo, no 
caso do Direito Penal, por exemplo, o costume é proibido, pois não há crime sem lei que o 
defina. 
DOUTRINA: A doutrina consiste na opinião dos juristas, que são os estudiosos do Direito 
sobre determinado assunto. Seria o conjunto sistemático de teorias sobre o Direito elaborado 
pelos juristas. Pode-se dizer que é um produto da reflexão e do estudo que os grandes juristas 
desenvolvem sobre o Direito. 
JURISPRUDÊNCIA: A jurisprudência realiza a interpretação do Direito. Enquanto a doutrina é a 
interpretação do Direito feita pelos juristas, a jurisprudência é a interpretação do Direito feita 
pelos Tribunais do nosso país. A principal fonte é a lei, porém ela deve ser interpretada e isto 
é feito tanto pelos juristas, quanto pelos Tribunais, no momento em que eles julgam os casos 
concretos. Dessa forma, a jurisprudência acaba sendo utilizada como uma referência para a 
pessoa ingressar com uma ação, ajudando assim a fundamentar seu pedido. 
 
APLICAÇÃO DAS NORMAS DE DIREITO 
 
Para se aplicar a norma, precisamos interpretá-la, compreendendo assim o que levou o 
legislador a criá-la. Quanto às fontes que interpretam a norma, elas podem ser: autêntica, 
doutrinária, jurisprudencial. Com relação aos meios: gramatical, lógica, histórica e 
sistemática. E, por fim, quanto aos resultados: declarativa, extensiva, restritiva, finalística. 
• Gramatical, literal ou filológica: é a verificação do sentido gramatical da norma criada. 
Analisa-se o alcance das palavras no texto da lei. 
• Lógica: estabelece-se uma conexão entre vários textos legais a serem interpretados e 
aplicados ao caso concreto. 
• Teleológica ou finalística: a interpretação da norma é dada de acordo com o fim esperadopelo legislador. 
• Sistemática: é feita a interpretação de acordo com o sistema que a norma está inserida, não 
interpretando isoladamente a lei. 
• Extensiva ou ampliativa: dá-se um sentido mais amplo à norma do que ela normalmente 
teria. 
• Restritiva ou limitativa: dá-se um sentido mais restrito, limitando-se à interpretação da 
norma jurídica. 
• Histórica: deve-se analisar a evolução histórica dos fatos, o pensamento do legislador não só 
à época da edição da lei, mas também de acordo com sua exposição de motivos. 
• Autêntica: é realizada pelo próprio órgão que criou a lei, no momento em que ela declara o 
sentido, alcance e conteúdo por meio de norma. 
• Sociológica: constata-se a realidade e a necessidade social na elaboração da lei e em sua 
aplicação. 
 
INTEGRAÇÃO 
 
A integração é quando o intérprete da lei fica autorizado a suprir as lacunas existentes na 
norma jurídica por meio da utilização de técnicas jurídicas, que são: analogia, equidade e 
princípios gerais do direito. 
A analogia é um meio de preenchimento das lacunas deixadas pelo legislador no momento de 
criação de uma lei. É quando o juiz, ao analisar o caso concreto, aplica uma lei semelhante ao 
caso. 
A equidade é a justiça, o bom senso. Nesse caso, o juiz irá aplicar ao caso concreto a solução 
que considerar como adequada de acordo com o seu entendimento, com o que ele considerar 
como correto. Ela tem como significado completar a lacuna da lei, porém é vedado julgar 
contra a lei. 
Tanto a analogia, quanto a equidade serão utilizadas exclusivamente pelo juiz para fundamentar sua 
decisão quando a lei apresentar alguma lacuna. Os princípios gerais do direito, porém, serão analisados 
separadamente no decorrer desta unidade devido à sua complexidade. 
 
EFICÁCIA 
A eficácia pode ser conceituada como “a produção de efeitos jurídicos concretos ao regular as 
relações”. Compreende a aplicabilidade da norma e se ela é obedecida ou não pelas pessoas. 
A eficácia jurídica é a possibilidade de a norma ser aplicada ao caso concreto, gerando efeitos 
jurídicos. Essa eficácia pode ser dividida: no tempo e no espaço. 
• EFICÁCIA NO TEMPO: Significa a entrada da lei em vigor, ou seja, quando a lei passará a 
existir na sociedade. Geralmente, a lei entra em vigor na data de sua publicação no Diário 
Oficial da União (DOU). Caso a lei não apresente nenhum prazo, esta começará a vigorar 45 
dias depois de oficialmente publicada. 
Com a publicação da lei no Diário Oficial da União, objetiva-se torná-la pública para toda a 
sociedade, não podendo ser alegado o desconhecimento da mesma. 
A lei posterior pode revogar a anterior nas seguintes situações: 
• Expressamente o declare: revogam-se as disposições em contrário, ou quando 
revoga especificamente outra lei ou Artigo de lei; 
• For incompatível como, por exemplo, quando prescrever conduta totalmente 
contrária à especificada na lei anterior; 
• Regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
O ato jurídico perfeito é aquele já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que ela se efetuou. O 
direito adquirido é o que integra o patrimônio jurídico da pessoa, por já ter implementado todas as 
condições para adquirir o direito, podendo exercê-lo a qualquer momento. E, por fim, a coisa julgada 
que é a decisão judicial que já não cabe mais recurso, não podendo ser modificada. 
 
EFICÁCIA NO ESPAÇO 
A eficácia no espaço diz respeito ao território em que será aplicada a norma. Ela se aplica ao 
Brasil, tanto para os natos como para os estrangeiros que aqui residam. A eficácia no espaço 
também resolverá os casos em que acontecer alguma atitude contrária à lei, analisando se 
naquele território será aplicada a lei brasileira ou uma lei estrangeira. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
 O princípio é a base de tudo. Por essa razão, podemos dizer que ele é o alicerce do Direito, 
que servirá para informar e orientar as normas jurídicas. 
 
FUNÇÕES GERAIS DO PRINCÍPIO - As funções dos princípios são: informadora, normativa e 
interpretativa. A primeira função tem como finalidade a inspiração e orientação ao legislador, 
servindo para basear a criação de uma norma e como sustentáculo para o ordenamento 
jurídico. 
A segunda função – normativa – atuará nos casos concretos quando não houver uma 
disposição específica para disciplinar determinada situação. E, por fim, a terceira e última 
função servirá de critério orientador para os intérpretes e aplicadores da lei. Auxiliará na 
interpretação da norma e também tem sua exata compreensão. 
Em nosso ordenamento jurídico, os princípios só serão utilizados quando não houver uma norma legal, 
convencional ou contratual. Será o último elo a que o intérprete irá recorrer para solucionar o caso 
concreto. 
 
 
 
ALGUNS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO 
1°) Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana: é um dos objetivos do nosso país. O 
Art. 5º, X da Constituição Federal assegura a inviolabilidade à intimidade, à vida privada, à 
honra e à imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou 
moral decorrente de sua violação. 
 2°) Princípio da função social: regula a vida humana em sociedade, estabelecendo as regras 
de conduta que devem ser respeitadas por todos. 
3°) Princípio da razoabilidade: as pessoas devem agir com razoabilidade, o que também 
acontece com as normas jurídicas. 
 4°) Princípio da proporcionalidade: não se pode impor condutas a não ser que seja em estrito 
cumprimento do interesse público. Não se pode agir com excessos, nem de forma 
insuficiente. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
O Direito Constitucional é o ramo do Direito Público responsável por estudar as regras 
estruturadoras do Estado e garantidoras dos direitos e liberdades individuais 
A Constituição pode ser conceituada como um conjunto de princípios e regras relativos à 
estrutura e ao funcionamento do Estado. Ela é uma norma escrita ou costumeira, que regula a 
forma de Estado e governo, a sua organização. Por isso, na Constituição Federal brasileira são 
encontradas várias regras de Direito Civil, Tributário, Administrativo, Internacional, Penal, do 
Trabalho, da Seguridade Social, entre outras, ou seja, ela traz um pouco de cada ramo do 
direito. 
Define a Constituição como: É a declaração da vontade política de um povo, manifestada por 
meio de seus representantes cujos mandatos resultam de eleição popular. É uma declaração 
solene expressa mediante um conjunto de normas jurídicas superiores a todas as outras que 
estabelece os direitos e deveres fundamentais das pessoas, das entidades e dos poderes 
públicos. Conclui-se que a Constituição é um documento político, dirigida a todas as pessoas, 
tendo, geralmente, uma linguagem comum e não técnica para que todos possam 
compreender. 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
1°) Princípio da supremacia da Constituição: a norma constitucional é superior, devendo ser 
obedecida por todas as demais normas. 
2°) Princípio da unidade da Constituição: ela deve ser interpretada na sua unidade, ou seja, no 
seu conjunto. A interpretação deve ser feita de forma a evitar contradições. 
3°) Princípio da máxima efetividade da Constituição: as normas constitucionais devem ter o 
máximo de eficácia na sua aplicação. 
 4°) Princípio da interpretação conforme a Constituição: caso a norma tenha mais de uma 
interpretação, deve-se dar preferência àquela que estiver de acordo com a Constituição. 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
Os fundamentos da República Federativa do Brasil são: a) soberania; b) cidadania; c) 
dignidade da pessoa humana; d) valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e) pluralismo 
político, sendo vedada a existênciade um partido único. Por sua vez, os objetivos 
fundamentais são: a) construir uma sociedade livre, justa e solidária; b) garantir o 
desenvolvimento nacional; c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais; d) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, 
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
DIVISÃO DOS PODERES 
 
São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. Os Poderes são os órgãos que realizam as diversas funções atribuídas ao Estado, 
quais sejam, as funções: legislativas, administrativas e jurisdicionais. A fórmula ideal para o 
funcionamento do Estado é de que suas operações fundamentais sejam repartidas entre vários 
órgãos autônomos, cada um atuando na sua esfera de atribuição. 
• PODER EXECUTIVO - É o órgão incumbido de executar as leis e administrar o país. Ele é 
exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. O mandato do 
Presidente da República é de quatro anos com início no dia 1º de janeiro do ano seguinte de 
sua eleição. A reeleição é permitida em um único período. O presidente pode cometer crimes 
como: a) de responsabilidade definidos em lei especial; b) comuns, previstos na legislação 
ordinária. A acusação contra o Presidente da República, para ser admitida, precisa de dois 
terços de aprovação na Câmara dos Deputados e, após isso, será submetido a julgamento 
perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado 
Federal, nos crimes de responsabilidade (Art. 86 da Constituição Federal). Para ser eleito, o 
candidato a presidente e vice-presidente da República deverão ter a idade mínima de 35 anos. 
O governador e o vice-governador de Estado e Distrito Federal deverão ter, no mínimo, 30 
anos. O prefeito e o vice-prefeito deverão ter no mínimo 21 anos. 
• PODER JUDICIÁRIO - O Poder Judiciário tem a função de legislar e administrar, bem como a 
função de dizer o direito, aplicando ao caso concreto, mediante um processo regularmente 
instaurado, por iniciativa do interessado. É o Poder Judiciário que dirá como as normas serão 
aplicadas e assim ele demonstrará a forma correta de interpretação das leis existentes em 
nosso ordenamento jurídico. 
• PODER LEGISLATIVO - Em nível federal, o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso 
Nacional, que se compõe de duas casas, o Senado e a Câmara dos Deputados, ambos eleitos 
pelos habitantes dos respectivos estados. Cada estado e o Distrito Federal, de acordo com os 
Arts. 44 e 45 da Constituição Federal, elegerá três senadores, com dois suplentes cada, com 
mandato de oito anos, sendo renovada a representação a cada quatro anos de forma 
alternada. O número total de deputados, bem como a representação por estado e pelo Distrito 
Federal, será estabelecido por Lei Complementar, proporcionalmente à população, 
procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma 
unidade da federação tenha menos de oito e mais de setenta deputados. O mandato dos 
deputados tem duração de quatro anos e para se elegerem devem ter idade mínima de 21 
anos. No caso dos senadores, estes são eleitos pelo sistema majoritário, sendo três para cada 
estado e para o Distrito Federal. Os mandatos têm duração de oito anos e para se elegerem 
devem ter idade mínima de 35 anos. 
 
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS 
Eles foram estabelecidos para coibir os abusos praticados pelas autoridades. Os direitos não 
se confundem com as garantias. Os direitos são aspectos, manifestações da personalidade 
humana em sua existência subjetiva ou em suas situações de relação com a sociedade ou 
ainda os indivíduos que a compõem. As garantias, porém, são os instrumentos para o exercício 
do direito consagrados na Constituição. 
São direitos sociais previstos na Constituição Federal: a educação, a saúde, a alimentação, o 
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância e a assistência aos desamparados. Estes irão garantir aos indivíduos condições 
materiais tidas como imprescindíveis para o pleno gozo dos seus direitos. Contudo, eles 
exigem uma intervenção na ordem social para assegurar uma justiça distributiva, ou seja, 
dessa forma o Estado teria que atuar diretamente com a finalidade de diminuir as 
desigualdades sociais. 
 
NACIONALIDADE 
 
A nacionalidade pode ser definida por dois critérios: ius sanguini e ius soli. O primeiro é 
aquele em que a pessoa tem a mesma nacionalidade de seus pais, como o nome diz, decorre 
do sangue; enquanto a segunda é aquela em que a pessoa tem que nascer no território para 
adquirir a nacionalidade do Estado. De acordo com o Art. 12 da Constituição Federal, são 
considerados brasileiros natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de 
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país (ius soli); b) os nascidos 
no estrangeiro, depois de atingida a maioridade, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde 
que sejam registrados em repartição brasileira competente ou qualquer deles esteja a serviço 
do Brasil (ius sanguini); c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, 
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no 
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade pela nacionalidade 
brasileira. Já os brasileiros naturalizados, serão considerados: a) os que, na forma da lei, 
adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa 
apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de 
qualquer nacionalidade residentes no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. A lei brasileira não 
poderá fazer qualquer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo as previstas na 
Constituição Federal. De acordo com a Constituição Federal, os cargos exclusivos de 
brasileiros nato são: a) presidente e Vice-presidente da República; b) Presidente da Câmara 
dos Deputados; c) Presidente do Senado Federal; d) Ministro do Supremo Tribunal Federal; e) 
carreira diplomática; f) oficial das Forças Armadas; g) Ministro de Estado da Defesa . 
Por fim, existem hipóteses em que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
a) tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional; b) adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de: 1) reconhecimento de 
nacionalidade originária pela lei estrangeira; 2) imposição de naturalização, pela forma 
estrangeira, ao brasileiro residente em país estrangeiro, como condição para permanência em 
seu território ou para o exercício de direitos civis 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
 
De acordo com o Art. 14 da Constituição Federal, a soberania popular é exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, pelo: 
a) plebiscito; b) referendo; c) iniciativa popular. O sufrágio é o direito subjetivo de uma 
pessoa eleger alguém ou de ser eleito para algum cargo político. Por ser um direito subjetivo, 
como visto anteriormente, significa que ele é uma faculdade do indivíduo. O voto é apenas o 
direito de eleger uma pessoa, cada indivíduo tem o seu, não podendo vendê-lo nem transmitir 
a terceiros. O plebiscito é a consulta anterior formulada ao povo para aprovar ou rejeitar o 
que lhe houver sido submetido, sendo feito por meio do voto. O referendo, porém, é a 
consulta posterior formulada ao povo para ratificar ou rejeitar ato legislativo ou 
administrativo já determinado.Pela Carta Magna, o alistamento eleitoral e o voto são 
obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativo (opcional) para os analfabetos, os 
maiores de 70 anos e os maiores de 16 e menores de 18 anos. Ainda, não poderão fazer o 
alistamento eleitoral os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os 
conscritos. 
 
CONCEITO DE PESSOA NATURAL 
 
O Direito Civil é comum a todos por disciplinar o nosso modo de ser e agir, sem fazer qualquer 
menção a condições sociais e culturais. Toda a vida social é regida pelo Código Civil. Sendo 
assim, esse ramo do direito pode ser conceituado como um conjunto de princípios, regras e 
instituições que regulam as relações entre pessoas e entre estas e os bens de que se utilizam. 
No direito moderno, todo o ser humano é pessoa no sentido jurídico. Duas são as espécies de 
pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: a pessoa natural e a pessoa jurídica, que 
estudaremos no decorrer desta unidade. 
Os animais são excluídos de seu raio de ação. Existem leis específicas de proteção aos seres irracionais. 
Eles são tomados em consideração apenas para fins sociais, pela necessidade de se elevar o sentimento 
humano, evitando-se o espetáculo degradante de perversa brutalidade (O Art. 1º do Código Civil). Assim, 
a pessoa natural é o ser humano provindo da mulher e o início da personalidade civil pode começar de 
duas formas: 1º) do nascimento com vida; 2º) da concepção do feto, ou seja, da divisão celular. 
Dependerá do autor para saber como ele considera o início da personalidade 
CAPACIDADE- A partir do momento em que o indivíduo adquire personalidade, é sujeito de 
direitos e obrigações. Essa capacidade pode ser definida como “a aptidão determinada pela 
ordem jurídica para gozo e exercício de um direito por seu titular” na ordem civil”, implicando 
a capacidade de ser parte. Existem duas espécies de capacidade. São elas: a de gozo ou de 
direito e a de exercício ou de fato. A primeira é a aptidão da pessoa gozar seus direitos, sendo 
inerente ao ente humano e toda pessoa a possui, enquanto a segunda é a aptidão de exercitar 
direitos. A capacidade no Direito Civil é dividida em: 1) absolutamente incapazes; 2) 
relativamente capazes e; 3) plenamente capazes ou capacidade absoluta. Os absolutamente 
incapazes devem ser representados por seus pais ou guardiões e não podem exprimir sua 
vontade. De acordo com o Art. 3º do Código Civil, até o ano de 2015 eram os absolutamente 
incapazes: a) Os menores de 16 anos; b) Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; c) Os que, mesmo por causa 
transitória, não puderem exprimir sua vontade. É o que ocorre com a pessoa embriagada ou 
com alguém entorpecido por drogas alucinógenas. 
 
EMANCIPAÇÃO - O Art. 1.634, V do Código Civil dispõe que, até os 16 anos, os filhos menores 
devem ser representados por seus pais. A partir dos 16 anos e até os 18 anos ele é assistido. É 
nessa possibilidade de assistência que se pode falar na emancipação. A emancipação é a 
cessação, para os maiores de 16 e menores de 18 anos, de sua incapacidade, antes da idade 
prevista em lei – diga-se 18 anos – nos seguintes casos, de acordo com o Art. 5º do Código 
Civil: a) Por concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, 
se o menor tiver 16 anos completos. Não pode ser feita por instrumento particular; b) Pelo 
exercício do emprego público efetivo; c) Pela colação de grau em curso de ensino superior; d) 
Pelo casamento; e) Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia 
própria. 
TÉRMINO DA EXISTÊNCIA DA PESSOA NATURAL 
 
A existência da pessoa natural termina com a morte. Tal situação está prevista no Art. 6º do 
Código Civil que dispõe: “a existência da pessoa natural termina com a morte”. Nesse 
momento, os bens do falecido se transmitem aos herdeiros. A certidão de óbito é o 
documento que comprova a morte real. Todavia, além desse tipo de morte, o Direito 
brasileiro prevê também a morte presumida, com relação aos ausentes. Nesses casos, a lei 
autoriza a abertura de sucessão definitiva. Deve-se entender por ausente a pessoa 
desaparecida do seu domicílio, que deixa de dar notícias por um longo período de tempo. 
Ainda, o Art. 7º do Código Civil também autoriza a declaração de morte presumida, 
independentemente da declaração de ausência: a) Se for extremamente provável a morte 
daquele que estava em perigo de vida; b) Se a pessoa desaparecida em campanha ou feita 
prisioneira não for encontrada até dois anos após o término da guerra. Essa declaração de 
morte presumida somente poderá ser requerida depois de cessadas as buscas e averiguações, 
e a sentença de declaração deve fixar a data provável do falecimento 
 
PESSOA JURÍDICA 
A pessoa jurídica é uma ficção estabelecida pelo Estado diante de certas situações. Não 
conseguimos ver ou tocar a pessoa jurídica, pois ela é uma entidade constituída por pessoas 
ou bens, com vida, direitos, obrigações e patrimônios próprios. Sendo assim, as pessoas 
jurídicas podem ser classificadas em pessoas de Direito Público interno ou externo e de Direito 
Privado. Faz parte do Direito Público externo ou internacional os Estados estrangeiros e 
todas as pessoas que forem regidas pelo Direito Internacional Público. São pessoas jurídicas 
de Direito Público interno: a União; os Estados e Distrito Federal; os Municípios; as autarquias 
e as demais entidades de caráter público criadas por lei. Por sua vez, são consideradas 
pessoas jurídicas de direito privado: as associações; as sociedades; as fundações privadas; as 
organizações religiosas; os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade 
limitada. 
DOMICÍLIO - O domicílio da pessoa física é o lugar em que ela estabelece sua residência com 
ânimo definitivo de ali permanecer, enquanto a residência é o local em que a pessoa mora, 
onde faz suas refeições, toma banho, etc. Na residência, a pessoa não tem o ânimo definitivo 
de permanecer ali e na maioria das vezes o domicílio e a residência física são os mesmos. 
Todavia, pode ser que o domicílio e a residência sejam diferentes, por exemplo, na seguinte 
situação: moro em Maringá com minha família, mas trabalho Curitiba, ficando lá de segunda a 
sexta. Maringá é o meu domicílio, mas Curitiba é a minha residência. O domicílio, na maioria 
das vezes, é voluntário, ficando a critério do indivíduo escolhê-lo, e também pode ser um 
domicílio legal, que é aquele determinado por lei, por exemplo, no caso do filho menor, em 
que seu domicílio será o mesmo de seu representante. 
BENS - Os bens são tudo o que compõe a sociedade. Podem ser objetos ou até mesmo 
situações em que não há nada físico que o represente, como no caso de um direito autoral. 
Eles podem ser classificados de várias formas, que passaremos a estudar a seguir: 1ª) Bens 
corpóreos e bens incorpóreos: - corpóreos: são os bens físicos, por exemplo, uma cadeira. - 
incorpóreos: também chamados de imateriais. São os bens abstratos, como um direito. 2ª) 
Bens móveis e bens imóveis: - móveis: são os bens suscetíveis de movimento, podendo ser 
transportados de um local para outro, como os veículos, por exemplo. - imóveis: eles podem 
ser imóveis por: a) natureza: solo, mar. b) acessão: como as construções. c) destinação: como 
os utensílios agrícolas. d) disposição legal. 3ª) Bens fungíveis e bens infungíveis: - fungíveis: 
são aqueles que podem ser substituídos por outro da mesma espécie, por exemplo, uma 
borracha que você comproue acabou perdendo. - infungíveis: são aqueles que não podem ser 
substituídos por outro da mesma espécie, por exemplo, o seu caderno de faculdade. Se você 
empresta para um colega anotar o conteúdo que ele perdeu e ele acaba extraviando seu 
material, não adiantará ele lhe comprar outro caderno, pois aquele que você emprestou é 
único já que continha suas anotações pessoais a respeito do conteúdo. 4ª) Bens consumíveis e 
bens inconsumíveis: - consumíveis: deixam de existir à medida que vão sendo usados, como 
os alimentos. - inconsumíveis: são os bens duráveis, como um veículo. 5ª) Bens divisíveis e 
bens indivisíveis: - divisíveis: são os que podem ser repartidos. - indivisíveis: não podem ser 
divididos sem prejudicar a sua integralidade. 6ª) Bens singulares e bens coletivos: - singulares: 
são aqueles que podem ser individualizados. - coletivos: são aqueles considerados em sua 
totalidade. 7ª) Bens principais e bens acessórios: - principal: é a coisa que existe sobre si. - 
acessório: é aquele que depende da existência do principal, estando a ele vinculado. Ele pode 
ser dividido em benfeitoria e frutos. As benfeitorias são: a) necessárias: são aqueles 
necessários para a conservação de um imóvel, por exemplo. b) úteis: são aqueles que servem 
para melhoramento do bem. c) voluptuárias: servem para embelezamento do bem. Os frutos 
são: a) naturais: provenientes de uma árvore, por exemplo. b) industriais. c) civis: como os 
rendimentos provenientes de um bem alugado, por exemplo. 8ª) Bens públicos, bens 
dominicais e bens particulares: - públicos: são aqueles que pertencem a toda a coletividade. - 
dominicais: são aqueles que constituem o patrimônio da União, dos Estados e dos 
Municípios. - particulares: são os bens das pessoas físicas ou jurídicas. 
 
FATOS JURÍDICOS - O fato jurídico independe da vontade do homem. É um acontecimento em 
que a relação jurídica nasce, modifica e extingue. Por outro lado, o ato jurídico é um fato 
proveniente da ação humana, de forma voluntária e lícita, com o objetivo de adquirir, 
resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. Ele é um tipo de fato. Assim, o fato 
jurídico independe da vontade do homem, enquanto o ato jurídico depende da vontade do 
homem. Os atos jurídicos podem ser classificados em: 
a) Inter vivos: são aqueles realizados entre pessoas vivas. 
b) Causa mortis: são decorrentes da morte de uma pessoa, como o caso do testamento. 
c) Unilaterais: dependem da vontade de uma única pessoa. 
d) Bilaterais: dependem da vontade de duas pessoas, como o caso de um contrato. 
e) Onerosos: em que há uma reciprocidade de direitos e obrigações. 
f) Gratuitos: é o caso da doação. 
g) Patrimoniais: envolvem um bem, como o caso da compra e venda. 
h) Pessoais: diz respeito à pessoa, como o registro civil. 
i) Formais ou solenes: quando a lei determina uma forma especial para sua configuração 
j) Informais: não existe uma formalidade para serem considerados válidos. 
k) Constitutivos: têm por objetivo criar, modificar ou extinguir um direito. 
l) Declaratórios: é aquele que se declara a existência ou inexistência de uma relação jurídica 
ou a falsidade ou autenticidade de um documento. 
m) Lícitos: são praticados de acordo com a previsão legal. 
n) Ilícitos: são praticados em desconformidade com a determinação da lei. 
O negócio jurídico é a declaração de vontade que a pessoa tem em adquirir, modificar, alterar ou 
extinguir uma relação jurídica. Sendo assim, o negócio jurídico é uma espécie de ato jurídico lícito. 
Entretanto, para se realizar um negócio jurídico, alguns elementos essenciais são necessários e sem eles 
não há como realizar um negócio jurídico. Passaremos a estudar os elementos essenciais para a 
realização desse negócio. 
ELEMENTOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
Para que o negócio jurídico tenha validade é preciso que alguns elementos estejam presentes. 
São eles: 
1º) Agente capaz: o indivíduo deve ter capacidade plena, que é adquirida aos 18 anos. 
2º) Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: - lícito: é aquele objeto permitido 
por lei. Não irão dar validade ao negócio jurídico se o objeto for ilícito, por exemplo, 
contrabando, tráfico de drogas, jogo de bicho, etc. - possível: é aquele possível de ser 
realizado. - determinado: é o objeto especificado. - determinável: é o objeto que não foi 
especificado no momento de realização do negócio e, no momento do cumprimento, será 
conhecido. 
3º) Forma prescrita ou não proibida por lei: é a previsão legal. Observa-se o conteúdo legal 
para a realização do negócio. 
 
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
• Erro: É a falsa noção a respeito de alguma coisa. O erro é anulável quando a pessoa 
pensa que fez uma coisa e, na verdade, ocorreu outra. Ou seja, quando há algo errado 
com relação ao objeto principal da declaração, ou alguma das qualidades a ele 
essenciais. Igualmente, o que for pertinente às qualidades essenciais da pessoa, a quem 
se refira a declaração de vontade. Esse conhecimento tem tanta importância que, se a 
pessoa soubesse, o negócio não seria realizado. 
• Dolo: Para exemplificar, imaginemos a seguinte situação: uma pessoa induz outra a 
praticar o ato que prejudica a segunda e beneficia a primeira (MARTINS, 2013). 
Podemos chamar tal ação de dolo que ocorre quando uma pessoa induz em erro outra, 
por malícia ou astúcia. A própria pessoa avalia incorretamente os elementos do negócio 
jurídico 
• Coação: É a violência física ou moral que impede a pessoa de manifestar livremente sua 
vontade. Ela deve causar um temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à 
sua família ou aos seus bens. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de 
um direito, nem o simples temor reverencial, ou seja, não pode ser considerada como 
coação uma ameaça que não cause um dano iminente, irreversível à pessoa ameaçada, 
caso esta não realize o negócio jurídico. 
• Estado de perigo: É quando alguém, com a premissa da necessidade de salvar-se ou de 
salvar a pessoa de sua família de um grave dano conhecido pela outra parte, assume 
uma obrigação excessivamente onerosa. 
• Lesão: A lesão “Ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por 
inexperiência, se obriga a uma prestação manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta” (Art. 157 do Código Civil). A desproporção é apreciada segundo os 
valores vigentes ao tempo em que o negócio jurídico foi celebrado. 
• Fraude contra credores: É o desfalque do patrimônio devedor, que aliena bens com o 
objetivo de não pagar suas dívidas. Servem para prejudicar a outra pessoa. 
Fraudes e exemplos
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
A responsabilidade civil tem relação com o indivíduo se responsabilizar pelo dano causado, 
garantindo ou assumindo o pagamento do que se obrigou ou do ato que praticou. Essa 
responsabilidade civil pode ser classificada de duas formas, que estudaremos a seguir: 
1ª) Responsabilidade civil objetiva: dessa forma, a indenização deve ser paga sem que se 
discuta a existência de dolo ou culpa. Haverá necessidade apenas de se verificar a existência 
de um nexo causal. 2ª) Responsabilidade civil subjetiva: essa forma decorre da negligência, 
imprudência ou imperícia. A primeira é uma falta de cuidado, descuido, desatenção, 
displicência; a segunda é o comportamento de precipitação, falta de cuidados e, por fim, a 
última é a incapacidade, a falta de habilidade específica para a realização de uma atividade 
técnica ou científica. É preciso verificar, na responsabilidade subjetiva, três fatores: 1) o 
elemento formal, que é o ato de violação de um dever jurídico; 2) o elemento subjetivo: dolo 
ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia); 3) o elemento causa- -material, queé o 
dano. “O Art. 927 do Código Civil brasileiro prevê que aquele que, por ato ilícito, causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo”. Essa regra refere-se à responsabilidade objetiva, pois como 
já foi dito anteriormente, na responsabilidade subjetiva há a necessidade de se comprovar a 
culpa, mesmo que ela não exista de fato, o causador do dano será obrigado a repará-lo nos 
seguintes casos, de acordo com o art. 927 do Código Civil.: 
Se a ofensa tiver mais de um autor, haverá uma responsabilidade solidária entre todos os 
responsáveis (Art. 942 do Código Civil). Nesse sentido, serão responsáveis pela reparação civil 
a) Os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; b) O 
tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; c) O 
empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do 
trabalho que lhes competir, ou em razão dele; d) Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou 
estabelecimentos, onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, por seus 
hóspedes, moradores e educandos; e) Os que gratuitamente houverem participado nos 
produtos do crime, até a concorrente quantia. 
Há outra classificação de responsabilidade civil, que é a responsabilidade pelo fato da coisa, 
que se divide em duas: 1ª) responsabilidade por dano causado por animais (Art. 936 do 
Código Civil). Nessa forma de responsabilidade, o proprietário do animal é responsável pelos 
danos causados por este. Para se evitar problemas futuros, caso você tenha um animal em 
casa, principalmente cachorros, deve-se colocar uma placa visível informando que naquela 
residência há um animal. Assim, isentara-lhe de responsabilidade. 2ª) responsabilidade pelo 
fato de coisa inanimada (Art. 937 e 938 do Código Civil). Dessa forma, se a pessoa tiver algum 
objeto e este causar um dano a terceiro, será responsabilizado. Por exemplo, se o muro da 
minha casa cai e acaba atingindo um veículo que estava estacionado em frente, serei 
responsabilizada pelos danos causados. 
A responsabilidade civil é independente da criminal. Não se poderá questionar mais sobre a 
existência do fato ou quem seria seu autor quando estas questões já foram decididas pelo 
juízo criminal. Nesse caso, apenas poderá ser discutido o valor que será estipulado de 
pagamento da indenização. Quando se fala em responsabilidade civil, o indivíduo lesado 
poderá receber uma das três formas de dano: 1ª) Dano moral: é aquele dano causado por 
constrangimento, por abalo psíquico ao outro indivíduo. 2ª) Dano material: é o dano causado 
aos objetos que essa pessoa possui, como no caso de um acidente de veículo, por exemplo. 
3ª) Dano estético: aquele causado à aparência do indivíduo, como no caso de uma cicatriz no 
rosto de uma pessoa que trabalha como modelo ou de um erro por cirurgia plástica. O direito 
de se exigir a reparação e a obrigação de prestá-la transmitem- -se com a herança, esta será 
apenas no limite da herança deixada pelo falecido causador do dano. O construtor responde, 
de acordo com o Art. 618 do Código Civil, pela solidez e segurança da obra durante cinco anos. 
Este seria o prazo de garantia da obra 
 
CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
José Cretella Júnior conceitua o Direito Administrativo como “o ramo do Direito Público 
Interno que regula a atividade das pessoas jurídicas públicas e a instituição de meios e 
órgãos relativos à ação dessas pessoas”. o Direito Administrativo “sintetiza-se no conjunto 
harmônico de princípios jurídicos que regem as atividades públicas tendentes a realizar 
concreta, direta e imediatamente os fins do Estado”. Assim, podemos concluir que o direito 
administrativo irá regular a atividade da administração pública, visando o melhor para a 
coletividade. 
A Administração Pública pode ser dividida em direta e indireta. A Administração Direta é 
aquela que compreende o serviço prestado por ela e, muitas vezes, acaba se confundindo com 
o Poder Executivo, seus ministérios dentre outros. A Administração Indireta, porém, é 
composta por sociedade de economia mista, autarquias, empresas públicas que exploram uma 
atividade econômica e fundações públicas, que verificaremos na sequência. 
As autarquias são órgãos autônomos do poder público, criados por lei, com personalidade 
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração 
Pública, que, para seu melhor funcionamento, requeiram uma gestão administrativa e 
financeira descentralizada (Art. 5º, I, Decreto-lei nº 200/67). Elas possuem personalidade de 
direito público interno. Podemos citar como exemplo de autarquias: INSS, ANATEL, ANAC, 
Universidade de São Paulo (USP), etc. As sociedades de economia mista são entidades de 
direito privado, criadas por lei para a exploração de atividade econômica, sob forma de 
sociedade anônima, na qual a maioria do capital pertence ao Poder Executivo (Art. 5º, III, 
Decretolei nº 200/67). Pode-se citar como exemplo a Petrobras e o Banco do Brasil. As 
empresas públicas são entidades de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo 
do Poder Executivo, criadas por lei para a exploração de uma atividade econômica também 
(Art. 5º, II, do Decreto-lei nº 200/67). Podemos citar como exemplo a Embratel, Infraero e 
Caixa Econômica Federal. Por fim, as fundações públicas também são pessoas jurídicas de 
direito privado, porém sem fins lucrativos, devem ser autorizadas por lei, compostas por 
patrimônio próprio, destacado do fundador, visando uma determinada finalidade específica. 
Tanto a Administração Pública Direta, quanto a Indireta obedecerão aos princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
1º) legalidade: a Administração Pública só pode fazer o que estiver em lei, ou seja, apenas o 
que a lei autoriza a fazer. 
2º) impessoalidade: os atos administrativos devem satisfazer as necessidades da coletividade. 
Não se pode realizar um ato administrativo para satisfazer a necessidade de apenas um ou um 
grupo de pessoas. Além disso, a impessoalidade pode ser entendida como a finalidade do 
Direito Administrativo, pois esta é o interesse da coletividade. 
3º) moralidade: este princípio abrange a honestidade, evitando desvios de poder. 
4º) publicidade: é a divulgação oficial do ato administrativo para o conhecimento público. 
Todos os atos da Administração devem ser públicos, para que a sociedade tenha 
conhecimento do que vem sendo feito em prol dela. 
5º) eficiência: a Administração deve desenvolver os serviços com presteza e perfeição, visando 
os resultados esperados pela sociedade. Além disso, a organização, estruturação e disciplina 
da Administração também devem ser eficientes. 
 
ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO 
Os órgãos da Administração se dividem em três esferas: federal, estadual e municipal. 1º) 
Administração federal: o Presidente da República a dirige, auxiliado por gabinetes, ministérios 
e outros funcionários. 2º) Administração estadual: é de responsabilidade dos governadores, 
sendo eles auxiliados por secretário e outros órgãos 3º) Administração municipal: os prefeitos 
a dirigem auxiliados por secretários e outros órgãos. 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
Hely Lopes Meirelles define o ato administrativo como: [...] toda manifestação unilateral de 
vontade da Administração Pública, que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato 
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações 
aos administradores ou a si próprios. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Um único ato pode ser classificado em mais de uma forma. 
 
 
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
1º) Decreto: é de competência do chefe doPoder Executivo. Geralmente, utilizado para 
esclarecer o conteúdo das leis. 
2º) Regimento: é a regulamentação interna dos órgãos públicos relativa aos procedimentos. 
Um exemplo é o regimento interno dos tribunais estaduais. 
 
3º ) Instrução: é uma ordem escrita emitida por um superior e destinada a um funcionário 
inferior sobre o funcionamento de certo serviço. 
4º) Circular: a autoridade passa ordens internas uniformes a seus subordinados. Ou seja, 
ordena o serviço. 
 5º) Portaria: é um ato administrativo que só vincula os servidores da área à qual foi 
destinada. 
 6º) Ordem de serviço: a Administração estabelece normas técnicas sobre o modo e forma de 
realizar obras ou serviços. 
7º) Autorização: o Poder Público faculta ao particular o exercício de certa atividade. Ou seja, 
o Poder Público disponibiliza ao particular que ele exerça uma atividade que seria competente 
da Administração Pública. 
8º) Permissão: a Administração faculta ao particular a execução de serviço público ou a 
utilização de um bem público. 
9º) Licença: a Administração faculta ao interessado, o exercício de certa atividade que é 
vinculado à previsão legal. 
10º) Alvará: é o instrumento pelo qual a Administração concede uma licença ou uma 
autorização ao administrador para a prática ou exercício de certo ato. 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
O contrato administrativo é o ajuste de vontade da administração com o particular, seja ele 
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada, visando à realização de fins públicos. São 
espécies de contratos da Administração Pública: os contratos de obra pública, a empreitada de 
obra pública, a concessão de serviço ou de uso de bens públicos, o fornecimento ao poder 
público de materiais, o contrato de serviços técnicos ou especializados com pessoa física ou 
jurídica 
1º) Empreitada de obra pública: envolve um contrato de resultado, no qual se pretende a 
realização de uma obra, podendo ser feita por pessoa física ou jurídica, com ou sem o 
emprego de material. Dependerá do que for especificado no momento da realização do 
contrato, que tem previsão nos Arts. 610 a 626 do Código Civil. Podemos citar como exemplo 
de empreitada de obra pública a construção de pontes, ruas e a canalização de esgotos. 
 
2º) Concessão: a Administração defere ao particular a execução remunerada de um serviço 
público ou de uma obra pública, ou ainda lhe cede o uso de bem público, para que, por meio 
dele, explore por sua conta e risco, pelo prazo e condições ajustadas. Podemos citar como 
exemplo a concessão para exploração de linhas de ônibus. 
Por outro lado, a concessão de obra pública é aquela em que a administração transfere a 
outrem a execução da obra pública, o que será feito por sua conta e risco, com pagamento 
feito pelos benefícios da obra ou em razão da exploração dos serviços ou utilidades 
proporcionadas pela obra. A concessão administrativa, porém, é o contrato de prestação de 
serviços em que a Administração seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução 
de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
 
 
LICITAÇÃO 
 
A licitação pode ser conceituada como: O procedimento administrativo pelo qual um ente 
público, no exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem 
às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas 
dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração de contrato. 
Percebe-se que a licitação não tem como objetivo obter o menor preço, mas sim o melhor 
preço entre os licitantes. 
Verificaremos as modalidades de licitação: concorrência, tomada de preços, convite, concurso, 
leilão. 
 
1ª) Concorrência: é realizada para a contratação de bens ou serviços que exijam um aporte 
maior de capital, conhecimento técnico, assim como envolve maior risco econômico e social 
entre todas as partes envolvidas. Na fase inicial de habilitação preliminar, os interessados 
devem comprovar todos os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital (instrumento 
convocatório). Quando houver registro de preços, a modalidade a ser utilizada é a 
concorrência, independentemente de valor, de acordo com o Art. 15, V, §3º, I da Lei nº 
8.666/93), não há limitação de valor. 
2ª) Tomada de preços: essa forma de licitação é realizada entre os interessados devidamente 
cadastrados ou que atendam às condições mínimas exigidas no instrumento convocatório, 
proporcionando, assim, o cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das 
propostas, sendo observada a necessária qualificação. Ela cuida da contratação de bens ou 
serviços de médio valor que exijam responsabilidades objetivas e subjetivas menores. Há uma 
limitação de valor entre R$ 150.000,00 a R$ 1.500.000,00. 
3ª) Convite: essa modalidade é realizada entre os interessados do ramo específico do serviço 
a ser contratado, podendo ser eles cadastrados ou não, sendo escolhidos e convidados em um 
número mínimo de três pela Administração Pública, que fixará uma cópia do edital, 
estendendo aos demais cadastrados na especialidade solicitada que se manifestarem com uma 
antecedência de 24 horas da apresentação da proposta para a própria Administração. 
 4ª) Concurso: essa modalidade serve para escolher um trabalho técnico, científico ou 
artístico, onde receberão prêmios ou remuneração, de acordo com os critérios que constam 
no instrumento convocatório publicado na imprensa oficial com uma antecedência mínima de 
45 dias. 
 5ª) Leilão: realizada para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de 
produtos legalmente para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou 
penhorados, ou para alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou 
superior ao valor da avaliação. (Art. 22, §5º da Lei nº 8666/93). 
6ª) Pregão: tal modalidade surgiu com o Decreto nº 3.555 de 8 de agosto de 2000. É utilizado 
para a aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito da União. Em virtude do avanço 
tecnológico e dos benefícios econômicos resultantes dessa modalidade, surge a Lei nº 10.520 
de 17 de julho de 2002 que ampliou a previsão da lei anterior dispondo, em seu Art. 2º, §1º: 
Poderá ser realizado pregão por meio da utilização de recursos tecnológicos da informação, 
nos termos de regulamentação específica. Os Hospitais universitários, dado a emergência e ao 
mesmo tempo, o prazo de validade dos medicamentos, têm obtido grandes vantagens 
econômicas, com a utilização desta modalidade de licitação, até mesmo porque ela pode ser 
realizada via internet, mediante cadastro antecipado dos participantes. Essa modalidade é 
realizada para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da 
contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em 
sessão pública. O pregão poderá ser utilizado no âmbito da União, estados, Distrito Federal e 
municípios, por autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas 
que explorem atividade econômica. 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS E DE UTILIDADE PÚBLICA 
O serviço público é aquele prestado pela Administração Pública para satisfazer às 
necessidades gerais da sociedade. Pode-se citar como exemplo a polícia. Nessa forma de 
serviço, temos todos aqueles que são essenciais para a vida humana em sociedade e que sem 
eles não conseguiríamos sobreviver em uma ordem social. O serviço de utilidade pública, 
porém, é aquele prestado pela Administração ou por delegação desta para facilitar a 
existência das pessoas. Por exemplo, os serviços de telefone, gás, água e energia elétrica. A 
segunda modalidade de serviço não é essencial para a ordem social e avida humana em 
sociedade, mas uma vez que ele é fornecido pelo Estado traz facilidades e comodidades para 
nossa vida. A partir dessa prestação do serviço, não conseguimos voltar ao estado original, ou 
seja, não conseguimos ficar mais 
 
SERVIDOR PÚBLICO 
 
A expressão servidor público é o gênero que engloba funcionário público, empregado público, 
comissionado e pessoa contratada para atender à necessidade transitória de serviço público. A 
nossa Constituição, em seu Art. 37, usa todas as expressões citadas anteriormente. No caso do 
funcionário público e do empregado público, a Administração Pública deverá realizar 
concurso público para a contratação dos servidores. O funcionário público é aquele que presta 
concurso para ser admitido, sendo um servidor estatutário, ou seja, será regido pelo estatuto 
criado pela própria Administração, não podendo ser dispensado, salvo mediante procedimento 
administrativo, em que seja conferida a ampla defesa ao servidor. Por sua vez, o empregado 
público também presta concurso para ser admitido, porém é regido pela Consolidação das Leis 
do Trabalho, sendo um empregado celetista e tendo seu regime contratual. 
 
CONCEITO DE DIREITO INTERNACIONAL 
O Direito Público, no âmbito internacional, regula o relacionamento de Estado com outro 
Estado, ou de um órgão público com outro órgão público, ou entre o Governo e pessoas, sejam 
físicas ou jurídicas. Assim, sempre que uma das partes for de Direito Público, serão aplicadas 
as normas de Direito Público. O Direito Internacional Público pode ser conceituado como um 
conjunto de princípios ou regras destinados a reger os direitos e deveres internacionais, tanto 
dos Estados ou outros organismos análogos, quanto dos indivíduos. Quando os dois polos de 
uma relação jurídica forem pessoas privadas, vigoram as normas de direito privado. A 
respeito do Direito Internacional Privado, afirma a seguinte ideia: Um complexo de normas e 
princípios de regulação que, atuando nos diversos ordenamentos legais ou convencionais, 
estabelece qual o direito aplicável para resolver conflitos de leis ou sistemas, envolvendo 
relações jurídicas de natureza privada ou pública, com referências internacionais ou 
interlocais. 
 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) 
 
Resultou da Segunda Guerra Mundial e veio substituir o organismo análogo que, sob a 
denominação de Sociedade das Nações, funcionou em Genebra após a Primeira Guerra 
Mundial. A Carta das Nações Unidas foi aprovada em 26 de junho de 1945, em uma 
conferência mundial realizada em São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos da América. A 
Carta aprovada traz em seu preâmbulo os seus aspectos e que devem ser levados em 
consideração pelos países membros da Organização das Nações Unidas. Os aspectos previstos 
são: 
a) Preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra que, por duas vezes, no espaço de 
nossa vida trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade e a reafirmar a fé nos direitos 
fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos 
dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas; 
b) Estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de 
tratados e de outras fontes do Direito Internacional possam ser mantidos; 
c) Promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais 
ampla; 
d) Praticar a tolerância e viver em paz com os outros como bons vizinhos; 
e) Unir nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, e garantir, pela 
aceitação de princípios e a instituição de métodos, que a força armada não será usada a não 
ser no interesse comum; 
 f) Empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de 
todos os povos. 
A Organização das Nações Unidas não é um Estado, mas sim uma organização. Por essa razão 
ela não tem soberania, porém possui personalidade jurídica de Direito Internacional Público. 
Os objetivos da Organização das Nações Unidas contida na Convenção das Nações Unidas são,: 
a) Manter a paz e a segurança internacionais. 
b) Desenvolver relações de amizade entre os Estados. 
 c) Obter a cooperação internacional para resolver problemas econômicos, sociais, culturais e 
humanitários 
A Organização das Nações Unidas possui uma divisão interna para melhorar o seu 
funcionamento que são compreendidas pelos seguintes órgãos: Assembleia Geral (composta 
de todos os membros da Organização), Conselho de Segurança (composto de cinco membros 
permanentes: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), Conselho de Tutela, Corte 
Internacional de Justiça e um Secretariado (órgão administrativo). 
 
ASSEMBLEIA GERAL 
 
A Assembleia Geral é constituída por todos os membros da organização. Cada um dos 
membros tem direito a um voto. A Assembleia Geral se reúne em sessões ordinárias, uma vez 
ao ano, e em sessões extraordinárias, quando as circunstâncias exigirem tal medida. Essas 
sessões extraordinárias são convocadas pelo Secretário-Geral, a pedido do Conselho de 
Segurança ou da maioria dos estados-membros. As decisões da Assembleia são tomadas pela 
maioria simples dos membros presentes e votantes, enquanto que as questões importantes só 
poderão ser votadas/analisadas por dois terços dos membros presentes e votantes. 
CONSELHO DE SEGURANÇA 
 
O Conselho de Segurança foi criado para ser o órgão principal da ONU, compondo-se 
inicialmente por onze membros, sendo cinco permanentes – China, Estados Unidos da 
América, França, Reino Unido e URSS - e seis eleitos pela Assembleia Geral por um período de 
dois anos e sem escolha de reeleição para o período imediato. Contudo, em 1963, a 
composição da organização foi alterada e passou a ter dez membros não permanentes, além 
dos mesmos cinco membros permanentes. Cada um dos membros do Conselho tem apenas 
um representante e apenas um voto, reunindo-se periodicamente, podendo fazê-lo fora da 
sede da organização. As decisões são tomadas pelo voto afirmativo de nove membros, quando 
se tratar de questão processual, e pelo voto afirmativo de nove membros com a inclusão de 
todos os membros permanentes em todos os outros assuntos. Qualquer um dos membros das 
Nações Unidas que não for membro do Conselho de Segurança poderá tomar parte, sem 
direito de voto, na discussão de qualquer questão submetida ao Conselho, caso seja 
considerado que os interesses do referido membro estão em jogo. 
 
CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA 
 
É o principal órgão judicial das Nações Unidas, com sede em Haia (Holanda). É composto por 
quinze juízes eleitos pela Assembleia Geral em ato conjunto com o Conselho de Segurança, 
para um mandato de nove anos, com possibilidade de reeleição. Os juízes são eleitos a partir 
de indicações feitas pelos grupos nacionais da Corte Permanente de Arbitragem. Essa escolha 
não acontece em razão da nacionalidade, mas sim da sua capacidade pessoal. Contudo, são 
vedados dois juízes da mesma nacionalidade. 
 
CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL 
 
Inicialmente, o Conselho era composto por dezoito membros eleitos a cada ano para um 
período de três anos, com direito à reeleição. Contudo, por conta do aumento considerável do 
número de membros da organização, em 1965, uma nova proposta foi aprovada aumentando-
se o número de dezoito para vinte e sete e, posteriormente, para cinquenta e quatro 
membros, o qual temos hoje. Ele tem competência para promover a cooperação em questões 
econômicas, sociais e culturais, incluindo os direitos humanos. Poderá ainda criar as comissões 
que forem necessárias ao desempenho de suas funções. 
 
CONSELHO DE TUTELA 
 
O conselho de tutela tem por objetivo o progresso político, econômico,social e educacional 
dos habitantes dos territórios tutelados e o seu desenvolvimento progressivo para alcançar 
governo próprio ou independência (Art. 76, b, da Carta). Todavia, esse sistema está superado 
desde 1960, ano em que as Nações unidas concluíram a Declaração sobre a Concessão de 
Independência para os países e povos Coloniais. 
 
SECRETARIADO 
 
É o órgão administrativo das Nações Unidas, com sede permanente em Nova York. Ele é 
chefiado pelo Secretário-Geral que é o principal e mais alto funcionário administrativo da 
ONU, sendo indicado para um mandato de cinco anos pela Assembleia Geral, a partir de 
recomendações do Conselho de Segurança (Art. 97 da Carta). A nomeação deste está sujeita 
ao veto de qualquer um dos cinco membros permanentes do Conselho, que, como vimos 
anteriormente, são Estados Unidos da América, França, Reino Unido, Rússia e China. O 
mandato do Secretário-Geral pode ser renovado, não existindo um limite ao número de 
mandatos. O Secretário-Geral exerce funções em todas as reuniões da Assembleia Geral, do 
Conselho de Segurança, do Conselho econômico e Social e do Conselho de Tutela, além de 
desempenhar outras funções que lhe forem atribuídas por estes órgãos. 
 
 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) 
 
A Organização Internacional do Trabalho é composta por três órgãos: a Conferência ou 
Assembleia Geral, o Conselho de Administração e a Repartição Internacional do Trabalho. A 
Conferência ou Assembleia Geral é o órgão deliberativo da OIT, que se reunirá no local que for 
indicado pelo Conselho de Administração. Ela é constituída de representantes dos Estados-
membros. Realizam-se sessões, pelo menos uma vez ao ano, onde comparecem as delegações 
de cada Estado-membro, compostas por membros do governo, bem como por representantes 
dos trabalhadores e dos empregadores. A secretaria da Organização Internacional do Trabalho 
é chamada de Repartição Internacional do Trabalho, dedicando-se a documentar e divulgar 
suas atividades, publicando sempre as convenções e recomendações adotadas, editando a 
Revista Internacional do Trabalho e a Série Legislativa, expondo as leis trabalhistas dos países-
membros. Ela é dirigida por um Diretor-Geral nomeado pelo Conselho de Administração 
responsável por repassar as instruções 
 
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OEA) 
 
É uma organização internacional regional, sendo o tratado assinado em Bogotá, Colômbia, no 
dia 30 de abril de 1948, entrando em vigor no dia 13 de dezembro de 1951. Os princípios pelos 
quais devem reger-se os membros dessa organização estão no Art. 3º da Carta de Bogotá 
(BRASIL, 1998, on-line), que são os seguintes: 
a) o direito internacional é a norma de conduta dos Estados em suas relações recíprocas; 
 b) a ordem internacional é constituída essencialmente pelo respeito à personalidade, 
soberania e independência dos Estados e pelo cumprimento fiel das obrigações emanadas dos 
tratados e de outras fontes do direito internacional; 
c) a boa-fé deve reger as relações dos Estados entre si; 
d) a solidariedade dos Estados americanos e os altos fins a que ela visa requerem a 
organização política dos mesmos, com base no exercício efetivo da democracia representativa; 
e) todo Estado tem o direito de escolher, sem ingerências externas, seu sistema político, 
econômico e social, bem como de organizar-se da maneira que mais lhe convenha, e tem o 
dever de não intervir nos assuntos de outro Estado, devendo os Estados americanos 
cooperarem amplamente entre si, independentemente da natureza de seus sistemas políticos, 
econômicos e sociais; 
 f) a eliminação da pobreza crítica é parte essencial da promoção e consolidação da 
democracia representativa e constitui responsabilidade comum e compartilhada dos Estados 
americanos; 
g) os Estados americanos condenam a guerra de agressão: a vitória não dá direitos; 
 h) a agressão a um Estado americano constitui uma agressão a todos os demais Estados 
americanos; 
 i) as controvérsias de caráter internacional, que surgirem entre dois ou mais Estados 
americanos, deverão ser resolvidas por meio de processos pacíficos; 
 j) a justiça e a segurança são bases de uma paz duradoura; 
k) a cooperação econômica é essencial para o bem-estar e para a prosperidade comuns dos 
povos dos Continente; 
l) os Estados americanos proclamam os direitos fundamentais da pessoa humana, sem fazer 
distinção de raça, nacionalidade, credo ou sexo; 
 m) a unidade espiritual do continente baseia-se no respeito à personalidade cultural dos 
países americanos e exige a estreita colaboração para as altas finalidades da cultura humana e; 
n) a educação dos povos deve orientar-se para a justiça, a liberdade e a paz. 
São membros dessa organização os Estados que ratificarem a Carta. Os 21 Estados fundadores 
da Organização (1948) são: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, 
República Dominicana, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras, 
México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Os Estados que foram 
incorporados entre 1967 e 1990 são: Antígua e barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, 
Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Saint Kitts e Nevis, 
Suriname e Trinidad Tobago, totalizando 35 Estados 
Os órgãos da Organização dos estados Americanos são: 
 a) Assembleia Geral; 
b) Reunião de Consulta dos Ministros das relações Exteriores; 
c) os Conselhos; 
d) Comissão Jurídica Interamericana; 
e) Comissão Interamericana de Direitos Humanos; 
f) Secretaria-Geral. 
Ainda, na OEA, existem organismos especializados interamericanos, que podem ser definidos 
como “os organismos intergovernamentais estabelecidos por acordos multilaterais que 
tenham determinadas funções em matérias técnicas de interesse comum para os Estados 
americanos” São exemplos de organismos especializados da OEA: Organização Panamericana 
de Saúde (criada em 1909), Instituto Interamericano da Criança (criado em 1924), a Comissão 
Interamericana de Mulheres (criada em 1928), o Instituto Panamericano de Geografia e 
História (criado em 1928), a Repartição Interamericana de Radiocomunicações (criada em 
1937), o Instituto Indigenista Interamericano (criado em 1940) e o Instituto Interamericano de 
Cooperação para a Agricultura. 
 
SANTA SÉ 
 
Surgiu com o Tratado de Latrão em 1929. Por meio deste, a Igreja Católica e o governo italiano 
se separaram, fazendo, assim, que as autoridades católicas não precisassem mais obedecer às 
normas jurídicas de um Estado. Isso aconteceu para que o Estado italiano não interferisse 
diretamente na religião católica e vice-versa. Dessa forma, foi permitido mais liberdade para 
eles, proporcionando, assim, que ambos desenvolvessem sua estrutura, organização, diretrizes 
da forma que mais lhe conviesse. A Santa Sé é considerada pessoa de direito internacional, 
sendo dirigida pelo Papa, tendo outros ajudantes, como cardeais, bispos, arcebispos e padres. 
 
UNIÃO EUROPEIA 
 
A União Europeia tem como base jurídica o Tratado de Maastrich, de 7 de fevereiro de 1992, 
que passou a vigorar em 1º de novembro de 1993, e o Tratado de Amsterdã, de 2 de outubro 
de 1997, que entrou em vigor em 1º de maio de 1999. É a única organização supranacional 
existente, o que é devido ao fato de estar dotada de um poder superior ao das autoridades 
estatais dos respectivos Estados-membros. Na supranacionalidade, os Estados transferem 
parte de suas competências legislativas para um órgão supranacional que, de acordo com um 
princípio de competência por atribuição, aprova regulamentos e diretivas que se aplicam 
uniformemente (e com primazia) em todo o espaço daUnião Europeia. Ou seja, a 
característica mais importante desse tipo de organização é o poder que ela possui de criar seu 
próprio direito e aplicá-lo direta e imediatamente aos seus membros, sem a necessidade de 
ser implementado internamente. Em razão dessas características, a União Europeia tem 
destaque no cenário mundial, na medida em que se situa como a única organização 
supranacional. 
 
MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL) 
 
A integração entre os países do sul teve o seu momento mais marcante com o Tratado de 
Assunção, entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, concluído em 26 de março de 1991 na 
cidade de Assunção. O Tratado de Assunção (1.901/1996, on-line)2 teve como objetivo 
principal instituir um mercado comum entre os membros, como se pode perceber na leitura 
do seu preâmbulo. Aos Estados-membros, no acordo “a ampliação das atuais dimensões de 
seus mercados nacionais, através da integração, constitui condição fundamental para acelerar 
seus processos de desenvolvimento econômico com justiça social”, sendo que esse objetivo, 
segundo o tratado: [...] deve ser alcançado mediante o aproveitamento mais eficaz dos 
recursos disponíveis, a preservação do meio ambiente, o melhoramento das interconexões 
físicas, a coordenação de políticas macroeconômicas e a complementação dos diferentes 
setores da economia, com base nos princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio [...]. 
A estrutura do MERCOSUL foi originalmente disciplinada no Art. 9º do tratado, pelo qual a 
administração e execução do tratado e dos acordos específicos e decisões que se adotem no quadro 
jurídico que ele estabelece durante o período de transição estarão a cargo dos seguintes órgãos que o 
compõem: a) Conselho do Mercado Comum; e b) Grupo Mercado Comum. Em 1994, pelo Protocolo de 
Ouro Preto, essa estrutura foi ampliada para seis órgãos: a) Conselho do Mercado Comum (CMC); b) 
Grupo Mercado Comum (GMC); c) Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM); d) Parlamento do 
Mercosul (Parlasul); e) Foro Consultivo Econômico-Social (FCES) e; f) Secretaria Administrativa do 
Mercosul (SAM) 
 
DECLARAÇÕES INTERNACIONAIS E TRATADOS 
 
Essas Declarações são atos que indicam regras genéricas, na maior parte inspiradas por 
critérios de justiça, de modo que sirvam de base a um sistema jurídico. Ela traz critérios gerais. 
Servem como orientações gerais, como, por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos do 
Homem, a Carta Social Europeia, entre outras. Os tratados são normas jurídicas escritas 
celebradas entre Estados, com o intuito de solucionar ou prevenir situações ou estabelecer 
certas condições. Os tratados podem ser classificados em bilaterais, que abrangem duas 
partes, ou multilaterais ou plurilaterais, em que há várias partes. Accioly (2013) prefere outra 
classificação em tratados-contratos e tratados-leis ou tratados normativos. Estes últimos são 
celebrados entre muitos Estados, fixando normas de direito internacional, podendo ser 
comparados a verdadeiras leis. Os tratados-contratos, porém, regulam interesses recíprocos 
dos Estados convenentes, como concessões mútuas, tendo uma aparência de contratos. 
 
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO 
 
O direito internacional privado pode ser conceituado, nas palavras de Irineu Strenger como: 
Um complexo de normas e princípios de regulação que, atuando nos diversos ordenamentos 
legais ou convencionais, estabelece qual o direito aplicável para resolver conflitos de leis ou 
sistemas, envolvendo relações jurídicas de natureza privada ou pública, com referências 
internacionais ou interlocais. O objeto estudado no Direito Internacional Privado é o estudo e 
a solução de conflitos de leis no espaço, ou seja, quando existir mais de uma norma a ser 
aplicada, serão estabelecidos critérios para verificar qual vai ser observado. Os principais 
fundamentos do Direito Internacional Privado são: 
 a) multiplicidade do fator estrangeiro, em que se passa a verificar o elemento estrangeiro; 
 b) os ordenamentos jurídicos autônomos; 
c) a benevolência em relação ao estrangeiro. 
Assim, o Direito Internacional procurará resolver conflitos entre Estados no que diz respeito à 
aplicação das leis em pontos de conflitos entre estes. Além disso, tal ramo do Direito 
Internacional Privado, como visto no começo desta unidade, irá cuidar apenas da relação 
entre pessoas, podendo ter em um de seus lados do conflito um Estado, porém não poderá 
solucionar no caso de conflitos entre Estados. 
 
CONCEITO DE DIREITO PENAL 
 
O Direito Penal pode ser conceituado como “conjunto de normas jurídicas que regulam o 
poder punitivo do Estado, tendo em vista os fatos de natureza criminal e as medidas aplicáveis 
a quem os pratica”. A partir da definição acima, pode-se perceber que o Direito Penal prevê 
normas jurídicas que regulamentarão o poder punitivo do Estado, sempre levando em 
consideração o bem jurídico a ser protegido por ele. Esse ramo do Direito, como o próprio 
nome diz, irá prever os fatos de natureza criminal e as formas de punição a quem os pratica. 
Assim, o Direito Penal irá tipificar os crimes e estabelecer as penas para aqueles que 
descumprirem as normas de conduta elaboradas pelo Estado. 
 
FONTES DO DIREITO PENAL 
 
A principal e mais importante fonte do Direito Penal é a Constituição Federal, pois como dito 
em nossa primeira unidade, é a norma basilar de todo o direito brasileiro. Nela, em seu Artigo 
5º, podemos visualizar algumas normas de Direito Penal, como os exemplos que se seguem: 
Art. 5º. (...) XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia 
cominação legal. XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI – a lei punirá 
qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII – a prática do 
racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da 
lei; XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem; XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV – 
nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra 
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI – a lei regulará a 
individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: privação ou restrição da 
liberdade; multa; prestação social alternativa; suspensão ou interdição de direitos; XLVII – não 
haverá penas:: de morte, salvo em caso de guerra declarada; de caráter perpétuo; de 
trabalhos forçados; de banimento; cruéis; XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos 
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX – é 
assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L – às presidiárias serão 
asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de 
amamentação; LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime 
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII – não será concedida extradição de 
estrangeiro por crime político ou de opinião. 
 
PRINCÍPIOS O DIREITO PENAL 
 
Os princípios são a base de todo o ordenamento jurídico. Eles que serão utilizados para a 
criação do ordenamento

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