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Laudo 4 instrumental

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES 
CURSO ​QUÍMICA INDUSTRIAL 
DISCIPLINA ​ANÁLISE INSTRUMENTAL 
Professor(a): Araceli Verónica 
LAUDO TÉCNICO 
 
TURMA: 20172QIVV Grupo (G1 ou G2): G1 
PRÁTICA Nº: 4 
TÍTULO: Separação de aminoácidos por cromatografia em papel 
NOME: Brenda Monara, Dayana Vieira, Mirelly Cesconetto, Priscila Costa e Thayná Corrêa. 
1. OBJETIVOS​: 
Determinar componentes de amostra de uma mistura de aminoácidos por cromatografía planar, utilizando a técnica 
cromatografia em papel (papel de filtro) juntamente com um revelador químico para obter os resultados. 
 ​2. MATERIAIS: 
● Fase móvel: Butanol: ácido acético glacial: água 
6:1:2 (v/v/v) 
● Ninidrina 0,2% (m/v) em acetona 
● Placa de petri ● Béquer 
● Secador de cabelo ● Papel de Filtro 
● Tubos Capilares ● Padrões de aminoácidos (Tirosina, Histidina, 
Triptofano, Leucina, Valina) 
● Estufa ● Amostra desconhecida (X) 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A fase móvel, constituída por butanol: ácido acético glacial: água 6:1:2 (v/v/v), foi adicionada a cuba cromatográfica 
construída com uma placa de petri e um béquer e deixada em repouso para saturação enquanto preparava-se o papel 
cromatográfico marcando o ponto de aplicação e de chegada. 
Os padrões e uma amostra desconhecida foram aplicados ao papel de filtro com auxílio de um tubo capilar, em seguida 
secado com secador, este procedimento foi repetido três vezes. O papel foi adicionado à cuba cromatográfica até que a 
fase móvel atingisse a linha de chegada e, após, seco com auxílio de um secador. Aplicou-se ao papel o revelador 
químico ninidrina, e este foi levado à estufa para secar a uma temperatura de 80 °C por alguns minutos. Após esse 
período o papel foi retirado e obteve-se o resultado apresentado na ​Figura 1​. 
Ao todo, foram utilizados 6 amostras de aminoácidos, sendo elas tirosina , histidina , triptofano , leucina , (T ) (H) (T r) (L) 
valina e uma amostra X para ser revelada.(V ) 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Aminoácidos determinados por cromatografia em papel com auxílio do revelador químico ninidrina. 
 
 
Os reveladores químicos, são métodos de identificação empregados principalmente em compostos orgânicos devido a 
maioria apresentar-se de forma incolor, podem ser não destrutivos e destrutivos sendo os métodos não destrutivos 
mais usados vapor de iodo e substâncias fluorescente adicionadas a placa, no entanto, não apresentam grande 
eficiência em compostos saturados, nesses casos métodos destrutivos mais drásticos devem ser utilizados como os 
oxidativos que são capazes de oxidar os compostos da amostra formando pontos coloridos, um exemplo é a ninidrina. 
A ninidrina, utilizada nesse experimento, foi a mais indicada pois é um forte agente oxidante de grupamentos amino 
presente nos compostos analisados, logo ​quando os aminoácidos são aquecidos em solução contendo excesso de 
ninidrina, todos aqueles que têm grupamento amino livre produzem um composto púrpura, conhecido como ​Púrpura de 
Rüehmann​. ​A ​Figura 2​ mostra um exemplo deste tipo de reação com o aminoácido histidina. 
 
Figura 2 - Reação da ninidrina com aminoácido histidina. 
 
 
 
Mediante a corrida cromatográfica exposta na ​Figura 1, ​calculou-se o Rf da maioria amostras, como apresentado na 
Tabela 1, ​uma vez que a Tirosina não apresentou uma mancha delimitada e definida, não sendo possível, portanto, o 
cálculo de seu Rf. A Amostra X, durante a corrida, se dividiu em duas partes, e assim calculou-se o Rf de ambas 
separadamente, para isto, a mancha mais retida foi denominada de A e a mais ascendente B. 
 
Tabela 1 - Valores de Rf das amostras de aminoácidos. 
 
Valores de Rf dos padrões e amostra de aminoácidos 
 Tirosina 
(T) 
Histidina 
(H) 
Triptofano 
(Tr) 
Leucina 
 (L) 
Valina 
(V) 
 
X 
Distância 
percorrida 
pela amostra 
(cm) 
 
- 
 
0,8 
 
4,4 
 
4,2 
 
5,6 
A B 
0,7 4,4 
Distância 
percorrida 
pela fase 
móvel (cm) 
 
8 
 
8 
 
8 
 
8 
 
8 
 
8 
 
8 
Fator de 
Retenção (Rf) 
- 0,10 0,55 0,53 0,70 0,09 0,55 
 
Comparando os valores de Rf, tonalidade e formato das manchas da amostra X com as dos padrões, foi possível 
concluir que esta é constituída por Triptofano (B) e Histidina (A). Observando as estruturas dos aminoácidos utilizados 
na prática apresentados abaixo ​(Figura 3 - 7) e os respectivos valores de Rf, pode-se chegar a algumas considerações 
que serão discutidas posteriormente. 
 
 Figura 3 - Tirosina Figura 4 - Histidina Figura 5 - Triptofano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 6 - Leucina Figura 7 - Valina 
 
A fase móvel empregada, constituída por butanol, ácido acético glacial e água é mais apolar do que a fase (6 ): 1 : 2 , 
estacionária (água presente no papel de filtro) sendo esta polar, pois o butanol apresenta-se em maior quantidade. 
Dessa forma, aminoácidos mais apolares interagem melhor com a fase móvel e os mais polares interagem melhor com a 
fase estacionária. 
Os aminoácidos são constituídos por um grupo amino (-NH​2​), um grupo carboxílico (-COOH) e um agrupamento “R”, que 
para cada é diferente e lhe confere a sua característica específica. Esse agrupamento pode ser apolar (alifático ou 
aromático) ou polar, sendo esta última classificação subdividida em neutro, básico ou ácido mediante a carga que o 
aminoácido apresenta em pH fisiológico (aproximadamente 7,0). 
Os aminoácidos valina, leucina e triptofano apresentaram os maiores fatores de retenção (Rf) ou seja, possuem maior 
afinidade com a fase móvel do que com a fase estacionária. Avaliando as suas fórmulas estruturais, a valina e a leucina 
apresentam como agrupamento “R” uma cadeia alifática e o triptofano aromática, logo, são classificados como 
aminoácidos hidrofóbicos e, por este fato, tiveram maior deslocamento. 
Como o triptofano possui um átomo de nitrogênio em seu grupo “R”, este apresenta uma polaridade maior em relação a 
valina e leucina, devido a diferença de eletronegatividade gerada. Como consequência, o triptofano também pode 
interagir, em menor proporção, por meio de ligações de hidrogênio, e por isso, entre os três aminoácidos citados, 
apresentou menor Rf. 
A tirosina também é um aminoácido apolar, com cadeia lateral aromática, apesar disso, por conter um grupo hidroxila 
que pode fazer ligação de hidrogênio com a água, possui maior hidrofilicidade em relação a valina, leucina e triptofano. 
Mediante o resultado da cromatografia, não foi possível calcular seu Rf pois a mancha não ficou definida, evidenciando 
um arraste que provavelmente é consequência da sua característica estrutural. Como ligações de hidrogênio são 
interações fortes, a tirosina teve uma interação considerável com a água presente na fase estacionária, mas como sua 
cadeia é predominantemente apolar também ocorreu uma interação considerável com a fase móvel, ressaltando amancha obtida na cromatografia. 
Em contrapartida a histidina possui grupo “R” mais hidrofílico, como evidenciado na corrida cromatográfica, e apresenta 
menor afinidade com a fase móvel, isso se deve por decorrência de sua cadeia lateral polar com carga positiva, a qual 
interage melhor com a fase estacionária (água), fazendo com que ela não subisse tanto durante a cromatografia. 
Assim, de posse das estruturas dos aminoácidos e suas afinidades com a fase móvel e estacionária seria possível 
prever a velocidade de eluição dos mesmos antes da realização do experimento, uma vez que os resultados obtidos 
assemelham ao esperado. 
 
4. CONCLUSÃO​:. 
Após a execução da prática, conclui-se que foi possível atingir o objetivo na determinação dos componentes de 
amostras de aminoacidos por cromatografia planar, usando a técnica CP (papel de filtro), com a utilização de um 
revelador químico para identificação das substâncias incolores. Além disso, os cálculos dos valores de Rf foram 
efetuados determinando os componentes da amostra X, como sendo uma mistura dos padrões de aminoácidos 
 
Triptofano e Histidina. 
 
5. REFERÊNCIAS: 
DEGANI, A. L. G., CASS, Q. B., VIEIRA, P. C.; Cromatografia um breve ensaio. ​Química Nova na Escola​. n. 7, p. 
21-25, mai. 1998. Disponível em: <​http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/atual.pdf​>. Acesso em: 06 out. 2019. 
MARTINS, C. R; LOPES, W. A.; ANDRADE, J. B.; Solubilidade das substâncias orgânicas. Química Nova​, São Paulo , 
v. 36, n. 8, p. 1248-1255, 2013. Disponível em: <​http://www.scielo.br/pdf/qn/v36n8/v36n8a26.pdf​>. Acesso em 28 out. 
2019. 
OLIVEIRA, M. T.; Aminoácidos e Peptídeos. Disponível em 
<​https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/tecnologia/marcostuliooliveira/aula_aminoacidos_bioqestrutural.pdf​>. 
Acesso em 29 out. 2019. 
ZANELLA, R.; Cromatografia em Camada Delgada (CCD). Disponível em: 
<​http://w3.ufsm.br/larp/media/camada_delgada_teoria.pdf​>. Acesso em 28 out. 2019.

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