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Aula 4 - VIVEIROS FLORESTAIS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS VISANDO A RECUPERAÇÃO FLORESTAL DE ÁREAS DEGRADADAS (2)

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Viveiros Florestais para Produção de Mudas Visando a Restauração Florestal de Áreas Degradadas
Cadastramento de Viveiros Florestais
no Estado de São Paulo:
Junto à CATI/SAA (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo).
Junto ao IBAMA (Instituo Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais).
Cadastro no RENASEM (MAPA).
Tipos de Viveiros:
Temporários ou provisórios:
As mudas são produzidas para uma determinada área e por tempo limitado
Localizam-se próximos às áreas de plantio e possuem instalações de baixo custo
Permanentes ou fixos:
Fornecem mudas continuamente a uma ampla região
Possuem instalações definitivas de custo mais elevado
Caracterização da Área de Implantação do Viveiro
O viveiro deve estar inserido num local de fácil acesso para transporte de insumos, equipamentos e escoamento de mudas, lembrando que a expedição de mudas se dá na época das chuvas
A área de viveiro será determinada em função do número e tipo de mudas a serem produzidas, sendo considerado um viveiro de médio porte aquele que produz no mínimo 50.000 mudas/ano
 A face do viveiro deve ser voltada para o norte que recebe mais insolação além de ficar protegido contra o vento
 É recomendado que o terreno seja levemente inclinado para facilitar o escoamento das águas da chuva e das regas (0,2 a 2% de declividade)
 O solo deve ser preferencialmente arenoso ou areno-argiloso, de média fertilidade; deve-se apresentar isento de ervas daninhas, nematóides, fungos ou microrganismos e formigas.
 O viveiro deve dispor de água em quantidade e qualidade, livre de poluentes químicos e físicos e disponível em qualquer época do ano
 Como o viveiro requer operários deve estar localizado próximo a centros populacionais.
 Deve haver disponibilidade de energia elétrica
 Conforme a circunstância o viveiro deve ser cercado com tela para protege-lo de furtos, roubos, depredações e invasões de animais
Viveiro EMBRAPA
Instalações
1. Área aberta a pleno sol:
Destinada à semeadura de espécies do grupo das pioneiras que não suportam sombreamento, ou grupo das secundárias já formadas com altura acima de 30cm
Viveiro com mudas semeadas a pleno sol
Área coberta:
Destinada às espécies florestais pertencentes aos grupos das secundárias tardias e clímax que exigem sombreamento de diferentes intensidades para germinação e crescimento inicial
Tela sombrite que proporciona diferentes graus de sombreamento, desde 9% até 80% (mais utilizadas 18%, 30% e 50%)
O plástico pode ser utilizado como alternativa para proteção do viveiro contra sol direto, chuva, ventos, ataques de pássaros e animais; indicado para locais frios
                                                                                                     
Viveiro de mudas de Pedro Leopoldo (MG) da Holcin Brasil 
Tela Sombrite
Viveiro EMBRAPA
Tela sombrite
Sementeira, germinador, canteiro ou alfobre:
Pode ser confeccionado em blocos de concreto com altura de 80cm e provido de dreno a nível do solo
Ou podem ser utilizadas caixas plásticas apoiadas em suporte (alternativa mais econômica)
A largura útil deve ser de 1m e o comprimento, em geral, com mais de 10m e menos de 30m
Devem existir caminhos internos de 4m de largura cruzando o viveiro para permitir o trânsito de veículos
O enchimento deve ser feito com:
25cm de pedra britada nº2
25cm de terra porosa
20cm de terra vegetal, rica em matéria orgânica
Sementeiras
Viveiro APREMAVI
Outras Instalações
Depósito de substrato (armazenamento da terra e esterco; preparo do substrato e enchimento das embalagens)
Barracão de serviços (secagem de sementes à sombra, beneficiamento, reparos em ferramentas e equipamentos)
Câmara fria e Câmara seca (armazenamento das sementes)
Almoxarifado, Garagem, Escritório, Vestiários e Sanitários
Terreiro de secagem de sementes na Estação 
Experimental de Assis. Assis - SP.
Escritório da Estação Experimental J.J. Galhardo. 
Paraguaçu Paulista - SP.
Almoxarifado e garagem da Estação Experimental de Assis. 
Assis - SP.
Unidade de beneficiamento de sementes – EMBRAPA
Sistemas de Produção
Semeadura em germinadores: 
Recomendado para espécies cujas sementes são muito pequenas (Tibouchina granulosa-quaresmeira) ou apresentam índice de germinação baixo ou duvidoso (Balfourodendron riedelianum- pau-marfim) ou ainda quando a germinação é demorada e desuniforme como em Euterpe edulis – palmito juçara
É feita a lanço e em seguida as sementes são cobertas com fina camada de material inerte (palha de arroz, capim seco, serragem, entre outros)
A profundidade da semeadura é a espessura da semente
Repicagem de mudas:
É realizada após a germinação das sementes nos canteiros
As mudas devem estar com altura entre 3 e 7cm, em geral apresentando 2 pares de folhas
Deve ser realizada em dias chuvosos ou nublados e à sombra, mantendo as plântulas sempre úmidas
As raízes pivotantes devem permanecer na posição vertical sem formar ganchos na sua ponta
Após a repicagem as mudas devem ser mantidas à sombra com irrigação constante até que seja assegurado o pegamento
Semeadura Direta em Recipientes
Indicada para sementes de tamanho médio a grande (Joannesia princeps - anda-açu) ou para plântulas de difícil repicagem (cássia mimosa)
Utiliza-se de 3 a 5 sementes por recipiente para garantir o aproveitamento de pelo menos 1 plântula
As sementes devem ser colocadas nos recipientes e cobertas com substrato e/ou material inerte
O canteiro deve ser protegido com sombrite ou plástico até 30 dias após a germinação
Sementes semeadas direto em tubetes
Embalagens
A escolha da embalagem varia em função de:
Custo de aquisição
Vantagens na operação 
durabilidade, 
possibilidade de reaproveitamento, 
área ocupada no viveiro
facilidade de movimentação e transporte
Sacos de polietileno:
Na cor preta, com furos para drenagem na metade inferior
Dimensões de 9x14cm ou de 8x15cm com 0,07mm de espessura para sementes de espécies pioneiras
Para espécies que permanecem por mais tempo no viveiro (não pioneiras) as dimensões mais indicadas são 11x25cm com espessura de 0,15mm 
Os canteiros podem ser instalados no chão ou suspensos a cerca de 80 cm de altura
Canteiros Instalados no Chão
Canteiros Suspensos
Tubetes:
Confeccionados em polipropileno rígido de alta densidade, possuem estrias verticais salientes para induzir o direcionamento da raiz
Para espécies nativas o tubete de menor dimensão tem se mostrado eficiente, ficando o maior destinado às sementes maiores
TIPOS
DIÂM.
EXT.
mm
DIÂM.
INT.
mm
DIÂM.
FURO
mm
ALTURA
Mm
VOLUME
cm3
QUANT.
FRISOS
TUBETES
Por m2
Tubete
Pequeno
34
28
12
125
53
4 ou 6
850 a 900
Tubete
Médio
47,5
38
15
145
115
8
450 a 500
Ornamentais
63
52
9
131
180
8
250 a 300
Tubetão
63
52
13
190
288
8
150 a 300
Especificações de tubetes mais utilizados
Vantagens:
Apresenta estrutura rígida que protege a raiz
A quantidade de substrato a ser utilizado é menor
As mudas são mais leves facilitando a distribuição
Diminui a necessidade de mão de obra, tanto no viveiro como no plantio
Mudas formadas em tubetes 
Mudas formadas em tubetes -EMBRAPA
Substratos
Para sacos plásticos:
Terra de sub solo (70%) mais composto orgânico ou esterco curtido (30%)
OBS: utilizar, sempre que possível, a terra de bota fora retirada do local de obras do viveiro objetivando dois ganhos ambientais
Evita-se a extração de solo fértil
Dá-se uso nobre a terra que normalmente iria para o aterro sanitário ou para lixões
Para tubetes:
Existem no mercado substratos próprios para tubetes, cuja composição é bastante variável
Vermiculita (30%), terra de sub solo (10%) e composto orgânico (60%)
Vermiculita (40%), terra de sub solo (20%) e casca de arroz carbonizada ou calcinada (40%)
Terra de sub solo (40%), areia( 40%) e esterco curtido (20%)
Composto orgânico (80%) e casca de arroz carbonizada (20%)
Tratos culturais
Irrigação:
Deve ser diária de preferência de manhã ou à tarde quando a evaporação é menor; os canteiros de semeadura e as mudas em estágio inicial de desenvolvimento devem ser mais freqüentes
Pode ser:
Manual com regadores ou mangueiras
Por aspersão ou micro aspersão, sendo a segunda mais indicada em função da economia da mão de obra e do maior controle sobre a distribuição da água
Detalhe do aspersor
Irrigação de canteiros com aspersores
Adubação:
Deve ser recomendada com base na análise química do substrato
Ao menor sinal de deficiência de nutrientes como mudança de coloração das folhas, perda de vigor e redução do crescimento
Aplicação sem análise química (por metro cúbico de substrato)
2 kg calcáreo
1 kg de superfosfato simples
0,5kg de cloreto de potássio
Para substratos utilizados em tubetes (8 litros/1000tubetes)
4 kg de sulfato de amônia
1 kg de cloreto de potássio
Micronutrientes quelatizados 
Para 100 litros de água
4. Poda da copa
Tem o objetivo de:
Corrigir diferenças na copa
Reduzir o tamanho da muda
Eliminar brotos laterais que se formam junto ao colo da muda
5. Poda das raízes
Tem o objetivo de
Facilitar a repicagem quando a muda ultrapassa o tamanho de plantio indicado para a espécie
Retardar o desenvolvimento até a época do plantio
6. Danças ou moveção
É a remoção das mudas de um local para outro, dentro do próprio canteiro ou entre canteiros
Tem o objetivo de agrupar mudas do mesmo tamanho evitando desequilíbrios na competição principalmente por luz
Também é feita para evitar a fixação no solo das raízes que transpuserem o recipiente
7. Combate de ervas daninhas:
Devem ser controladas nos germinadores, nas embalagens e entre os canteiros
Pode ser manualmente, por corte mecânico ou com uso de herbicidas sob orientação profissional 
8. Doenças
Dumping-off ou Tombamento
Causada por uma série de fungos do solo
Na fase de pré-emergência atacam radícula destruindo a semente
Depois da emergência atacam as raízes e colo
Prevenção e controle:
Usar terra de subsolo ou outro substrato livre de patógenos
Desinfectar o substrato com brometo de metila sob orientação profissional
Tratar as sementes com fungicidas
Reduzir o sombreamento e a irrigação ao mínimo
Pulverizar os canteiros com fungicida sob orientação profissional
2. Doenças nas folhas
Recomenda-se a redução do sombreamento e da irrigação e, se necessário, a pulverização de fungicidas, mediante orientação profissional
9. Orientações para prevenção de patógenos
Não instalar o viveiro em locais permanentemente sombreados
pH do substrato próximo a 6,0
Evitar excesso de umidade
Não utilizar sementes mal beneficiadas, mal conservadas ou velhas
Manter a densidade adequada de plântulas no viveiro
Realizar fertilização adequada do substrato 
10. Pragas
A pragas mais comuns em viveiros são cupins, grilos, paquinhas, lagartas, pulgões e besouros
Podem ser controlados mediante aplicações de inseticidas
Formigas cortadeiras
Podem ser controladas com aplicação de iscas formicidas ao longo dos carreiros e próximo dos olheiros ativos
O controle de formigas deve ser feito em todo entorno do viveiro, num raio de pela menos 50 metros
Expedição de mudas
Deve-se proceder à seleção de mudas antes da expedição devendo ser descartadas aquelas que apresentarem:
Sintomas de deficiência
Incidência de pragas e doenças
Mudas raquíticas
O tamanho médio das mudas para expedição ao campo deve estar entre 30 a 40cm
Pouco antes da expedição das mudas, as mesmas devem passar por um processo de rustificação. Deve-se proceder da seguinte forma:
São reduzidas as irrigações
As mudas ficam a pleno sol
No caso de uso de sacos plásticos as mudas devem ser expedidas com o substrato mais seco devendo se pulverizar com água

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