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INSTITUTO FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - CAMPUS UBERLÂNDIA CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM MEIO AMBIENTE GABRIEL SILVA DORNELIS. GUSTAVO HENRIQUE RAMOS SILVA PROJETO DE VIVEIRO DE ROSAS UBERLÂNDIA 2021 PROJETO DE VIVEIRO DE ROSAS Trabalho apresentado como requisito parcial à aprovação da disciplina Sistema Agropecuário Práticas Ambientais do Curso Técnico em Meio Ambiente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – Campus Uberlândia. Professor: Ernesto José Resende Rodrigues UBERLÂNDIA 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 7 1.1. Justificativa 7 1.2. Objetivos. 8 2. LOCALIZAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA 9 2.1. Localização do viveiro. 11 2.2 Escolha da área de implantação. 11 2.2.1. Topografia 12 2.2.2. Disponibilidade de água 12 2.2.3. Distância em relação às áreas de consumo 13 2.2.4. Facilidade de acesso 13 2.2.5. Solo 13 2.2.6. Drenagem 14 2.2.6.1. Tipo 14 2.2.6.2. Disposição 14 2.3. Canteiros 14 2.3.1. Sentido 14 2.3.2. Dimensão 15 2.3.3. Estrutura 15 2.4. Abrigos dos Canteiros 16 2.4.1. Material utilizado 17 2.4.2. Funcionalidade dos abrigos 17 2.5. Irrigação 17 2.5.1. Sistema utilizado 18 2.5.2. Detalhamento do sistema 18 2.6. Estradas e passeios 18 2.6.1 Dimensões 18 2.6.2 Distribuição no viveiro 18 2.7. Sementeira 19 2.7.1. Justificativa para o uso 19 2.7.2. Densidade de sementes recomendadas / m2 19 2.7.3. Estrutura da sementeira 20 2.7.4. Dimensão 20 2.8. Cerca externa 20 2.8.1. Detalhamento 21 2.9. Instalações 21 2.9.1 Edificações necessárias 21 2.9.2. Especificação sobre área construída 22 2.10. Extensão do viveiro 23 2.10.1 Área total necessária 24 2.10.2 Planta de locação das instalações, canteiros, passeios. 24 2.11. Cronograma de instalação 24 3. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS 25 3.1. Obtenção de sementes 25 3.1.1. Quantidade a ser coletada/espécie (Kg) 25 3.1.2. Seleção das Árvores Matrizes 26 3.1.3. Calendário de coleta 26 3.1.4. Procedimentos de coleta/espécie 26 3.1.5. Beneficiamento das sementes 27 3.1.6. Armazenamento das sementes 27 3.2 Recipientes 28 3.2.1. Tipo 29 3.2.2. Dimensão 29 3.3. Preparo do substrato para os recipientes 29 3.3.1. Desinfecção 29 3.4. Semeadura 30 3.4.1. Número de sementes por recipientes 30 3.4.2. Profundidade de semeadura 30 3.4.3. Tratamentos pré-germinativos 30 3.4.4. Cuidados após semeadura 31 3.4.5 Manejo do sombreamento 32 3.5. Transplante 32 3.5.1 Justificativa da técnica 32 3.5.2 Detalhamento da técnica 32 3.6 Fertilização 33 3.6.1 Detalhamento 33 3.6.2 Fertilização de base 33 3.6.3 Fertilização de cobertura 34 3.7 Cobertura das Mudas 34 3.7.1 Detalhamento 34 3.8 Seleção de Mudas 34 3.8.1 Idades de seleção 34 3.8.2 Padrões de qualidade 35 3.9 Rustificação das Mudas 35 3.9.1 Procedimentos/espécie 35 3.10 Dados gerais do projeto 36 3.10.1 Número de mudas/ viveiro/ano/ 36 3.10.2 Dimensão dos canteiros 36 3.10.3 Número de mudas/ m2 36 3.10.4 Número de mudas/canteiro 36 3.10.5 Número total de canteiros 37 3.10.6 Número de canteiros/ espécie. 37 3.10.7 Número de sementeiras 37 3.10.8 Área utilizada pelos canteiros 37 3.10.9 Área total do viveiro 37 4. ASPECTO FINANCEIROS 37 4.1 Custo do material de consumo / ano. 37 4.2 Custo do material permanente/ano 38 4.3 Custos com Mão-de-obra 39 4.4 Resumo dos Custos/Ano 39 4.5 Custo Unitário da produção de mudas 40 1. INTRODUÇÃO A comercialização de flores e plantas ornamentais vem se expandindo pelo Brasil, já que um dos motivos que colaboram para essa expansão são as condições climáticas do país que possibilitam o cultivo de flores de clima temperado e tropical. Em função dessa diversidade climática é possível produzir flores, folhagens e outros derivados, todos os dias do ano a um custo reduzido. Essa diversidade de clima e solo tem possibilitado ao Brasil o cultivo de diversas espécies de flores e plantas ornamentais, de origens nativas e exóticas, de clima temperado e tropical. A produção brasileira está assim dividida: flores de corte, flores de vaso, sementes, plantas de interiores, plantas de paisagismo e folhagens. Para a produção de flores e plantas ornamentais, os viveiristas têm entre seus desafios a escolha do local de instalação de seu viveiro. Isso é de fundamental importância para o sucesso do seu empreendimento, pois ele pode, nessa escolha, evitar problemas futuros e prejuízos. Existem alguns critérios imprescindíveis para a implantação do viveiro de mudas ornamentais, como o fácil acesso a ele, a mão de obra bem treinada para o manejo das plantas, a disponibilidade de água para a irrigação, a temperatura ambiente adequada às plantas, entre outros. 1.1. Justificativa O agronegócio de flores e plantas ornamentais vem se consolidando como uma atividade econômica relevante, porém o principal aspecto deste segmento é o seu lado social, sendo que é uma atividade praticada mais entre os pequenos produtores rurais. O plantio e a produção de plantas ornamentais, de mudas produzidas em viveiros podem servir como fonte de renda para diversas famílias. Ao mesmo tempo em que a produção de mudas gera renda, o meio ambiente também é favorecido. Os viveiros de mudas ornamentais são muito importantes, pois têm como objetivo repor as espécies vegetais desmatadas, replantando diferentes espécies e com maior qualidade, além de ser importante para a restauração ecológica de ambientes naturais degradados pela ação humana. Hoje, diversos tipos de famílias de assentados que vivem no Pontal do Paranapanema são capacitadas pelo instituto Ipê para produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Para plantas ornamentais o giro da economia é maior ainda, já que além de famílias produtoras, o mercado de plantas ornamentais vem crescendo, movimentando bastante a economia, os impostos, gerando empregos e empreendimentos, como as floriculturas. 1.2. Objetivos. Temos como objetivo movimentar a economia, gerar empregos e empreendimentos, além de que dessa forma podemos contribuir para o meio ambiente repondo as espécies vegetais desmatadas, replantando diferentes espécies e com maior qualidade, além de ser importante para a restauração ecológica de ambientes naturais degradados pela ação humana. 2. LOCALIZAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA Ao montar um viveiro de mudas, a fase de planejamento é muito importante. As instalações necessárias e a quantidade de mudas que se projeta produzir dependerão do objetivo do viveirista ou mesmo da comunidade envolvida na sua construção. Os viveiros contam com diferentes tipos de infraestrutura, que vão depender do seu tamanho e de suas características. Sendo assim podemos destacar dois tipos principais de viveiros ● Viveiros temporários ou provisórios – são aqueles cuja duração é curta e limitada, destinados à produção de poucas mudas em uma área determinada. Geralmente se localizam próximos à área de plantio. Esse tipo de viveiro é bem simples e pode ser construído, por exemplo, utilizando-se a sombra de uma árvore frondosa no fundo do quintal ● Viveiros permanentes ou fixos – são aqueles construídos para durar mais tempo, sendo utilizados para produção de mudas em quantidades maiores, principalmente visando à comercialização em larga escala. Como essas instalações são mais duradouras, necessitam de material mais resistente, assim os gastos para sua construção são bem maiores do que os do viveiro temporário. Geralmente se localizam próximos a mercados consumidores. É importante lembrar que no caso de instalação de viveiros permanentes todos os procedimentos com relação à produção e à comercialização de sementes e mudas devem obedecer à Lei no 10.711, de 5 de agosto de 2003, regulamentada pelo Decreto no 5.153, de 23 de julho de 2004. O primeiro passo para quem deseja produzir, exportar, importar ou realizar qualquer atividade relacionada a sementes e mudas é procurar orientação do setor de sementes e mudas da Superintendência Federal de Agricultura do seu estado. A princípio, para a realização de qualquer atividade relacionada a sementes e mudas que vise à comercializaçãoé necessário estar inscrito no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). O local para a construção de um viveiro deve ser definido depois da análise cautelosa de diferentes aspectos do ambiente. De preferência, o construtor deve considerar uma área com as seguintes características: ● Inclinação do terreno: o terreno deve ser levemente inclinado (1% a 3%) a fim de evitar acúmulo de água das chuvas ou mesmo do excesso de irrigação. ● Drenagem: o solo deve oferecer boa drenagem, evitando-se solos pedregosos ou muito argilosos. ● Fonte de água: a disponibilidade de fonte de água limpa e permanente deve ser suficiente para irrigação em qualquer época do ano. ● Proximidade das áreas de plantio: a localização deve ser próxima do local onde as mudas serão plantadas, principalmente no caso de viveiros temporários. ● Orientação geográfica: o maior comprimento do viveiro deve ficar no sentido do sol nascente para o poente (leste-oeste), o que garantirá ambientes totalmente ensolarados na maior parte do tempo. ● Proteção das mudas: o local deve ser cercado para evitar a entrada de animais, além de implantação de quebra-ventos, que deverá servir para a proteção das mudas, das sementeiras, dos sombrites e demais instalações do viveiro. As plantas do quebra-vento também contribuirão para diminuição do ressecamento do solo e da transpiração das mudas, prestando-se também à regulagem da temperatura do viveiro. Contudo sabemos que a área selecionada para a construção do viveiro na maioria das vezes não reunirá simultaneamente todas essas condições ideais, sendo assim em cada caso é importante adequá-las às diferentes realidades locais. Nesse caso, a disponibilidade de dois elementos é prioritária e imprescindível: água e luz solar. 2.1. Localização do viveiro. O antúrio é uma planta tropical, de origem da floresta tropical quente, úmida e sombreada, o antúrio necessita de ambiente de cultivo artificial que mais se aproxime à sua região de origem. Para que se possa, portanto, atender a essas exigências edafo-climáticas, utiliza-se de estruturas de produção como telados ou viveiros, bem como estufas climatizadas ou não, com filmes e telas plásticas para proteção e sombreamento. Inclui-se aí a utilização de sistemas de irrigação, substratos e fertilizantes para acelerar o ritmo de crescimento da planta. 2.2 Escolha da área de implantação. ● Acessibilidade O acesso é um dos fatores mais importantes a ser avaliado para a implantação de um viveiro florestal. As estradas devem permitir o trânsito de veículos pesados, mesmo em épocas de chuva, quando, em geral, ocorrem a maior parte das expedições de mudas a campo. As boas condições de acesso podem, ainda, minimizar os custos de produção, além de contribuir para a manutenção da qualidade das mudas, desde a expedição até o plantio. ● Declividade O terreno escolhido deve apresentar leve declividade, no máximo 3%, para evitar acúmulo de água em períodos chuvosos. Caso necessário, devem ser construídas canaletas de drenagem, para facilitar o escoamento do excesso de água de chuva. ● Orientação A área escolhida deve, preferencialmente, estar com sua face maior voltada para o norte, permitindo maior incidência de luz solar durante o dia todo, além de propiciar a maior proteção dos ventos fortes vindos do sul. ● Disponibilidade de água É condição primordial a disponibilidade de uma fonte de água de boa qualidade, com produção suficiente para o abastecimento do viveiro. É importante ressaltar que a água deve estar livre de quaisquer poluentes e com as fontes protegidas, para evitar contaminações. Dependendo da quantidade de água demandada pelo viveiro e da fonte de captação, torna-se necessária a obtenção de licenças específicas junto aos órgãos competentes. ● Disponibilidade de energia elétrica O acesso à rede de energia elétrica é necessário para que sejam mantidos em funcionamento todos os equipamentos que dependem dessa fonte, recomendando-se a distribuição de pontos de energia, de forma a possibilitar seu uso em todas as instalações do viveiro. 2.2.1. Topografia A topografia deve ser compatível com a atividade, composta com um mínimo de área plana, ou possível de ser plainada, podendo ter também partes inclinadas, mas dentro de limites toleráveis para a atividade. No que diz respeito a áreas inclinadas, estas podem ser reservadas para matrizeiro e viveiro de espera. 2.2.2. Disponibilidade de água Com relação à água, o viveirista deve ter duas preocupações. A primeira diz respeito à quantidade de água disponível o ano todo, para atender às necessidades tanto no início da produção, como também prevendo a expansão do viveiro. A segunda preocupação diz respeito à qualidade da água, pois, se as suas características forem indesejáveis, poderá ocorrer problemas de entupimento do sistema de irrigação, além de poder comprometer a qualidade das mudas produzidas. 2.2.3. Distância em relação às áreas de consumo O viveiro será implantado em uma área de 10.000 m², junto ao parque de exposições do município, com uma área de cultivo de 576 m² para produção de mudas de espécies florestais nativas. 2.2.4. Facilidade de acesso Com relação ao acesso, deve-se ter dois cuidados: o primeiro é com relação à área de circulação no viveiro, devendo, nesse particular, planejar a entrada de clientes, de materiais transportados por caminhões de terra, esterco e outros insumos, com áreas de manobra e estacionamento. O segundo cuidado é com o acesso até o viveiro, pois este deve ser assegurado o ano todo, para permitir não só o escoamento da produção em tempo hábil, como também a chegada de insumos, serviços e do próprio pessoal que trabalha no viveiro 2.2.5. Solo Recomenda-se uma mistura equilibrada entre solo in natura e terra vegetal de boa qualidade, a adubação orgânica é a melhor escolha, seja esterco curtido ou produto de compostagem, reforçado com produtos como farinha de osso. O pH mais recomendado é bem próximo da neutralidade. O reforço na adubação deve ser semestral. 2.2.6. Drenagem Através da drenagem, provoca-se a infiltração da umidade gravitacional e a retirada de água por meio de valetas que funcionam como drenos. Sua localização mais usual é ao longo das estradas que circundam os blocos de canteiros. 2.2.6.1. Tipo Vala Cega: composta de uma vala com pedras irregulares (a água corre pelos espaços entre as pedras sendo possível o trânsito por cima da vala). 2.2.6.2. Disposição As dimensões das valetas variam conforme a necessidade de drenagem aérea. Normalmente, a largura do fundo que é plano tem cerca de 40 a 60 cm e a abertura de 70 a 80 cm. As paredes são inclinadas, na valeta aberta, para evitar seu desmoronamento. A altura das valetas também é variável, oscilando em torno de 90 cm. 2.3. Canteiros Plante em canteiros elevados de 20 a 30 centímetros acima do solo, com comprimento variável e largura de 100 a 120 centímetros. O espaçamento entre plantas pode ir de 25 x 25 a 50 x 50 centímetros, dependendo da variedade. 2.3.1. Sentido Estará no sentido que de menor declividade do terreno, ou que os ventos fortes percorrem a estufa no sentido da cumeeira. 2.3.2. Dimensão Os canteiros devem ter em torno de 1,2 m de largura e no máximo 20 m de comprimento, os pequenos caminhos entre os canteiros devem guardar a largura de 0,6 m, para facilitar o manejo. Os canteiros sempre devem estar dispostos no sentido do maior declive, para facilitar a drenagem do excesso de água. Em volta do viveiro entre os canteiros e a proteção lateral, deve-se deixar um vão com cerca de 1m de largura, para facilitar o trânsito. Em viveiros de grande porte, recomenda-se dimensionar carreadores, para facilitar a entrada de veículos, próximos aos canteiros. Isto diminui a mão de obra de transporte das mudas, também diminuindo as injúrias causadas no momento do transporte das mudas, do canteiro até o veículo. 2.3.3. Estrutura A forma mais comum de estrutura encontrada é a estruturametálica ou de madeira, com cobertura de filmes plásticos e telas de sombreamento. Em regiões sem probabilidade de baixas temperaturas é possível o cultivo apenas com a utilização de telas de sombreamento, estruturas estas mais conhecidas como telados ou viveiros. Para o cultivo de antúrio é amplamente difundida a utilização de malhas negras de 65% a 80% de cobertura de superfície, dependendo da região onde a produção está localizada. Também podem ser utilizadas malhas térmicas ou termorefletoras, que além de redução da incidência de luz (sombreamento), proporciona a redução da temperatura durante o verão, reduzindo o estresse térmico e hídrico no cultivo. As malhas recomendadas desse material para o cultivo do antúrio são 60 ou 70% de superfície coberta. Outra forma de estrutura encontrada é a estrutura metálica ou de madeira (comumente chamadas de estufas), com cobertura de filmes plásticos e telas de sombreamento, aplicadas no interior, ou então sobre a estrutura na forma de sombreamento externo. É mais utilizada e recomenda essa opção em regiões com baixas temperaturas durante o inverno, pois o antúrio sofre severos danos quando as temperaturas permanecem abaixo dos 13°C, estruturas estas mais conhecidas como telados ou viveiros. Para o sombreamento pode-se utilizar malhas negras de 50% e de 65% de cobertura de superfície, sendo a primeira recomendada quando o filme de cobertura utilizado é do tipo leitoso e a segunda quando utilizam-se filmes transparentes ou difusores de luz. Figura 1 - Estufa Metálica. Fonte: Joselito Leal da Costa (2018). 2.4. Abrigos dos Canteiros Entende-se por abrigo uma proteção colocada a uma altura variável, usualmente até 50 cm, sobre a superfície de canteiros. 2.4.1. Material utilizado Será utilizado a tela de poliolefina (sombrite), que apresenta diferentes porcentagens de sombreamento. 2.4.2. Funcionalidade dos abrigos A finalidade da proteção é estimular a percentagem de emergência, atuando contra baixas temperaturas, no inverno, e também protegendo contra forte insolação e intempéries com granizo e chuvas fortes no verão. 2.5. Irrigação Para as sementeiras ou canteiros em germinação, as regas devem ser frequentes até as mudas atingirem uma altura aproximada de cinco centímetros (folhas formadas), sendo os melhores horários pela manhã ou no período final da tarde. Deve-se tomar cuidado com o excesso da irrigação, pois isto poderá acarretar as seguintes conseqüências: ● Diminuição da circulação de ar no substrato. ● Lixiviação das substâncias nutritivas. ● Aumento da sensibilidade das mudas ao ataque de fungos. 2.5.1. Sistema utilizado Será utilizado a irrigação semi-automatizada. 2.5.2. Detalhamento do sistema A irrigação semi-automatizada é feita com sistema motobomba, redes de tubulação e aspersores, acionados manualmente. Esse tipo de irrigação é utilizado em pequenas áreas e há possibilidade de ocorrerem falhas, como falta ou excesso de água, que devem ser consideradas a fim de minimizar efeitos prejudiciais sobre a produção. 2.6. Estradas e passeios A distribuição das estradas e passeios devem visar a melhor circulação e utilização da estrutura do viveiro. E com isso deve haver as dimensões necessárias para que não ocorra nenhum contratempo que possa atrapalhar o cuidado e plantio. 2.6.1 Dimensões ● Comprimento: menor do que os de produção mecanizada em raiz nua. ● Largura: 0,6 a 0,8 metro. 2.6.2 Distribuição no viveiro Figura 2 - Distribuição dos passeios Fonte: Ícaro Gustavo (2020) 2.7. Sementeira Sementeiras nada mais são que locais adaptados ou projetados para cultivar plantas a partir de sementes. E a vantagem de utilizar as sementeiras é que possibilitam alta densidade de mudas por m2; Garantem o suprimento de mudas no caso de perdas; Propicia maior uniformidade nos canteiros após a repicagem. 2.7.1. Justificativa para o uso A justificativa para utilizar as sementeiras é que possuem tempo curto em que o canteiro ficará ocupado. Outro motivo para o uso das sementeiras é que garante um controle maior da umidade durante o período inicial do crescimento da planta. Isso aumenta as chances de sucesso na germinação e desenvolvimento. 2.7.2. Densidade de sementes recomendadas / m2 A densidade de semeadura indicada é de 250 sementes viáveis/m² para cultivares semitardias e tardias e de 300 a 330 sementes viáveis/m² para cultivares médias e precoces. 2.7.3. Estrutura da sementeira A sementeira é coberta por tela de sombreamento para que as mudas recebam a quantidade certa de sol. ... Para quem quer fazer uma sementeira maior, basta apenas aumentar o tamanho dos canos de PVC. Há também a alternativa de colocar a estrutura sobre piquetes de madeira. 2.7.4. Dimensão Possuem em média de 1,0 a 1,2 m de largura, 10,0 a 15,0 cm de altura e comprimento variável, dependendo da produção. Na Figura 01 é apresentado um modelo estrutural de uma sementeira. 2.8. Cerca externa No referente a cerca externa, esta envolve todo o perímetro do jardim clonal/germinador e canteiros do viveiro, ela é constituída por um gradeado de arame liso com um acesso através de um portão de 10m de diâmetro na propriedade. 2.8.1. Detalhamento 2.9. Instalações Basicamente são: casas de vegetação ou com sombrites, que oferecem controle de condições climáticas para a produção das mudas, que é o principal. Galpão semi aberto para trabalhos em dias chuvosos e galpão de armazenamento de insumos. Reservatório de água para irrigação e abastecimento geral do viveiro. Almoxarifado de ferramentas e local de sementeiras ou embalagens. Escritório e/ou local de recepção de clientes. 2.9.1 Edificações necessárias Para a nossa espécie antúrio, as edificações necessárias são: Ferramentas: enxadas, pás, tesouras de podas, serrotes, baldes, regadores e outros; Equipamentos: bombas, equipamentos de irrigação, misturadores de substratos, balança, pulverizadores e outros; Insumos: sementes, substratos, agroquímicos, adubos orgânicos e minerais e outros; Outros materiais: embalagens, bandejas, plásticos de estufa, sombrites e outros. 2.9.2. Especificação sobre área construída Desta forma, o dimensionamento do viveiro pode ser calculado com base na área dos canteiros e nos caminhos entre os mesmos. Cada m2 de canteiro comporta de 200 a 300 sacolas. Os caminhos entre canteiros ocupam mais 50% da área, pois eles têm largura de 0,6 m contra 1,2 m dos canteiros e margem lateral de 1 m. Em termos práticos, dependendo dessas condições, são necessários, aproximadamente, de 60 a 100 m2 para cada 10.000 mudas de café a serem produzidas. 2.10. Extensão do viveiro A extensão do viveiro será determinada em função de alguns fatores: 1. Quantidade de mudas para o plantio e replantio 2. Densidade de mudas/m2 (em função da espécie) 3. Espécie e seu período de rotação 4. Dimensões dos canteiros, dos passeios (caminhos) e das estradas 5. Dimensões dos passeios (ou caminhos) 6. Dimensão das estradas (ou ruas) 7. Dimensão das instalações 8. Adoção, ou não, de área para adubação verde (no caso de viveiros em raiz nua) A distribuição dos canteiros, caminhos, construções e principalmente o acesso devem visar a melhor circulação e utilização da estrutura do viveiro. 2.10.1 Área total necessária Áreas produtivas: é a soma das áreas de canteiros e sementeiras, em que se desenvolvem as atividades de produção Áreas não produtivas: constitui-se dos caminhos, estradas e áreas construídas. 2.10.2 Planta de locação das instalações, canteiros, passeios. A locação das covas e canteiros, para o plantio, deverá respeitar o máximo possível o apresentado no projeto, para que o resultado final seja o esperado. Em situações onde a locação seja dificultada pela presença de estruturas de instalações, ou outra situação adversa, visto que a compatibilização de alguns projetos não foram feitas a tempo pelos técnicos responsáveis ,isto é, até a data da conclusão do projeto executivo de paisagismo. As equipes responsáveispelo projeto e pela fiscalização deverão ser acionadas para solução de cada caso individualmente. Primeiro, determinar a locação dos elementos isolados com estaca ou piquete e posteriormente os canteiros com a utilização de corda ou mangueira flexível. 2.11. Cronograma de instalação No planejamento, é importante ter em vista a quantidade que se projeta produzir para saber o número de funcionários que serão necessários e suas funções, como trabalhar na produção, vendas, recepção de material, almoxarifado e outros. Essa mão de obra deve ser qualificada para que tudo possa correr bem. Treinamentos constantes, aprimoramento de experiências, preparação de novos funcionários e reuniões são os pontos-chave para o acerto nesse requisito. Com um planejamento bem feito, é possível fazer um orçamento criterioso e levantar todas as necessidades materiais e humanas. Daí pode-se partir para um cronograma de operações, visando à construção e aquisição de insumos para o início das operações do viveiro de mudas. Antes de tudo, um estudo do mercado e comercialização das mudas é de fundamental importância para o êxito do negócio. 3. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS No cultivo comercial de antúrio, a utilização de plantas oriundas de cultura de tecidos é fundamental para que se tenha, além de produtividade alta, a uniformidade de plantas e flores, o que permitirá a classificação do produto conforme as exigências nacionais e internacionais. 3.1. Obtenção de sementes Para obter as nossas sementes será necessário buscá-la junto a viveiristas idôneos, qualificados e registrados junto à Secretaria da Agricultura. Normalmente, é feita a encomenda da muda antes da fase de enxertia, que ocorre a partir de novembro. Essa encomenda é importante para evitar a falta de mudas ou a aquisição de mudas de baixo padrão qualitativo. 3.1.1. Quantidade a ser coletada/espécie (Kg) Atualmente, o órgão fornece a produtores onze variedades de um total de 130 plantas do gênero encontradas por aqui. Algumas delas ainda são bem raras por aqui, como a popularmente chamada de antúrio-mirim, encontrada apenas na Reserva Natural Vale, em Linhares, ES. O principal polo brasileiro produtor de antúrios é o Vale do Ribeira, em São Paulo, onde existem cerca de 1,7 milhão de plantas, anualmente são coletados 450kg. Entre as cidades que se destacam no desenvolvimento da cultura na região estão Iguape e Registro. O antúrio, entretanto, pode ser cultivado em todo o Brasil, sobretudo em lugares que apresentam ambiente úmido e fresco. 3.1.2. Seleção das Árvores Matrizes Na seleção das árvores matrizes considerou-se características morfológicas da planta como: altura, diâmetro do tronco e da copa e qualidade sanitária. 3.1.3. Calendário de coleta Elaborado na forma de um calendário planejador, esse material disponibiliza a época de maturação dos frutos e de coleta de sementes de 273 espécies nativas do bioma Mata Atlântica. Para cada mês é apresentada uma lista de espécies sugeridas para recomposição ambiental com frutos e sementes maduros, juntamente com uma foto de uma espécie representativa para aquele mês. Na página adjacente à lista há um planejador onde você poderá fazer anotações, bem como marcar o dia da semana e o ano à mão, como um “calendário innito”. Ao final, estão disponibilizadas fotos das espécies do calendário, organizadas em ordem alfabética, destacando-se os meses do ano em que cada uma apresenta frutos e sementes maduros. É importante ressaltar, no entanto, que diferentes espécies podem apresentar variação quanto ao ciclo de frutificação e produção de sementes ao longo dos anos, ou mesmo dependendo da região de ocorrência. Desse modo, essa publicação deve ser usada como “guia de sinalização para a época do ano mais provável” para a coleta de sementes dessas espécies nativas da Mata Atlântica. 3.1.4. Procedimentos de coleta/espécie Quando essa parte apresentar alterações de cor em sua metade ou em três quartos de seu comprimento, chegou a hora de colher o antúrio. Verifique também se a haste e a folha maior estão firmes. 3.1.5. Beneficiamento das sementes O beneficiamento de sementes pode ser definido de diferentes formas. No sentido mais amplo, ele pode ser considerado como todas as etapas de processamento das sementes depois da colheita no campo até o empacotamento e armazenamento. Isso acontece porque internacionalmente não existe um termo específico para as atividades que se dedicam exclusivamente ao aprimoramento de lotes de semente. Toda a cadeia de ações recebe o nome genérico de “seed processing”, o qual foi traduzido como “beneficiamento de sementes” em algumas situações. No entanto, as regulações brasileiras definem o beneficiamento apenas como as etapas que ocorrem após a viabilização da semente (geralmente pela secagem) até o envio para reembalagem. Esse é o caso da principal lei sobre o tema, a nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, que define o beneficiamento, como: Em diversos pontos da lei, as atividades de beneficiamento são vislumbradas em autonomia com outras, tais quais o armazenamento e a embalagem. Mas, então, o que você deve considerar como beneficiamento? De forma geral, as empresas e técnicos que oferecem serviços desse tipo não seguem uma estrutura específica, padronizada. Então, é muito possível que você encontre alguém que execute todo o processamento, enquanto outros que fazem apenas o beneficiamento em sentido estrito ou em associação com a embalagem, armazenamento e distribuição. Isso ocorre porque na cadeia produtiva agrícola brasileira há vários serviços especializados para a melhoria das sementes. Desse modo, nos seus aprofundamentos sobre o tema, não deixe de prestar atenção no contexto em que o beneficiamento está sendo usado. Aqui, vamos falar sobre todo o processamento/beneficiamento para atingir diversos públicos: ● o produtor que quer montar uma instalação de beneficiamento; ● alguém que quer abrir uma beneficiadora ou melhorar seu serviço; ● agricultores que desejam melhorar suas instalações de armazenamento etc. 3.1.6. Armazenamento das sementes As sementes devem ser guardadas em armazéns secos, bem arejados. A cobertura deve ser, quando possível, de material isolante de calor, para evitar uma elevação acentuada de temperatura pela ação dos raios solares. 3.2 Recipientes O tamanho e o tipo de recipiente depende do tempo que a muda vai permanecer no viveiro. No viveiro, as mudas podem ser formadas em sacos plásticos com dimensão de 13 cm x 15 cm, para uma permanência de 6 a 9 meses. Como substrato, deve ser utilizada terra de superfície, evitando locais com alta infestação de plantas daninhas, ou uma mistura de três partes de terra para uma de matéria orgânica já curtida, quando não for terra de superfície. Quando forem utilizados tubetes, deve ser dada preferência àqueles com diâmetro acima de 6 cm para evitar competição por espaço entre as mudas e consequente enfraquecimento. O volume do tubete deve ser maior que 170 cm³ para propiciar o desenvolvimento de um bom volume de raízes. No caso de reutilização de recipientes, deve ser feita uma desinfestação prévia com uma solução de hipoclorito de sódio (0,6 %) ou de sulfato de cobre (5 %), deixando-os imersos nestas soluções por 24 horas. Pode ser usado substrato comercial ou preparado no próprio viveiro. O cuidado básico é que seja livre de propágulos de fungos ou outros microrganismos e insetos. Na dúvida sobre a qualidade do substrato, recomenda-se que este seja desinfetado. O substrato não deve ser reutilizado, pois a prática da reutilização (muitas vezes utilizada por viveiristas), mantém os propágulos dos patógenos que poderão infectar os novos lotes de mudas. O adubo orgânico bem curtido ou mineral deverá ser bem misturado ao substrato, para evitar que o contato com as raízes provoque a sua queima. As quantidades de calcário, adubo orgânico e⁄ou adubo químico dependerão da condição de cada substrato escolhido e, para se ter maior precisão, é necessária uma análisequímica deste. 3.2.1. Tipo Atualmente, são utilizados alguns recipientes de baixo custo, como taquara e outros, como as lâminas de madeira e, em certos viveiros, recipientes de papelão. “Fertil pot” é um tipo de recipiente em forma cônica, com dimensões variáveis para cada espécie. 3.2.2. Dimensão O tamanho dos recipientes não influenciou na formação das mudas, contudo, em função da economia e praticidade, recomenda-se a utilização do recipiente com dimensões de 20 x 30 cm. 3.3. Preparo do substrato para os recipientes O substrato utilizado para formar o leito de semeadura deve ser constituído de uma mistura de terra arenosa, terra argilosa e esterco curtido na proporção de 2:1:1. A terra deve ser retirada do subsolo, a uma profundidade de + 20 cm, a fim de se evitar a ocorrência de propágulos de microrganismos e de sementes de ervas daninhas. Esta deve ser peneirada em peneirões com malha de 1,5 cm. Deve-se dar preferência ao uso do esterco curtido, que devido ao processo da compostagem, já eliminou parte dos microrganismos patogênicos e disponibilizou parcialmente os nutrientes. Na ausência de esterco o mesmo pode ser substituído por 2 a 4 kg de NPK (6:15:6) por m3 de mistura. 3.3.1. Desinfecção Utilizar o sol como desinfetante. Pode ainda, de forma complementar usar um desinfetante como a água sanitária desinfetante, que é o hipoclorito de sódio. A diluição mais comum é de 1 l do hipoclorito por 1000 l de água, devendo pulverizar, molhando bem o solo do viveiro e os demais materiais ali usados. Passadas umas 2 horas o cloro vai evaporar e se quiser caprichar faça uma segunda aplicação no dia seguinte. 3.4. Semeadura O espaçamento recomendado é de 25 a 90 cm. Também podemos propagá-los por sementes, que devem ser semeadas assim que colhidas e espalhadas superficialmente em um solo composto de areia e esfagno. Semeie em uma bandeja e cubra com plástico para manter a umidade, mantida em local aquecido. 3.4.1. Número de sementes por recipientes O número de sementes 38.000 Nº de sementes/Kg 3.4.2. Profundidade de semeadura A profundidade de semeadura 75g/m² 3.4.3. Tratamentos pré-germinativos Entre os métodos empregados para superação da dormência, a escarificação mecânica é uma técnica frequentemente utilizada e constitui uma opção prática, de baixo custo e eficaz para promover uma germinação rápida e uniforme (Hermansen et al., 2000). No entanto, deve ser efetuada com muito cuidado para evitar que a escarificação excessiva atinja os tecidos da semente e diminua a germinação (McDonald e Copeland, 1997). A escarificação mecânica do tegumento foi eficiente na superação da dormência de sementes de várias espécies com tegumento impermeável, como as sementes de Bowdichia virgilioides Kunth (Smiderle e Sousa, 2003), Bauhinia divaricata L. (Alves et al., 2004), Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. (Piroli et al., 2005), Trifolium riograndense Burkart e Desmanthus depressus Humb (Suñé e Franke, 2006), Erythrina velutina Willd. (Silva et al., 2007) e de Caesalpinia pucherrima (L.) Sw. (Oliveira et al., 2010). A escarificação química com ácidos é amplamente usada, mas deve ser aplicada com certo cuidado, uma vez que longos períodos de exposição causam danos às sementes e, consequentemente, redução na germinação (Egley, 1972). A escarificação com ácidos foi empregada com eficiência na superação da dormência de sementes de Bowdichia virgilioides Kunth A ruptura do tegumento pelos métodos de escarificação, além de aumentar a permeabilidade à água, pode induzir a um aumento da sensibilidade à luz e temperatura, da permeabilidade aos gases, da remoção de inibidores e promotores e da possibilidade de injúrias aos tecidos (Jeller e Perez, 1999). Todas essas alterações possuem significativa influência no metabolismo das sementes e, consequentemente, na dormência (Khan, 1977; Mayer e Poljakoff- Mayber, 1989). Entretanto, a aplicação e eficácia desses tratamentos dependem da causa e do grau de dormência, o que é bastante variável entre as espécies (Lima e Garcia, 1996). 3.4.4. Cuidados após semeadura O solo deve ser profundo, com textura média, topografia plana, leve declividade, além de possuir boa drenagem e aeração. Quando esses fatores estão presentes, evita-se a erosão e o desenvolvimento da soja é mais eficiente, uma vez que a cultivar pode explorar melhor o solo, e ter acesso a mais nutrientes e água. O ideal é que a temperatura do solo esteja entre 20ºC e 30ºC, mais precisamente 25ºC. Temperaturas muito abaixo ou acima desses números, prejudicam o desenvolvimento inicial da lavoura, tornando a germinação e a emergência mais lentas. Quando o assunto é umidade do solo, é importante que ela esteja entre 50% e 85% para que a germinação das sementes possa ocorrer em menor tempo e assim, estabelecer um stand inicial uniforme e mais rápido. Recomendamos que a profundidade da semeadura seja entre 3 cm e 5 cm. Quanto mais rasa a profundidade, maior a possibilidade de as sementes ficarem expostas aos estresses climáticos. Por outro lado, as semeaduras muito profundas também não são interessantes, pois, dificultam a emergência do grão. Para esse processo, é importante que o limitador de profundidade esteja devidamente regulado, pois assim, acompanha o relevo do solo e mantém a profundidade correta e uniforme. A semeadura da soja deve ser feita em linhas e o espaçamento recomendado entre elas deve ser de 40 a 60cm. É importante destacar que o espaçamento mais utilizado corresponde entre 45 cm e 50 cm, entretanto, alguns estudos mostram que ainda podem haver outras variações em função do tipo de cultivar utilizado. Atenção! Na semeadura, uma população de soja acima ou abaixo do recomendado pode causar perdas, resultando em redução de produtividade. https://www.brasmaxgenetica.com.br/blog/sementes-de-alto-vigor/ É importante que a adubação da soja seja distribuída ao lado e abaixo da semente. Isso porque, se o adubo tiver contato direto com a cultivar, pode prejudicar a absorção da água, matando também a plântula em desenvolvimento. Jamais se esqueça de realizar o monitoramento de pragas e doenças no período da semeadura da soja e também em toda sua fase de desenvolvimento. O momento de ação para controle é muito importante e define sua eficiência. 3.4.5 Manejo do sombreamento O manejo do sombreamento, além da quantidade de luz disponibilizada para as plantas, também interfere na ventilação da lavoura, o que tem relação direta com o nível de infestação de fungos causadores de doenças. 3.5. Transplante O transplante em canteiros é realizado em linhas espaçadas aproximadamente 20 cm entre si, cabendo em geral 5 linhas por canteiro. A profundidade de plantio das mudas é de aproximadamente 5 cm e o espaço entre mudas varia de 5 a 10 cm. 3.5.1 Justificativa da técnica A hora certa de transplantar é quando as raízes estão circundando o fundo e bordas do recipiente/vaso. Evite adiar o transplante pois isso poderá causar um emaranhado de raízes, passível de prejudicar o crescimento da planta depois. 3.5.2 Detalhamento da técnica Para replantar apenas uma muda, retire o pedaço que deverá sem plantado em outro local. Isso precisa ser feito com muito cuidado, para não comprometer a planta por completo. Para garantir a drenagem, forre 1/3 do vaso ou a primeira camada do seu jardim com argila, cascalho ou britas. 3.6 Fertilização A prática da fertilização de plantas ou adubação consiste em repor os nutrientes retirados do solo pelas plantas. A água das chuvas e das regas carrega consigo parte dos minerais e nutrientes, num processo chamado de lixiviação do solo. O processo de fertilização deve ser de tal forma que, as mudas possam absorver o máximo de nutrientes (estando estes disponíveis) sem que haja excesso no substrato ou então perda por lixiviação. Tanto o excesso como a escassez causam complicações à sanidade das mudas. Visando isto, a fertilização deve ser feita em duas etapas: Fertilização de base: parte dos nutrientes é misturada diretamente no substrato, antes do enchimentodos recipientes. Aplicar 50% das doses de N e K, e 100% das doses de calcário, P e micronutrientes. Fertilização de cobertura: o restante dos nutrientes é aplicado, em várias doses, no decorrer do desenvolvimento das mudas. Aplicar em doses, parceladamente em cobertura, na forma de soluções ou suspensões aquosas. 3.6.1 Detalhamento Quando o antúrio florescer, ou estiver na fase de crescimento, fertilize a sua planta de 15 em 15 dias, com um adubo líquido indicado para plantas verdes, diluído nas doses indicadas na água da rega. 3.6.2 Fertilização de base Este tipo de fertilizante traz consigo alguns benefícios importantes para as atividades de fertilização, além da garantia de produção de madeira. Por se tratar de uma mistura granulada, não há o risco de ocorrência de segregação de nutrientes, desde que, no processo de fabricação, a mistura seja efetuada corretamente. 3.6.3 Fertilização de cobertura Adubação de cobertura é uma estratégia comum para manter o nível de nutrientes no solo durante o desenvolvimento da lavoura. Consiste na aplicação do adubo, principalmente N e, às vezes, K, depois do nascimento das plantas, ou com a cultura já implantada. A adubação em cobertura consiste na aplicação do adubo, principalmente N e, às vezes, K, depois do nascimento das plantas, ou com a cultura já implantada. 3.7 Cobertura das Mudas A cobertura usada sobre as sementes, tem por finalidade minimizar os fatores que prejudicam a germinação, ou seja, manter a umidade do substrato, evitar grandes variações da temperatura do solo e impedir que as sementes leves sejam jogadas fora dos recipientes pela ação do vento ou da água usada na irrigação. 3.7.1 Detalhamento A utilização de 20L m-2 de serragem como cobertura do solo constitui-se numa prática benéfica para o cultivo do antúrio, melhorando as características higrotérmicas do solo, estimulando o crescimento e o desenvolvimento das plantas e a produtividade em relação ao solo descoberto. 3.8 Seleção de Mudas Consiste em retirar as mudas mortas, assim como a primeira seleção, para melhoria da rustificação e corte das raízes aparentes (aquelas que saem pelo orifício inferior do tubete). Essa seleção é um preparatório para a expedição de mudas. 3.8.1 Idades de seleção As mudas são transplantadas quando apresentam o pseudocaule com diâmetro entre 4-8 mm ou 3-4 folhas. Nesta fase, as mudas estarão com idade entre 40 e 70 dias, dependendo da cultivar e da época do ano. 3.8.2 Padrões de qualidade Embora o Brasil não possua um padrão de qualidade legítimo para antúrios, alguns produtores utilizam-se do padrão holandês de qualidade para classificarem as suas flores. Os produtores holandeses, conforme VAN HERK et al. (1998), classificam as flores de antúrio em três categorias de qualidade: A1, A2 e B1. 3.9 Rustificação das Mudas As condições de luminosidade, umidade e irrigação das mudas no viveiro são muito diferentes daquelas encontradas no campo. Sendo assim, é necessário que as mudas passem por uma preparação para as condições adversas do local definitivo, esse processo se chama “Rustificação” ou “Aclimatação”. 3.9.1 Procedimentos/espécie A aclimatização, última etapa da micropropagação, consiste na adaptação da muda oriunda do ambiente in vitro às condições ex vitro de uma casa de vegetação ou telado (GIRARDI; PESCADOR, 2010). Considerada uma importante fase da micropropagação (ROZALI; RASHID, 2015; STEFANELLO et al., 2009; VILLA et al., 2007), é ainda uma etapa limitante na produção comercial (PELIZZA et al., 2011). A transferência de ambiente totalmente controlado, asséptico, rico em nutrientes e com elevada umidade, para um ambiente não controlado, séptico e com baixa umidade leva, em muitos casos, a altos índices de mortalidade (OLIVEIRA et al., 2010; ROCHA et al., 2008), baixa taxa de crescimento (ROCHA et al., 2009) e desuniformidade das mudas micropropagadas (LIMA-BRITO et al., 2016). Nesta etapa, o índice de mortalidade pode ter influência, ainda, da cultivar analisada. Morales et al. (2009), analisando o índice de mortalidade na aclimatização de três cultivares de antúrios (Tropical, Merengue e Sonata), verificaram haver diferenças estatísticas entre as cultivares, de forma que a ‘Tropical’ teve menor índice de mortalidade. Rocha (2007) relata que alguns cuidados são necessários durante o transplantio de mudas micropropagadas, sendo estes relacionados com as condições ambientais, manejo da irrigação, substrato, entre outros fatores. Com relação às condições ambientais, Cha-um, Ulziibat e Kirdmanee (2010) descrevem a umidade relativa como um importante fator nas melhorias das características bioquímicas, fisiológicas e morfológicas de mudas durante a aclimatização. Rocha (2007) cita que uma umidade relativa elevada no início da aclimatização favorece o crescimento e a fotossíntese em níveis suficientes para estimular o desenvolvimento de um sistema radicular mais funcional, para absorver água e nutrientes. Entretanto, uma umidade demasiadamente elevada pode favorecer o desenvolvimento de microrganismos patogênicos. Outro fator ambiental de suma importância para a aclimatização é a temperatura. Embora os antúrios, de uma forma geral, suportam uma ampla faixa de temperatura, a origem tropical destes lhes confere melhor adaptação a temperaturas mais amenas. Temperaturas muito baixas ou muito elevadas tendem a reduzir o desenvolvimento da cultura, ou mesmo causar danos a ela (FAVA; CAMILI, 2014). 3.10 Dados gerais do projeto Os dados gerais são as especificações do projeto feito para a construção do viveiro. 3.10.1 Número de mudas/ viveiro/ano/ O projeto apresenta uma proposta de instalação de um viveiro com capacidade aproximada de 30.000 mudas por ano e a espécie são os antúrios. 3.10.2 Dimensão dos canteiros Os canteiros devem ter em torno de 1,2 m de largura e no máximo 20 m de comprimento, os pequenos caminhos entre os canteiros devem guardar a largura de 0,6 m, para facilitar o manejo. 3.10.3 Número de mudas/ m2 O número de mudas plantadas nesses m2 será de 2500 por mês. 3.10.4 Número de mudas/canteiro O número de mudas plantadas no canteiro será de 1500 mudas por mês. 3.10.5 Número total de canteiros No nosso viveiro terá 3 canteiros. 3.10.6 Número de canteiros/ espécie. Nos canteiros terá apenas uma espécie que será o antúrio. 3.10.7 Número de sementeiras Iremos utilizar 5 sementeiras para o nosso viveiro. 3.10.8 Área utilizada pelos canteiros Os canteiros devem ter em torno de 1,2 m de largura e no máximo 20 m de comprimento. 3.10.9 Área total do viveiro A área destinada à estruturação do viveiro corresponde a 576 m². 4. ASPECTO FINANCEIROS 4.1 Custo do material de consumo / ano. Bandeja Unid. 600 12.000,00 Tubetes Cen 580.000 19.720,00 Peneira vibratória Unid. 1 600,00 Carro de mão Unid. 4 320,00 Betoneira Unid 1 780,00 Substrato m³ 26,91 3.459,6 Outros materiais Unid. 850,00 SubTotal 37.729,6 4.2 Custo do material permanente/ano Ripa plainada de 4m. . Unid 08 422,40 Frechal de 4m Dz 70 910,00 Areia . Unid 30 990,00 Seixo m3 06 480,00 Sombrite com 3m de largura, 50% lumin. m3 300 3.600,00 Prego 3x9 Kg 03 12,60 Prego 1 %" Kg 03 14,19 Prego 2 %" Kg 03 13,20 Outros materiais* 650,00 Sub Total 7.092,79 4.3 Custos com Mão-de-obra Funcionários 120h/dia 25,00 3.000,00 4.4 Resumo dos Custos/Ano Material de consumo 37.729,6 Material permanente 7.092,79 Mão de obra 3.000,00 Subtotal 47.822,39 4.5 Custo Unitário da produção de mudas Custo Unitário ( R$ ) = 47.822,39/ 77.227,61=1,614 R$ Preço de venda/muda: 50 R$ Lucro/muda: 30 R$ Receita anual: 125.000 Custo anual: 47.822,39 Lucro anual:29.405,22
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