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PIC - lodo Última revisão

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA TERRA E ENGENHARIA.
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
USO DO LODO DA ETA & ETE NA ENGENHARIA CIVIL
Felipe da Silva Costa
Diego Nascimento Souza Ferreira
Jackson Gregório Cunha
Volta Redonda/RJ
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA TERRA E ENGENHARIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
USO DO LODO DA ETA & ETE NA ENGENHARIA CIVIL
Projeto de pesquisa elaborado por Diego Nascimento Souza Ferreira, Felipe da Silva Costa e Jackson Gregório Cunha. Apresenta ao curso de Engenharia Civil, como parte dos requisitos necessários à avaliação do PIC, Sob a orientação da Professora Kátia Mara Purcina.
Volta redonda/RJ
2017
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO
As Estações de Tratamento de Água (ETA) e Esgoto (ETE) geram resíduos de suas operações de tratamento, este trabalho tem como intuito minimizar alguns impactos gerados por esses resíduos, trazendo então para o campo da engenharia o tratamento de um destes resíduos que é o lodo, pois com ele podemos tratar e adequar ao meio da construção e também ao meio ambiente, pois hoje este lodo gerado é descartado muitas vezes em rios e lagos mais próximos do local de onde são gerados, estes são chamados de corpos d’água, com isso provocam assoreamento destes locais, alteração da cor, da turbidez destes corpos, com isso dentro deste corpo de pesquisa que fizemos alguns tópicos para trazer para o campo da engenharia civil alguma maneira de adaptar este lodo, como estaremos apresentando três ideias para futuras pesquisas, neste momento iremos tratar de uma mais específica que se trata de adubação em solos, que no caso não são favoráveis a construção pois são chamados de “solos podres”, não ideal para algum tipo de construção mais sim daremos mais um olhar ecológico para este primeiro momento da pesquisa, futuramente falaremos deste lodo na parte cerâmica e por fim usados em concreto se de fato for adequado, iremos focar também em casos químicos como observar se existe metais pesados, se existem possibilidades de tratar este lodo, caso tenha, procurar possíveis tratamentos deste, faremos pesquisas para saber se reações no concreto serão eficazes ou não, pois este lodo não poderá prejudicar de modo algum ao cimento utilizado ou qualquer outro componente deste concreto, usaremos este lodo como aglomerante no processo de fabricação deste concreto, este momento iremos tratar mais do campo voltado para a engenharia civil.
2 - PROBLEMATIZAÇÃO 
Perante tanto lodo que é gerado pelas Estações de Tratamento sendo elas de Água ou Esgoto (ETA/ETE) e pela abrangente e ampla área da engenharia Civil, porque o estudo e a inclusão do lodo na engenharia Civil não esta sendo utilizado em grande escala?
3 - JUSTIFICATIVA
A pesquisa que será feita tem a importância em destacar o lodo das Estações de Tratamento, que tem várias utilizações na Engenharia Civil. O Lodo é um material que descartado incorretamente pode acarreta um desequilíbrio ecológico na região onde despejado e também necessita da disponibilização de uma grande área conhecido como Aterro Sanitário. Durante todo o projeto, estaremos fazendo o estudo deste lodo, Primeiro incluindo no solo como função de adubo. Posteriormente estaremos fazendo o estudo na inclusão do lodo na confecção de tijolo ecológico, e logo após faremos a tentativa de inclusão no concreto a fim de auxiliar em sua resistência. 
4 - OBJETIVOS GERAIS
Utilização do Lodo da (ETE e ETA) em algumas áreas da engenharia civil.
5 - OBJETIVOS ESPECIFICOS
 Estudo químico do lodo.
Análise do comportamento do lodo no solo.
Utilização do lodo como adubo.
Estudo sobre a introdução do lodo para tijolo ecológico.
Estudo sobre introdução do lodo para resistência do concreto. 
6 – USO DO LODO DA ETA & ETE NA ENGENHARIA CIVIL
Neste artigo estaremos mostrando as propriedades do lodo gerado pela estação de tratamento de água e esgoto, as etapas que a água e o esgoto passam para ser tratado, assim no final deste processo a formação da matéria prima utilizada na pesquisa, e na utilização do material para adubo e em outras áreas da Engenharia Civil. O Grupo formado por Diego Nascimento Souza Ferreira, Jackson Gregório Cunha e Felipe da silva Costa com a orientação da Professora Kátia Mara Purcina, estaremos fazendo uma pesquisa em campo, estaremos coletando amostras do lodo nas estações de tratamento a fim de fazermos testes e análises em base nas fundamentações teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.
Durante a pesquisa o grupo estará estudando o Lodo e suas propriedades, a primeira etapa será uma visita a estação de tratamento para estamos conhecendo do o processo da formação do lodo, após a visita estaremos fazendo a retirada do material da estação e armazenando a matéria prima num local adequando, assim que o material já estiver em mãos, estaremos efetuando o estudo no laboratório de química e biologia a fim de conhecer todos os materiais e composto do lodo coletado, após verificar que o material é livre de metais pesados, pois esse metais prejudicariam a função da pesquisa. O lodo já tido sido estudado estaremos fazendo a montagem de um aquário para podemos estar misturando o solo com o lodo assim estaremos fazendo novos testes para verificar se o solo após a colocação do lodo, verificando se o lodo obterá propriedades para o plantio, abaixo montamos um cronograma que mostrará melhor todo o desenvolvimento do projeto. Junto com o cronograma esta a lista de matérias com seus respequitivos valores que será utilizado durante a pesquisa de campo.
	Matérias
	Utilização
	Valor
	Lodo
	Matéria prima
	
	Aquário
	Utilizado para armazenar a mistura estudada
	
	Solo (não Fértil)
	Base para a mistura
	
	Argila
	Agregado para a mistura
	
	Luva Látex
	Para manuseio dos materiais
	
	Espátula
	Para manuseio dos materiais
	
	Semente
	Utilizar no solo Fértil
	
	Adubo
	Utilizado para teste
	
	Gasolina 
	Para o transporte dos materiais
	
Obs: Quantidade e valores serão estipulados durante o projeto.
O projeto inicial será para a aplicação no solo não fértil, a fim de melhorar esse solo para o plantio e utilizando o lodo como adubo. No fim desta etapa estaremos levando a pesquisa mais afundo para a Engenharia Civil. Assim podemos ter um maior aproveitamento da matéria prima, pois esse lodo é gerado em grande escala e sendo despejado de forma inadequada pode prejudicar o meio ambiente.
Agora estaremos explicando em tópicos sobre o que e o lodo, qual e a propriedade de um solo fértil e quais são os materiais químicos utilizados para fertilizar o solo, do qual não agrida a saúde dos alimentos, essas informações serão baseadas em artigos já existentes. No final da pesquisa o grupo estará incluindo informação e dados da qual foi gerada e coletada durante todo o projeto, assim podemos comprovar com fatos estudados e praticados pelo grupo.
	
6.2 – O que é o LODO?
Lodo é um termo vulgar para designar o sedimento próprio das terras inundadas, como o fundo dos mares, rios, lagos ou pântanos.
É uma mistura de substâncias que geralmente se caracteriza por apresentar minerais, coloides e partículas provenientes de matéria orgânica decomposta em suspensão no meio aquoso. Muitas vezes o lodo serve de suporte ao desenvolvimento de seres vivos, que se beneficiam da eventual existência de nutrientes no meio lodoso.
6.2.1 – Qual problema pode apresentar para uma cidade?
Há cidades sem infraestrutura e sem disponibilidade de serviços urbanos capazes de comportar a população. Com isso, os grandes centros urbanos concentram também os maiores problemas ambientais. A maioria das cidades brasileiras jogava seu esgoto diretamente nas coleções hídricas, cidade típica com esse comportamentoseria Paraty-RJ, outra cidade que aparenta um grande resultando em situações caóticas foi o rio Tietê em São Paulo. Para tentar reverter ou ao menos amenizar o problema, foram criadas políticas de incentivo ao saneamento básico e à instalação de Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) nas cidades, para que as águas residuárias sejam coletadas e tratadas devidamente antes da devolução aos mananciais. Recentemente, na conferência que ficou conhecida como Rio+10 em Joanesburgo, os países participantes estabeleceram metas a serem atingidas a respeito do aumento do tratamento de esgotos em prol da conservação do meio ambiente. Com a instalação das ETE, um novo problema ambiental é gerado: a disposição do lodo de esgoto, resíduo produzido durante o processo de tratamento das águas residuárias.
6.2.2 – Qual seu benefício?
O lodo de esgoto, cujo uso foi descoberto recentemente, pode ser utilizado na agricultura, trazendo diversos benefícios como o aumento da fertilidade e teor de matéria orgânica no solo, contribuindo para o aumento da produtividade. Além disso, esse material ainda contribui para o controle de uma séria praga presente em muitos tipos de solos, os nematoides.
 Os lodos de ETA têm sido dispostos em cursos de água sem nenhum tratamento. Todavia essa prática tem sido questionada pelos órgãos ambientais devido aos possíveis riscos à saúde pública e à vida aquática. Estima-se que a produção de lodos de ETA nos municípios operados pela Sabesp, no Estado de São Paulo seja de aproximadamente 90 toneladas por dia, em base seca.
Observou-se uma grande variabilidade nos quantitativos de lodos gerados ao longo do período de um ano em cada Estação de Tratamento. Normalmente, ocorreu uma maior produção de lodo no período chuvoso, que vai de novembro a março, época em que há piora na qualidade geral das águas dos mananciais, representada pelos parâmetros cor aparente e turbidez, necessitando, consequentemente, da aplicação de maiores quantidades de produtos químicos para o tratamento, notadamente de coagulantes.
Os usos benéficos mais utilizados ou de maior potencial de utilização para o Estado de São Paulo são: fabricação de cimento, disposição no solo, cultivo de grama comercial, fabricação de tijolos, solo comercial, compostagem e plantações de cítricos. O lodo também poderá ser utilizado para a melhoria da sedimentabilidade em águas de baixa turbidez, recuperação de coagulantes e controle de H2S. Além das utilizações benéficas citadas, muitas vantagens têm sido observadas, quando os lodos de Estações de Tratamento são lançados em redes coletoras de esgotos ou diretamente nas estações de tratamento de esgotos.
A busca de soluções economicamente viáveis e ambientalmente vantajosas para o tratamento e disposição final de lodos de ETAs continua sendo um desafio em vários países, principalmente no Brasil, onde o assunto é mais recente. A caracterização adequada do lodo é o passo inicial para poder avançar nesse sentido. As legislações ambientais específicas devem ser analisadas para cada tipo de disposição final desejada.
Também é imprescindível que seja realizada uma pesquisa de mercado, identificando potenciais clientes, aceitação do produto por fabricantes e pelo consumidor final, além da viabilidade da comercialização do produto. Dentre as várias soluções de disposição final para o Estado de São Paulo destacam- se: a fabricação de tijolos, o aterro e a descarga em redes coletoras de esgoto.
Observa-se que não pode ser identificada uma solução única para o tratamento e disposição final dos lodos de suas Estações de Tratamento, devendo cada uma das opções ser ponderada para cada Estação individualmente, em função de seus aspectos técnicos, econômicos, ambientais, sociais e políticos.
Devido ao crescimento urbano acelerado, a produção de lodo gerado nas Estações de Tratamento também aumenta, principalmente no Estado de São Paulo, onde se encontra a maior parte da população urbana do país. Embora esse resíduo represente em média 1% a 2% do volume total do esgoto tratado, seu gerenciamento é bastante complexo e demanda custos elevados.
O processamento e a disposição final do lodo podem representar até 60% do custo operacional de uma ETE. Geralmente para destinação final do lodo são utilizados os aterros sanitários, no entanto, alguns estudos vislumbram sua aplicação como insumo agrícola, fertilizante ou mesmo na construção civil.
6.2.3 – Qual é a importância para o meio ambiente?
A necessidade de preservação ambiental ao se destinar corretamente os resíduos sólidos resultantes do tratamento de esgoto, surge o desafio de encontrar formas economicamente viáveis e ecologicamente seguras para reutilizar o lodo, reintegrando um produto de descarte ao ciclo produtivo.
Das possibilidades estudadas de destinação final desse material verificou-se que apenas a utilização de aterro sanitário exclusivo para recepção dos lodos e a utilização agrícola se apresentavam como alternativa capazes de absorver as quantidades de lodos gerados nas Estações de Tratamento.
A aplicação dos lodos na agricultura é a forma que pode ser considerada como a mais adequada em termos técnicos, econômicos e ambientais, desde que convenientemente aplicada, e a operação de secagem térmica proporciona ao material as características necessárias para essa conveniência em termos de segurança e praticidade.
A tecnologia de secagem térmica adotada pressupôs a produção de biosólidos secos e granulados, com teores de sólidos superiores a 90%, assegurando-se a eliminação de organismos patogênicos de modo a possibilitar sua classificação como biosólido classe A.
Os metais pesados presentes nos lodos constituem seu principal aspecto poluidor, uma vez que não são removidos pelos tratamentos biológicos, contudo, seu controle pode ser feito mediante a adoção de uma política voltada para o gerenciamento das descargas industriais assegurando-se assim seu enquadramento dentro dos limites seguros para aplicação na agricultura.
Nem todo o lodo produzido poderá ser aplicado na agricultura, aqueles originados na ETE localizadas em áreas de maior concentração industrial, e portanto com concentrações de metais pesados acima dos limites serão destinados a aterro sanitário exclusivo.
Os custos envolvidos revelaram-se variáveis em função da intensidade do aproveitamento dos biossólidos para uso agrícola, quanto maior seu aproveitamento, menor o custo médio marginal da disposição dos lodos.
6.3 – Propriedades de um Solo Fértil 
A matéria orgânica do solo representa um acúmulo de resíduos de plantas e animais parcialmente decaídos e parcialmente ressintetizados. Esse material está em um estado ativo de decadência por micro-organismos do solo. Consequentemente, ele é transitório e deve ser renovado constantemente por resíduos adicionais de plantas.
O conteúdo da matéria orgânica de um solo é somente de 3 a 5 por cento por peso na maioria das terras vegetais. Entretanto, ele pode realmente ser inferior a 0,5 por cento em muitos solos arenosos. A matéria orgânica serve como uma "granuladora" das partículas minerais, sendo amplamente responsável pela condição solta e quebradiça dos solos produtivos. Além disso, a matéria orgânica é uma fonte principal de dois elementos minerais importantes, fósforo e enxofre e é essencialmente a fonte única do nitrogênio inerente no solo.
Por meio deste efeito na condição física dos solos, a matéria orgânica também tende a aumentar as quantidades de água que um solo pode suportar e a proporção desta água que está disponível para crescimento de plantas. A capacidade da matéria orgânica decomposta (húmus) de reter água e íons de nutrientes excede amplamente a da argila, seu equivalente inorgânico. Portanto, pequenas quantidades de húmus podem aumentar muito a capacidade do solo de promover a produção de plantas.
Húmus e argila — o assentamento da atividade do solo
Grande parte da natureza dinâmica dos solos é atribuída às partes dos componentes mais finos, húmus e argila. Ambos esses componentes do soloexistem no estado coloidal. As partículas individuais de cada um são caracterizadas pelo tamanho extremamente pequeno, área de superfície grande por unidade de peso e a presença de cargas de superfície às quais íons e água são atraídos. A argila e húmus atuam como centros de atividade ao redor dos quais as reações químicas e as trocas de nutrientes ocorrem. Ao atrair íons para suas superfícies, eles protegem temporariamente vários nutrientes essenciais de lixiviação e depois os liberam lentamente para uso das plantas. Devido a suas cargas de superfície, eles também são considerados " pontes de contato" entre partículas maiores, desse modo auxiliando a manter estrutura granular estável que resulta em um solo que é facilmente cultivado e tem boa movimentação de ar e água.
Em uma base ponderada, os coloides de húmus têm maiores capacidades de nutrientes e retenção de água. A argila está geralmente presente em quantidades maiores, entretanto. Por esse motivo, a contribuição total da argila para as propriedades químicas e físicas do solo vão geralmente igual ou exceder a do húmus. Os melhores solos agrícolas contêm um bom equilíbrio de húmus e argila.
Húmus
Húmus é uma substância altamente complexa que assume uma função importante na retenção de umidade e nutrientes no solo e estimula a formação da boa estrutura do solo. Ele tem cor preta ou marrom escura e consistência esponjosa ou gelatinosa. Frequentemente, o húmus é considerado a força vital do solo porque eleva a fertilidade do solo. Os organismos do solo se alimentam e reproduzem com o húmus. Como o húmus é um coloide, ele aumenta a capacidade de troca de cátion do solo.
Argila
Devido à sua função crítica na disponibilidade de nutrientes no solo, é importante conhecer algumas das características básicas da argila. Os minerais de argila são compostos de camadas, ou folhas, de sílica e alumina — dois dos elementos mais importantes da crosta terrestre. As bordas dessas folhas expõem cargas negativas que atraem nutrientes carregados.
A compreensão da compensação mineral da argila do solo para qualquer campo específico oferece informações importantes para ajudar a determinar as práticas de gestão de nutrientes mais adequadas para aquele campo. O tipo de minerais de argila, juntamente com a textura, estrutura e matéria orgânica, ajudam a guiar as decisões de nutrientes.
Há predominantemente dois tipos gerais de argilas, montemorilonite e caulinite. Elas são encontradas nas regiões temperadas, que incluem a maioria dos solos agrícolas mais importantes do mundo e praticamente todos os solos agrícolas nos Estados Unidos. Outros tipos de argilas, como ilita, estão presentes em quantidades menores.
7 – Produtos químicos utilizado na fertilização do Solo 
Os fertilizantes são compostos químicos utilizados na agricultura para aumentar a quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente, conseguir um ganho de produtividade. Atualmente, são muito utilizados, ainda que paguemos um alto preço por isso.
Entre os problemas estão: a degradação da qualidade do solo, a poluição das fontes de água e da atmosfera e aumento da resistência de pragas. Tipos de fertilizantes Existem dois grandes grupos de fertilizantes: os inorgânicos e os orgânicos; ambos podem ser naturais ou sintéticos.
Os inorgânicos mais comuns levam nitrogênio, fosfatos, potássio, magnésio ou enxofre e a maior vantagem desse tipo de fertilizante está no fato de conter grandes concentrações de nutrientes que podem ser absorvidos quase que instantaneamente pelas plantas.
Em relatório apresentado durante a Rio+20, o IBGE descreve o crescimento do uso de fertilizantes no Brasil. Entre os anos de 1992 e 2012, o consumo mais que dobrou, pulando de 70 quilos por hectare para 150 quilos por hectare vinte anos depois. Segundo a Petrobras, 70% dos fertilizantes nitrogenados são importados de países como a Rússia e os EUA. Da produção nacional, a empresa é responsável por 60%.
Já os fertilizantes orgânicos são feitos a partir de produtos naturais, como húmus, farinha de osso, torta de mamona, algas e esterco.
Estudos mostram que o uso desse tipo de fertilizante aumenta a biodiversidade do solo, com o surgimento de microrganismos e fungos que contribuem para o crescimento das plantas. Aliado a isso, no longo prazo, há um aumento da produtividade do solo. A fabricação dos fertilizantes nitrogenados Os fertilizantes nitrogenados estão entre os mais utilizados e são os que causam maior impacto ambiental. De acordo com a Associação Internacional de Fertilizantes (IFA), a produção desses compostos é responsável por 94% do consumo de energia de toda produção de fertilizantes. Os principais combustíveis utilizados são o gás natural (73%) e o carvão mineral (27%), ambos fósseis, cujas emissões de dióxido de carbono (CO2) contribuem com o processo de desequilíbrio do efeito estufa, logo, favorecem o processo de aquecimento global. A fabricação consome aproximadamente 5% da produção anual de gás natural.
O nitrogênio é extremamente importante para o crescimento e desenvolvimento das plantas, causando a atrofia quando ausente. Na atmosfera, é encontrado na forma de N² (não metabolizável por plantas ou animais), e de outras moléculas, como o NO - não metabolizável por plantas ou animais. Os principais fertilizantes de nitrogênio são a amônia e seus derivados, como a ureia e o ácido nítrico, que proporcionam um nitrogênio de forma assimilável.
A produção de fertilizantes nitrogenados se dá através do processo de Haber-Bosch. Nele, o nitrogênio (N2) presente na atmosfera é captado e misturado com o metano (CH4) do gás natural e com algum composto de ferro, como o óxido de ferro, que serve como catalisador da reação. Com o calor da queima do gás natural e com mudanças de pressão, a amônia é formada. Ainda de acordo com a IFA, apenas 20% da amônia produzida não é utilizada na agricultura.
Ao fertilizante entrar em contato com o solo, e aqui reside o grande problema, ocorre reação química em que bactérias, principalmente as do gênero Pseudomonas liberam óxido nitroso (N2O), um poderoso gás de efeito estufa com potencial 300 vezes superior ao do dióxido de carbono (CO2). O processo de Haber-Bosch se assemelha ao ciclo do nitrogênio realizado pelas bactérias na natureza. A diferença é que ao invés de devolver N2 à atmosfera, ele devolve um gás que contribui para as mudanças climáticas no planeta.
O processo de extração do N2 da atmosfera é uma das mais preocupantes atividades realizadas pelo homem. Em 2009, um grupo de 29 cientistas publicou um estudo sobre as ações humanas e seus limites para a manutenção da vida no planeta. Os pesquisadores sugerem um limite anual de 35 milhões de toneladas de N2 extraídas do ar. Enquanto isso, atualmente, 121 toneladas do gás são removidos da atmosfera todo ano. Outros problemas associados aos fertilizantes inorgânicos De maneira geral, o uso de fertilizantes inorgânicos acarreta problemas para o meio ambiente, dentre eles a contaminação de lençóis freáticos, rios e lagos. Muitos dos fertilizantes levam poluentes orgânicos persistentes (POPs), como dioxinas e metais pesados em sua composição, que contaminam os animais e plantas que vivem na água. Outros animais ou o próprio ser humano podem se contaminar ao beber a água ou comer animais intoxicados. Estudos já demonstram a acumulação de cádmio presente em fertilizantes no solo da Nova Zelândia (saiba mais sobre os POPs em nossa matéria especial).
A contaminação da água também pode levar à sua eutrofização. Esse é um processo em que, segundo estudos, os compostos nitrogenados ou fosfatados, ao chegarem à rios, lagos e zonas costeiras favorecem o crescimento e o aumento de número de algas, que por sua vez levam à diminuição do oxigênio e à morte diversos organismos. Alguns ambientalistas afirmam que esse processo gera "zonas mortas" nos ambientes aquáticos, sem qualquer tipo de vida além das algas.
Processo similar ocorre com o uso intensivo de sabão que contém fosfato em sua composição e acaba por ser destinado nos riose mares (clique aqui para saber mais sobre os problemas dos sabões).
Estudos mostram também que fertilizantes fosfatados e nitrogenados também podem causar dependência do solo, por matar organismos da sua microflora como o fungo mycorrhiza e diversas bactérias que contribuem para a riqueza do solo e para o desenvolvimento das plantas. A acidificação também é um dos problemas e causaria a perda de nutrientes do solo. Problemas associados aos fertilizantes orgânicos Outras pesquisas afirmam que um dos perigos dos fertilizantes orgânicos está na sua própria composição. Se não fabricado de maneira correta, pode conter agentes patogênicos.
A quantidade de nutrientes presentes nos fertilizantes orgânicos não é exata e, diferentemente do que ocorre com os fertilizantes inorgânicos, podem não estar à disposição no momento correto do crescimento da planta. Isso faz com que não haja utilização desse tipo de fertilizante na produção agrícola intensiva moderna.
Ainda que em escala muito menor, esse tipo de fertilizante, assim como os inorgânicos, causam acidificação do solo e pode liberar óxido nitroso na atmosfera. Panorama futuro e sugestões as perspectivas não são animadoras. Com o crescimento populacional a necessidade constante de aumento da produção, a tendência é que o uso de fertilizantes inorgânicos aumente.
Com o passar do tempo, os fertilizantes orgânicos se tornaram extremamente ineficientes e não há pesquisas contundentes sobre a substituição dos fertilizantes inorgânicos por compostos químicos menos abrasivos ao meio ambiente. Esse problema se torna especialmente perigoso para o Brasil. O país é uma das principais fronteiras agrícolas do mundo e será um dos principais responsáveis pela produção que alimentará a população que, de acordo com a ONU, deve chegar a 9 bilhões de pessoas até 2050. Isso mostra o potencial aumento de gases do efeito estufa emitidos no país em um período de tempo relativamente curto.
Atualmente, o governo federal tem incentivado a diminuição das emissões dos gases do efeito estufa através do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC). Entre as metas estão a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagem degradada, o plantio de florestas e o incremento do uso de técnicas de fixação do nitrogênio.
Para não se expor a todos esses problemas, ou até mesmo diminuir o impacto ambiental das suas compras, quando possível opte por alimentos orgânicos de pequenos produtores locais. Você pode até mesmo cultivar seus próprios legumes frutas e verduras utilizando fertilizantes orgânicos.
8 - METODOLOGIA
9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
10 - REFERÊNCIA
http://www.nutricaodesafras.com.br/definicao-de-solo#components
http://www.recantodasletras.com.br/tutoriais/2627177
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1329-como-o-que-uso-fertilizantes-agricultura-emissoes-desequilibrio-efeito-estufa-problema-aquecimento-global-contaminacao-meio-ambiente.html
http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/os-desafios-do-tratamento-do-lodo-industrial-e-sanitario
http://www.cnpma.embrapa.br/download/LivroLodoEsgoto.pdf
http://revistas.unisinos.br/index.php/estudos_tecnologicos/article/view/4515
http://www.superbac.com.br/quais-os-principais-tipos-de-lodo-e-suas-classificacoes/
http://www.rj.gov.br/web/seobras/exibeconteudo?article-id=200367
http://infraroi.com.br/ete-em-ribeirao-preto-inova-ao-armazenar-lodo-em-silos-verticais/

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