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UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * IPLEE Prática 3 – Circuitos Resistivos Série, Paralelo e Mistos Prof. Cesar / Bertoldo / Valmir : material do prof. Raul Friedmann Página 1 EXPERIÊNCIA 03 – CIRCUITOS RESISTIVOS SÉRIE, PARALELO E MISTO Antes de apresentar o resumo do resumo da teoria, é importante observar que, nesta experiência, vamos comprovar experimentalmente parte do conteúdo de Eletricidade que faz parte da Física do Ensino Médio: a Lei de Ohm (relação entre tensão, corrente e resistência elétrica) e os princípios de Kirchhoff (relação entre as tensões e correntes em circuitos elétricos). Os circuitos propostos são essencialmente do mesmo grau de dificuldade de exercícios comumente encontrados nos respectivos livros (com a diferença que usaremos valores comerciais de resistores da série E24 em vez de “valores redondos” relativamente comuns em exercícios do Ensino Médio). Então, a princípio, o aluno deve ser capaz de calcular todas as tensões, correntes e potências indicadas nos procedimentos. Caso não tenha visto este conteúdo, não tem problema. Para ser mais exato, tem problema sim, mas tem solução: “O Mundo gira e aluno se vira!” – ele já está num curso de Engenharia com grande peneira de entrada e, com certeza, não é nada que um ou dois dias de estudo assertivo, ajuda de um colega ou consulta ao Google não resolvam. Isto posto, como diria o Arnaldo, “segue o jogo”. RESUMO DO RESUMO DA TEORIA (Ver folha com os desenhos dos procedimentos 1 a 5) Segundo a Wikipedia em português, “Um circuito elétrico é a ligação de elementos elétricos, tais como resistores, indutores, capacitores, diodos, linhas de transmissão, fontes de tensão, fontes de corrente e interruptores, de modo que formem pelo menos um caminho fechado para a corrente elétrica.” Doravante, nesta experiência, trataremos apenas de circuitos contendo resistores e uma única fonte de tensão contínua, Num circuito resistivo série a corrente é igual em todos os elementos e a soma das tensões em cada resistor é igual à tensão da fonte. Num circuito resistivo paralelo a tensão é igual em todos os elementos e a soma das correntes em cada resistor é igual à corrente da fonte. Um voltímetro é ligado em paralelo ao elemento de circuito onde se mede a tensão. Isto porque “em paralelo a tensão é a mesma”. Um amperímetro é ligado em série com o elemento de circuito onde se mede a corrente1. Isto porque “em série a corrente é a mesma”. A resistência elétrica de um voltímetro ideal é infinita – o que equivale a dizer que ele se comportaria como um circuito aberto e que, portanto, não alteraria o comportamento do circuito onde se mede a tensão. A resistência elétrica de um amperímetro ideal é zero – o que equivale a dizer que ele se comportaria como um curto-circuito e que, portanto, não alteraria o comportamento do circuito onde se mede a corrente. 1Na verdade, nem sempre. Existem os chamados amperímetros alicates, que permitem medir a corrente elétrica sem interromper o circuito, desde que seja possível envolver o condutor com uma garra que se abre e “enlaça” o mesmo. Isto é uma grande facilidade em instalações elétricas prediais e industriais, onde, tipicamente, é comum a medição de correntes elevadas (dezenas ou centenas de amperes) em circuitos alimentados que, simplesmente, não podem e nem devem ser interrompidos. Os amperímetros-alicate para corrente alternada são baseados em indução magnética e os amperímetros-alicate para corrente contínua são baseados no efeito Hall. UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * IPLEE Prática 3 – Circuitos Resistivos Série, Paralelo e Mistos Prof. Cesar / Bertoldo / Valmir : material do prof. Raul Friedmann Página 2 Num MULTÍMETRO DIGITAL, nas funções VDC ou ADC precisamos nos preocupar apenas com a “ORDEM DE GRANDEZA” da tensão ou corrente envolvida. Um sinal de – à frente indicação numérica indica que, na verdade, a polaridade da tensão ou o sentido da corrente são o contrário ao indicado pelas pontas de prova. Num MULTÍMETRO ANALÓGICO, nas funções VDC ou ADC precisamos nos preocupar com a POLARIDADE E com a “ORDEM DE GRANDEZA” da tensão ou corrente envolvida. Por segurança, convém começar com escalas de alcance elevado e, se o ponteiro tende a se mover para a esquerda, temos de “inverter as pontas de prova no circuito” e “inserir mentalmente o sinal de – na indicação do ponteiro”. Analisar um circuito resistivo significa determinar a tensão e a corrente em cada um dos seus elementos. A análise de circuitos elétricos é baseada na (1) Lei de Kirchhoff das Tensões e na (2) Lei de Kirchoff das Correntes. Em inglês, KVL é a sigla de Kirchhoff Voltage Law e, de modo semelhante, KCL é a sigla de Kirchhoff Current Law. KFC é a sigla de Kentucky Fried Chicken, que não tem nada a ver com KVL e KCL. A maioria dos circuitos resistivos pode ser analisada substituindo-se (a) resistores em paralelo por um resistor equivalente e (b) resistores em série por outro resistor equivalente. Isto é feito recursivamente até a (c) determinação da resistência total equivalente (do ponto de vista da fonte de alimentação, o que permite calcular (d) calcular a corrente total fornecida pelo fonte. Maioria dos circuitos não significa todos. Mas os 5 circuitos desta experiência podem ser analisados desta forma, (Se você não sabe fazer isto ainda, releia os dois primeiros parágrafos da página anterior…) Existem arranjos de resistores que não são nem ligação em série e nem ligação em paralelo – por exemplo, 3 resistores ligados em estrela2 ou em triângulo3. Porém a análise deste tipo de arranjo foge ao escopo desta experiência. 2Também chamada de ligação Y. 3Também chamada de de ligação em delta (do grego, D). UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * IPLEE Prática 3 – Circuitos Resistivos Série, Paralelo e Mistos Prof. Cesar / Bertoldo / Valmir : material do prof. Raul Friedmann Página 3 PROCEDIMENTO 1 – CIRCUITO RESISTIVO SÉRIE 1.1 Com base nos valores nominais da tensão da fonte de alimentação e dos resistores, calcular a tensão, corrente e a potência dissipada em cada resistor do circuito proposto e comparar com os respectivos valores medidos. Idem para a tensão, corrente e potência fornecidas pela fonte. No uso do multímetro, em cada função, se possível, usar sempre a mesma escala (por exemplo função VDC, escala 20V) e registrá-la no item 1.3. VALORES NOMINAIS E VALORES CALCULADOS DE TENSÃO, CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) 12,00 VALORES MEDIDOS DE TENSÃO CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * * Potência medida indiretamente (produto da respectiva tensão pela respectiva corrente). 1.2 Com a FONTE DE ALIMENTAÇÃO DESCONECTADA, medir a resistência total equiva- lente do circuito e comparar com o respectivo valor teórico calculado. RT equivalente Calculada (Ω) Medida (Ω) Diferença (Ω) Diferença (%) 1.3 Instrumento utilizado nas medições de tensão, corrente e resistência. Instrumento Marca Modelo Função Escala utilizada VDC ADC Ω UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * IPLEE Prática 3 – Circuitos Resistivos Série, Paralelo e Mistos Prof. Cesar / Bertoldo / Valmir : material do prof. Raul FriedmannPágina 4 PROCEDIMENTO 2 – CIRCUITO RESISTIVO PARALELO 2.1 Com base nos valores nominais da tensão da fonte de alimentação e dos resistores, calcular a tensão, corrente e a potência dissipada em cada resistor do circuito proposto e comparar com os respectivos valores medidos. Idem para a tensão, corrente e potência fornecidas pela fonte. No uso do multímetro, em cada função, se possível, usar sempre a mesma escala (por exemplo função VDC, escala 20V) e registrá-la no item 2.3. VALORES NOMINAIS E VALORES CALCULADOS DE TENSÃO, CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) 12,00 VALORES MEDIDOS DE TENSÃO CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * * Potência medida indiretamente (produto da respectiva tensão pela respectiva corrente). 2.2 Com a FONTE DE ALIMENTAÇÃO DESCONECTADA, medir a resistência total equiva- lente do circuito e comparar com o respectivo valor teórico calculado. RT equivalente Calculada (Ω) Medida (Ω) Diferença (Ω) Diferença (%) 2.3 Instrumento utilizado nas medições de tensão, corrente e resistência. Instrumento Marca Modelo Função Escala utilizada VDC ADC Ω UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * IPLEE Prática 3 – Circuitos Resistivos Série, Paralelo e Mistos Prof. Cesar / Bertoldo / Valmir : material do prof. Raul Friedmann Página 5 PROCEDIMENTO 3 – CIRCUITO RESISTIVO MISTO (série + paralelo) 3.1 Com base nos valores nominais da tensão da fonte de alimentação e dos resistores, calcular a tensão, corrente e a potência dissipada em cada resistor do circuito proposto e comparar com os respectivos valores medidos. Idem para a tensão, corrente e potência fornecidas pela fonte. No uso do multímetro, em cada função, se possível, usar sempre a mesma escala (por exemplo função VDC, escala 20V) e registrá-la no item 3.3. VALORES NOMINAIS E VALORES CALCULADOS DE TENSÃO, CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) 12,00 VALORES MEDIDOS DE TENSÃO CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * * Potência medida indiretamente (produto da respectiva tensão pela respectiva corrente). 3.2 Com a FONTE DE ALIMENTAÇÃO DESCONECTADA, medir a resistência total equiva- lente do circuito e comparar com o respectivo valor teórico calculado. RT equivalente Calculada (Ω) Medida (Ω) Diferença (Ω) Diferença (%) 3.3 Instrumento utilizado nas medições de tensão, corrente e resistência. Instrumento Marca Modelo Função Escala utilizada VDC ADC Ω UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * IPLEE Prática 3 – Circuitos Resistivos Série, Paralelo e Mistos Prof. Cesar / Bertoldo / Valmir : material do prof. Raul Friedmann Página 6 PROCEDIMENTO 4 – CIRCUITO RESISTIVO MISTO (paralelo + série) 4.1 Com base nos valores nominais da tensão da fonte de alimentação e dos resistores, calcular a tensão, corrente e a potência dissipada em cada resistor do circuito proposto e comparar com os respectivos valores medidos. Idem para a tensão, corrente e potência fornecidas pela fonte. No uso do multímetro, em cada função, se possível, usar sempre a mesma escala (por exemplo função VDC, escala 20V) e registrá-la no item 4.3. VALORES NOMINAIS E VALORES CALCULADOS DE TENSÃO, CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) 12,00 VALORES MEDIDOS DE TENSÃO CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * * Potência medida indiretamente (produto da respectiva tensão pela respectiva corrente). 4.2 Com a FONTE DE ALIMENTAÇÃO DESCONECTADA, medir a resistência total equiva- lente do circuito e comparar com o respectivo valor teórico calculado. RT equivalente Calculada (Ω) Medida (Ω) Diferença (Ω) Diferença (%) 4.3 Instrumento utilizado nas medições de tensão, corrente e resistência. Instrumento Marca Modelo Função Escala utilizada VDC ADC Ω UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * IPLEE Prática 3 – Circuitos Resistivos Série, Paralelo e Mistos Prof. Cesar / Bertoldo / Valmir : material do prof. Raul Friedmann Página 7 PROCEDIMENTO 5 – CIRCUITO RESISTIVO MISTO (tipo ponte) 5.1 Com base nos valores nominais da tensão da fonte de alimentação e dos resistores, calcular a tensão, corrente e a potência dissipada em cada resistor do circuito proposto e comparar com os respectivos valores medidos. Idem para a tensão, corrente e potência fornecidas pela fonte. No uso do multímetro, em cada função, se possível, usar sempre a mesma escala (por exemplo função VDC, escala 20V) e registrá-la no item 5.3. VALORES NOMINAIS E VALORES CALCULADOS DE TENSÃO, CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) 12,00 VALORES MEDIDOS DE TENSÃO CORRENTE E POTÊNCIA Resistor Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * R1 – 1kΩ R2 – 2,2kΩ R3 – 3,3kΩ R4 – 4,7kΩ Fonte de alimentação Tensão (V) Corrente (mA) Potência (mW) * * Potência medida indiretamente (produto da respectiva tensão pela respectiva corrente). 5.2 Com a FONTE DE ALIMENTAÇÃO DESCONECTADA, medir a resistência total equiva- lente do circuito e comparar com o respectivo valor teórico calculado. RT equivalente Calculada (Ω) Medida (Ω) Diferença (Ω) Diferença (%) 5.3 Instrumento utilizado nas medições de tensão, corrente e resistência. Instrumento Marca Modelo Função Escala utilizada VDC ADC Ω QUESTIONÁRIO 1. O que significa a expressão “série E24” mencionada no primeiro parágrafo do roteiro desta experiência? Existem séries similares? Quem define estas séries? Por que? O E24 tem algo a ver com jogo do bicho? O que isto significa, segundo o Tadeu Schmidt? UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * IPLEE Prática 3 – Circuitos Resistivos Série, Paralelo e Mistos Prof. Cesar / Bertoldo / Valmir : material do prof. Raul Friedmann Página 8 2. Qual a finalidade principal do procedimento 1? 3. Qual a finalidade principal do procedimento 2? 4. No procedimento 2 qual a relação mais objetiva da corrente IC com a(s) corrente(s) IS, IR1, IR2, IR3, IR4? Por que? Idem para as correntes IB e IA. 5. Por que nos procedimentos 3, 4 e 5 não se observa a relação VS = VR1 + VR2 + VR3 + VR4 e nem a relação IS = IR1 + IR2 + IR3 + IR4? 6. Em todos os 5 procedimentos desta experiência, sem exceção, a soma das potências nos quatro resistores (a menos de erros de arredondamento) deve ser exatamente igual à potência associada à fonte. Por que? O que significa isto em termos físicos? 7. Em todos os 5 procedimentos, a potência foi medida indiretamente. Explique como eo porquê. 8. Seria possível, em cada procedimento, medir indiretamente o valor das resistências R1, R2, R3, R4? Justifique sua resposta. 9. Idem para a resistência total equivalente do circuito (RT). 10. Qual dos 5 circuitos propostos teria seu comportamento alterado se todos os resistores forem montados invertidos? 11. O que aconteceria com as tensões, correntes e potências em cada circuito se a fonte de alimentação fosse ligada ao circuito com os seus terminais – e + invertidos? Por que? 12. Suponha que, genericamente falando, a diferença entre as tensões e correntes medidas em cada resistor (em relação aos valores calculados) fosse em torno de 3%. A princípio, quem seria “o principal suspeito”? A fonte, os resistores ou o multímetro? Por que? 13. Teria muito sentido “abrir uma investigação” se as diferenças forem em torno de 1%? Por que? 14. O que significar a expressão resistor 2k2 5% ¼ W? 15. Demonstre que num resistor a potência também pode ser calculada pela fórmula P = V2/R ou por P = R.I2. 16. Um resistor de 68k ¼W pode ser ligado diretamente à rede de 127VAC por tempo indeterminado? Por que? E um resistor de 100k ¼W?
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