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Resenha crítica - Psicopedagogia em contextos hospitalares e da saúde

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Resenha crítica do artigo: Psicopedagogia em contextos hospitalares e da saúde
	A Psicopedagogia atualmente atua no segmento clínico e institucional, uma vez que a necessidade pela busca de processos eficazes, os quais minimizem as dificuldades de aprendizagem cresceram substancialmente após a adoção de práticas pedagógicas que permitem identificar os défices envolvendo o contexto global da aprendizagem, no qual o instruendo é conceituado como elo fundamental na absorção plena do saber. Nesse sentido, é possível verificar que no Brasil, na área hospitalar os estudos ainda se mostram bastante incipientes, visto que alguns países têm consolidadas frentes nas quais os psicopedagogo atua no contexto hospitalar, como por exemplo: ambulatórios psiquiátricos, psicológicos e neurológicos, atendendo sobretudo, àquelas que apresentam dificuldades no aprendizado, bem como em pacientes crianças e jovens, que estejam em tratamento por longos períodos e que acabam sendo afastados do contexto escolar.
	Desse modo, convém ressaltar que os atendimentos ambulatoriais ligados à Neurologia e à Psiquiatria surgiu na Argentina nos anos de 1960, ademais a Psicopedagogia na sua essência na França, nasceu inserida no contexto da saúde.
	Já no Brasil, desde a década de 1970, a Psicopedagogia, ainda que com reduzidas pesquisas e teses bibliografadas, teve como principal característica o olhar clínico e médico com o intuito de tratar disfunções na aprendizagem, sendo os principais referenciais: o Centro de Referência da Infância e Adolescência (CRIA) do Departamento de Psiquiatria da Unifesp, criado em 1976; o Ambulatório de Neuro Dificuldades de Aprendizagem, do Hospital de Clínicas da Unicamp, implantado no ano de 1985; e do Serviço de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, criado em 1995.
	Fazendo um breve paralelo, é conveniente ressaltar que a escolha da Revista Pedagogia para publicação do presente artigo, deveu-se basicamente, em decorrência do vulto que a mesma tem no contexto psicopedagógico nacional, como ferramenta cuja principal finalidade é propagar as evoluções e conhecimentos registrados neste campo, ao longo de mais de três décadas, com 90 edições e 697 artigos publicados, até 2012.
	Frente a inserção supracitada, verificou-se que o artigo, trouxe por meio de tabelas e gráficos uma infinidade de dados relevantes, no que se refere à psicopedagogia aplicada à saúde, em que foi realizado um extenso levantamento, tendo como referência todas as 90 edições da Revista Psicopedagogia, desde sua primeira publicação no ano de 1982 até 2012, relatando inúmeros dados e instituições que colaboraram com pesquisas no campo clínico da Psicopedagogia, correlacionando as áreas de formação dos autores dos artigos e suas respectivas contribuições por meio de seus estudos. Assim sendo, a identificação dessas áreas e dos níveis de formação dos responsáveis pela produção dos artigos analisados, possibilitou verificar, em suma, uma interação multidisciplinar, com a possibilidade de diversas resoluções, por meio de ações integradas nas práticas psicopedagógicas no atendimento às demandas oriundas das dificuldades na aprendizagem.
	Neste mesmo plano, decorre que em artigos cuja finalidade é a da inserção da Psicopedagogia em ambulatórios e no contexto hospitalar, existe uma necessidade inerente em justificar a necessidade do psicopedagogo à humanização da saúde e redução do sofrimento proveniente da internação. Em contrapartida, em trabalhos cuja abordagem mostra a parceria da Psicopedagogia na assistência pedagógica no âmbito hospitalar, a contribuição que o psicopedagogo conduz aos professores de classe hospitalar no planejamento das atividades. Essa função, deve ser revestida de grande cuidado para não inserir o psicopedagogo numa situação de superioridade, como detentor do conhecimento o qual faltaria ao professor, por hiatos em sua formação para agir nesses espaços de aprendizagem considerados novos, como o ensino convencional levado ao contexto hospitalar.
	Face ao exposto, os hiatos observados no presente artigo demonstram a necessidade da sedimentação do espaço hospitalar como meio de interação psicopedagógico, através de procedimentos que integrem intervenções pontuais e precisas concomitantemente à atuação de outros profissionais, como médicos, psicólogos e professores.
	Por conseguinte, após a análise e o estudo das informações constantes no presente artigo é pertinente ressaltar que os dados informativos contidos no mesmo são de grande valia para evidenciar a necessidade da consolidação da Psicopedagogia no contexto hospitalar e da saúde, uma vez que as contribuições fornecidas pelas ações de intervenção do psicopedagogo no meio clínico levam um ganho substancial à qualidade de vida dos pacientes assistidos por estes profissionais.

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