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Célula animal e divisao celular

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Tatiana Reis Vieira
Introdução
Célula animal e 
divisão celularCapítulo1
A citologia ou biologia celular é a parte da ciência que estuda a 
estrutura das células e suas funções. O corpo humano é constituído 
por cerca de duzentos tipos diferentes de células (TORTORA; 
GRABOWSKI, 2006).
As células são unidades morfofuncionais dos seres vivos que 
podem ser constituídas por uma única célula – seres unicelulares 
ou se organizar em tecidos, formando o corpo dos seres 
pluricelulares (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).
Os seres vivos podem ser divididos em dois grupos básicos de 
células que serão abordados neste capítulo: células procariontes 
e seres eucariontes.
As células eucariontes apresentam partes morfologicamente 
distintas como a membrana plasmática que separa o meio 
intracelular do meio extracelular, o citoplasma (citosol e organelas) 
e o núcleo delimitado pelo envelope nuclear, enquanto as células 
procariontes são pobres em membranas e o material genético 
encontra-se disperso no citoplasma (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 
2005). 
2 UNIUBE
O núcleo presente nas células é responsável pela divisão celular. 
Nesse processo, ocorre a separação dos cromossomos situados no 
núcleo e posteriormente ocorre a divisão do citoplasma da célula. 
De acordo com Tortora e Grabowski (2006) a divisão celular pode 
ser separada em dois tipos: divisão celular somática – mitose e 
divisão celular reprodutiva – meiose.
A mitose ocorre em células somáticas (células da pele, fígado, 
musculatura) e são responsáveis pelo crescimento dos tecidos 
e regeneração das células danificadas. A meiose é responsável 
pela formação dos gametas (ovócitos e espermatozoides) sendo 
essenciais no processo de reprodução sexuada (TORTORA; 
GRABOWSKI, 2006).
Mas como podemos estudar as células do nosso corpo? As 
células são estruturas microscópicas, visualizadas através de 
aparelhos denominados microscópios. Este aparelho amplia a 
imagem permitindo a observação de detalhes que não são 
visíveis a olho nu. O tipo mais comum de microscopia no ensino 
de citologia e histologia na graduação é a microscopia de luz ou 
microscopia ótica (MO).
Para usar o microscópio, é importante conhecer suas partes e 
como ele funciona. Outro item importante é a necessidade de 
preparar o material para ser observado no MO. Vamos trabalhar 
neste capítulo partes do microscópio óptico e métodos de preparo 
de lâminas histológicas.
A seguir estudaremos detalhes da célula animal os tipos de 
divisão celular a importância dos componentes celulares e do ciclo 
celular em nosso organismo. Vamos iniciar conhecendo um pouco 
sobre a microscopia.
 UNIUBE 3
A formação do profissional da área da saúde deve abranger 
diversas dimensões do conhecimento como as dimensões culturais, 
técnico-científicas, didático-pedagógicas, sendo um dos pilares a 
dimensão biológica do corpo humano. Os conhecimentos trabalhados 
neste capítulo são de extrema importância para compreensão de 
outros componentes curriculares e para construção de conceitos 
sobre o funcionamento do nosso corpo como reprodução e 
crescimento das células.
Ao final deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
• identificar as partes do microscópio;
• descrever as etapas do preparo de lâminas histológicas;
• diferenciar células procariontes e eucariontes;
• descrever estruturas e funções dos constituintes da célula animal;
• demonstrar os tipos de divisão celular;
• evidenciar a importância da mitose e meiose no corpo humano.
1.1 Microscopia óptica
1.2 Preparo de lâminas permanentes para estudo histológico
1.2.1 Fixação 
1.2.2 Desidratação e clarificação
1.2.3 Inclusão ou impregnação e microtomia
1.2.4 Coloração e montagem 
1.3 Células procariontes
1.4 Células eucariontes
1.4.1 Membrana plasmática
1.4.2 Citoplasma
1.4.3 Sistemas de endomenbranas
Objetivos
Esquema
4 UNIUBE
1.4.4 Complexo de Golgi
1.4.5 Ribossomos 
1.4.6 Lisossomos 
1.4.7 Peroxissomos 
1.4.8 Mitocôndrias
1.4.9 Centríolos 
1.4.10 Núcleo 
1.4.11 Citoesqueleto
1.5 Divisão celular 
1.5.1 Mitose 
1.5.2 Meiose 
Microscopia óptica1.1
O microscópio óptico (Figura 1) foi criado no final do século XVI, sendo 
constituído pelo componente óptico e mecânico. O componente óptico é 
constituído por lentes e o mecânico por partes que fornecem sustentação 
ao aparelho.
canhão
braço
charriot
macrométrico
micrométrico
base
lentes oculares
revólver
lentes objetivas
mesa
condensador
fonte de Luz
 Figura 1: Partes do microscópio óptico.
 UNIUBE 5
Observe, no Quadro 1, a seguir, cada uma das partes do microscópio e 
suas funções:
Quadro 1: Partes do microscópio
Parte óptica
Condensador Projeta um cone de luz sobre as céulas
Objetiva
Projeta a imagem aumentada no plano 
focal da ocular
Ocular Aumenta a imagem
Fonte de luz Fica abaixo do espécime
Parte mecânica
Mesa ou platina Sustentação da lâmina
Parafuso macrométrico Fornece foco grosseiro
Parafuso micrométrico Fornece foco fino
Entre os tipos de microscópio, o mais utilizado para o estudo de tecidos 
(epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso) é o microscópio de luz, também 
conhecido como microscópio óptico. A imagem é formada através 
de um feixe de luz que atravessa o material devidamente preparado 
(espécime), obtendo aumento da imagem através das peças (parte óptica 
do microscópio), denominadas lentes oculares (fornece aumento de 10 
X) e as objetivas sustentadas em um cilindro móvel denominado revólver. 
As lentes objetivas proporcionam os seguintes aumentos: pequeno (4 ou 
5x), médio (10x), grande (40x) e aumento de imersão (100 X). Para obter 
o aumento final da imagem basta multiplicar o valor da ocular vezes o 
valor da objetiva utilizada. 
A unidade utilizada na microscopia é o micrômetro (µm). A qualidade 
da imagem (Quadro 2 ) depende do aumento utilizado e do poder de 
resolução do sistema óptico. 
6 UNIUBE
Quadro 2: Limite de resolução do olho humano e microscópio óptico
Resolução do olho humano e microscópio óptico
Olho humano 0,2 mm
Microscópio óptico 0,2 mm
“O limite de resolução é a menor distância que deve existir entre 
dois pontos para que eles apareçam individualizados” (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2005). Essa menor distância possibilita que os pontos 
sejam vistos como objetos separados, o que caracteriza uma imagem 
aumentada e com mutios detalhes (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
Um micrômetro corresponde a 1 mm (um milímetro) dividido em 
mil partes, ou seja, 1mm/1000 = 1µm 
Preparo de lâminas permanentes para estudo histológico1.2
 
Já sabemos que precisamos de um aparelho que fornecerá aumento para 
a estrutura observada, entretanto, outro ponto importante é o preparo do 
material. Os cortes histológicos são uma das técnicas desenvolvidas 
para preparação e preservação dos tecidos a serem estudados. 
De acordo com Junqueira e Carneiro (2005) e Gartner e Hiatt (2003) há 
algumas etapas necessárias de preparação do material histológico para 
exame microscópico. Veja-as, a seguir.
1.2.1 Fixação 
Os fragmentos de tecidos são tratados com agentes químicos (formol, 
formaldeído tamponado 4%), denominados de fixadores, que têm como 
finalidade conservar as características do tecido, evitar degradação das 
células através das enzimas (autólise) ou bactérias.
 UNIUBE 7
1.2.2 Desidratação e clarificação
Para que o material passe por outros tratamentos, como a inclusão, 
é necessário retirar a água do tecido em uma série gradativa de 
concentração crescente de etanol até 100% (desidratação). O material 
é tratado em um solvente (xilol) miscível em álcool e parafina (clorificação 
ou diafanização).
1.2.3 Inclusão ou impregnação e microtomia
O material é levado para a estufa ( 56 a 60oc) e impregnado com parafina 
fundida. A inclusão é necessáriapara obtenção de cortes delgados sem 
que ocorra danos na estrutura do tecido. Após a inclusão, os fragmentos 
são montados em blocos de parafina e, quando solidificado, o bloco 
contendo o material é seccionado no micrótomo (máquina contendo uma 
navalha de aço na espessura de 1 a 40 mm).
1.2.4 Coloração e montagem
Os cortes são montados em lâminas e precisam passar pela etapa de 
coloração. Como os corantes são hidrossolúveis, a parafina deverá ser 
retirada com a solução de xilol e os cortes reidratados. Embora haja vários 
tipos de corantes, os mais comuns na histologia são a hematoxilina 
(cora os componentes ácidos) e a eosina (cora os componentes básicos em 
róseo) denominado HE. Após a coloração, o material deve ser desidratado 
novamente e montado em uma resina de modo que a lamínula possa ser 
fixada sobre o material fornecendo-lhe proteção.
8 UNIUBE
Você conhece a história da invenção do primeiro microscópio?
Se não, sugerimos que leia o texto “Microscopia – A descoberta da célula e 
a teoria celular”, de Lico (2018). Para isso, acesse:
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/microscopia-a-descoberta-
da-celula-e-a-teoria-celular.htm
De forma breve, leve e didática, o texto contempla a invenção dos primeiros 
microscópios e o que isso influenciou na criação da microscopia. 
CURIOSIDADE
Células procariontes 1.3
As células procariontes (pro: primeiro e cario: núcleo) são caracterizadas 
pela ausência de carioteca ou membrana nuclear (Figura 2). O material 
genético (cromossomos) fica distribuído no citoplasma. As células 
procariontes são pobres em membranas e falta o citoesqueleto. Como 
exemplos de seres procarionte, temos as bactérias e cianofíceas 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).
Figura 2: Esquema de uma célula procarionte (Bactéria).
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 9
Células eucariontes1.4
As células eucariontes (eu: verdadeiro e cario: núcleo) apresentam o 
material genético delimitado pela carioteca (Figura 3) e pela presença 
de grande quantidade de organelas membranosas e do citoesqueleto 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005). São exemplos de seres eucariontes: 
fungos, algas, protistas, animais e vegetais.
1.4.1 Membrana plasmática
A membrana plasmática (Figura 4) separa o meio intracelular (dentro da 
célula) do meio extracelular (fora da célula) e apresenta permeabilidade 
seletiva, ou seja, seleciona as substâncias que entram e saem da célula 
(TORTORA; GRABOWSKI, 2006).
De acordo com Ross e Pawlina (2012) a membrana é constituída por 
uma dupla camada de fosfolipídios (Figura 4) com caráter anfipática: uma 
parte polar – hidrófila (afinidade por substâncias polares, como a água) 
e outra apolar – hidrofóbica (que não tem afinidade pela água e sim por 
substâncias lipídicas). 
Figura 3: Esquema de uma célula eucarionte (célula animal)
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
´
´
´
10 UNIUBE
De acordo com Alberts et al. (2006) além dos fosfolipídeos, estão 
presentes na membrana o colesterol e o glicolipídeos (figura 4). A 
bicamada lipídica provê a estrutura básica e a função de barreira para 
as membranas celulares.
Outro constituinte da membrana plasmática são as proteínas (Fgura 
4). As proteínas que atravessam a bicamada lipídica são denominadas 
proteínas integrais. As proteínas periféricas estão associadas à superfície 
externa e interna através de interações iônicas. Os carboidratos 
são moléculas que se encontram aderidas às proteínas, formando 
glicoproteínas, ou lipídeos, constituindo glicolipídeos. A camada formada 
por glicoproteínas e glicolipídeos é denominada glicocálix ou glicocálice. 
O glicocálix tem como funções específicas: reconhecimento celular, 
proteção celular e servem como locais receptores para hormônios 
(ROSS; PAWLINA, 2012).
De acordo com Gartner e Hiatt (2003) a membrana plasmática não é 
visível na microscopia óptica e tem as seguites atividades: de manter 
a integridade celular; controlar o fluxo de substâncias (permeabilidade 
seletiva); regular a interação célula-célula e fazer reconhecimento do sinal 
ambiental e transporte de íons.
Figura 4: Esquema da membrana plasmática.
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 11
Na Figura 4, podemos visualizar que a membrana plasmática consiste em 
uma camada bimolecular de fosfolipídeos com moléculas de proteínas. 
As proteínas integrais atravessam completamente a membrana e podem 
formar canais que possibilitam o transporte de moléculas. As proteínas 
periféricas encontram-se distribuídas na superfície da membrana. Na 
superfície externa da membrana, existem moléculas de carboidratos 
ligadas às proteínas e aos lipídeos. As glicoproteínas e os glicolipideos 
formam o glicocálix. 
1.4.2 Citoplasma
De acordo Junqueira e Carneiro (2013) o citoplasma preenche o 
interior da célula, sendo delimitado pela membrana plasmática, onde 
se localizam organelas, citoesqueleto e os depósitos ou inclusões 
temporárias (nutrientes, íons e biomoléculas). A parte líquida que 
constitui o citoplasma é denominado hialoplasma, citosol ou matrix 
citoplasmática. A consistência da matriz citoplasmática varia entre o 
estado sol e gel, sendo constituída por substâncias como água, íons, 
aminoácidos, enzimas, proteínas, glicose, ácidos graxos, lipídeos entre 
outras moléculas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
O citoplasma é uma parte da célula formada pelas organelas e diversos 
tipos de moléculas. É um local onde ocorrem diversas reaçoes químicas 
importantes no metabolismo da célula.
1.4.3 Sistemas de endomembranas
1.4.3.1 Retículo endoplasmático rugoso – RER 
De acordo com Ross e Pawlina (2012) o RER (figura 5) é constituído por 
uma série de sacos achatados formados por membranas que delimitam 
espaços denominados cisternas, contendo ribossomos aderidos à 
superfície externa. 
12 UNIUBE
Segundo Junqueira e Carneiro (2013) o RER estende-se a partir 
de envoltório nuclear, sendo responsável pela síntese de proteínas, 
destinadas à exportação ou ao uso intracelular, modificações químicas 
das glicoproteínas e síntese de fosfolipídeos abundantes em células 
que secretam proteínas como: fibroblasto (colágeno), células acinosa do 
pâncreas (enzimas digestivas).
1.4.3.2 Retículo endoplasmático liso – REL
De acordo com Ross e Pawlina (2012) o retículo endoplasmático liso 
(Figura 5) é constituído por sistemas de túbulos que se amontoam e 
não apresentam ribossomos aderidos à superfície. Uma de suas 
funções seria a sintetização de ácidos graxos, fosfolipídeos e esteróides 
(células de Leydig no testículo). Nas células hepáticas e nos músculos 
estriados, o retículo endoplasmático recebe a denominação de retículo 
sarcoplasmático, especializado em armazenar e liberar íons de cálcio, 
importantes no processo de contração muscular e síntese de lipídios.
Figura 5: Esquema dos retículos endoplasmáticos rugoso e liso. 
Fonte: Getty Imagens - Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 13
1.4.4 Complexo de Golgi
O complexo de Golgi ou aparelho de Golgi é constituído por uma série 
de sacos ou cisternas empilhadas e por vesículas esféricas (Figura 6). 
A estrutura do complexo de Golgi é polarizada, sendo que a face cis 
(convexa), recebe as vesículas do RER e a face trans (Côncava) distribui 
o material processado para outras partes da célula (JUNQUERIA; 
CARNEIRO, 2013)
De acordo com Ross e Pawlna (2012) o aparelho de Golgi molda 
quimicamente as proteínas, seleciona e encaminha essas moléculas 
para vesículas de secreção (lisossomos) ou para outras partes da célula. 
Essas molélulas são importantes na composição de diversas partes da 
célula como por exemplo na estrutura da membrana plasmática.
Figura 6: Esquema do Complexo de Golgi. 
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
14 UNIUBE
1.4.5 Ribossomos 
De acordo com Junqueira e Carneiro (2013)os ribossomos (Figura 7) 
são partículas com alto conteúdo de ácidos nucléicos (RNA) e cerca de 
oitenta proteínas. Os ribossomos são constituídos por duas unidades, 
uma grande e uma pequena. Eles são produzidos no núcleo e liberados 
no citosol. Os ribossomos podem ser encontrados livres no citosol, 
aderidos à membrana nuclear e ao retículo endoplasmático rugoso, 
no interior de mitocôndrias, cloroplastos e em células procariontes Os 
ribossomos livres sintetizam proteínas que serão utilizadas no citosol. 
“Os polirribossomos são grupos de ribossomos unidos por uma molécula 
de RNA mensagem”, eles atuam na decodificação, ou na tradução da 
mensagem na síntese proteica (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).
Figura 7: Esquema do ribossomo. 
Fonte: Getty Imagens - Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 15
1.4.6 Lisossomos
Os lisossomos são organelas esféricas delimitadas por membranas 
que armazenam diversos tipos de enzimas hidrolíticas (Figura 8). 
São responsáveis pela digestão intracelular, presentes em grandes 
quantidades em células que fazem fagocitose, como macrófagos, 
neutrófilos e eosinófilos (JUNQUERIA; CARNEIRO, 2013).
Figura 8: Esquema do lisossomos. 
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
1.4.7 Peroxissomos
De acordo com Junqueira e Carneiro (2013), os peroxissomos são 
organelas delimitadas por membrana, que armazenam enzimas 
oxidativas – retiram átomos de hidrogênio de diversas substâncias e 
combinam com o oxigênio (O2), formando (H2O2,) peróxido de hidrogênio. 
A catalase é uma enzima que converte o H2O2 em produtos que 
podem ser utilizados pela célula. Os peroxomas são responsáveis pela 
desintoxicação celular, estão presentes em grande quantidade nos 
hepatócitos e células dos rins.
 2 H2O2 2 H2O + O2 
16 UNIUBE
1.4.8 Mitocôndria 
As mitocôndrias (Figura 9) são organelas esféricas ou no formato de 
bastonete. Apresentam dupla membrana, sendo a externa lisa e a 
interna pregueada, formando dobras denominadas cristas mitocondriais 
que aumentam a área de superfície da membrana. As mitocôndrias 
possuem seu próprio DNA e podem se auto replicarem. Essas organelas 
transformam energia química das moléculas de ácido graxo e glicose, 
através da fosforilação oxidativa, em energia que pode ser utilizada 
pela célula, sendo organizada na forma de ATP (Adenosina Trifosfato), 
que pode ser utiliza para diversas atividades da célula (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2013).
Figura 9: Mitocôndria 
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 17
1.4.9 Centríolos
Segundo Tortora e Grabowski (2006), os centríolos são formados por 
nove trincas de microtúbulos dispostos em um arranjo circular (figura 
10). Os centríolos se localizam próximo ao núcleo, constituindo o 
centrossomo (centríolo e material pericentriolar constituído por tubulinas). 
Os centríolos atuam na formação do fuso durante a divisão celular e 
formam cílios e flagelos. Os cílios e flagelos são constituídos de proteínas 
contráteis relacionadas ao movimento, como por exemplo o flagelo do 
espermatozóide (célula da sistema reprodutor masculino) e cílios no 
epitélio da traquéia.
Figura 10: Estrutura dos centríolos 
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
1.4.10 Núcleo 
Segundo Tortora e Grabowski (2006) o núcleo controla todas as atividades 
da célula e a divisão celular. O núcleo da célula eucarionte é individualizada 
em relação ao citoplasma por uma dupla membrana denominada carioteca, 
envelope nuclear ou membrana nuclear (figura 11). A maioria das células do 
corpo humano são mononucleadas (apenas um núcleo), mas os glóbulos 
vermelhos são anucleados e a célula da musculatura estriada esquelética 
são multinucleadas (vários núcleos).
18 UNIUBE
De acordo com Junqueira e Carneiro (2013) os constituintes do núcleo são: 
Envoltório nuclear – é uma dupla camada lipídica, contínua com o retículo 
endoplasmático rugoso, contendo aberturas denominadas de poros 
nucleares que fazem comunicação com o citoplasma e polirribossomos 
na membrana externa. O envoltório nuclear ou membrana nuclear 
também pode ser denominado carioteca e delimita o núcleo.
Cromatina – DNA e proteínas associadas. É encontrada na forma 
de heterocromatina (condensada e visível ao microscópio óptico) 
e eucromatina (menos ativa, relacionada a síntese de proteínas). A 
Cromatina é um complexo de DNA (ácido nucléico) e proteínas, ela 
representa os cromossomos desespiralados no núcleo na interfase. 
Os cromossomos são formados por ácido desoxirribonucléico (DNA), 
moléculas que contêm a informação genética da célula.
Nucléolos – geralmente um a dois corpos esféricos constituídos por RNA 
ribossomal e proteínas. Os nucléolos estão relacionados com a produção 
de ribossomos e síntese de proteínas.
Figura 11: Núcleo
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 19
1.4.11 Citoesqueleto
De acordo com Tortora e Grabowski (2006), o citoesqueleto é constituído 
por uma rede de proteínas estruturais na forma de filamentos, 
microtúbulos, microfilamentos de actina e filamentos intermediários. 
Ele é responsável por manter ou modificar o formato da célula, pela 
posição dos componentes da célula, e auxília nos movimentos da 
célula (contração celular, divisão celular, locomoção celular e transporte 
intracelular).
Divisão celular 1.5
Conforme já estudamos na parte anterior deste capítulo o núcleo é 
responsável pela divisão celular. No corpo humano as células somáticas 
são denominadas diplóides (2n) e apresentam 46 cromossomos, 
enquanto os gametas são haploides (n) contendo 23 cromossomos. 
Os cromossomos são constituídos de DNA (ácido desoxirribonucleico) 
denominado como material genético da célula, responsável pelas 
transmissão das características hereditárias para as células filhas. O 
conjunto de cromossomos de uma célula forma o cariótipo, no caso da 
espécie humana (Homo sapiens) temos 46 cromossomos. (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2005).
Durante a divisão celular ocorre a duplicação dos cromossomos que 
passam a ser constituídos por duas cromátides ligadas entre si por um ponto 
denominado centrômero. Quando os cromossomos estão condensados, são 
facilmente visíveis na microscopia óptica.(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).
No corpo humano, ocorre dois tipos de divisão celular : mitose (células 
somáticas) e meiose (células sexuais). Agora vamos aprender as 
diferenças e a importância da divisão celular em nosso organismo.
20 UNIUBE
A mitose é um processo de divisão celular que ocorre em células 
somáticas que sofrem constante renovação e precisam formar novas 
células como por exemplo os epitélios, também ocorre mitose em locais 
de regeneração e crescimento dos tecidos, já a divisão denominada de 
meiose está relacionada à formação dos gametas.
1.5.1 Mitose
Quando a renovação das células corporais, regeneração ou crescimento 
de tecidos são necessárias, ocorre a divisão celular denominada mitose 
ou divisão celular somática. Todas as céulas do corpo, exceto as células 
sexuais, são denominadas somáticas. Na mitose uma célula se divide 
formando duas células filhas idênticas, com o mesmo número de 
cromossomos da célula inicial (TORTORA; GRABOWSKI, 2006).
O ciclo celular, corresponde a sequência de eventos que ocorrem durante 
a divisão celular: interfase (período longo, no qual ocorre duplicação do 
material genético e fase mitótica (M), período no qual a célula se divide 
(GARTNER; HIATT, 2003).
1.5.1.1 Fase Interfase
De acordo com Gartner e Hiatt (2003, p. 50-51) e Alberts et al. (2006) a 
interfase (Figura 12) é um estágio de alta densidade metabólica e está 
subdividida em três fases.
 UNIUBE 21
Veja a Figura 12:
1.5.1.2 Fase Mitótica
A fase mitótica consiste na divisão do material genético e posteriormente 
ocorre a divisão do cistoplasma citocinese (TORTORA e GRABOWSKI,2006).
Fase (G1) 
Gape Fase S Fase G2
• Ocorre a síntese de RNA, 
proteínas reguladoras 
e enzimas necessárias, 
ocorre também replicação 
do DNA e produção de 
proteínas denominadas 
ciclinas e quinases 
que estimulam e 
desencadeiam a mitose. 
• Fase de 
duplicação 
do DNA.
• Síntese do RNA e de 
proteínas essenciais 
e divisão celular. 
Síntese da tubulina que 
forma os microtúbulos 
do fuso mitótico. 
Figura 12: Fases da interfase – G1, S e G2.
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
22 UNIUBE
De acordo com Gartner e Hiatt (2003) a mitose (Figura 13) é dividida nas 
seguintes fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Entre a prófase 
e metáfase ocorre a prometáfase.
Duplicação
Do DNA
Células-filhas
Prófase
Telófase
Metáfase
Anáfase
Figura 13: Fases mitose. Formam duas células-filhas.
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
Vejamos, a seguir, a explicação de cada fase.
1ª) Prófase 
• Os cromossomos se condensam.
• O núcleo se torna disperso. 
• Os centrossomos migram para os polos opostos da célula.
• Há a formação do fuso mitótico a partir do MTOC (Centro organizado 
dos microtúbulos).
• Há a formação do cinetocara (centro organizado do microtúbulo).
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2ª) Prometáfase 
• Ocorre a fragmentação da carioteca.
• Os cromossomos estão distribuídos aleatoriamente no citoplasma.
• Os microtúbulos se aderem ao cinetocoro sendo denominados 
microtúbulos do fuso mitótico e os demais microtúbulos polares.
3º) Metáfase 
• Há condensação máxima dos cromossomos. 
• Há configuração da placa metafásica (alinhamento dos cromossos 
no equador da célula).
3ª) Anáfase 
• Separação das cromátides – irmãs (unidades pertencentes ao mesmo 
cromossomo).
• Movimento das cromátides para os pólos opostos da célula, devido 
ao encurtamento dos microtúbulos do fuso mitótico.
4ª) Telófase 
• Os cromossos encontram-se nos pólos da células.
• Há a reconstituição da carioteca de envoltório nuclear.
• Há a desesperilização dos cromossomos.
• Há o reaparecimento do nucléolo.
5ª) Citocinese
• Divisão do citoplasma e das organelas.
• Ocorre constricção da membrama plasmática. 
• Formam-se duas células, cada uma do mesmo tamanho (mesma 
proporção de organela e citoplasma) e o mesmo número de 
cromossomos. 
24 UNIUBE
1.5.2 Meiose
De acordo com Gartner e Hiatt (2003), a meiose é o processo responsável 
pela formação de gametas (ovócitos e espermatozóides), que contêm a 
metade do número de cromossos da célula-mãe, ou seja, 23 cromossos 
nos seres humanos. A meiose consiste em dois eventos de divisão – 
Meiose I (divisão reducional) e a Meiose II (divisão equacional). 
Diferentemente da mitose, na meiose ocorre a redução do número de 
cromossomos, células diplóides (2n), formam células filhas haplóides (n) 
e ocorre a recombinação de genes (crossing-over) que gera variabilidade 
e diversidade genética do indivíduo (Figura 14). As células diplóides são 
aquelas formadas por 46 cromossomos (espécie humana), enquanto as 
células haplóides apresentam 23 cromossomos (espécie humana).
Figura 14: Crossing-over. Troca de material genético entre cromátides homólogas.
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube.
De acordo com Tortora e Grabowski (2006) Junqueira e Carneiro (2005) 
veja, a seguir, a descrição das fases da meiose I (Figura15) denominada 
reducional.
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1.5.2.1 Meiose I (Reducional)
Após a interfase (fase S mais longa), tem-se o início da prófase I. 
1) Prófase I 
• Fase mais longa da divisão.
• Subdivide-se nas seguintes fases: Leptóteno, zigóteno, paquíteno, 
diplóteno e diacinese.
• No zigóteno, ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos 
(cromossomos responsáveis por uma mesma característica no 
indivíduo).
• Na fase denominada paquíteno, ocorre o crossing-over (troca de 
material genético entre os cromossomos homólogos).
• Durante a diacinese, ocorre o desaparecimento do envoltório 
nuclear, nucléolos e os cromossomos ficam livres no citoplasma.
2) Metáfase I 
• Há o alinhamento dos cromossomos homólogos na placa equatorial.
• Durante a miose I, os cromossomos continuam com duas cromátides.
3) Anáfase I 
• Cromossomos homólogos migram para os pólos opostos da 
célula. Não há divisão dos centrômeros (cromossomos têm duas 
cromátides).
4) Telófase I 
• Os cromossomos situam-se nos pólos das células.
• Reconstituição dos núcleos.
• Ocorre a citocinese, formando 2 células-filhas, contendo 23 cromossomos 
duplicados.
26 UNIUBE
O estágio entre a meiose I e II, denomina-se intercinese – caracteriza-se 
pelo número haplóide de cromossomos (23) e quantidade diplóide de DNA 
(cromossomos duplicados).
IMPORTANTE!
1.5.2.2 Meiose II ( Divisão equatorial) 
Segundo Tortora e Grabowski (2006) e Junqueira e Carneiro (2005), 
segue a seguir a descrição das fases da meiose II (Figura 15) denominada 
de divisão equacional.
A meiose II, é uma etapa semelhante à mitose, sendo subdividida em: 
prófase II, metáfase II, anáfase II, teláfase II e citocinese.
1) Prófase II – Há a condensação dos cromossomos.
2) Metáfase II – Os cromossomos ficam alinhados no equador da célula.
3) Anáfase II – Há a separação das cromátides irmãs que se movem para 
os pólos opostos da célula.
4) Telófase II – Constrição das células, formação de 4 células-filhas com 
23 cromossomos e quantidade haplóide de DNA.
Figura 13: Fases meiose – Formam quatro células-filhas
Fonte: Getty Imagens – Acervo EAD-Uniube
 UNIUBE 27
Vamos ampliar mais o nosso conhecimento a respeito dos temas abordados? 
Conheça outros conceitos e curiosidades por meio de literaturas da nossa 
biblioteca virtual Pearson.
No livro Citologia e Embriologia, de Severo de Paoli (Org.), é abordado o tema 
de microscopia na Unidade 1 – Células em close: biologia e microscopia (p. 
1-62). Já, a parte de citologia, você poderá complementá-la com a leitura da 
Unidade 2 – As membranas e organelas membranosas (p.71-133). Na Unidade 
3 – Os componentes do núcleo celular fazem a vida atravessar o tempo (p. 
147-194), você poderá verificar outras informações a respeito do núcleo.
Acesse o link: 
https://bv4.digitalpages.com.br/?term=citologia&searchpage=1&filtro=todos
&from=busca&page=-1&section=0#/legacy/22143
Para o conteúdo de divisão celular, o livro Genética Humana, de Lúcia 
Rosane Bertholdo Vargas (Org.), contempla as fases da mitose e meiose 
na Unidade 1- As bases moleculares da genética (p. 28-46). 
Acesse o link: 
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2624%2Fgenetica&pag
e=-1&section=0#/legacy/22147
SAIBA MAIS
Conclusão1.6
Neste capítulo, trabalhamos conceitos essenciais para a compreensão 
dos demais temas que serão abordados no componente curricular. 
Portanto, é muito importante identificar os componentes da célula animal 
e conhecer suas funções.
28 UNIUBE
O conteúdo abordado está relacionado com a regeneração e com a 
formação de células em nosso corpo, proporcionando crescimento dos 
tecidos e reconstituição dos mesmos quando danificados, assim como a 
reprodução para formação de um novo indivíduo.
Resumo
Neste capítulo vimos que estudar estruturas de pequenas dimensões 
como células e tecidos, apenas foi possível com o surgimento de aparelhos 
e técnicas de preparo do material. Para estudos no microscópio óptico 
(MO), os tecidos devem ser fixados, desidratados, cortados e corados.
Apesar da diversidade dos seres vivos, podemos agrupá-los em: seres 
procariontes e eucariontes. Os procariontes (bactérias e algas cianofíceas) 
são caracterizados pela falta de organelas membranosas, ausência de 
carioteca e cromossomos dispersos no citoplasma. Os seres eucariontes 
(fungos, algas, vegetais e animais) apresentam sistema complexo de 
membranas que criam compartimentos intracelularesespecializados em 
determinadas funções (organelas) e presença de carioteca delimitando 
o material genético.
A célula animal é delimitada pela membrana plasmática que desempenha 
a função de seleção das substâncias que são transportadas através dela. 
As organelas presentes são: mitocôndrias que fazem respiração celular 
e produzem energia; os retículos endoplasmáticos e ribossomos que 
realizam a síntese de moléculas; o complexo de Golgi que é responsável 
pelo empacotamento e transporte de moléculas; os lissosomos que 
são responsáveis pela digestão intracelular; os peroxissomos que são 
responsáveis pela desintoxicação celular e os centríolos que participam 
da divisão celular.
O citoesqueleto auxilia na sustentação, nos movimentos e na manutenção 
da forma das células. O núcleo contém a informação genética, sendo 
responsável pela divisão celular.
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No capítulo, vimos ainda que a divisão celular é um processo importante 
para o crescimento, para a regeneração dos tecidos e para a reprodução 
dos seres vivos. A mitose ocorre em células somáticas, nesta divisão 
uma célula mãe origina duas células-filhas com o mesmo número de 
cromossomos da célula mãe. Na meiose a célula mãe forma quatro 
células-filhas, com metade do número de cromossomos da célula-
mãe. Na prófase I, da meiose ,ocorre a troca de fragmentos de DNA 
dos cromossomos homólogos, fenômeno denominado de crossing-over, 
responsável pela variabilidade genética dos indivíduos. A mitose ocorre 
em apenas uma etapa, enquanto a meiose, por ser uma divisão reducional 
ocorre em duas etapas: meiose I e meiose II. Na meiose I, a célula mãe 
forma duas células filhas com metade do número de cromossomos (23 
cromossomos duplicados) ou seja, com duas cromátides, já na meiose II 
cada célula se divide em outras duas contendo 23 cromossomos simples. 
Na meiose II, não ocorre redução do número de cromossomos.
Referências
ALBERTS, Bruce.; BRAY, Dennis.; LEWIS, Julian.; RAFF, Martin.; ROBERTS, Keith.; 
WALTER, Peter. Fundamentos da biologia celular. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
GARTNER, Leslie. P.; HIATT, James. L. Tratado de Histologia em cores. 2.ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
GETTY IMAGES. Disponível em: <https://www.gettyimages.com>. Acesso em: 
05 nov. 2018.
 
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia básica. 12. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Biologia celular e molecular. 8. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
ROSS, Michael H.; PAWLINA, Wojciech. Histologia: texto e atlas em correlação com 
a biologia celular e molecular. 6a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, Gerald, J. ; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo humano: fundamentos 
de anatomia e fisiologia. 6. ed Porto Alegre: Artmed, 2006.

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