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UNIVERSIDADE PAULISTA
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 2019/01
AMANDA MONIQUE DA SILVA MENDES C654256
KEVYN KEILER MARTINS DE PAULA VIANA C5297I5
NATÃ KESLEY STELLARI GONÇALVES C18BIH5
São José do Rio Preto, São Paulo, 01 de junho de 2019
PROBLEMA APRESENTADO
Nirelaine Simitino comprou um celular muito moderno que depois de algum tempo apresentou problema na bateria. Ela se dirigiu à assistência técnica da marca e foi informada que deveria deixar o celular para ser encaminhado ao fabricante para análise do problema. Nirelaine não concordou em ficar sem o celular, embora a assistência técnica garantisse que estava agindo em conformidade com o disposto no artigo 18, parágrafo 1º da Lei 8.078, de 1990. Ela então se dirigiu a uma barraca de venda de produtos importados e comprou uma bateria nova, bem barata, que o vendedor afirmou que serviria para o modelo de celular dela. Nirelaine substituiu a bateria e continuou usando o aparelho celular que, uma semana depois, explodiu causando a destruição do próprio aparelho e de bens que estavam próximos ao local do acidente. Ela ingressou com uma ação contra o fabricante do celular e não teve êxito na causa.
QUESTÕES APRESENTADAS 
1. Estudar a responsabilidade pelo fato do produto e do serviço à luz do disposto na Lei 8.078, de 1990. 
2. Redigir um texto com a fundamentação que possivelmente tenha sido utilizada pelo magistrado de primeira instância que negou o pedido da consumidora. 
3. O texto para resposta dos itens anteriores deverá ter no mínimo 30 e no máximo 40 linhas. O Grupo deverá mencionar as obras consultadas para atender a pesquisa determinada no item 01.
RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES APRESENTADAS
Estudar a responsabilidade pelo fato do produto e do serviço à luz do disposto na Lei 8.078, de 1990. 
Inicialmente, cumpre esclarecer que a Lei 8.078 consiste no código de Defesa do Consumidor (“CDC”), tendo sido criado em para atender o expresso mandamento presente no artigo 5º, XXXII da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e no artigo 48 de seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
No mais, deve-se destacar que a legislação em apreço foi fundamental para regulamentar no Brasil as relações de consumo, alterando regras tradicionais do direito civil e adequando-as para uma sociedade de consumo. Com isso, novas regras a orientar os contratos, o comércio e a prestação de serviços foram criadas, de maneira a se proteger o consumidor de eventuais abusos dos fornecedores. Também se regulamentou a oferta de produtos e serviços e a publicidade dos mesmos, oferecendo um limiar ético para essas atividades.
Por fim, atendendo ao proposto pela questão em epígrafe, após analise e estudo do dispositivo, e com respaldo no Artigo 12 do CDC, concluímos que o referido diploma trata a responsabilidade pelo fato do produto e do serviço de uma forma diferenciada, uma vez que referida responsabilidade não compromete a qualidade nem a quantidade do produto ou serviço, mas sim a sua segurança, integridade física, moral e a saúde do consumidor, podendo causar um acidente de consumo, tendo o fornecedor que responder, em regra, independentemente da existência de culpa como forma de buscar para o consumidor maior tutela, devido a sua vulnerabilidade.
Desta forma, a responsabilidade civil pelo fato do produto e do serviço consiste em imputar ao fornecedor a responsabilidade pelos danos causados ao consumidor devido a defeito na concepção ou fornecimento de produto ou de serviço, determinando-se a obrigação de indenizar pela violação do dever de segurança inerente ao mercado de consumo.
O dever de não causar prejuízo a outrem, corresponde ao dever especial de não colocar no mercado de consumo produtos e serviços que possam acarretar riscos à saúde e segurança dos consumidores, a não observância do dever de segurança, surge a responsabilidade pelo do fornecedor pelo fato do produto e do serviço, tendo como consequência o dever de indenizar os consumidores e as vítimas do acidente de consumo causado em razão dos defeitos apresentados no produto ou no serviço.
Assim, em regra, o fornecedor é o responsável pelo fato do produto e do serviço, por ser quem coloca os produtos ou serviços defeituosos no mercado de consumo, portanto, devem assumir o risco dessa conduta e arcarem com o dever de indenizar.
Conforme se depreende da análise do material apresentado, diante do provimento do referido Agravo de Instrumento a empresa Visão Distribuidora de Materiais de Construção – EIRELI – ME – EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL (“Visão Distribuidora”), interpôs Recurso Especial almejando a reforma do Acordão que deu provimento ao Agravo de Instrumento supracitado.
Em síntese, a recorrente alegou a nulidade da Assembleia Geral de credores, a fim de submeter ao crivo do Poder Judiciário o respeito as formalidades necessárias à Assembleia de Credores que aprovou o Plano de Recuperação Judicial.
Ato contínuo proferiu-se decisão monocrática negando seguimento ao Recurso Especial interposto pela Visão Distribuidora, que diante disso opôs Agravo Interno.
Por fim, o Superior Tribunal de Justiça, por intermédio de sua Quarta Turma, por unanimidade negou provimento ao Agravo Interno, tal decisão consiste no objeto de análise deste trabalho.
 b) Identificar a decisão do Superior Tribunal de Justiça e quais os fundamentos utilizados;
O Superior Tribunal de Justiça, por meio da Quarta Turma, por unanimidade, negou provimento ao Agravo Interno, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Antonio Carlos Ferreira (Presidente), Marco Buzzi, Lázaro Guimarães (Desembargador convocado do TRF 5ª Região) e Luis Felipe Salomão votaram com a Sra. Ministra Relatora.
A Ministra respaldou sua decisão na inviabilidade da análise do Recurso Especial quando este depende de reexame de matéria fática da lide (Súmula 7 do STJ), bem como em precedente e jurisprudência pacífica. 
Na decisão esclareceu-se que em sede de recurso especial se examina a controvérsia com base no substrato fático delineado pelas instâncias ordinárias, que não pode ser alterado naquela Corte.
E que o mesmo ocorre em relação a questões de ordem pública, que não dispensam o requisito do prequestionamento (Quarta Turma, AgInt no AREsp 53.760/SP, Rel. Ministro Raul Araújo, unânime, DJe de 24.5.2017; AgInt no AREsp 362.110/RJ, Rel. Ministro Marco Buzzi, unânime, DJe de 23.3.2017; Terceira Turma, AgInt nos EDcl no REsp 1.613.722/PR, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, unânime, DJe de 1.6.2017; EDcl no REsp 1.545.840/SC, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, unânime, DJe de 30.5.2017).
 
Ou seja, manteve-se a decisão agravada e por fim afastou-se o pleito deduzido em impugnação porque foram impugnados os fundamentos da decisão agravada e o processo, que na origem é agravo de instrumento, não admite a fixação de verba honorária.
Desta forma, negou-se o provimento ao Agravo Interno.
c) Pesquisar os fundamentos legais que dão fundamento a assembleia de credores na recuperação de empresas e sua importância como órgão do instituto da recuperação judicial.
Inicialmente, cumpre esclarecer que a Lei nº 11.101, de 9 De Fevereiro de 2005, regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
Destaca-se que de acordo com a referida Lei o processo recuperação judicial pode-se dividir-se em três etapas, a primeira fase postulatória, em que o empresário ou sociedade empresária em crise apresenta seu requerimento do benefício. Inicia-se com a petição inicial de recuperação judicial e se encerra com o despacho judicial de processamento do pedido.
A segunda etapa é a deliberativa, ou seja, após a verificação dos créditos, discute-se e aprova-se um plano de reorganização. Inicia-se com o despacho de recuperação e finaliza-se com a decisão concessiva do benefício.
Por fim, a última etapa define-se como execução, pois compreende a fiscalização do cumprimento do plano aprovado. Começa com a decisão concessivada recuperação e finaliza-se com a sentença de encerramento do processo.
Neste sentido, um dos aspectos mais delicados da Lei de Recuperação de Empresas é a AGC – Assembléia-Geral de Credores, tendo em vista a sua importância como órgão máximo nos procedimentos concursais.
Neste ponto, o credor deixou de ser um simples agente passivo, passando a atuar intensamente e de maneira permanente, durante todo o processo de recuperação, através do Comitê de Credores ou da Assembléia Geral de credores.
De acordo com Valladão (2005):
“A Assembléia de Credores não é novidade no direito falimentar brasileiro. Na vigência do Decreto-Lei 7.661/45, já se previa essa modalidade de participação dos credores no processo de falência, para deliberar, sobre forma alternativa de realização do ativo (art. 122 e 123 do aludido Decreto).”
Sendo assim, a lei predita, que regula a Recuperação Judicial, a Extrajudicial e a Falência deu tratamento especial à questão, ampliando consideravelmente as atribuições da Assembléia Geral de Credores, que passou de mero veículo de deliberação das formas de realização do ativo, incluindo todas as questões sobre a recuperação judicial, tais como a aprovação, rejeição ou modificação ao plano de recuperação e a constituição do Comitê de Credores.
Em consonância com o art. 35 da Lei de Falências (11.101/05), compete à AGC, na recuperação judicial:
I. Aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor;
II. A constituição do comitê de credores, a escolha de seus membros e sua substituição;
III. Pedido de desistência e recuperação judicial após o deferimento judicial de seu processamento;
IV. Indicação do nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor;
V. Qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores.
E na falência:
VI. A constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição;
VII. A adoção de outras modalidades de realização de ativo, na forma do art. 145;
VIII. Qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores.
Observa-se que o poder da assembléia geral não é decisório, não se sobrepondo ao jurisdicional. Pois, devido ao curso natural de funcionamento da assembléia, principalmente em havendo grande número de credores, traria litígios intermináveis. Isto, porque na assembléia de credores busca-se a proteção de interesses individuais, assim, por se tratar de interesses conflitantes a palavra final será sempre a do Estado, através do provimento jurisdicional.
A lei determina que a AGC seja convocada pelo juiz, através de edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação nas localidades da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 dias, devendo constar: local, data e hora da assembléia em 1ª e em 2ª convocação, devendo a 2ª convocação ser realizada com interstício mínimo de  5 dias da 1ª.
Os credores poderão requerer a convocação de assembléia-geral para:
I.  Constituição do comitê de credores ou substituição de seus membros;
II. Para que o devedor possa desistir da recuperação judicial depois de deferido o seu processamento;
III. O juiz convocará assembléia-geral se houver objeção de qualquer credor ao plano de recuperação;
IV. Quando afastar o devedor da administração da empresa em recuperação e nomear gestor para prosseguir na administração;
V. Sendo decretada a falência, se o juiz entender conveniente, poderá determinar a convocação da assembléia-geral;
VI. Qualquer modalidade de realização do ativo demanda convocação da assembléia;
VII.  Há também a possibilidade de credores que representam 25% do valor total dos créditos de determinada classe, requererem ao juiz a convocação de assembléia-geral, mesmo que não se trate dos casos expressamente previstos em lei.
A assembléia será presidida pelo administrador judicial, que contará com o auxílio de um secretario escolhido dentre os credores presentes.
Todas as deliberações tomadas na Assembléia Geral devem ser reduzidas a termo em ata que conterá os nomes dos presentes, bem como a assinatura do presidente, do devedor e de dois membros de cada uma das classes votantes, devendo ser entregue ao juiz, juntamente com a lista de presença, no prazo de quarenta e oito horas.
A Lei de Recuperação de Empresas prevê, que quaisquer deliberações tomadas pelos membros da AGC, respeitadas as devidas prescrições legais, inclusive com a homologação do ato deliberativo por parte do juiz, tornar-se-ão de natureza obrigatória para todos os credores, abarcando inclusive aqueles que não participaram da assembléia.
Quanto ao Quorum, o artigo 42 traz a regra geral dizendo que, será considerada aprovada a proposta que obtiver a metade mais um do valor total dos créditos presentes à assembléia. A exceção a regra versa sobre as deliberações acerca da:
I. Composição do Comitê de Credores – na escolha dos representantes de cada classe somente os respectivos membros poderão votar;
II. Aprovação de forma alternativa de realização de ativo – deve receber votos favoráveis de credores que representem dois terços dos créditos presentes à assembléia;
III. Aprovação do plano de recuperação judicial, em que nos termos do artigo 45 da lei 11.101/2005, todas as classes de credores referidas no artigo 41 da mesma lei, deverão aprovar o plano com o procedimento e quorum previstos.
Se o plano não for aprovado no prazo de 180 dias, seja porque tenha sido rejeitado, seja porque não tenha havido acordo entre as partes envolvidas (os credores e o devedor) o juiz decretará a falência da empresa em concurso.
A aprovação de forma alternativa de realização do ativo na falência dependerá do voto favorável de credores que representem 2/3 dos créditos presentes na AGC. As formas alternativas são as previstas no art.145, como a assimilação da empresa devedora por sociedade com constituída de empregados ou de credores dela. No que tange aos empregados, porém, a aprovação é por maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito.
Por fim, cita-se o administrador judicial, um ator que já figurava na antiga lei de falências, porém ganhou uma nova roupagem. O administrador deve preencher o requisito de idoneidade financeira e moral, além de comprovar ter domínio ilibado sobre assuntos necessários para o reerguimento da empresa. Caso ocorra qualquer desvio em sua gestão poderá ser civilmente responsabilizado.
Na escolha do administrador poderemos ver o nome de empresas, pessoas jurídicas, que se formam e são especializadas na recuperação de empresas em estado de insolvência e liquidação.
Entre as atribuições do administrador judicial na recuperação estão a de requerer a convocação da AGC, fiscalizar a atividade do devedor e a execução do plano de recuperação e pedir a falência no caso de desvio ou não cumprimento do planejamento. Cabe ao juiz responsável e ao comitê de credores a fiscalização tanto do plano de recuperação como das atividades exercidas pelo administrador judicial.
Deste modo, resumidamente, a AGC é de extrema importância, pois devedores e credores deverão discutir e deliberar sobre o plano de recuperação judicial de modo a criar condições para que a crise econômico-financeira da empresa seja resolvida.
FONTES
http://criancaeconsumo.org.br/normas-em-vigor/lei-no-8-07890-codigo-de-defesa-do-consumidor-cdc/

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