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Profª MsC. Mayara Alves Menezes Função do Sistema Respiratório (SR) Equilíbrio Ácido-base Fonação Defesa Anatomia: Divisão do SR Anatomia: VAS FOSSAS NASAIS: AR filtrado, umedecido e aquecido Anatomia: VAS FARINGE: passagem de ar e alimento Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe Revestida por epitélio escamoso estratificado Abaixo da Laringofaringe, os tratos respiratório e digestório se separam Inconsciente: relaxamento os mm. da língua da parte laríngea = obstrução parcial da VAS = Apneia obstrutiva do sono Anatomia: VAS LARINGE: VISÃO ANTERIOR/LATERAL Anatomia: VAS LARINGE: conecta a faringe com a traqueia Atua como passagem para o ar durante a respiração; Fonação Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traqueia). Formada por cartilagens + mm. Vestíbulo da laringe Anatomia: VAI TRAQUEIA: tubo 12,5 cm de comprimento e 2 cm de diâmetros, com 20 anéis cartilaginosos incompletos Condução do ar; Internamente: forrada por membrana mucosa, onde abundam glândulas; Posteriormente: músculo traqueal Epitélio: ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. Anatomia: VAI TRAQUEIA Anatomia: VAI TRAQUEIA Anatomia: VAI Brônquios: Condução do ar Brônquios B. principais (cartilagem incompleta, tec.fibroso, fibras mm, muscosa e glândula) B. lobares B. segmentares Zona de Transporte: Composição Células Ciliadas Músculo Liso Receptores Nervosos Histologia (Brônquios-Bronquíolos) Produção do muco 95% água + 5%(soluto: mucina – composto glicoproteico); Células secretoras: da mucosa (caliciformes, serosas e células de Clara – vias aéreas inferiores) e glândulas brônquicas da submucosa; Via respiratória produz cerca de 100 mL de muco por dia (glândulas brônquicas); Remoção: propulsionado pelo epitélio pseudoestratificado ciliar em direção à faringe. Produção: estimulada por irritação local mecânica e química, liberação de mediadores pró-inflamatórios (p. ex., citocinas) e estimulação parassimpática Anatomia: VAI Brônquíolos: zona respiratória Bronquíolos (mm.lisa) Terminais Respiratórios Ductos alveolares Alvéolos Ácino: unidade funcional do pulmão (bronquíolo respiratório até o alvéolo) Anatomia: VAI HEMATOSE – TROCA GASOSA Membrana alvéolo capilar • Local: TROCA GASOSA Microscopia eletrônica mostrando um capilar pulmonar (C) na parede alveolar (50 a 100m²) • Área extensa • Capilar: • Externa: células epiteliais que formam um tubo delgado. • Interna: eritrócitos +plasma Membrana alvéolo capilar Alvéolos • Aproximadamente 500 milhões de alvéolos; • Envolvidos por capilares. Comunicações intra-acinares Ventilação colateral • Canais de Martin: entre bronquíolos; • Canais de Lambert: ductos alveolares – alvéolos; • Poros de Kohn: entre dois alvéolos adjacentes; Zona de Respiratória: Composição Células de revestimento Pneumócitos I (epitélio escamoso plano) Células Secretórias Pneumócitos II (epitélio cubóide com microvilosidades) Surfactante Alveolar MastócitosMediadores Químicos Células ImunológicasMacrófagos Zona de Respiratória: Composição Pneumócitos tipo I Pneumócitos tipo II Alvéolos: Composição Pneumócitos Tipo I: Poucas organelas Não regeneram Pneumócitos Tipo II: células epiteliais cuboides Capacidade mitótica (subdividir em tipo I, reparar a superfície alveolar) Produção de Surfactante Liberação de citocinas Anatomia Anatomia anterior Anatomia anterior (face costal) Anatomia posterior Anatomia perfil direito • Mais espesso e mais largo que o esquerdo. • Ligeiramente mais curto, pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. • 60% da capacidade de ventilação/troca • 3 lóbulos • 2 fissuras: • Oblíqua (L.médio e L. inferior); • Horizontal (L.superior e L. médio) Anatomia perfil esquerdo • Concavidade: incisura cardíaca • 2 lóbulos (superior e inferior) separados pela fissura oblíqua) • Língula (anterior, inferiormente ao pulmão) Anatomia Anatomia Pleura: membrana serosa • Visceral (reveste a superfície externa do pulmão); • Parietal (reveste a parede da cavidade torácica); • Cavidade pleural: entre as pleuras – líquido pleural VENTILAÇÃO Ventilação total x Ventilação alveolar Ventilação pulmonar = volume corrente x frequência respiratória VP = 500 ml/incursão resp. x 12 ciclos/minuto = 6,0 litros/minuto Espaço morto Nem todo o ar mobilizado na ventilação pulmonar será eficaz para a troca gasosa Espaço morto VT VA = VT - Vm VA Vm VT: volume corrente VA: volume alveolar Vm: espaço morto anatômico (não participa da troca gasosa) Conceito de espaço morto anatômico • Espaço morto fisiológico (espaço morto anatômico +alveolar): é o volume de gás que não elimina C02 • Espaço morto anatômico: é o volume das vias aéreas condutoras, cerca de 150 ml . • Espaço morto alveolar: volume de ar que chega ao alvéolos, mas não é perfundido. Espaço morto Espaço morto Volumes e Capacidades Pulmonares VOLUMES PULMONARES VT: “Tidal Volume” Volume corrente (VT): volume de ar inspirado e expirado em cada ciclo ventilatório normal. (~500ml) Volume de reserva inspiratória (VRI): volume de ar que ainda pode ser inspirado ao final da inspiração do volume corrente normal (~3.000ml) Volume corrente (VT): Volume de reserva expiratória (VRE): volume de ar que, por meio de uma expiração forçada, ainda pode ser exalado ao final da expiração do volume corrente normal (~1.100ml) Volume corrente (VT): Volume de reserva inspiratória (VRI): Volume de reserva inspiratória (VRI): Volume corrente (VT): Volume residual (VR): volume de ar que permanece nos pulmões mesmo ao final da mais vigorosa das expirações (~1.200ml). Não pode ser medido por espirometria Volume de reserva expiratória (VRE): CAPACIDADES PULMONARES VOLUMES PULMONARES Capacidade inspiratória (CI): VT + VRI Essa quantidade de ar é aquela que uma pessoa pode inspirar, partindo do nível expiratório basal e enchendo ao máximo os pulmões (~3.500ml). Capacidade inspiratória (CI): VT + VRI Capacidade Residual Funcional (CRF): VRE + VR Essa quantidade de ar (~2.300ml) é a que permanece nos pulmões ao final da expiração normal. Capacidade inspiratória (CI): VT + VRI Capacidade Vital (CV): VRI + VT + VRE É a maior quantidade de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após tê-los enchido ao máximo e, em seguida, expirado completamente (~4.600ml) Capacidade Residual Funcional (CRF): VRE + VR Capacidade inspiratória (CI): VT + VRI Capacidade Pulmonar Total (CPT): VRI + VT + VRE + RV É o maior volume que os pulmões podem alcançar (~5.800ml) ao final do maior esforço inspiratório possível. Capacidade Vital (CV): VRI + VT + VRE Capacidade Residual Funcional (CRF): VRE + VR Forças de oposição à insuflação pulmonar Forças elásticas: envolvem os tecidos dos pulmões e tórax, junto com a tensão superficial nos alvéolos. Forças resistivas: incluem a resistência causada pelo fluxo aéreo e movimento dos tecidos durante a respiração. FORÇAS ELÁSTICAS DO PULMÃO Fibras elásticas e de colágeno São encontradas no parênquima pulmonar; ELASTICIDADE: tendência física de um objetoretornar ao estado inicial após deformação FORÇAS ELÁSTICAS DO PULMÃO Tensão superficial PROBLEMA : Alvéolos são revestidos por uma camada de fluído Forças de atração entre as moléculas adjacentes do fluído TENSÃO SUPERFICIAL Alta pressão de retração Colabamento Alveolar FORÇAS ELÁSTICAS DO PULMÃO Tensão superficial SOLUÇÃO : Revestir o alvéolo com uma secreção Diminui a Tensão Superficial Diminui a Pressão de Retração Evita o Colabamento alveolar Esta secreção é o SURFACTANTE ALVEOLAR Líquido que recobre os alvéolos influi diretamente no comportamento da curva VP do pulmão. É uma força que atua ao longo de uma superfície ar-líquido, em, aproximadamente, 1cm de comprimento nessa superfície, que tende a tornar a área do líquido a menor possível. Lei de Laplace: P=4T/R Menezes, MA 2. Alvéolos menores: maior força de retração (maior tendência ao colapso) 1. Alvéolos menores esvaziam-se nos alvéolos maiores Surfactante: reduzir a TS FORÇAS ELÁSTICAS DO PULMÃO Tensão superficial SURFACTANTE ALVEOLAR Definição: Secreção Orgânica produzida pelos Pneumócitos II, que tem a função de diminuir a tensão superficial da molécula de água intra-alveolar e, com isto, impedir que haja uma hiperdistensão dos alvéolos e seu rompimento. Constituintes : Lecitina 64% Proteínas 11% Fosfatidilglicerol 8% Fosfatidiletanolamina 5% Esfingomielina 2% Outros 2% Complacência é o grau de expansão (distensibilidade) que os pulmões experimentam para cada unidade de aumento de pressão transpulmonar. Complacência descreve a distensibilidade pulmonar, ou seja, é a facilidade com que um objeto pode ser deformado. Ser humano adulto e normal: 200 ml/cmH2O, isto é: cada vez que a pressão transpulmonar aumenta em 1cmH2O, a expansão pulmonar é de 200ml. COMPLACÊNCIA PULMONAR COMPLACÊNCIA PULMONAR COMPLACÊNCIA PULMONAR CT= CP (pulmonar) + CT (parede torácica) COMPLACÊNCIA TOTAL FORÇAS RESISTIVAS DO PULMÃO Resistência da Via Aérea Fluxo aéreo no trato respiratório: fluxo laminar (vias aéreas periféricas normais) Fluxo turbilhonar (vias de condução do ar) fluxo transicional: combinação do fluxo laminar e do turbilhonar FORÇAS RESISTIVAS DO PULMÃO Resistência da Via Aérea MÚSCULOS RESPIRAÇÃO: vencer forças elásticas e resistivas! Músculos Inspiratórios Inspiração Normal Diafragma Inspiração Forçada Intercostais Externos Peitoral maior, menor Escalenos ECOM Músculos Expiratórios Expiração Normal Processo Passivo Expiração Forçada Intercostais Internos Abdominais (transverso, reto, oblíquos) Serrátil anterior, posterior Diferenças de Pressão Durante a Respiração Gradiente de pressão transrespiratório (Prs = Palv – Pao) **Gradiente de pressão transpulmonar (PL = Palv – Ppl) Gradiente de pressão transtorácico (Pw = Ppl – Pbs) =Responsável pelo fluxo aéreo para dentro e para fora dos pulmões. =Responsável pelo grau de insuflação alveolar (resulta da oposição à retração elástica do tórax e dos pulmões.. =Pressão total necessária para expandir ou contrair os pulmões e a parede torácica juntos. Diferenças de Pressão Durante a Respiração CICLO RESPIRATÓRIO NORMAL FASES Repouso Diafragma em posição de equilíbrio Nenhum ar sai ou entra no pulmão Pressão alveolar é igual à atmosférica Pressão intrapleural é negativa Volume de equilíbrio = CRF= volume que permanece nos pulomões após uma respiração normal CICLO RESPIRATÓRIO NORMAL FASES Inspiração Diafragma se contrai Aumenta o volume do tórax Pressão vias aéreas e pulmonar tornam-se negativas Gradiente de pressão entre atmosfera e pulmões Ar flui para os pulmões Pressão intrapleural se torna mais negativa CICLO RESPIRATÓRIO NORMAL FASES Expiração Processo passivo Pressão alveolar positiva (> pr atm) Ar flui para fora dos pulmões Pressão intrapleural volta ao normal CICLO RESPIRATÓRIO NORMAL VOLUMES E PRESSÕES DURANTE UM CICLO RESPIRATÓRIO NORMAL ALVÉOLO CAPILAR CAPILAR CÉLULAS Respiração Processo de obtenção de oxigênio pelo corpo para utilização pelos tecidos e remoção de dióxido de carbono e seu lançamento na atmosfera. Trocas gasosas (nos pulmões e ao nível capilar) Transporte Difusão É o processo por meio do qual moléculas de gases se movem de uma área de alta pressão parcial para uma de baixa pressão parcial. O movimento de gases entre os pulmões e os tecidos ocorre por meio de difusão simples (diferença entre os gradientes de pressão); sangue normalmente leva aproximadamente 0,75 segundo para passar através de um capilar pulmonar Difusão PIO2 (atm) =159 mmHg Capilares= 40 mmHg. PC02 (células) =60 mmHg Ar atm= 1 mmHg. Barreiras a Difusão CAPILAR ALVÉOLO MEMBRANA ALVÉOLO CAPILAR EPITÉLIO ALVEOLAR ESPAÇO INTERSTICIAL ENDOTÉLIO CAPILAR Lei de Fick (difusão dos gases) GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO ESPESSURA DO LOCAL PARA A DIFUSÃO ÁREA DO LOCAL PARA A DIFUSÃO CONSTANTE DE DIFUSÃO TAXA DE DIFUSÃO (QUANTIDADE DE GÁS POR UNIDADE DE TEMPO) Difusão dos gases SANGUE CO2 O2 Tempo de difusão EX: Febre alta e o choque séptico (condições que limitam o tempo de difusão por causa do fluxo sanguíneo aumentado). RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO Quociente da Ventilação alveolar (V) pelo fluxo sanguíneo pulmonar (Q) Valor Normal = 0,8 ventilação alveolar (L/min) é 80% do valor do fluxo de sangue nos pulmões DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGÜÍNEO PULMONAR Relação Ventilação/Perfusão DEFEITOS DA V/Q Ocorre quando a pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2) é diminuída para mais baixo que o normal previsto, com base na idade do paciente; A liberação prejudicada do oxigênio também ocorre na presença de anormalidades que impedem a saturação da Hb com o oxigênio; Hipoxemia Baixa PO2 ambiente, hipoventilação, Difusão prejudicada, desequilíbrios na e shunts anatômicos ou fisiológicos; Envelhecimento; Respirar gases com uma baixa concentração de oxigênio ao nível do mar; Respirar ar a pressões menores que a pressão atmosférica baixa a tensão do oxigênio alveolar (altas altitudes) PaO2 diminuída Não há ventilação para adequada perfusão ( v/q = 0). Consequência: sangue que entra no coração esquerdo sem ser oxigenado pelo pulmão (efeito shunt) Mecanismo de compensação: vasoconstrição local = aumento a PO2 alveolar Shunt pulmonar Shunt anatômico (normal):veias brônquicas e cardíacas mínimas (veias de Tebésio), que suprem os pulmões e o coração. Shunt anatômico (patológico): desvio do fluxo sanguíneo da direita para a esquerda (shunt direitaesquerda) através das aberturas cardíacas (p. ex., os defeitos septais atriais ou ventriculares) ou nas malformações arteriovenosas pulmonares. Shunt fisiológico: leva à hipoxemia quando os alvéolos entram em colapso ou se enchem de líquido ou de exsudado. Ex: atelectasia, edema pulmonar ou pneumonia. Shunt pulmonar Shunt não responde ao O2 suplementar, porque a unidade de permuta gasosa (o alvéolo) não está aberta!!!!!!!!!!!! Alterações na relação V/Q Shunt pulmonar REGULAÇÃO DO FLUXO SANGÜÍNEO PULMONAR Vasoconstrição Hipóxica pO2 Vasoconstrição Pulmonar Desvio da circulação do sangue das áreas pouco ventiladas para as mais ventiladas Mecanismo: Ação Direta da pO2 sobre as arteríolas pulmonares Inibição da produção de NO Outras substâncias vasoativas Tromboxano A2 vasoconstritor Prostaciclina (Prostaglandina I2) vasodilatador Leucotrienos vasoconstritor Vasoconstrição local Como o O2 e o CO2 são transportados no sangue? O2 5%: dissolvido no plasma 95%: transportado pela hemoglobina, por uma ligação reversível das pulmões para os tecidos (oxi-hemoglobina) CO2 Hemoglobina (Carboxihemoglobina) – 25% Plasma – 5% Bicarbonato (HCO3) – 70% Transporte de O2 e CO2 HbA possui duas cadeias alfa e duas beta – cada uma com um grupo heme. Heme é formado por protoporfirina e um íon Ferroso – local para ligação de oxigênio. Fatores que alteração a conformação especial da molécula: podem aumentar ou reduzir a afinidade do oxigênio pelo heme. Transporte de O2 – Hb (oxi-hemoglobina-HbO2) Quais fatores influenciam na afinidade da curva de oxi-hemoglobina?Explique Curva de Dissociação O2-Hemoglobina – Desvios da Curva Arterial: 90% bicarbonato 5% ligado à hemoglobina 5% dissolvido no plasma Venoso: 60% bicarbonato 30% ligado à hemoglobina. 10% dissolvido no plasma. Transporte de CO2 Quais fatores influenciam na afinidade da curva de carboxihemoglobina?Explique A relação é mais linear. As curvas variam com a SatO2 Curva de Dissociação CO2 The end!