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PAI - Pressão Arterial Invasiva A pressão por este método é medida através de um cateter introduzido na artéria, o qual é conectado em uma coluna liquida. A medida da pressão é obtida através do transdutor de pressão que faz a leitura; é obtida pressão sistólica, diastólica e média. Finalidade - Cirurgia cardiopulmonar - Grandes cirurgias vasculares, torácicas, abdominais ou neurológicas - Instabilidade hemodinâmica - Uso de drogas vasoativas - Uso de monitorização da pressão intracraniana - Emergência hipertensiva associada à dissecção de aorta ou AVC - Necessidade de gasometria arterial mais que três vezes ao dia - Controle rigoroso da pressão arterial para conduta clinica Uma pressão arterial invasiva está contraindicada relativamente para: - Doença vascular periférica - Doenças hemorrágicas - Uso de anticoagulantes ou trombolíticos - Punção em áreas infectadas O cateter arterial pode ser colocado na artéria radial, pediosa, femoral ou axilar. A artéria radial é um vaso de escolha porque sua utilização tem sido associada com menor número de complicações. A artéria braquial deve ser evitada devido ao risco de tromboembolia do braço e antebraço. A artéria axilar e femoral são os vasos mais calibrosos, porém com mais dificuldade de punção e maior potencial de contaminação. A linha arterial pode ser obtida por punção ou dissecção arterial. A punção é o procedimento mais indicado, por permitir menor lesão da artéria; deixando a dissecção somente para casos mais graves, após várias tentativas de punção sem sucesso. Antes da punção da artéria radial deve-se realizar o Teste de Allen, onde se deve comprimir simultaneamente a artéria radial e ulnar com os polegares. Estimular o paciente para abrir e fechar a mão repetidamente. Em seguida, pedir para relaxar a mão. Enquanto comprime a artéria radial, solte a artéria ulnar e observe a coloração da mão. Quando a circulação colateral está adequada, a mão recupera a coloração em 5 a 10 segundos. O teste pode ser repetido testando a artéria radial também. Em caso do teste não ser satisfatório, desconsiderar a punção da artéria radial. Lizuka, Preste e Schneider (2006) lembram a importância da equipe de enfermagem na participação do procedimento, separando o material necessário, auxiliando na passagem do cateter e preparando o monitor para verificação da pressão arterial, além de avaliar os dados obtidos, e manter a permeabilidade do cateter para verificação continua da pressão arterial. Os valores normais da pressão arterial invasiva são os mesmos da pressão arterial não invasiva. Sistólica 90-130 mmHg e diastólica 60 – 90 mmHg. Após a punção arterial, e conexão do transdutor de pressão ao cateter arterial e ao monitor multiparametrico, zeramos a linha arterial (seguir a instrução de cada fabricante) e visualizamos na tela do monitor uma curva de pressão. Após a punção arterial podem ocorrer algumas interferências técnicas, que são: hematoma pós punção (amortece a curva da pressão); fluxo retrógado do sistema (ocorre por falta da pressurização adequada, podendo coagular o sistema); hemorragia (por desconexão do sistema); embolia proximal ou distal (coágulos na luz do cateter). Outras condições que pode alterar a curva da pressão arterial é arritmia, hipovolemia, hipertensão, hipotensão miocardiopatia. Um procedimento de pressão arterial invasivo pode apresentar algumas complicações: Embolização arterial e sistêmica; Insuficiência vascular; Necrose isquêmica; Infecção; Hemorragia; Injeção acidental de drogas intra-arterial; Trombose; Espasmo arterial; Hematoma local; Dor local; Fístula arteriovenosa; Cuidados de Enfermagem • Preparo do material necessário, da solução de soro fisiológico com heparina. • Auxiliar o médico no procedimento de cateterização da artéria, oferecendo o material necessário • Realizar a zeragem do transdutor de pressão, alinhado a linha média axilar. • Proceder à anotação de enfermagem no prontuário do paciente, descrevendo número de punções, e material utilizado. • Monitorar o tempo de permanência do cateter, pois o risco de trombose aumenta com tempo de permanência do cateter. • Monitorar as extremidades do membro puncionado (coloração, temperatura, edema, sensibilidade e movimentação) a cada plantão • Estar atento a desconexão do sistema • Estar atento a sangramento na inserção do cateter, e infecção do sitio de punção • Manter curativo estéril. • Manter a bolsa pressurizada a 300 mmHg, pressurização em valores de pressão menores não permitem a irrigação continua adequada que é de 3 ml/h. • Realizar a troca do equipo com transdutor de pressão a cada 72h • Realizar a troca da solução de soro fisiológico com heparina a cada 24h • Para retirada do cateter, proceder com luva de procedimento, usar solução antisséptica, e tracionar o cateter vagarosamente, evitando lesão a intima do vaso. Comprimir o local da inserção do cateter com gaze dobrada por 5 minutos.