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Resumo Direito Constitucional III_V1

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Resumo Direito Constitucional III 
Professora: Ana Elizabeth 
(OBS.: Esse resumo é de autoria da aluna Maria Aparecida S S Silva, com a ajuda da aluna Juliana M.A.Nogueira, para fins 
meramente didáticos, podendo conter erros, e não isenta o aluno de estudar os materiais recomendados pelo professor, 
sendo proibida expressamente sua comercialização). 
 
14/08/2018 
 
Programa: 
- Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 
- Da Ordem Econômica e Financeira 
- Da Ordem Social 
- Controle de Constitucionalidade 
 
Bibliografia: 
- Paulo Bonavides – Curso de Direito Constitucional 
- Alexandre de Moraes – Direito Constitucional 
- Uadi Lamego Paul – Curso de Direito Constitucional 
- Pedro Lenza – Direito Constitucional 
 
 
Estado de Defesa e Estado de Sítio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado de Defesa (Art.136): 
 
- Sistema Constitucional das crises. 
- Necessidade (comprovada) e temporariedade. 
- Art.136, 140, 141, CF. Estado de Defesa: reestabelecer a ordem pública em locais restritos e 
determinados. 
- Instrumento: Decreto Presidencial (Congresso Nacional, por maioria absoluta, aprecia após 
decretação. Se não autorizar, suspende imediatamento o Estado de Defesa). 
 
1) Tempo de duração (30 dias prorrogáveis por mais um período de 30 dias) 
2) Área (restrita e determinada) 
3) Medidas coercitivas (restrições dos direitos fundamentais) 
Há um controle concomitante e controle político posterior, ou seja, o Estado não fica totalmente 
livre pra fazer o que quiser. 
 
- Conselho de Defesa e Conselho da República (o Presidente só ouve a opinião, mas não vincula 
sua decisão). 
- Papel do Congresso Nacional: Aprovação ou rejeição por maioria absoluta. 
- Prazo: 30 dias (24 horas após a decretação, o Presidente submete ao Congresso que apreciará 
em até 10 dias. Pode ser prorrogado por 30 dias uma única vez, se autorizado pelo Congresso). 
 
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em 
locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente 
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
 
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará 
as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a 
vigorarem, dentre as seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, 
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser 
prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este 
comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao 
preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; 
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do 
detido no momento de sua autuação; 
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando 
autorizada pelo Poder Judiciário; 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
 
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte 
e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá 
por maioria absoluta. 
 
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo 
de cinco dias. 
 
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, 
devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. 
 
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. 
 
Estado de Sítio (Art.137): 
 
Possui duas modalidades: 
 
a) 137, I, CF: Comoção grave ou ineficiência do Estado de Defesa. Prazo: 30 dias, podendo ser 
prorrogado por mais 30 dias de cada vez. 
 
b) 137, II, CF: Guerra declarada e ameaça estrangeira armada. Não tem prazo. 
 
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos 
casos de: 
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de 
medida tomada durante o estado de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. 
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio 
ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional 
decidir por maioria absoluta. 
 
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução 
e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da 
República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. 
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, 
nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o 
tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. 
 
§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o 
Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional 
para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato. 
 
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas 
coercitivas. 
 
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser 
tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: 
I - obrigação de permanência em localidade determinada; 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; 
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à 
prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
V - busca e apreensão em domicílio; 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
VII - requisição de bens. 
 
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de 
parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. 
 
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão 
composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas 
referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. 
 
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem 
prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. 
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em 
sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, 
com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e 
indicação das restrições aplicadas. 
 
Controle: 
 
 
 
* Político: - Prévio (Estado de Sítio) 
 - Concomitante (Estado de Defesa e de Sítio) 
 - Posterior (Estado de Defesa e de Sítio) – Relatório do Presidente 
* Jurídico: Poder Judiciário – tanto para Estado de Defesa quanto Estado de Sítio 
 
Diferenças: 
Estado de Defesa→ ordem e paz social ameaça em locais restritos e determinados. 
Estado de Sítio → ordem e paz social ameaça geral, nacional. 
 
Ditado pela professora: Em via de regra, a ordem democrática não pode ser ameaçada e os 
direitos fundamentais precisam ser protegidos pelo Estado, entretanto, em situações de 
legalidade extraordinária temporária o Estado tem garantido mecanismos constitucionais para 
reestabelecimento da ordem. Assim, numa situação menos grave e mais localizada temos o Estado 
de Defesa, disciplinado nos Artigos 136, 140 e 141 da CRFB/88. É importante demarcar que no 
Estado de Defesa, o Presidente da República tem autonomia para decretar, após ouvidos os 
Conselhos Consultivos (de defesa e da república), sem prévia apreciação pelo Congresso, 
entretanto, depois de decretado precisa submeter a este em 24 horas. O prazo de duração do 
Estado de Defesa é de 30 dias, cabendo uma única prorrogação por mais 30 dias. 
 
Estado de Sítio: Dentro de uma situação mais caótica, o Estado ainda possui um segundo 
mecanismo de controle, o chamado Estado de Sítio, que pode se caracterizar em situações de 
grave ameaça nacional e ineficiência do Estado de Defesa e também em caso de guerra ou 
ameaça armada estrangeira. 
É importante destacar que além do controle político concomitante e posterior, o Estado de Sítio 
também sofre o controle político prévio, visto que o Presidente da República só pode decretá-lo 
mediante autorização do Congresso Nacional. 
Em caso de recesso parlamentar é o Presidente do Senado quem faz a convocação dos membros 
do Congresso Nacional para a apreciação do decreto presidencial. Desse modo, esta convocação 
será feita no prazo de 5 dias para que se aprecie o decreto no prazo de 10 dias. 
 
Limitações Circunstanciais (Tanto durante o Estado de Defesa quanto no Estado de Sítio), onde a 
Constituição Federal não poderá ser alterada. 
 
O sistema constitucional de crises precisa ser encarado como uma situação de extrema 
excepcionalidade, inclusive porque o Presidente da República poderá sim responder pelas 
medidas ilegais ou fora dos parâmetros constitucionais que tiver autorizado, não podendo, 
portanto, fazer tudo só porque se está em estado de exceção. Do mesmo modo, o Congresso 
Nacional e o Poder Judiciário deverão continuar funcionando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21/08/2018 
 
 
Artigos 142 e 143, CRFB/88. 
São instituições permanentes, pois não podem ser extintas; são regulares, pois todas as suas 
atribuições são determinadas por lei. 
Seu principal objetivo é proteger o Estado Democrático de Direito e os Poderes Constitucionais. 
 
- Hierarquia e Disciplina: Possuem poder vinculado de fiscalizar e punir. A discricionariedade é 
apenas no tempo de determinação da pena, por exemplo, se a lei disser que a pena vai de 3 a 30 
dias. 
 
- Organização: Sua organização é regulada através de Lei Complementar, cujo trâmite de 
aprovação é por maioria absoluta dos membros das duas casas. 
- Chefia: Presidente da República auxiliado pelo Ministro de Defesa (LC 97/99). 
 
- Art. 142: 
1) Defesa da pátria; 
2) Garantia dos Poderes Constitucionais (Executivo, Legislativo e Judiciário); 
3) Por iniciativa de qualquer destes, da lei da ordem. 
 
 
O poder executivo do estado federado declara que a segurança pública (Art.144) não está mais 
tendo efetividade em manter a ordem e solicita ao Presidente da República a GLO (em qualquer 
situação, não apenas em Estado de Defesa e de Sítio). 
 
Art.142 
1) Vedada a greve 
2) Vedada a sindicalização 
3) Vedada a filiação partidária (faz a candidatura avulsa, e só se filia posteriormente se 
eleito) 
Art.143 
Obrigatório.... escusa de consciência (religião, filosófica), mas tem que cumprir prestação 
alternativa. 
 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são 
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na 
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, 
à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. 
 
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no 
preparo e no emprego das Forças Armadas. 
 
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 
 
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que 
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, 
de 1998) 
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo 
Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou 
reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais 
membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; 
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, 
ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c" (a de dois cargos ou empregos 
privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas), será transferido para a 
reserva, nos termos da lei; 
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública 
civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista 
no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, 
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo 
de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos 
de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; 
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; 
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; 
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele 
incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de 
tribunal especial, em tempo de guerra; 
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois 
anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso 
anterior; 
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII (décimo terceiro salário com base na 
remuneração integral ou no valor da aposentadoria), XII (salário-família pago em razão do 
dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei), XVII (gozo de férias anuais 
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal), XVIII (licença à gestante, 
sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias), XIX (licença-
paternidade, nos termos fixados em lei) e XXV (assistência gratuita aos filhos e dependentes desde 
o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas), e no art. 37, incisos XI (a 
remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos 
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos 
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não 
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito 
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadoresdo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, 
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores 
Públicos), XIII (é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o 
efeito de remuneração de pessoal do serviço público), XIV (os acréscimos pecuniários percebidos 
por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de 
acréscimos ulteriores) e XV (o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos 
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I), bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, 
no art. 37, inciso XVI, alínea "c" (acumulação apenas se profissionais da saúde); 
IX - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003) 
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras 
condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as 
prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas 
atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. 
 
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. 
 
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo 
de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente 
de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter 
essencialmente militar. (Regulamento) 
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, 
sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir. (Regulamento) 
 
 
Segurança Pública 
 
- Garantia da ordem pública interna. 
- Atuação preventiva e repressiva. 
 
1) Polícia Administrativa  Relativo ao poder/dever de polícia da administração pública. Ex.: 
fiscalização da vigilância sanitária, do Procon. 
2) Polícia de Segurança (Militar e Civil) 
a. Ostensiva  papel preventivo de manter a ordem pública, e também de 
combater o crime em curso. Polícia Militar. 
b. Judiciária  Polícia Civil, que tem papel de investigar e punir quando o crime já 
aconteceu. 
 
- Competência Concorrente. Art.24, XVI, CF.  A União vai legislar de modo geral, e os estados 
membros de acordo com a realidade social específica do seu estado. 
 
- Órgãos de Segurança Pública (Art.144): ROL TAXATIVO (ATENÇÃO: Se cair em prova que 
Guardas Municipais fazem parte da segurança pública está incorreto, pois esse rol é taxativo e são 
apenas os abaixo os órgãos de segurança pública. Os guardas municipais auxiliam na segurança 
pública, mas não são órgãos de segurança pública). 
 
1) Polícia Federal (como polícia da União, atua como Polícia de Segurança Ostensiva e também 
como Polícia de Segurança Judiciária); 
2) Polícia Rodoviária Federal (Polícias da União) 
3) Polícia Ferroviária Federal (Polícias da União) 
4) Polícia Civil 
5) Polícia Militar e Corpos de Bombeiros Militares 
 
1) Polícia Federal 
a. Apuração dos crimes contra a União (autarquias, empresas públicas federais, etc); 
b. Crimes políticos; 
c. Crimes à distância (ex.: crime executado no Brasil e no Chile); 
d. Contra e por funcionário público; 
e. A bordo de navio ou aeronave; 
f. Contra o sistema financeiro; 
g. Permanência ou reingresso de estrangeiro expulso; 
h. Contra a organização do trabalho (Ex.: trabalho escravo, etc); 
i. Contra direitos indígenas (coletivos, exemplo território indígena). 
 
Forças Armadas: 
Ditado pela professora: As forças armadas brasileiras se constituem em instituições protetoras do 
Estado e tem como características segundo o mandamento constitucional a observância da 
hierarquia e da disciplina, sendo assim, é importante destacar que existem punições disciplinares 
que podem ser aplicadas aos membros das forças armadas, e o STF já entendeu que de fato não 
cabe o Habeas Corpus para se discutir o mérito das prisões disciplinares, entretanto, completando 
o entendimento do texto constitucional, o STF julgou que quando a questão a ser analisada for a 
legalidade do ato, aí sim cabe o remédio constitucional. 
Além das questões específicas disciplinadas na Lei Complementar Nº 97/99, os servidores das 
forças armadas também estão subordinados, naquilo que couber, aos mandamentos 
constitucionais que regulam os servidores públicos em geral, inclusive vendando de modo geral a 
acumulação de cargos, salvo naquilo que a CF e o entendimento do STF permitem (profissionais da 
saúde). 
 
Segurança Pública: 
Como garantia natural da ordem interna temos constitucionalmente estabelecidos os órgãos de 
segurança pública, que se caracterizam pelo poder de polícia. De modo mais específico é a polícia 
de segurança a responsável por essa manutenção da ordem, visto que ela tem o papel de lidar 
diretamente com a sociedade prevenindo (Polícia Ostensiva) e investigando (Polícia Judiciária) as 
contravenções que possam ocorrer dentro do estado brasileiro. 
Constitucionalmente, a segurança pública é exercida pelos órgãos listados no Art.144. Neste 
sentido, é importante destacar que as polícias tanto podem agir em todo o território nacional 
quanto apenas dentro do âmbito territorial de um estado membro. Desse modo, a competência 
será estabelecida pela própria CRFB, não só no Art.144, mas também no Art. 109 (artigo que trata 
dos crimes de competência da justiça federal) e também determinada por lei. 
 
 
28/08/2018 
 
Segurança Pública (continuação) 
 
- Polícia Federal: Lei 10446/02 (Na prova só vai cair os dispositivos constitucionais) 
 Seqüestro, cárcere privado, extorsão mediante seqüestro (atua junto com as polícias dos 
estados); 
 Formação de cartel (exemplo: postos de combustível formando cartéis); 
 Violação de direitos humanos (exemplo: tráfico de pessoas); 
 Furto, roubo ou receptação de cargas quando houver indícios que se atua em vários 
estados; 
 Tráfico ilícito de entorpecentes, contrabando (produtos proibidos no território nacional 
que entra ilicitamente) e descaminho (sonega tributos, ou seja, a mercadoria é lícita, pode 
ser comercializada no território nacional, mas não foi pago os impostos devidos); 
 Polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
 Polícia judiciária da união (exemplo: toda a união e algumas entidades como autarquias, 
empresas públicas, fundações públicas terão como polícia de segurança tanto ostensiva e 
judiciária a Polícia Federal). 
 
- Polícia Rodoviária Federal: Art.144, § 2º. Patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
 
- Polícia Ferroviária Federal: Art.144, § 3º. Patrulhamento ostensivo das ferrovias federais (não foi 
criada ainda, mas já existe previsão legal na nossa Constituição). 
 
- Polícia dos estados: Art.144, § 4º. Polícia Civil, Polícia Militar e Corpos de Bombeiros Militares 
(Art.144, § 5º-6º). 
 
 Lei 11473/07. Força Nacional de Segurança Pública (Não constitui órgão da segurança 
pública) 
Tem intuito de fazer a cooperação da união e os estados membros. Atua como força 
auxiliar da segurança pública, sendo um esforço de cooperação (NÃO É UM ÓRGÃO DE 
SEGURANÇA PÚBLICA). 
 
Ditado pela professora: A segurança pública, do ponto de vista constitucional, também prevê que 
os órgãos de segurança sejam, em momentos pontuais, auxiliados por um sobre-esforço para o 
reestabelecimento da ordem pública (principal atribuição dos órgãos de segurança). No caso dos 
estados, é necessário lembrar que os órgãos de segurança respondem ao governador e no caso 
dos Corpos de Bombeiro Militares, além de sua atuaçãoprincipal, eles ainda respondem, quando 
necessário, pelas atribuições da defesa civil. 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é 
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido 
pela União e estruturado em carreira, destina-se a:" 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, 
serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, 
assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional 
e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o 
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas 
áreas de competência; 
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
 
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e 
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das 
rodovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e 
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das 
ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada 
a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, 
exceto as militares. 
 
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos 
corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução 
de atividades de defesa civil. 
 
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do 
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Territórios. 
 
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela 
segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. 
 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus 
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
 
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste 
artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. 
 
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade 
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: 
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras 
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana 
eficiente; e 
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos 
órgãos ou entidades executivas e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na 
forma da lei. 
 
 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL (ASSUNTO IMPORTANTE PARA A PROVA!!!) 
 
Os tributos são regulados: 
- Constituição Federal; 
- Código Tributário Nacional (Lei Complementar que regula de âmbito geral); 
- Lei Ordinária (regula o tributo específico). 
 
CONCEITO DE TRIBUTO (ATENÇÃO: PODE CAIR EM PROVA): é toda prestação pecuniária medida e 
paga em dinheiro e que estão presentes a obrigatoriedade (se dá a partir do nascimento do fato 
gerador, ou seja, nasceu o fato gerador nasce com ele a obrigação de pagar o tributo) e a 
compulsoriedade (a partir do momento que nasce o fato gerador, nasce também o direito do 
estado de transferir parte do meu pagamento de forma compulsória para o pagamento do 
tributo). 
Transferência obrigatória e compulsória de parte da receita do indivíduo para os cofres públicos a 
partir do nascimento do fato gerador (transferência de parte do patrimônio privado). 
 
Fato Gerador  se encontra de forma abstrata na lei e que se concretiza de forma real na vida 
dos contribuintes. Ex.: Na importação e exportação o tributo está previsto em lei (de forma 
abstrata). A partir do momento em que um cidadão trás uma mercadoria do exterior pra ser 
vendida no território nacional, o fato real é que estava previsto em lei de forma geral e abstrata, e 
o fato gerador, portanto, foi a compra que a pessoa fez lá no exterior e o ingresso dessa 
mercadoria no território nacional. 
No caso do tributo de contribuição de melhoria, o fato gerador é a valorização do imóvel a partir 
da obra pública. Ex.: Tenho um imóvel que valia R$ 100.000,00 e agora ele passou a valer R$ 
200.000,00 depois de uma obra pública. A base de cálculo que vai servir de referência da cobrança 
do tributo é o valor da valorização monetária, ou seja, R$ 100.000,00. A alíquota vai incidir sobre o 
que valorizou. Diferente do IPTU, que a alíquota incide sobre a base de cálculo do valor do imóvel. 
 
Base de Cálculo  valor monetário que serve de referência para que o estado tribute. 
 
Alíquota  valor percentual que vai ser cobrado pelo estado em cima da base de cálculo. 
 
Por lei não pode coincidir a base de cálculo e o fato gerador de tributos diferentes. Isso se dá para 
não ocasionar confusão ao contribuinte de ele achar que está pagando o tributo dobrado. 
 
Ditado pela professora: De modo claro, a Constituição Federal estabelece três espécies de tributo 
que são os impostos, tributo cuja atuação é não vinculada (significa dizer que o estado poderá 
gastar o dinheiro arrecadado em que ele quiser, não tendo que ser específico para uma 
determinada área), as taxas, cuja atuação é vinculada e divisível (divisível é porque tem que ser 
possível que o estado identifique quem vai se beneficiar da taxa; se você se beneficiar tem que 
pagar – exemplo a taxa de pedágio; serviços públicos disponíveis para a população e nas 
atribuições de poder de polícia administrativa, exemplo, quero abrir um restaurante e pra isso 
preciso do alvará de funcionamento, e pra isso a vigilância sanitária vai me cobrar uma taxa, para 
que haja a inspeção e saia o alvará pra poder o restaurante funcionar), e, por último, as 
contribuições de melhorias, cuja tributação será dada naqueles bens nos quais houve a 
valorização após a realização de obra pública. 
 
Impostos, taxas e contribuições de melhorias (Teoria Tripartite do Sistema Tributário Nacional). 
 
No caso das taxas, existem algumas características próprias desse tributo: 
1) Taxas são tributos cuja atuação é vinculada; 
2) A taxa é um tributo que tem que ser cobrado daqueles que se beneficiam do serviço 
público (divisibilidade); 
3) A taxa é um tributo que pode ser cobrado segundo o entedimento do STF quando o 
serviço público é colocado à disposição do contribuinte; 
4) É um tributo que pode ser cobrado nas atribuições do poder de polícia administrativa - 
fiscalização. Ex.: alvará de funcionamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Tributo: Fonte de receitas derivadas do estado (é derivada, pois o estado não produz nada, 
apenas transfere a renda de outrem pro seu próprio cofre). 
 
- Obrigatoriedade e compulsoriedade. 
 
- Previsto pela 1ª vez na Lei 4320/64 (essa lei foi recepcionada pelo Código Tributário Nacional). 
 
Código Tributário Nacional: 
Lei 5176/66. Toda prestação pecuniária compulsória! 
 
Características Gerais dos Tributos: 
 
- O tributo é gerado em dinheiroe pago em dinheiro (não se pode, por exemplo, cobrar o tributo 
em produtos. O estado precisa monetarizar essa cobrança do tributo). 
- Instituído em lei (em via de regra é instituído por lei, porém existem exceções). 
- Não constitui sanção de fato ilícito, não é porque eu cometi um ato ilícito que ele vai me cobrar 
tributo. 
- É cobrado de forma geral, mesmo sobre atos ilícitos, ou seja, é cobrado independentemente da 
origem, se o fato é lícito ou ilícito, teve fato gerador nasce a obrigação de pagar o tributo. 
- Cobrado mediante ato vinculado, ou seja, é cobrado na forma que a lei determina e pelo ente 
competente para tributar (não pode ser cobrado de qualquer jeito e nem por qualquer pessoa, 
precisa ser cobrado na forma da lei e pelo ente tributador competente). 
- Art. 145, CF. Impostos, taxas e contribuições de melhorias (Teoria Tripartite do Sistema 
Tributário Nacional). 
- Competência residual para criação de impostos não previstos na Constituição, ou seja, a união, se 
não for competência do estado nem do município, poderá criar novos tributos não previstos na CF, 
ou seja, além do rol abaixo, e dos impostos de guerra externa. 
 
- Art.153, CF. Competência Ordinária da União: 
1) Imposto de IMPORTAÇÃO (II); 
2) Imposto de EXPORTAÇÃO (IE); 
3) Sobre a renda e produtos de qualquer natureza (IR e ICMS); 
4) Produtos industrializados (IPI); 
5) Sobre operações financeiras (IOF); 
6) Territorial Rural; 
7) Sobre grandes fortunas 
 - Nos termos da Lei Complementar; 
 - Não criado; 
- ADO 31 (ADIN por omissão, ou seja, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
Omissão) – rejeitou pedido do Governador do Maranhão. 
 
- Art. 154, CF. Competência extraordinária no caso de guerra externa. 
 
Ditado pela professora: Cada ente federativo brasileiro tem competência específica para tributar, 
dessa forma, o tributo se torna um ato vinculado, que além de nascer da lei, também só poderá 
ser cobrado pelo entre tributador competente. 
 
 
 
 
 
04/09/2018 
 
Sistema Tributário Nacional (Continuação) 
 
Os tributos, em via de regra, são criados por Lei Ordinária, que institui, majora, extingue, diminui 
tributos e concede benefícios. 
 
Princípios do Direito Tributário: 
 
1) Princípio da Legalidade 
a. Art.5º, II (ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei); Artigos 150, I, CF; 
b. Compete aos entes observar Lei Complementar e instituir Lei Ordinária; 
c. Art.97, CTN. A Lei Ordinária tem que prever quem são os contribuintes, a base de 
cálculo e o fato gerador. 
 
CUIDADO NA PROVA: A Lei Complementar é lei geral que vai tratar de todas as questões 
tributárias, já a Lei Ordinária deverá ser aquela que vai instituir, majorar, extinguir ou até diminuir 
a carga tributária ou até lançar benefícios, acerca de cada tributo de modo específico. 
 
O princípio da Legalidade abrangerá dois aspectos: 
 
- Aspecto Formal: 
1) ato emanado pelo poder legislativo que tenha competência (que cumpriu toda formalidade 
prevista em lei); 
2) Lei tem que ser adequada (a lei que instituiu aquele tributo era uma lei adequada para ter 
majorado o tributo? Era Lei Ordinária ou Lei Complementar). 
 
- Aspecto Material: 
1) Conteúdo para conhecer a matéria (se na Lei foi dito quem são os contribuintes, a base de 
cálculo e o fato gerador). 
 
PODE CAIR EM PROVA: Explique o Princípio da Legalidade para o Direito Tributário dentro de 
seus aspectos formais e materiais. 
O tributo é instituído/majorado por lei, entretanto é preciso observar primeiro se foi o poder 
competente do qual emanou a lei tributária, se todo o rito foi seguido, e segundo, se a lei é 
adequada para a majoração daquele tributo. Do ponto de vista material é preciso que a lei traga 
pra gente tudo que precisamos saber acerca daquele tributo, ou seja, diga quem são os 
contribuintes – quem vai pagar o tributo, a base de cálculo e o fato gerador, pois o cidadão precisa 
saber de tudo pra conhecer o tributo, não pode haver obscuridade. 
 
Limitações ao poder de tributar: 
 
- Art.150 a 152 da CF; 
 
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, 
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou, observado o disposto na alínea b; 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder 
Público; 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem 
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
 
EXCEÇÕES PARA COBRAR TRIBUTO NO MESMO EXERCÍCIO DA LEI: § 1º A vedação do inciso III, b, 
não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I (para atender a despesas extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência), 153, I (importação de 
produtos estrangeiros), II (exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados), 
IV (produtos industrializados) e V (operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários) e 154, II (na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação) e a vedação do inciso III, c (ANTES DOS 90 
DIAS), não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III (renda e proventos de 
qualquer natureza) e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 
155, III (propriedade de veículos automotores), e 156, I (propriedade predial e territorial urbana – 
a cargo do Município). 
 
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas 
finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
 
§ 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e 
aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas 
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços 
ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto 
relativamente ao bem imóvel. 
 
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a 
renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidadesnelas mencionadas. 
 
§ 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos 
que incidam sobre mercadorias e serviços. 
 
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, 
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido 
mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias 
acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 
155, § 2.º, XII, g. 
 
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo 
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato 
gerador presumido. 
 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção 
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, 
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; 
 
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis 
superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; 
 
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios. 
 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. 
 
- Art. 97, CTN. Matérias sob a reserva de lei. 
Atualização da base de cálculo: Se não significar aumento, não precisa ser por lei. Ex.: Atualização 
monetária não é aumento de tributo, como para IPTU, o Município atualiza monetariamente para 
não haver defasagem do valor venal do imóvel, com isso não houve aumento de tributo. 
Porém se o aumento da base de cálculo for pra corrigir uma defasagem de vários anos, tem que 
ser por lei, pois será aumento de tributo e não apenas correção monetária. 
 
Art. 97, CTN. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21 (II – Imposto 
sobre a Importação), 26 (IE – Imposto sobre a Exportação), 39 (ITBI – Imposto sobre a Transmissão 
de Bens Imóveis), 57 (ICMS) e 65 (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre 
Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários); 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I 
do § 3º do artigo 52 (ICMS), e do seu sujeito passivo; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 
26, 39, 57 e 65; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para 
outras infrações nela definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou 
redução de penalidades. 
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em 
torná-lo mais oneroso. 
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a 
atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. 
 
- Prazo de vencimento do tributo: não é de reserva legal (ato discricionário). 
 
- EXCEÇÕES onde o tributo deverá ser criado por Lei Complementar ao invés da regra, que seria 
Lei Ordinária: 
1) Empréstimo compulsório (Art.148, CF); 
2) Imposto sobre grandes fortunas (Art.153, VII); 
3) Imposto residual (Art.154, I); 
4) Novas contribuições para seguridade social (PIS, COFINS, etc) (Art.195, § 4º). 
Para esses tributos não caberá Medida Provisória, pois são de competência de Lei Complementar. 
 
- (EXCEÇÕES em que o Poder Executivo poderá alterar alíquotas (através de Medida Provisória e 
até Decreto), em caso de MP precisará passar pelo trâmite de aprovação pelo Congresso Nacional, 
até virar ou não Lei Ordinária): 
1) II 
2) IE 
3) IPI 
4) IOF 
5) CID COMBUSTÍVEL: contribuição de intervenção no domínio econômico que vai incidir sobre 
importação e comercialização de petróleo e derivados (Art. 177, § 4º, I, b). 
 
- Benefícios fiscais devem ser concedidos por Lei Específica. 
 
Ditado pela professora: O direito tributário comporta regulamento através dos dispositivos 
constitucionais do CTN e de Leis Ordinárias. Nesse sentido, o maior princípio do direito 
tributário é, portanto, o da legalidade, visto que para se criar um novo tributo precisa se 
respeitar a lei, entretanto, é necessário observar se a criação ou majoração respeitou o 
aspecto formal e material da legalidade. Outro ponto importante é que para algumas questões 
como a correção monetária da base de cálculo e a mudança na data do pagamento do tributo 
não precisam ser determinadas por lei. Quando houver a necessidade de se conceder 
benefício tributário, este também está sob reserva de lei e precisa se determinado por lei 
específica ou pela lei instituidora do tributo. Desse modo, quando a administração pública 
cria um novo tributo e já exime certo grupo do seu pagamento, isso precisa estar disposto em 
lei. Quando o tributo já foi criado e posteriormente a administração pública quer conceder 
benefícios precisa ser por nova lei (lei específica). 
 
Quando a atualização da base de cálculo ultrapassa a mera correção monetária e se dá, por 
exemplo, por uma correção de anos de defasagem, significa majoração tributária, daí tem que 
ser por lei. 
 
2) Princípio da Não Surpresa/Anterioridade/Anterioridade de Exercício: 
O contribuinte não pode ser pego de surpresa. Tem que ter um tempo pra ele conhecer e se 
preparar para pagar o tributo. 
 
 Princípio da Anterioridade anual (diz que o tributo criado hoje, a lei será promulgada e a 
partir da publicação da lei o tributo só poderá ser cobrado no exercício do ano seguinte); 
 Princípio da Anterioridade nonagesimal (90 dias da data de publicação entre um exercício 
e outro para poder cobrar o tributo. Ex.: Lei Ordinária publicada em 01.12.2018, então o 
tributo só será exigido a partir de 90 dias dessa data); 
 Art.150, III, b-c, CF; 
 PODE CAIR EM PROVA: Se há redução ou extinção de tributo não há que se aguardar a 
anterioridade (tem que respeitar a legalidade, mas não a anterioridade, pois nesse caso 
beneficia o contribuinte); 
 Prorrogação sem aumento (se houver majoração, tem que ser por lei e respeitar a 
anterioridade, mas se for uma mera prorrogação sem aumento de carga tributária não 
precisa ser por lei nem obedecer ao princípio da anterioridade. É um ato do executivo 
que irá informar que no exercício do ano de 2019 continuaremos pagando o tributo X). 
 
EXCEÇÕES PARA A ANTERIORIDADE ANUAL (são tributos que se caracterizam pela ação direta do 
estado na economia, por isso a urgência de se aplicar logo): 
1) II 
2) IE 
3) IOF 
4) IPI (tem que respeitar a nonagesimal) 
5) Imposto Extraordinário de Guerra; 
6) Empréstimo Compulsório no caso de calamidade pública ou guerra externa. (ATENÇÃO) 
Para esse rol não precisa esperar pro exercício do ano seguinte a cobrança do tributo, nem 
respeitar a nonagesimal, com exceção do IPI. 
 
OBS.: ATENÇÃO: Empréstimo compulsório para investimento público urgente e de relevância 
nacional tem que respeitar os princípios da anterioridade anual e nonagesimal. (Obra pública 
de relevância) 
 
IPI e CID COMBUSTIVEIS tem que respeitar o princípio da anterioridade nonagesimal. 
 
Ditado pela professora: Princípio da Anterioridade: 
Em via de regra, a criação e majoração detributo precisa dar um prazo para que o contribuinte 
possa se preparar para o seu pagamento. Nesse sentido, o marco é o da publicação da lei. 
Assim, um tributo instituído por determinada lei só será cobrado no exercício do ano posterior 
ao de sua publicação (princípio da anteriodade anual ou de exercício). Do mesmo modo, o 
contribuinte precisa ter pelo menos 90 dias de prazo para o pagamento do tributo 
(anterioridade nonagesimal ou princípio da noventena). É importante destacar que tais prazos 
se referem à eficácia da lei, isto é, à produção de seus efeitos. 
 
Esses princípios comportam exceções, entretanto, o mais importante é distinguir que, no caso 
da exceção a anterioridade anual e nonagesimal os empréstimos compulsórios no caso de 
calamidade pública ou de guerra externa constituem uma exceção, entretanto, empréstimo 
compulsório para investimento público urgente e de relevância nacional NÃO constitui 
exceção e precisa respeitar a anualidade e a noventena. 
 
3) Princípio da Irretoatividade Tributária: 
 
- Art.150, III, a, CF 
Não retroage para alcançar fato gerador anterior à publicação. 
 
Ditado pela professora: Outro princípio importante para o direito tributário é o dá 
irretroatividade. Segunda a CF, uma lei nova que institui determinado tributo não pode atacar 
fato gerador que tenha ocorrido antes da publicação da lei, entretanto, tal princípio também 
comporta exceções que, em via de regra, são aquelas que beneficiam o contribuinte. 
 
Tais princípios são chamados pela doutrina como limitações ao poder de tributar, pois são 
normas que impedem o estado de transferir patrimônio do particular para os seus cofres de 
modo aleatório, portanto, são normas protetivas do contribuinte.

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