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TRIBUTOS EM ESPÉCIE 1 Aula 6: Transferência da propriedade ........................................................................................... 2 ............................................................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................................................ 3 Conteúdo Imposto sobre a transmissão "inter vivos" .................................................................... 3 Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. ................................................................................................................................ 5 Imposto sobre a renda obtida com o ganho de capital pela alienação de bens e direitos ................................................................................................................................. 7 Atividade proposta .......................................................................................................... 11 ........................................................................................................................... 12 Referências ......................................................................................................... 12 Exercícios de fixação Notas ........................................................................................................................................... 18 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 19 TRIBUTOS EM ESPÉCIE 2 Introdução Nesta aula, ainda tratando dos impostos que incidem sobre o patrimônio, faremos um estudo comparativo do ITD (ou ITCMD) e do ITBI. Este estudo conjunto é importante para que o aluno se torne definitivamente capaz de distinguir quando irá incidir um ou outro. Muita confusão se faz com esses dois impostos. O objetivo aqui é afastar qualquer motivo para confusão. Objetivo: 1. Principais características constitucionais e elementos da incidência do ITCMD; 2. Principais características constitucionais e elementos da incidência do ITBI. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 3 Conteúdo Imposto sobre a transmissão "inter vivos" A qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição. Os Artigos 38 a 42 trazem, de certa forma, as normas gerais para este imposto. Isso porque, quando o CTN foi elaborado não existiam dois impostos sobre a transmissão de bens. A bem da verdade, a divisão entre a transmissão “inter vivos” ou causa mortis, ou ainda de forma gratuita ou onerosa, não era clara. A divisão era por alíquotas. O CTN cuida dos dois indistintamente. De resto, caberá à legislação municipal instituí-lo. Pudera escolher um resumo do nome para este imposto escolheria “imposto sobre a transmissão onerosa de bens imóveis”, ao contrário do que fazem os estudantes de direito. Na realidade, não podemos chamá-lo de imposto “inter vivos”, pois a doação, fato gerador do ITCMD (estadual) é igualmente “inter vivos”. Assim, o que inicialmente os difere é a onerosidade. Além disso, veremos que para o imposto municipal trataremos apenas de bens imóveis. Aspecto material É a transmissão de bens e direitos a título oneroso de bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis. Por transmissão temos que entender a mudança de titularidade. Aquisição da propriedade se dá somente no registro, quando tratarmos de bens imóveis. Tecnicamente é neste momento em que se considera ocorrido o fato gerador. Também devemos ponderar que o imposto não incide na usucapião, quando não há transmissão, mas sim aquisição originária. Mas se aplica a todos os direitos reais previstos no Código Civil. E lá encontramos a promessa de TRIBUTOS EM ESPÉCIE 4 compra e venda. Não há dúvida de que não incidirá o imposto quando se constituir uma promessa de compra e venda, mas há quem admita a sua incidência quando estivermos diante de uma cessão de direito do promitente comprador (Artigo 1.225, VII, CC). Refere-se exclusivamente a bens imóveis, por assim estabelecer a Constituição. Entre particulares, ou melhor, dizendo, não comerciantes (assim entendidos aqueles que praticam a mercancia com habitualidade, de maneira organizada e finalidade de lucro), não há imposto na compra e venda de bens móveis. E você sabe disso, pois ao comprar um carro fora de uma loja/concessionária, você não paga imposto algum. Paga uma taxa para providenciar a mudança no registro do automóvel no DETRAN. Aspecto temporal Deveria ser considerado o momento do registro. Até porque o registro é o momento em que nossa lei determina que haverá a transmissão da propriedade. Contudo, por uma questão de garantia da satisfação do crédito, não raro os tabeliães exigem a guia comprovante de recolhimento de ITBI, que fazem inclusive constar no texto da escritura o número dela. Isso tudo por conta do Artigo 134 que lhes atribui responsabilidade pelo recolhimento dos tributos incidentes nos atos que perante eles se realizem. Aspecto espacial Considerando tratar-se de tributo que incide em relação a bens imóveis, o local será o do imóvel. Assim, onde o imóvel estiver localizado àquele município será devido. Assim, o sujeito ativo é o Município onde se encontra o bem. O contribuinte será quaisquer das partes na operação, restando ao Município a escolha. Em regra, a escolha é pelo adquirente, já que ele não conseguirá registrar a transferência sem o recolhimento do imposto. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 5 Base de cálculo É o valor venal, porque venal é valor de venda em uma situação normal de mercado. Não será necessariamente o valor declarado pelo contribuinte, já que esta declaração pode não corresponder com a realidade. Mas não poderá ser um valor mais alto que o do mercado por haver assim pretendido o fisco. Para isso são previstos procedimentos administrativos capazes de promover a revisão. Alíquota É estabelecida na lei municipal, sendo vedada qualquer progressividade por falta de autorização constitucional, nos termos da Súmula nº 656 do STF. Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. Quanto à sua legislação importante consignar que não há propriamente uma lei de normas gerais, o que leva aos Estados a possibilidade de regulá-lo, enquanto não sobrevenha a lei nacional. A despeito desse fato, encontramos na Resolução nº 9/1992 do Senado Federal algumas regras, especialmente sobre suas alíquotas. Podem seguir os Artigos 38 a 42 do CTN, que também tratam do ITBI, mas como visto ainda agora, estes Artigos não dispõem só do ITBI, nem só do ITCMD. Aspecto material Ele incidirá sobre a transmissão de qualquer bem ou direito, percebido por sucessão (legítima ou testamentária, inclusive a provisória) ou por doação. Assim, a transmissão de imóveis, de qualquer título representativo do patrimônio ou capital de sociedade, dinheiro, bem móvel e bem incorpóreo em geral. E transmissão é mudança de titularidade. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 6 Aspecto temporal Deverá ser tal como na lei civil, e assim, no caso da sucessão, será a data de sua abertura (conforme a morte real ou ficta); no caso de doação de bens imóveis, na data do registro; no caso de doação de bens móveis ou incorpóreos, na data de sua tradição.Aspecto espacial Dependerá do tipo de bem e da espécie de transmissão. O tributo será devido, no caso de bens imóveis, no local da situação do bem, relativamente a bens móveis, títulos e créditos, no caso de doação, onde tiver domicílio o doador, ou no caso de sucessão, onde se processar o inventário ou arrolamento. E de igual forma se deve determinar quem será o sujeito ativo, pelo Estado onde se considere ocorrido o fato gerador. O sujeito passivo será o herdeiro ou legatário e o donatário. A sua base de cálculo é o valor venal, que, se decorrente de avaliação judicial, a Fazenda a este não poderá se opor. A alíquota máxima será de 8% (oito por cento), como definido na Resolução nº 9/1992 do Senado Federal. Essa resolução admite a possibilidade de ser ela progressiva. Alguns Estados assim começaram a estabelecer progressividade, o que foi levado ao Supremo. Inicialmente, a tendência do Supremo era de manter o mesmo entendimento compartilhado em relação ao ITBI, mas o então Ministro Eros Grau (um dos maiores conhecedores de Direito Econômico) proferiu seu voto admitindo a progressividade como técnica de obediência à capacidade contributiva. Isso fez com que alguns ministros mudassem seus votos e ela foi admitida para o ITD. Ao final sugerimos a leitura deste dispositivo. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 7 Imposto sobre a renda obtida com o ganho de capital pela alienação de bens e direitos Os negócios jurídicos têm uma tributação específica, em que na hipótese de ganho de capital – conhecido popularmente como lucro imobiliário, para bens imóveis – incidirá uma alíquota fixa (e não progressiva, como é a regra do Imposto sobre a Renda), de 15% sobre o resultado positivo da alienação do imóvel. Assim, esclarecendo, a alienação (e não falo em compra e venda, exclusivamente), por valor superior ao da aquisição, é hipótese sobre a qual incide o Imposto de Renda. Atenção É importante esclarecer, desde já, que não se trata de mais um valor que irá se somar aos acréscimos que merecem aquela declaração anual. Vejam, é como se fosse, ou melhor, é verdadeiramente um outro imposto de renda. Com uma legislação própria, com um fato gerador próprio, com um recolhimento próprio, mas que deverá ser informado, em Anexo da Declaração de Ajuste Anual, no ano seguinte ao da operação. Como aspecto material, além da venda, quaisquer operações “tais como as realizadas por compra e venda, permuta, adjudicação, desapropriação, dação em pagamento, doação, procuração em causa própria, promessa de compra e venda, cessão de direitos ou promessa de cessão de direitos e contratos afins”, segundo o Artigo 117, §4º do RIR (Decreto 3.000/1999). A primeira hipótese de não incidência pura e simples é a indenização percebida na hipótese de desapropriação. Segundo a jurisprudência mais abalizada do STJ, acórdão da lavra do Min. Luiz Fux, na desapropriação não há “ganho, mas indenização justa”. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 8 Atenção E assim decidiu o Superior Tribunal:“Destarte, a interpretação mais consentânea com o comando emanado da Carta Maior é no sentido de que a indenização decorrente de desapropriação não encerra ganho de capital, porquanto a propriedade é transferida ao poder público por valor justo e determinado pela justiça a título de indenização, não ensejando lucro, mas mera reposição do valor do bem expropriado”. (REsp nº 960.407/RS) Ou ainda podemos citar decisão, encontrada no Informativo nº 188 do STJ, que define que as transferências para integralização de capital social não constituem fato gerador desse tributo. Quanto aos bens de pequeno valor, passaram a estar isentos do Imposto de Renda os ganhos de capital auferidos por pessoa física na alienação de bens e direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de alienação, no mês em que esta se realizar, seja igual ou inferior a: 1) R$ 20.000,00, no caso de alienação de ações negociadas no mercado de balcão; 2) R$ 35.000,00, nos demais casos. Atenção É importante esclarecer que estes limites se referem: • Ao bem ou direito ou ao valor do conjunto dos bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês; • À parte de cada condômino ou coproprietário, no caso de bens possuídos em condomínio, inclusive na união estável; • A cada um dos bens ou direitos possuídos em comunhão e ao valor do conjunto dos bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês, no caso de sociedade conjugal. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 9 Consideram-se bens ou direitos da mesma natureza aqueles que guardam as mesmas características entre si, tais como automóveis e motocicletas; imóvel urbano e terra nua; quadros e esculturas. Quanto ao único imóvel de propriedade do contribuinte será isento do Imposto de Renda o ganho de capital auferido na alienação do único imóvel que o titular possua, cujo valor de alienação seja de até R$ 440.000,00, desde que este não tenha sido realizada qualquer outra alienação nos últimos 5 anos. Quanto à alienação de imóvel residencial para aquisição de novo imóvel, serão isentos do Imposto de Renda o ganho auferido por pessoa física residente no País na venda de imóveis residenciais, desde que o alienante aplique o produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato. Para esse efeito, considera-se imóvel residencial a unidade construída em zona urbana ou rural para fins residenciais, segundo as normas disciplinadoras das edificações da localidade em que se situar. Essa isenção não é aplicável à: hipótese de venda de imóvel residencial com o objetivo de quitar, total ou parcialmente, débito remanescente de aquisição a prazo ou à prestação de imóvel residencial já possuído pelo alienante; venda ou aquisição de terreno; aquisição somente de vaga de garagem ou de boxe de estacionamento. Aspecto espacial Local de ocorrência do fato jurídico tributário, que está relacionado com a localização dos bens ou a residência do beneficiário dos rendimentos. Os residentes no Brasil, não importando a localização dos bens, serão tributados pelo princípio da tributação sobre bases globais ou universais. Quanto aos não residentes que auferiram lucros no Brasil, ou seja, bens localizados no Brasil também pagarão o tributo. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 10 Aspecto temporal Momento de sua ocorrência, é, em regra geral, a data da transação que lhe deu origem. Nas vendas a prazo, o ganho é apurado na medida em que as parcelas são pagas. Atenção Segundo a Instrução Normativa da SRF nº 84/2001, Artigo 30, caput e §§ 1º e 2º, deverão pagar tal tributo: 1) o alienante residente no Brasil; 2) o adquirente, pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil, ou o procurador, quando o adquirente for residente ou domiciliado no exterior, se o alienante for residente no exterior; inventariante, em nome do espólio, no caso de transferência causa mortis; 3) doador, no caso de doação, inclusive em adiantamento da legítima; 4) ex-cônjuge ou ex-convivente a quem, na dissolução da sociedade conjugal ou da união estável, foi atribuído o bem ou direito objeto da tributação; 5) cedente, na cessão de direitos hereditários. Quanto aos aspectos quantitativos, a base de cálculo é a diferença entre o valor da alienação e o custo de aquisição de um bem ou direito. Para o cômputo do custo de aquisição, devem ser consideradas: despesas de custos de construção, ampliação e reforma, quando projetos tenham aprovação do Município;pequenas obras e melhoramentos, como pinturas e trocas de azulejos; despesas com demolição do prédio construído no terreno necessário para se efetivar a alienação; despesas de corretagem referentes a aquisição ou alienação do imóvel, suportadas pelo alienante; gastos com obras públicas TRIBUTOS EM ESPÉCIE 11 como colocação de meio-fio, sarjetas, pavimentação de vias, instalação de rede de esgoto e eletricidade que tenha beneficiado o imóvel e eventual contribuição de melhoria; imposto de transmissão pago pelo alienante na aquisição do imóvel; laudêmio pago ao senhorio ou proprietário por desistir do seu direito de opção; juros e demais acréscimos pagos para a aquisição do imóvel. A alíquota será de 15%. Atividade proposta Locare Administração de Bens Móveis e Imóveis Ltda. ingressa em juízo com Mandado de Segurança, visando afastar o Lançamento Fiscal de ITBI incidente sobre sua cisão parcial, alegando que na apuração do Imposto foi adotado valor diferente do valor da operação, que coincidia com o valor venal do IPTU, o que configuraria a ilegalidade do ato. Assiste razão ao contribuinte? Chave de resposta: De acordo com o Artigo 38 do CTN, a base de cálculo do ITBI é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. O entendimento do STJ é de que "O 'valor venal', base de cálculo do ITBI, é o valor de mercado do imóvel transacionado, que pode, ou não, coincidir com o valor real da operação". TRIBUTOS EM ESPÉCIE 12 Referências CARNEIRO, Claudio. Impostos federais, estaduais e municipais. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. GRECCO, Marco Aurélio. planejamento tributário. 3. ed. São Paulo: Dialética, 2011. MARTINS, Marcelo Guerra. Impostos e contribuições federais. Rio de Janeiro: Renovar, 2012. PAULSEN, Leandro; MELO, José Eduardo Soares de. Impostos federais, estaduais e municipais. 8. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013. Exercícios de fixação Questão 1 CESPE – 2013 – TJ – ES/ Cartório de Notas Assinale a opção correta acerca do imposto de transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCMD). a) Por ser tributo real, o ITCMD não pode ser progressivo. b) A competência para sua instituição é dos municípios e do Distrito Federal. c) A instituição do ITCMD relativo a bens imóveis e respectivos direitos compete ao município da situação do bem ou Distrito Federal. d) A instituição de ITCMD relativo a bens móveis, títulos e créditos compete ao estado onde se processa o inventário ou o arrolamento, ou onde tiver domicílio o doador, ou o DF. Questão 2 VUNESP – 2014 – TJ – PA – Juiz de Direito Substituto No que respeita ao imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCMD), cuja titularidade impositiva pertence aos Estados e ao Distrito Federal, é correto afirmar que: a) Terá suas alíquotas máximas fixadas por lei complementar. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 13 b) Terá a competência para sua instituição regulada por lei complementar se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve seu inventário processado no exterior. c) Relativamente a bens móveis compete ao estado da situação do bem, ou ao distrito federal. d) Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos compete aos estados onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao distrito federal. Questão 3 FGV – 2014 – AL – BA – Auditor Com referência à competência para exigir o pagamento do imposto causa mortis e doação, analise as afirmativas a seguir. I. Tratando-se de bens imóveis e respectivos direitos, o Estado competente para exigir o imposto será o da situação do bem ou do Distrito Federal. II. Se a mutação patrimonial envolver sucessão aberta no exterior, a competência transmuda-se para o local do óbito. III. Com relação a títulos, competente será o Estado onde o inventário ou o arrolamento se processar. IV. No que diz respeito aos bens móveis, a competência, no caso de doação, é do domicílio do donatário, mesmo se residente no exterior. Assinale: a) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. b) Se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. c) Se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. d) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. Questão 4 FGV – 2013 – CONDER – Advogado Márcia Só, nos autos do inventário de seu falecido pai, foi surpreendida com a pretensão da Fazenda Estadual em lhe cobrar o Imposto Causa Mortis e Doação aplicando alíquota progressiva. Nesse caso: TRIBUTOS EM ESPÉCIE 14 a) A pretensão da fazenda estadual é inconstitucional eis que só os impostos de caráter pessoal podem ter alíquotas progressivas. b) A pretensão da fazenda estadual não se coaduna com o princípio da capacidade contributiva, já que incide sobre o patrimônio herdado, sem considerar o perfil do herdeiro. c) Assiste razão à fazenda estadual uma vez que todos os impostos devem ser graduados de acordo com o princípio da capacidade contributiva. d) Não cabe a progressividade das alíquotas do imposto mortis causa e doação sem que haja algum grau de pessoalidade em sua exigência. Questão 5 PGE – GO – 2013 – PGE – GO – Procurador do Estado A respeito do imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, é CORRETO afirmar que: a) A decadência do direito de lançamento pelo FISCO Estadual tem como termo inicial o evento morte, em função do princípio da saisine. b) A participação fazendária restringe-se à atuação direta de auditor fiscal da receita estadual nos feitos judiciais e extrajudiciais, a fim de aferir a regularidade do recolhimento do tributo. c) Tem alíquotas máximas definidas em lei complementar nacional. d) A jurisprudência do STJ sedimenta-se no sentido de que, em se tratando de inventário, o juiz de direito investe-se da qualidade de agente lançador do tributo e, ao julgar o valor do imposto no seio do procedimento especial, acaba por efetuar a constituição do crédito tributário. Questão 6 Em relação à base de cálculo do ITBI é CORRETO afirmar: a) Será sempre a mesma base financeira utilizada para apuração do IPTU. b) Será sempre o valor de mercado, que será necessariamente será o valor da transação. c) Nas hipóteses de arbitramento da base de cálculo, o lançamento somente poderá ser revisto judicialmente, não cabendo revisão administrativa. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 15 d) Na aquisição do bem alienado judicialmente a base de cálculo do ITBI é o valor alcançado na hasta pública. Questão 7 Quanto à hipótese de incidência do ITBI é CORRETO afirmar: a) O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que o Imposto de Transmissão “Inter Vivos” (ITBI) não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo adquirente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo da alienação do terreno. b) Deve ser reconhecida de imunidade do ITBI se a atividade de locação de propriedade imobiliária não for a atividade preponderante. c) O fato gerador do imposto de transmissão é a transferência da propriedade imobiliária, que somente se opera mediante registro do negócio jurídico no ofício competente. d) O fato de uma decisão judicial, superveniente ao regular recolhimento do ITBI, ter anulado a compra e venda não induz o raciocínio de que o tributo foi recolhido indevidamente. Questão 8 CESPE – 2013 – TJ – ES – Titular de Serviços de Notas e de Registros Assinale a opção correta no que se refere ao imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI). a) A competênciapara instituir o ITBI é dos municípios e do DF, e da União, em território federal que não seja dividido em municípios. b) O ITBI incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica, em geral, em realização de capital. c) O ITBI incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica em geral. d) A instituição do ITBI compete ao estado da situação do bem. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 16 Questão 9 FGV – 2013 – TJ – AM – Juiz Na partilha de patrimônio comum entre os irmãos Joaquim e Renato, constituído de dois imóveis (um no valor de R$ 600.000,00 e outro no valor de R$ 1.000.000,00), três cenários se desenham: I. No primeiro deles, Joaquim fica com o imóvel de valor menor, cabendo a Renato o imóvel de maior valor, sem qualquer tipo de compensação de Renato em favor de Joaquim. II. No segundo cenário, observada a mesma divisão de imóveis, Renato compensa Joaquim com a diferença em dinheiro equivalente à partilha igualitária do patrimônio comum, pagando-lhe R$ 200.000,00. III. No terceiro cenário Renato adquire integralmente a parte de Joaquim no patrimônio comum, pagando-lhe R$ 800.000,00. Com relação aos cenários apresentados, assinale a afirmativa verdadeira. a) No cenário (I) será devido tributo ao Município, sobre a doação de R$ 400.000,00. b) No cenário (II) será devido tributo ao Município, sobre a transmissão de imóveis por ato inter vivos, no valor do imóvel que ficou exclusivamente no domínio de Renato (R$ 1.000.000,00). c) No cenário (III) será devido tributo ao Estado, sobre a transmissão de imóveis por ato inter vivos, no valor de R$ 800.000,00. d) No cenário (II) será devido tributo ao Estado, sobre a transmissão de imóveis por ato inter vivos, no valor pago por Renato a Joaquim (R$ 200.000,00). e) No cenário (I) será devido tributo ao Estado, sobre a doação de R$ 200.000,00. Questão 10 CESPE – 2013 – TJ – RR – Titular de Serviços de Notas e de Registros Determinada pessoa decidiu criar três empresas, uma prestadora de serviço público de transporte urbano, uma empresa de arredamento mercantil e uma imobiliária. Na integralização de capital, transferiu, para cada uma das três empresas, um imóvel onde vão funcionar as respectivas atividades e que servirá de sede a cada delas. Nessa situação, o ITBI: TRIBUTOS EM ESPÉCIE 17 a) Incidirá nas três operações de transferência. b) Não incidirá apenas na operação de transferência do imóvel para a primeira empresa. c) Não incidirá apenas na operação de transferência do imóvel para a segunda empresa. d) Não incidirá apenas na operação de transferência do imóvel para a terceira empresa. e) Não incidirá em nenhuma das operações de transferência. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 18 CC: Código Civil. CTN: Código Tributário Nacional. DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito. IR: Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. ITBI: Imposto sobre a transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. ITCMD: Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. ITCD: Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. ITD: Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. SRF: Secretaria da Receita Federal. STF: Supremo Tribunal Federal. STJ: Superior Tribunal de Justiça. TRIBUTOS EM ESPÉCIE 19 Aula 6 Exercícios de fixação Questão 1 - D Questão 2 - B Questão 3 - A Questão 4 - C Questão 5 - D Questão 6 - B Questão 7 - B Questão 8 - A Questão 9 - E Questão 10 - B
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