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Resumo para AP1 literatura

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Resumo para AP1 – Literatura na formação do leitor – 2019.1 
 Filme o carteiro e o poeta: 
Mário Ruppolo vive à beira-mar com o pai; este um pescador como a maioria dos homens 
da localidade. Acontece que Mário não quer ser mais um deles; tem até alergia. Para fugir 
um pouco da pregação do pai, divide seu tempo entre longos passeios, e quando pode, 
vai ao cinema. Ao ver uma vaga nos Correios, vê a chance de unir seu gosto pelos 
passeios com sua bicicleta, a um trabalho longe das pescarias. Aliado a isso, o prazer em 
ter um contato maior com Pablo Neruda, que se encontra em exílio político. Aos poucos, 
as barreiras entre esses dois homens vão se quebrando. Mário, em simplicidade, ganha 
o carinho de Neruda. Que o ajuda a vencer a timidez para se aproximar de sua amada 
Beatrice. Com o término do exílio, Neruda vai embora. Mário, por sua vez já está casado. 
Mas não é mais o homem de outrora. Quer agora falar e muito. Então se engaja na 
política de oposição. Destaco aqui, uma passagem onde a sogra fica a repetir “o pássaro 
comeu e foi embora“. Que Neruda aproveitou-se do genro enquanto lhe foi útil. Então, 
Mário lhe diz que se alguém fora útil ao outro, esse alguém fora Neruda a ele. Ele sim 
aproveitara aquela convivência. Aprendera muito de si mesmo com o poeta. Claro que 
para ambos, carteiro e poeta, não houve uma materialidade nessa convivência, mas sim 
uma troca saudável, prazeirosa e que preencheu a vida deles naquele período. Por 
iniciativa de um, como também da boa receptividade do outro, houve carinho, respeito e 
apreço naquela amizade. Mesmo num curto período, fora marcante. E ele não foi apenas 
um cumpridor do seu dever - o de entregar carta. Enfim, temos aqui uma linda história de 
amizade! 
 Aula 1: O que é Literatura? O que é poesia? Elementos característicos 
(singularizantes) do poema 
Uma das características mais fortes da Literatura é a capacidade de se criar por meio de 
palavras, ou seja, a capacidade de plurissignificação. 
Mas afinal o que é literatura? O dicionário Aurélio define Literatura como “1. Arte de 
compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso; 2. O conjunto do trabalho 
literário dum país ou duma época. 
Uma outra possibilidade é o que disse o ensaísta e crítico francês Roland Barthes: “ 
Entendo por literatura não um corpo ou uma sequência de obras, nem mesmo um setor 
de comércio ou de ensino, mas o grafo [marca] complexo das pegadas de uma prática: a 
prática de escrever. Nela viso, portanto, essencialmente, o texto, isto é, o tecido dos 
significantes que constitui a obra, porque o texto é o próprio aflorar da língua, e porque é 
no interior da língua que a língua deve ser combatida, desviada: não pela mensagem de 
que ela é o instrumento, mas pelo jogo das palavras de que ela é o teatro. Posso portanto 
dizer, indiferentemente: literatura, escritura, ou texto “ 
A linguagem literária difere da linguagem comum, usada no cotidiano, bem como da 
linguagem informativa, de um jornal ou de um livro didático, cujo valor repousa apenas na 
competência de transmitir uma ideia ou de passar informações. Em Literatura tudo é 
artifício, isto é, tudo é elaborado para criar um efeito e tocar o leitor 
O que é poesia? A poesia é um gênero literário que se expressa na forma de poemas 
escritos em versos, constituídos de palavras escolhidas não só pela sua carga de 
significação (nível semântico), mas também pela sua aparência e sonoridade. Todos 
esses recursos, em suas diferentes variações, são elementos característicos da poesia, 
tornando-se elementos singularizantes do poema. Dão identidade ao poema. Em função 
desse maior adensamento da linguagem, a poesia é, em geral, mais econômica, 
condensada que a prosa. 
Exemplo de poesia: 
A poesia é uma pulga 
A poesia é uma pulga, 
Coça, coça, me chateia, [...], 
Mexe, mexe, não se cansa, 
Nas palavras se balança [...] (Sílvia Orthof, 1992, p. 4) 
Elementos característicos (singularizantes) do poema: 
1. Maior subjetividade ao enfocar temas ligados aos afetos, aos relacionamentos ou à 
relação do homem com o seu entorno, com a natureza, por exemplo, institui a 
poesia. Os textos da poesia são os poemas. 
2. Maior preocupação com o relato das ações do homem no mundo, seus conflitos e 
seus desejos de maneira sequencial, traduz-se nas formas épicas ou narrativas. 
De modo geral, os textos narrativos constituem a prosa. 
Os elementos que caracterizam a criação dos poemas e podem ser considerados seus 
elementos singularizantes: o verso, o ritmo e a métrica; a sonoridade e a rima; as imagens 
e figuras de linguagem e as formas de apresentação dos poemas. Esses elementos 
singularizantes podem às vezes se tornar quase imperceptíveis, mas estarão sempre lá, 
de um jeito ou de outro, quando houver intenção de poesia. 
A poesia lírica é aquela que toca mais o coração e possui ritmos musicais marcados. 
O verso e a estrofe: 
O que caracteriza o discurso na poesia é o uso de versos, recortes de frases, ou de parte 
delas, obedecendo a uma imposição da forma escolhida pelo poeta. Os versos, por sua 
vez, sucedem-se formando estrofes. 
A não ser em modalidades poéticas de forma fixa, como o soneto, a canção a 
organização da estrofe é livre. Algumas composições de forma fixa, em função do número 
de versos que apresenta, são conhecidas como dísticos – poemas organizados em dois 
versos; tercetos, organizados em três versos e quarteto ou quadra, em quatro versos. 
Exemplo de poema dístico: 
“Que bela, a Isabela 
O sol, todo dia, acorda com ela. 
A lua, toda noite, 
vai dormir com ela. [...]” 
O RITMO E A MÉTRICA: 
Diz-se do ritmo da poesia que ele define uma métrica, uma medida de sonoridade, cujas 
unidades são sílabas métricas que podem ser sentidas se a cada divisão o leitor bater 
uma palma. O poeta pode usar métricas pré-estabelecidas, simétricas ou assimétricas. 
 
Alguns versos mais tradicionais recebem nomes especiais, conforme o número de 
sílabas. As redondilhas são versos de cinco (redondilha menor) ou sete sílabas 
(redondilha maior), muito usadas nas composições populares, nos “repentes”, na literatura 
infantil. O chamado verso heroico, usado nas epopeias, é um verso de dez sílabas. O 
verso alexandrino é composto por doze sílabas e foi muito usado no classicismo francês 
(século XVII) até mesmo no teatro. 
Voltando às sílabas métricas, dois exemplos são suficientes para que se perceba que: 
1. As sílabas métricas são fortes ou fracas; 
2. Só as fortes determinam o número de sílabas, e a última sílaba, se for fraca, não 
entra na contagem; 
A variação da métrica ajuda a estabelecer um ritmo, ainda que os versos sejam curtos. 
Da combinação da forma do verso (métrica e ritmo) com as palavras usadas surgem os 
sentidos que o leitor recupera. A poesia é um gênero muito livre. 
A sonoridade e a rima: 
O ritmo pode ser acentuado pelo uso das repetições sonoras aos finais dos versos ou no 
interior deles. Essas combinações de sonoridades semelhantes são as rimas que, por sua 
vez, são classificáveis. Para esta classificação estabelece-se que cada rima seria uma 
letra do alfabeto. 
Se a repetição sonora ocorre em dois versos seguidos, temos as rimas emparelhadas (AA 
ou BB), mas se estão distantes pela intercessão de outra rima emparelhada, elas serão 
interpoladas (ABBA); Como por exemplo: 
 
Em versos alternados, rimas alternadas (ABAB) ou cruzadas. Veja o exemplo: 
 
Com palavras proparoxítonas, as rimas são esdrúxulas. Siga o exemplo: 
 
No exemplo acima as rimas A são esdrúxulas interpoladas; as B são emparelhadas 
 Aula 2 – Elementos característicos (singularizantes) do poema (continuação): 
imagens e figuras de linguagem; Metalinguageme intertextualidade; 
Paráfrase, Paródia e Sátira: 
IMAGENS: FIGURAS DE LINGUAGEM: 
As imagens são construções que resultam do modo especial de usar as palavras para 
despertar no leitor sugestões diversas. 
FIGURAS DE SIMILARIDADE: 
1. Comparação (símile): aproxima dois termos pelo emprego obrigatório de 
conectivos “como”, “assim como”, “tal qual” e outros. 
2. Metáfora: usa um termo pelo outro por substituição, sem conectivo. Pode-se dizer 
que a metáfora estabelece uma comparação, mas apenas subentendida, já que os 
conectivos são sugeridos implicitamente. Por isso deve-se prestar atenção ao se 
encontrar uma ou outra dessas figuras em um poema. 
O poema Desencanto, de Manuel Bandeira, marca bem a diferença entre as duas figuras. 
Veja: 
 
Atenção: METÁFORA E COMPARAÇÃO NÃO PRECISAM SER CONFUNDIDAS. 
No poema acima, se estivermos atentos, vemos que o conectivo como aparece 
explicitamente no primeiro e último versos, estabelecendo uma comparação. No entanto, 
quando o poeta diz que seu “verso é sangue” faz metáfora. 
Figuras de contiguidade: 
1. Metonímia: emprego de um termo por outro numa relação de ordem de: 
▪ causa pelo efeito 
▪ sinal pela coisa significada 
▪ continente pelo conteúdo 
▪ possuidor pela coisa possuída 
 
2. Sinédoque: emprego de um termo por outro numa relação de compreensão de: 
 ▪ parte pelo todo 
 ▪ singular pelo plural 
▪ gênero pela espécie 
 ▪ abstrato pelo concreto. 
Figuras de oposição: 
1. Antítese: aproximação de ideias contrárias. 
Exemplo: em Camões, “Amor é fogo que arde sem se ver”. Esta mesma ideia de 
contradição entre termos pode ser chamada de oxímoro ou paradoxo, ou, em grau 
mais atenuado, também pode se manifestar na ironia. No caso da ironia, há uma 
espécie de enviesamento da frase, de modo que o que se diz visa o seu contrário, 
para efeito cômico ou mesmo de desacato. 
Figuras de efeito sonoro: 
1. Aliteração: repetição da mesma consoante ao longo do poema, cujo efeito está 
ligado à significação do texto. Cabe ao leitor explorar seu efeito. Exemplo: 
Braços nervosos, brancas opulências, 
Brumas brancuras, fúlgidas brancuras 
Alvuras castas, virginais alvuras, 
Latescências das raras latescências [...] (poema Braços, Cruz e Souza) 
Dá para se perceber o efeito do br e dos s, um trazendo movimento outro tornando 
espichado o efeito das brancuras. 
2. Assonância: quando a repetição se dá com as vogais no poema. Exemplo: Por 
que não lembrar a sonoridade do a e do e, no poema que lemos, de Cecília 
Meireles, Que bela, a Isabela? 
 
3. Repetição de palavras: Às vezes há uma falsa repetição, entre palavras 
homófonas, como houve (do verbo haver) e ouve (do verbo ouvir), como na estrofe 
do poema de Ribeiro Couto, Hora de ter saudade: 
Houve aquele tempo… 
(E agora, que a chuva chora, 
Ouve aquele tempo!) 
 
4. Onomatopeia: A figura mais conhecida em poemas, de efeito às vezes cômico, às 
vezes terno. Exemplo: Poema: Sino de Belém, Manuel Bandeira 
Sino de Belém, pelos que inda vêm! 
Sino de Belém, bate bem-bem-bem 
Metalinguagem: 
Para Drummond o valor maior da literatura está na diégese, isto é, na capacidade de criar 
uma realidade de palavras, no trabalho de criação com as palavras. 
A metalinguagm é o ato de refletir sobre o código (língua, linguagem), utilizado para a 
criação de determinado trabalho poético, utilizando-se deste mesmo código para traduzir 
uma reflexão sobre a feitura do poema, sobre o ser da poesia. Além de refletir sobre o 
próprio fazer poético, o poeta pode utilizar o poema para refletir sobre si mesmo, expor o 
que seja o “eu lírico”. A metalinguagem manifesta-se na Literatura, e também nas artes, 
toda vez que o artista reflete sobre a linguagem ou sobre a arte que realiza. Na música 
popular brasileira podemos citar Uma palavra, de Chico Buarque, Língua, de Caetano 
Veloso. 
Intertextualidade: 
Chamamos de intertextualidade, o fenômeno de, como diz o dicionário 
Houaiss,“superposição [fusão, ressonância, como queiram] de um texto literário a outro; 
influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que 
gera a atualização do texto citado”. A intertextualidade pode ser implícita ou explícita e 
ocorre como paráfrase, paródia ou sátira, entre outros gêneros textuais. 
1. Paráfrase: 
A paráfrase é esta nova apresentação de um texto realizada por outro autor. É preciso 
atenção: há uma legislação que limita a paráfrase como referência (que ocorre nos 
estudos literários, por exemplo, numa explicação de texto feita ou não pelo autor do texto 
original). É diferente da cópia de uma obra por outro autor, considerada plágio. Quando se 
quer referir ao que disse um autor sem se fazer citação direta, usa-se a paráfrase. Como 
exemplo, pode-se pensar nas edições condensadas da epopeias clássicas, como fez 
Ruth Rocha com a Odisseia e a Ilíada. 
2. Paródia: 
Se a referência a uma obra se dá na contramão desta, ocorre a paródia. Como diz o 
dicionário Houaiss, a paródia é: “obra literária que imita outra obra, ou os procedimentos 
de uma corrente artística com objetivo jocoso ou satírico”. 
3. Sátira: 
A sátira pode se constituir, por si mesma, um gênero literário, podendo ser obra original 
que tem como alvo de crítica as instituições, os costumes ou as ideias a ela 
contemporâneas. Tem valor histórico porque permite que se reconheça ali a mentalidade 
de um período, vista pelo seu avesso e ironizada numa obra. A sátira tem 
obrigatoriamente um valor social. 
Exemplo: O elogio da loucura (1511), de Erasmo de Rotterdam, obra com que o 
renascentista abalou sua época, com críticas mordazes a tipos humanos – juristas, 
filósofos, eclesiásticos, nobres – e a instituições. 
 Aula 3: Aula 3 – POESIA CLÁSSICA. AS FORMAS FIXAS. POESIA MODERNA. 
POESIA CONTEMPORÂNEA. 
Poesia clássica: 
As formas clássicas foram retomadas no Brasil em dois momentos: no Arcadismo (sec. 
XVIII) e no Parnasianismo (sec. XIX). 
O Arcadismo foi um movimento literário nascido na Europa nos anos 1750, cujas 
características principais são o “desejo de simplicidade intelectual [...] e, também, de 
simplicidade afetiva, devida ao reconhecimento da dignidade e beleza que pode haver na 
manifestação das emoções”. Sendo assim, o Arcadismo valorizava o contato com a 
natureza, tido como base de toda sabedoria e felicidade. “Daí o apreço pela convenção 
pastoral, isto é, pelos gêneros bucólicos, que visam representar a inocência e a sadia 
rusticidade dos costumes rurais, sobretudo dos pastores.” Em terras brasileiras o 
Arcadismo contribuiu fortemente para a formação de uma identidade nacional na 
literatura, e seus principais representantes são os poetas da chamada ‘escola mineira’, 
Cláudio Manuel da Costa, Frei Santa Rita Durão, Basílio da Gama, Tomás Antônio 
Gonzaga e Silva Alvarenga. 
O Parnasianismo chegou ao Brasil na segunda metade do século XIX por influência dos 
ideais de liberdade que tomava conta da França. O nome remete a Parnasos, o lar das 
musas na mitologia grega, e o estilo retomou conceitos da Antiguidade Clássica, como a 
elaboração de uma lógica racional que tornava os poemas complexos e de mais difícil 
entendimento. A perfeição da escrita e a inspiração da arte, principais características 
parnasianas, aparecem na valorização do soneto, da métrica e da rima. Os poetas Olavo 
Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, são considerados A Tríade Parnasiana. 
 
As formas fixas: 
1. O mais conhecido que é o SONETO: formado por dois quartetos e dois tercetos 
(estrofes de quatro versos e estrofes de três versos) 
 
2. O mais popular que é a QUADRINHA, poema todo formado de quartetos. As 
quadrinhas sãoformas populares, em geral escritas em redondilhas (5 ou 7 
sílabas) 
 
 
3. Há também a BALADA, feita para ser cantada, e que oferece muitos exemplos de 
repetição, como em Cultura, de Arnaldo Antunes. Obseve um trecho: 
O girino é o peixinho do sapo 
O silêncio é o começo do papo 
O bigode é a antena do gato 
O cavalo é pasto do carrapato [...] 
 
4. A CANÇÃO, composição que pode ser curta e que permite todos os temas, mas 
em geral é melancólica ou satírica. Pode apresentar uma estrofe que se repete, 
chamada estribilho. Há canções populares que são chamadas folclóricas, porque 
identificam regiões, culturas, assim como há também canções nacionais. 
Como se percebe, a proximidade da poesia com a música se evidencia nas formas fixas. 
Há ainda algumas formas que são usadas por poetas modernos, como o RONDÓ 
(quadras ou estrofes maiores em versos de sete sílabas, em que há uma retomada dos 
dois primeiros versos em estrofes sucessivas). Exemplo: 
Rondó dos Cavalinhos, de Manuel Bandeira 
Os cavalinhos correndo, 
E nós, cavalões, comendo... 
Tua beleza, Esmeralda, 
Acabou me enlouquecendo. 
 Aula 4 – A poesia e as artes: A Literatura e o Cinema 
As características da poesia como manancial de criação de imagens na imaginação do 
leitor, pelo uso de figuras de palavras, de jogo de visualidades e sonoridades são 
condições importantes para a intertextualidade da poesia com a música, familiaridade que 
a musicalização de poemas, da qual vimos exemplos, evidencia. Mas também devem ser 
considerados a figura do poeta, sua sensibilidade, sua rebeldia em relação ao meio, às 
limitações da mentalidade dos contemporâneos, que são exploradas pelo cinema. 
A literatura e o cinema: 
Pablo Neruda, considerado um dos mais importantes literatos do século XX. Sua obra é 
lírica, plena de emoção e marcada por um acentuado humanismo. Alternando a vida 
literária com a diplomática, Pablo Neruda era o embaixador chileno na França quando 
ocorreu o golpe de Estado que depôs o presidente Salvador Allende. De volta ao Chile, 
sofreu perseguições políticas e morreu pouco tempo depois. 
Sobre o cineasta Michael Radford; 
Michael Radford cineasta e roteirista britânico, nasceu na Índia, em Nova Delhi, em 1946. 
Além de Il postino, dirigiu também 1984, baseado no livro de George Orwell, e o Mercador 
de Veneza, baseado na peça de Shakespeare, em que Al Pacino faz o papel-título.

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