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Avaliação Semiológica – Fêmeas - gatos: falta taurina – é essencial! - vitamina A e ácido aracdônico - por isso, não podem comer ração de cachorro - em gatos: vacinação é rara (erro dos tutores) - útero: próximo ao polo caudal do rim; - gl. mamária: dividir em 4 para inspecionar e palpar com cuidado; Histórico: geral: idade, estado geral, alimentação e vacinação; - específico: detalhes do ciclo estral: IIE, duração de cada fase do ciclo estral, coberturas anteriores, aceitação ou rejeição ao macho, gestações anteriores, abortos, tratamentos anteriores, exame de brucelose. Avaliação clínica: geral: sistema cardiorrespiratório, sistema osteomuscular, perfil bioquímico; específica: inspeção de vulva, vaginoscopia/endoscopia vaginal, palpação digital da vagina, citologia vaginal, US do ovário e do útero, testes sorológicos/cultura vaginal, glândula mamária. Vaginoscopia: - estenoses vaginais; - dobra mediana dorsal: formada no teto da vagina e diminui o diâmetro da vagina; - a abertura da cérvix fica na parede dorsal da vagina; - edemaciado e rugosa na fase de estro; - dificuldades anatômicas em cadelas dificultam a inseminação e chegada ao útero; - sêmen, se congelado, deve ser colocado no útero; - o ejaculado tem que ser com bom volume e pressão (no caso do coito) para subir para a cérvix; em inseminação é difícil porque não há pressão; - a opção é endoscopia – endoscópio rígido é o melhor - a vagina das cadelas são longas: 12cm em raças pequenas e de 25 a 29cm em raças grandes; - é importante sempre fazer endoscopia, especialmente em casos de: a) anormalidades reprodutivas b) trauma vaginal c) origem de secreção vulvar d) incontinência urinária e) infecções recorrentes do trato urinário; f) fêmea não receptiva ao macho; g) identificação das fases do ciclo estral - equipamento: otoscópio, anoscópio, rinoscópio (vestíbulo), proctoscópio pediátrico, cistoscópios, endoscópio rígido/flexível - crenulação: é a identificação das fases do ciclo estral - pro estro: rósea, edemaciada, muco e secreção sanguinolenta; - diestro: tem manchas róseas quase esbranquiçadas; - hemorragia pós parto – perigo; Palpação Digital da Vagina - hipertrofia de clitóris – pode ser interssexo – perdir cariótipo para identificar (linfócito é a célula escolhida, pois tem cariótipo parecido com a ovogônia) - estenose vaginal - aderências vaginais – banda fibrosa, logo após o meato urinário, entre assolho e teto da vagina, no útero; canal reduzido, desenvolvimento anormal da vulva (infantil), urovagina; - corpo estranho; - tumores vaginais; Citologia Vaginal - CÉLULAS SUPERFICIAIS: associadas com maior concentração de estrógeno (>70% de células superficiais = pico máximo de estrógeno); escama (perdeu núcleo) é contado junto com célula superficial (tem núcleo puntiforme); - CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS - CÉLULAS PARABASAIS - 1 mês e meio – cadela em estro/proestro; se 8 semanas – ciclo estral está irregular; - se a cada 3 meses tem novo proestro/estro – o IIE é curto – fazer citologia; - 1° dia do diestro (dia de mudança na citologia) na citologia + 57 dias = data provável de parto (+/- 2 dias) ou 64 dias pós onda de LH – data provável do parto; são as duas formas de prever - cadela ovula oócito primário; - na gata – umedecer antes de fazer a citologia com swab; - fim do proestro/começo do estro – já atinge pico de LH; - se cérvix fica fechada quando deveria haver o parto, ocorre mumificação fetal; UTILIZAÇÃO DA CITOLOGIA VAGINAL 1. Manejo da cobertura normal - identificação do proestro/estro, diestro; - 2 ou 3 exames - 80% células superficiais; 2. Transporte de fêmeas 3. Ciclos estrais irregulares 4. Previsão da data de parto – 57+/-1 dia 5. Infertilidade 6. Cistos foliculares: estrógeno 7. Vaginites 8. Tumores vaginais - coloração: Wright/Giemsa; panótico; new methileno blue; papanicolau e shoore; - a citologia é uma técnica simples e barata, realizada em cães a despeito do tamanho e temperamento, não causa dor e é realizada na presença ou ausência de secreção vaginal LIMITAÇÕES DA CITOLOGIA - não separa proestro do estro; - não identifica o dia da ovulação/fecundação; - não diagnostica a prenhez; - não substitui a observação do estro; Exame ultrassonográfico - Gestação – idade gestacional, viabilidade fetal, previsão da data do parto - secreção vaginal; - infertilidade/alteração do ciclo estral; - massa abdominal; - piometra/piometra de coto; - mumificação fetal; - cisto ovariano/neoplasia ovarianas - o diagnóstico de gestação pode ser feito de 27 a 32 dias após o pico de LH – observa-se presença de vesícula gestacional de 1 a 2cm e fetos de 0,5 a 1,5cm com batimentos cardíacos; - idade gestacional: média de 2 ou mais fetos – diâmetro biparietal, diâmetro corporal, comprimento da nuca a inserção da cauda, anatomia fetal; - viabilidade fetal: 200 a 250 bat/min – é normal; abaixo disso é sofrimento fetal; é importante fazer US diariamente – se chegar a 120 a 150 bpm – tem que tirar os fetos; - ovulação: 8mm é a estrutura máxima permitida para o folículo ovular; 4mm em gatas; - CISTOS OVARIANOS/PARAOVARIANOS – lúmen anecoico, parede fina e reforço acústico – proestro/início do estro > 8mm (é cisto) - cistos paraovarianos são mais comuns – geralmente resquícios do ducto de Wolf; - no diestro, anestro, qualquer estrutura é cisto; - HCE – hiperplasia cística do endométrio piometra/vaginite/endometrite: cultura positiva + secreção vaginal (na vaginoscopia) + citologia vaginal com bastante neutrófilo; TESTES SOROLÓGICOS - teste para brucelose canina - A B. canis é transmitida pela inalação/ingestão de bactérias e pelo contato sexual – teste de aglutinação rápida CULTURAS VAGINAIS GLÂNDULAS MAMÁRIAS - inspeção e palpação – simetria glandular, inflamação, ulceração, linfonodos regionais, retração; - glândulas apócrinas, tubuloalveolares compostas; - 90% das lesões são detectadas por exame clínico - exames complementares solicitados: vaginoscopia, culturas, testes sorológicos (brucelose), US, citologia. Afecções Uterinas – Bovinos - são mais frequentes no periparto/puerpério (período do pós parto com expulsão dos envoltórios fetais, vide placenta, involução uterina e etc); - atraso na involução uterina; - aumenta tempo de retorno pra reprodução – anestro pós parto - a vaca prolongará o tempo de lactação, o que diminui a média daquela lactação Período pós parto fisiológico - insensibilidade ao GnRH – de 7 a 14 dias; - 1ª ovulação pós parto – 14 a 35 dias; - involução uterina – de 30 a 45 dias; Metrite puerperal aguda - fatores etiológicos: partos distócicos, cesarianas, gestações gemelares, retenção de placenta, aborto, condição corporal, vacas de leite: alta produção Período de transição fisiológica - ingere mais matéria seca - no terço final da gestação: há crescimento final do bezerro e preparação para produção de leite; - no puerpério: lactação, involução uterina e retorno à reprodução - essas duas fases há balanço energético negativo, que favorece doenças infecciosas MUDANÇAS HORMONAIS NO PERÍODO DE TRANSIÇÃO - aumento do GH: que leva à resistência à insulina e lipólise; - redução do IGF-1: redução a sensibilidade de FSH e LH; - resistência à insulina/redução da insulina: lipólise e liberação de ácidos graxos não esterificados (corpos cetônicos); - no período de transição, há queda do consumo de matéria seca, o que leva ao balanço energético negativo e a queda da ECC; com isso, há diminuição da imunidade e propensão a doenças infecciosas; há também aumento da demanda de cálcio devido ao parto e a lactação; - as principais alterações metabólicas e patologia do puerpério são: cetose, hipocalcemia, deslocamento de abomaso, retenção de placenta e metrite; o que resulta em redução na produção de leite, aumento do intervalo entre partos e aumento da mortalidade/descarte.Metrite puerperal aguda - É inflamação + infecção bacteriana; - ocorre de 1 a 3 semanas após o parto; - problemas na involução uterina; - é um quadro tóxico septicêmico – endométrico, miométrico ou na serosa; - agentes etiológicos: E. coli, Trueperella pyogenes, anaeróbios gram negativos (Fusobacterium necrophorum, Bacterioides spp.) e clostrídios; - sinais clínicos: secreção purulenta a catarral hemorrágica; hipo/anorexia; hipertermia; taquipneia; taquicardia; desidratação; atonia ruminal; congestão episcleral. - para diagnóstico é importante ver o histórico, sinais de toxemia e se há secreção vaginal fétida - em fazendas de gado de leite: exames diários, temperatura acima de 37,5, verificar teor de cetona na urina, leite, motilidade ruminal e fezes; - tratamento: antibiótico terapia sistêmica: penicilina benzatina, ampicilina, cefalosporina; AINE (terapia intrauterina): oxitetraciclina e ceftiofur; - pode-se fazer fluidoterapia venosa, fluido enteral de 5 a 10% do peso vivo (5g de NaCl+50g de glicose/1L de água);’drench’ - hormônios: estrógenos, ocitocina e PGF2a; Retenção da placenta - envoltórios não eliminados de 12 a 24h pós parto; - etiologia: infecciosa(+comum), abortos, placentite, estresse, iatrogênica, placentomas imaturos (por indução de parto e abortos); - na eliminação da placenta ocorrem eventos celulares, bioquímicos, endócrinos, imunológicos e físicos e ela deve ser totalmente eliminada em 12h. - etiologia da retenção: atonia uterina, impedimento mecânico, alterações nas vilosidades coriônicas (necrose, edema, hiperemia); - estratégias de tratamento: evitar remoção manual, excesso de manipulação do útero, restos de envoltórios e contaminação bacteriana; - tração moderada: higienização do posterior, tração utilizando luva, cortar próximo a vulva; - antibiótico intrauterino: vela uterina – cloridrato de tetraciclina – 2 a 4g a cada 48h; - ocitocina: não responde após 96h; 40 a 60Ul/animal; - gluconato de cálcio – em caso de atonia uterina; - ergometrina; - terapia intrauterina não é muito efetiva para metrite (tinha que ser preventivo) - exames complementares: palpação transretal não traz muita informação no puerpério; secreção (tipo, quantidade e origem – via vaginoscopia); US; citologia; hemograma. Cervicite Endometrite Pós Puerperal Crônica (CEPP) - catarro genital com 4 apresentações e é classificado de acordo com a apresentação clínica - classificação serve para ver a gravidade e definir o prognóstico; 1. CATARRO GENITAL GRAU 1 – CEPP mucosa - secreção mucosa abundante, aspecto turvo; - vaginoscopia – prolapso de 1 anel cervical; - ciclo estral regular; - fertilidade reduzida porque o útero está com alteração de secreção (a qual é espermicida) e não está propício para abrigar o embrião; 2. CATARRO GENTITAL GRAU 2 – CEPP mucopurulenta - secreção mucopurulenta abundante; - vaginoscopia – vaginite e vestibulite; - ciclo estral regular; - infertilidade; 3. CATARRO GENITAL GRAU 3 – CEPP purulenta - aciclicidade; - cérvix aberta ou fechada; - útero com aumento abundante de conteúdo; - vaginoscopia nem sempre esclarecedora; 4. CATARRO GENITAL GRAU 4 – Piometra - aciclicidade; - cérvix fechada; - corpo lúteo; - útero com aumento abundante de conteúdo; - vaginoscopia nem sempre esclarecedora; - qualquer alteração no útero, leva à inflamação e consequente perda da função endometrial, o que diminui a PGF2a, sem luteólise, cérvix fechada e acúmulo de conteúdo – piometra; - tratamento: PGF2a, primeiramente, para que haja a luteólise e aí prosseguir o tratamento com: revulsivante (ação bactericida, ajuda a ‘organizar’ a inflamação e é intrauterino); 1g de iodo metaloide + 1g de iodo de potássio + 200mL de água), mucolítico (intrauterino); tratamentos de 6 a 12h pós IA – ampicilina, cefalosporina, penicilina benzatina - essas patologias aumentam o tempo para a vaca emprenhar de novo Aspectos Clínicos e Terapêuticos dos Principais Distúrbios de Fêmeas de Pequenos Ruminantes - obs.: a vaca possui 3 anéis cervicais - grau de dificuldade para transpassar cérvix é variação anatômica; ÚTERO corpo: 2cm; cornos uterinos: enovelados; de 20 a 30cm; endométrio, miométrio e perimétrio; OVÁRIOS - 1,5 a 2,5mm – varia de acordo com a fase do ciclo; - cortical: folículos e corpo lúteo - medular: vasos e tecido conjuntivo Avaliação Ginecológica - inspeção externa; - palpação digital; - vaginoscopia; - ultrassonografia; - dosagens hormonais AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DO ÚTERO - diagnóstico de gestação; - involução pós parto; - patologias; - a palpação retal é difícil em pequenos animais, por ser digital; por isso, a US é fundamental – transabdominal tem mais frequência e consequente menor penetração; diagnóstico de gestação com 40 dias; AVALIAÇÃO US DOS OVÁRIOS - população e dinâmica folicular; - resposta superestimulatória; - corpo lúteo – receptoras; é o US doppler que avalia - ciclo estral; - patologias - com 9mm – ovula Distúrbios reprodutivos VAGINITE - agentes etiologicos: ectima contagioso; herpes vírus caprino; micoplasma; Actinomyces pyogenes; Staphylococcus - sinais clínicos: edema vulvar, congestão da mucosa vaginal, secreção vaginal (mucoide, purulenta, sanguinolenta), odor fétido, dor, tenesmo; - se houver esponja de acetato de progesterona – é intravaginal – é corpo estranho – causa vaginite; - vaginite no momento da IA diminui a fertilidade; - tratamentos: lavagem vaginal (solução fisiológica, clorexidine aquoso), AINE, dipirona, antibiótico; - etiologia: predisposição hereditária, relaxamento exagerado, autoperpetuação, alimentação deficiente, milho ou cevada mofados, fitoestrógenos; PROLAPSO VAGINAL - estágio 1: vaginal temporário; - estágio 2: vaginal permanente, sem cérvix; - estágio 3: vaginal e cervical; - no prolapso, as vezes, há azootemia pós renal; - pode haver, junto, prolapso de bexiga e até ruptura; - tratamento: limpeza e desinfecção (água e sabão + pomada de clorexidine); umectantes; compressas geladas; sonda uretral; reposicionamento mecânico; – fazer sutura de Buhner ou sutura Flessa; - tratamento2: antibiótico, AINE, iodo tópico, repelente; - complicações: miíase, necrose, parto (monitorar proximidade, induzir parto), prolapso uterino; - indução do parto: triancinolona, dexametasona, cloprostenol (PGF2a) – responde de 3 a 5 dias; se for cesariana programada, fazê-la 24h após aplicação da dexametasona HIDROMETRA/PSEUDOGESTAÇÃO - etiologia: persistência anormal do corpo lúteo, morte embrionária precoce, uso indiscriminado de tratamentos hormonais, hereditário, cistos foliculares (ovinos) - sinais clínicos: distensão abdominal bilateral, ausência de cio, infertilidade, ultrassonografia; - não vamos tratar a hidrometra em si, mas, sim, o cisto ovariano, P4 e E2; - hidrometra há distensão exagerada do endométrio – com isso, há atrofia e atonia dele; METRITES - etiologia: retenção de placentas; abortos infecciosos (toxoplasmose, clamidia, listeriose); distocias (fornecer auxílio ao parto, realizar cesariana) - tratamento: antibiótico de amplo espectro sistêmico; infusão de antibiótico intrauterino; AINE; PGF2a; suporte (hidratação, transfaunação, propilenoglicol); PIOMETRA - incomum em pequenos ruminantes; - metrites crônicas que viram piometra; - lesão de cérvix - diestro: produção de progesterona, sem PGF2a, persistência do corpo lúteo - transpor cérvix em pequenos ruminantes é difícil, ou seja, em caso de piometra, fazer OSH e afastar da reprodução (mas esse custo não é compatível com valor do animal) Doenças Ovarianas de Cães e Gatos ESTRUTURA OVARIANA - medular: vasos sanguíneos, nervos, linfáticos, tecido conjuntivo; - cortical: folículos e corpos lúteos; - há túnica albugínea; ALTERAÇÕES OVARIANAS - funcionais: cistos ovarianos e split cio; - neoplásicos - síndrome do ovário remanescente;1. Cistos Ovarianos - cisto folicular; cisto luteal; cisto germinal (epiteliais); cisto do corpo lúteo; - podem ser funcionais ou não funcionais; - ocorrência ou não das ovulações; - cistos foliculares e luteais tem interferência na vida reprodutiva da fêmea – ambos são gerados sem a ocorrência da ovulação (ou seja, oócito está na estrutura) - já o cisto de corpo lúteo tem líquido no meio do corpo lúteo; já houve ovulação; é difícil diferenciar CL de cisto de CL – logo, achados não tem significado clínico; - cisto folicular e luteal se originam do estroma ovariano (é a semelhança entre eles e o que diferencia do cisto neoplásico) – o que os diferencia é que a parede do cisto folicular é fina e líquido claro; enquanto a parede do cisto luteal é espessa e o líquido é escuro (amarronzado) – ambos os cistos são funcionais; a) CISTOS FOLICULARES: estruturas similares aos folículos de Graaf, contêm, em seu interior, fluído aquoso e claro, geralmente apresentam parede delgada rodeada por uma camada de células da granulosa; - podem ser únicos ou vários; - produtores de E2 e P4 – se há aumento da produção de E2, haverá sinais clínicos de hiperestrogenismo; se houver aumento da produção de P4 é cisto luteal - mais comum em cães jovens; - comportamento de proestro/estro maior que 30 dias – não existe predileção por raça - ocorre por mecanismo ovulatório ineficiente; - uso de estrógeno para inibir implantação fetal pode gerar cistos ovarianos - patogênese: se formam quando o pico de LH não é suficiente para estimular a ovulação de todos os folículos dominantes ou a responsividade dos receptores de LH, presentes no folículo, é muito baixa; o uso de esteroides sexuais para a indução de abortamento e inibição da implantação – E2; - concentração de E2 (no cisto) – sintomas: irregularidades no ciclo estral, proestro e estro longos; edema de vulva/secreção sanguinolenta; atração/não aceitação, pancitopenia (pode levar a hemorragias espontâneas), dermatopatia, IIE irregular; - animal pode vir a óbito por intoxicação estrogênica (com consequente pancitopenia) - diagnóstico: vaginoscopia – grande quantidade de células superficiais ou escamosas com aumento de estrógeno (cisto folicular); ultrassom – cisto com parede delgada, conteúdo líquido, cicular, homogêneo, hipoecogênico; - é importante saber diferenciar os cistos; - acompanhar fases do ciclo é importante; - o diagnóstico também depende de sintomas, idade, exame clínico, citologia vaginal, endoscopia e US; - diagnóstico diferencial: cistos foliculares x folículos ovarianos x corpos lúteos; cistos foliculares x neoplasia ovariana; - cistos foliculares: folículos com diâmetro superior ao dos folículos maduros; estruturas maiores de 8mm, presentes nos ovários durante o proestro ou estro antes das ovulações são caracterizados como cistos ovarianos; estruturas de qualquer tamanho presentes no final do estro (após as ovulações), no diestro ou anestro, são classificadas como cistos ovarianos; - tratamento: OSH, indução da luteinização dos cistos foliculares (se quiser usá-la para reprodução) – GnRH; hCG (piometra); aspiração cística; ovariectomia unilateral; cistectomia simples - situação de aumento de E2 e depois aumento de P4 = piometra; - aspiração cística é a mais atual, mas é comum reincidir, pois só há remoção do líquido b) CISTO LUTEAL: LH suficiente para luteinização, mas insuficiente para ovulação; o aumento de P4 – HCE/piometra - piometra = HCE+infecção bacteriana; - não há ocorrência de ovulação); - sintomas: vê-se como anestro prolongado, mas é DIESTRO prolongado (aumento de P4) - tratamento: OSH; o cisto luteal é muito resistente a PGF2a; - o uso de agentes luteolíticos como cloprostenol; dinoprost – é capaz de lisar o tecido luteal e causar a regressão do cisto; são indicadas aplicações repetidas do agente luteolítico e mensuração periódica de P4 até que está atinja valores basais (<1ng/mL) 2. Split Cio - o animal entra no estro; 3 a 4 dias; pára (sintomas somem) – de 2 a 8 semanas – novo cio – parece que foram 2 cios, mas, na verdade, o primeiro foi o início e o segundo foi o fim do cio; - diagnóstico: é depois que já ocorreu, pois pode ocorrer de novo; comum em fêmeas jovens nos três primeiros cios; ver citologia vaginal e níveis de P4; - não há tratamento2- na citologia vaginal haverá maior presença de células superficiais 3. Neoplasias Ovarianas - classificação: epitélio de superfície (camada simples de células epiteliais de cuboide para colunar); estroma ovariano; células germinativas (oócitos) - célula da granulosa, célula da teca e células luteais – são células do estroma (tipos que terão neoplasia e são funcionais) - normalmente não produzem hormônios - mais comum: cisto + adenocarcinoma a) Tumores epiteliais: comuns, uni/bilaterais; - adenocarcinomas, adenomas, cistoadenocarcinomas; - idade: 6 anos - sintomas: ascite/distensão abdominal; taxa de metástase: 48% - tratamento: OSH b) Tumores do estroma: tumor da célula da granulosa; tecoma; luteoma; - sintomas: estro persistente, anemia, trombocitopenia, HCE/piometra, alteração de pele, anorexia, perda de peso, ascite (devido a compressão de vasos sanguíneos e linfáticos) - são funcionais - tratamento: OSH ou ovariectomia do ovário afetado (para todos) - TUMORES CÉLULA DA GRANULOSA: citologia vaginal – estimulação estrogênica; RX/US; avaliação hormonal (P4 – 0,64 a 11ng/mL, com níveis de diestro; E2 – 55 a 166ng/mL, com níveis de proestro) – mesmo se em níveis normais, não exclui a chance de ser neoplasia; - TUMORES DAS CÉLULAS GERMINATIVAS – disgerminomas/teratomas – 9.5 anos; - sintomas: distensão abdominal, ciclo estral normal - diagnóstico: palpação abdominal; RX/US - o ovário contralateral será atrofiado se houver ovariectomia de um lado (pois reduz níveis de LH e FSH); esperar um mês para ver se normaliza; - diagnóstico definitivo só com histopatologia 4. Síndrome do Ovário Remanescente (SOR) - persistência da atividade ovariana em fêmeas castradas; - SOR é mais frequente após OSHs eletivas e é mais comum em gatas do que cadelas; - sintomas: sinais de cio comuns a fêmeas não castradas em decorrência da produção hormonal endógena pelo tecido ovariano remanescente; pode gerar pseudociese (pseudogestação), neoplasias ovarianas e cisto; - intervalo entre OSH e SOR – 17 dias a 9 anos; média de 2 anos em gatas e 1,5 nas cadelas; - diagnóstico: histórico, sintomas, citologia vaginal, dosagens hormonais (E2 – 200ng/mL/ P4 > 2ng/mL); laparotomia exploratória - diagnóstico diferencial: neoplasia, vaginite, piometra de coto, traumas, terapia estrogênica, coagulopatias; - qualquer cirurgia na fase folicular sangra muito, o melhor, então é fazer no anestro, mas, em caso de SOR, fazer na fase folicular; - no diestro aumenta P4 e em seguida diminui P4 rapidamente, e aumenta prolactina. - citologia vaginal: 80 a 90% de células superficiais - tratamento: excisão do tecido remanescente e confirmação histopatológica; terapia com drogas supressoras do estro (?) Diagnóstico e Terapia em Distúrbios Uterinos em Égua A maioria das bactérias aeróbicas são patogênicas e precisam de oxigênio para que consiga se proliferar e como no útero não tem oxigênio, precisa de algum fator que favoreça essa ocorrência. o A progesterona é sempre um momento em que tem a imunidade diminuída = na cadela o Na vaca, tem retenção de placenta e manipulação = isso favorece a contaminação ascendente através da contaminação placentária e serve como meio para proliferação das bactérias o Na égua, tem relação com a idade porque tem reprodutores com uma idade avançada em atividade reprodutiva = égua velha tem uma maior probabilidade de ter infecção uterina do que jovem por causa da conformação vulvar, sendo esse fator o mais importante, porque se tem uma conformação vulvarinadequada, favorece a entrada de ar no útero e quebra a fisiologia uterina de não ter oxigênio, favorecendo a proliferação de bactérias. Endometrite • Principal infecção de acomete éguas e principal problema reprodutivo que a égua tem • Os processos inflamatórios uterinos da égua se restringem ao endométrio, sendo a camada mais superficial. Na vaca, chama metrite porque acomete todas as camadas do útero, sendo uma infecção mais profunda (não significa que seja mais ou menos agressiva). • 20% das éguas tem problema com endometrite, sendo maior no Brasil, porque é o pais que mais utiliza transferência de embrião no mundo = sendo que éguas idosas que são doadoras de embrião o Dificilmente uma égua com mais de 20 anos de idade vai conseguir ter uma gestação num cio que ela é coberta • Fatores que interferem = fatores uterinos (envelhecimento do útero com produção do leite uterino inadequadamente (histiotrofo) não conseguindo manter o embrião; placentação depende do endométrio integro, precisando que esteja sem nenhuma parte lesionada, porque pode levar ao abortamento), maturação oocitária • Ovulações em idade avançada geram ovos não fertilizáveis ou que, quando fertilizados, degeneram; • Má formação de óvulos (por poucas mitocôndrias) e má fertilização – principais causas de dificuldades reprodutivas Etiologia da Endometrite: Resposta inflamatória após cobetura = sptz é um corpo estranho para o organismo, então quando ela é inseminada, a dose é de 1 bilhão de sptz e no ejaculado, 10 bilhões no utero, chegando ao oviduto (precisa de muco), apenas 5 mil sptz. Esse resto de sptz que não chegou ao oviduto, tem que ser eliminado através do processo inflamatório. o Os neutrófilos faz um processo de limpeza uterina dos sptz que restou no útero. • Primeiro tem a migração dos neutrófilos, que chegam no útero e fagocitam as células que nao conseguiram chegar no oviduto e estão mortas ali no útero • Doadoras de embrião = o proprietário dessa égua precisa trabalhar com vários ciclos durante o ano, para gerar embriões. Aquela limpeza uterina que tem que acontecer, acontece de forma desequilibrada, gerando uma reação inflamatória precoce e/ou exacerbada. *Falhas em mecanismos de defesa uterino levam a queda de fertilidade = precocidade ou persistência de inflamação; ambiente inadequado (sêmen e embrião) e não fertilização ou morte embrionária. • Os dois tipos de endometrite: a) CONTAMINAÇÃO BACTERIANA: conformação de vulva (refluxo de urina para fundo de vagina, pneumovagina)+contaminação do sêmen; b) RESPOSTA INFLAMATÓRIA APÓS COBERTURA: quando há contato frequente sêmen-útero, ou seja, comum em égua doadora de embrião Em éguas normais Sêmen no útero = se tiver uma resposta inflamatória precoce (em 1h ou menos), é ruim para o sêmen porque altera o pH do local, altera a viscosidade do muco (fica mais denso, impedindo a migração do sptz até o oviduto), altera a contração uterina (as contrações uterinas são expulsivas), interferindo na migração espermática. o Muco (fluido e faz com que ele nade) e contração uterina (corrente do muco que faz com que ele chegue até o oviduto = contração progressiva) = são fatores importantes para a migração espermática; o Sêmen chega no útero, indo até o oviduto em até 4 horas. Tem a inflamação uterina (6 horas após IA). As contrações uterina fazem a eliminação do excedente e exsudato (neutrófilos chegam lá antes e fagocitam os sptz do útero), tendo a contração do útero e drenagem linfática eliminando os resíduos da inflamação. Limpeza celular e depois a limpeza mecânica para eliminar o excedente que está presente no útero Éguas sub férteis = desequilíbrio na expressão de mediadores inflamatórios (citocinas) o citocinas = função de manter a inflamação ativa e equilibrada o IL-8 = fator quimiotático o IL-10 = inibe a produção de mediadores pró-inflamatório o IL-6 = pró-inflamatória/apoptose de PMNs; - IL1, IL-6, IL-8 – pró inflamatório; - IL-10 - antiinflamatório - se tiver uma falha na drenagem linfática = a grande maioria do nankin que era colocada dentro do útero era acumulado dentro do útero nas que tem uma falha e pouco nos vasos linfáticos, sendo o contrário em éguas normais. - inflamação e contração uterina são mecanismos de defesa pós cobetura ou IA, pois o útero faz seleção de spz viáveis, 2 a 4h pro spz chegar ao oviduto. - ausência de IL-10 em algumas éguas, o que leva a desequilíbrio da resposta inflamatório (ou seja, dura mais do que deveria), ou inflamação muito cedo (problema com sêmen) ou inflamação tardiamente (problema com feto) Como ocorre a contaminação bacteriana no útero? o Útero livre de bacterias o Fatores predisponentes - disfunções anatômicas: vulva+vestíbulo (impede entrada de bactéria, mas, no distúrbio, seu relaxamento gera contaminação)+cérvix – barreira natural Alteração da flora intestinal = em éguas tratadas com antibióticos frequentementes, já que quebra a flora vaginal, predispondo o crescimento de bactérias patogênicas, penetrando o útero por contaminação ascendente via cérvix Bactérias patogênicas • Capacidade de se aderir ao endométrio • Sobrevivem em ambientes adversos • As mais comuns = Streptococcus zooepidemicus (provocam o garrotilho também em equinos) e Escherichia coli Diagnóstico de Endometrites • Através do histórico o Definir tipo de processo inflamatório = crônico ou agudo? Processo crônico instalado Processo induzido após agressão Exame clínico o Avaliar se tem má conformação de vulva e realizar o teste do ar = nem sempre associado a má conformação de vulva (1/3 acima e 2/3 abaixo). Palpação o Angulação de vulva Exames complementares o Achados de US = imediato e preciso. Mais encontrado na rotina. Verá exsudato, definir tipo de processo infeccioso o Achados de citologia uterina = confecção do esfregaço e coloração com panótico rápido. Microbiológico Coleta por biópsia = fixar o materail em Bouin ou formol 10%; após o tempo de permanência no Bouin, por o material em alcool 70%. Feito em processos crônicos, fazendo a visualização de fibrose Coleta por meio do pinça (boca de jacaré) Como tratar éguas com desequilíbrio na reação inflamatória? • Passo 1 = preparar útero para receber sêmen o Éguas com fluido uterino, fazer uma retirada desse fluido antes da cobertura ou IA, fazendo um lavado antes com ringer com lactato (se tiver um resquício de RL, não tem problema com morte espermática, diferentemente do que acontece com a solução fisiológica que é espermicida). Remoção das PMNS e óxido nítrico Remoção da secreção para melhor ação local do ATB Ambiente mais adequado para sêmen Passo 2 = diminuir a inflamação imediata após cobertura o Uso de dexametazona (corticosteróides) uma hora antes de IA para modular a inflamação (0,1mg/kg) = EM ÉGUAS SUSCEPTÍVEIS Passo 3 = cuidados após a IA o Aplicação da ocitocina para eliminar o resíduo da inflamação = via drenagem cervical e linfática – aplicar de 6 a 12 horas após a IA o Lavar o útero se persistir o fluido após a IA - se o problema é cobertura – tentar modular a resposta inflamatória; - se o problema é bactéria – cirurgia (se for conformação da vulva) - vulvoplastia Terapia das éguas com processo bacteriano instalado • Antibioticoterapia = vulvoplastia, ATB local x parenteral, MO x drogas o parenteral e local se for um processo muito grave, se for mais brando, só local. Por pelo menos 4 dias consecutivos, com égua no cio. Local = ampicilina, ceftiofur, gentamicina e penicilina cristalina Parenteral = baytril e flotril (enrofloxacina - nunca local = pq tem o pH muito alto porque irrita muito e causa aderência), ceftiofur (exceed = ceftiofur de longa duração (aplica e dura 5 dias), borgal (sulfa+trimetropin), fluconazol (fúngica!) Realização da vulvoplastia (pode ser antes ou depoisda ATB mas geralmente é antes) PRP – plasma rico em plaqueta – produz IL antiinflamatório, para diminuir inflamação - gentamicina só funciona se tamponada - preferência: antibióticos da 1ª geração – os de última, evitar, para não gerar resistência bacteriana a longo prazo Em bovinos de leite o Fatores predisponentes o Distocia o Retenção de placenta o Parto gemelar ou natimorto o Distúrbios metabólicos Pontos mais importantes da aula • Diferenças na etiopatogenia da endometrite em éguas (pós cobertura x bacteriana) e nos tratamentos de acordo com etiologia = se for pós-cobertura, só faz os 3 passos. Se for bacteriana, faz os 3 passos e antibioticoterapia. • Métodos de diagnóstico mais rotineiramente utilizados e seus achados (éguas) - resposta: US (edema); citologia (neutrófilos) Quais são os mecanismos mais comuns de instalação de endometrite numa égua? • Conformação vulvar e relaxamento da musculatura do vestíbulo • Reação inflamatória exacerbada pós cobertura = pode inviabilizar a permanencia do sptz no utero se for precoce ou exacerbada pode comprometer o embrião • Não conseguem ter contração uterina adequada = impedem a eliminação do excedente e exsudato = muito comum fazer a administração de ocitocina em égua pós cobertura (6hrs após cobertura, se não interfere na migração do sptz) • Alteração da flora vaginal normal Baseada nas formas de instalação de endometrite, quais são as medidas preventivas e terapêuticas? Tomar cuidado com gastrite em cães e gatos, e depois éguas = na administração de AI Piometra Canina - acúmulo de material purulento no lúmen uterino das cadelas adultas; apresenta-se de forma aberta ou fechada e ocorre, normalmente, na fase lútea do ciclo estral; - idade média: 7 + ou – 3,4 anos; - raças: bernese, rottweiller, golden retriever; - maioria é de cérvix aberta; - ovariectomia bilateral – dificilmente o animal apresentava piometra; - P4 – é imunodepressivo, por ser vasoconstritora; fecha a cérvix, aumenta o muco, diminui receptores de E2 no endométrio; pode gerar HCE; estimula glândulas endometriais; - níveis de p4: não podem ser considerados os motivos pelos quais a piometra se desenvolve; - a patogênese da piometra envolve a estimulação estrogênica do útero, seguida por intervalos prolongados de domínio de progesterona; - importância do estrógeno: promove o crescimento, vascularização e edema do endométrio; relaxamento e dilatação da cérvix; migração de leucócitos para o lúmen uterino; induz a proliferação de glândulas endometriais; - concentrações ou proporções de receptores hormonais talvez sejam responsáveis por uma resposta exagerada do endométrio e concentrações normais de E2 e P4; - a piometra é um processo que se desenvolve em duas etapas: 1. HCE – ciclos repetidos 2. invasão bacteriana – microbiota vaginal (E. coli); - ou seja, estimulação repetida de P4, leva à HCE que, junto com invasão bacteriana, leva à piometra - em relação a contaminação bacteriana: E. coli, Staphylococcus aureus, Streptococcus, Pseudomona, Proteus – final do estro/início do diestro; - E. coli (no endométrio) pode liberar endotoxinas e levar a choque séptico (SRIS) - microbiota vaginal + dilatação da cérvix – contaminação inevitável; - infecção uterina é rara devido ao mecanismo de defesa PIOMETRA ABERTA PIOMETRA FECHADA Secreção vaginal sanguinolenta ou mucopurulenta Depressão Letargia Distensão abdominal Depressão/inapetência Desidratação Poliúria/Polidipsia Taquicardia/Taquipneia Vômito Toxemia Diarreia Choque - na aberta: menos músculo liso e mais colágeno na cérvix - na fechada: mais músculo liso e menos colágeno na cérvix - receptores de E2, colágeno I e III – comportaram-se da mesma maneira em ambas as piometras; - a expressão dos receptores de P4 foi superior na piometra fechada; - diagnóstico: baseado no histórico clínico, exame físico, exames hematológicos, perfil bioquímico, US E RX, cultivo microbiológico, citologia vaginal - exames complementares: hemograma (anemia normocítica e normocrômica; leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda; aumento do VG; hiperproteinemia); - função hepática (aumento de ALT, FA, bilirrubina e colesterol; hipoalbuminemia); - função renal: aumento de ureia e creatinina; SIRS (choque) – incapacidade dos rins de reabsorver Na e Cl; insensibilidade tubular ao ADH; diabetes insipidus nefrogênica secundária; - exame citológica: distinção entre piometra aberta e mucometra; grande número de neutrófilos degenerados; bactérias - se houver proteinúria pós procedimento cirúrgico: falha renal - US: endométrio espessado, com ou sem estruturas císticas; aumento do diâmetro uterino; cornos dobrados e tortuosos; aspecto anecoico/hipoecoico; conteúdo heterogêneo; - RX: geralmente, inconclusivas - tratamento: CIRÚRGICO – OSH; CLÍNICO: doses repetidas de PGF2a; associações com agonistas dopaminérgicos; antagonista dos receptores de P4; - prevenir efeitos da P4 induzindo a luteólise e bloqueando seus receptores pelo uso da PGF2a associada a cabergolina (inibidor de prolactina) ou aglepristone; - relaxamento cervical nos casos de piometra fechada para eliminação do conteúdo uterino; - indução das contrações uterinas pela PGF2a ou indiretamente pela aglepristone; - inibição do crescimento e multiplicação bacteriana – antibiótico de amplo espectro; - estimular a regeneração do endométrio prorrogando a fase de anestro com agonista de receptores androgênicos - PROTOCOLOS: - PGF2a (ir aumentando a dose ao longo dos dias) – natural é preferível; - agonistas dopaminérgicos – combinações/associações diminuem P4 – cabergolina+cloprostenol a cada 3 dias; - agonista dos receptores de P4 – aglepristone+cloprostenol - antibioticoterapia: cultivo e antibiograma; antibióticos mais efetivos (amoxacilina, cefalosporina, sulfonamidas, quinolonas); - regeneração uterina: agonistas de receptores androgênicos - fatores de risco: terapia hormonal; nuliparidade; HCE; idade; raças; - estratégias futuras: identificação de marcadores de diagnóstico e prognóstico; identificação de fatores de risco; desenvolvimento de vacinas de bactérias associadas a piometra; implementar programas de coberturas para reduzir a ocorrência de piometra em raças de alto risco - prevenção: OSH Considerações Finais - a piometra é uma doença que sempre deve ser incluída no diagnóstico diferencial de fêmeas não castradas; - sinais clínicos, histórico e o exame físico auxiliam no diagnóstico; - a diferenciação entre mucometra/hidrometra e piometra pode ser feita através de exame citológico, hemograma, perfil bioquímico e US; - terapia suporte é necessária Consequência do parto distócico em equinos Lesões pequenas Lesões tão intensas que podem levar o animal a morte Essas lesões ocorrem nas ias fetais moles, principalmente no parto distócico pela posição do feto, pela força que a égua faz e que destroem os tecidos Ocorrem durante o parto de égua Pneumovagina (lesão mais simples) Vulva não estando bem coaptada ou por motivo de parto ela teve alguma lesão/laceração começa a permitir a entrada da pressão externa do ar causando assim a pneumovagina égua passa a produzir grande quantidade de neutrófilos (polimorfos nucleares princ..) égua se torna infértil. Se o ar fizer pressão interna nas paredes e abrir toda vagina e conseguir afastar a cérvix e a égua em no máximo 48h estará abortando; Ar vai para dentro do útero da égua e com isso causa pneumoútero – ar é carreado para dentro dos cornos levando tb as bactérias e dando origem a processos infecciosos dentro do útero (corpo ou cornos...) Dependendo da lesão que o feto causa na vagina: se for mais pra cima, perto do ânus, por exemplo, podemos ter FÍSTULAS RETOVAGINAIS quanto mais distante forem da cérvix, tanto menor gravidadeela vai ter. Pode ter lesão com fundo vaginal – em contato com cavidade abdominal peritonite; ou alças intestinais saem pela vagina, se exteriorizando Imagem de casco envolvido por tecido mole (friável) Exatamente para não causar lesões através do casco. As vezes isso é insuficiente, no caso de partos distócicos onde há flexão de membros ou cabeça deixa o membro para fora, e apesar da presença desse tecido mole, por exposição ao ar ele se torna cortante Processo de laceração de períneo de 3º grau – depois vai ter que ser restabelecido o plano anatômico de tudo isso Retenção de placenta: se ela ficar retida, algum segmento dessa placenta permanecer dentro do útero vai ser desencadeado o quadro que envolve parte de infecção, de reação e depois levando a égua a ter Pododermatite puerperal égua anda como se estivesse andando em cima de ovos (tem problema de movimentação). Pode ter rotação de 3ª falange tb e o animal podem ficar deitados de tanta dor (problemas também) Com a saída da placenta checar se não falta nenhum segmento -Img de placenta com um orifício – não falta pedaço!!! Tudo ok Problemático: furo com falta de segmento <-> se não estiver faltando segmento está tudo bem (como da imagem) Pode entrar com a mão entre a placenta e a vagina vai até onde sente que a placenta está aderida chegando lá: traciona a placenta e com as pontas do dedo tenta puncionar (tipo abrindo a mão) para divulsionar ela da parede NÃO PUXE A PLACENTA pode rasgar o útero e levar o animal a morte. Amarra um pesinho na placenta para ela ir se soltando aos poucos e pode dar um pouco de ocitocina também. Se não consegue identificar se falta segmento ou não, faz lavagem para ver se tem segmento no útero ou não. PROLAPSO UTERINO Ocorrência: após o delivramento normal, distocia ou retenção de placenta (animal continua tendo contrações pode ter prolapso uterino: o útero reverte lá dentro e sai) -Normalmente existe histórico de ocorrência anterior -Tratamento: lesões recentes ou lesões com algum tempo ocorrido e com presença de necrose (grande problema dessa doença é que você examina e já encontra muitos pontos necróticos) Recentes: remoção da placenta, lavagem uterina com antissépticos (usava Kilol antes mas parou de ser produzido. Era o extrato da toranja) Recolocação do útero e infusão com antibióticos (uso de açúcar, gelo – para involução) quando útero retornar para a cavidade faz infusão com antibióticos e líquidos para que o útero fique pesado lá dentro Faz anestesia epidural + realização de PONTOS separados na vulva (de 4-5 pontos) – para caso o útero voltar ele não consiga passar - Na vaca costura ao redor da vulva deixando ela menor Medicação preventiva contra a pododermatite puerperal (Síndrome-metrite-laminite-toxemia) -Lesões com algum tempo decorrido: remoção da placenta, lavagem com antissépticos, avaliação das lesões e infusão com antibióticos Anestesia epidural + pontos separados na vulva Medicação preventiva contra a pododermatite puerperal (síndrome-metrite-laminite-toxemia) Antinflamatório (fenilzutazona 1-2mg/kg EV), flunixim meglumine (1mg/kg EV), **anti- histamínico (cloridrato de prometazina/fenergan 1mg/kg EV) Lavagem uterina: 2x ao dia até que o líquido indfundido no útero sai limpo Nos casos severos em que esteja instalada a necrose: amputação do útero Imgs de prolapso uterino Prolapso é complicado pq pode ter vários pontos de necrose aí tem que amputar RUPTURA UTERINA -Ocorrência: distocia ou parto normal -Hemorragia-cólica-peritonite -Prognóstico grave -Serosa intacta-laparotomia exploratória-sutura região -Medicação: antibióticos Substância anti-hemorrágicas na tentativa de salvar *Isso ocorre quando alguém puxa a parte da placenta - Hemorragia uterina É comum em éguas multíparas acima de 11 a, geralmente fatal -Se a região do ligamento largo que contém a artéria permanecer intacta, o ligamento pode conter a hemorragia, e o sangue permanece entre o miométrio e a serosa, formando um hematoma que é reabsorvido -Sinais: cólica leve à severa; palidez das mucosas; pulso elevado -Tratamento: sedação+transfusão sanguínea+antihemorrágico Laceração Cervical Ocorre durante o parto associado com distocia Pode até ser por causa do fio serra que usou para serrar o feto pessoas n sabem manipular ou n sabem oq tá dentro dele na hora de cortar acaba cortando o útero -A injúria pode ser produzida: Posição fetal Manipulação obstétrica tração forçada Fio-serra - pequenas lacerações cervicais que não interfiram no fechamento cervical (diestro), normalmente não interferem na fertilidade - diagnóstico: manipulação manual/exame visual por vaginoscopia - tratamento: cirúrgico A cirurgia deve ser realizada após epitelização completa da região diestro Anestesia: tranquilização (romifidina 0,05mg/kg) + epidural o Nervo pudendo derivado do plexo pélvico localizado sobre o arco isquiático (bilateral) o Plexo paracervical bloqueado com lidocaína 2% nas posições 3 e 9h Consegue puxar a cérvix para manipulá-la: permite tração crânio-caudal da cérvix 10- 15cm -Divulsão da região e aplicação de pontos contínuos das camadas: mucosa cervical, muscular e vaginal -As fístulas reto-vaginal ocorrem no momento do parto quando 1 ou 2 membros do feto perfuram a parede vaginal e retal -Como o parto na égua é rápido, vigoroso/violento, fístulas reto-vaginais podem converter-se em lacerações perineias de 3º grau (ânus, vulva e períneo) -As rupturas vaginais craniais podem produzir comunicações diretas com a cavidade peritoneal, evisceração, peritonite, morte do animal -Nas fístulas caudais existe a passagem de fezes para o interior vaginal, determinando quadro de infertilidade da égua - Fístula retovaginal (muito difícil de fechar!) - tratamento: Fístulas pequenas revulsão e cauterização diária com iodo 2% Fístulas maiores reparação cirúrgica Anestesia epidural, local e sutura: fio absorvível no plano superior (reto) e fio inabsorvível no plano vaginal (Filovet, Braunamid) Planos: -Retal: mucosa retal, submucosa, muscular, tecido conjuntivo e adventício -Vaginal: mucosa, submucosa, muscular Alteração da conformação vulvar 2/3 da vulva pra baixo e 1/3 pra cima (períneo) Tem que saber posicionamento <-> linhas que dividem períneo, vulva - na laceração de vulva, a causa mais frequente é o parto; - como resultado, a égua apresenta fechamento vulvar deficiente, levando como consequência a um quadro de pneumovagina, pneumoútero e infecções/infertilidade - tratamento: vulvoplastia Cirurgia de correção da conformação anormal da vulva Modificação na técnica de Pore (?) abre e modifica a sutura Entre o anus e o teto da vulva faz incisão de 7-10cm horizontalmente aí entra com a mão dentro da vulva e leva os dedos para cima: corta todos os ligamentos e músculos, não perfurando a vagina, até que a vulva esteja vertical aí aplica-se os pontos cirúrgicos Sutura vertical com aplicação de pontos U - Vulvoplastia Existem vários tipos Caslik (não tira pneumovagina – Papa não gosta) Mondino Merkt (Papa apoia) -> retira bordo da vulva inteira e depois vai divulsionando as paredes, não corta em momento nenhum o tubo vaginal Urovagina Acúmulo de urina: não tem os ligamentos que deveria ter para eliminar -Ocorrência: éguas pluríparas e velhas -Causas: lesão na prega transversa da uretra, pneumovagina, tônus muscular marginal pobre e alongamento dos ligamentos ovarianos possibilita uma inclinação do fundo vaginal ao nível do assoalho pélvico e leva ao acúmulo de urina - Consequências: inflamação vaginal e cervical; predisposição a infecções e infertilidade; -tratamento: uretroplastia – prolongamento da uretra Técnica de Murray (sutura a prega transversa na parede, transformando ela num tubo) Técnica de Vanderplasce Técnica de McKinnon (pega a parede e divulsiona elas, faz sutura do rebordo da prega transversa e segue sutura até a saída, não permitindo que a urina retorne para dentro da vagina) LACERAÇÕES PERINEAIS (mais complicada pq rompe reto, vagina, tudo) - prolapso vesical pode ser causado por lacerações perineais de 3º grau; - levam a perda dos limites anatômicos entre âmpola retal e teto vaginal, resultando no acúmulo de fezes nesse espaço, levando a um quadro de infertilidade - conduta: com relação a epitelização presente ou não; avaliação pré cirúrgica: epitelização completa da região; dieta alimentar (opcional); técnica operatória (uma ou duas etapas) - tratamento: cirurgia corretiva da laceração; -Técnica operatória: preparação pré-operatória; Sedação (cloridrato de romifidina 0,05-0,08mg/kg ou cloridrato de detomidina 0,05-008mg/kg) Anestesia epidural 6-8ml Lidocaína, no espaço entre 1ª e 2ª vértebra coccígeas ou entre a última sacral e 1ª coccígea; Infiltrativa em todo o campo operatório -Técnica operatória modificada: divulsão na região entre a parede vaginal e retal, liberando o tubo retal e tracionando-o por meio de pinças tipo Cocker. Divulsão na linha cicatricial entre região retal e vaginal, rebatendo-as para a posição medial; - aplicação de pontos separados tipo Donatti modificado aproximando paredes vaginal direita – muscular do reto – vaginal esquerda; novamente vaginal esquerda e vaginal direita Se o reto não vier para frente, não adianta – traz ele para frente, e aí sim faz a sutura nas paredes; - pós operatório: pomadas cicatrizantes a base de óxido de zinco; retirada dos pontos entre o 7 e 10 dias; retornar à reprodução 3 semanas após os dias de retirada dos pontos; éguas devem ter partos acompanhados; indução do parto; dependendo do grau de lesão – usar como doadora de embrião Principais Doenças de Vulva e Vagina em Cães e Gatos Estenoses Vaginais - anormalidades congênitas: banda de tecido fibroso que cruza o lumen da vagina; vagina dupla; anel anular fibroso; hipoplasia do vestíbulo da vagina; hipoplasia da vulva; urovagina; - sintomas: secreção vaginal, lambedura vulvar crônica, atração dos machos, incapacidade de cobertura, incontinência urinária; - consequências: vagina - ‘clearance’ alterado – estenose; - secreção – multiplicação bacteriana; - odor – atrai os machos – mas não aceita os machos; - vaginite crônica – lambedura crônica; - dor/irritação; - diagnóstico: fêmea OSH; pré púberes ou em anestro – citologia vaginal, vaginoscopia, vaginograma, palpação digital da vagina; - terapia: epsiotomia – visualização do problema – pós cirúrgico – fibrose cicatricial; ducha de antisépticos Hiperplasia/prolapso vaginal - proestro/estro – edema da mucosa vaginal, hiperplasia vaginal, protusão do tecido vaginal; - sinais clínicos: dificuldade de urinar, incapacidade de cobertura natural e de penetração - raças predisponentes: boxer, fila brasileiro, são bernardo, bulldog inglês; - diagnóstico: inspeção de uma massa protruindo pela vulva; citologia vaginal; - diagnóstico diferencial: hipertrofia de clitóris, pólipo vaginal, leiomioma, TVT; - tratamento: emergência (?); conservativo: lavagem/lubrificante; prevenir a auto-mutilação; indução da ovulação (GnRH ou hCG – professora colocou interrogação no slide, talvez seja tratamento duvidoso); OSH ou ressecção cirúrgica; Massa Vaginal - anormalidades adquiridas - neoplasias vaginais; -hiperplasia vaginal; - pólipos vaginais; - hematomas; - hipertrofia do clitóris; Vaginite - primária/secundária - estenose; corpo estranho; ferimentos; neoplasias; - sintomas: secreção vaginal, polaquiúria, lambedura, atração de machos; - diagnóstico: exame clínico, citologia vaginal, hemograma/bioquímico - tratamento: duchas vaginais, antibióticos - juvenil/filhote – cadela com até 1 ano de idade; - descoberta acidental - neutrófilos com ou sem bactérias; - primeiro estro - OSH Contracepção Cirúrgica e Farmacológica em Cães e Gatos Contracepção pode ser permanente, por meio de intervenções cirúrgicas, como OSH e orquiectomia; ou temporárias, por meio de intervenções farmacológicas (drogas anti- gonadotróficas, drogas que previnem a implantação e drogas abortivas); Contracepção cirúrgicas - OSH; - OQ; - posse responsável dos animais; implantação de registros; identificação dos animais; aplicação das leis; - razões para contracepção cirúrgica: - doenças ovarianas (cistos/neoplasias); - doenças uterinas (piometra, metrites, torções, rupturas, neoplasias); - doenças hormonais (prevenção de tumores de mama, hiperplasia vaginal, controle da diabetes insipidus); FASE DO CICLO ESTRAL - anestro é o ideal para que seja feita a cirurgica; - pois, no proestro/estro ocorre hemorragia dos pedículos ovarianos e uterinos e pode ocorrer sinais de pseudogestação no diestro; COMPLICAÇÕES DA OSH: - hemorragia, deiscência da sutura, peritonite, esviceração, SOR, piometra de coto, granuloma do coto ou pedículo com ou sem o trato fistuloso; ligação do ureter; CASTRAÇÃO PRECOCE - fêmeas com 6 meses de idade; - machos de 6 a 9 meses de idade; - segurança do procedimento e ausência de efeitos colaterais; - secreção serosa; - orquiectomia convencional; - observações: sistema imunológico, obstrução do trato urinário, incontinência urinária, obseidade, estrutura óssea, tumores da adrenal; - na contracepção cirúrgica podem ocorrer: alterações de comportamento, vaginite, dermatite peri- vulvar, alopecia e diferenças no comprimento da vagina, ângulo da vagina/vestíbulo e uretra/vagina entre cadelas castradas e intactas. Contracepção farmacológicas - drogas anti-gonadotróficas; - drogas que previnem a implantação; - drogas abortivas; DROGAS ANTI-GONADOTRÓFICAS - progestágenos; - andrógenos; - agonistas do GnRH; - feedback negativo sobre o eixo H-H; diminui secreção pulsátil de GnRH/LH e FSH; - protocolos de tratamento: a) Acetato de Megestrol – em cães; no final do anestro ou início do proestro; b) Proligestone c) Acetato de medroxiprogesterona; - tipo de P4, dose, fase do ciclo, protocolo e idade da fêmea influenciam; - efeitos colaterais: inibição da imunidade uterina, proliferação das glândulas endometriais, piometra (HCE+contaminação bacteriana); efeito sinérgico com os estrógenos; efeito antagônico na insulina; efeito teratogênico; estimula hormônio de crescimento (o que aumenta o apetite e ganho de peso), sedativo/AINE/supressão adrenocortical; nódulos mamários benignos – proliferação de tecido mamário; supressão de ACTH, acromegalia devido a aumento da secreção de GH, aumento transitório da temperatura corporal, aumento de deposição de gordura por meio da estimulação da lipase, diminuição das concentrações de HDL, retenção de sódio diminuída (devido a ação reduzida da aldosterona nos rins), hipertrofia mamária em gatas jovens. - informações sobre acetato de mestrol como contracepção: progesterona sintética; baixas doses por 30 dias no anestro retarda por 2 a 8 meses o próximo ciclo; pode ser usada em até 2 ciclos consecutivos; requer exame citológico para verificar a fase do ciclo; o problema é que causa hiperplasia mamária e uterina, bem como diabetes e doenças hepatobiliares; - condições para uso da progesterona: não usar P4 de longa duração em gatos e cadelas antes da puberdade; não tratar fêmeas gestantes (pode causar defeito de desenvolvimento, gestações prolongadas e até morte fetal); não tratar cadelas com pseudogestação; não utilizar na fase de diestro; não tratar fêmeas com hemorragia uterina; não tratar pacientes diabéticos. AGONISTAS DO GnRH - atuam nos receptores de FSH/LH na adenohipófise e com isso há supressão crônica de FSH/LH; - prolonga o anestro em fêmeas; - supressão da espermatogênese. a) Acetato de Deslorelina – suprime oestro; - cães machos: diminui a fertilidade e agressividade; - gatos machos: diminui fertilidade, agressividade e espículas penianas; - gatas: reduz a atividade cíclica por 12 meses; - efeitos colaterais: vaginite, ganho de peso e dificuldade na retirada do implante; DROGAS QUE PREVINEM A IMPLANTAÇÃO ESTRÓGENO: retarda o transporte dos embriões nas tubas uterinas; embriotóxico; altera a bioquímica uterina; a) Benzoato de Estradiol: cães; E2 não deve ser administrado para cães e gatos - efeitos colaterais: HCE; piometra; comportamento prolongado de estro; aplasia da medula óssea; - após as ovulações, antes do diestro citológico; - o estrógeno causa pancitopenia, que leva a hemorragias crônicas, anemia, imunossupressão e morte; DROGAS ABORTIVAS - PGF2a; inibidores da prolactina; anti-progesterona; 1. PGF2a - induzem a uma vasoconstrição que diminui o fluxo sanguíneo para o corpo lúteo, subsequente morte celular; - luteolítica; - espasmogênica a) Dinoprost tromethamine – pode causar náuseas, vômitos, diarreia, hipersalivação, vocalização e midríase; 2. Inibidores da Prolactina - protocolo: a) Bromocriptine b) Cabergolina c) Metergolina 3. Antagonista dos receptores de progesterona a) Aglepristone - efeitos colaterais: desenvolvimento das glândulas mamárias e lactação; PROGESTÁGENOS EM MACHOS - não há nenhum aprovado; mas baseado no mecanismo de feedback, a espermatogênese pode ser inibida; - acetato de megestrol não afetou a qualidade do sêmen quando adm. oralmente; já AMP reduziu a motilidade espermática e morfologia normal; - efeitos colaterais: diabetes mellitus e nódulos mamários – limita sua utilização AGONISTAS GnRH - efetivo em machos e fêmeas, cães e gatos e pode diminuir/suprimir a secreção dos hormônios sexuais e, portanto, suprimir o comportamento sexual e doenças hormoniomediadas. - levam ao decréscimo de concentração de testosterona e azoospermia; - tanto prostágenos quando análogos de GnRH são contraceptivos temporários e o animal tem sua atividade reprodutiva restabelecida ao interromper o uso dos mesmos; - a desvantagem dos agonistas de GnRH é que, no início da administração, há aumento na liberação de FSH/LH levando a indução do estro nas fêmeas e em testosterona nos machos; - a dessensibilização dos receptores hipofisários após o implante do acetato de deslorelina ocorre devido a internalização ou degradação dos receptores de GnRH sem que ocorra uma resposta compensatória ou desacoplamento dos receptores de GnRH ao seu segundo mensageiro intracelular. - desvantagem: variação no período de retorno a atividade cíclica IMUNOCONTRACEPTIVOS 1. Vacina com GnRH - estimular uma resposta imunológica ao GnRH formando anticorpos contra o GnRH, resultando em infertilidade; - resultados: resposta imunológica inconsistente, necessidade de várias injeções, reações no local da injeção, dificuldade em formular um antígeno, inconsistência na duração dos efeitos, dificuldade e preço para comercializar. 2. Vacina com Zona Pelúcida - usada em fêmeas; várias injeções devem ser usadas; fertilidade é bloqueada por um tempo e revacinações são necessárias para manutenção da infertilidade - efeitos colaterais: ooforites e material contaminado; AGENTES QUÍMICOS ESTERILIZANTES - deve ser eficaz em grande porcentagem de animais tratados; deve ser segura para os animais e o meio ambiente; deve ser irreversível após um único tratamento 1. Solução de Gluconato de Zinco: causa degeneração testicular e esterilidade permanente e são adm. diretamente no testículo; - cães tratados antes da puberdade não a atingiram; - cães adultos tratados permanecem férteis por 6 semanas após o tratamento; - Gluconato de Zinco e Arginina/DMSO: aplicação única; pode ser feita segunda aplicação 30 dias depois. 2. Cloreto de Cálcio: necrose do tecido testicular – atrofia testicular, concentração espermática e de testosterona ficam diminuídas;