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Resumo I - Saúde da Mulher

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1 
 
 
Rafaela Pamplona 
Resumo I – Saúde da Mulher 
ANATOMIA GINECOLÓGICA .................................................................................................................................................................. 1 
TUMORES BENIGNOS E MALIGNOS DO ENDOMETRIO E COLO UTERINO ..................................................................................... 5 
FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL .................................................................................................................................................. 14 
VULVOVAGINITES, CERVICITES E DIP ............................................................................................................................................... 18 
ANATOMIA GINECOLÓGICA 
 
Aparelho genital feminino 
• Interno: vagina, útero, tubas e ovários 
• Externos 
 Vulva: grandes lábios, pequenos lábios, vestíbulo, clítoris e 
monte púbico 
 
OBS.: baixa / alta (OCI) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelves óssea 
• Protege o útero e os ovários 
• Formada por: púbis, ísquios e ílio 
• Avaliar as dimensões entre o promontório e as espinhas 
isquiáticas para avaliar a viabilidade do parto 
 
 
 
• Tipos 
 
 
 Ginecoide: diâmetro ântero-posterior igual ao látero-lateral 
 Platipeloide: diâmetro ântero-posterior menor que o látero-
lateral 
 Antropoide: diâmetro ântero-posterior é muito maior que o 
látero-lateral 
 Androide (homem): formato triangular 
 
 Parto normal apenas na ginecoide e platipeloide 
 
2 
 
 
Rafaela Pamplona 
Genital interna 
 
 
• Vagina 
 Função/importância: modifica-se ao longo da vida, sendo 
hormônio-dependente. A extremidade inferior é o óstio da 
vagina e a superior é o óstio do útero 
 Subdivisão 
- Pélvica 
- Perineal 
 Camadas 
- Mucosa 
~ Sofre maior influência dos hormônios 
~ Boa elasticidade e promove atrito 
~ Menopausa: perde a elasticidade, fica lisa 
- Muscular 
- Adventícia 
 Tamanho: 7 a 8 cm 
 
• Útero 
 Função/ importância 
- Responsável pela menstruação, gravidez e parto 
- Órgão musculoso e oco 
 Localização 
- Cavidade pélvica, atras da bexiga e anteriormente ao reto 
- Porção superior se liga as tubas uterinas 
- Porção inferior se liga a vagina 
 Tamanho e formato: pera invertida 
- Largura = 3 a 4cm 
- Comprimento = 6,5 a 7,5 cm 
 Partes anatômicas 
- Corpo: região superior, chamada de fundo do útero 
- Istmo: segmento estreito entre o colo e o corpo 
- Colo ou cérvix: porção mais estreita que faz ligação com 
a vagina 
 
 
 Camadas histológicas do corpo do útero 
- Perimétrio (túnica serosa): mais externa, constituída de 
tecido conjuntivo. Recobre a parte externa do útero 
- Miométrio (túnica muscular): intermediária, constituída de 
musculatura lisa. Camada que possibilita as contrações no 
parto 
- Endométrio (túnica mucosa): mais interna ou de 
revestimento, constituída de tecido epitelial altamente 
vascularizado. Camada que sofre alterações para que 
ocorra a gravidez ou menstruação. Todo mês é renovado 
 
 Epitélio do Colo ou Cérvix 
- Epitélio glandular: característico da região endocervical 
- Epitélio escamoso estratificado não queratinizado: 
característico da região ectocervical 
- Epitélio escamoso (JEC): ponto de encontro entre epitélio 
glandular e escamoso. Ponto dinâmico, de localização 
variável, que se modifica em resposta a faixa etária, 
gravidez, paridade, menopausa, etc 
- Epitélio metaplásico: processo fisiológico de 
transformação do epitélio colunar em escamoso, que 
origina uma nova zona JEC 
- Zona de transição: o epitélio escamoso entremeado de 
coluna, orifícios glandulares e cistos de Naboth, resultante 
de metaplasia 
~ Zona em que se localizam mais de 90% das lesões 
precursoras ou malignas 
 
 
3 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 Histerectomia 
- Parcial: retira o corpo e preserva o colo 
- Total: retira o corpo e o colo 
- Pan-histerectomia: ovários, trompas, útero (tudo) 
 
 Irrigação: ateria uterina (II) 
 Drenagem: veia ilíaca interna e linfonodos (paraórticos, 
ilíacos I e E, e inguinais superficiais) 
 
• Tubas 
 Função: região tubular que conecta o útero aos ovários, 
sendo responsável pela reprodução. Problemas nessa 
região geram infertilidade 
 Localização: ao lado do útero 
 Tamanho: 10cm 
 Partes: infundíbulo, ampola, istmo, intramural (ou 
intersticial) 
 
 Irrigação: arcadas vasculares = A. uterinas e A. ovarianas 
 Drenagem 
- Venosa: veias uterinas e v. ovarianas 
- Linfática: linfonodos ilíacos internos e paraórticos 
 Inervação: plexos pélvicos 
 
• Ovários 
 Função: armazenamento do óvulo e dos hormônios sexuais 
(gametogênica a endócrina). Cada mulher possui cerca de 
300 a 400 óvulos, determinando o tempo de menstruação 
 Localização: cavidade pélvica, ao lado do útero 
 Tamanho: 5 x 3 x 3cm 
 Partes 
- Córtex: onde se localizam os folículos 
- Medula: rica em vasos, fornece células intersticiais que 
formam a teca dos folículos 
 
 
 Irrigação: A. ovárica (da uterina) 
 Drenagem 
- Venosa: O. direita – veia cava inferior 
O. esquerdo – veia renal esquerda 
- Linfática: linfonodos lombares 
 Inervação: plexo ovárico 
 
• Ligamentos responsáveis por manter a posição do útero 
 Ligamento largo: são formados por uma camada dupla de 
peritônio (membrana que reveste a cavidade abdominal e 
órgãos nela contidos), ligam o útero à cavidade pélvica por 
meio das margens laterais 
 Ligamento redondo: são dois ligamentos que têm sua 
fixação na parte superior do útero, perto das tubas uterinas 
 Ligamento útero-sacral: ligam o colo uterino ao osso do 
sacro 
 Ligamentos cardinais: são disposto abaixo do lig. largo 
4 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 CA de colo 
Paciente com 50 anos, prole definida, já está na 
menopausa, apresenta lesão de alto grau NIC III, conduta: 
Conização (retirada do colo uterino) 
Avaliar a profundidade da lesão para tomada de decisão 
- Se houver invasão de ligamento largo precisa retirar 
(cirurgia de Wertheim-Meigs), dissecar ureter e a artéria 
uterina 
 
 
 
Genital externa 
• Vulva ou pudendo: constitui a parte externa dos órgãos 
genitais femininos 
 Monte de vênus 
- Região triangular acima do púbis, abaixo do abdômen e 
entre as virilhas 
- Formado por tecido adiposo e pelos para a proteção 
 Grandes lábios: glândulas sebáceas e pelos 
 Pequenos lábios: formam clítoris 
 Vestíbulo vulvar 
- É a região circundada pelos pequeno lábios 
- Localizados os óstios: vagina, uretra, glândulas de 
Bartholin e glândulas de Skene 
~ Glândula de Bartholin: localizadas no terço interior dos 
grandes lábios. Elas são responsáveis por produzir um 
fluido mucoso, que serve para lubrificar e umidificar a 
vulva, principalmente durante a relação sexual 
~ Glândula de Skene: localizadas do lado da uretra da 
mulher, perto da entrada da vagina, que são 
responsáveis por liberar um líquido esbranquiçado, ou 
transparente, que representa a ejaculação feminina 
durante o contato íntimo 
 
 
 Clítoris 
- Composto por músculos cavernosos que durante o ato 
sexual o sangue flui, permitindo a ereção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Rafaela Pamplona 
TUMORES BENIGNOS E MALIGNOS DO 
ENDOMETRIO E COLO UTERINO 
 
Conceito 
• É um órgão móvel, com formato de pêra invertida, localizado 
na região pélvica entre a bexiga e o reto 
• Fixado na pélvis por 4 ligamentos: largo, redondo, cardinal e 
útero-sacro 
• Origem embrionária: invaginação do epitélio celômico que 
origina os ductos de Muller, que se fundem originando os 
órgãos genitais 
• Componentes epiteliais e mesenquimatosos 
• Anatomia 
 
 
 
• Perimétrio, miométrio e endométrio 
 
 
 
Tumores Benignos do Endométrio 
• Leiomioma ou Mioma 
 Incidência: 95% dos tumores benignos do trato genital 
feminino 
 Tumor benigno que surge no miométrio (camadaintermediaria) 
 Originado de células musculares lisas com quantidade 
variável de tecido conjuntivo fibroso, sendo descritos de 
acordo com a localização 
 
 
 
 Causas – teorias 
- Aumento dos níveis circulantes de estrogênio 
- Ação sinérgica do GH 
- Deficiência da 17-hidroxidesidrogenase 
- Aromatase – enzima que converte testosterona em 
estrogênio, fazendo o equilíbrio dos hormônio sexuais 
- Influência genética 
 
 Fatores de risco 
- Raça negra – 3 a 9x mais que na raça branca 
- Nulíparas – gravidez é fator protetor 
- Menarca precoce 
- Hipertensas 
- Obesas 
- Predisposição familiar 
- Consumo de álcool 
 
 Fatores protetores 
- Multiparidade 
- Tabagismo 
- Uso de anticoncepcional 
- Progestágenos 
 
 Classificação 
- 1: Quanto ao volume: pequeno, médio ou grande 
- 2: Quanto à localização 
~ Corporal 
~ Ístmico 
~ Cervical 
- 3: Quanto à camada 
~ Subseroso (20%): cresce para fora. Logo abaixo da 
serosa (membrana que reveste externamente útero) e 
podem ter uma base ampla ou pedunculada e ser 
intraligamentares 
6 
 
 
Rafaela Pamplona 
~ Intramural (75%): cresce dentro da musculatura. 
Desenvolvem-se dentro da parede uterina e podem ser 
grandes o suficiente a ponto de distorcer a cavidade 
uterina e a superfície serosa 
~ Submucoso (5%): cresce para dentro do endométrio, 
para dentro da cavidade uterina. Localizados 
imediatamente abaixo do endométrio (tecido que 
reveste internamente útero) e frequentemente crescem 
para a cavidade uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Manifestações clínicas 
- Mais de 50% são assintomáticos 
- Sintomas 
~ Sangramento uterino anormal 
~ Dor pélvica/ dismenorreia 
~ Aumento do volume abdominal 
~ Compressão geniturinária 
~ Distúrbios intestinais 
~ Infertilidade 
 
 Subserosos tendem a causar compressão e distorção 
anatômica de órgãos adjacentes 
 Intramurais causam sangramento e dismenorreia, enquanto 
os submucosos produzem frequentemente sangramentos 
irregulares e estão mais associados à disfunção reprodutiva 
 
 Diagnóstico 
- Ultrassonografia pélvica transvaginal 
- Ultrassonografia abdominal 
- Tomografia computadorizada 
- Ressonância nuclear magnética 
 
 Complicações 
- Degeneração hialina 
- Degeneração cística 
- Degeneração gordurosa 
- Degeneração vermelha/rubra 
- Calcificação 
- Degeneração sarcomatosa (0,5%) 
 
 Diagnóstico diferencial 
- Hiperplasia endometrial 
- Adenomiose 
- Malformações uterinas 
- Gravidez 
- NTG 
- Neoplasias malignas 
- Tumores ovarianos 
 
7 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Tratamento 
- Assintomático: seguimento 
- Sintomático 
~ Menacme (período em idade fértil) / sem prole: 
tratamento clínico ou miomectomia 
~ Perimenopausa/ com prole: tratamento conservador, 
embolização e histerectomia 
~ Tratamento clínico: anticoncepcional oral combinado, 
progestágenos contínuos e análogos do GnRH, Danazol 
e Gestrinona, DIU hormonal e implantes de 
progesterona 
 
 GnRH – hormônio liberador de gonadotrofina, essencial para 
o desenvolvimento dos folículos ovarianos (FSH) e para a 
ovulação (LH) 
 Tumor é hormônio dependente, ao administrar análogo de 
GnRH reduz o volume do mioma 
 
• Pólipo uterino ou Pólipo endometrial 
 São projeções hiperplásicas formadas por componentes 
glandulares e estromais na superfície do endométrio ou colo 
uterino 
 75 a 80% mucosos 
 Mais frequentes entre 40 e 50 anos 
 Frequência de 1,5 a 10% 
 Incidência: 2° tumor mais frequente do útero 
 
 Classificação 
- Localização: endometrial e cervical 
 
 
- Morfologia: pediculado (Ip) ou séssil (Is) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 Manifestações clínicas 
- Assintomático 
- Sintomáticos 
~ Metrorragia (sangramento do útero, fora da época 
apropriada do ciclo menstrual) 
~ Cólicas 
~ Necrose do pedículo 
~ Infecção 
~ Dor pélvica 
~ Secreção purulenta 
 
 Diagnóstico 
- Ultrassonografia transvaginal 
- Histerossonografia 
- Histeroscopia 
- Exame especular para pólipo endocervical 
 
 Tratamento 
- Pólipos endometriais 
~ Polipectomia histeroscópica (padrão ouro) 
 
~ Curetagem uterina 
 
 
 
- Pólipos endocervicais 
~ Torção do pedículo 
~ Exérese com bisturi 
 
Tumores Malignos do Endométrio 
• Hiperplasia endometrial 
 É a proliferação exagerada do endométrio 
 
 
 
 Classificação 
- Simples (cística sem atipia): 1% de progressão para 
câncer 
- Complexa (adenomatosa sem atipia): 3% de progressão 
para câncer 
- Atípica 
~ Simples: 8% de progressão para câncer 
~ Complexa: 29% de progressão para câncer 
 
 Manifestações clínicas 
- Sangramento uterino anormal 
- Aumento do fluxo menstrual 
- Sangramento em mulheres pós menopausadas 
 
 Diagnóstico 
- Ultrassonografia transvaginal 
- Histeroscopia com biópsia dirigida 
- Curetagem uterina semiótica 
9 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 Tratamento 
- Ablação endometrial 
- Curetagem uterina 
- Uso de progestágenos 
- Histerectomia 
 
• Adenomiose 
 É o crescimento anormal do tecido endometrial penetrando 
no tecido miometrial uterino 
 
 
 Considerado um tipo de endometriose 
- Endometriose: é uma inflamação crônica, na qual o tecido 
endometrial cresce em regiões e órgãos no exterior da 
cavidade uterina, como nos ovários, bexiga e no intestino. 
- Adenomiose: é a doença em que o tecido endometrial 
invade o miométrio, camada intermediária de 
revestimento do útero 
 
 
 
 Sintomatologia 
- Hipermenorreia 
- Dismenorreia 
 
 Tratamento 
- Clínico: progestágenos e anticoncepcionais orais 
- Cirúrgico: ablação endometrial e histerectomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Câncer de endométrio 
 Incidência: 4° causa mais comum de câncer em mulheres 
 Estima-se que a cada ano sejam diagnosticados, no Brasil, 
6.540 casos de câncer de endométrio 
10 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Classificação histológica 
- Adenocarcinoma clássico: 80% 
- Adenocarcinoma mucinoso: 5% 
- Adenocarcinoma seroso: 4% 
- Carcinoma de células claras: 5% 
- Carcinoma epidermoide, indiferenciado e misto: raros 
 
 Classificação patogênica 
- Tipo I 
~ Obesas, perimenopausadas (50-60 anos) 
~ Excesso de estrógenos sem oposição de progestágenos 
~ Hiperplasia endometrial precede o câncer 
~ Melhor prognostico 
- Tipo 2 
~ Magras, idosas acima de 60 anos, pós menopausadas 
~ Sem associação com hiperestrogenismo ou hiperplasia 
endometrial 
~ Mutação p53 
~ Pior prognóstico 
 
 
 Fatores de risco 
- Excesso de estrógenos 
- Anovulação crônica 
- Insuficiência hepática 
- Menarca precoce 
- Menopausa tardia 
- Tumores ovarianos 
- Hipotireoidismo 
- Obesidade/ hipertensão 
- Radioterapia 
- Fatores genéticos 
- Associação com outros cânceres 
 
 Manifestações clínicas 
- 5% assintomáticos 
- Sintomas 
~ Sangramento transvaginal perimenopausico ou pós-
menopáusico, a depender do tipo patogênico 
 
 Estadiamento – FIGO 
 
 
 
 
 
 Vias de disseminação 
- Contiguidade: miométrio, bexiga, reto, cavidade peritônio 
- Continuidade: colo, paramétrios e vagina 
- Trompas: cavidade peritoneal 
- Via linfática (2,6%) 
- Via hematogênica (rara e tardia) 
- Fígado, pulmão, cérebro e ossos 
 
 Tratamento 
- Dependerá do estadiamento clínico 
- Estadiamento l 
~ Histerectomia total abdominal associada a 
salpingooforectomia bilateral 
- Estadiamento II 
~ Histerectomia total alargada com linfadenectomia 
pélvica e retirada do terço superior da vagina (Wertheim-
Meigs) 
~ Radioterapia pélvica ou braquiterapia caso não seja 
possível a cirurgia 
- Estadiamento III 
~ Radioterapia prévia seguida de laparotomia ou cirurgia 
prévia e irradiação pélvica e vaginal pós cirurgia 
- Estadiamento IV 
~ Quimioterapia e hormonioterapia 
 
 Prognóstico 
- Estadiamento l: Cirurgia 75%. 
Radioterapia 78% de cura- Estadiamento II: 60 a 70% de cura 
- Estadiamento III: 30% de cura 
- Estadiamento IV: 3 a 9% 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Rafaela Pamplona 
Tumores benignos e malignos do colo uterino 
• Colo uterino 
 É uma importante parte do 
útero, localizado na sua 
porção inferior, formado 
por pouco tecido muscular 
liso, predominantemente 
de tecido conjuntivo 
 Mede entre 2 e 4 cm 
 Divide-se em duas porções 
- Supra vaginal 
- Vaginal 
 
 
 
 Histologia 
- Epitélio escamoso epidermoide 
~ 4 camadas: basal, parabasal, intermediária e superficial 
- Epitélio colunar glandular 
 
 Métodos de avaliação do colo uterino 
- Inspeção macroscópica 
~ Avalia aspecto, forma, tamanho, secreção, coloração, 
aparência e lesões 
- Citologia cérvico-vaginal 
~ Coleta, fixação, coloração e leitura (sensibilidade de 
70% e falso negativo 30%) 
~ A partir dos 25 anos e intervalo anual, ou a cada 3 anos 
 
 
A Espátula de Ayre no orifício externo do colo e rotação de 360° 
B Cito-brush – introdução da escova no canal endocervical e rotação 
de 360° 
C Raspagem do fundo de saco com a extremidade arredondada da 
espátula de Ayre 
D Raspagem do terço superior da parede lateral da vagina com a 
extremidade arredondada da espátula de Ayre 
 
- Colposcopia 
~ Avaliação com ácido acético e lugol e realização do teste 
de Shiller 
↳ Teste positivo: iodo negativo → existe alteração ou 
lesão no colo (coloração amarelo-mostarda) 
↳ Teste negativo: iodo positivo → não há alteração no 
colo (coloração marrom-escuro) 
~ Limitada pela presença de atrofia, infecções, 
radioterapia prévia e metaplasia escamosa 
~ Pré-requisito para uma colposcopia bem-feita 
↳ Visualização da JEC (junção escamo colunar) 
~ Achados colposcópicos normais 
↳ Epitélio escamoso original, JEC, epitélio colunar, 
ectopias, ZTN (orifícios glandulares e cistos de 
Naboth) 
~ Achados colposcópicos anormais 
↳ Epitélio acetobranco, mosaico, pontilhado e vasos 
atípicos 
~ Achados sugestivos de câncer 
↳ Lesões vegetantes, erosão, ulceração, epitélio 
acetobranco denso, pontilhado e mosaico irregulares 
e vasos atípicos 
~ Miscelâneas: condiloma, ceratose, erosão por trauma, 
inflamação, atrofia, deciduose e pólipo 
 
 
 
 
12 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Classificação de Papanicolau 
I. Negativo para neoplasias 
Exame absolutamente normal, sem inflamações e sem 
alterações regenerativas, degenerativas ou alterações da 
maturação epitelial 
Classe desejável 
II. Negativo para neoplasias 
Presença de inflamação, ou de células metaplásicas, de 
regeneração, de inclusão virótica (herpes, adenovírus, 
citomegalovírus) e infecção por HPV com ou sem 
discariose 
III. É a classificação das NICS 
IIIa. NIC I – displasia leve com ou sem HPV 
IIIb. NIC II – displasia moderada com ou sem HPV 
IIIc. NIC III – displasia acentuada com ou sem HPV 
IIId. NIC IV – atipias celulares suspeitas de malignidade 
IV. É a classe do carcinoma “in situ” NIC III com ou sem HPV 
V. É a classe positiva para células neoplásicas 
Carcinoma epidermoide, adenocarcinoma etc 
 
 Classificação de Bethesda – 2001 
1 - Negativo para lesão intraepitelial ou malignidade 
2 - Alterações não neoplásicas (benignas): inflamação, 
radiação, DIU, células glandulares e pós histerectomia 
3 - Infecções: fungos, protozoários, actinomyces, vaginose 
bacteriana, herpes 
4 - Anomalias em células epiteliais 
41. Nas células escamosas: células escamosas atípicas 
de significado indeterminado. (ASC-US/ ASC-H) 
42. Lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL). Com ou 
sem HPV 
43. Lesão intraepitelial de alto grau (HSIL) 
44. Atipias em células glandulares (AGUS) 
45. Carcinoma epidermoide, adenocarcinoma, outros 
 
 
 
- Captura híbrida – pesquisa de DNA-HPV 
~ Mulheres a partir de 30 anos, com intervalo de 5 anos 
entre as coletas 
- Vacinação do HPV 
 
ANTES A PARTIR DE 2017 
Meninas de 9 a 13 anos 
Meninos de 12 e 13 anos 
e 
Meninas até 14 
ESQUEMA VACINAL 
2 doses com intervalo de 0 e 6 meses 
Mulheres de 9 a 26, vivendo 
com HIV/Aids 
Homens e mulheres de 9 a 26 anos, 
vivendo com HIV/Aids 
Transplantados de órgãos sólidos, de 
medula óssea ou pacientes 
oncológicos 
ESQUEMA VACINAL 
3 doses com intervalo de 0, 2 e 6 
meses 
 
• Doenças benignas mais comuns 
 Pólipos 
 Cervicites 
 Leiomioma cervical 
 Papiloma 
 Tumores 
 Endometriose 
 
• Câncer de colo uterino 
 Incidência: 3ª causa de morte materna por câncer 
 Tipo histológico mais comum 
- Carcinoma epidermoide – em torno de 95% 
 
 Fatores de risco 
- HPV (98%): parasita intracelular que acelera a mitos, 
aumentando a chance de atipias 
~ Subtipo 16 – carcinoma de células escamosas 
~ Subtipo 18 – adenocarcinomas 
- Múltiplos parceiros 
- Tabagismo 
- Baixo nível socioeconômico 
- Má higiene 
- Coitarca precoce 
- Multiparidade 
- ISTs 
- Radioterapia 
- Agentes químicos 
 
 Manifestações clínicas 
- Sinusiorragia – sangramento genital relacionado a 
atividade sexual 
- Infecção 
- Necrose 
 Diagnóstico: colposcopia com biópsia dirigida 
 Resumo de recomendações para conduta inicial frente aos 
resultados alterados de exames citopatológicos nas 
unidades de atenção básica 
13 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 Estadiamento 
 
 
 
 Tratamento 
 
 
 Prognóstico 
- Citologia a cada 3 meses no primeiro ano e de 6 em 6 
meses nos próximos 4 anos seguintes, com realização de 
exame pélvico, pesquisa de linfonodos, radiografia de 
tórax anualmente 
- O prognóstico depende do comprometimento linfonodal 
~ Se forem negativos a sobrevida é de 85 a 90% 
~ Se positivos, a sobrevida cai para aproximadamente 
25% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
Rafaela Pamplona 
FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL 
 
Conceito 
• Exteriorização periódica de sangue pela vagina, proveniente 
do útero, no período reprodutivo da mulher 
 Menstruo = mensal (lunar) 
• Ciclo menstrual 
 É o conjunto de eventos endócrinos interdependentes do 
sistema hipotálamo-hipófise-ovário com as modificações 
fisiológicas no organismo decorrentes destes eventos, 
visando a preparação para o coito e a gravidez 
 Quando não ocorre a gravidez, o endométrio preparado 
para segurar o zigoto acaba descamando 
 Características normais – Eumenorreica 
- Tempo: 2 a 8 dias 
- Volume: 20 a 80ml 
- Intervalo: 24 a 36 dias 
 Principais processos reprodutivos 
- Maturação folicular por estímulo hormonal e liberação de 
um óvulo a partir dos ovários 
- Preparação do útero para receber o embrião, caso ocorra 
a fertilização 
• Por convenção, o 1º dia da menstruação é considerado o 1º 
dia do ciclo 
• Fases do ciclo ovariano: folicular, ovulatória e lútea 
• Fases do ciclo uterino: proliferativa, secretora e menstrual 
 
Características Fase folicular Fase lútea 
Inicio 1º dia do ciclo Com a ovulação 
Termino Com a ovulação 
Com o ultimo dia que 
antecede a menstruação 
Tempo Variável Fixo (14 dias) 
Hormônio 
ovariano 
dominante 
Estrogênio 
Progesterona (marcador 
de ovulação) 
Gonadotrofina 
dominante 
FHS LH 
Inibina Inibina Inibina A 
 
Dia do ciclo 1-5 6-14 15-28 
Fase ovariana 
Folicular 
inicial 
Folicular Lútea 
Fase 
endometrial 
Menstrual Proliferativa Secretora 
Estrogênio/ 
progesterona 
Níveis baixos Estrogênio Progesterona 
 
Componentes funcionais do ciclo menstrual 
• Hipotálamo 
 Localização: base do cérebro 
 Função: liberar GnRH (núcleos arqueados) e produzir 
dopamina (PIF) 
• Hipófise 
 Localização: sela túrcica 
 Função 
- Síntese de FSH e LH (hipófise anterior para células 
gonadotróficas basofílicas) 
- Secreta prolactina (fator inibidor da liberação de prolactina 
PIF – hipotálamo) 
• Ovários 
 Função: gametas/ secretar hormônios 
 Unidade funcional básica: folículo de Graaf (folículo que se 
torna aptopara liberar um óvulo maduro para a fertilização) 
 Hormônios secretados: estradiol, estrona, androstenediona, 
testosterona, progesterona, inibina 
 
• Fases do ciclo menstrual 
 Folicular: antes da liberação do ovulo 
 Ovulatória: liberação do ovulo 
 Lútea: depois da liberação do ovulo 
 
• Sistema hormonal 
 Hipotálamo 
 ↓ Liberação de GnRH (gonadotrofina) 
Feedback - Hipófise 
 ↓ Liberação do FSH e LH 
 Ovários 
 Liberação de estrogênio e progesterona 
 
• Eixo hipotálamo-hipófise, ovário e útero (retroalimentação) 
 O hipotálamo sofre fatores extrínsecos e emocionais, por 
isso pode ocorrer sangramento importante fora do período 
menstrual ou menstruação interrompida (= menóstase) 
 
 
15 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
Fisiologia do ciclo menstrual 
• O hipotálamo libera GnRH que estimula a hipófise anterior a 
liberar FSH (folículo estimulante, pega o óvulo e faz ele 
crescer) e o LH (luteinizante da progesterona), além de induzir 
a produção de dopamina (fator inibidor da liberação de 
prolactina - PIF) 
• Quando baixa dopamina, prolactina sobe e o organismo 
entende que a mulher está grávida e entra em ausência de 
menstruação 
 Muitas medicações mexem na dopamina e podem fazer a 
mulher ter ausência de menstruação e galactorréia 
(ansiolíticos, espironolactona, digitálicos, anti-hipertensivos) 
• FSH 
 Eleva-se no período pré-menstrual e é responsável pelo 
crescimento folicular 
 Cada folículo tem sensibilidade própria ao FSH, sendo que 
o mais sensível crescerá mais e será o folículo dominante, 
sintetizando inibina e estradiol em maiores concentrações 
 Os demais folículos sofrem atresia e o dominante é 
conduzido a ovulação 
• LH 
 Pico no meio do ciclo 
 Na fase folicular as concentrações de LH são baixas e com 
a elevação do estradiol no meio do ciclo a incremento da 
liberação do hormônio luteotrófico, responsável direto pela 
ovulação 
 
 
 
Útero 
• Função 
 Abrigar o concepto 
 Menstruação 
• Composição 
 Serosa – perimétrio (mais externa) 
 Muscular – miométrio (m. liso) 
 Mucosa – endométrio (estroma e glândula) 
- Gera a menstruação 
 
Útero – endométrio 
• Camadas do endométrio: na menstruação saem a camada 
média e superficial, a basal permanece para iniciar um novo 
ciclo 
 Profunda ou basal 
 Média ou esponjosa 
 Superficial ou compacta 
• Irrigação: artérias retas e artérias espiraladas 
 Na camada profunda arteríola reta e espiralada, que é quem 
reestabelecem o novo ciclo 
 
16 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 OBS.: uma patologia, se a mulher precisou fazer uma curetagem e 
foi tirado a camada basal, a mulher não vai mais menstruar, não 
pode mais ter filho 
Síndrome de Asherman: é caracterizada pela presença de 
cicatrizes no endométrio (membrana que reveste a parede interna 
do útero). Elas são adesões entre a face anterior e posterior da 
cavidade uterina. E essas adesões podem limitar o tamanho da 
cavidade, o que, consequentemente, compromete a fertilidade 
No aborto pode deixar infecção do endométrio, causando uma 
sequela inflamatória, vai criar aderências e não terá mais o espaço 
natural para o concepto 
• Composição 
 Glândulas: ciliadas e secretoras 
 Estroma: fibras colágenas e elásticas 
 
Fases do ciclo menstrual 
• Folicular 
 Do 1º dia da menstruação até o pico do LH, no meio do ciclo 
 Crescimento folicular 
- Folículo primordial (oócito na prófase meiótica) ao folículo 
dominante – folículo pré-ovulatório 
 
 
 Fase folicular / endométrio (maturação do folículo) 
- Estímulo: estrogênico 
- Reconstrução e crescimento do endométrio 
- Glândulas: estreitas e tubulares → alongadas e tortuosas 
- Estroma: edemacia 
- Artérias espiraladas: tornam-se finas (0,5mm – 3,5 a 5mm) 
- Dura em torno de 14 dias, começa no 1º dia da menstruação 
- FSH estimula o crescimento do óvulo e liberando 
estrogênio, que chegará ao seu nível máximo 
 
• Fase ovulatória 
 Pico estradiol seguido pelo pico de LH 
- O pico do estrogênio estimula o pico de LH 
- O pico do LH estimula a ruptura do folículo e a ovulação 
 Fase mais rápida, um óvulo dura em média 36h 
 A presença de prostaglandinas E e F (plasmina) promovem 
o enfraquecimento da parede folicular e promovem a 
contração musculares mínimas no ovulo e a expulsão do 
oócito – ovulação 
 A fase ovulatória termina após o ovulo ser liberado 
 Depósito de ácido hialurônico (FSH/LH) envolta do oócito e 
na coroa radiada 
 Contração das células musculares (E e F / LH) 
 Extrusão do oócito (ovulação) 
 
• Fase secretora / lútea 
 Aumento dos níveis de progesterona de forma aguda 
- Coincide com os maiores níveis estrogênicos e com a 
maior vascularização do endométrio 
 Dura 14 dias 
 Inicial 
- Corpo lúteo: LH contínuo, que resulta em síntese e 
secreção de estradiol e progesterona 
~ Estrogênio aumenta a síntese de receptores para 
progesterona no endométrio 
↳ A quantidade inadequada de receptores pode resultar 
em uma preparação inadequada do endométrio, sendo 
uma possível causa de abortamento precoce 
- Hipertrofia e vascularização (edema do estroma, 
endométrio de 8 a 9mm) 
- Aumento da progesterona (LDL) 
 Tardia 
- Caso não ocorra a gravidez, ocorre a queda gradativa de 
LH leva a regressão do corpo lúteo 
- Reabsorção do edema endometrial 
- Vasoconstricção – isquemia 
- Liberação de enzimas proteolíticas 
- Desmoronamento do endométrio: menstruação 
17 
 
 
Rafaela Pamplona 
 OBS: Artérias retas renovam o endométrio 
 
 
 
 
 
Perturbações do ciclo menstrual 
• Conceito 
 Quando o padrão menstrual de uma mulher ultrapassa os 
limites da normalidade (estabelecidos para a população 
geral) ou quando não houver menstruação 
• Importância 
 Fonte de preocupação 
 Grande valor propedêutico 
• Variações da menstruação 
 Hipermenorreia: > 8 dias 
 Menorragia: > 80 ml 
 Hipomenorreia: < 30ml ou < 3 dias 
 Polimenorreias: ciclos < 24 dias 
 Oligomenorreia: ciclos > 36 dias 
 Menóstase: suspensão brusca 
 Amenorreia: ausência por 3 ciclos 
 Dismenorreia 
 
 TPM / síndrome meio do ciclo 
Variações dos níveis de estrogênio e progesterona, podem 
afetar os níveis dos neurotransmissores, surgindo sintomas 
físicos, cognitivos, comportamentais e emocionais 
A síndrome intermenstrual, também designada como 
“Mittelschmerz” que significa “dor do meio”, é caracterizado 
pela presença de dor no meio do ciclo menstrual, a cerca de 
14 dias antes do período menstrual consecutivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Rafaela Pamplona 
VULVOVAGINITES, CERVICITES E DIP 
 
Ginecologista 
• Relação médico-paciente 
 Impacto e expectativa 
 Desejos 
 Estabelecimento de vínculos 
 Favorecer retornos 
 Lida com o que há de mais intimo do ser 
 O motivo mais importante da consulta pode não ser relatado 
na queixa principal 
 Boa relação médico paciente 
 Anamnese detalhada contemplando todos os itens 
 Exame físico minucioso 
 
Principais síndromes 
• Síndrome do corrimento genital 
• Síndrome do corrimento uretral 
• Síndrome das úlceras genitais 
• Síndrome das verrugas genitais 
 
Síndrome do corrimento do trato genital inferior 
(TGI) 
• Vulvovaginites 
 Vulva, vagina e epitélio escamoso estratificado do colo 
uterino 
• Cervicites / uretrites 
 
Síndrome do corrimento do trato genital superior 
(TGS) 
• Doença inflamatória pélvica (DIP) 
 
Vulvovaginites e vaginoses infecciosas 
• Vaginose bacteriana 
• Candidíase 
• Tricomoníase 
• Vaginite descamativa 
 
• Causas 
 Bactérias 
 Fungos 
 Protozoários 
 
 Nem todo fluxo vaginal representa uma doença e nem toda 
doença é infeciosa 
Vulvovaginites e vaginoses NÃO infecciosas 
• Vulvovaginite inespecífica 
• Vulvovaginite atrófica 
• Vaginose citolítica• Causas 
 Agentes físicos 
 Agentes químicos 
 Origem psicossomática 
 Alérgicas 
 Atrófica 
 Citolítica 
 
Fatores predisponentes 
• Proximidade anatômica e revestimento mucoso 
• Flora dinâmica (ciclo menstrual, micção e ato sexual) 
• Mecanismos naturais de defesa e preceitos higiênicos 
• Tecidos em necrobiose 
• Temperatura local e mudança no pH 
 
Mecanismos de defesa do aparelho genital feminino 
• Barreiras anatômicas 
 Vagina é estéril ao nascimento, colonizada 6h após o parto 
pela flora materna 
- Lactobacilos, bacilos coreniformes gram positivos, 
estafilococos, peptoestreptococos, clostridium perfrigens, 
bacilos gram negativos, bacilos anaeróbios 
 Anaeróbios: transformam glicogênio em ácido láctico, 
produzindo peróxido de hidrogênio, que inibe outros 
microrganismos 
 Conteúdo fisiológico vaginal 
- Muco cervical 
- Fatores imunológicos 
 
Orientação para abordagem do corrimento vaginal 
• História clínica 
• Exame ginecológico 
• Esfregaço a fresco 
• Teste de Whiff (teste das aminas) 
 Adição de hidróxido de potássio a 10% na secreção 
coletada do fundo de saco vaginal, com aparecimento 
imediato de odor desagradável. 
 Presença de clue cells (células-alvo) no exame 
microscópico a fresco da secreção vaginal 
• Bacterioscopia – gram 
• Cultura 
 
19 
 
 
Rafaela Pamplona 
Bactérias – vaginose bacteriana 
• Aspectos microbiológicos 
 Bactérias de transmissão sexual 
- Neisseria gonorrhoeae 
- Chlamydia trachomatis 
- Mycoplasma hominis. 
- Ureaplasma urealyticum 
 Bactérias pertencentes a flora endógena 
- Aeróbias 
- Anaeróbias 
 
• Causado por desequilíbrio da flora vaginal 
 Gardnerella vaginalis 
 Bacterioides sp 
 Mobiluncus sp 
 Mycoplasma hominis 
 Peptoestreptococus 
 Diminuição dos lactobacilos 
 
• Quadro clínico 
 Metade é assintomática 
 Corrimento genital caracterizado por odor “peixe podre” pela 
volatização das aminas (Putrescina/ Cadaverina 
/Trimetilamina) 
 Corrimento branco acinzentado, homogêneo e fino que 
pode formar microbolhas, 
 Se exacerba na menstruação e no coito 
 Ausente dor, dispareunia e prurido 
 
• Diagnóstico – Critérios de Amsel (3/4) 
 Teste das aminas (KOH 10%) positivo – (Wiffi teste) 
 Visualização de Clue Cells (célula alvo, índice ou chave) no 
exame a fresco. Células do epitélio vaginal com contorno 
granuloso e irregular (presença de aderidas na membrana) 
 PH alcalino > 4,5 
 Corrimento branco acinzentado, homogêneo, fino e com 
odor de peixe podre 
 
• Tratamento 
 Pacientes sintomáticos 
 Com confirmação no exame físico especial 
 Gestantes 
 Pacientes assintomáticos que serão submetidos a 
procedimentos cirúrgicos 
 Via oral 
- Metronidazol 250mg, VO de 8/8h, por 7 dias 
ou 500mg VO, 12/12h, por 7 dias 
 Não usar dose única porque predispõe a recorrência!!! 
- Clindamicina 300mg VO, 12/12hs, 7 dias 
- Tinidazol 1g, 2 cp, VO, dose única 
ou 1g, 2 cp, VO, 1x dia, por 2 dias 
- Secnidazol 1g, 2 cp VO, dose única 
ou 1g, 2 cp VO, 1x dia, por 2 dias 
 
 Tópico (regime alternativo) 
- Metronidazol creme, via vaginal por 5 a 7 dias 
- Clindamicina creme 2%, via vaginal por 7 dias 
- Tinidazol creme, via vaginal por 7dias 
 Evidências sinalizam eficácia semelhante ao tratamento 
oral 
 
 Gestantes 
- Primeiro trimestre 
~ Clindamicina 300mg VO, 12/12hs, 7 dias 
- Após o primeiro trimestre 
~ Metronidazol 250 mg, VO de 8/8h 
ou 500mg VO, 12/12h, por 7 dias 
- Casos recorrentes 
~ Metronidazol 250 mg, VO de 8/8 h 
ou 500mg VO, 12/12h, por 10 a 14 dias 
~ Metronidazol creme vaginal, 10 dias, seguido 
tratamento supressivo – 2 aplicações por semana, por 4 
a 8 semanas 
~ Mesmo tratamento para puérpera e lactantes 
 
 Não é IST 
- Não tratar o parceiro 
- Não tratar a paciente laudo citológico 
- Evitar o metronidazol dose única, associado a recidivas 
- Informar sobre o efeito antabuse ou dissulfiram like 
 
Fungos – candidíase 
• Incidência 
 Incide em 75% das mulheres 
 Existem várias espécies do gênero Cândida, sendo a 
Albicans a mais incidente (90%) 
 Outras espécies também se mostram com relevância como: 
C. Albicans, Tropicallis, Glabrata, Krusei 
• Fatores predisponentes 
 Estresse 
 Gestação, obesidade, diabetes 
 Anticoncepcional com alta dose estrogênica, 
antibioticoterapia, corticoides, hormonioterapia, 
imunossupressores, imunodeficiência 
 Contato com alérgenos ou irritantes, hábitos de higiene e 
vestuário (roupas intimas sintéticas) 
20 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Quadro clínico 
 Leucorreia branca Grumosa, sem odor, aderida paredes 
vaginais; prurido, ardor e disúria, dispareunia, edema e 
hiperemia 
 Irritação gênito-perineal e fissuras genitais 
 Preferem pH Vaginal mais ácido 
 Desenvolvem reação alérgica 
 
• Diagnóstico 
 Exame Citológico de esfregaço cervico-vaginal à fresco 
 Pseudo-hifas 
 Exame Citológico cervico-vaginal-Papanicolaou 
 Cultura em meios de Sabouraud, Progno-levine e 
Nickerson em casos de recidiva 
 Imunológico – IgE para cândida em secreção vaginal, 
ELISA), Testes cutâneos 
 
• Tratamento 
 Usar corticoide tópico para melhorar o desconforto genital 
 Fazer abstinência sexual durante o tratamento para 
otimizar a eficácia da medicação 
 Tratar apenas o parceiro sintomático; com medicação via 
oral 
 
• Tratamento – creme vaginal 
 Miconazol / Nistatina 
 Clotrimazol (Gino canesten / gyno clotrim) 
 Tioconazol (Genérico Medley, creme Vaginal com tinidazol) 
 Butoconazol (Gynazoli 1) 
 Terconazol (Genérico EMS, creme Vaginal) 
 Nitrato de Isoconazol (Genérico EMS, creme Vaginal) 
 Nitrato de fenticonzol (Fentizol creme / óvulos) 
 
• Tratamento – oral 
 Cetoconazol 200 mg, 2 cp VO, 1x dia, por 5 dias 
 Fluconazol 150 mg, 1cp, VO, em dose única 
 Itraconazol 100mg, 2 cp, VO, 2x dia, por 1 dia (4cp) 
 Devem ser ingeridos junto com alimentos 
 
• Tratamento durante a gestação 
 Tratamento realizado somente por via vaginal e tópica 
 Tratamento oral está contraindicado na gestação e lactação 
 
• Tratamento de infecção recorrente 
 Presença de 3 episódios em 1 ano 
 Tratar parceiro sexual e Investigar imunodeficiência 
 Tratamento oral 
- Fluconazol 150mg, VO dose única; semanal ou mensal 
- Itraconazol 100mg 2cp. VO, 2x dia, mensal por 3 a 6 
meses 
 Tratamento tópico 
- Creme vaginal / óvulo (3 a 6 meses) 
 
Protozoário – tricomoníase 
• Causada pela Trichomonas Vaginallis 
• Maior frequência em pacientes com baixo nível de 
higienização 
• PH alcalino ≥ 5 
• Teste de Whiff – fracamente positivo (KOH 10%) 
• Frequentemente associada a outros microrganismos 
(gonococo) 
 
• Quadro clínico 
 Corrimento purulento ou amarelo esverdeado com macro 
bolhas (flora anaeróbia), abundante e com mau cheiro; 
acompanhado de irritação leve 
 Mucosa vaginal eritematosa e cérvice com pontos 
hemorrágicos “colo em framboesa ou morango” 
 Fogacho vaginal 
 Teste de Schiller malhado com aspecto tigróide ou pele de 
onça 
 
• Diagnóstico 
 Clínico 
 Laboratorial 
 Exame Citológico de esfregaço cérvico-vaginal à fresco 
 Exame Citológico cérvico-vaginal (Papanicolaou) 
 PH maior ou igual a 5 
 
• Tratamento oral 
 Metronidazol 250 mg, VO de 8/8h 
ou 500mg VO, 12/12h, por 7 dias (MS, 2015) 
 Metronidazol 400mg VO, 5cp. VO, dose única (2g) 
 Tinidazol 1g, 2 cp, VO, dose única (2g) 
 Clindamicina 300mg VO, 12/12hs, 7 dias 
 Secnidazol 1g, 2cp VO, dose única (2g) 
 
• Tratamento tópico 
 Não é recomendado porque o fármaco não atinge nível 
terapêutico nem na uretra nem na cérvice uterina 
 Tratar Parceiro sexual 
 
• Tratamento gestante 
 Recomenda Clindamicina (1º trimestre) e Metronidazol 
(após o 1º trimestre) 
21 
 
 
Rafaela Pamplona 
- Recomendação em contradição com evidências de várias 
fontes de renome que atestam a segurançado uso do 
Metronidazol no primeiro trimestre 
 Primeiro trimestre 
- Clindamicina 300mg VO, 12/12hs, 7 dias 
 Após o primeiro trimestre 
- Metronidazol 400mg, 5cp, VO, dose única 
- Metronidazol 250 mg, VO de 8/8 h 
 ou 500mg VO, 12/12h, por 7 dias 
 
Vaginose citolítica 
• Ocorre devido à proliferação exacerbada de Lactobacillus, 
que estão presentes na flora vaginal normal. Assim como o 
estrógeno, essas bactérias são responsáveis por manter o pH 
vaginal mais ácido, próximo a 4-4,5 
 
• Quadro clínico 
 Leucorreia branco leitosa, fluida 
 Prurido 
 Disúria 
 Dispareunia 
 PH vaginal 3,5 a 4.5 
 
• Diagnóstico 
 Exame a fresco da secreção vaginal 
 Aumento dos lactobacilos 
 Ausência de patógenos e citólise 
 Bacterioscopia (Gram) 
 Ausência de microrganismo patogênicos 
 Culturas de secreção vaginal – Negativas 
 
• Tratamento 
 Objetivo 
- Diminuir o número de lactobacilos 
- Alcalinizar o pH vaginal 
- Ducha vaginal 
~ Bicarbonato de sódio (30 a 60 g) em 1L de água 
~ Usar 2 a 3 vezes/semana até a remissão do quadro 
 
Vaginite descamativa 
• Etiologia 
 Vaginite purulenta 
 Ausente processo inflamatório cervical ou do trato genital 
superior 
 Prevalência aumentada na perimenopausa 
 Em 70% da cultura da secreção vaginal revelam a presença 
de estreptococos beta-hemolítico do grupo B (Agalactae) 
 O trato intestinal é um dos maiores reservatórios de 
estreptococos beta-hemolítico do grupo B 
 
• Quadro clínico 
 Conteúdo vaginal purulento em grande quantidade 
 PH vaginal alcalino 
 Processo vaginal descamativo intenso na microscopia 
(Células profundas basais e parabasais) 
 Flora vaginal tipo III com ausência de lactobacilos, este 
substituídos por cocos Gram-positivos 
 Número elevado de polimorfonucleares 
 
• Tratamento 
 Clindamicina creme vaginal, 1 aplicação ao dia, por 7 dias 
 Estrogênio terapia tópica na pós menopausa 
 
Vaginite atrófica 
• Inflamação genital que surge em consequência da deficiente 
de estrogênio 
 
• Quadro clínico 
 Queimação vaginal 
 Diminuição da lubrificação 
 Disúria, dispareunia 
 Prurido vulvar intenso 
 
• Fatores que aumentam o risco 
 Menopausa 
 Radioterapia 
 Quimioterapia 
 Pós-parto 
 Medicamentos (tamoxifeno, danazol, medroxiprogesterona) 
 Ooforectomia: procedimento cirúrgico de remoção de um ou 
dos dois ovários (uni ou bilateral) 
 
• Diagnóstico 
 Clínico 
 Exame físico especial 
 Hiperemia e fissuras em vulva 
 Epitélio vaginal pálido, fino e liso 
 Perda da elasticidade e turgor 
 Estenose do introito vaginal 
 Exame Citológico cérvico-vaginal (Papanicolaou) 
 Colposcopia 
 
• Tratamento 
 Estrogênio terapia 
 Promestriene, estriol, estrógenos conjugados equíneos 
22 
 
 
Rafaela Pamplona 
Vulvodínia 
• Desconforto vulvar crônico tipo queimação 
• Provoca dispareunia 
• Causa dificuldade ou incapacidade para o ato sexual 
• Etiologia múltipla 
 Infecção (HPV subclínico) 
 Irritantes (sabão, sprays, agente) 
 Terapêuticos (ATA) 
• Tratamento 
 Tratar o agente etiológico, imunomoduladores e estrogênio 
terapia 
 
Cervicite/uretrite 
• Processo inflamatório do colo uterino 
 Mucosa Glandular (Cervicite) 
 Mucosa Glandular (Uretrite) 
 Eptélio Escamoso (Cervicocolpite) 
 Pólipo (Hiperplasia glandular reativa) 
 Erosão, necrose, ulceração 
 
• Quadro clínico 
 Assintomático 
 Sinais inflamatórios 
 Dor 
 Secreção 
 Dispareunia, disúria 
 Sinusiorragia 
 
• Etiologia 
 Vírus 
 Fungos 
 Protozoários 
 Bactérias 
- Clamidia tracomatis 
- Neisséria gonorreia 
- Tuberculose 
- Sífilis 
 
• Diagnóstico laboratorial 
 Uretrite – Gram 
- Diplococo gram negativo (intracelular) - Clamídia 
- Diplococo gram positivo (intracelular) – Gonococo 
 
 Cervicite 
 A distinção é tão complexa que muitas já fazemos o 
tratamento sindrômico que prover cobertura tanto para o 
Neisseria como para clamídia 
• Tratamento 
 Protozoários/Fungos 
 Gonococo 
- Ceftriaxona 500mg, IM, dose única 
- Ciprofloxacina 500mg, VO, dose única (Resistência) 
 Clamídia 
- Azitromicina 1g, VO, dose única 
- Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 7 dias (tem efeito colateral 
no trato gastrointestinal; a maioria não tolera) 
 Gonococo disseminada 
- Ceftriaxona 500mg, IM, dia, manter por 48h 
~ Quando poder ser trocado por Ciprofloxacina 500mg, 
VO, de 12/12h, por no mínimo 7 dias 
 
 Menores de 18 anos e gestantes, a ciprofloxacina é 
contraindicada; sendo a Ceftriaxona a medicação de 
escolha 
 
• Tratamento na gestante 
 Clamídia 
- Azitromicina 1g, VO, dose única 
- Amoxicilina 500mg de 8/8h, 7 dias 
- Estearato de eritromicina de 6/6h, 7 dias 
 Gonococo 
- Ceftriaxona 500mg, IM, dose única 
- Espectinomicina 2g, IM, does única; se alérgica a 
cefalosporina 
 
Doença inflamatória pélvica – DIP 
• Definição 
 Infecção aguda da mucosa endometrial que pode se 
estender para a cavidade pélvica e anexos 
 Caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas 
secundários à ascensão e à disseminação de patógenos no 
trato genital superior 
 
• Fatores predisponentes 
 Restos ovulares 
 Intervenções terapêuticas 
 Intervenções semióticas 
 Métodos contraceptivos (DIU) 
 Uso de tampões vaginais 
 
• Etiologia 
 Neisseria gonorreia 
 Clamídia (Sorotipos de D a K) 
 Mycoplasma 
 Actinomyces Israelli (DIU) 
23 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Outros (Micoplasma, Ureaplasma, Escherichia coli, 
Estreptococus beta-hemolíticodo grupo A, Hemóphilus, 
Klebisiella) 
 
• Quadro clínico 
 Dor pélvica 
 Secreção purulenta com odor 
 Quadro febril 
 Dor à relação sexual e micção, lombalgia 
 Sinais de peritonite 
 
• Critérios 
 Maiores 
- Dor (hipogástrica, anexial, mobilização de colo) 
 Menores ou adicionais: sinal de infecção clínica ou 
laboratorial 
- Temperatura > 38ºc 
- Secreção cervical e vaginal, massa pélvica 
- PCR ou VSH elevados, comprovação laboratorial de 
gonorreia, clamídia ou gonococo 
 Elaborados ou definidos: vejo a doença 
- Presença de abcesso pélvico (USG, RNM) 
- Videolaparoscopia com evidência de DIP 
- Evidência histopatológica de endometrite 
 Fechar diagnóstico com 
- 3 critérios maiores e 1 critério menor ou 1 critério 
elaborado 
 
• Diagnóstico 
 Clínico 
 Laboratorial 
 Hemograma e cultura em Agar sangue/ chocolate/ meio 
específico 
 Ultrassonografia 
 Laparoscopia / Laparotomia 
 Histopatológico 
 
• Tratamento de acordo com a classificação de Monif 
 Ambulatorial 
- Estágio I: sem peritonite – com retorno em 48 a 72 horas 
 Hospitalar 
- Estágio II: com peritonite 
- Estágio III: oclusão tubária ou abcesso tubo ovariano 
- Estágio IV: Abcesso maior que 10cm ou roto 
 
 
 
• Resumo do tratamento 
 Ambulatorial → Monif (não complicada) 
 Hospitalar → Monif > 1 
- Gestantes imunodeprimidas 
- Sem melhora após 72h 
- Intolerância ou má adesão ao tratamento ambulatorial 
 
• Ambulatorial I 
 Ceftriaxona 500mg IM, dose única 
 Doxiciclina 100mg, VO, de 12/12h por 14 dias 
 Com ou sem Metronidazol 500mg, VO de 12/12h, 14 dias 
(MS,2018) 
• Ambulatorial II 
 Cefoxitina 2g IM, dose única e Probenecid 1g, VO, dose 
única 
 Doxiciclina 100mg, VO, de 12/12h por 14 dias 
 Com ou sem Metronidazol 500mg, VO de 12/12h, 14 dias 
 
• Hospitalar I 
 Clindamicina 900mg IV, de 8/8h 
 Gentamicina 2mg/kg IV, e manutenção de 1,5mg/kg de 
8/8hs 
• Hospitalar II 
 Cefoxitina 2g IV, de 6/6h 
 Doxiciclina 100mg, VO, de 12/12h 
 
• Tratamento 
 Ambulatorial 
 Hospitalar 
 Clínico: antibióticos / analgésicos / antitérmico 
 Cirúrgico: laparoscopia, Laparotomia 
 Drenagem por via transvaginal ou percutânea 
 Retirada de DIU 
 Curetagem uterina 
 
 
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Rafaela Pamplona 
• Complicações precoces 
 Abcesso tubo ovariano 
 Fase aguda da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis- É a peri-hepatite, demonstrada pela dor do quadrante 
superior direito em uma mulher com diagnóstico clínico de 
DIP e nenhuma outra causa para essa dor, geralmente 
causando dor à palpação de quadrante superior direito de 
abdome, podendo ter envolvimento pleurítico e dor 
irradiada para ombro 
- Caracterizada pela presença de exsudato purulento na 
cápsula de Gilson 
 Risco de morte (se não adequadamente tratada) 
 
• Complicações tardias – mnemônico 
 D – dispareunia 
 D – dor pélvica crônica 
 I – infertilidade 
 P – prenhez ectópica (gravidez ectópica) 
 Fase crônica da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis 
- Aderências tipo “corda de violino” entre a superfície 
hepática e a parede abdominal anterior 
 
Vulvovaginite na infância 
• Importante 
 Anamnese detalhada com investigação sutil para indícios 
de abuso sexual 
 Exame físico minucioso (diferenciado) 
 Destacar conteúdo vaginal fisiológico (infância/ 
adolescência) 
 
• Fatores predisponentes anatômicos 
 Vulva mais anteriorizada 
 Grandes lábios sem coxins 
 Ninfas não desenvolvidas 
 Períneo não desenvolvido 
 
• Fatores predisponentes fisiológicos 
 Epitélio vaginal glicogênio 
 Vagina sem glicogênio 
 Vagina sem bacilos Duoderlein 
 PH Neutro 
 Falta lisozima 
 
• Fatores descendentes 
 Má higiene do períneo 
 Manipulação 
 Masturbação 
 Higiene anal e vulvar 
 Corpo estranho 
 Intimidade com adultos 
 Abuso sexual 
 
• Etiologia 
 Tricomonas 
 Gardnerella 
 Fungos 
 Neisseria gonorreia 
 Clamídia trachomatis 
 
MEMORIZE JÁ!!! 
Tem preferência por pH < 4,5 (ácido) → Candidíase 
Está associada a clue cells → Vaginose/ Gerdnerella 
Tem associação com pseudo-hifas → Candidíase 
Tem protozoário móvel e sempre tem que tratar o parceiro → 
Tricomoníase 
Na maioria das vezes assintomática e tem odor de “peixe podre” 
→ Vaginose/ Gerdnerella 
Qual a mais frequente em crianças → inespecífica

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