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ESTÁGIO - DESENVOLVIMENTO DO LAYOUT PARA ADEQUAR UMA MÁQUINA DE TRATAMENTO DE SEMENTES DE NÍVEL INDUSTRIAL EM UMA UBS

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1 
 
NÚCLEO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DO LAYOUT PARA ADEQUAR UMA MÁQUINA DE 
TRATAMENTO DE SEMENTES DE NÍVEL INDUSTRIAL EM UMA UBS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARAZINHO 
 
2019 
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
ULBRA CARAZINHO 
 
COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA SÃO PAULO 
Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 681, de 07/12/89 – DOU de 11/12/89 
 
2 
 
THIAGO RAFAEL NEITZKE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DO LAYOUT PARA ADEQUAR UMA MÁQUINA DE 
TRATAMENTO DE SEMENTES DE NÍVEL INDUSTRIAL EM UMA UBS 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como Relatório de 
Estágio Supervisionado, como requisito parcial 
para a obtenção do grau de Bacharel em 
Engenharia de Produção pela Universidade 
Luterana do Brasil - Carazinho. Pró – Reitoria de 
Graduação. Área de Tecnologia e Computação. 
Curso de Engenharia de Produção. 
Orientador: Prof. Msc. Eng. Nilson da Luz Freire. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARAZINHO 
2019 
 
 
 
3 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 Como de costume, tenho de agradecer, primeiramente a Deus, por prover-me 
de coragem e força de vontade para ter chegado até aqui, estando sempre ao meu 
lado em busca dos meus objetivos. 
À minha família, por me apoiar e incentivar, além dos diversos conselhos de 
vida ditos por meus pais Selvino e Romilda e, também, a todos os meus seis irmãos 
que sempre exaltaram a importância de uma vida acadêmica voltada ao ramo no 
qual nos identificamos. 
Agradeço, profundamente, à Grazmec – Indústria e Comércio Ltda por ter 
cedido um espaço para que eu pudesse realizar esse trabalho de estágio e por 
enxergar, em seus funcionários, o potencial de mudanças que agregam à empresa 
e, também, à sociedade. 
 Um agradecimento especial ao Sr. Cláudio Wrege Leite, diretor da 
Agropecuária Canoa Mirim, por ter me apoiado no desenvolvimento deste relatório 
passando informações fundamentais para a realização comparativa de indicadores 
apresentados. 
 Ao meu colega, chefe e amigo, Vinicius Paulo Zart por auxiliar nas dúvidas que 
surgiram onde, sempre, com muita disposição e paciência, arranjava tempo para trocar uma 
ideia de como melhorar a disposição das informações, mesmo nos dias turbulentos que 
vivemos nos meses de agosto, setembro e outubro, onde os clientes estão na época do pré-
plantio (tratamento de sementes) e o telefone não para! 
 Agradeço aos professores, coordenador, colegas e a todos que proporcionaram o 
máximo conhecimento, sempre passando informações e trocando experiências vividas para 
que possamos aumentar o nosso portfólio intelectual. 
 
 Muito Obrigado 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas 
lutei para que o melhor fosse feito. Não sou o que 
deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era 
antes.” 
Martin Luther King 
 
5 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Nos dias de hoje, com o avanço das tecnologias e a busca constante por produtividade, 
existe uma necessidade constante na melhoria dos processos empregados dentro das 
organizações. Entretanto, nem sempre é possível aumentar a produtividade com o 
maquinário disponível e, nestes casos, é necessário um investimento maior para obter 
índices de produtividade superiores. Com esse raciocínio, esse projeto busca trazer as 
melhores condições para adequar uma máquina tratadora de sementes apresentadas em 
um layout modelado em um software CAD 3D e que proporciona, ao cliente, uma ideia 
realística de como ficarão as instalações do seu investimento. Além disso, puderam-se 
apresentar indicadores comparativos do sistema de tratamento on-farm, realizado até então, 
com relação ao tratamento de sementes industrial, o novo modelo adotado pelo cliente em 
sua nova UBS. 
 
Palavras Chave: Produtividade, Sementes, Tratadora, UBS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
Nowadays, with the advancement of technologies and the constant search for research, 
there is a constant need to improve the processes used within the activities. However, it is 
not always possible to increase the use of available machinery, and in these cases a larger 
investment is required to achieve higher performance rates. With this in mind, this project 
seeks to bring the best conditions for a suitable seed treatment machine into a layout 
modeled on 3D CAD software that provides the client with a realistic idea of how their 
investment facilities will fit. In addition, it is possible to display comparative indicators of the 
on-farm treatment system carried out so far with respect to industrial seed treatment or the 
new model adopted by the customer in his new UBS. 
 Keywords: Productivity, Seeds, Handler, UBS 
 
 
7 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
Figura 1 - Mapa das Revendas .......................................................................................... 13 
Figura 2 - Logo Grazmec ................................................................................................... 14 
Figura 3 - Sede Grazmec .................................................................................................. 14 
Figura 4 - GV 240i Spray System....................................................................................... 16 
Figura 5 - Logo do cliente Agropecuária Canoa Mirim ........................................................ 17 
Figura 6 - Salso - Sede Canoa Mirim ................................................................................. 17 
Figura 7 – MTS 120 Spray System .................................................................................... 20 
Figura 8 – MTS 120 Spray System do cliente..................................................................... 20 
Figura 9 - Kit Tratamento de Sementes Spray System - Tanker JAN 10.500 ...................... 21 
Figura 10 - Kit Tratamento de Sementes Spray System (Desmontado)............................... 22 
Figura 11 - Registro da explicação do processo ................................................................. 22 
Figura 12 - Processo atual do tratamento On-Farm modelado no Bizagi Modeler ............... 23 
Figura 13 - Fases de um projeto conceitual........................................................................ 26 
Figura 14 - Taxas de retorno dos investimentos no desenvolvimento de novos produtos .... 27 
Figura 15 - Ilustração do funcional da câmara Spray System ............................................. 30 
Figura 16 - Dimensões da máquina ................................................................................... 32 
Figura 17 - Principais itens da GV 240i Spray System ........................................................ 33 
Figura 18 - Vista de seção da lateral da máquina ............................................................... 33 
Figura 19 - Adaptação da graneleira de 120 kg/soja........................................................... 34 
Figura 20 - Dimensões da máquina com adaptações ......................................................... 35 
Figura 21 - Primeiro croqui ................................................................................................ 36 
Figura 22 - Dimensões vista superior do primeiro croqui .................................................... 37 
Figura 23 - Dimensões vista lateral do primeiro croqui ....................................................... 37Figura 24 - Segundo croqui ............................................................................................... 38 
Figura 25 - Dimensões vista superior do segundo croqui.................................................... 38 
Figura 26 - Dimensões vista lateral do segundo croqui....................................................... 39 
Figura 27 - Terceiro croqui ................................................................................................ 39 
Figura 28 - Descritivo das necessidades do terceiro croqui ................................................ 40 
Figura 29 - Dimensões vista superior terceiro croqui .......................................................... 40 
 
8 
 
Figura 30 - Dimensões vista lateral terceiro croqui ............................................................. 41 
Figura 31 - Modelo de layout UTSI - Basf .......................................................................... 42 
Figura 32 - Descritivo das necessidades do quarto croqui .................................................. 42 
Figura 33 - Vista superior quarto croqui ............................................................................. 43 
Figura 34 - Vista lateral quarto croqui ................................................................................ 43 
Figura 35 - Solicitação do Cliente ...................................................................................... 44 
Figura 36 - Vídeo com a ferramenta "Passo-a-passo" do SolidWorks ................................. 44 
Figura 37 - Silo pulmão 35 Ton .......................................................................................... 45 
Figura 38 - Entrada do galpão ........................................................................................... 45 
Figura 39 - Esboço do cliente para o novo ambiente .......................................................... 46 
Figura 40 - Descritivo das necessidades do novo layout .................................................... 46 
Figura 41 – Vista perspectiva do quinto croqui ................................................................... 47 
Figura 42 - Vista perspectiva com lotes rápidos ................................................................. 48 
Figura 43 - Vista perspectiva da máquina .......................................................................... 48 
Figura 44 - Vista superior .................................................................................................. 49 
Figura 45 - Solicitação de alterações no quinto croqui ........................................................ 49 
Figura 46 - Dimensionamento vista superior do croqui oficial ............................................. 50 
Figura 47 - Dimensionamento vista lateral do croqui oficial ................................................ 51 
Figura 48 - Vista 01 - Periféricos do tratamento de sementes industrial .............................. 52 
Figura 49 - Vista 02 - Periféricos do tratamento de sementes industrial .............................. 52 
Figura 50 - Máquina instalada ........................................................................................... 54 
Figura 51 - Alimentação do elevador que abastece a máquina ........................................... 54 
Figura 52 - Reservatórios líquidos e ciclone ....................................................................... 55 
Figura 53 - Big bag de semente tratada ............................................................................. 55 
Figura 54 - Processo do tratamento industrial modelado no Bizagi Modeler ........................ 56 
Figura 55 - Gráfico comparativo de resultados ................................................................... 57 
 
 
 
9 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
Tabela 1 - Cronograma de Atividades ................................................................................ 29 
Tabela 2 - Especificações técnicas da GV 240i Spray System............................................ 31 
Tabela 3 - Comparando resultados .................................................................................... 57 
 
 
 
10 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
 
2D – Duas Dimensões 
3D – Três Dimensões 
ANDEF – Associação Nacional de Defesa Vegetal 
CAD – Computer Aided Design (Desenho Assistido por Computador) 
COGAP – Comitê de Boas Práticas Agrícolas 
EPI – Equipamento de Proteção Individual 
GRG – Grande Recipiente para mercadorias a Granel 
IBC – Intermediate Bulk Container (Contentor Intermediário para mercadorias 
a Granel) 
KTS – Kit de Tratamento de Sementes 
MTS – Máquina de Tratamento de Sementes 
PDP – Processo de Desenvolvimento do Produto 
TSI – Tratamento de Sementes Industrial 
 UBS – Unidade de Beneficiamento de Sementes 
 UTSI – Unidade de Tratamento de Sementes Industrial 
 
 
 
11 
 
SÚMARIO 
 
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12 
2 – EMPRESA ......................................................................................................... 13 
3 – DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................. 15 
3.1. Caracterização do Problema .......................................................................... 15 
3.2. Objetivo ........................................................................................................ 17 
3.2.2. Objetivos Específicos .............................................................................. 18 
3.2.3. Justificativa ............................................................................................. 19 
3.3. Conhecendo o processo atual ....................................................................... 22 
4 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................ 24 
4.1. Layout ........................................................................................................... 24 
4.2. Ferramenta CAD............................................................................................ 24 
4.3. Stakeholders ................................................................................................. 25 
4.3. Brainstorming ................................................................................................ 25 
4.4. Logística ........................................................................................................ 25 
4.5. Projeto conceitual .......................................................................................... 26 
5 – METODOLOGIA................................................................................................. 28 
5.1. Cronograma de Atividades ............................................................................. 29 
6 – CONHECENDO A MÁQUINA INDUSTRIAL ........................................................ 30 
6.1. Apresentação da GV 240i Spray System ........................................................ 30 
6.2. Especificações Técnicas da Máquina ............................................................. 31 
6.3. Dimensionamento da máquina ....................................................................... 32 
6.4. Principais itens da máquina ........................................................................... 33 
6.5. Adequações no projeto da máquina ............................................................... 34 
7 – DESENVOLVENDO O LAYOT ........................................................................... 36 
7.1. Primeiro croqui .............................................................................................. 36 
7.2. Segundo croqui .............................................................................................38 
7.3. Terceiro croqui............................................................................................... 39 
7.4. Quarto croqui ................................................................................................. 41 
7.5. Croqui oficial .................................................................................................. 45 
7.6. Requisitos de instalação da máquina ............................................................. 53 
8 – RESULTADOS ................................................................................................... 54 
8.1. Mapeamento do Processo Atual..................................................................... 56 
8.2. Comparando resultados ................................................................................. 57 
9 – CONCLUSÃO .................................................................................................... 58 
10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 59 
 
 
12 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
O estágio foi realizado na empresa Grazmec Indústria e Comércio Ltda, uma 
empresa familiar localizada em Não-Me-Toque, importante polo da agroindústria do 
norte do estado do RS. 
Possui uma ampla linha de maquinários do ramo agrícola que simplificam o 
trabalho no campo, com soluções inovadoras. A Grazmec é pioneira no Brasil em 
trazer uma solução em máquinas tratadoras de sementes, as quais preparam a 
semente no período do pré-plantio, garantindo a proteção ideal da mesma para que 
esta, quando plantada, cresça livre de qualquer ameaça que possa comprometer 
seu desenvolvimento. 
O processo de tratamento de semente é algo extremamente criterioso, para 
garantir o máximo de uniformidade e exatidão de dosagem para cada grão que 
cruza na máquina durante o tratamento. Para isso, existem vários tipos de máquinas 
no mercado que vão desde as mais comuns, que possuem o sistema de calibração 
analógico, até máquinas mais sofisticadas com sistemas mais automatizados e 
precisos. 
A produtividade e o melhor uso do tempo disponível aos processos é o que se 
tem buscado, cada vez mais, nos últimos anos. Quanto melhor for o arranjo físico de 
uma UBS, menor e mais organizado será o fluxo logístico, rendendo uma produção 
maior. 
Neste sentido, este trabalho tem a proposta de desenvolver um estudo de 
layout da parte de tratamento de sementes de uma UBS para um cliente da 
Grazmec denominado Agropecuária Canoa Mirim, buscando uma solução para 
passar o tratamento denominado “on-farm” o qual produz em torno de 5 a 6 
toneladas/hora soja tratada, para um tratamento industrial, com maior produtividade 
(de 10 a 12 toneladas/hora soja) e maior precisão final da uniformidade da aplicação 
do produto nas sementes com a implantação da GV 240i Spray System. 
 
13 
 
2 – EMPRESA 
 
 A Grazmec – Indústria e Comércio Ltda, situada na cidade de Não-Me-Toque 
/ RS, nasceu em 18 de junho de 1986, com o objetivo de “oferecer o que há de 
melhor em produtos e serviços para a agricultura”. 
A empresa investe, constantemente, em tecnologias, melhoria de processos 
de fabricação, qualificação dos produtos, treinamento dos colaboradores, 
reafirmando cada vez mais o compromisso de oferecer as melhores ferramentas 
para o trabalho realizado por seus clientes. 
Nesse aspecto, a Grazmec conta atualmente com um amplo parque fabril e 
equipamentos modernos, com tornos e viradeiras CNC, centro de usinagem, 
máquinas de corte a plasma e laser, cabines de pintura a pó, robô de solda entre 
outros. 
Motivada pelo respeito ao meio ambiente, a Grazmec produz implementos 
dentro das normas exigidas de modo que não agridam a natureza, bem como, 
realiza, dentro de sua fábrica, a coleta seletiva de lixo e resíduos industriais, 
possuindo também uma estação de tratamento de afluentes. 
Conta com mais de 200 revendas no Brasil e, no exterior, está presente em 
mais de 20 países. 
 
Figura 1 - Mapa das Revendas 
 
Fonte: Grazmec 2019 
 
14 
 
Em 2019, completou 33 anos de história, em constante crescimento e 
evolução, buscando, sempre, trazer novidades e soluções para seu cliente. 
 
Figura 2 - Logo Grazmec 
 
Fonte: Grazmec 2019 
 
 
Figura 3 - Sede Grazmec 
 
Fonte: Grazmec 2019 
 
15 
 
3 – DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
 
 Área: Engenharia de Produto 
 Tema: Layout de uma máquina tratadora de sementes adequada em uma 
UBS. 
 Delimitação do tema: Desenvolvimento do layout de uma máquina tratadora 
de sementes adequada a uma UBS aproveitando o máximo de recursos que o 
cliente possui, “em casa”, economizando com periféricos, visando um fluxo claro de 
operacionalização, posicionando a máquina tratadora de sementes industrial GV 
240i Spray System da Grazmec em uma produção de fluxo contínuo de sementes. 
 
3.1. Caracterização do Problema 
O cuidado com a garantia da segurança de plantas, independente do cultivo, 
contra pragas e fungos, é uma das principais tarefas em todas as fases da cultura, 
desde o plantio até a colheita. Um dos recursos disponíveis e mais procurados no 
mercado é o tratamento de sementes, realizado no pré-plantio. 
Para isso, existem máquinas no mercado que consistem em aplicar a dosagem 
necessária de defensivo agrícola. Porém, muitas dessas máquinas consistem de um 
sistema analógico para calibrar a dosagem/kg indicada pelo agrônomo e, cada vez 
mais, aumenta a procura por máquinas mais modernas, com mais tecnologia, 
sistemas automatizados, fazendo com que o produtor saia de um tratamento 
denominado “on-farm” para algo mais industrializado. 
No trabalho de estágio a proposta será desenvolver o estudo de layout na parte 
de tratamento de sementes de uma UBS buscando uma solução para passar o 
tratamento denominado “on-farm”, o qual produz em torno de 5 a 6 toneladas/hora 
soja tratada (que o cliente usa até então), para um tratamento industrial, com maior 
produtividade (de 10 a 12 toneladas/hora soja) e maior precisão final da 
uniformidade da aplicação do produto nas sementes com a implantação da GV 240i 
Spray System, uma máquina tratadora de sementes da linha Industrial da empresa 
Grazmec. 
 
16 
 
Figura 4 - GV 240i Spray System 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Quando a empresa está em processo de negociação de uma tratadora de 
sementes de nível industrial, é disponibilizado ao cliente o serviço de 
desenvolvimento do layout. Este estudo é realizado no software CAD SolidWorks, e 
com ele, é possível simular a máquina no ambiente onde ela será instalada. Dessa 
forma, o cliente terá uma noção mais próxima do real de como ficará suas 
instalações visto que uma máquina deste cunho tem um valor agregado muito alto. 
O cliente que receberá os serviços de estudos de layout é denominado 
“Agropecuária Canoa Mirim” e, no estudo, o mesmo exigiu que o layout fosse 
desenvolvido utilizando alguns periféricos que este já possui: um galpão, silos, 
elevadores de caneca, chuveiro lava-olhos, entre outros. Dessa forma, ele 
conseguirá economizar um bom dinheiro que seria gasto em “periféricos” na 
instalação estrutural da tratadora de sementes onde, em muitos casos, acaba saindo 
mais caro do que a própria máquina que fará todo o processo de tratamento. 
A sede da empresa que receberá a nova máquina, juntamente com o estudo de 
layout, é denominada Salso. Está localizada em Santa Vitória do Palmar, cidade do 
extremo sul do RS, na fronteira com o Uruguai. 
 
17 
 
Figura 5 - Logo do cliente Agropecuária Canoa Mirim 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
 
Figura 6 - Salso - Sede Canoa Mirim 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
3.2. Objetivo 
 A seguir estarão descritosos objetivos deste trabalho. 
 
 
3.2.1. Objetivos Gerais 
Entregar uma solução de layout ao cliente para uma UBS, ou seja, com o 
tratamento de sementes de cunho industrial com o menor custo de investimento 
possível, fazendo uso de espaço físico e periféricos já existentes na propriedade 
deste cliente juntamente com uma máquina que agregue tecnologia, produtividade, 
praticidade, qualidade e finesse de acabamento da semente tratada mantendo, 
18 
 
sempre, a preocupação com o dano mecânico causado na mesma, preocupação 
com a exposição do operador aos riscos dos agentes químicos causados pelos 
produtos aplicados no processo de tratamento e, também, a preocupação que esses 
químicos podem trazer ao meio ambiente. 
Adquirir conhecimento e entregar um trabalho de qualidade ao cliente e à 
instituição de ensino, tendo a oportunidade de aplicar na prática a teoria vista em 
sala de aula, principalmente, com as disciplinas de “Projeto e Layout de Fábrica”, 
“Simulação de Processos” e “Computação Gráfica”, assim, aumentando o 
conhecimento em arranjo físico (layout) para atuar, futuramente, como profissional 
da Engenharia de Produção. 
 
3.2.2. Objetivos Específicos 
 Solucionar a necessidade do cliente atendendo suas expectativas ou até 
mesmo superá-las, princípio básico visto em sala de aula quando falamos 
no assunto QUALIDADE; 
 Adquirir conhecimento prático visto, na teoria, em sala; 
 Utilizar do meu conhecimento com o software CAD SolidWorks e com o 
renderizador Photoview para apresentar um trabalho de qualidade ao 
cliente e no relatório final do estágio; 
 Apresentar imagens dos croquis com as dimensões de uma forma clara e 
de simples entendimento para quem for interpretar; 
 Apresentar imagens foto-realísticas que impressionem o cliente e que 
possam ser usadas pela empresa mais para frente da divulgação da 
máquina e, também, para auxiliar nas futuras vendas; 
 Garantir que todas as mudanças que o cliente irá solicitar, ou seja, as 
etapas do processo construtivo de layout sejam expostas no relatório para 
mostrar a evolução do mesmo; 
 Conseguir atender as expectativas e vencer os desafios que aparecerão 
durante o período de estágio visto que, quando falamos em tratamento de 
sementes, falamos em MUITO DINHEIRO e, dessa forma, grande 
responsabilidade para com a empresa Grazmec e, também com o cliente. 
 
19 
 
3.2.3. Justificativa 
Buscar a solução do cliente, que necessita migrar seu tratamento on-farm 
para o nível industrial desenvolvendo o layout de uma UBS fazendo uso de 
periféricos já existentes na propriedade. 
Hoje, o cliente realiza o tratamento para plantio próprio e, também, para 
comercialização. Como já falado, todo o tratamento atual é realizado no modo On-
Farm e, para isso, são usadas duas máquinas tratadoras de sementes Grazmec, a 
MTS 120 Spray System e o Kit Tratador de Sementes Spray System. 
A MTS 120 Spray System é uma máquina conceituada no mercado capaz de 
produzir 6.000 kg/h de soja tratada (120 sacas de 50 kg/h). Foi desenvolvida para 
facilitar a atividade de tratamento de sementes, proporcionando agilidade ao 
processo e assim garantindo um ganho no plantio de grãos. Proporciona economia e 
precisão no tratamento com produtos líquidos, pois é dotada de um exclusivo 
sistema de discos impulsores, responsáveis pela uniformidade do processo através 
da formação de uma névoa que envolve a semente. 
É constituída da seguinte forma: 
 Uma graneleira com capacidade volumétrica de 140 litros (100 kg/soja); 
 Um canudo misturador/descarga construído em aço carbono com um 
sistema de abertura inferior para facilitar a limpeza; 
 Um caracol emborrachado para evitar o dano mecânico à semente; 
 Um reservatório de 20 litros para calda líquida com sistema de 
mexedor para manter a mistura homogênea e evitar a decantação do 
produto (opcional de 2º reservatório); 
 Uma bomba dosadora peristáltica por reservatório líquido responsável 
por levar a calda até a câmara de tratamento; 
 Um controlador composto que evita o contato do operador com os 
produtos químicos, além de a aplicação ser exata, evitando 
desperdícios ou sub-dosagens. Nele serão regulados o volume das 
vazões de calda, o acionamento do helicoide de descarga, dos 
mexedores dos reservatórios líquidos e das bombas dosadoras; 
20 
 
A máquina ainda pode ser configurada com os opcionais: 
 Reservatório para produtos de estado sólido (pó) com aplicação direta 
no canudo misturador; 
 Reservatório para produtos líquidos com regulagem com “copinhos”, 
também com aplicação direta no canudo misturador; 
 Reservatório para aplicação de grafite, auxiliar que garante o perfeito 
escoamento da semente e lubrificação da plantadeira no momento do 
plantio; 
Figura 7 – MTS 120 Spray System 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 8 – MTS 120 Spray System do cliente 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
21 
 
O Kit de Tratamento de Sementes Spray System é outro produto Grazmec 
muito bem conceituado no mercado, capaz de produzir até 140 sacas/hora de soja 
tratada. O projeto nasceu de uma parceria com a empresa JAN onde foi 
desenvolvido um kit tratador para ser adaptado na graneleira Tanker e, mais pra 
frente, foram desenvolvidos outros kits para serem adaptados à diversas outras 
marcas de graneleiras como Stara, Sfil, Ombu, Sollus e Indutar. 
O kit é composto, basicamente, dos seguintes itens: 
 Tubo misturador/descarga (superior e inferior); 
 Um descanso do tubo misturador superior; 
 Telescópio com mangote para alimentar a plantadeira quando a 
semente é tratada diretamente no talhão; 
 Dois reservatórios de 60 litros para calda líquida; 
 Um reservatório de 20 litros de água limpa; 
 Duas bombas peristálticas que mandam a calda para os atomizadores 
spray posicionados no tubo de descarga inferior; 
 Painel controlador; 
 Reservatório de Grafite; 
 Comando acionador hidráulico; 
 Controle remoto acionador; 
 Unidade hidráulica; 
 
Figura 9 - Kit Tratamento de Sementes Spray System - Tanker JAN 10.500 
 
Fonte: O autor (2019) 
22 
 
Figura 10 - Kit Tratamento de Sementes Spray System (Desmontado) 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
 
3.3. Conhecendo o processo atual 
 Como já sabemos, o tratamento de sementes é realizado, até então, de modo 
on-farm. Por esse motivo, foi necessário entender o processo usado pelo cliente no 
tratamento de sua semente. A explicação foi dada pelo Sr. Cláudio Wrege Leite, 
Diretor da Agropecuária Canoa Mirim, responsável por toda produção de sementes 
certificadas de arroz, pelas unidades de secagem e por todo patrimônio da empresa. 
Via aplicativo de celular, WhatsApp, Cláudio explicou, de forma resumida, 
como é o procedimento que eles utilizam. 
 
Figura 11 - Registro da explicação do processo 
 
Fonte: O autor (2019) 
23 
 
Toda semente é colhida, secada, classificada, passada pela mesa 
densimétrica e armazenada em silos de capacidade para 35 toneladas de soja 
(aproximadamente), por esse motivo, o tratamento de sementes era realizado a 
granel (armazenamento da semente, pré-tratamento, em silos). O enchimento do 
graneleiro tratador é realizado na expedição do silo e todo o processo de tratamento 
é feito dentro do galpão. O Kit Tratador de Sementes, usado no processo, é 
adaptado em um graneleiro modelo Tanker JAN 10.500, porém, essa máquina foi 
projetada para tratamento de sementes na lavoura, no momento do plantio, e não 
dentro de um galpão. Ela possui uma unidade hidráulica projetada de modo a 
trabalhar em ciclos de 30 a 40 minutos, com pausa para reabastecimento e 
resfriamento do sistema. Trabalhando em fluxo contínuo,como no caso do cliente, 
existe o problema do superaquecimento, com possibilidade de danos ao sistema, 
pois está trabalhando fora do conceito da máquina. Este sistema depende do 
acionamento mecânico do trator (via TDP) que acaba gerando fumaça dentro do 
galpão, à qual os operadores ficam expostos e acabam inalando. 
Quando o tratamento é feito na MTS 120 Spray System, esse problema é 
inexistente visto que essa máquina é acionada via corrente elétrica. Dessa forma, 
em um dia com alta produtividade, consegue-se tratar de 200 à 300 sacas de 40 
kg/soja. 
 
Figura 12 - Processo atual do tratamento On-Farm modelado no Bizagi Modeler
 
Fonte: O autor (2019) 
24 
 
4 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
4.1. Layout 
Como o principal tema do estágio está relacionado a layout, é necessário 
compreender o significado e a importância desse para a obtenção ótima de 
produtividade. 
 O layout corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos 
espaços existentes na organização, envolvendo, além da preocupação de 
melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da 
atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, 
equipamentos e matérias-primas. (CURY, 2000, p. 386). 
 
Segundo Gaither e Frazier (2002, p. 197) “A estratégia de operações 
impulsiona o planejamento do layout das instalações, e os layouts de instalação 
servem como um meio para realizarmos as estratégias de operações”. 
 
4.2. Ferramenta CAD 
Com a evolução da tecnologia e a necessidade de prever, ainda na fase do 
desenvolvimento do projeto, possíveis problemas que possam ocorrer, o computador 
se tornou fundamental em todas as áreas. Surgem, assim, as ferramentas CAD que 
tem evoluído muito nos últimos anos e são aplicadas nas mais diversas áreas como 
projetos mecânicos, estruturais, design de produto, design de interiores, animação 
gráfica, engenharia civil, paisagismo, análise de elementos finitos, entre tantas 
outras. 
Softwares CAD são paramétricos, ou seja, trabalham em cima de parâmetros 
de medidas e referências indicados, facilmente, pelo usuário, tanto nos aspectos 2D 
(XY, XZ, YZ) quanto 3D (XYZ). É um recurso computacional voltado para a 
elaboração e controle de desenhos de estruturas durante a fase de projeto. 
Os programas CAD possuem algumas vantagens como: 
 Redução no tempo de projeto; 
 Prever, com antecedências, possíveis problemas; 
 Redução da ocorrência de erros; 
 Redução no tempo de projeto; 
 Redução de custos com melhor aproveitamento de recursos; 
25 
 
 Aumento de produtividade; 
 Permite trabalhar com problemas mais complexos; 
 Permite realizar cálculos com análise de elementos finitos; 
 Permite simulações de mecanismos; 
 Maior qualidade nos projetos; 
 Melhor comunicação da documentação; 
 Criação de banco de dados para manufatura; 
 
4.3. Stakeholders 
Stakeholders é um termo usado para definir as partes interessadas no projeto. 
[...] são pessoas e organizações ativamente envolvidas no projeto ou cujos 
interesses podem ser afetados como resultado da execução ou do término 
do projeto. Eles podem também exercer influência sobre os objetivos e 
resultados do projeto. A equipe de gerenciamento de projetos precisa 
identificar as partes interessadas, determinar suas necessidades e 
expectativas e, na medida do possível, gerenciar sua influência em relação 
aos requisitos para garantir um projeto bem-sucedido. (PMI, 2004, p. 24) 
 
Para Carvalho Júnior (2012, p. 120) “[...] partes interessadas agem interna ou 
externamente ao projeto. No primeiro caso, são pessoas ou grupos envolvidos 
diretamente de algum modo [...] patrocinadores, o gerente do projeto, [...] No 
segundo caso, está englobado um número maior de indivíduos ou grupos, tais como 
cidadãos comuns, órgãos governamentais diversos [...]”. 
 
4.3. Brainstorming 
Seu significado literal seria “tempestade de ideias”. É uma das ferramentas e 
técnicas usadas na definição de escopo, uma das etapas do PDP (quando se 
identificam as alternativas para o mesmo) e, também, na fase de planejamento da 
metodologia PDCA, focada na análise do processo e no plano de ação. Consiste em 
“deixar fluir” pensamentos, sem julgamentos, entre uma equipe. 
A sessão de brainstorming se segue algumas regras: proibição de debates e 
críticas, e igualdade de oportunidades, ficando todos a exporem suas ideias. 
 
4.4. Logística 
Segundo Gaither e Frazier (2002, p. 439) “[...] a logística geralmente se refere 
à administração do movimento de materiais dentro da fábrica, ao embarque de 
26 
 
materiais que chegam dos fornecedores e ao embarque de produtos que saem para 
os clientes”. 
Quando se fala em logística não estamos nos referindo apenas aos modais 
rodoviários, ferroviários, aeroviário, hidroviário ou dutoviário. Falando da parte fabril, 
“Os materiais são transportados com todos os tipos de equipamento, de cestas 
manuais a carrinhos de mão, correias transportadoras, empilhadeiras e 
transportadores robóticos, conhecidos sistemas de veículos automatizados (AGVS)”. 
Gaither e Frazier (2002, p. 440). 
 
4.5. Projeto conceitual 
É a primeira fase do projeto de um produto ou uma instalação sendo a 
validação de uma ideia, a melhor solução para que atenda as necessidades 
requeridas das diversas áreas industriais. É nesta mesma fase que se verifica as 
soluções para os problemas que venham a acontecer/aparecer. 
Cinco fases são destacadas na elaboração de um projeto conceitual: 
 
Figura 13 - Fases de um projeto conceitual 
 
Fonte: (ANTUNES, 2011) 
 
 Clarifação: fase onde se identificam os problemas ou necessidades com 
suas respectivas exigências; 
 Concepção: fase da criatividade, onde os stakeholders se reúnem para 
realizar o brainstorming buscando solucionar os problemas da melhor forma 
possível; 
 Análise: se faz a análise crítica e compara as proposições feitas no 
brainstorming. Em outras palavras, nesta fase são trazidas para a realidade 
todas as ideias surgidas na fase anterior, considerando, assim, todos os fatos 
da operação, impacto ambiental, custo, prazo, espaço físico, etc; 
27 
 
 Validação: momento de separar o que é viável (vantagens) do que é inviável, 
e descartar o que não é preciso. Verificam-se, também, as proposições que 
sejam mais eficientes para a solução que se pretende; 
 Definição: descrição completa e eficaz, que traga resultados para uma boa 
solução. 
Para PAGAN [et al, 2013] investir na fase inicial de um projeto, independente 
do ramo a qual este estará relacionado, trará uma taxa de retorno de investimento 
alta e muito satisfatória. Além disso, o planejamento eficiente na fase de projeto 
conceitual reduzirá o lead time de lançamento do produto. 
 
Figura 14 - Taxas de retorno dos investimentos no desenvolvimento de novos produtos 
 
Fonte: (BAXTER, 2008, p. 22) 
 
28 
 
5 – METODOLOGIA 
 
A metodologia usada no desenvolvimento do Layout da parte de tratamento 
de sementes da UBS foi baseada, quase que sua totalidade, nas “boas práticas” 
indicadas pelas multinacionais do ramo de tratamento e também na própria 
experiência que a Grazmec já possui no ramo. No caso do cliente, foram adotadas 
as indicações da BASF quanto a sistemas de calha (contornando toda a instalação 
da área da UBS), coletor de resíduos, enclausuramento, vestiário e acesso de 
pessoas. 
Como os produtos usados no tratamento possuem uma combinação química 
muito agressiva tanto ao ser humano quanto ao meio ambiente, existe também o 
cuidado de desenvolver o layout dentro das normas exigidas. Por esse motivo, outra 
referência para o desenvolvimento do projeto, foram às normas de armazenamentosde produtos fitossanitários disponibilizados pela ANDEF e COGAP. 
Foi realizada uma reunião com o coordenador do estágio para a definição do 
tema e, posteriormente, foi realizado um brainstorming com os stakeholders 
envolvidos no projeto, desde o setor comercial até a engenharia de produto, para 
tornar o projeto viável, tirar dúvidas sobre as exigências do cliente e processos 
logísticos que seriam adotados. 
Através de um esboço feito à mão, foi definida a ideia do que o cliente 
desejava e traçado como seria o andamento do projeto que consistia em uma 
interação direta e cotidiana com o cliente para que o croqui atendesse as 
expectativas e necessidades do mesmo. 
Até chegar ao croqui final, foram descartados alguns modelos, pois, a ideia 
que o cliente teve quando efetuou a compra da máquina foi sendo moldada 
conforme evoluía o projeto de layout desenvolvido. 
 
29 
 
5.1. Cronograma de Atividades 
Como forma de controle do tempo de estágio e das metas alcançadas, foi 
formulado um cronograma de atividades mensais, com legenda indicativa a cada 
etapa estipulada. 
Tabela 1 - Cronograma de Atividades 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
30 
 
6 – CONHECENDO A MÁQUINA INDUSTRIAL 
 
6.1. Apresentação da GV 240i Spray System 
A máquina industrial usada no projeto de layout da parte de tratamento de 
sementes da UBS foi a GV 240i Spray System. Está máquina foi desenvolvida para 
facilitar a atividade de tratamento de sementes, proporcionando grandes volumes ao 
processo e assim garantindo um ganho na comercialização e plantio. Garante 
economia e precisão no tratamento com produtos líquidos, pois sua câmara de 
tratamento spray system é dotada de um exclusivo sistema de discos impulsores, 
responsáveis pela uniformidade do processo através da formação de uma névoa 
que envolve a semente. 
 
Figura 15 - Ilustração do funcional da câmara Spray System 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Seu sistema de automação via controle touch screen evita o contato do 
operador com os produtos químicos, além de a aplicação ser precisa, evitando 
desperdícios ou sub-dosagens. 
Conta com bombas peristálticas fluxo-métricas as quais são alimentadas 
pelos reservatórios próprios da máquina ou ligadas diretamente aos IBC’s, também 
conhecidos por GRG’s. Tem como principal vantagem realizar dosagens com 
31 
 
precisão, independente da marca ou da densidade do produto químico, sem a 
necessidade de homologação dos produtos no fluxômetro. 
Sem necessitar de setup, este equipamento pode ser utilizado para o 
tratamento de sementes das mais diversas culturas, como: soja, milho, trigo, feijão, 
aveia e arroz. 
O tratamento industrial de sementes realizado pela GV 240i busca a 
excelência no tratamento de sementes em grandes volumes, ou seja, ideal para 
UBS’s e grandes produtores rurais. Possui um princípio de trabalho de máquinas já 
existentes no portfólio Grazmec para o tratamento, porém, em escala maior, 
agregando inovações que melhoram ainda mais a homogeneização da semente, 
além de ser rápida e preparada para limpeza e recolhimento de resíduos. 
 
6.2. Especificações Técnicas da Máquina 
A Tabela 2 descreve as principais especificações técnicas da máquina: 
Tabela 2 - Especificações técnicas da GV 240i Spray System 
 
Fonte: O autor (2019) 
32 
 
6.3. Dimensionamento da máquina 
A Figura 16 apresenta as dimensões da máquina: 
 
Figura 16 - Dimensões da máquina 
 
Fonte: O autor (2019) 
33 
 
6.4. Principais itens da máquina 
A Figura 17 apresenta os principais itens que compõem a máquina: 
 
Figura 17 - Principais itens da GV 240i Spray System 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Para um melhor entendimento, foi desenvolvida uma vista de seção da lateral 
da máquina apresentando os padrões de montagem pré-estabelecidos. 
 
Figura 18 - Vista de seção da lateral da máquina 
 
Fonte: O autor (2019) 
34 
 
O fluxo da semente se inicia pelo silo pulmão, seguindo o sentido da eclusa, 
câmara de tratamento, caracol transportador e saindo tratada pelo bocal de 
escoamento. É importante que se tenha espaço suficiente aos redores da máquina 
para trabalhar a logística da semente, devido ao seu alto volume. Por isso, toda vez 
que se for iniciar o trabalho de tratamento de sementes, é necessário conferir se 
todo o ambiente está limpo e preparado para evitar possíveis acidentes com os 
operadores. 
 
6.5. Adequações no projeto da máquina 
No caso do cliente, o silo pulmão com capacidade de 3.000 Litros não foi 
necessário, pois, em seu lugar, o cliente quis usar o silo de 35 toneladas (soja) que 
ele já possuía. Para que o escoamento de sementes do silo (de maior capacidade) 
para dentro da máquina acontecesse, foi adaptado com uma graneleira com 
capacidade para 120 kg de soja na entrada da máquina. Os carrinhos frontais para 
BAG’s também foram removidos, pois o escoamento da semente tratada se dará 
direto em uma tulha onde a logística da mesma será feita por elevador de caneca 
até o próximo silo de 35 Ton. 
 
Figura 19 - Adaptação da graneleira de 120 kg/soja 
 
Fonte: O autor (2019) 
35 
 
Figura 20 - Dimensões da máquina com adaptações 
 
Fonte: O autor (2019) 
36 
 
7 – DESENVOLVENDO O LAYOT 
 
A partir de uma visita técnica realizada pelos setores de engenharia do 
produto e comercial da Grazmec à Agropecuária Canoa Mirim, foi possível entender 
melhor as condições de instalações que o cliente planejava aproveitar para 
adequação da máquina industrial. 
 
7.1. Primeiro croqui 
Num primeiro momento, a máquina seria instalada no mesmo galpão onde, 
até então, era realizado o tratamento On-Farm com a MTS 120 Spray System e o 
KTS Spray System. Para a instalação da máquina, tinha disponível uma área de 7 
metros de largura por 15 metros de comprimento, ou seja, 105 metros quadrados. 
No início da negociação, o cliente gostaria apenas de ter uma ideia de como a 
máquina ficaria posicionada abaixo do silo com um único bocal de escoamento que 
garantia a vazão de sementes tratadas em uma tulha que levava a mesma até um 
elevador de canecas. Com base nisso, foi dado início ao projeto de layout usando o 
software CAD SolidWorks. A Figura 21 mostra como ficou o primeiro croqui passado 
ao cliente. 
 
Figura 21 - Primeiro croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
37 
 
Figura 22 - Dimensões vista superior do primeiro croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 23 - Dimensões vista lateral do primeiro croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
38 
 
7.2. Segundo croqui 
 
Após o desenvolvimento do primeiro croqui de esboço o cliente pediu para 
que fosse inserido uma tulha de 6 Ton ao lado do elevador de canecas para ser 
intermediário entre o elevador e uma ensacadeira que produz sacarias de 40 kg.
 Além disso, foi inserido sinalizadores no chão simbolizando as áreas de 
instalações da máquina (verde), corredores (amarelo) e descontaminação (azul). 
 
Figura 24 - Segundo croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 25 - Dimensões vista superior do segundo croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
39 
 
Figura 26 - Dimensões vista lateral do segundo croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
7.3. Terceiro croqui 
O cliente solicitou que fosse acrescido mais um silo pulmão ao lado do que já 
está posicionado no estudo acima e que a máquina fosse reposicionada abaixo 
deste novo silo com o seu bocal de saída virado para a esquerda (da vista superior). 
O elevador de caneca posicionado entre os silos se mantém, apenas a tulha 
que o alimenta com semente tratada troca de lado. Este elevador escoará a semente 
beneficiada no silo à esquerda. 
 
Figura 27 -Terceiro croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
40 
 
Figura 28 - Descritivo das necessidades do terceiro croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 29 - Dimensões vista superior terceiro croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
41 
 
Figura 30 - Dimensões vista lateral terceiro croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
7.4. Quarto croqui 
Dentro da área de disponível para a instalação da máquina (105 m²) foi 
necessário adequar uma sala de descontaminação, ou seja, um local isolado onde 
os operadores da máquina de tratamento pudessem se lavar e colocar/retirar seus 
EPI’s, realizando o trabalho dentro das normas exigidas. Para esta sala foi 
disponibilizado uma área de 21 m² (3 x 7 metros). 
Consequentemente, a distância que havia entre os silos foi reduzida, pois a 
área de instalação dos mesmos reduziu com a entrada da sala de descontaminação. 
Sendo assim, precisou-se estudar uma nova posição para o elevador que extraía a 
semente tratada e o novo que foi inserido para abastecer a máquina. 
Nesta planta também foi inserido chuveiro lava-olhos, pia, coletor de água 
(local pra onde escoa a água após uma lavagem) e a moega do elevador que 
alimenta o silo pulmão da máquina, que ficaria instalada do lado do galpão onde 
ficariam armazenados os lotes de sementes. 
42 
 
Para auxiliar na compreensão e realização desse estudo, o Sr. Cláudio 
encaminhou uma imagem de modelo de layout UTSI disponibilizado, pela Basf, 
como sugestão de planta. Ele também enviou um descritivo via aplicativo de celular 
explicando o que desejava. 
 
Figura 31 - Modelo de layout UTSI - Basf 
 
Fonte: Agropecuária Canoa Mirim 
 
Figura 32 - Descritivo das necessidades do quarto croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
43 
 
Figura 33 - Vista superior quarto croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 34 - Vista lateral quarto croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
44 
 
Após o envio do quarto croqui, o cliente se mostrou muito satisfeito, pois pôde 
ter uma ideia um pouco mais próxima de como ficariam suas instalações na prática. 
O cliente fez um pedido ao gerente comercial da Grazmec para que fosse 
feita uma vista de toda a planta, constando todos os principais itens que a compõem 
(área de descontaminação, pia, lava-olhos, tanque de descontaminação, máquina e 
seus periféricos). Para atender da melhor forma possível, foi desenvolvido um vídeo 
tour pelo projeto de layout, utilizando a ferramenta “Passo-a-passo” do Solidworks. 
 
Figura 35 - Solicitação do Cliente 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 36 - Vídeo com a ferramenta "Passo-a-passo" do SolidWorks 
 
Fonte: O autor (2019) 
45 
 
7.5. Croqui oficial 
Quando tudo parecia se encaminhar para o final, houve uma mudança de 
planos. O cliente decidiu manter esse galpão para realização de tratamento on-farm 
(quando necessitasse algum lote pequeno e urgente) e resolveu reativar um antigo 
galpão que tinha na sua propriedade para realização de tratamento industrial. Sendo 
assim, o estudo seria outro. Porém, toda a parte de periféricos já desenhada, foi 
conseguido manter tendo apenas que redesenhar o galpão e reposicionar os itens já 
desenhados. 
Para nos familiarizarmos com o novo ambiente, o Sr. Cláudio nos encaminhou 
algumas fotos da parte interna e externa do mesmo. 
 
Figura 37 - Silo pulmão 35 Ton 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
 
Figura 38 - Entrada do galpão 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
46 
 
O ambiente passará por algumas reformas e, para ganharmos tempo, nos foi 
passado um esboço de como ficaria o local para entendermos a logica funcional e, 
assim, realizar o projeto do novo layout enquanto as reformas acontecem. 
 
Figura 39 - Esboço do cliente para o novo ambiente 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
 
Figura 40 - Descritivo das necessidades do novo layout 
 
Fonte: O autor (2019) 
47 
 
O galpão ao lado do de TSI será destinado ao armazenamento dos lotes 
tratados e a logística será feita via empilhadeira (Figura 39) passando pelo corredor 
central (entre silos), alimentando o elevador que abastece a máquina e 
transportando, pelo lado externo, os bags tratados (após o envase do silo do big bag 
preso posicionado na balança) para esse galpão de armazenamento. 
Com esse novo conceito de layout, o enclausuramento da UTSI estará 
garantida e totalmente adequada às normas juntamente com as canaletas, vestiário, 
área de descontaminação, lava-olhos, etc. 
Abaixo, a imagem enviada ao cliente do novo ambiente para o layout. 
 
Figura 41 – Vista perspectiva do quinto croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Satisfeito com o resultado, o cliente solicitou que fossem realizadas mais 
imagens detalhadas do novo conceito para tirar todas as dúvidas que ficaram. Único 
detalhe foi que inseríssemos, na parte livre dos cantos da parede esquerda, lotes de 
big bags, pois esse espaço, ele irá destinar para lotes rápidos. 
48 
 
Figura 42 - Vista perspectiva com lotes rápidos 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 43 - Vista perspectiva da máquina 
 
Fonte: O autor (2019) 
49 
 
Figura 44 - Vista superior 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
O cliente recebeu as imagens com satisfação, porém, solicitou mais algumas 
imagens com medidas superiores e laterais para ver se a angulação usada garantiria 
o escoamento da semente do silo e, também, para deslocar um dos elevadores para 
mais próximo do corredor. 
 
Figura 45 - Solicitação de alterações no quinto croqui 
 
Fonte: O autor (2019) 
50 
 
 
Figura 46 - Dimensionamento vista superior do croqui oficial 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
51 
 
 
 
Figura 47 - Dimensionamento vista lateral do croqui oficial 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
 
52 
 
Figura 48 - Vista 01 - Periféricos do tratamento de sementes industrial 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 49 - Vista 02 - Periféricos do tratamento de sementes industrial 
 
Fonte: O autor (2019) 
53 
 
7.6. Requisitos de instalação da máquina 
Ao adquirir a máquina GV 240i Spray System o cliente final deve providenciar, 
sob sua responsabilidade, os seguintes itens: 
 
 Caixa elétrica trifásica 380 Volts, a mesma não pode ser fixada no 
chassi/escada/plataforma/quadro de comando, mas sim próxima para alimentar os 
bornes do quadro da máquina em outro pedestal ou pilar do galpão/pavilhão; 
 Aterramento malha solo, ou seja, malha individual não utilizando a 
malha do galpão, com o uso de 5 barras de cobre, 2 metros de comprimento cada a 
3 metros de distância uma da outra. Esse aterramento chegando até o borne da 
máquina; 
 O quadro de comando não pode ser preso na máquina. 
 Alimentação e extração das sementes com fluxo continuo de até 500 
kg/min. Os quadros dos elevadores não podem ser fixados na máquina, que 
compreende chassi/escada/plataforma/quadro de comando da máquina. 
 A ligação elétrica da máquina (fiação da rede elétrica parafusada nos 
bornes) é obrigatoriamente realizada por um dos técnicos autorizados diretamente 
da Fábrica como critério de garantia. 
 No momento da ligação elétrica, efetuada pelo técnico da Grazmec, é 
necessário que o cliente final tenha na propriedade insumos como a semente e a 
calda para realização do treinamento técnico de operação da máquina. Para um 
aprendizado mais eficiente a prática é insubstituível. 
 A recomendação é no mínimo dois operadores realizarem o 
treinamento com o técnico Grazmec, mesmo sendo uma máquina extremamente 
fácil de operar. Isso evita contratempos com mão de obra no momento do 
tratamento, é uma prevenção para a própria empresa que adquiriu a máquina ter 
mais operadoresqualificados. 
 
54 
 
8 – RESULTADOS 
 
 A máquina foi “startada” por um técnico da Grazmec dia 13 de setembro de 
2019 onde o cliente já estava com a parte dos periféricos toda instalada e só foi 
necessário descarregar a máquina. 
No planejamento estratégico da Agropecuária Canoa Mirim, para esse ano, o 
objetivo era comprar a máquina de tratamento industrial para aumentar a 
produtividade/qualidade da semente tratada, instalando-a em um local onde o 
processo seja eficiente, ou seja, funcional. Em outras palavras, a parte de 
acabamento (pintura de paredes e piso, faixas, etc) ficou para o ano que vem. 
Abaixo, seguem registros do processo de tratamento de sementes certificadas 
que hoje está sendo realizado na Agropecuária Canoa Mirim. 
 
Figura 50 - Máquina instalada 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
 
Figura 51 - Alimentação do elevador que abastece a máquina 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
55 
 
Figura 52 - Reservatórios líquidos e ciclone 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
 
 
Figura 53 - Big bag de semente tratada 
 
Fonte: Canoa Mirim 2019 
 
56 
 
8.1. Mapeamento do Processo Atual 
Abaixo, seguem registros do processo de tratamento de sementes certificadas 
que hoje está sendo realizado na Agropecuária Canoa Mirim. 
 
Figura 54 - Processo do tratamento industrial modelado no Bizagi Modeler 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Como atualmente a capacidade de secagem é maior do que a capacidade de 
beneficiamento, parte da semente vai para beneficiamento e o restante é 
armazenado em silos para aguardar até o pós-colheita para ser beneficiada. 
 
57 
 
8.2. Comparando resultados 
Até o presente momento, o cliente tratou apenas arroz devido ao período 
sazonal e, também, por ser o forte do mercado em que atuam. Comparando os 
resultados, pudemos perceber que o cliente passa de uma produção de 8.000 sacos 
de 40 kg de arroz (no sistema on-farm) para 28.000 sacos de arroz (no sistema 
industrial), um incrível aumento de 350% da produtividade total. 
 
Tabela 3 - Comparando resultados 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
Figura 55 - Gráfico comparativo de resultados 
 
Fonte: O autor (2019) 
 
 
58 
 
9 – CONCLUSÃO 
Ao final do presente relatório é notável reconhecer o quanto foram 
aprimorados os conhecimentos teóricos vistos, até então, em sala de aula no 
decorrer do curso de engenharia de produção e o quanto tudo isso se transforma em 
satisfação quando aplicado na prática obtendo resultados positivos e satisfação total 
do cliente. 
O projeto do layout foi finalizado e atendeu a todos os requisitos exigidos em 
norma conseguindo utilizar os periféricos que o cliente havia imposto no início da 
negociação obtendo uma perfeita funcionalidade do sistema de tratamento de 
sementes mesmo ainda estando faltando os acabamentos no local (devido ao 
planejamento estratégico adotado pelo cliente). 
Os resultados alcançados superaram as expectativas devido ao incrível 
aumento de 350%, 800.000,00 kg a mais de arroz produzido comparado com o 
sistema on-farm. 
 
 
 
59 
 
10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDRADE, Luiza. Tutorial – Como fazer um brainstorming passo-a-passo. [2017]. 
Disponível em: < https://www.siteware.com.br/metodologias/como-fazer-brainstorming-
passo-a-passo/>. Acesso em: 6 nov. 2019. 
 
ANTUNES, Paulo R. Projeto Conceitual – O que é, e porque fazê-lo. [2011]. Disponível 
em: <http://www.meiofiltrante.com.br/edicoes.asp?link=ultima&fase=C&id=743>. Acesso em: 
7 nov. 2019. 
 
BAXTER, Mike. Projeto de Produto – Guia prático para o design de novos produtos, 
São Paulo, Blucher, 2008. 
 
CARVALHO JÚNIOR, M. R. Gestão de Projetos – da academia à sociedade, Curitiba, 
Intersaberes, 2012. 
 
CURY, Antonio. Organização e Métodos – Uma Visão Holística, São Paulo, Atlas S.A., 
2000. 
GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da Produção e Operações, São 
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G.H. Nunes; M. Leão. Estudo comparativo de ferramentas de projetos entre CAD 
tradicional e a modelagem BIM. [Artigo Científico]. Disponível em: < http://www.civil. 
uminho.pt/revista/artigos/n55/Pag.47-61.pdf >. Acesso em: 6 nov. 2019. 
PAGAN, Rafael P.; SILVA, Carlos E. S.; MELLO, Carlos H. P. Projeto conceitual no 
processo de desenvolvimento de produtos eletrônicos: Estudo de casos em 
empresas encubadas. [Artigo Científico - Revista Eletrônica Produção Online], 2013. 
PMI – Project Management Institute. PMBOK 2004: a Guide to the Project Management 
Body of Knowledge. 3. Ed. Newtown Square, PA: PMI, 2004. 
TOTALCAD Softwares Técnicos. O que envolve um software CAD. [2017]. Disponível em: 
< https://blog.totalcad.com.br/o-que-envolve-um-software-cad/ >. Acesso em: 6 nov. 2019.

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