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UNIDADE 1: CONCEITOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA Profa. Sílvia Sandes 1.1. Evolução Histórica da Cirurgia 1.2. Classificação das Cirurgias 1.3. Terminologia Cirúrgica 1.4. As fases do Perioperatório Plano de Ensino: Aula 2 Evolução Histórica da Cirurgia Possari, 2009 “CC é o setor mais importante do hospital ou, pelo menos, o que mais atrai a atenção pela evidência dos resultados, dramaticidade das operações, importância demonstrativa e didática e, principalmente, pela decisiva ação curativa da cirurgia.” 1. Conceitos de CIRURGIA Especialidade médica caracterizada por procedimentos invasivos, executados mediante técnica, que podem representar um método terapêutico ou um método diagnóstico. 1. Conceitos de CIRURGIA Conjunto de gestos manuais e instrumentais, executados pelo cirurgião, que abrange a abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética. Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou deformidade externa e/ou interna com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico. 2. Aspectos Históricos O homem realiza práticas cirúrgicas desde a antiguidade. Na idade média, restringiam-se a amputação de membros, drenagem de abscessos. Importante evolução a partir de 1846, com a descoberta da anestesia. Brasil: Roberto Lobo, em 1847, anestesia com Éter Tínhamos que lidar com... Dor Hemorragia Infecção Pintura de 1889 de Thomas Eakins Enfermeiro de CC Responsável pelo Ambiente: Confortável Limpo Seguro 2. Aspectos Históricos As primeiras cirurgias foram marcados por vários obstáculos: - instrumentos inadequados; - inexistência de antibióticos e de anestesia endotraqueal; - incapacidade para transfusões sanguíneas. 2. Aspectos Históricos Muitas descobertas contribuíram para a prevenção de infecção em pacientes cirúrgicos, entre elas podemos citar o uso de máscara, avental e padronização da degermação das mãos. 2. Aspectos Históricos Então, no século XX com o desenvolvimento científico , ocorreu: A evolução das técnicas cirúrgicas e da ligadura vascular. Criação de instrumentos próprios. Introdução da anestesia geral. Técnicas assépticas para realização de intervenção cirúrgicas. 2. Aspectos Históricos Desde os primórdios os enfermeiros eram responsáveis pelo ambiente seguro. Hoje os cuidados de enfermagem são focados na competência tecnico-científica. 2. Aspectos Históricos: Americanos 1900 a 1919: realizada na casa do paciente, a enfermeira chegava algumas horas antes. 1920 a 1939: conceito de consentimento. 1940 a 1959: necessidades individuais foram enfatizadas. 1960 a 1979: implementada a pesquisa em enfermagem. 2. Aspectos Históricos Nessa estrutura, o enfermeiro perioperatório: Avalia o paciente; Identifica resultados desejados pelo paciente; Desenvolve e implementa um plano de cuidados de enfermagem; E avalia esse cuidado em termos dos resultados obtidos pelo paciente. Classificação das Cirurgias 3. Classificação das Cirurgias Quanto ao ambiente HOSPITALAR AMBULATORIAL Segundo o momento operatório (Urgência Cirúrgica) ELETIVA DE URGÊNCIA DE EMERGÊNCIA 3. Classificação das Cirurgias Segundo o Risco Cardiológico GRANDE PORTE MÉDIO PORTE PEQUENO PORTE Segundo Tempo de Duração da Cirurgia PORTE I PORTE II PORTE III PORTE IV 3. Classificação das Cirurgias Segundo a Finalidade: DIAGNÓSTICA OU EXPLORATÓRIA PLÁSTICA/ESTÉTICA PALIATIVA TRANSPLANTE RADICAL 3. Classificação das Cirurgias Segundo o Potencial de Contaminação: LIMPAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS CONTAMINADAS INFECTADAS 3. Classificação das Cirurgias Segundo a AMB De porte 0 a 8, em ordem crescente de complexidade anestésica e cirúrgica. Terminologia Cirúrgica 4. Nomenclatura Cirúrgica Termos utilizados para indicar um procedimento cirúrgico a ser realizado. É formada por Prefixos: designam a parte do corpo relacionada à cirurgia Sufixos: indicam o ato cirúrgico que será realizado. 4. Nomenclatura Cirúrgica OBJETIVOS DA TERMINOLOGIA: Fornecer a definição do termo cirúrgico. Descrever os tipos de cirurgia. Facilitar o preparo dos instrumentais e equipamentos cirúrgicos apropriados para cada tipo de cirurgia. 4. Nomenclatura Cirúrgica Cabe à equipe de enfermagem entender os diversos aspectos que envolvem o procedimento cirúrgico, em especial a terminologia do mesmo. Os profissionais de enfermagem que atuam na Central de Material e Esterilização precisam conhecer essa terminologia cirúrgica. 5. Principais Prefixos Prefixo Relativo a Adeno glândula Blefaro pálpebra Cisto bexiga Cole vesícula Colo cólon Colpo vagina Entero intestino delgado Gastro estômago Histero útero 5. Principais Prefixos Prefixo Relativo a Nefro rim Oftalmo olho Ooforo ovário Orqui testículo Osteo osso Oto ouvido Procto reto Rino nariz Salpingo trompa 6. Principais Sufixos Sufixo Significado ectomia remoção parcial ou total pexia fixação de um órgão plastia alteração da forma e/ou função rafia sutura scopia visualização do interior do corpo em geral por meio de aparelhos com lentes especiais (s)tomia abertura de um órgão ou de uma nova boca 7. Exemplos Apendicectomia Cistopexia Ritidoplastia Colporrafia Artroscopia Ileostomia 7. Terminologia que não segue as regras citadas Cirurgia Objetivo Amputação remoção de um membro ou de parte necrosada do corpo Artrodese fixação cirúrgica de articulações Bartholinectomia retirada de cisto de Bartholin Biópsia remoção de um tecido vivo para fins diagnósticos Cauterização destruição de tecido por meio de agente cáustico ou calor - bisturi elétrico Cesariana retirada do feto por incisão através da parede abdominal Circuncisão ressecção da pele do prepúcio que cobre a glande As fases do Perioperatório 8. Períodos do Perioperatório Pré-Operatório Mediato Imediato Transoperatório Intra-operatório Pós-Operatório Recuperação Anestésica Imediato Mediato Tardio 9. Pré-Operatório Pré-Operatório Mediato: Começa no momento da indicação da cirurgia e termina 24 horas antes do seu início. Cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico; O tratamento clínico permanece para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós-operatórias; 9. Pré-Operatório Pré-Operatório Imediato: Corresponde às 24 horas que antecedem a cirurgia (o paciente pode ser hospitalizado, nesta fase, para iniciar o preparo). Tem por objetivo preparar o cliente emocionalmente e fisicamente para o ato cirúrgico. 10. Transoperatório Compreende o momento em que o paciente é recebido noCC até o momento em que é encaminhado para a SRPA; Toda equipe deve estar atenta no sentido de oferecer ao cliente apoio, atenção, respeitando sua crenças, seus valores, seus medos, suas necessidades, atendendo-o com segurança, presteza e eficácia. 11. Pós-Operatório PO IMEDIATO: 24h após a cirurgia. O período de Recuperação Anestésica é considerado crítico. Os pacientes podem encontrar-se inconscientes, entorpecidos e com diminuição dos reflexos protetores. PO MEDIATO: Começa ao final das primeiras 24 horas após a cirurgia e vai até a alta hospitalar (unidade de internação). PO TARDIO: Inicia-se com a alta hospitalar e estende-se até o momento em que o paciente precisa de atenção especial (atenção para ambulatorial). 12. Simplificando a SAEP Fase pré-operatória Fase transoperatória Fase pós-operatória - Visita pré- operatória - Cuidado de enfermagem na unidade de clínica cirúrgica Cuidado de enfermagem na sala operatória. Cuidado de enfermagem na: - SRPA - Unidade de clínica cirúrgica e ambulatório - POI; 1º DPO; 2º DPO; 30º DPO e POT “Provavelmente, nenhuma outra área da enfermagem exige a larga base de conhecimentos, a memória instantânea da ciência cirúrgica, a necessidade de ser guiada intuitivamente pela experiência de enfermagem, a diversidade de pensamento e ação, as resistências física e mental e a flexibilidade necessárias nas tarefas de enfermagem perioperatória” Rothbock, 2007 Bibliografia CARVALHO, R.; BIANCHI E.R.F. Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. 2.ª edição. São Paulo: Manole, 2016. ROTHROCK, J.C.A. Cuidados de Enfermagem ao Paciente Cirúrgico. 13.ªedição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. SOBECC. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde. 7.ª edição. São Paulo: Manole, 2017.
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