Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas Futuras UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: Letras – Inglês DISCIPLINA: História da Educação PROFESSOR (A) TUTOR (A): Carlos Roma Vieira da Fonseca TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas Futuras ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: Anderson Wagner dos Santos Introdução Esta atividade curricular foi desenvolvida visando a reflexão de fatos e processos ocorridos ao longo da História da Educação, buscando fazer referência a como os cenários histórico e educacional estão diretamente ligados e incidem influência mútua em seus processos de formação e afirmação. Buscando referenciar a importância dos diferentes momentos vividos pelo Brasil, no que diz respeito à formação de um modelo que sofre várias modificações ao longo do tempo, até chegarmos ao sistema de educação que temos hoje, pretende-se ainda analisar as perspectivas futuras para a educação no país com base no momento atual da nossa sociedade e suas demandas. Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas Futuras O ser humano enquanto ser social pensa seus métodos educativos e instrutivos desde muito antes das definições de conceitos como conhecemos, de escola, professor, educação. Antes mesmo de uma organização concreta se estabelecer com clareza sobre o assunto. Podemos observar como o ambiente pedagógico sempre sofreu influências diretas e até coercitivas do momento histórico em que estava inserido, com o seu caráter social, o político, e como essas influências interferiram também nos processos e na maneira de se pensar educação no decurso da história. Os célebres pensadores clássicos da antiguidade, Sócrates, Platão e Aristóteles já se preocupavam com o desenvolver de suas sociedades e a relevância do conhecimento para o convívio e entendimento social. A história viu, em seu curso, grandes pensadores, políticos, filósofos, educadores, sociólogos, notáveis. Personalidades que, cada um, ao seu tempo e, em seu campo de atuação, buscaram fixar suas obras, processos, métodos e ideais sempre atrelados, de algum modo, ao desenvolvimento e à vida em sociedade. No Brasil, esse contexto não foi diferente. Desde a chegada dos Jesuítas que, com suas missões, objetivavam catequisar índios que aqui encontraram, carregados de seu viés religioso e sua ligação com o momento Europeu de conflitos; passando pelo desmantelamento desse sistema bicentenário, depois, por Marquês de Pombal e sua reforma régia, a nossa educação foi sendo moldada. Numa época de tantas mudanças e avanços científicos, dos processos industriais e de linhas de pensamento distintas, surgem pensadores como Comenius e Rousseau, que enxergavam no ser humano algo moldável, desde cedo, evidencianddo a potencialidade das crianças; e que, se mostraram pioneiros quando fomentaram discussão sobre quais seriam os objetivos da educação. A influência do Positivismo de Comte, através de Constant, para a fundação de uma República anda, lado a lado, com marcos importantes que repercutem até hoje no modo de pensar nossos métodos educativos; a participação de Rui Barbosa, enquanto legislador e, ao mesmo tempo, militante da educação; o emblemático Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, que tornou-se o marco inaugural do projeto de renovação educacional do país, na Era Vargas. Marcos como a Constituição de 1934, que foi a primeira Carta Magna do Brasil a incluir um capítulo só sobre educação, reforçam a ideia de sua importância para as bases de integração e identidade do nosso país. Bases que começam a, de fato, ganhar corpo com o primeiro Projeto das Leis de Diretrizes e Bases, que entrariam finalmente em vigor em 1961, abrangendo todos os níveis de ensino do país; E identidade, que se mostra em extremo nacionalista, mais tarde, com a criação do MOBRAL na era militar, reforçadas pela Lei 869/69 que inclui “Moral e Cívica” como disciplinas obrigatórias nos currículos brasileiros. Apenas a título de exemplo, esses fatos, dentre tantos outros não citados aqui, sugerem a ideia de busca por uma melhor adequação do ensino ao cenário, principalmente político, mas também cultural, social e tecnológico de cada época da nossa história com o enfoque na melhoria de nosso sistema pedagógico, no tocante a sua eficácia em atender às necessidades de cada tempo. Essa visão, é o que norteia, majoritariamente, a nova nova LDB 9394/96, já prevista na Constituição de 1988, quando regulamenta a existência dos Conselhos Estaduais de Educação e do Conselho Federal de Educação (art. 8 e 9), permite o ensino experimental (art.104) e faculta o ensino religioso (art. 97), por exemplo. Ao passo que, sociólogos, educadores, pedagogos, pensadores da educação contribuíram paralelamente com o desenvolvimento do país, da República, com a ideia de democracia, de unificação. Paulo Freire é um bom exemplo de reciprocidade nessa relação. De modo geral, é cada vez mais nítido, como as novas demandas tecnológicas e a facilidade e agilidade do acesso à informação a que os nossos jovens e crianças estão expostos hoje nos leva às discussões sobre a busca de uma educação e um sistema mais coeso e inclusivo, o que nos remete à formulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), à época da primeira LDB e que, posteriormente, serviram de pano de fundo para a criação de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), trazendo à tona essa preocupação em assistir o desenvolvimento de habilidades e competências em detrimento ao modelo clássico de educação, afastando o risco de tornar-se obsoleta frente aos novos desafios. Modelo esse, sempre pensado na figura de um professor possuidor e transmissor do conhecimento, e seus espectadores alunos, que outrora eram nivelados unicamente com base na quantidade de conteúdo absorvido e não na qualidade e aplicabilidade desse conteúdo em seus contextos, em sua vida. Conclusão A vista do exposto nesse trabalho, podemos concluir que a educação é viva e está em constante transformação. Precisamos ter em mente a história e suas pontuais mudanças e processos; pois, só à luz de experiências, avanços e retrocessos, somente contextualizando-os e a nós mesmos, hoje, é que conseguiremos projetar uma educação eficaz, inclusiva e transformadora. Não é mais concebível um modelo educacional aos moldes clássicos, visto que os tempos de hoje se diferem em muito aos já vividos. O horizonte que se vislumbra com as discussões sobre acessibilidade, sustentabilidade, inclusão, tão atuais, e que ganha corpo com a novíssima BNCC, só será atingido se avaliarmos o modo de pensar a educação atual. A história segue um curso e a Educação precisa seguir também o seu, moldando-se ao primeiro, bem como às suas demandas. Referências Bibliográficas • https://felipepimenta.com/2014/03/13/resenha-paideia-de-werner-jaeger/ • https://pt.wikipedia.org/wiki/Emilio,_ou_Da_Educacao • CAMBI, F. História da Pedagogia. Trad. Álvaro Lorencini – São Paulo: Editora UNESP, 1999. Apresentação, p. 11-15. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=uLpQEeyt1D0C&printsec=frontcover&hl=pt- br&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false Acesso em: 10 nov. 2019 • BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
Compartilhar