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Prova EIA RIMA

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Prévia do material em texto

Barbara Almeida Souza
EIA-Rima: 
estrutura geral e relações
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza - CBR 8a/6189)
Halat, Angela
 Modelos de gestão no varejo / Angela Halat. – São Paulo : Editora 
Senac São Paulo, 2016. (Série Universitária)
	 Bibliografia.
 e-ISBN 978-85-396-1065-5
 1. Administração – vendas 2. Comércio varejista : Gestão de vendas 
I. Título.
16-385s CDD-658.81
 658.87
 BISAC BUS0580010
Índice para catálogo sistemático
1. Administração de vendas 658.81
EIA-RIMA: ESTRUTURA GERAL E 
RELAÇÕES
Eduardo Augusto Rocha de Oliveira
Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
Luiz Francisco de A. Salgado
Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
Editora Senac São Paulo
Conselho Editorial
Luiz Francisco de A. Salgado 
Luiz Carlos Dourado 
Darcio Sayad Maia 
Lucila Mara Sbrana Sciotti 
Jeane Passos de Souza
Gerente/Publisher
Jeane Passos de Souza (jpassos@sp.senac.br)
Coordenação Editorial
Márcia Cavalheiro Rodrigues de Almeida (mcavalhe@sp.senac.br)
Comercial
Marcelo Nogueira da Silva (marcelo.msilva@sp.senac.br)
Administrativo
Luís Américo Tousi Botelho (luis.tbotelho@sp.senac.br)
Acompanhamento Pedagógico
Nome
Designer Educacional
Jussara Cristina Cubbo
Revisão Técnica
Nome
Colaboração
Nome
Revisão de Texto
Nome
Projeto Gráfico
Alexandre Lemes da Silva 
Emília Correa Abreu
Capa
Antonio Carlos De Angelis
Editoração Eletrônica
Nome
Ilustrações
Nome
Imagens
iStock Photos
E-pub
Ricardo Diana
Proibida a reprodução sem autorização expressa.
Todos os direitos desta edição reservados à
Editora Senac São Paulo
Rua 24 de Maio, 208 – 3o andar 
Centro – CEP 01041-000 – São Paulo – SP
Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP
Tel. (11) 2187-4450 – Fax (11) 2187-4486
E-mail: editora@sp.senac.br 
Home page: http://www.editorasenacsp.com.br
© Editora Senac São Paulo, 2016
Sumário
Capítulo 1 
Nome do capítulo, 1
1 Nome do título, 1
2 ome do título, 1
3 ome do título, 1
4 ome do título, 1
Considerações	finais,	1
Referências	bibliográficas,	1
Capítulo 2 
Nome do capítulo, 2
1 Nome do título, 2
2 ome do título, 2
3 ome do título, 2
4 ome do título, 2
Considerações	finais,	2
Referências	bibliográficas,	2
Capítulo 3 
Nome do capítulo, 3
1 Nome do título, 3
2 ome do título, 3
3 ome do título, 3
4 ome do título, 3
Considerações	finais,	3
Referências	bibliográficas,	3
Capítulo 4 
Nome do capítulo, 4
1 Nome do título, 4
2 ome do título, 4
3 ome do título, 4
4 ome do título, 4
Considerações	finais,	4
Referências	bibliográficas,	4
Capítulo 5 
Nome do capítulo, 5
1 Nome do título, 5
2 ome do título, 5
3 ome do título, 5
4 ome do título, 5
Considerações	finais,	5
Referências	bibliográficas,	5
Capítulo 6 
Nome do capítulo, 6
1 Nome do título, 6
2 ome do título, 6
3 ome do título, 6
4 ome do título, 6
Considerações	finais,	6
Referências	bibliográficas,	6
7
Capítulo 1
Estudo de impacto 
ambiental e 
relatório de impacto 
ambiental: conceitos
As atividades antrópicas vêm continuamente transformando a pai-
sagem, seja pela alteração do uso do solo ou pela apropriação dos re-
cursos naturais. Os impactos ambientais decorrentes dessas ativida-
des estão no foco das discussões sobre ambiente e desenvolvimento 
nas últimas décadas, de maneira que frequentemente essas questões 
também passaram a ser pauta dos noticiários.
Visando regular as atividades econômicas, muitos países, inclusive 
o Brasil, implantaram mecanismos de gestão ambiental de caráter pre-
ventivo, para subsidiar a tomada de decisão do poder público acerca de 
projetos de desenvolvimento.
8 EIA-Rima: estrutura geral e relações
Nesse contexto, a Avaliação de Impacto Ambiental tem sido con-
siderada um importante instrumento que analisa as consequências 
ambientais	 de	 atividades	potencialmente	 causadoras	de	 significativa	
degradação ambiental, além de ser referência durante os processos de 
tomada de decisão.
Para tal processo, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu res-
pectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) têm sido os estudos 
empregados durante a fase de demonstração da viabilidade ambiental 
dos empreendimentos.
Sob esse enfoque, o objetivo do capítulo é iniciar a reflexão sobre 
o Estudo de Impacto Ambiental dentro de um contexto da Avaliação de 
Impacto Ambiental (AIA), apresentando o conceito de impacto ambiental 
e introdução do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu relatório (RIMA). 
1 Definições de impactos ambientais
O	impacto	ambiental	é	um	conceito	fundamental	para	os	profissio-
nais da área de planejamento e gestão ambiental. Apesar de o termo 
ser amplamente utilizado e encontrado com frequência nas mídias, é 
necessário	 compreender	 as	 definições	da	 literatura	 técnica	para	 sua	
correta aplicação.
Em	uma	 breve	 consulta	 nos	 dicionários,	 verifica-se	 que	 a	 palavra	
“impacto”	pode	assumir	os	significados	de	“ato	ou	efeito	de	embater”,	
“efeito de uma ação”. Pressupõe-se, portanto, que o termo “impacto am-
biental” seja o efeito de uma ação sobre o meio ambiente. 
Sob	a	perspectiva	dos	processos,	Peter	Wathern	(1988)	define	 im-
pacto como mudança num parâmetro ambiental, dentro de determina-
do período e em determinada área, resultante de determinada ativida-
de, comparada com a situação que ocorreria se a atividade não tivesse 
sido iniciada.
9Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental: conceitos
A	Figura	1	mostra	como	essa	definição	de	impacto	ambiental	pode	
ser	representada	por	meio	de	um	gráfico.	Nela,	temos	em	determinada	
área a simulação de duas situações resultantes da implantação de um 
projeto em um momento determinado. O projeto causa alterações em 
um indicador ambiental ao longo do tempo e, assim, impacto ambiental 
é a diferença entre essas duas situações.
Figura 1 – Representação do conceito de impacto ambiental
Projeto iniciado Situação
sem projeto
Impacto
ambiental
Situação 
com projeto
Tempo
In
di
ca
do
r 
am
bi
en
ta
l
Fonte: Adaptada de Sánchez (2013).
Portanto, é a alteração da linha de base, devido à ação humana; em 
outras palavras, a Associação Internacional de Avaliação de Impacto 
(IAIA	–	da	sigla	em	inglês,	2009)	define	que	“impacto”	é	a	diferença	en-
tre o que aconteceria com a ação e o que aconteceria sem ela. Notamos 
nessas	definições	que	os	impactos	ambientais	são	resultantes	das	ati-
vidades humanas. As alterações decorrentes de fenômenos naturais, 
portanto, não são consideradas impactos ambientais. Por outro lado, 
as alterações antropogênicas cumulativas, como o aumento das emis-
sões de gases de efeito estufa, principalmente a partir da Revolução 
Industrial, têm provocado alterações nos ditos fenômenos naturais, 
como maior incidência de eventos extremos, sejam de seca ou de tem-
pestades e furacões.
10 EIA-Rima: estrutura geral e relações
O conceito de impacto ambiental abrange os impactos adversos 
(negativos)	e	benéficos	 (positivos).	Ou	seja,	 impactos	ambientais	po-
dem ser alterações (efeitos) causadas no meio ambiente pelas ativida-
des	humanas,	quer	sejam	essas	alterações	benéficas	ou	não.
Sob essa perspectiva, Luis Enrique Sánchez (2013) aponta que a legis-
lação brasileira, por meio da Resolução nº 001/86, do Conselho Nacional 
do Meio Ambiente (Conama), não traz essa interpretação, pois se restringe 
ao conceito de poluição. Em seu artigo 1º, diz que o impacto ambiental é: 
[...] qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e bioló-
gicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria 
ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou in-
diretamente, afetam:I – a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população; II – as atividades sociais e econômicas; III – a biota; 
IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V – a 
qualidade dos recursos ambientais (BRASIL, 1986).
IMPORTANTE 
Impacto ambiental é diferente de poluição. Existe confusão entre os ter-
mos poluição e impacto ambiental. Poluição é a emissão de matéria ou 
energia além da capacidade assimilativa do meio. Portanto, toda polui-
ção causa impacto ambiental, mas nem todo impacto ambiental tem a 
poluição como causa (SÁNCHEZ, 2013).
 
Nesse contexto, para este volume, considera-se impacto ambiental 
como	a	alteração	da	qualidade	ambiental	que	resulta	da	modificação	dos	
processos naturais ou sociais, provocada por ação humana (SÁNCHEZ, 
2013). E dessa forma, a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) pode ser 
feita	de	maneira	objetiva,	como	processo	de	identificar	as	consequências	
futuras de uma ação presente ou proposta, segundo a IAIA.
A Figura 2 foi adaptada de um EIA e mostra alguns impactos am-
bientais	 identificados	 na	 ampliação	 de	 uma	 mineração	 de	 calcário,	
exemplos dos diferentes tipos de impacto da implantação da atividade 
em cada componente ambiental, nos meios físico, biótico e antrópico.
11Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental: conceitos
Figura 2 – Exemplo de impactos ambientais divididos por seus componentes 
Meio físico
Meio biótico
Meio antrópico
Água superficial
Cobertura vegetal
População
Qualidade de ar
Condições de vida
Contaminação por óleos e graxas, 
resíduos perigosos; alteração da 
turbidez e da cor; alteração no 
escoamento superficial; alteração 
no escoamento básico; captação
Alteração da qualidade do ar por 
emissão de material particulado
Perda de áreas florestais. 
Alteração na composição/estrutura; 
fragmentação de maciços
Deslocamento compulsório
Criação de novos postos de 
trabalho; aumento da renda; 
aumento de acidentes
Componentes 
ambientais
Impactos ambientais
Fonte: Adaptada de CCRG (2003).
A compreensão do termo “impacto ambiental” é o ponto de partida 
para a elaboração de estudos ambientais. 
1.1 Estudos ambientais
O EIA é o estudo mais aplicado na avaliação de impacto ambien-
tal no Brasil. No entanto, existem outros tipos de estudos ambientais 
que também subsidiam a análise de viabilidade ambiental. Segundo a 
Resolução Conama nº 237/97: 
Estudos ambientais são todos e quaisquer estudos relativos aos 
aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, opera-
ção e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentados 
como subsídio para a análise da licença requerida, tais como relatório 
12 EIA-Rima: estrutura geral e relações
ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental 
preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recupe-
ração de área degradada e análise preliminar de risco (BRASIL, 1986). 
Na lista a seguir, são apresentados os estudos ambientais mais co-
muns nos processos de licenciamento no Brasil:
 • Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto 
Ambiental	(Rima):	destinados	a	atividade	modificadoras	do	meio	
ambiente	exemplificadas	no	artigo	2	da	Resolução	Conama	01/86.
 • Estudo	 Ambiental	 Simplificado	 (EAS)	 ou	 Relatório	 Ambiental	
Simplificado	(RAS):	estudo	definido	pela	legislação	de	muitos	es-
tados brasileiros, destinado a analisar e avaliar as consequências 
ambientais de atividades e empreendimentos considerados de 
impacto	pequeno	ou	não	significativo.
 • Relatório	Ambiental	Preliminar	(RAP):	estudo	definido	pela	legisla-
ção de São Paulo, que, diferentemente dos outros estudos aqui lis-
tados, tem como objetivo instruir requerimentos que possam cau-
sar	impactos	significativos,	e	pode	definir	se	um	empreendimento	
precisa ou não apresentar um EIA para prosseguimento da análise.
 • Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV): instituído pelo Estatuto 
da	Cidade,	aplicado	a	áreas	urbanas	para	empreendimentos	defi-
nidos	em	lei	municipal	específica.
 • Projeto Básico Ambiental (PBA): documento que apresenta, deta-
lhadamente, todas as medidas de controle e os programas am-
bientais de um empreendimento.
 • Relatório e Plano de Controle Ambiental (RCA/PCA): estudo que 
tem	por	objetivo	identificar	e	propor	medidas	mitigadoras	aos	im-
pactos gerados por empreendimentos de médio porte.
 • Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD): estudo téc-
nico que reúne informações, diagnósticos, levantamentos e es-
tudos que permitam a avaliação da degradação ou alteração, e 
a	consequente	definição,	de	medidas	adequadas	à	recuperação	
de uma área.
13Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental: conceitos
1.2 O que é o Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um documento integrante do 
processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), que consolida os re-
sultados de avaliações técnicas sobre os projetos de desenvolvimento 
que se pretende instalar.
Cabe ressaltar que o EIA é uma etapa da AIA, um processo mais 
amplo,	segundo	Iara	Moreira	(1992),	definido	por:
Um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o início 
do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos ambien-
tais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de 
suas alternativas, e que seus resultados sejam apresentados de forma 
adequada ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por 
eles considerados (MOREIRA, 1992, p. 33.)
Os procedimentos da AIA são interligados e correlacionados, como 
se vê na Figura 3. O processo é iniciado com a apresentação da propos-
ta de projeto pelo empreendedor diante de uma organização respon-
sável pela tomada de decisão, que pode ser uma empresa privada, um 
organismo	financeiro,	uma	agência	de	desenvolvimento	ou	um	órgão	
governamental; sendo este último o caso mais geral e onde se insere o 
processo de licenciamento ambiental (SÁNCHEZ, 2013).
Uma vez conhecida a proposta, é estimado seu potencial de causar 
impacto, o que é função do órgão licenciador, relacionado às condicio-
nantes que o tipo de projeto implica sobre o meio onde será implantado 
e da resiliência do meio em que ele será inserido.
A	triagem,	realizada	pelo	órgão	ambiental,	pode	ser	definida	como	o	
procedimento para determinar se a proposta deverá ou não estar sujei-
ta	à	AIA,	e,	em	caso	afirmativo,	a	que	nível	de	detalhe	(IAIA,	2009).	No	
caso de negativa, o projeto passa para aquilo a que Sánchez (2013) se 
refere	como	um	“licenciamento	ambiental	convencional”	ou	simplifica-
do, sem utilização de AIA.
14 EIA-Rima: estrutura geral e relações
Figura 3 – Apresentação de uma proposta
Não
Etapa de triágem
A proposta pode causar impactos ambientais significativos?
Talvez Sim
Licenciamento 
convencional
Avaliação a
mbiental inicial
Licenciamento 
apoiado no EIA
Etapa análise detalhada
Etapa pós aprovação
Análise técnica
Determinação do 
escopo do estudo
Elaboração do 
EIA/RIMA
Consulta pública
Decisão Aprovação
Reprovação
Monitoramento e 
gestão ambiental
Acompanhamento
Fonte: Adaptada de Sánchez (2013).
15Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental: conceitos
Sob a ótica da (AIA), o EIA é uma etapa fundamental no processo, 
uma	vez	que	é	por	meio	desse	documento	que	é	feita	a	identificação	e	
avaliação das prováveis consequências de determinadas ações. Trata-
se, portanto, de uma ferramenta que direciona a tomada de decisão, 
com o objetivo maior de promover o desenvolvimento sustentável no 
planejamento e gestão de projetos.
No Brasil, o EIA está ligado ao processo de licenciamento ambiental 
do empreendimento e, embora a adoção desse instrumento na política 
ambiental do Brasil tenha sido tardia, representou importante avanço 
para o país (GLASSON;SALVADOR, 2000).
O marco legal do EIA no Brasil iniciou em 1981, com a publicação da 
Política Nacional do Meio Ambiente, pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto 
de 1981 (BRASIL, 1981), onde o instrumento foi posteriormente regula-
do pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama (BRASIL, 1986; 
1997). Um pouco mais tarde, em 1988, o EIA também foi considera-
do instrumento da política ambiental do país por meio da Constituição 
Federal (BRASIL, 1988).
A Resolução Conama nº 01/86 determinou a necessidade de reali-
zação de EIA para licenciamento de empreendimentos potencialmente 
poluidores, incluindo em seu texto uma listagem de atividades que se 
enquadram nessa categoria. Essa obrigatoriedade também é expressa 
pela Constituição Federal de 1988, que estabeleceu, em seu artigo 225, 
inciso IV, a exigência do estudo prévio de impacto ambiental, sendo a 
primeira Constituição a instituir a obrigatoriedade dos estudos de im-
pacto nesse âmbito.
IMPORTANTE 
Cabe ressaltar que o adjetivo “prévio” é utilizado para afirmar que o estu-
do deve ser realizado antes da instalação de obra ou atividade potencial-
mente causadora de significativa degradação ambiental, não podendo 
ser concomitante nem posterior à obra ou atividade.
 
16 EIA-Rima: estrutura geral e relações
Nota-se que o EIA tem sido o estudo mais importante e necessá-
rio para o licenciamento ambiental, por sua relevância em determinar 
a extensão e a intensidade dos impactos ambientais que poderão ser 
causados pelo projeto proposto (SÁNCHEZ, 2013).
O	EIA	é	um	estudo	que	alia	investigação	científica	multi	e	interdisci-
plinar com técnicas de avaliação. No Brasil, as diretrizes gerais estão 
previstas	na	Resolução	Conama	nº	01/86,	que	define	a	necessidade	de	
realizar um diagnóstico ambiental das áreas de influência de um proje-
to, numa perspectiva histórica, que sirva de base à previsão e avaliação 
dos impactos e à proposição, no mesmo documento, de medidas de 
mitigação e compensação cabíveis.
Desse modo, o EIA torna-se direcionador nas práticas de prevenção 
ambiental, uma vez que esse documento faz a avaliação de alternativas 
ao projeto (sejam elas tecnológicas ou locacionais) e pode recomendar 
alterações nele para que as medidas de mitigação e compensação pos-
sam reduzir e eliminar potenciais impactos negativos e ainda potencia-
lizar os impactos positivos. 
PARA SABER MAIS 
No âmbito internacional, de acordo com a International Finance Corpora-
tion (2012), preconiza-se a aplicação da abordagem da “hierarquia da mi-
tigação”, que visa evitar, minimizar e compensar os impactos dos novos 
projetos, evitando e reduzindo impactos negativos, bem como potenciali-
zando as perspectivas positivas de conservação e desenvolvimento local.
 
2 Objetivo básico do EIA-Rima
Diante	de	sua	finalidade,	o	EIA	provê	subsídio	à	tomada	de	decisão	e	
delineamento de ações futuras em relação à mitigação dos danos am-
bientais que o empreendimento possa vir a gerar sobre o meio.
17Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental: conceitos
No âmbito do licenciamento ambiental brasileiro, o EIA subsidia a 
análise da viabilidade ambiental1 de um determinado empreendimento, 
para	a	emissão	da	Licença	Ambiental	Prévia	(LP)	e	a	definição	de	exi-
gências técnicas para as próximas etapas (Conama, 1997).
Para subsidiar os órgãos no processo decisório, o EIA também deve 
explorar as alternativas passíveis de execução do projeto que maximi-
zem os benefícios e minimizem os danos que poderão ser causados.
Pode-se compreender que a relação entre licenciamento ambien-
tal e o processo da AIA (vinculado à prática do EIA) desempenha um 
papel importante com o intuito de minimizar os efeitos adversos de 
novos projetos, que podem representar algum impacto sobre o meio 
ambiente,	e	assim	verificar	a	compatibilidade	entre	a	atividade	propos-
ta e a qualidade ambiental do ambiente no qual o projeto está inserido 
(KIRCHHOFF et al., 2007).
3 Diferenças entre o EIA e o Rima
Como exposto, o EIA é um documento técnico, elaborado por espe-
cialistas de diferentes áreas do conhecimento, e frequentemente utiliza 
linguagem acadêmica. Segundo Sánchez (2014), o objetivo do EIA é ser-
vir de base para os processos de tomada de decisão em relação à via-
bilidade ambiental de um projeto ou empreendimento. Dessa forma, é 
necessário que as partes interessadas, seja o órgão ambiental, empresa 
privada ou comunidades, tenham acesso aos estudos e que possuam 
elementos que permitam a avaliação do projeto (SÁNCHEZ, 2013).
1 Segundo Marcelo Montaño e Marcelo Pereira Souza (2008), a viabilidade ambiental pode ser entendida 
como uma propriedade fundamental das ações exercidas sobre o meio, que expressa a adequabilidade das 
atividades antrópicas sobre o meio ambiente frente aos padrões de qualidade, levando-se em consideração 
a capacidade do meio em assimilar certo nível de alterações (impactos) provocadas por essas atividades. 
Sendo assim, concorrem para a viabilidade ambiental as características do meio (físico, biótico e 
antrópico) e as características (tecnológicas) da atividade ou empreendimento que se pretende implantar, 
considerando o nível de qualidade ambiental estabelecido para o momento da implantação e requerido ao 
longo do tempo.
18 EIA-Rima: estrutura geral e relações
E diante disso, devido à importância do EIA como instrumento de 
comunicação ambiental e negociação social, tornou-se obrigatória a 
apresentação de um documento síntese do estudo. A síntese das infor-
mações do EIA, bem como de suas conclusões, é apresentada em seu 
respectivo relatório, o Rima (Relatório de Impacto Ambiental). Por este 
motivo, é comum a expressão “EIA/Rima”.
No RIMA, portanto, os dados devem ser apresentados de forma ob-
jetiva e adequada à compreensão pública. As informações devem ser 
traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por meio de imagens, 
gráficos	e	tabelas	necessários	ao	entendimento	claro	das	consequên-
cias ambientais do projeto.
No processo de licenciamento, em sua fase de consulta pública, o 
EIA e o Rima devem estar acessíveis ao público em locais apropriados, 
de forma a garantir o conhecimento de seu conteúdo pelos interessa-
dos, durante a análise técnica do pedido de licença ambiental.
Considerações finais
Diante	do	exposto,	a	definição	de	impacto	ambiental	está	associada	
à alteração da qualidade ambiental decorrente das ações humanas, po-
dendo ser negativo ou positivo.
Alguns empreendimentos são sujeitos à apresentação de estudos 
ambientais como subsídio para seu licenciamento. O Estudo de Impacto 
Ambiental e seu respectivo relatório são estudos técnicos em que é re-
alizado um exame sistemático dos impactos ambientais de um projeto 
e de suas alternativas, sendo seus resultados apresentados de forma 
adequada ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão.
19Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental: conceitos
Referências
ALMEIDA, Maria Rita Raimundo e. Aplicação da abordagem sistêmica para 
análise da efetividade da Avaliação de Impacto Ambiental no Brasil: um es-
tudo para os estados de São Paulo e sul de Minas Gerais. Tese (Doutorado em 
Engenharia Ambiental). Escola de Engenharia de São Carlos, 2013. 174 p.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Coleção 
Saraiva de Legislação. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
BRASIL. Resolução Conama n° 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre 
critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. 
Brasília:	Diário	Oficial	da	União,	1986.
BRASIL. Resolução Conama n° 237, de 19 de dezembro de 1997. Regulamenta 
os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do 
Meio	Ambiente.	Brasília:	Diário	Oficial	da	União,	1997.
COMPANHIA DE CIMENTO RIBEIRÃO GRANDE (CCGR). Ampliação da Mina 
Limeira: estudo de impactoambiental. São Paulo. v. 2, 267 p., 2003.
GLASSON, John; SALVADOR, Nemesio Neves Batista. EIA in Brazil: a procedu-
res-practice gap. A comparative study with reference to the European Union, 
and especially the UK. Environmental Impact Assessment Review, v. 20, p. 195-
225, 2000.
INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR IMPACT ASSESSMENT. Reference and 
guidance documents: what is impact assessment? Disponível em: <http://www.
iaia.org/reference-and-guidance-documents.php>. Acesso em: 29 jan. 2017.
INTERNATIONAL FINANCE CORPORATION (IFC). IFC Guidance Note 6 
Biodiversity Conservation and Sustainable Management of Living Natural 
Resources. Washington, DC, 2012.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 14001: 
Environmental management systems – Requirements with guidance for use. 
Genebra, 2004. 
KIRCHHOFF, Denis et al. Limitations and drawbacks of using Preliminary 
Environmental Reports (PERs) as an input to Environmental Licensing in 
20 EIA-Rima: estrutura geral e relações
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