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1 APOSTILA DE ANATOMIA BÁSICA ENFERMAGEM Profa. Dra. Cláudia Pacheco 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA...............................................................................................3 POSIÇÕES ANATÔMICAS........................................................................................ .................................8 PLANOS ANATÔMICOS.............................................................................................................................9 TERMOS DE COMPARAÇÃO..................................................................................................................14 ANATOMIA DO SISTEMA ESQUELÉTICO............................................................................................16 SUTURAS DO CRÂNIO.............................................................................................................................20 ACIDENTES ÓSSEOS................................................................................................................................50 SISTEMA ARTICULAR.............................................................................................................................52 SISTEMA MUSCULAR.............................................................................................................................59 SISTEMA RESPIRATÓRIO.......................................................................................................................97 SISTEMA LINFÁTICO.......................................................................................................................... ...104 SISTEMA CIRCULATÓRIO....................................................................................................................109 3 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a Ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Association of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais. Tem como metas principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a descoberta da base estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das mudanças a longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas com fases diferentes de atividade funcional normal. Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas. A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a Ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta Ciência. Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização humana. Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, expandiu-se, ao longo do tempo, graças a aquisição de tecnologias inovadoras. Atualmente, a anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: anatomia macroscópica, anatomia microscópica e anatomia do desenvolvimento. A anatomia macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não recursos tecnológicos, os mais variáveis possíveis, enquanto a anatomia microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios de luz e eletrônicos. Este grupo é dividido em biologia celular e histologia e de como estes se organizam para a formação de órgãos. A anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela engloba a embriologia, que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento. ATUALIZAÇÕES DE NOMINA A nomina anatômica é um documento elaborado na tentativa de unificar a nomenclatura dos termos anatômicos, visando melhorar a descrição e a função de cada parte do corpo humano. Em mais de um século de congressos realizados, muitas mudanças foram discutidas e aprovadas, porém a maioria delas foi redundante e sem efetiva adesão dos profissionais da saúde. Com este estudo, objetivou-se construir uma linha do tempo com datas decisivas em relação à nomina anatômica e sua evolução ao longo dos séculos, bem como mencionar alguns dos motivos pelos quais essas mudanças não foram anuídas pelos profissionais da área da saúde. Tratou-se de uma revisão bibliográfica realizada em artigos do Portal da Educação e Scielo. A nomina anatômica é o termo usado para a linguagem própria na Anatomia. São termos empregados para nomear e descrever o indivíduo ou suas partes (ENCICLOPÉDIA MICROSOFT 4 ENCARTA, 2001). A nomina anatômica iniciou-se em 1543 com o Livro De Humani Corpus Fabrica (PARK, 2013). Em 1603, Pero de Castilhos desenvolveu a primeira Nomina Anatômica Brasileira (BEZERRA; BEZERRA; DI DIO, 2000). Mais tarde, os meios de difusão de informação fizeram com que as atualizações fossem melhor disseminadas (HIPÓTILO, 2006). Por volta de 1895 ocorreu na Suíça a Basle nomina anatômica, que proporcionou a revisão de diversos termos anatômicos (REZENDE, 2004). Em 1950, ocorreu o Comitê Internacional da Nomenclatura Anatômica e, cinco anos depois, o Congresso Parisiense; esses dois eventos, por sua dimensão, marcaram pontos importantes na história da nomina anatômica. O Brasil também participou da padronização dos termos. Em 1989, no XIII Congresso do Rio de Janeiro e, em 1997, em São Paulo, ocorreu a participação dos anatomistas brasileiros sobre o tema, sendo Liberato Di Dio considerado o pai da nomenclatura anatômica, um participante de destaque nas alterações terminológicas (DI DIO, 2000). Conclui-se que, apesar das diversas tentativas, as mudanças não são bem aceitas pelos profissionais da área da saúde, e essa dificuldade pode ocorrer em razão de as modificações serem feitas em congressos de anatomistas, e grande parte da classe não se mantém atualizada. Além disso, a dificuldade de padronização ocorre em razão de muitas mudanças em pouco tempo, o que leva à resistência dos profissionais. Exemplos de alguns termos que foram modificados: corpo pineal=glândula pineal, osso malar=osso zigomático (malar vem do nome popular maça do rosto), pomo de Adão=proeminência laríngea. Ao contrário do que o nome dava a entender, essa proeminência existe em homens e mulheres. Pomo significa um tipo de fruta polpuda, como a maça. Passou a designar esse caroço porque se dizia que um pedaço da maça do pecado original ficou engasgado no pescoço de Adão e seus descendentes. Artéria mamária interna=Artéria torácica interna. Essa artéria dá ramos para a mama, mas também irriga outros órgãos. Optou-se, então por um nome genérico. Aparelho digestivo=Sistema digestório. Aparelho é a soma de dois ou mais sistemas. Na digestão há apenas um envolvido. Digestivo significa que facilita a digestão, portanto o correto é digestório onde se dá a digestão. Trompa de Falópio=Tubauterina. Tuba é uma descrição mais próxima da realidade anatômica do que trompa, inspirada no instrumento musical. O nome do cientista que a descreveu é substituído pela localização. Canal anal é um órgão novo. Antes era tratado apenas como a porção final do reto, mas como tem morfologia e fisiologia diferentes, decidiu-se considerá-lo como órgão. Sistema imunitário. Não existia, foi incluído porque estudos de imunologia avançaram tanto que comprovaram tratar-se de um sistema. Tendão de Aquiles=Tendão calcâneo. A mitologia foi trocada pelo cientificismo. Calcâneo é o osso ao qual o tendão se prende. Perônio=Fíbula. Perônio é o diminutivo de peroné, que em francês quer dizer cravelha, o botão que ajusta as cordas do violino. Nenhuma relação como o osso. Fíbula quer dizer união. E a fíbula une a parte superior com a inferior da tíbia. 5 Rótula=Patela. Rótula em latim significa rodinha. Patela, disco chato. O nome corresponde melhor ao formato do osso. Patela=osso da região anterior do joelho, entre o tendão quadríceps e o tendão patelar, nome atual que substituiu rótula. Válvula ileocecal=Papila ileal. O órgão que fica na passagem do intestino delgado para o grosso não se parece e não tem a função de válvula, ficou papila porque se parece com os mamilos e ileal para precisar melhor a localização. Cúbito=Ulna. Tinha esse nome porque cúbito quer dizer cotovelo e este osso sai do dedo mínimo e vai até o cotovelo, mas não é o único que chega até lá, o rádio também. Músculo cucular=Músculo trapézio. O nome antigo é inspirado no capuz (cuculo, em latim) usado pelos frades. O capuz caído sobre as costas delineia o formato do músculo. Tamanha imaginação foi preterida pela simplicidade de trapézio. Amigdala=Tonsila palatina. Antes havia duas amigdalas. Agora, amigdala é apenas um órgão do sistema nervoso. A da garganta mudou de nome. Osso maxilar inferior e maxilar superior=Mandíbula e Maxila. Era errado considerar a mandíbula como maxilar inferior. Trompa de Eustáquio=Tuba auditiva. Mesmo motivo da tuba uterina. Sínfise púbica=Articulação dos púbis. Tíbia=osso da perna. Ulna=osso do antebraço, nome atual que substituiu cúbito. Úmero=osso do braço Ligamento cruzado anterior=ligamento intra-articular do joelho, um dos responsáveis pela estabilidade articular. Ligamento cruzado posterior=ligamento intra-articular do joelho, um dos responsáveis pela estabilidade articular. Ligamento da patela=o mesmo que tendão patelar. Menisco lateral=fibrocartilagem intra-articular do joelho, chamado por alguns pelo nome não oficial menisco externo. Menisco medial=fibrocartilagem intra-articular do joelho, chamado por alguns pelo nome não oficial menisco interno. Musculatura anterior da coxa=conjunto de músculos que promovem a extensão do joelho, composta pelo músculo reto femural, vasto lateral, músculo vasto intermédio e músculo vasto medial, o mesmo que quadríceps. Musculatura posterior da coxa= conjunto de músculos que promovem a extensão do joelho, também chamados de músculos ísquio-tibiais, composta pelo músculo semi-membranoso, músculo semi- tendinoso e músculo bíceps femural. Nota: apesar do músculo bíceps femural se inserir na fíbula (e não na tíbia), ele é geralmente incluído neste grupo. Panturrilha=região póstero-superior da perna, formada pelos músculos gastrocnêmio e sóleo. Patologia=especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. Apesar de amplamente utilizada como sinônimo de doença, mesmo pelos médicos, prefere-se, quando for este o caso, que se empregue doença, moléstia, enfermidade ou lesão. 6 Pubalgia=dor na região púbica, geralmente usado como sinônimo para pubeíte ou osteíte púbica. Púbis=osso da região anterior da bacia, são dois púbis que compõe a articulação sínfise púbica. Rádio=osso do antebraço. Rotura=rasgamento parcial ou total de uma estrutura (por ex.: menisco, músculo, tendão, ligamento). Ruptura=o mesmo que rotura. Luxação=perda completa da congruência das superfícies articulares de dois ossos de uma articulação causada por deslocamento. Subluxação=perda incompleta da congruência das superfícies articulares de dois ossos de uma articulação. Tendão=tecido fibroso pelo qual um músculo se prende a um osso. Tendão patelar=tendão que vai da patela à tíbia. Chamado de ligamento da patela pela nomina anatômica. Tendão quadríceps=tendão do músculo homônimo que se insere na porção superior da patela. Tendinite=nome genérico usado para alterações degenerativas de um tendão ou para inflamações da bainha sinovial de tendões; prefere-se o uso dos termos específicos tendinopatia ou tenossinovite, a depender de cada caso. Tendinopatia=processo degenerativo crônico de um tendão, acompanhado ou não de inflamação adjacente. Tendinose=uso semelhante à tendinopatia. Tenossinovite=inflamação da bainha sinovial de um tendão. Osteíte Púbica= o mesmo que pubeíte. Tomografia Computadorizada=método digital de diagnóstico por imagem que utiliza raios-X e produz imagens seccionais do corpo, que podem ser reconstruídas nos planos coronal e sagital e produzir reconstruções tridimensionais. Ultrassonografia=método de diagnóstico por imagem que se baseia no fenômeno da reflexão das ondas ultrassônicas, como o sonar; útil para a avaliação das estruturas de partes moles superficiais do sistema musculoesquelético. Radiografia=exame de diagnóstico por imagem, que utiliza raios-X e produz imagens de regiões do corpo essenciais para várias especialidades da medicina, como por exemplo, ortopedia e traumatologia. Radiologia=área da medicina responsável por diagnóstico por imagem, hoje responsável não apenas por exames radiográficos. Radiologista= especialista em diagnóstico por imagem. Ressonância Magnética=fenômeno físico que emprestou seu nome para o método de diagnóstico por imagem (exemplo: exame de ressonância magnética). Não utiliza radiação e é o que exibe melhor contraste entre as estruturas do sistema musculoesquelético. GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS EM MEDICINA ESPORTIVA Adutor: músculo e respectivo tendão responsável pela adução de um membro ou parte dele (movimento para o plano médio sagital ou centro do corpo). Exemplo: adutores da coxa (músculo adutor 7 longo, músculo adutor curto, músculo adutor magno). Há músculos que fazem a adução, mas recebem outros nomes. Bursite: inflamação em uma Bursa, ou bolsa, por exemplo, bursite subacromial. Cartilagem: tecido que reveste a superfície articular dos ossos numa articulação. Cintilografia óssea: exame diagnóstico da medicina nuclear que, após injeção de substância radioativa, produz imagens do corpo, que podem ou não mostrar focos de concentração anômala devido a doenças (lesões traumáticas, degenerativas, infecciosas, tumorais). Contusão: trauma sobre uma estrutura ou região, não deve ser usado genericamente como sinônimo para lesões que tenham nomes específicos. Derrame articular: aumento anormal do volume do líquido sinovial de uma articulação. Diagnóstico por imagem: especialidade da medicina responsável pelos exames de radiologia, tomografia computadorizada, ultrassonografia e ressonância magnética (e suas submodalidades); também conhecida simplesmente como radiologia. Distensão: prefere-se o termo estiramento. Edema: inchaço decorrente de acúmulo anormal de líquido, por exemplo: numa inflamação. Entorse: torção brusca de uma articulação sem deslocamento das superfícies articulares dos ossos. Escápula: osso do ombro em que se articula o úmero; nome atual que substituiu omoplata. Estiramento: lesão muscular por tração excessiva, sem descontinuidadesignificativa de fibras; termo preferido à distensão. Fissura: sulco numa estrutura; não deve ser usado como sinônimo de fratura. Fratura: ruptura do osso. Fratura por estresse: lesão óssea crônica, ocorrida por fadiga ou insuficiência, geralmente associada a sobrecarga. Hematoma: acúmulo anormal de sangue numa região ou órgão, causado por hemorragia. Ligamento: estrutura fibrosa de alta resistência que liga dois ossos de uma articulação. Ligamento colateral medial: ligamento da região medial do joelho; também chamado de ligamento colateral tibial. Ligamento colateral lateral: ligamento da região lateral do joelho; também chamado de ligamento colateral fibular. 8 POSIÇÕES ANATÔMICAS Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica. O corpo está numa postura ereta (posição ortostática ou bípede) com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas das mãos voltadas para a frente. A cabeça e pés também estão apontados para frente e o olhar para o horizonte. Outras Posições: DECÚBITO DORSAL: o corpo está deitado com a face voltada para cima. DECÚBITO VENTRAL: o corpo está deitado com a face voltada para baixo. DECÚBITO LATERAL: o corpo está deitado de lado. 9 POSIÇÃO DE LITOTOMIA: o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° de quadril e joelho, expondo o períneo. POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG: O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. PLANOS ANATÔMICOS DO CORPO HUMANO Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos. Assim, temos os seguintes planos correspondentes: PLANOS DE SECÇÃO: Plano Mediano: divide o corpo humano em metade direita e esquerda. Plano Sagital: plano vertical que passa através do corpo, paralelo ao plano mediano. Plano Frontal: divide o corpo humano em anterior e posterior. Plano Transversal: divide o corpo em superior e inferior. 10 PLANOS DE SECÇÃO PLANOS TANGENCIAIS 11 TERMOS DE RELAÇÃO: Anterior/Ventral/Frontal: na direção da frente do corpo. Posterior/Dorsal: na direção das costas. Superior/Cranial: na direção da parte superior do corpo. Inferior/Caudal: na direção da parte inferior do corpo. 12 Medial: mais próximo do plano sagital mediano. Lateral: mais afastado do plano sagital mediano. Mediano: posicionado sobre o eixo sagital mediano. Lateral Mediano 13 Intermédio: entre o medial e lateral. Médio: encontra-se interposto entre um superior e um inferior ou entre anterior e posterior. 14 TERMOS DE COMPARAÇÃO: Proximal: que encontra-se mais próximo da raiz do órgão/estrutura. Distal: que encontra-se mais distante da raiz do órgão/estrutura. Superficial: perto da superfície do corpo. Profundo: significa mais afastado da superfície do corpo. 15 Homolateral/Ipsilateral: do mesmo lado do corpo ou de outra estrutura. Contralateral: do lado oposto do corpo ou de outra estrutura. 16 ANATOMIA DO SISTEMA ESQUELÉTICO O sistema esquelético é composto de osso e cartilagem. Os ossos são órgãos esbranquiçados, que constituem o esqueleto e a cartilagem é outro tipo de tecido, semirrígido, que facilita os movimentos. Desta forma, o esqueleto humano tem como funções: sustentar o corpo, permitir a realização de movimentos, proteção de certos órgãos, alojar a medula óssea e serve como reservatório de minerais. Divisão do esqueleto humano: ESQUELETO AXIAL E ESQUELETO APENDICULAR. ESQUELETO AXIAL (DIVISÃO) NÚMERO DE OSSOS CABEÇA (CRÂNIO NEURAL) 8 CABEÇA (CRÂNIO VISCERAL) 21 COLUNA VERTEBRAL 26 TÓRAX (COSTELAS) 12 PARES 24 TÓRAX (ESTERNO) 1 ESQUELETO APENDICULAR (DIVISÃO) NÚMERO DE OSSOS MEMBROS SUPERIORES 60 CINTURAS ESCAPULARES 4 MEMBROS INFERIORES 60 CINTURA PÉLVICA 2 Os ossos podem ser classificados de acordo com a forma que eles apresentam, isto é sua morfologia. 17 LONGOS: comprimento maior que a largura. Exemplo: fêmur. CURTOS: dimensões semelhantes. Exemplo: carpais. LAMINARES/CHATOS/PLANOS: apresentam o comprimento semelhante à largura e maior que a espessura. Exemplo: temporal. IRREGULARES: não tem relação entre suas dimensões. Exemplo: vértebras. ALONGADOS: longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: costela. PNEUMÁTICOS: são ossos com cavidades, que recebem o nome de sinus ou seio. Exemplo: seio maxilar. SESAMOIDES: desenvolvem-se em certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Exemplo: patela. SUTURAIS: pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de suturas. Exemplo: ossos do crânio. ESTRUTURA DOS OSSOS LONGOS 18 Os ossos longos apresentam duas regiões, uma chamada de diáfise que compreende a maior parte do osso e onde se encontra a medula óssea e duas extremidades chamadas de epífise. Do lado externo das epífises observa-se a presença de tecido cartilaginoso, que é responsável por facilitar o deslizamento entre os ossos. Os ossos apresentam duas regiões que macroscopicamente são diferentes na estrutura, uma parte formada por osso compacto e outra por osso esponjoso, sendo que a maior parte do osso esponjoso (poroso) localiza-se nas epífises. Entre a epífise e a diáfise, localiza-se uma região chamada de metáfise, e entre a epífise e a metáfise localiza-se uma região delgada de tecido formado por cartilagem e responsável pelo crescimento em extensão do osso chamada de linha epifisária. Na parte interna do osso longo temos a presença da medula óssea, que é um tecido que apresenta células tronco responsáveis pela produção das células do sangue. Os ossos são tecidos rígidos formados pela presença de células mais matriz extracelular (meio externo às células). Existem células que auxiliam na produção da matriz, células que auxiliam na conservação da matriz e células que degradam a matriz extracelular. A dureza dos ossos deve-se à presença de íons como cálcio, fósforo, entre outros. Essa é chamada a parte inorgânica da matriz extracelular e a sua parte orgânica é formada por colágeno. OSSOS DO CRÂNIO Frontal (1), Parietal (2), Temporal (2), Occipital (1), Esfenoide (1), Etmoide (1), Lacrimal (2), Zigomático (2), Nasal (2), Maxilar (2), Palatino (2), Vômer (1), Concha nasal inferior (2) e Mandíbula (1). Desses alguns fazem parte dos ossos face. São eles: lacrimal, zigomático, nasal, palatino, vômer, maxilar e mandíbula. 19 VISTA INTERNA: 20 SUTURAS DO CRÂNIO São articulações fibrosas, constituídas por várias camadas de tecido conjuntivo denso, que se encontram entre os ossos do crânio, estabelecendo ligações entre esses ossos. Podem ser encontrados quatro tipos de suturas: Suturas planas: a borda dos ossos que se articulam dispõem-se de forma retilínea. Exemplo: sutura entre os ossos nasais (sutura internasal). Suturas escamosas: articulações que se encontram entre ossos que juntos estabelecem um encurvamento relativamente grande. Exemplo: sutura entre os ossos parietal e temporal (sutura parietotemporal ou escamosa). Suturas serreadas: articulações que se encontram soba forma de linhas "denteadas". Exemplo: sutura entre ossos parietais (sutura interparietal ou sagital). Suturas gonfoses: em forma de pinos. Exemplo: Sutura Alvéolo-Dentária (a sutura que forma os dentes). 21 CAIXA TORÁCICA É formada pelas costelas e esterno. As costelas são em número de doze, sendo classificadas em verdadeiras, falsas ou flutuantes de acordo com sua ligação com o esterno. As sete primeiras são verdadeiras, estando ligadas através de regiões de cartilagem ao esterno. Três pares são chamados de falsos, pois encontram-se ligadas ao esterno através da costela superior. E duas são suspensas, ficando livres na cavidade torácica. COSTELAS São ossos alongados, comparáveis a arcos, que se estendem da coluna vertebral até o esterno, ao qual se unem através das cartilagens costais. No Homem, há doze de cada lado, num total de 24 costelas. As sete primeiras articulam-se na frente com o esterno por meio de uma cartilagem, que lhes é própria (costelas verdadeiras). Da oitava à décima costela elas se unem através de suas cartilagens a uma cartilagem comum, que se articula com o esterno (costelas falsas). A décima-primeira e a décima-segunda costela não se articulam com o esterno (costelas flutuantes). São formadas por cabeças com duas faces articulares para as fóveas costais do corpo vertebral (superior e inferior), colo, tubérculo, ângulo costal, sulco da costela, face interna, face externa, margem superior, margem inferior e cartilagens costais. Costela atípica – 1ª, 2ª, 11ª e a 12ª são diferentes das costelas típicas, a 1ª costela é achatada e o tubérculo funde-se ao ângulo; o corpo da 2ª costela possui uma tuberosidade para fixação do músculo serrátil anterior; a 11ª e a 12ª costelas não possuem colo e tubérculo e a 12ª costela é mais curta que a maioria. Costelas típicas – da 3ª à 9ª possuem características comuns, cada costela possui uma cabeça, colo, tubérculo e corpo. 22 RELAÇÃO DAS COSTELAS COM A CINTURA ESCAPULAR 23 ESTERNO O esterno é dividido em três regiões: a mais superior, chamada manúbrio, o corpo do esterno e a região mais inferior chamada processo xifoide. Na parte lateral observa-se as incisuras, que são regiões de contato com a clavícula e as costelas. COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é formada pela sobreposição de vértebras. Apresenta inúmeras funções, como proteção da medula espinal e os nervos espinais, suporta o peso do corpo, fornece um eixo rígido e flexível para o corpo e tem um importante papel na postura e locomoção, serve como ponto de fixação para as costelas, cintura pélvica e músculos do dorso e fornece flexibilidade para o corpo. 24 Todas as vértebras, com algumas exceções, apresentam sete elementos básicos, são eles: CORPO: é a maior parte da vértebra. Apresenta uma face superior e outra inferior. Função: sustentação. PROCESSO ESPINHOSO: situa-se medialmente e posteriormente. Função: movimentação. PROCESSO TRANSVERSO: são dois prolongamentos laterais. Função: movimentação. PROCESSO ARTICULAR: são em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si. Função: obstrução. LÂMINAS: são duas lâminas, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso. Função: proteção. PEDÍCULO: região mais estreita, que liga o processo transverso ao corpo vertebral. Função: proteção. FORAME VERTEBRAL: localizado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco ósseo. Função: proteção. 25 As vértebras dependendo da região que se encontram, também apresentam características regionais. VÉRTEBRAS CERVICAIS Características: corpo pequeno e quadrado, processo espinhal bífido e processos transversos possuem forames. 26 VÉRTEBRAS TORÁCICAS Características: processo espinal é descendente e pontiagudo. Apresentam regiões de articulação com as costelas chamadas fóveas. VÉRTEBRAS LOMBARES Características: corpos vertebrais maiores, forame vertebral na forma triangular, presença de processos mamilares, processo transverso bem desenvolvido e não apresentam forame no processo transverso e nem na fóvea costal. 27 Características Regionais: VÉRTEBRAS CERVICAIS Corpo vertebral pequeno e quadrado. Processo espinhal bífido. Processos transversos possuem forames. Características Regionais: VÉRTEBRAS TORÁCICAS Processo espinhal é descendente e pontiagudo. Apresentam regiões de articulação com as costelas chamadas fóveas. Características Regionais: VÉRTEBRAS LOMBARES Corpos vertebrais maiores. Forame vertebral na forma triangular. 28 Presença de processos mamilares. Processo transverso bem desenvolvido. Não apresentam forame no processo transverso e nem na fóvea costal. CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS ATLAS 29 AXIS (visão frontal) AXIS (visão dorsal) 30 RELAÇÃO ENTRE ATLAS E AXIS 31 REGIÃO SACROCOCCÍGEA: Formada por cinco vértebras fusionadas (região sacral) e quatro vértebras fusionadas (cóccix). DISCO INTERVERTEBRAL 32 São formadas em sua parte periférica por fibras de colágeno e no centro por uma estrutura chamada núcleo pulposo. Esses discos fornecem um apoio entre as vértebras funcionando como uma almofada entre elas. MEMBROS SUPERIORES CLAVÍCULA A clavícula (latim= pequena chave) é um osso par presente no esqueleto humano e que liga os membros superiores ao tronco. É palpável em toda a sua extensão, e classificado como osso longo, porém sem cavidade medular (medula óssea), consistindo de osso esponjoso (trabecular) com revestimento de osso compacto. O formato dela é de um "S" suave, com os dois terços mediais dela sendo convexos anteriormente e o terço lateral sendo côncavo anteriormente (a junção do terço medial com o terço lateral é onde mais ocorre fraturas nesse osso. Junto com os músculos deltoide e peitoral maior, dá forma ao trígono clavipeitoral, onde pode ser palpado o processo coraloide da escápula. 33 ESCÁPULA É um osso grande, de forma achatada, fino e em algumas regiões torna-se translúcido, por causa de sua espessura. Apresenta-se em número par. Localiza-se na porção póstero-superior do tórax, que juntamente com a clavícula forma a cintura escapular, permitindo a união de cada membro superior ao tronco. Apresenta diferenciações entre sua região anterior (frontal) e sua região posterior (dorsal). No plano coronal ou frontal, tem formato triangular, e possui três ângulos (ângulo inferior, ângulo lateral e ângulo superior), duas faces (anterior e posterior) e três bordos (superior, interno e externo). Na sua face posterior, encontra-se a espinha da omoplata, que pode ser facilmente apalpada, e que termina numa apófise volumosa, o acrômio, em cujo bordo interno apresenta uma faceta articular para a clavícula. Possui também um processo coracoide, que tem o formato de um dedo fletido, e localiza-se inferior ao acrômio, e que serve para inserção muscular; o processo coracoide pode ser apalpado no trígono clavipeitoral. O ângulo externo da omoplata apresenta a cavidade glenoidal, é uma escavação da escápula, localizada póstero-lateralmente, que se articula com a cabeça do úmero. Há também uma incisura escapular e três fossas: subescapular (localiza-se em posição inferior nos quadrúpedes), infraespinhal e supraespinhal.Vários músculos inserem-se distal ou proximalmente na escápula. 34 VISÃO ANTERIOR VISÃO POSTERIOR 35 OSSOS DOS MEMBROS SUPERIORES ÚMERO É um osso longo, o maior osso do membro superior, localiza-se no braço articulando com a escápula, o rádio e com a ulna através das articulações do ombro e do cotovelo, apresentando em sua anatomia duas epífises, proximal e distal e uma diáfise constituída por dezesseis acidentes anatômicos. EPÍFISE PROXIMAL Cabeça do Úmero: articula-se com a cavidade glenoide da escápula. Tubérculo Maior: situa-se lateralmente à cabeça e ao tubérculo menor. Tubérculo Menor: projeta-se medialmente, logo abaixo do colo. Colo Anatômico: forma um ângulo obtuso com o corpo. Colo Cirúrgico: região localizada logo abaixo da cabeça. Sulco Intertubercular: sulco profundo que separa os dois tubérculos. EPÍFISE DISTAL Tróclea: semelhante a um carretel. Articula-se com a ulna. Capítulo: eminência lisa e arredondada. Articula-se com o rádio. 36 Epicôndilo Medial: localiza-se medialmente à troclea. Epicôndilo Lateral: pequena eminência tuberculada, localizada lateralmente ao capítulo. Fossa Coronoide: pequena depressão que recebe processo coronoide da ulna na flexão do antebraço. Fossa Radial: pequena depressão. Fossa do Olécrano: depressão triangular profunda que recebe o olecrano na extensão do antebraço. Sulco do Nervo Ulnar: depressão localizada inferiormente ao epicôndilo medial. DIÁFISE Tuberosidade Deltoidea: elevação triangular áspera para inserção do músculo deltoide. Sulco do Nervo Radial: depressão oblíqua ampla e rasa. RÁDIO O rádio é o osso do antebraço, sendo o mais curto dos dois ossos do antebraço. Se estende anatomicamente na parte lateral do antebraço, indo do cotovelo até ao lado do punho onde se encontra o polegar. Proximalmente articula-se com o úmero no capítulo deste, distalmente com o carpo e medialmente com a ulna. Assim possuindo um corpo e duas extremidades (próxima e distal). É classificado como osso curto. 37 EPÍFISE PROXIMAL Possui cabeça, colo e tuberosidade. A sua cabeça articula-se com o capítulo do úmero. A tuberosidade do rádio se localiza na superfície anterior abaixo do colo. CORPO Possui bordas anterior, posterior e interóssea (será inserido a membrana interóssea) que irão delimitar as faces (anterior, posterior e lateral) do corpo do rádio. É muito extenso e muito duro. EPÍFISE DISTAL Na sua face lateral se localiza o processo estiloide que é palpável in vivo. No término da borda interóssea aparece a incisura ulnar. Na parte lateral do processo estiloide há a face articular carpal. ULNA É o osso medial do antebraço, articulando-se com três ossos: úmero (braço) e com o rádio, tanto na posição da epífise proximal como distal. Uma das regiões desse osso é chamada de olecrano, que forma o cotovelo. A incisura troclear é a parte côncava do osso que se articula com a tróclea do úmero. EPÍFISE PROXIMAL Olécrano: eminência grande que forma a ponta do cotovelo. Incisura Troclear: grande depressão formada pelo olecrano e o processo coronoide e serve para articulação com a tróclea do úmero. Processo Coronoide: projeta-se da parte anterior e proximal do corpo da ulna. Incisura Radial: articula-se com a cabeça do rádio. Tuberosidade Ulnar. EPÍFISE DISTAL Cabeça da Ulna: eminência articular arredondada localizada lateralmente. Processo Estiloide: localizado mais medialmente e é mais saliente (não articular). DIÁFISE Apresenta três bordas e três faces. Bordas: Borda Interóssea. Borda Anterior. Borda Dorsal. Faces: Face Anterior. Face Medial. Face Dorsal. 38 39 OSSOS DA MÃO A mão é formada por 27 ossos principais, sendo 8 do carpo, 5 do metacarpo e 14 falanges, mais um número variável de pequenos ossos sesamoides. Assim como nos pés, os movimentos da mão humana são realizados por dois conjuntos de músculos, denominados intrínsecos e extrínsecos. CARPAIS Os ossos carpais são constituídos por oito pequenos ossos que se articulam-se uns com os outros e funcionam harmonicamente. Qualquer perturbação em algum desses ossos poderá romper esse equilíbrio, com grave repercussão sobre os movimentos da mão. Dois deles, o escafoide e o semilunar, têm escassa circulação sanguínea. Por isso, no caso de fraturas dos ossos da mão, consolidam-se com grande dificuldade, o que impede a maior parte dos movimentos da mão. Durante o tratamento, a mão fica imobilizada por longo período, que às vezes chega a atingir doze meses. Toda contusão, portanto, deverá ser tratada por médicos especializados, a fim de evitar graves problemas futuros em relação aos delicados movimentos da mão. São eles: escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezoide, capitato e hamato. METACARPO O metacarpo é formado por cinco ossos iguais, de forma alongada, que se articulam de um lado com os ossos do carpo e do outro com as falanges. As falanges são três em cada dedo, com exceção do polegar, que só possui duas; ao se aproximarem do metacarpo, executam a função preênsil das mãos. São ossos longos que são numerados no sentido látero medial em I, II, II, IV e V. FALANGES São divididas em falange proximal, medial e distal. O único dedo que não apresenta a falange medial é o hálux. 40 41 OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES ILÍACO O membro inferior é especializado em sustentar o peso do corpo e a locomoção, a capacidade de mover-se de um lado para outro e manter o equilíbrio, a condição de permaneceer uniformemente balanceado. Os membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior, que são os ossos do quadril e sacro. O ilíaco é um osso chato, formado pela união de três ossos: o ílio, o ísquio e o púbis. Suas principais regiões são a asa ilíaca, que forma a maior parte do osso, a cavidade do acetábulo onde a cabeça do fêmur se encaixa. Outra região é o forame obturado, que é a abertura localizada entre o ísquio e o púbis. Outras regiões: fossa ilíaca, apresenta uma face grande, lisa e côncava. Crista ilíaca: região superior do osso, dividida em lábio externo, interno e linha intermediária. Espinha Ilíaca Ântero Superior (EIAS). Espinha Ilíaca Ântero Inferior. O ilíaco se articula com três ossos: sacro, fêmur e o ilíaco oposto. 42 43 OSSOS DA CINTURA PÉLVICA 44 FÊMUR O maior e mais pesado osso do corpo humano. Articula-se com o ilíaco, a patela e a tíbia. Apresenta várias regiões sendo as principais: cabeça do fêmur: estrutura proeminente, lisa e arredondada. Colo anatômico: liga a cabeça do fêmur com o corpo desse osso. Trocânter Maior: eminência grande, localizada na borda superior do fêmur. Trocânter menor: localizada posteriormente na base do colo. Seu tamanho é variável e sua forma é cônica. Linha Intertrocantérica: crista proeminente localizada na face posterior. Face Patelar: articula-se com a patela. Côndilo Medial: articula-se com a tíbia medialmente. Côndilo Lateral: articula-se com a tíbia lateralmente. Fossa Intercondilar: localizada entre os côndilos. Linha Áspera: localizado na face posterior do fêmur. 45 PATELA Apresenta articulação com o fêmur. TÍBIA Localizada na região ântero-medial da perna, articulando-se com o fêmur (coxa), a fíbula e o tálus (pé).EPÍFISE PROXIMAL: Côndilo Lateral: região de articulação com o côndilo lateral do fêmur. Côndilo Medial: região de articulação como o côndilo medial do fêmur. Eminência Intercondilar: localizada entre os dois côndilos. Tuberosidade da Tíbia: grande elevação onde o ligamento patelar se insere. Fóvea Fibular: local de articulação com a fíbula. EPÍFISE LATERAL 46 Maléolo Medial - processo piramidal. Fossa para o Tálus: local de articulação com o tálus. Incisura Fibular: local de articulação com a tíbia. 47 FÍBULA Anteriormente nomeada de perônio, situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para descarga de peso. Articula-se com dois ossos, tíbia e tálus. Articula-se com a tíbia proximalmente e distalmente e o tálus distalmente. Unindo-se a tíbia por uma membrana fibrosa chamada de membrana interóssea, ligando e dando suporte para alguns músculos. A fíbula aloja posteriormente e superiormente a origem do músculo sóleo, juntamente com a tíbia, face medial do músculo tibial posterior, e individualmente na sua face anterior, abriga o músculo extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux e músculo fibular. Em sua porção anterolateral, aloja os músculos fibular longo e fibular curto, e em sua face posterior é encontrado o músculo flexor longo do hálux. Na cabeça da fíbula, é encontrada a inserção de um ligamento do joelho chamado ligamento colateral fibular e inserção do tendão do músculo bíceps femoral. Apesar de estar ligada a articulação do joelho, não participa dos movimentos do mesmo. Em suas extremidades a fíbula articula-se com a tíbia, esse tipo de articulação possui micro movimentos e é denominada sindesmose, são elas: articulação tíbiofibular proximal e tíbiofibular distal. Sindesmose é uma articulação fibrosa ligada por fibras de colágeno que dão total estabilidade nessa região não permitindo movimento. O único movimento que acontece nessas articulações é um movimento de separação e elevação. EPÍFISE PROXIMAL Cabeça da fíbula: forma irregular. Face Articular para a Tíbia: face plana que articula-se com o côndilo lateral da tíbia. ÉPÍFISE DISTAL Maléolo Lateral. Face Articular para o Tálus. DIÁFISE Borda anterior: espessa e áspera Borda interóssea: crista interóssea Borda posterior: inicia no ápice e termina na borda posterior do maléolo lateral. Face medial: estreita e plana. Constitui o intervalo entre as bordas anterior e interóssea. Face lateral: é convexa e localiza-se entre as bordas anterior e posterior. Face posterior: entre as bordas posterior e interóssea. 48 49 OSSOS DO PÉ O pé humano é constituído por 26 ossos assim distribuídos: sete ossos do tarso (tálus, calcâneo, cuboide e os três cuneiformes), cinco ossos do metatarso, 14 falanges (três para cada um dos dedos, exceto para o hálux, que tem apenas duas). 50 51 ACIDENTES ÓSSEOS São alterações que ocorrem na superfície dos ossos e são comuns a todos os ossos do corpo humano. Existem diversos tipos de acidentes ósseos, e por isso eles são classificados em: EMINÊNCIAS: são elevações que o osso pode apresentar. Localizados em articulações, inserções musculares ou ligamentares. EMINÊNCIAS ARTICULARES: cabeça, côndilo e tróclea. CABEÇA: extremidade óssea proeminente e arredondada, que forma juntura. Ossos que apresentam cabeça: úmero, rádio, ulna, fêmur e fíbula. CÔNDILO: saliência óssea grande e arredondada que forma juntura. Exemplos: úmero, fêmur, tíbia (Côndilo Medial e Côndilo Lateral). EMINÊNCIAS NÃO ARTICULARES: processos, tubérculos, tuberosidades, trocânteres, espinha, eminência, lâminas e cristas. PROCESSO: qualquer saliência óssea não acentuada. Exemplo: processo estiloide (Ulna). TUBÉRCULO: processo arredondado. Exemplo: tubérculo maior do úmero. TROCÂNTER: processo maciço que é encontrado apenas no fêmur. Exemplo: trocânter maior e menor do fêmur. DEPRESSÕES: são escavações que o osso pode apresentar, fazendo parte de uma articulação. Servem para inserções musculares ou ligamentares, para permitir a passagem de nervos e vasos. DEPRESSÕES ARTICULARES: cavidade glenoide, fóvea e acetábulo. DEPRESSÕES NÃO ARTICULARES: canais, fossas e sulcos. CANAL: passagem tubular. FOSSA: depressão rasa. Exemplo: fossa intertrocantérica e supracondilar. SULCO: goteira que acomoda um nervo ou tendão. Exemplo: sulco intertubercular do úmero. FORÂMENS: furos/buracos nos ossos por onde passam estruturas anatômicas. 52 SISTEMA ARTICULAR É formado por estruturas que tem como função unir os ossos do esqueleto permitindo a movimentação entre alguns deles. A articulação significa o conjunto de estruturas que unem os ossos do esqueleto e os ligamentos são estruturas que formam uma articulação. As articulações podem ser classificadas como: Sinoviais, Fibrosas e Cartilagíneas. ARTICULAÇÃO SINOVIAL As articulações sinoviais apresentam grande movimentação e são chamadas de diartroses. As diartroses são articulações com grande mobilidade, unindo ossos longos. Nessas articulações encontra-se presente o líquido sinovial, que é uma via transportadora de substâncias entre a cartilagem articular e o sangue dos capilares da membrana sinovial. As diartroses podem ser classificadas de acordo com o encaixe que ocorre entre as partes que a compõe. São elas: PLANA/GÍNGLIMO/TROCÓIDE/ELIPSÓIDE/SELAR/ESFERÓIDE. As planas realizam movimentos de deslizamento, não apresentando eixo nenhum. Exemplos: ossos do carpo/tarso, articulação sacro-ilíaca. 53 As articulações de gínglimo apresentam movimentos de flexão e extensão e apresentam um eixo na transversal. Exemplos: joelho, cotovelo, tornozelo, interfalângica. As trocoides apresentam superfícies cilíndricas. Exemplo: rádio e ulna. As elipsoides apresentam movimentos de flexão, extensão, adução e abdução e têm dois eixos, um transversal e um sagital. Exemplo: metacarpo-falângica e rádio cárpica (punho). 54 As articulações do tipo selar apresentam movimentos de flexão, extensão, adução e abdução e circundação e tem dois eixos um transversal e em sagital. Exemplo: carpo-metacárpico do 1º dedo (polegar). As esferoides apresentam movimentos de flexão, extensão, adução e abdução, rotações e circundação e três eixos (Transversal, Sagital e Longitudinal). Exemplo: ombro e quadril. 55 Componentes de uma Articulação Sinovial: CÁPSULA ARTICULAR Camada de cartilagem hialina que recobre as superfícies articulares dos ossos, tendo um aspecto liso e esbranquiçado. CARTILAGEM ARTICULAR Camada de cartilagem hialina que recobre as superfícies articulares dos ossos, tendo um aspecto liso e esbranquiçado. MEMBRANA SINOVIAL Membrana interna à cápsula articular que secreta o líquido sinovial. LÍQUIDO SINOVIAL Líquido que nutre e lubrifica toda a articulação. 56 ARTICULAÇÕES FIBROSAS São articulações que permitem movimentos limitados ou não ocorrem movimentos. Os ossos são mantidos juntos por tecido conjuntivo fibroso (ligamento sutural) e são chamadas de sinartroses. São divididas em: SINDESMOSE: tecido que une os ossos é o conjuntivo denso. Exemplos: extremidades distais da tíbia e fíbula. SINOSTOSE: articulação imóvel. Ossos são unidos por tecido ósseo. Exemplo: suturas do crânio. 57 GONFOSE Articulação imóvel, com tecido fibroso. Exemplo:articulação dento-alveolar. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS Podem apresentar pequenos movimentos (anfiartrose) e são unidas por cartilagem. Podem ser temporárias. Há dois tipos de articulações cartilaginosas: SINCONDROSE: ossos são unidos por cartilagem hialina. Exemplo: cartilagem hialina une as costelas ao esterno (Cartilagens Costais). SÍNFISE: cobertas por uma fina camada de cartilagem hialina. 58 59 SISTEMA MUSCULAR Músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total. São propriedades dos músculos, a elasticidade/distensão, a contratilidade/contração e a tonicidade/tônus. FUNÇÕES DOS MÚSCULOS Produção dos movimentos corporais: movimentos globais do corpo, como andar e correr. Estabilização das posições corporais: a contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. Regulação do volume dos órgãos. A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. Movimento de substâncias dentro do corpo. As contrações dos músculos lisos das paredes dos vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. Produção de calor. Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. 60 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS Agonistas: são os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Exemplo: pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos. Antagonistas: músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Exemplo: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos. Sinergistas: são aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Exemplo: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro. Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal. TIPOS DE MÚSCULOS Músculos Estriados Esqueléticos: contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico. Músculos Lisos: localizados nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo. Músculo Estriado Cardíaco: representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE. 61 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, rico em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil. A. VENTRE MUSCULAR. B. TENDÃO. C. TENDÃO. 62 PRINCIPAIS MÚSCULOS DA FACE 1. Aponeurose Epicrânica. 2. Epicrânio. 3. Orbicular do olho. 4. Masseter. 5. Depressor (Abaixador) do ângulo da boca. 6. Zigomático maior. 7. Zigomático menor. 8. Risório. 9. Nasal. 10. Orbicular da boca. 11. Mentual. 12. Levantador do ângulo da boca. 13. Corrugador do supercílio. 14. Temporal. 15. Bucinador. 16. Prócero. 17. Abaixador do ângulo da boca. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 63 PESCOÇO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO: Região Lateral do Pescoço. Inserção Superior: processo mastoide e linha nucal superior. Inserção Inferior: face anterior do manúbrio do esterno junto à face superior e borda anterior do 1/3 medial da clavícula. Inervação: C2, C3 e parte espinhal do nervo acessório (11º par craniano). Ação: fixo Superiormente: ação inspiratória. Fixo Inferiormente: contração unilateral: flexão, inclinação homolateral e rotação com a face virada para o lado oposto. Contração Bilateral: flexão da cabeça. ESCALENO ANTERIOR: Região Lateral do Pescoço. Inserção Superior: tubérculos anteriores dos processos transversos da 3ª à 6ª vértebras cervicais. Inserção Inferior: face superior da 1º costela (tubérculo do escaleno anterior). Inervação: ramos dos nervos cervicais inferiores. Ação: elevação da primeira costela e inclinação homolateral do pescoço – Ação inspiratória. ESCALENO MÉDIO: Região Lateral do Pescoço Inserção Superior: tubérculos anteriores dos processos transversos da 2ª à 7ª vértebras cervicais. Inserção Inferior: face superior da 1ª costela. Inervação: ramos dos nervos cervicais inferiores. Ação: elevação da primeira costela e inclinação homolateral do pescoço – Ação inspiratória. ESCALENO POSTERIOR: Região Lateral do Pescoço. 64 Inserção Superior: tubérculos posteriores dos processos transversos da 5ª à 7ª vértebras cervicais. Inserção Inferior: borda superior da 2ª costela. Inervação: ramos anteriores dos três últimos nervos cervicais. Ação: elevação da segunda costela e inclinação homolateral do pescoço – Ação inspiratória. PLATISMA O músculo platisma ou músculo subcutâneo do pescoço é um músculo localizado no pescoço. Representa um músculo superficial, ocupando grande parte anterior do pescoço. Sua área total pode variar para cada pessoa, saindo próximo ao músculo bucinador e estendendo-se, para cima e em direção à linha medial, da clavícula até à porção inferior da mandíbula. É inervado pelo nervo facial. O músculo platisma é dérmico, ou seja, fixados ao esqueleto por uma única extremidade e a outra na derme. Origem: esterno (manúbrio) e na clavícula (terço médio), ou seja, sendo por duas porções, uma esternal e a outra clavicular. Inserção: processo mastoideo. Ação: elevar e tracionar a pele do pescoço e do ombro, auxiliando no abaixar a mandíbula, abaixar o lábio inferior e o ângulo da boca. Além disso, possui a capacidade de ajudar na expressa facial ou mímica, do horror e surpresa na face. 65 TÓRAX PEITORAL MAIOR: Tórax - Região Anterolateral. Inserção Medial: 1/2 medial da borda anterior da clavícula, face anterior do esterno, face externa da 1ª a 6ªcartilagem costais e aponeurose do oblíquo externo do abdome. Inserção Lateral: crista do tubérculo maior. Inervação: nervo do peitoral lateral e nervo do peitoral. Medial (C5-T1). Ação: adução, rotação medial, flexão e flexão horizontal do ombro. PEITORAL MENOR: Tórax - Região Anterolateral. Inserção Superior: processo coracoide. Inserção Inferior: face externa da 3ª, 4ª e 5ª costelas. Inervação: nervo do peitoral medial (C8-T1). Ação: * Fixo no Tórax: depressão do ombro e rotação inferior da escápula; * Fixo na Escápula: eleva as costelas (ação inspiratória). Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em “X”. As fibras dos intercostais externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior. Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de superior para inferior e de anterior para posterior. SERRÁTIL O músculo serrátil anterior é o músculo que se origina na superfície das oito costelas superiores ao lado do peito e se insere ao longo de toda borda medial da escápula. Está localizado nas paredes laterais do tórax, estendendo se das costelas à escápula. O músculo serrátil apesenta um contorno denteado, muito semelhante à borda da lâmina de uma serra. Quando se contrai, os ombros são abaixados e os braços se movem para frente, como quando se empurra um carro. 66 O serrátil anterior é ocasionalmente chamado de "músculo dos boxeadores" porque ele possui grande importância na prostração da escápula, ou seja, empurrar a escápula para frente e por volta da caixa torácica, o que ocorre quando alguém dá um soco. O serrátil anterior também ajuda a estabilizar a escápula. Além disso, é motor primário na rotação superior da escápula, realizando assim abdução do ombro após 120 graus. Sua disfunção é caracterizada pela ausência de prostração escapular no lado acometido, insuficiência para a realização do termino da abdução de ombro e pela condição médica conhecida como escápula alada. Origem: face externa das primeiras nove costelas. Inserção: em todo comprimento da face ventral da margem medial da escápula. Ação: estabiliza, abduz e roda a escápula para cima. INTERCOSTAIS EXTERNOS Tórax - Região Costal. Inserção Superior: borda inferior da costela suprajacente (superior). Inserção Inferior: borda superior da costela infra jacente (inferior). Inervação: nervos intercostais correspondentes. Ação: elevação das costelas (ação inspiratória). INTERCOSTAIS INTERNOS Tórax - Região Costal. 67 Inserção Superior: borda inferior da costela suprajacente (superior). Inserção Inferior: borda superior da costela infra jacente (inferior). Inervação: nervos intercostais correspondentes. Ação: depressão das costelas (ação expiratória). 68 ABDÔMEN RETO ANTERIOR DO ABDÔMEN Abdômen - Região Anterolateral. Inserção Superior: face externa e inferior da 5ª à 7ª cartilagens costais e processo xifoide. Inserção Inferior: corpo do púbis e sínfise púbica. Inervação: cinco últimos nervos intercostais. Ação: aumento da pressão intra-abdominal (expiração, vômito, defecação, micção e no parto). * Fixo no Tórax: retroversão da pelve. * Fixo na Pelve: flexão do tronco (+ ou - 30°). OBLÍQUO EXTERNO DO ABDÔMEN Abdômen - Região Anterolateral. Inserção Superior: face externa das sete últimas costelas. Inserção Inferior: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba. Inervação: 4 últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal. Ação: * Contração Unilateral: rotação com tórax girando para o lado oposto. * Contração Bilateral: flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal. Abdômen - Região Anterolateral. Inserção Superior: face externa das sete últimas costelas. Inserção Inferior: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba. Inervação: quatro últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal. Ação: * Contração Unilateral: rotação com tórax girando para o lado oposto. * Contração Bilateral: flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal OBLÍQUO INTERNO DO ABDÔMEN Abdômen - Região Anterolateral. Inserção Superior: três últimas cartilagens costais, crista do púbis e linha alba. Inserção Inferior: crista ilíaca, EIAS e ligamento inguinal. Inervação: quatro últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal; Ação: idem ao oblíquo externo, porém realiza rotação do tórax para o mesmo lado. TRANSVERSO DO ABDÔMEN Abdômen - Região Anterolateral. Inserção Posterior: face interna das últimas 6 cartilagens costais, fáscia toracolombar, crista ilíaca e ligamento inguinal. Inserção Anterior: linha alba e crista do púbis. Inervação: cinco últimos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal. Ação: aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da coluna lombar. 69 DIAFRAGMA O diafragma é um músculo estriado esquelético extenso que separa a cavidade torácica da abdominal. Ele é muito importante no processo de respiração dos seres humanos, sendo encontrado em todos os mamíferos. Tórax/Região Superior. Origem: face interna das seis últimas costelas, face interna do processo xifoide e corpos vertebrais das vértebras lombares superiores. Inserção: no tendão central (aponeurose). Inervação: nervo frênico (C3-C5) e seis últimos nervos intercostais (propriocepção). Ação: inspiratório, pois diminui a pressão interna da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da coluna vertebral e expulsões (defecação, vômito, micção e parto). 70 71 FÁSCIA TORACOLOMBAR A fáscia toracolombar consiste de três camadas de fáscias e aponeurose de vários músculos, o grande dorsal, serrátil posterior inferior, oblíquos internos e abdominais transversos. A camada posterior da fáscia insere-se nos processos espinhosos e cobre os músculos da coluna. A camada média é posterior ao quadrado lombar e insere-se nas pontas dos processos transversos e ligamentos intertransversos, que junto com a camada posterior envolve os músculos eretores da espinha. A camada anterior é uma lâmina final anterior ao quadrado lombar e insere-se na face anterior dos processos transversos e ligamentos intertransversos. A fáscia toracolombar reforça todo sistema ligamentar posterior através da orientação de suas fibras e inserções na coluna lombar e região pélvica. A tensão passiva na camada posterior da fáscia ocorre com a inclinação para frente da coluna lombar sobre a pelve ou com a inclinação posterior da pelve. A tensão suporta a vértebra lombar inferior através da estabilização contra os movimentos de flexão. Sua função principal é de prover estabilidade e suporte à coluna lombar, à medida que funciona na dinâmica do tronco em conjunção com suas inserções musculares. 72 DORSO TRAPÉZIO Região Posterior do Tórax. Inserção Medial: linha nucal superior, ligamento nucal e processos espinhosos da C7 a T12. Inserção Lateral: borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula; Inervação: nervo acessório (XI par craniano) e nervo do trapézio (C3-C4). Ação: * Fixo na Coluna: elevação do ombro, adução das escápulas, rotação superior das escápulas e depressão de ombro. * Fixo na Escápula: contração unilateral: inclinação homolateral e rotação contralateral da cabeça. Contração Bilateral: extensão da cabeça. LATÍSSIMO DO DORSO Região Posterior do Tórax. Inserção Medial: processos espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas e todas as lombares, cristado sacro, 1/3 posterior da crista ilíaca e face externa da 4 últimas costelas. Inserção Lateral: sulco Inter tubercular. Inervação: nervo toracodorsal (C6-C8). Ação: adução, extensão e rotação medial do braço. Depressão do ombro. 73 ROMBOIDE Esse nome vem do grego (rombos, em forma de paralelogramo). O músculo romboide encontra- se situado sobre o trapézio. É um músculo das costas. Romboide Maior. Origem: processos transversos da 2 à 5 vértebras torácicas. Inserção: borda medial da escápula (raiz até o ângulo inferior). Ação: retração e elevação da escápula. Romboide Menor. Origem: parte inferior do ligamento nucal e nos processos espinhosos, entre a 7 cervical e a 1 torácica. Inserção: margem medial da escápula, na base da espinha. Ação: rotação interna, auxílio da elevação da escápula e adução da escápula. 74 LEVANTADOR DA ESCÁPULA É um músculo que situa-se no dorso e uma parte no pescoço. Origem: processos transversos das 4 vértebras cervicais superiores. Inserção: margem medial da escápula, entre o ângulo superior e a espinha. Ação: levanta a escápula e curva o pescoço lateralmente quando a escápula está fixada. MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES DELTÓIDE Ombro Inserção Proximal: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula. Inserção Distal: tuberosidade deltoidea – úmero. Inervação: nervo axilar (C5 e C6). Ação: abdução do braço, auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial, flexão e extensão horizontal do braço. Estabilização da articulação do ombro. 75 SUPRA-ESPINAL Ombro Inserção Medial: fossa supra espinal – escápula. Inserção Lateral: faceta superior do tubérculo maior do úmero. Inervação: nervo supra escapular (C5 e C6). Ação: abdução do braço. INFRA-ESPINAL Ombro Inserção Medial: fossa infra espinal da escápula. Inserção Lateral: faceta média do tubérculo maior do úmero. Inervação: nervo supra escapular (C5 e C6). Ação: rotação lateral do braço. 76 REDONDO MENOR Ombro Inserção Medial: 2/3 superior da borda lateral da escápula. Inserção Lateral: faceta inferior do tubérculo maior do úmero. Inervação: nervo axilar (C5 e C6). Ação: rotação lateral e adução do braço. REDONDO MAIOR Ombro Inserção Medial: 1/3 inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula. Inserção Lateral: crista do tubérculo menor do úmero. Inervação: nervo subescapular inferior – fascículo posterior do plexo braquial (C5 e C6). Ação: rotação medial, adução e extensão da articulação do ombro. 77 SUBSCÁPULAR Ombro Inserção Medial: fossa subescapular. Inserção Lateral: tubérculo menor. Inervação: nervo subescapular superior e inferior - fascículo posterior (C5 e C6). Ação: rotação medial e adução do braço. MANGUITO ROTADOR A função principal deste grupo muscular e de tendões é manter a cabeça do úmero contra a cavidade glenoidea, reforçar a cápsula articular e resistir ativamente a deslocamentos indesejáveis da cabeça do úmero em direção anterior, posterior e superior, estabilizando o ombro. Fazem parte do manguito rotador os seguintes músculos: supre espinhoso, infra espinhoso, subescapular e redondo menor. 78 BÍCEPS BRAQUIAL Braço - Região Anterior. Inserção Proximal: porção longa: Tubérculo supra glenoidal. Porção Curta: processo coracoide. Inserção Distal: tuberosidade radial. Inervação: nervo musculo cutâneo (C5 e C6). Ação: flexão de cotovelo/ombro e supinação do antebraço. TRÍCEPS BRAQUIAL Braço - Região Posterior. Inserção Proximal: Porção Longa: Tubérculo infra glenoidal. Porção Medial: ½ distal da face posterior do úmero (abaixo do sulco radial). MANGUITO ROTADOR 79 Porção Lateral: ½ proximal da face posterior do úmero (acima do sulco radial). Inserção Distal: olécrano. Inervação: nervo radial (C7 - C8). Ação: extensão do cotovelo. MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES GLÚTEO MÁXIMO Quadril (Região Glútea) Inserção Medial: linha glútea posterior do íleo, sacro, cóccix e ligamento sacro tuberoso. Inserção Lateral: trato íleo tibial da fáscia lata e tuberosidade glútea do fêmur. Inervação: nervo glúteo inferior (L5 - S2). Ação: extensão e rotação lateral do quadril. GLÚTEO MÉDIO Quadril (Região Glútea) Inserção Superior: face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea posterior e anterior. Inserção Inferior: trocânter maior. Inervação: nervo glúteo superior (L4 - S1). Ação: abdução e rotação medial da coxa. GLÚTEO MÍNIMO Quadril (Região Glútea) Inserção Superior: Asa ilíaca (entre linha glútea anterior e inferior). Inserção Inferior: trocânter maior. Inervação: nervo glúteo superior (L4 - S1). Ação: abdução e rotação medial da coxa. As fibras anteriores realizam flexão do quadril. 80 81 PIRIFORME O músculo piriforme é um músculo da região glútea. Esse músculo, é uma importante referência na região glútea, pois determina o nome de artérias e nervos da região. Os vasos e nervos glúteos superiores margeiam a borda superior do piriforme. Inserção Medial: superfície pélvica do sacro e margem da incisura isquiática maior. Inserção Lateral: trocânter maior do fêmur. Ação: articulação do quadril, rotação lateral, extensão e abdução lateral da coxa. 82 MÚSCULOS DA PELVE GÊMEO SUPERIOR Origem: espinha esquiática. Inserção: trocânter maior do fêmur. Ação: roda lateralmente a coxa. 83 GÊMEO INFERIOR Origem: túber isquiático. Inserção: trocânter maior do fêmur. Ação: roda lateralmente a coxa. OBTURADOR Obturador Interno Origem: forame obturado. Inserção: trocânter maior do fêmur. Ação: roda lateralmente a coxa. 84 Obturador Externo Origem: margens ósseas do forame obturado. Inserção: fossa trocantérica do fêmur. Ação: roda lateralmente a coxa. PIRAMIDAL Origem: linha alba. Inserção: corpo do púbis e ligamento púbico anterior. Ação: tencionar a linha alba. 85 PSOAS Psoas (dos lombos) tem a forma fusiforme. É o músculo mais profundo e estabilizador no corpo humano, afetando o equilíbrio estrutural, a amplitude dos movimento, a mobilidade articular e o funcionamento dos órgãos do abdômen. É o único músculo que liga a coluna vertebral às pernas, é responsável por nos manter em pé e o que permite levantar as pernas para andar. O psoas saudável estabiliza a coluna vertebral e proporciona apoio através do tronco, além de formar um bom suporte para os órgãos abdominais. Origem: processos transversos das seis últimas vértebras torácicas. Inserção: trocânter menor do fêmur. Ação: flexiona a coxa e o tronco sobre o fêmur. MULTIFÍDO São músculos que fornecem estabilidade ao tronco, não sendo capazes de influenciar diretamente a coluna. São formados por músculos ligados diretamente às vértebras e responsáveis pela estabilidade e controle segmentar. Origem: face posterior do sacro e do ílio e processos transversos das vértebras lombares, torácicas e cervicais inferiores. Inserção: processos espinhosos das vértebras. Ação: estabilizam a coluna e estendem o tronco. Rodam a coluna vertebral para o lado oposto. 86 87 QUADRÍCEPS São músculos localizados na região anterior da coxa. Coxa - Região Anterolateral. RETO FEMURAL Inserção Proximal: EIA(Espinha Ilíaca Antero Inferior). Inserção Distal: base da patela e tuberosidade tibial. Ação: adução e flexão do quadril e extensão o joelho. VASTO LATERAL Origem: trocânter maior, linha áspera do fêmur, linha intertrocantérica e tuberosidade glútea. Inserção: tuberosidade da tíbia, via patela e ligamento da patela. Ação: extensão da perna e flexão da coxa. 88 VASTO MEDIAL Origem: linha áspera do fêmur e linha intertrocantérica. Inserção: tuberosidade da tíbia, via patela e ligamento da patela. Ação: extensão da perna. VASTO INTERMÉDIO Origem: face anterior da diáfise do fêmur. Inserção: tuberosidade da tíbia, via patela e ligamento da patela. Ação: extensão da perna e flexão da coxa. 89 TENSOR DO VASTO MÉDIO SARTÓRIO Origem: EIAS (Espinha Ilíaca Antero Posterior). Inserção: face proximal medial da tíbia, abaixo da tuberosidade. Ação: flexiona a coxa e a perna. Roda lateralmente a coxa. 90 GRÁCIL O músculo grácil é um músculo do membro inferior. Tem forma delgada, achatada e larga na porção proximal, em seu ventre carnoso e vai afunilando distalmente, até se tornar tendíneo. É o mais interno dos músculos adutores. É extenso, sendo o único músculo do grupo a cruzar a articulação do joelho e a articulação do quadril. Origem: corpo e ramo inferior do púbis. Inserção: parte superior da face medial da tíbia. Encontra-se em um ponto médio na pata de ganso. Inervação: nervo obturatório. Ação: adução e rotação interna do membro inferior, realiza flexão relativa (a partir da extensão) e extensão relativa (a partir da flexão). Auxilia na flexão e rotação medial do joelho. ADUTOR LONGO Coxa - Região Póstero-Medial. Inserção Proximal: superfície anterior do púbis e sínfise púbica. Inserção Distal: linha áspera. Inervação: nervo obturatório (L2 - L4). Ação: adução da coxa. 91 ADUTOR MAGNO Coxa - Região Póstero-Medial Inserção Proximal: tuberosidade isquiática, ramo do púbis e do ísquio. Inserção Distal: linha áspera e tubérculo adutório. Inervação: nervo obturatório (L2 - L4) e nervo isquiático (L4 à S1). Ação: adução da coxa. ISQUIOTIBIAIS Os isquiossurais ou isquiotibiais são um conjunto de três músculos localizados na região posterior da coxa. Recebem este nome por originarem-se no ísquio e terem como inserção distal os ossos da perna (tíbia e fíbula). Tais músculos são o semimembranáceo, semitendíneo e a porção longa do bíceps femoral. Também são conhecidos como "músculos do jarrete, termo originado da antiga prática de pendurar o quadril e coxa de animais através destes tendões, e do termo "jarretar" utilizado para denominar a ação de cortar os tendões dos músculos posteriores da coxa dos cavalos inimigos (ou dos inimigos) impossibilitando-os. Todos têm como ações em comum a extensão do quadril e a flexão do joelho. 92 BÍCEPS FEMURAL Origem: Cabeça Longa: túber esquiático. Cabeça Curta: lábio lateral da linha áspera. Inserção: face lateral da cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia. Ação: flexiona a perna e estende a coxa. SEMITENDINOSO Origem: túber esquiático. Inserção: face medial da epífise proximal da tíbia. Ação: flexiona a perna e estende a coxa. 93 TIBIAL ANTERIOR Perna - Região Anterior Inserção Proximal: côndilo lateral da tíbia e ½ proximal da face lateral da tíbia e membrana interóssea. Inserção Distal: cuneiforme medial e base do 1º metatarsal. Inervação: nervo fibular profundo (L4 - S1). Ação: flexão dorsal e inversão do pé. 94 FIBULAR LONGO Origem: cabeça e 2/3 lateral da fíbula. Inserção: cuneiforme medial e metatarsal I (região plantar). Ação: flexão plantar e eversão do pé. FIBULAR CURTO Origem: 2/3 distais da fíbula. Inserção: face lateral do 5° metatarsal. Ação: flexão plantar e eversão do pé. 95 GASTROCNÊMIO MEDIAL Perna - Região Posterior. Inserção Proximal: côndilo medial do fêmur. Inserção Distal: calcâneo. Inervação: nervo tibial (S1 - S2). Ação: flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo. 96 GASTROCNÊMIO LATERAL Perna - Região Posterior. Inserção Proximal: côndilo lateral do fêmur. Inserção Distal: calcâneo. Inervação: nervo tibial (S1 - S2). Ação: flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo. SÓLEO Perna - Região Posterior. Inserção Proximal: 1/3 intermédio da face medial da tíbia e cabeça da fíbula. Inserção Distal: calcâneo (tendão dos gastrocnêmicos). Inervação: nervo tibial (L5 - S1). Ação: flexão plantar do tornozelo. 97 SISTEMA RESPIRATÓRIO Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traqueia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebeu nome de conjunto de vias aeríferas. FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico. NARIZ O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal. As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. Os pelos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato. A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, umedecido e aquecido. 98 FARINGE A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento, estando dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faríngeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através do ósteo faríngico da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da faringe com a cavidade média
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