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Curso prático consertos de forno microondas

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CURSO CONSERTOS DE MICROONDAS 
 
O Forno microondas é um aparelho que aquece o alimento através de uma radiação 
eletromagnética de 2.450 MHz. Esta radiação aumenta a vibração das moléculas de 
água (H2O) dos alimentos e desta forma eles aquecem de dentro para fora. Abaixo 
vemos um modelo de forno microondas moderno; 
 
 
 
O principal componente de um forno microondas é uma válvula especial chamada 
"magnetron". O magnetron produz a radiação de microondas em 2.450 MHz a uma 
potência de 900 W usada para aquecer os alimentos. Abaixo temos o esquema em 
blocos de um forno microondas: 
 
 
O circuito de controle é uma placa de circuito impresso localizada atrás do painel. Nesta 
placa há um CI microcontrolador. O CI micro recebe as informações do teclado e 
controla através de relês o funcionamento da fonte de alta tensão. Esta fonte é 
encarregada de fornecer os 4.000 V necessários para o funcionamento do magnetron. A 
seguir vamos estudar os varios circuitos de um forno microondas: 
 
 
 
www.edtecsoft.com 01 edtecsoft@uol.com.br 
 
MAGNETRON 
 Conforme já visto, o magnetron é uma válvula especial usada para gerar as 
microondas que aquecerão os alimentos. Abaixo vemos o aspecto físico e a construção 
deste componente: 
 
 
 
Aplicando uma tensão de 3 V no filamento, este aquece o catodo (que está ligado no 
próprio filamento). O catodo aquecido libera os elétrons que são atraídos com força pela 
placa através de uma alta tensão (0 V na placa e - 4.000 V no filamento-catodo). O 
campo magnético dos dois imãs colocados em volta do magnetron faz os elétrons 
girarem em alta velocidade em volta das pequenas cavidades da placa. Cada cavidade 
funciona como uma bobina e um capacitor em paralelo ressonantes em 2.450 MHz. 
Desta forma com o movimento dos elétrons as ondas são induzidas nestas cavidades, 
se somam e saem pela antena com grande intensidade (cerca de 900 W). 
OBS. IMPORTANTE - O magnetron nunca deve ser ligado sem estar parafusado no 
seu local correto, pois as ondas emitidas por ele são perigosas ao corpo humano, 
podendo causar queimaduras ou até câncer. Basta lembrar que nosso corpo é 
formado basicamente de água (75%). 
 
COMO TESTAR O MAGNETRON A FRIO 
 
Podemos fazer dois tipos de teste com o magnetron desligado: a continuidade do 
filamento e o curto entre o filamento e a carcaça (defeito mais comum neste tipo de 
componente). A seguir vemos Como se faz cada um dos testes na escala de X1 e 
X10K do multitester: 
 
 
www.edtecsoft.com 02 edtecsoft@uol.com.br 
 
 
 
Meça os dois terminais do filamento. O ponteiro deve ir até o zero. Se o ponteiro não 
mexer, o filamento está aberto (defeito raro). Abra a Tampa traseira do magnetron e 
verifique se o fio do filamento não escapou do terminal. Se isto ocorreu, basta ressoldá-
lo. Agora coloque uma ponta no filamento e a outra na carcaça. O ponteiro não deve 
mexer. Se o ponteiro mexer, o magnetron está em curto e deve ser trocado. 
FONTE DE ALTA TENSÃO (A.T.) 
 A função deste circuito é fornecer a tensão de 4.000 V para o magnetron emitir as 
ondas. É formado por um transformador grande ("trafão") que aumenta a tensão da rede 
de 110 para 2.000 V, um diodo retificador de alta tensão e um capacitor de filtro com 
isolação de mais de 2.000 V. Estes dois componentes transformam a alta tensão em 
contínua e dobram para 4.000 V. Abaixo vemos o esquema do circuito de alta tensão 
dos fornos microondas: 
 
O transformador tem um primário para 110 ou 220 V (dependendo do modelo de forno) e 
dois secundários, um de 2.000 V e outro de 3 V. O capacitor de filtro tem um resistor 
embutido para descarregá-lo assim que o forno é desligado. 
Funcionamento da fonte de A.T. - Quando o terminal de cima do secundário fica 
positivo, o diodo conduz e carrega o capacitor com - 2.000 V. Quando o terminal de cima 
fica negativo, o diodo não conduz e a carga do capacitor (- 2.000 V) se soma com a 
tensão do secundário (- 2.000 V), resultando numa tensão contínua de - 4.000 V 
aplicada no filamento-catodo do magnetron. A seguir falaremos sobre os �omponents 
deste circuito e a forma de testá-los: 
 
 
www.edtecsoft.com 03 edtecsoft@uol.com.br 
OBS. IMPORTANTE - Nunca coloque a mão em nenhum dos componentes do 
circuito de A.T. antes de desligar o forno da tomada. Um choque neste circuito é 
muito perigoso e às vezes fatal, porque além da tensão ser alta, a corrente também 
é. 
TRANSFORMADOR DE A.T. 
É o maior transformador do forno, também chamado de "trafão", tem como função 
alimentar o magnetron. Abaixo vemos o aspecto físico e o símbolo deste componente: 
 
 
Como vemos, ele possui um primário para 110 ou 220 V conforme o modelo do forno e 
dois secundários: um de 3 V (os dois fios mais compridos) para acender o filamento e 
outro de 2.000 V (terminal atrás do trafo e a carcaça do mesmo) para a fonte de A.T. 
poder obter os 4.000 V para a correta polarização do magnetron. 
Obs: O trafo de A.T. de todos os modelos de microondas é igual no funcionamento. O 
que pode mudar é a furação ou a posição do componente dentro do forno. 
TESTE A FRIO DO TRAFO DE A.T. DO FORNO MICROONDAS 
Abaixo podemos ver como deve ser feito o teste deste componente na escala de X1: 
 
 
 
 
www.edtecsoft.com 04 edtecsoft@uol.com.br 
Tanto no primário quanto no secundário de 3 V, o ponteiro deve ir até o zero. No 
secundário de A.T., o ponteiro deve parar entre 80 e 100 R. Medindo em X10K entre 
qualquer terminal do primário e a carcaça o ponteiro não deve mexer. Se mexer, o 
primário está em curto com a carcaça e a peça está inutilizada. 
 
DIODO DE A.T. 
 Este diodo especial possui o corpo maior que o de um diodo comum, sendo próprio 
para funcionar com tensões altas. Abaixo vemos dois modelos de diodos de A.T. para 
microondas, sendo um retangular e outro cilíndrico: 
 
 
 
 
TESTE A FRIO DO DIODO DE A.T. 
 
Coloque o multitester em X10K, e teste o diodo nos dois sentidos. O ponteiro só deve 
deflexionar num dos sentidos. Se deflexionar nos dois sentidos, o diodo está em curto. 
Se o ponteiro não mexer em nenhum sentido, o diodo está aberto. Veja abaixo: 
 
 
 
Obs: O diodo de A.T. só deve ser testado em X10K. As demais escalas não atingem a 
tensão de condução deste diodo. Portanto se ele estiver bom, o ponteiro não irá mexer 
em nenhuma outra escala. Apenas em X10K, devido a esta usar uma bateria interna. 
 
 
www.edtecsoft.com 05 edtecsoft@uol.com.br 
CAPACITOR DE A.T. 
 
É um grande capacitor a óleo que funciona como filtro dobrador de A.T. Apesar da sua 
capacitância não ser muito alta (fica entre 0,8 e 0,97 µF), sua tensão de isolação é bem 
alta, ficando entre 2.000 e 2.200 V. Abaixo vemos o aspecto físico do componente: 
 
 
 
Os capacitores de A.T. possuem um resistor interno para descarregá-lo quando o forno 
for desligado. Alguns capacitores mais antigos possuem o diodo de A.T. dentro de sua 
blindagem. 
 
TESTE DO CAPACITOR DE A.T. 
 
Coloque o multitester na escala de X10K e meça o capacitor nos dois sentidos. O 
ponteiro deve deflexionar e voltar para a posição de alta resistência. Se o ponteiro 
deflexionar e não voltar, ele está em curto e se o ponteiro não mexer, ele está aberto. 
Veja abaixo: 
 
 
 
Conforme visto no desenho, também pode-se fazer o teste do isolamento do capacitor 
dos terminais para a carcaça. 
 
 
www.edtecsoft.com 06 edtecsoft@uol.com.br 
COMO CONSERTAR O CIRCUITO DE A.T. DE UM FORNO MICROONDAS 
 
Abaixo temos uma sequência para realizar a manutenção no circuito de alta tensão 
dos microondas. Aseguir eles estão listados pelos defeitos apresentados: 
 
1. O FORNO ACEITA TODOS OS COMANDOS MAS NÃO AQUECE 
 
a. Verifique se chega 110 VAC no primário do trafo de A.T. quando apertamos a 
tecla "liga" ou "start" do painel; 
b. Não chega tensão no primário do trafão - Neste caso o defeito está numa 
das microchaves ou na placa de controle; 
c. Tem 110 V no trafão - Antes de mais nada desligue o forno da tomada e 
verifique o estado dos conectores do circuito de A.T. Se algum deles estiver 
enferrujado, lime-o e aplique uma camada de solda; 
d. Os conectores do circuito de A.T. estão bons - Teste a frio: o magnetron, o 
diodo, o capacitor e o trafo de A.T. conforme já explicado. Além do teste 
individual, também é possível testar o diodo o capacitor e o magnetron de 
uma única vez, conforme observado abaixo: 
 
 
Na escala de X10K, coloque uma ponta num terminal do filamento e a outra na 
carcaça do magnetron, sem retirar os conectores do mesmo. Depois inverta as 
pontas. Num sentido o ponteiro deve deflexionar e ficar em torno de 5 R. No outro 
sentido o ponteiro vai e volta. Se isto acontecer os três componentes citados 
estão bons. Se o ponteiro for até o zero nos dois sentidos, um dos componentes 
(magnetron, diodo ou capacitor) está em curto. Devemos então testá-los 
separadamente. 
 
 
 
www.edtecsoft.com 07 edtecsoft@uol.com.br 
 
e. Os componentes do circuito de A.T. aparentemente estão bons - Ligue o 
forno e faça o teste de A.T. no magnetron com muito cuidado e da seguinte 
forma (veja abaixo): 
 
 
 
 
Pegue uma chave de fenda com o cabo bem isolado. Segure-a sempre pelo cabo. 
Encoste-a na carcaça do forno e aproxime-a de um dos terminais do magnetron. 
Se aparecer uma faísca azulada (tipo daquelas de solda elétrica de portão), o 
circuito de A.T. está funcionando e o forno não esquenta devido ao magnetron em 
mau estado (esgotado, com o imã quebrado, etc). Neste caso devemos trocar o 
magnetron. Este componente tem a numeração começando com 2M. Assim temos 
o magnetron 2M167, 2M218, 2M240, 2M246, etc. A diferença entre eles está apenas 
na distância entre os furos. O magnetron de um forno serve em todos. Apenas 
deve ter a mesma distância dos furos que o original do forno. Se não aparecer a 
faísca de A.T., o defeito está no diodo, capacitor ou trafo de A.T. 
 
 
2. FORNO AQUECE POUCO E DEMORA PARA COZINHAR; 
 
a. Verifique se ao ligar o forno a tensão da rede fica abaixo de 110 V; 
 
b. A tensão da rede fica abaixo de 110 V - Defeito na instalação elétrica 
(tomada em mau estado, fiação muito fina para ligar o microondas, etc); 
 
c. A tensão da rede fica normal - Se o forno for um pouco antigo pode ser que 
o magnetron já tenha enfraquecido (já que ele é uma válvula). Se o forno for 
moderno, limpe bem o interior da cavidade, principalmente a tampa guia de 
ondas e substitua o capacitor de A.T. por outro de maior valor. 
 
 
 
www.edtecsoft.com 08 edtecsoft@uol.com.br 
 
3. FORNO SOLTA FAÍSCAS NA PARTE DE CIMA DA CAVIDADE 
 
 
a. Verifique se a cavidade não tem algumas partes enferrujadas - Se tiver, 
lixe, coloque uma fina camada de massa plástica, deixe secar por um dia e 
aplique a tinta especial para microondas; 
 
b. Verifique o estado da tampa guia de ondas (esta pode ser de mica ou 
plástico) localizada na parte de cima ou numa das laterais da cavidade - Se 
ela estiver queimada, antes da troca , faça uma boa limpeza com thinner na 
região desta tampa e verifique se a antena do magnetron não queimou. Se 
isto ocorreu, o magnetron também precisará ser trocado. Abaixo vemos o 
aspecto e a posição da tampa guia dos fornos SHARP, a tampa guia e o 
magnetron queimados e a tinta para microondas; 
 
 
 
 
 
4. FORNO ÀS VEZES AQUECE, ÀS VEZES NÃO 
 
 
a. Verifique todos os conectores do circuito de A.T. - Reaperte-os e aplique 
solda se necessário; 
 
b. Veja se o ventilador pára de girar quando ocorre o defeito - Se isto ocorre, o 
defeito é numa das microchaves da porta; 
 
c. Por último troque o magnetron e o capacitor de A.T. 
 
 
 
 
 
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MOTORES E LÂMPADA 
 
O forno microondas possui dois motores: um deles tem uma hélice para refrigerar 
o magnetron e retirar a umidade de dentro da cavidade. Este recebe o nome de 
motor do ventilador. O outro fica embaixo da cavidade para girar o prato 
lentamente (2 a 3 rotações por minuto) e desta forma distribuir as ondas 
uniformemente sobre os alimentos. Este é o motor do prato. Ambos funcionam 
com 110 V ou 220 VAC dependendo do modelo do forno. A lâmpada fica ao lado da 
cavidade e em alguns modelos de aparelho ela é de rosca. Em outros ela é de 
encaixe. Funciona com 110 ou 220 V e a potência fica entre 15 e 25 W. Abaixo 
vemos estes componentes: 
 
 
TESTE DOS MOTORES E DA LÂMPADA DO FORNO 
 
 1. TESTE A FRIO - Para o motor do ventilador coloque o multitester em X1 e meça a 
resistência dos terminais. O ponteiro deve indicar entre 20 e 80 Ω. Se o ponteiro não 
mexer, o motor está queimado. Para o motor do prato use a escala de X1K. O ponteiro 
deve indicar de 1K a 10K de resistência. Se o ponteiro não mexer, o motor está com 
defeito. Abaixo vemos estes testes: 
 
 
 
www.edtecsoft.com 10 edtecsoft@uol.com.br 
2. TESTE DE FUNCIONAMENTO - Ligue o componente na rede de 110 V. Se ele não 
funcionar, deve ser trocado. Veja abaixo: 
 
 
CIRCUITOS DE PROTEÇÃO DO FORNO 
Estes circuitos desligam o forno em caso de curto-circuito interno ou 
superaquecimento e também impedem o funcionamento do forno com a porta 
aberta. É formado por fusíveis e microchaves acionadas pelos trincos da porta. 
Abaixo vemos um circuito usado na alimentação do trafo de A.T. e da placa de 
controle de um microondas "Sharp". Os componentes do circuitos de proteção 
estão indicados através de setas vermelhas: 
 
 
 
 
www.edtecsoft.com 11 edtecsoft@uol.com.br 
O fusível comum desliga o forno em caso de curto-circuito na fonte de A.T. Os 
fusíveis térmicos (ou de temperatura como está no esquema) desligam o forno em 
caso de aquecimento excessivo e as chaves impedem o forno de funcionar com a 
porta aberta; 
 
FUSÍVEL DE 15 A DO MICROONDAS 
 
Este fusível pode ter o corpo de vidro ou de porcelana e seu limite de corrente é 15 
A nos fornos de 110 V e 10 A nos fornos de 220 V. Fica ligado em série com a 
alimentação do forno. Abaixo vemos alguns aspectos deste componente e a 
maneira de testá-lo na escala de X1: 
 
 
 
 
OBS. IMPORTANTE - Como este fusível trabalha no limite, pode acontecer dele 
queimar mesmo que não haja outro defeito no forno. Neste caso é aconselhável 
trocá-lo por um de 20 A. 
 
FUSÍVEIS TÉRMICOS DO MICROONDAS 
 
São formados internamente por duas lâminas encostadas feitas de materiais 
diferentes. Quando ele ultrapassa o limite de temperatura marcado no seu corpo, 
as lâminas desencostam e o fusível abre. A seguir vemos o aspecto deste tipo de 
componente e a maneira de testá-lo na escala de X1: 
 
 
 
 
 
www.edtecsoft.com 12 edtecsoft@uol.com.br 
 
 
 
Obs. IMPORTANTE - Dificilmente este fusível abre a toa. Geralmente quando isto 
ocorre o ventilador pode estar com defeito e o magnetron superaqueceu, ou um 
dos relês da placa de controle está com defeito ou então o dono do forno deixou 
um alimento por muito tempo cozinhando e o aparelho aqueceu demasiadamente 
ou ainda colocaram algum recipiente de metal dentro do microondas. Só se deve 
colocar recipientes de plástico resistente, de vidro ou de porcelana dentro do 
microondas. Portanto verifique estas possibilidadesantes de trocar o fusível 
térmico. 
MICROCHAVES DE SEGURANÇA DO MICROONDAS 
O forno possui 3 chaves acionadas pelos trincos da porta. Todas têm a mesma 
finalidade: não deixar o forno funcionar com a porta aberta. Abaixo vemos o 
aspecto destas chaves e a posição que elas ficam num modelo de forno da 
"Sharp": 
 
 
 
www.edtecsoft.com 13 edtecsoft@uol.com.br 
Elas são identificadas pela sua posição e sua função no forno da seguinte forma: 
1. Chave primária - Esta é do tipo NO (normalmente aberta), ou seja, liga quando 
apertamos o pino. Fica ligada em série com o primário do trafo de A.T. Portanto 
quando a porta do forno está aberta, ela não permite que o trafo receba 110 V no 
primário e desta forma o magnetron não funciona. 
2. Chave secundária - Esta também é NO e vai ligada na placa de controle. Quando 
a porta do forno está aberta, ela desliga do terra um pino do CI micro da placa e 
desta forma todas as teclas "LIGA" do painel ficam inoperantes. 
3. Chave monitora - Esta é do tipo NC (normalmente fechada), ou seja, desliga 
quando apertamos o pino. Fica ligada em paralelo com o trafo de A.T. Quando a 
porta está aberta, esta chave mantém o primário do trafo em curto e, se por acaso 
a chave primária der um defeito de grudar os contatos, a chave monitora causa a 
queima do fusível de 15 A. Portanto não tem jeito do magnetron funcionar com a 
porta aberta; 
 
POSICIONAMENTO DAS MICROCHAVES NUM MODELO DE MICROONDAS 
 
Abaixo vemos as ligações dos circuitos de proteção e alimentação de um modelo 
de forno da "Sharp" onde as microchaves estão identificadas por setas vermelhas: 
 
 
 
 
Estas chaves também são indicadas pela sua máxima corrente de operação, em 
geral 15 ou 16 A. Devemos tomar o cuidado de não trocar a chave monitora com 
uma das outras duas, já que seu modo de operação é inverso. 
 
 
 
 
www.edtecsoft.com 14 edtecsoft@uol.com.br 
TESTE DAS MICROCHAVES DO FORNO 
 
Abaixo vemos como deve ser feito o teste dos dois tipos de chave em X1. Observe 
como a distância dos terminais da chave monitora é maior que o das outras duas: 
 
 
 
DEFEITOS QUE AS MICROCHAVES PODEM CAUSAR NO FUNCIONAMENTO DO 
FORNO 
 
1. Chave primária - A que dá maior incidência de defeitos. Seus contatos 
costumam oxidar e devido a passagem de grande corrente, estes contatos 
aquecem excessivamente e derretem a chave. Defeito - O forno não esquenta, os 
motores não giram, porém a lâmpada acende e o relógio do painel conta 
normalmente. 
 
2. Chave secundária - Esta não dá tanto defeito quanto a primária, devido a 
corrente reduzida que passa por ela. Defeito - As teclas "LIGA" do painel não 
funcionam. Ao ligar o forno na tomada o ventilador e a lâmpada entram em 
funcionamento imediatamente, porém não aquece. 
 
3. Chave monitora - Esta quando ocasiona defeito é devido ao seu mau 
posicionamento no suporte das chaves. Defeito - Ao apertar uma das teclas 
"LIGA" do painel o fusível de 15 A queima na mesma hora. 
 
Obs: Alguns fornos têm uma 4ª chave para acender a lâmpada da cavidade. Os 
modelos que não têm esta 4ª chave acendem a lâmpada através de um dos relês 
da placa de controle. 
 
 
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CONSERTOS NOS CIRCUITOS DE PROTEÇÃO E ALIMENTAÇÃO DO FORNO 
 
Abaixo colocamos os principais defeitos que podem ocorrer nos circuitos que 
alimentam o primário do trafo de A.T. e também relacionados com as microchaves, 
os motores e a lâmpada: 
1. FORNO NÃO FUNCIONA E O DISPLAY NÃO ACENDE 
a. Verifique se chega 110 V no cabo de força - Se não chegar o cabo está 
interrompido e deve ser trocado; 
b. Teste a frio os fusíveis de 15 A e térmicos; 
c. Fusível de 15 A queimado - Antes de trocá-lo, teste a frio o magnetron, trafo, 
diodo e capacitor de A.T. Se estão bons, reponha o fusível e veja o que 
acontece: 
d. Forno funciona normalmente - Deixe-o funcionando por 15 minutos e após 
desligue e veja se o fusível esquentou muito. Se isto ocorreu, troque o 
porta-fusível. Se o fusível não esquentou, ele queimou devido a deficiência 
de fabricação (era muito vagabundo). Basta trocá-lo por um de 20 A. 
e. Ao apertar a tecla "LIGA"do painel o fusível queima na hora - defeito na 
microchave monitora ou no circuito de A.T. 
f. Desconecte o primário do trafo de A.T. e coloque outro fusível - Se ele 
queimar de novo o defeito é na microchave monitora ou no acionamento da 
mesma (trinco da porta, suportes das chaves). Se o fusível não queimar 
mais, o defeito é no circuito de A.T. 
g. Conecte o primário e desconecte o secundário de A.T. do trafo - Se o fusível 
queimar, o defeito é o trafo de A.T. com espiras em curto. Se o fusível não 
queimar, o defeito é nos outros componentes da A.T. (magnetron, diodo ou 
capacitor) 
h. Fusível térmico aberto - Substitua-o por um fio grosso e ligue o forno. Se o 
ventilador não funciona, o motor dele pode estar com defeito, a hélice pode 
estar patinando ou não chegando 110 V neste componente. Se ao ligar o 
forno na tomada o magnetron já entrar em funcionamento direto, o defeito 
estará localizado na placa de controle (relê, transístor de acionamento, etc). 
Se o fusível termico está aberto devemos fazer todos os testes para 
verificarmos se o magnetron ainda está bom. 
i. O forno não funciona, mas o cabo, a fiação e os fusíveis estão bons - Neste 
caso o defeito é na placa de controle, a qual explicaremos na seção da placa 
de controle: 
 
 
 
 
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2. PAINEL ACENDE MAS FORNO NÃO AQUECE E VENTILADOR NÃO GIRA 
Neste caso o defeito está na chave primária. Verifique se o conector desta chave 
não está oxidado ou queimado. A seguir, troque a chave. 
 
3. O VENTILADOR GIRA DIRETO E AS TECLAS "LIGA" NÃO FUNCIONAM 
 
Este defeito é causado pela chave secundária. Veja o conector dela e troque-a. 
 
4. FORNO FUNCIONA, MAS A LÂMPADA NÃO ACENDE 
 
Teste a lâmpada a frio ou a quente, se bem que quando ela está queimada, no 
visual já se nota. Se a lâmpada está boa, verifique se o soquete não está 
enferrujado. Veja as ligações do soquete e o estado dos conectores ligados na 
lâmpada. 
 
5. VENTILADOR NÃO GIRA E FORNO SUPERAQUECE 
 
Teste o motor do ventilador, veja o estado da hélice e das ligações deste motor. 
 
6. FORNO FUNCIONA, MAS O PRATO NÃO GIRA 
 
Verifique o estado da “estrela” de plástico que fica no eixo do motor (é comum ela 
quebrar e ficar patinando). Teste o motor do prato e verifique as ligações dele. 
 
CIRCUITO DE CONTROLE DO MICROONDAS 
 
Os microondas antigos controlavam o tempo de preparo dos alimentos através de 
uma chave acoplada a um motor de redução. O conjunto chave-motor recebe o 
nome de "timer mecânico". Os fornos atuais possuem um circuito eletrônico 
localizado numa placa de circuito impresso atrás do painel. Abaixo vemos esta 
placa de controle num moderno forno microondas: 
 
 
www.edtecsoft.com 17 edtecsoft@uol.com.br 
 
Nesta placa há um CI chamado microcontrolador. Como seu nome indica ele 
controla todas as funções do microondas como tempo de preparo, 
descongelamento, relógio, etc e acende um display mostrador que pode ser 
fluorescente ou de cristal líquido. Nesta seção falaremos sobre os principais 
componentes e os defeitos da placa de controle: 
FONTE DE ALIMENTAÇÃO DA PLACA DE CONTROLE 
Tem a função de fornecer as tensões contínuas necessárias para a alimentação da 
placa de controle. A fonte é facilmente achada na placa de controle através do 
trafo, 4 diodos e o capacitor de filtro (o maior eletrolítico da placa). Geralmente a 
fonte da placa fornece as seguintes tensões: 12 ou 24 VDC para os relês, 5 V para 
o CI microe 2 ou 3 VAC para acender o filamento do display fluorescente. Se o 
forno usa display de cristal líquido não haverá a tensão de filamento. Abaixo 
vemos o esquema de uma fonte usada num modelo de forno da "Sharp": 
 
 
www.edtecsoft.com 18 edtecsoft@uol.com.br 
TRANSFORMADOR DA PLACA DE CONTROLE 
 
Também chamado de "trafinho", este pequeno transformador recebe 110 ou 220 V 
da rede e fornece duas tensões no secundário: uma de 12 ou 24 V e outra de 3 V 
para o filamento do display fluorescente. Abaixo podemos observar o aspecto 
físico e o símbolo deste componente: 
 
 
 
Para testar este trafo a frio, use a escala de X1, meça os pinos do primário, o 
ponteiro deve indicar entre 100 e 500 Ω, os pinos do secundário de 24 V, o 
ponteiro deve indicar um pouco mais de 10 Ω e os pinos do secundário de 3 V, o 
ponteiro deve indicar menos de 10 Ω. Se o ponteiro não deflexionar em alguns dos 
enrolamentos, o trafo está queimado e a placa de controle não funcionará. Abaixo 
vemos como é feito o teste do trafo: 
 
 
 
 
 
 
 
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VARISTOR 
 
O varistor é um resistor especial que altera a resistência quando a tensão nos 
seus terminais também é alterada. Na placa de controle há um varistor ligado em 
paralelo com o transformador. O varistor é especificado pelo seu limite de tensão. 
Para fornos de 110 V o varistor pode ser de 150 ou 175 V. Nos fornos de 220 V o 
varistor é de 300 V. Em condições normais de funcionamento sua resistência é 
muito alta. Quando a tensão da rede fica acima do valor nominal, a resistência do 
varistor diminui e ele amortece o pico de tensão no primário, impedindo-o de 
queimar. Quando a tensão da rede ultrapassa o limite do varistor, ele queima 
(entra em curto) e abre trilha que alimenta o trafo, desligando o forno 
imediatamente. Portanto o varistor funciona como um dispositivo de proteção do 
trafo da placa. Porém nada impede do trafo queimar junto com o varistor durante 
uma sobrecarga violenta no primário. Abaixo vemos o aspecto e como testar este 
componente em X10K: 
 
 
 
RELÊS DA PLACA 
O relê é uma chave magnética, ou seja, acionada por uma bobina. O forno possui 
pelo menos dois relês na placa de controle: um deles, o maior, para alimentar o 
trafo de A.T. e outro menor para alimentar os motores e a lâmpada. Abaixo vemos 
estes componentes e o símbolo: 
 
 
 
 
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ACIONAMENTO DOS RELÊS DA PLACA DE CONTROLE 
 
Cada relê é acionado por um dois transístores que recebem uma tensão de 
acionamento na base vinda de um dos pinos do CI micro. Abaixo vemos o 
exemplo de um circuito de acionamento usado por um dos microondas da 
"Sharp": 
 
 
 
 
IC1 é o CI micro. RY1 é o relê dos motores e lâmpada. RY2 é o relê do trafo de A.T. 
Os transístores Q80 a Q82 são os acionadores dos relês. São transístores digitais 
que funcionam como chave liga/desliga. Quando o pino 16 do CI fica com 0 V, não 
polariza a base de Q82. Este transístor não conduz e não passa corrente pela 
bobina do relê do trafo de A.T. Ao apertar a tecla "LIGA" do painel, o pino 16 passa 
para 5 V, polariza a base do transístor Q82. Este conduz e faz circular corrente na 
bobina do relê do trafo de A.T., ligando o circuito do magnetron. Este processo 
também ocorre de forma semelhante nos transístores Q80 e Q81 para acionar os 
motores e a lâmpada do forno. 
 
 
 
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TESTE DOS RELÊS DO FORNO MICROONDAS 
 
Existem duas formas de testar o relê: Uma delas é a frio. Coloque o mitter na 
escala de X10, meça os dois pinos da bobina. O ponteiro deve indicar entre 100 Ω 
e 1K. Se o ponteiro não mexer, a bobina do relê está aberta. A seguir use a escala 
de X10K e meça os terminais da chave. O ponteiro não deve mexer. Se mexer, o 
relê está em curto. Também podemos testar o relê com o forno ligado. Quando o 
relê atracar, meça os pinos da chave em X1. Se o ponteiro for até o zero, o relê 
está funcionando. Se isto não acontecer, o relê está com defeito. Abaixo vemos 
estes testes: 
 
 
DISPLAYS DE MICROONDAS 
 
Os fornos microondas usam dois tipos de displays mostradores: O de cristal 
líquido (do tipo que se usa em relógio e calculadora) e o fluorescente (que 
funciona como uma válvula eletrônica). Abaixo vemos estes dois tipos: 
 
 
 
 
 
 
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DISPLAYS FLUORESCENTES 
Este é tipo mais usado pelos microondas pelo fato de emitir luz e poder ser visto 
em lugares escuros. Porém o consumo deste tipo é bem maior que o do tipo de 
cristal líquido. É formado por um tubo de vidro de onde se retirou o ar, alguns 
filamentos bem finos transversais bem perto do tubo, uma grade logo abaixo dos 
filamentos que cobre todos os segmentos e abaixo da grade única umas 
plaquinhas, sendo uma para cada segmento. Quando os filamentos acendem, eles 
emitem elétrons que passam pela grade e chegam nas placas produzindo uma luz 
azulada ou esverdeada em cada uma. O CI micro da placa controla a tensão a ser 
aplicada na grade e nas placas, fazendo os segmentos acenderem na sequência 
correta. Os filamentos estão nos pinos mais externos do display e são acesos por 
uma tensão de 3 V vinda do trafo da placa de controle. Abaixo vemos o detalhe 
ampliado de um display deste tipo: 
 
Estes displays possuem uma mancha preta num dos cantos, onde foi feita a 
extração do ar. Se ele quebrar, entra ar no tubo, a mancha fica branca e o 
componente não acende mais. 
DISPLAYS DE CRISTAL LÍQUIDO 
Este tipo tem um consumo bem menor que o fluorescente, porém, como ele não 
emite luz, necessita de uma fonte luminosa para ser visto. O cristal líquido é uma 
substância cujas moléculas podem ser reorganizadas com a aplicação de uma 
tensão elétrica. Abaixo vemos o detalhe interno de um display deste tipo: 
 
 
 
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Observe como a lâmina de cristal líquido fica no meio de tudo. Os polarizadores 
são lâminas de vidro cheia de ranhuras, sendo o frontal com ranhuras horizontais 
e o traseiro com ranhuras verticais. Os dois eletrodos são onde se aplica a tensão 
e onde serão formados os números. Quando não se aplica a tensão, a luz passa 
pelo polarizador frontal e chega no cristal líquido. O cristal vira a luz em 90 °, ela 
consegue passar pelo polarizador traseiro, bate num espelho e volta pelo 
polarizador frontal não formando nenhum número. Quando se aplica tensão nos 
eletrodos, o cristal muda suas moléculas e não vira a luz. Desta forma a luz não 
passa pelo polarizador traseiro e aparece um traço preto (segmento de número) na 
parte frontal do componente. Aplicando tensão sequencialmente nos eletrodos ele 
forma os números. O display de cristal não necessita de um secundário de 3 V no 
trafo da placa como ocorre no fluorescente. 
 
MEDIDA DE TENSÃO NO FILAMENTO DO DISPLAY FLUORESCENTE 
 
Abaixo vemos como deve ser feita esta medida usando a escala de ACV. 
Lembrando que se não tiver tensão nos filamentos do display, ele não acenderá: 
 
 
 
 
TRANSÍSTORES DA PLACA DE CONTROLE 
 
Os transístores são usados basicamente para acionar os relês do circuito de alta tensão 
, dos motores e da lâmpada. Um ou dois transístores são usados para amplificar o sinal 
de "beep" para o alto falante "buzzer" da placa. Alguns fornos usam transístores 
comuns, outros transístores "darlington" e outros transístores digitais (DT), ou seja, 
transístores com resistores embutidos funcionando como chave liga/desliga. A seguir 
vemos o circuito de acionamento de algunsmodelos de microondas: 
 
 
 
 
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TESTE DOS TRANSÍSTORES DO MICROONDAS 
Abaixo vemos como deve ser testado o transístor DT (digital transístor) na escala de 
X1K do multitester. Este transístor só deve ser testado fora do circuito: 
 
Este tipo possui dois resistores da ordem de kΩ internos. Portanto devemos testá-los em 
X1K. Com a ponta certa na base e a outra em cada terminal restante, o ponteiro indica o 
mesmo valor entre 5 kΩ e 100 kΩ. Usando a escala de X10K, entre coletor e emissor o 
ponteiro só deve mexer num sentido. 
Os transístores comuns já foram explicados como devemos testá-los em cursos de 
eletronica básica. 
No caso dos transístores "Darlington" proceda da seguinte maneira: Em X1, ponta certa 
na base, a outra ponta em cada terminal, o ponteiro indica menor resistência no coletor e 
maior resistência no emissor. Ex: 10 Ω no coletor e 20 Ω no emissor. Em X10K entre 
coletor e emissor, o ponteiro só pode deflexionar num sentido. Lembrando que o 
"Darlington é formado por dois transístores e mais alguns componentes dentro da 
mesma cápsula. 
 
 
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MICROONDAS COM DOURADOR 
Estes modelos possuem uma resistência douradora na parte superior da cavidade, 
semelhante a um forno elétrico. Esta resistência recebe o nome de "grill" ou 
"browner". Os fornos com esta resistência possuem um relê a mais na placa para ligá-
la e assim dourar o alimento após o cozimento do mesmo. Abaixo vemos o aspecto 
físico e a maneira de testar uma resistência desta: 
 
 
MEMBRANA DO FORNO MICROONDAS 
É o teclado onde selecionamos as funções de controle do forno. É formada por duas 
lâminas de poliéster separadas por um plástico espaçador (nylon). Há contatos de grafite 
nas lâminas. Ao apertar uma tecla, o grafite da lâmina da frente encosta no da lâmina 
traseira e assim aciona aquela função. Abaixo vemos o aspecto físico deste componente 
e a estrutura interna: 
 
A membrana difere de um modelo de forno para outro, assim como o restante da placa 
de controle, porém o funcionamento de todas seguem o mesmo princípio de 
funcionamento. 
Este componente é um dos que mais dão defeito nos microondas, indo desde a quebra 
do "flat cable" por ressecamento até o desgastes do grafite por mau uso ou excesso de 
uso 
Abaixo vemos como deve ser feito o teste a frio e a quente neste componente: 
 
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A frio dá mais trabalho e consiste em manter uma tecla pressionada e medir os pares de 
terminais dois a dois até encontrar um que o ponteiro indica menos de 1K. Se o ponteiro 
não mexer em nenhum par com a tecla pressionada, a membrana está com defeito. 
A quente faça o seguinte: Conecte a placa no forno sem a membrana. Não esqueça de 
desligar o primário do trafo de A.T. Ligue o forno na tomada e com um pedaço de fio 
toque em cada dois terminais onde a fita do teclado encaixa. Se as funções forem sendo 
acionadas, a placa está boa e a membrana deverá ser trocada. Se as funções não 
atuarem, o defeito é na placa. 
A membrana é auto colante o painel do forno e antes de colá-la na sua posição 
definitiva, devemos encaixá-la no conector sem retirar o papel de trás (auto adesivo) e 
apertar as teclas. Se estas obedecerem aos comandos, pode-se destacá-la e colá-la em 
definitivo. Se não funcionar, devemos trocar a membrana onde foi comprada. 
 
 
CONSERTOS NA PLACA DE CONTROLE DO MICROONDAS 
Abaixo relacionamos os defeitos que ocorrem na placa de controle dos fornos 
microondas: 
 
1. O FORNO NÃO FUNCIONA E O PAINEL NÃO ACENDE: 
 
a. Retire a placa de controle do painel, desligue o primário do trafo de A.T. e ao 
ligar o forno na tomada veja se chega 110 VAC no primário do trafo de 
alimentação da placa; 
b. Não chega tensão no trafo da placa – Verifique cabo AC, fusíveis e fiação no 
primário; 
c. Chega tensão no trafo da placa – Veja se há tensão nos secundários (12 ou 24 
V e 3 V) 
d. Não há tensão nos secundários – Teste o trafo a frio. Ele deve estar queimado; 
e. O varistor está queimado – Troque-o por outro igual e refaça a trilha fusível; 
f. Tem tensão nos secundários – Veja se chega +B de 5 V no CI micro da placa; 
g. Não chega +B no micro – Teste todos os componentes da fonte e veja se o 
micro não está esquentando demais. Se estiver, ele deverá ser trocado; 
h. Chega +B ao micro – Troque o CI e se não adiantar, tente o cristal de “clock” e 
veja se não há algum capacitor comum, diodo ou transístor em curto ligado no 
micro. 
 
 
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IMPORTANTE - Quando um forno não funciona devido a uma falha na placa ou 
quando a sua membrana não está funcionando, ele pode ainda ter outro defeito 
(inclusive o magnetron) e não ficaremos sabendo antes de colocar a placa para 
funcionar ou trocar a membrana. Portanto podemos fazer o seguinte teste antes de 
arrumar a placa ou trocar a membrana: Solde um pedaço de fio nos terminais da 
chave dos dois relês da placa. Coloque um copo de água na cavidade. Ligue o 
forno na tomada e o magnetron começará a funcionar. Após um minuto se a água 
aquecer, o magnetron está bom. Abaixo vemos a ligação na placa: 
 
 
 
 
2. O FORNO FUNCIONA NORMALMENTE, MAS SEU DISPLAY NÃO ACENDE: 
 
a. Verifique a cor da mancha no canto do display – Deve ser preta. Se estiver 
branca, o display está quebrado; 
b. Meça a tensão AC nos dois terminais mais externos do display. Estes são do 
filamento; 
c. Não chega tensão AC (2 V) no filamento – Teste o trafo, componentes e trilhas 
do filamento; 
d. Chega tensão no filamento – O display está queimado, devendo ser trocado. 
OBS: Nos displays de cristal líquido este defeito é raríssimo de ocorrer. 
 
3. AO LIGAR O FORNO NA TOMADA O MAGNETRON FUNCIONA DIRETO: 
 
a. Teste a frio o relê de potência da placa de controle usando a escala de X10K; 
b. Relê bom – Teste a frio os transistores que acionam o relê de potência; 
c. Transistores e componentes ligados no relê de potência bons – Defeito no 
micro. 
4. AO LIGAR O FORNO, O VENTILADOR E A LÂMPADA FUNCIONAM DIRETO: 
 
a. Verifique se as teclas “liga” do painel funcionam; 
b. Teclas “liga” não funcionam – Teste a chave secundária, a ligação dela com a 
placa, os componentes que ligam ela ao micro. Se estão normais, o defeito é no 
micro. 
c. Teclas “liga” funcionam – Teste a frio em X10K o relê menor da placa 
(principal).Se o relê estiver bom, teste o transístor ou transistores ligados nele. Se 
estão bons, o defeito é no micro. 
 
 
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5. AO APERTAR A TECLA “LIGA” UM DOS RELÊS DA PLACA NÃO 
ATRACA: 
 
a. Teste o relê a frio; 
b. Relê bons – Teste todos os transistores e componentes que acionam o relê; 
c. Componentes bons – Defeito no micro. 
 
6. PAINEL ACENDE MAS NENHUMA OU ALGUMAS TECLAS NÃO ATUAM: 
 
a. Verifique se o “flat cable” da membrana não está ressecado e/ou quebrado; 
b. Faça o teste ligando os terminais do conector da membrana dois a dois na 
placa; 
c. As funções não são ativadas – Defeito no micro ou nos componentes que o 
ligam ao conector da membrana; 
d. 
As funções são ativadas – Devemos trocar a membrana. Mas antes de colar a 
nova defitivamente no painel, encaixe-a na placa sem retirar o papel auto adesivo 
e aperte as teclas. Se não funcionarem, a membrana veio com defeito de fábrica. 
Se funcionar podemos instalá-la em definitivo no painel. 
 
7. DEFEITOS CAUSADOS PELO CI MICRO DA PLACA DE CONTROLE: 
 
a. Forno não funciona e painel não acende; 
b. Forno acende o display completamenteerrado (seguimentos a mais ou a 
menos); 
c. Forno começa a funcionar e pára em alguns segundos, apagando o display 
ou não; 
d. Forno não acende o display e o “buzzer” fica apitando direto. 
 
 
PARTE MECÂNICA DO FORNO MICROONDAS 
 
É formada pela cavidade, gabinete, painel, porta e seus componentes e as bases de 
sustentação. Abaixo destacamos os componentes que formam a parte mecânica de um 
forno microondas. 
 
CAVIDADE DO FORNO MICROONDAS 
 A cavidade é o recipiente metálico que sustenta todos os componentes do microondas 
e dentro da qual os alimentos são aquecidos. A cavidade reflete as microondas emitidas 
pelo magnetron sobre o alimento colocado dentro. O tamanho da cavidade é indicado 
em litros e determina o tamanho do forno. Assim temos fornos de 26 litros, 30 litros, 34 
litros, 45 litros, etc. Dentro da cavidade temos a tampa guia das ondas que pode ser de 
mica ou de plástico para evitar a entrada de sujeira nos dutos onde passam as ondas. A 
seguir vemos o aspecto físico de um tipo de cavidade e a tampa guia de ondas: 
 
 
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PORTA DO MICROONDAS 
A portas é feita de ferro com pequenos furos. No vão da porta são encaixados os trincos 
para o travamento junto com a respectiva mola. Na frente da porta vai encaixada ou 
parafusada um visor de acrílico. Na parte interna temos um plástico adesivo usado para 
evitar o acúmulo de vapor d'água no visor acrílico. Em volta da porta temos a moldura 
plástica para vedar a saída das microondas. Abaixo vemos o aspecto físico deste 
componente: 
 
 
 
COLOCAÇÃO DOS TRINCOS DA PORTA DO MICROONDAS 
Para colocar os trincos devemos retirar a moldura de plástico em volta da porta e 
encaixá-los nos pinos que ficam dentro do vão da porta junto com a sua mola. Há fornos 
que usam dois trincos individuais e os que usam um trinco único. A seguir vemos o 
esquema de colocação deste componente e os tipos já citados: 
 
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ALINHAMENTO DA PORTA DO MICROONDAS 
 
A porta é fixada na cavidade através de dobradiças. Devemos alinhar a porta 
perfeitamente com a parte da frente da cavidade conforme visto abaixo e só após isto 
apertar os parafusos das dobradiças.Verifique se após o ajuste, os trincos acionam as 
microchaves quando a porta estiver fechada. 
 
 
 
 
 
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PAINEL DO MICROONDAS 
 
Normalmente o teclado de membrana é colocado na frente do painel. A placa de 
controle vai parafusada atrás. A tecla é encaixada junto com a mola na parte de baixo do 
painel para abrir a porta. Abaixo vemos as peças que compõem o painel de controle do 
microondas SHARP: 
 
 
GABINETE DO MICROONDAS 
 
É uma tampa metálica que encerra todos os componentes do microondas. Vai 
parafusada na cavidade e a cor pode ser branca, marrom, creme, grafite, etc. 
Geralmente a cor do gabinete acompanha a cor do painel do forno. Abaixo vemos 
o aspecto deste componente: 
 
 
 
 
 
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 FORNO MICROONDAS PANASONIC ® INVERTER 
 A partir de agora explicarei de forma geral como funcionam e como consertar os fornos 
microondas com a tecnologia inverter usada em vários modelos Panasonic. Porém não 
nos aprofundaremos no funcionamento de alguns componentes tais como lâmpadas, 
motores, microchaves e magnetron porque isto já foi explicado até agora em nosso 
curso . Na figura a seguir temos o aspecto do microondas Panasonic NN-G54BH com a 
tecnologia inverter. Observe a inscrição "inverter" em sua porta. A inscrição também 
pode vir em seu painel. Os fornos Panasonic terminados em BH são para 110 V e os 
terminados em BK são para 220 V. 
 
 
 
A TECNOLOGIA INVERTER E SUAS VANTAGENS 
 
O inverter (ou inversor) nada mais é do que uma fonte chaveada. Os fornos com esta 
tecnologia possuem uma fonte chaveada para produzir a alta tensão de 4.000 V para 
alimentar o magnetron. Os fornos convencionais usam uma fonte comum (trafão, diodo e 
capacitor) para produzir esta tensão, como estudamos até agora. Veja na figura abaixo o 
microondas inverter sem a tampa destacando a fonte chaveada e o magnetron. 
 
 
 
 
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A fonte inverter trabalha com freqüências entre 20 e 40 KHz que são aplicadas a um 
transformador grande de ferrite. Tal transformador produz a alta tensão que, após a 
retificação por diodos de comutação rápida e filtragem por capacitores de poliéster, será 
aplicada ao magnetron para a produção das microondas de 2.450 MHz. O sinal gerado 
na fonte inverter é um PWM (modulação por largura de pulso) controlado pela placa de 
controle do painel. Para alterar a potência das ondas emitidas pelo magnetron, a placa 
de controle muda a largura do sinal PWM aplicado à placa da fonte inverter. Desta forma 
o inverter muda a freqüência do sinal a ser aplicado no circuito que chaveia o 
transformador de ferrite e assim altera o valor da tensão aplicada ao magnetron para 
controlar a potência das microondas. 
Resumindo - No forno inverter a potência das ondas é controlada alterando a tensão 
aplicada no magnetron. No forno tradicional a potência é controlada ligando e desligando 
o magnetron em determinados intervalos de tempo. 
Vantagens do inverter: 
- Economia de energia - Pelo fato de se usar fonte chaveada; 
- Melhor aproveitamento das ondas - O magnetron fica ligado o tempo todo; 
- Aquecimento e descongelamento mais rápido - A fonte inverter mantém a tensão 
constante no magnetron mesmo com as variações da rede; 
- Forno mais leve - Não usa um trafão pesando cerca de 5 Kg; 
 
Desvantagens do inverter: 
- Maior probabilidade de defeitos - Pelo fato de ter mais componentes na fonte de alta 
tensão; Alguns componentes da placa inverter são caros e/ou difíceis de obter 
reposição. 
O CIRCUITO INVERTER 
Conforme explicado é uma fonte chaveada e no caso do microondas funciona com 
freqüências entre 20 e 40 KHz para controle da tensão aplicada ao magnetron. Na foto 
abaixo podemos uma placa inverter retirada do forno Panasonic NN-G54BH. 
 
 
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Devemos tomar alguns cuidados no manuseio destas placas durante a manutenção de 
um forno inverter: A placa inverter deve produzir alta tensão a uma corrente 
relativamente alta. Portanto quando o forno estiver ligado na tomada não toque em 
nenhum componente da placa inverter sob o risco de choque elétrico 
perigosíssimo! 
Ao retirarmos a placa inverter do microondas devidamente desligado da rede elétrica 
podemos identificar logo de cara um grande trafo de ferrite que irá alimentar o 
magnetron. Ao lado deste trafo temos um dissipador de calor que esquenta bastante 
durante o funcionamento. Neste dissipador encontramos uma grande ponte retificadora 
junto com um ou dois transistores de potência especiais chamados IGBT ("insulated 
gate bipolar transistor") ou transistor bipolar com gate isolado. Nesta mesma placa 
inverter temos uma placa em pé contendo um CI SMD e mais alguns componentes. Tal 
CI converte o sinal vindo da placa de controle do painel no sinal PWM entre 20 e 40 KHz 
o qual será aplicado no gate do transistor IGBT para este último chavear o trafão de 
ferrite. Ao lado da placa do CI há um conector que liga a placa inverter na placa do 
painel de controle. 
Também há um fio cinza que sai da placa inverter e deve ser obrigatoriamente 
parafusado na cavidade (aterrado) antes do forno ser energizado. Se não for, a fonte 
inverter não fornecerá alta tensão para o magnetron. 
 
MAGNETRON DO FORNO INVERTER 
 
Fisicamenteo magnetron destes fornos é igual ao dos modelos convencionais. Para a 
substituição sempre devemos dar preferência ao magnetron com o mesmo código ou 
com a mesma furação, mas os modelos usados no fornos inverters. Porém em caso 
extremo pode ser adaptado um magnetron de forno convencional que funciona porém a 
durabilidade dele é menor que os feitos para os modelos inverters. Veja abaixo um 
exemplo de magnetron OM75SI fabricado pela Samsung e usado num microondas 
inverter. Outro magnetron muito comum em fornos inverters é o 2M236. 
 
 
 
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FUNCIONAMENTO DA FONTE INVERTER 
 
A fonte inverter pode ser dividida em duas etapas: a de potência que chaveia o trafão 
de ferrite e a de baixa tensão que gera e controla o sinal PWM para o circuito de 
potência. Explicarei separadamente cada etapa para facilitar o aprendizado. Veja abaixo 
a divisão entre os circuitos citados no esquema elétrico do inverter: 
 
 
 
CIRCUITO DE POTÊNCIA DO INVERTER 
 
É formado pelo trafo de alta tensão (AT) de ferrite e os componentes associados a ele. 
No primário temos o circuito de alimentação e chaveamento e controle do transistor 
IGBT. No secundário temos os diodos e capacitores de AT. Observe a seguir o circuito 
de potência do inverter de um forno de 110 V: 
 
 
 
 
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Quando apertamos a tecla "LIGA" no painel, o relê de potência da placa de controle 
atraca e leva os 110 VAC da rede até a placa inverter via conector CN702. A tensão é 
retificada por DB701 (grande ponte retificadora), filtrada por C702 (capacitor de poliéster 
de 4,5 µF) e L701 (grande bobina toroidal) e alimenta o coletor do transistor IGBT Q701 
via primário do trafo de AT T701. Nesse mesmo instante o CI oscilador da etapa de 
baixa tensão fornece um sinal PWM (onda quandrada) controlado cuja freqüência varia 
entre 20 e 40 KHz. Este sinal é amplificado por Q702, 703 e 704 (drivers) e aplicado ao 
gate do IGBT. Desta forma o IGBT alterna condução e corte, fazendo a corrente no 
primário do trafo de AT variar e assim induzir as tensões nos secundários que, após 
retificação, filtragem e dobramento do valor, alimentam o magnetron. 
Importante - A freqüência do sinal PWM determina o tempo de condução e corte 
do IGBT. Assim pode-se controlar a tensão fornecida pelo trafo de AT e por 
conseqüência a potência das ondas emitidas pelo magnetron. Portanto o controle 
de potência dos fornos inverters é feito na variação do sinal PWM. 
Circuito de monitoramento de potência - É baseado no trafinho sensor de corrente 
CT701. O primário dele tem uma só espira de fio grosso e fica em série com a ponte. O 
secundário tem muitas espiras de fio bem fino e pode fornecer de 0 a 7 V. A tensão do 
secundário vai alimentar um dos pinos do CI oscilador. Este trafo tem duas 
finalidades: 1 - Se a tensão da rede variar, a tensão no secundário dele também 
varia. Esta variação é detectada por um dos pinos do CI oscilador que ajustará o PWM 
de modo a manter constante a tensão do magnetron e assim a potência das microondas 
emitidas. 
 
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2 - Se o magnetron deixar de funcionar ele não fornece a tensão para um dos pinos do 
CI oscilador. Assim ele deixará de produzir o PWM . Esta condição será detectada pela 
placa de controle que desligará o forno após 23 segundos. 
 
Alimentação do CI oscilador - O +B de tal CI fica em torno de 12 V fornecidos por 
D703, D704, R706, C706, ZD701, ZD702 e R713. Esta tensão também alimenta os 
transistores drivers do IGBT. Veja na figura abaixo a localização das peças principais do 
circuito de potência na placa inverter: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CIRCUITO DE BAIXA TENSÃO DO INVERTER 
A função dele é produzir o sinal PWM usado para chavear o IGBT. O principal 
componente é um CI que recebe um sinal quadrado de 220 Hz vindo da placa do painel 
e o transforma num PWM entre 20 e 40 KHz para o IGBT. Na figura abaixo podemos ver 
o esquema deste circuito: 
 
IC801 é um CI SMD montado numa placa que fica em pé e soldada na placa inverter. 
Tal CI recebe o sinal PWM de 220 Hz no seu pino 19 via fotoacoplador IC701 vindo da 
placa de controle no painel através do conector CN701. Ele gera então o PWM entre 20 
e 40 KHz que sai pelo pino 24 e vai ao IGBT. Ao mesmo tempo pelo pino 11 deste IC801 
sai um sinal de 110 Hz o qual será enviado à placa de controle do painel pelo mesmo 
CN701 via IC702. Portanto IC701 leva o sinal de 220 Hz da placa do painel ao 
inverter e IC702 leva o sinal de retorno de 110 Hz do inverter à placa do painel. 
Assim a placa de controle pode controlar e monitorar a potência do magnetron. A função 
dos fotoacopladores é isolar o terra da placa do painel do terra da placa inverter. 
Se o sinal de 220 Hz da placa de controle não chegar ao inverter, o forno se desligará 
em 3 segundos. É o que acontece por exemplo se você desencaixar o conector CN701. 
O mesmo sintoma ocorrerá se o transistor IGBT, ponte retificadora ou o trafo de AT 
estiver em curto na placa inverter. 
 
 
 
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Alguns outros pinos do CI gerador do PWM (IC801): 
+ B = Pino 16 alimentado com 12 V; 
Monitor de potência do magnetron = Pino 22. Há um trimpot neste pino que ajusta 
manualmente a potência emitida pelo magnetron. Mas só deve ser feito na fábrica! 
Monitores da tensão na rede elétrica bem abaixo do normal (30 %) = Pinos 20 e 21; 
Monitores do pico de tensão (acima de 600 V) no coletor do IGBT = Pinos 4, 8 e 9; 
Monitor do +B alto na saída da ponte retificadora = Pino 6 
 
Os pinos monitores de tensão fazem o forno desligar após alguns segundos (3 a 23) em 
caso de alterações significativas nos valores. Veja abaixo o aspecto físico dos principais 
componentes do circuito de baixa tensão: 
 
 
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SAÍDA DE AT (ALTA TENSÃO) PARA O MAGNETRON 
 
É o circuito ligado nos secundários do trafo de AT. Fornece duas tensões para o 
magnetron funcionar: 3 VAC para acender o filamento e - 4.000 V aplicados no terminal 
FA do filamento. Como a placa do magnetron vai ligada na carcaça do forno (0 V), há 
uma grande diferença de potencial entre placa (0 V positiva) e o filamento-catodo (-4.000 
V negativo). Desta forma a placa do magnetron atrai os elétrons do filamento-catodo 
(aquecido) em alta velocidade. Devido a ação dos imãs em volta os elétrons giram e 
induzem uma radiação de 2.450 MHz em alta potência na placa à qual é transmitida pela 
antena do magnetron à cavidade do forno para aquecer os alimentos dentro dela. Abaixo 
temos o esquema elétrico do circuito de AT do forno inverter: 
 
Q701 é um transistor IGBT (mistura entre transistor mosfet e bipolar) com capacidade de 
chavear altas correntes. T701 é o trafo de AT com núcleo de ferrite. O primário 
corresponde aos pontos P701 e P702. O secundário de AT (2.000 V) corresponde aos 
pontos S701 e S702. O secundário de 3 V para o filamento está nos pontos H701 e 
H702. Os diodos D701 e D702 (de comutação rápida) e os capacitores de poliéster 
C703 (8,2 nF x 3 kV) e C704 (5,6 nF x 3 kV) retificam, filtram e dobram a AT aplicada ao 
magnetron. O ponto E701 deve ser ligado ao terra (parafusado na cavidade do forno) 
para que a fonte de AT funcione. 
 
 
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No gate de Q701 chega um sinal PWM (onda quadrada cuja largura varia de acordo com 
a potência que o forno vai trabalhar). Quando o PWM é positivo, Q701 conduz, passa 
corrente no primário de T701 criando um campo magnético e armazenando energia 
magnética. Quando o PWM é 0 V,Q701 corta e a energia armazenada no primário é 
transferida para os secundários em forma de tensão. Dependendo da largura do PWM o 
primário do trafo armazenará maior ou menor energia quando Q701 conduzir. Quando 
ele cortar a tensão produzida nos secundários poderá ser maior ou menor. Variando a 
largura do PWM controlamos as tensões produzidas nos secundários do trafo e 
aplicadas ao magnetron. Desta forma podemos controlar a intensidade das ondas 
(potência) emitidas pelo magnetron.C701 é um grande capacitor de poliéster que se 
carrega quando Q701 corta, amortecendo o nível de tensão inversa induzida no primário 
do trafo. O diodo de proteção interno ao IGBT também ajuda nesta função evitando 
assim a queima do transistor devido à esta tensão reversa do primário. 
 
Dobramento da AT - Nos terminais S701 e S702 temos 2.000 VAC com o forno na 
máxima potência. Em potências mais baixas, a tensão nestes dois pontos também é 
mais baixa. Quando S702 fica positivo e S701 negativo, D702 conduz e carrega C704 
com 2.000 V (lado direito + e lado esquerdo -). Quando S702 fica negativo e S701 
positivo, D701 conduz e carrega C703 com 2.000 V (lado direito - e lado esquerdo +). 
Como os dois capacitores estão em série, eles somam suas tensões resultando em 
4.000 V. Assim como é o lado direito de C703 que está no filamento-catodo do 
magnetron, este terminal receberá - 4.000 V. R701 descarrega os capacitores quando o 
forno é desligado. Abaixo temos o aspecto real dos componentes da saída de AT: 
 
 
 
 
 
 
 
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FONTE INVERTER PARA OS FORNOS DE 220 V 
Os microondas Panasonic da linha terminada com a letra K para 220 V (os terminados 
em H são de 110 V) possuem o circuito inverter com dois transistores IGBT ao invés de 
um só. Veja na figura abaixo o esquema do inverter de um forno para 220 V: 
 
COMO TESTAR A FONTE INVERTER 
Finalmente chegamos a parte do curso que você estava esperando: como testar e 
consertar a fonte inverter. Basicamente temos dois tipos de testes a fazer: a frio 
(testando os componentes com o forno desligado da tomada e a placa desconectada) e 
a quente (medindo tensões e sinais no inverter durante o funcionamento do forno). 
Teste a frio - A placa deve estar desconectada do forno. Lembre-se: somente 
ponha a mão nesta placa com o forno fora da tomada! Veja abaixo: 
 
 
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TESTE DO TRANSISTOR IGBT 
 
Inicialmente retiramos o transistor da placa junto com a ponte retificadora e o dissipador 
onde eles estão parafusados. Use a escala de X10K. Coloque a ponta preta no coletor 
(terminal central) e a vermelha no gate e no emissor. O ponteiro não deve mexer de 
forma alguma. Se mexer num destes terminais, o IGBT está em curto. Veja abaixo: 
 
 
 
 
A seguir colocamos a ponta vermelha no coletor e com preta tocamos no gate (terminal 
da esquerda), o ponteiro não pode mexer e no emissor (direita) o ponteiro deve ir até o 
zero. Veja o procedimento abaixo. Se o transistor passar nos dois testes, ele está bom. 
 
 
 
 
 
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TESTE DA PONTE RETIFICADORA 
 
Coloque o multímetro em X10K. Fixe a ponta preta no terminal (+) e encoste a vermelha 
em cada terminal (~) da ponte. O ponteiro não deve mexer. Se o ponteiro mexer em 
algum dos terminais, a ponte está em curto. Veja abaixo: 
 
 
 
A seguir fixe a vermelha no terminal (-) e com a preta encoste em cada terminal (~) da 
ponte. O ponteiro não pode mexer conforme visto abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
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TESTE DOS DIODOS RETIFICADORES 
 
Use a escala de X10K e meça cada diodo nos dois sentidos. O ponteiro só deve mexer 
num deles. Se mexer nos dois, o diodo está em curto. Veja abaixo: 
 
 
 
 
TESTE A FRIO DO TRAFO DE AT 
 
Usando a escala de X1, meça os fios do primário (os dois mais grossos que ficam em 
série com o coletor do IGBT) e os dois do secundário da alimentação de 3 V do 
filamento (ficam mais próximos). Nestes dois enrolamentos devemos encontrar 0 Ω, 
conforme visto abaixo: 
 
 
 
 
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A seguir teste o secundário de AT (2.000 V) que são os dois pinos mais afastados do 
trafo. Inclusive num destes pinos sai o fio terra que deve ser parafusado na cavidade do 
forno. A resistência deste enrolamento deve ficar entre 4 e 5 Ω. Observe abaixo: 
 
 
 
TESTE DO TRAFO SENSOR DE CORRENTE 
 
Usando o multímetro em X10, meça os pinos do primário e os dois pinos extremos do 
secundário (o lado de três pinos). Como o primário tem uma espira só de fio grosso, a 
resistência será 0 Ω e no secundário devemos encontrar cerca de 40 a 50 Ω. Se o 
ponteiro não mexer aí, o trafo está aberto e o forno desliga em 23 segundos. Veja abaixo 
como deve ser feito o teste indicado: 
 
 
 
 
 
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REFORÇO DOS CONTATOS DOS CABOS DO MAGNETRON 
 
Podemos ter um forno microondas inverter que funciona por 23 segundos e se desliga. 
Muitas vezes o defeito se encontra no local onde o cabo do magnetron é prensado com 
o conector. Ali costuma ocorrer mau contato após um tempo de uso do forno. Daí o 
magnetron deixa de receber alimentação e o forno desliga após 23 segundos. A solução 
neste caso é retira a capa do conector e aplicar solda no ponto indicado na foto abaixo: 
 
 
 
 
Teste a quente - Como esta placa trabalha com alta tensão e alta temperatura, 
desligamos o forno da tomada, desconectamos a placa, soldamos fios nos pontos 
chave onde precisamos medir tensão e/ou sinal, encaixamos e conectamos a 
placa, puxamos os fios fora e bem afastados da placa, conectamos o multímetro 
ou osciloscópio nestes fios onde vamos medir, ligamos o forno e verificamos o 
valor da tensão ou sinal. Veja o procedimento abaixo: 
 
 
 
 
 
 
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TESTE DA TENSÃO ALTERNADA DE 110 V (OU 220 V) NA PLACA INVERTER 
Quando o forno inverter está desligando em 3 segundos a primeira coisa a fazer é 
verificar se o inverter está recebendo a tensão de 110 V da rede elétrica para 
certificarmos que a placa de controle está funcionando. Para isto solde dois fios em cada 
terminal do conector CN702 e puxe-os por baixo da placa. Ligue estes fios no multímetro 
e ao ligar o forno verifique se aparece a tensão da rede. Se aparecer, a placa de 
controle está funcionando. Veja o teste abaixo: 
 
 
MEDIDA DO +B DA PLACA DO CI GERADOR DE PWM 
Conforme vimos, na placa inverter há uma outra placa soldada em pé. Nesta placa 
encontramos o CI gerador de PWM que irá controlar o transistor IGBT. Esta placa do CI 
trabalha com 12 V aproximadamente. A falta desta tensão fará o forno desligar após 23 
segundos. Para medí-la soldamos um fio no terra da placa inverter e outro fio no pino 13 
da placa em pé (CN704). A seguir medimos a tensão e devemos encontrar cerca de 12 
V. Veja o procedimento abaixo: 
 
 
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TESTE DO SINAL PWM QUE CHEGA NO GATE DO TRANSISTOR IGBT 
 
Aqui você deve soldar um fio no terra da placa inverter e outro no gate do IGBT. Puxe os 
dois fios para fora da placa. Você pode testar a presença deste sinal de três formas: 
com multímetro analógico, multímetro digital com freqüencímetro ou osciloscópio 
Mostrarei as três formas: 
Com multímetro analógico - 
Use a escala de ACV10 coloque a ponta preta no fio que foi soldado ao terra da placa e 
a vermelha no fio do gate do IGBT. Porém a ponta vermelha deve estar no encaixe 
"OUT PUT" do multímetro. Ao ligar o forno devemos encontraruma tensão alternada 
baixa (entre 5 e 7 V). Se não aparecer esta tensão, o forno desligará em 23 segundos e 
daí o defeito pode estar num dos transistores drivers do IGBT, no CI gerador de PWM ou 
falta de alimentação neste. 
Veja abaixo os locais onde devemos soldar o fio e o teste realizado com multímetro 
analógico: 
 
 
 
Com multímetro digital com freqüencímetro 
 
Com a escala de Hz do multímetro meça o sinal no fio que vai ao gate do IGBT. 
Devemos encontrar um valor entre 20 e 40 KHz. Este valor dependerá da tensão da 
rede elétrica e principalmente da potência selecionada no painel. Quanto maior a 
potência, menor será a freqüência do PWM e vice-versa. Veja a seguir como medir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Com osciloscópio 
Colocamos a ponta viva do osciloscópio (a chave de tensão deve estar em 5 V/div) no 
fio do gate do IGBT. Ao ligarmos o forno encontraremos um sinal quase quadrado com 
amplitude de aproximadamente 15 a 20 Vpp. A largura dos pulsos varia de acordo com a 
potência selecionada para o forno trabalhar. Veja abaixo: 
 
 
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TESTE DO SINAL DE 220 Hz DA PLACA DE CONTROLE AO INVERTER 
Conforme visto, é através deste sinal gerado pela placa de controle que o CI vai produzir 
o PWM para chavear o IGBT e fazer o trafão produzir a alta tensão para alimentar o 
magnetron. O sinal de 220 Hz entra no pino 3 do conector CN701 da placa inverter. Sem 
este sinal chegando ao inverter o forno desliga em 3 segundos. Podemos medir este 
sinal com o multímetro digital com freqüencímetro ou osciloscópio. Podemos medir a 
tensão contínua neste ponto. 
1- Tensão contínua - Solde três fios nos pinos 1, 2 e 3 do CN701. Puxe-os por 
baixo da placa e deixe-os em posição de medirmos. Meça a tensão DC no pino 3 
do CN701. Com o forno funcionando devemos encontrar cerca de 2 V. Veja 
abaixo: 
 
 
2. Com freqüencímetro - Medindo o sinal no pino 3 do CN701 encontramos 220 Hz 
qualquer que seja a potência selecionada. A diferença está na largura dos pulsos 
conforme veremos no próximo ítem. Veja abaixo o teste citado: 
 
 
 
3 - Com osciloscópio - Medimos os sinal no pino 3 de CN701 na escala de 2 V/div. 
Encontraremos um sinal quadrado de 4 Vpp gerado pela placa de controle cuja 
largura varia de acordo com a potência selecionada no painel. Quanto maior a 
potência, maior a largura dos pulsos. Veja abaixo: 
 
 
 
TESTE DO SINAL DE 110 Hz DE RETORNO DO INVERTER 
 
Pelo pino 1 do conector CN701 sai um sinal de 110 Hz proveniente do CI gerador de 
PWM do inverter. Sempre que a placa inverter estiver funcionando corretamente este 
sinal é produzido e entregue a placa do painel para que esta mantenha o forno 
funcionando e possa ajustar a largura do PWM de acordo com a potência selecionada e 
a tensão da rede elétrica. Podemos medir este sinal de 110 Hz com freqüencímetro ou 
osciloscópio. Também podemos medir a tensão contínua neste ponto. 
 
1- Medida de tensão contínua - Meça a tensão no pino 1 do CN701. Com o forno em 
standby a tensão fica perto dos 5 V. Quando ligamos o forno ela diminui para cerca de 
3 V conforme vemos a seguir: 
 
 
 
 
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2- Teste com freqüencímetro - Medir o sinal no pino 1 de CN701 e devemos encontrar 
cerca de 110 Hz, conforme vemos abaixo: 
 
3- Teste com osciloscópio - Colocar a ponta do osciloscópio no pino 1 do CN701. 
Devemos encontrar um sinal quadrado de 5 Vpp, conforme visto abaixo: 
 
 
 
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TESTE DOS SINAIS DE 110 E 220 Hz COM MULTÍMETRO ANALÓGICO 
Se você não possui um freqüencímetro ou osciloscópio é possível verificar a presença 
dos sinais de 220 Hz e 110 Hz com o multímetro analógico embora não seja possível 
medir a freqüência. Coloque o multímetro em ACV10 e a ponteira vermelha no encaixe 
"OUT PUT". Meça a tensão AC nos pinos 1 e 3 do conector CN701. Se aparecer tensão 
no pino 3 temos o sinal de 220 Hz e se aparecer no pino 1 temos o sinal de 110 Hz. Veja 
o teste abaixo: 
 
 
TESTE DA TENSÃO FORNECIDA PELO TRAFINHO SENSOR DE CORRENTE 
Solde dois fios no secundário do trafo sensor de corrente, puxe-os por baixo da placa e 
meça a tensão AC. Aí encontraremos entre 1 e 7 VAC dependendo da potência 
selecionada. Se este trafo queimar, não levará a tensão de monitoramento ao CI gerador 
de PWM e desta forma o forno desligará após 23 segundos. Veja o teste 
 
 
 
 
 
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TESTE DO INVERTER PELO PAINEL DE CONTROLE 
Estes microondas Panasonic inverter possuem um roteiro de teste para a placa inverter 
acessado através de uma seqüência de teclas no painel. Embora este roteiro não seja 
tão preciso (há alguns defeitos na placa inverter que ele deixa passar), eu vou ensinar a 
vocês agora como executá-lo. O roteiro se divide em duas partes: 
 
1. Com o forno fora da tomada desencaixe CN701 da placa inverter. Ligue o forno 
na tomada e aperte as teclas na seguinte seqüência: CANCELA - RELÓGIO - 
TEMPO - LIGA - POTÊNCIA - LIGA (3 vezes) e deve aparecer as palavra 
"CHECK" no display. A seguir programe um tempo qualquer normalmente e 
aperte a tecla LIGA. O forno deve funcionar por 3 segundos e aparecer a 
indicação H97 no display conforme visto abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
2. Agora encaixe CN701 e desencaixe os terminais do magnetron. Ligue o forno na 
tomada. Aperte as teclas na seguinte seqüência: CANCELA - RELÓGIO - TEMPO 
- LIGA - POTÊNCIA - LIGA (3 vezes) e deve aparecer as palavra "CHECK" no 
display. A seguir programe um tempo qualquer normalmente e aperte a tecla 
LIGA. O forno deve funcionar por 23 segundos e aparecer a indicação H98 no 
display conforme visto abaixo: 
 
 
 
 
Se o forno passar nestes dois testes (apresentar estas duas indicações no display), é 
provável que a placa inverter esteja funcionando. Se não apresentar estas indicações, 
daí a placa inverter está danificada mesmo. 
 
 
 
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ROTEIRO PARA CONSERTO DO INVERTER 
FLUXOGRAMA 1 
O FORNO DESLIGA 
APÓS 3 SEGUNDOS
DESLIGUE O CONECTOR
CN702 E VEJA SE CHEGA
110 VNELE AO APERTAR
A TECLA LIGA
TEM 110 V?DEFEITO NA PLACA DE CONTROLE NO PAINEL
TESTE A FRIO O IGBT, 
PONTE RETIFICADORA,
TRAFO, DIODOS, 
CAPACITORES DE ALTA 
TENSÃO E PEÇAS LIGADAS
NORMAIS ?TROCAR PEÇA (OUPEÇAS) DANIFICADA
VERIFIQUE SE CHEGA
O SINAL DE 220 Hz NO
PINO 3 DO CN701
TEM SINAL ? TESTE O FOTOACOPLADORIC701
NORMAL ?TROCAR IC701 TROCAR IC801 DAPLACA INVERTER
SIMNÃO
SIMNÃO
SIMNÃO
NÃO SIM
 
 
 
 
 
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FLUXOGRAMA 2 
O FORNO DESLIGA 
APÓS 23 SEGUNDOS
SOLDE O PONTO DE
LIGAÇÃO DO CABO 
COM O CONECTOR 
DO MAGNETRON
AGORA FUNCIONA
NORMAL ?
PEÇAS BOAS ?TROCAR PEÇA (OUPEÇAS) DANIFICADA
VERIFIQUE SE CHEGA
+B DE 12 V NA PLACA
DO CI GERADOR DE PWM
(PINO 13 DO CN704)
TEM 12 V ? VERIFIQUE SE HÁ SINAL DE110 Hz NO PINO 1 DO CN701
TEM SINAL ?
MAGNETRON RUIM (MAIS
PROVÁVEL) OU DEFEITO
NA PLACA DO IC801 
DEFEITO NA PLACA DE 
CONTROLE DO PAINEL
SIMNÃO
SIM
NÃO SIM
O DEFEITO ERA MAU
CONTATO NO CONECTOR
TESTE A FRIO O MAGNETRON
OS DIODOS E CAPACITORES DE
AT, O TRAFO SENSOR DE
CORRENTE, OS TRANSISTORES
DRIVERS DO IGBT E AS PEÇAS
ASSOCIADAS A ELES
TESTAR TODOS OS COMPONENTES
ENVOLVIDOS COM ESTA TENSÃO
SIMNÃO
NÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A PLACA DE CONTROLE (DPC) 
 
 
Tal qual nos microondas tradicionais,a placa de controle fica localizada atrás do painel e 
tem como funções receber os comandos do teclado e acionar o magnetron, a resistência 
do grill (se houver), os motores e a lâmpada. Porém no inverter ela tem outra função que 
é a de produzir o sinal PWM de 220 Hz usado para controlar o chaveamento do 
transistor IGBT da placa inverter. Conforme visto, assim é feito o controle de potência 
nestes fornos. Veja abaixo a placa de controle do Panasonic NN-G54BH: 
 
 
 
 
 
 
ESQUEMA ELÉTRICO DA PLACA DE CONTROLE 
Na próxima pagina temos uma visão geral do esquema elétrico da placa de controle do 
forno Panasonic usada em vários modelos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conforme destacamos a placa é dividida em etapas: 
CI micro - Ou microcontrolador é um CI SMD que recebe os comandos do teclado e 
controla o funcionamento do forno; 
Fonte de alimentação - Transforma a tensão AC da rede em duas tensões DC para 
alimentar os circuitos: 18 V (na verdade 23 V) para os relês e 5 V para o micro; 
Acionamento dos relês - São transistores controlados pelo micro que chaveiam as 
bobinas dos relês usados para ligar as funções do forno; 
BIP - Pequeno alto falante de cristal que emite um som agudo quando apertamos 
alguma tecla ou quando termina o preparo; 
PWM - Duas trilhas saindo do micro: Uma delas leva o sinal de 220 Hz para o inverter e 
a outra traz o sinal de 110 Hz de retorno do inverter; 
Teclado - Membrana de poliéster que junta os contatos para cada tecla pressionada e 
assim determina a função a ser executada pelo micro; 
Display LCD - O mostrador deste forno é de cristal líquido, portanto precisa de 
iluminação traseira ("backlight") para ser visto; 
Iluminação do display - Conjunto de leds localizado atrás do display para iluminá-lo; 
Cristal de clock - Produz um sinal de 8 MHz para o micro funcionar; 
Configuração - São jumpers (fios) ligados ou desligados de acordo com o modelo do 
forno onde a placa irá funcionar; 
Sensor de vapor - Um pequeno sensor que detecta (gera uma tensão) se houver uma 
grande quantidade de vapor na cavidade. Assim o micro pode desligar o forno. 
 
FONTE DE ALIMENTAÇÃO DA PLACA DE CONTROLE 
Abaixo temos o esquema da fonte que alimenta a placa de controle do forno: 
 
 
 
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T10 é o trafo de força que recebe 110 V da rede e diminui para 18 V. Esta tensão é 
retificada por D10 a D13, filtrada por C10 e vai alimentar os relês e o transistor Q10. 
Este último regula a tensão para 5 V a fim de alimentar o micro. Do terminal S2 sai uma 
amostra de tensão na freqüência de 60 Hz para fazer o relógio interno do micro 
funcionar. D25, D26 e D27 são os varistores que protegem a placa do painel do aumento 
súbito da tensão da rede. PF1 é uma trilha fina funcionando como um fusível. Assim se o 
forno de 110 V é ligado por engano em 220 V, D25 entra em curto, abrindo a trilha PF1 e 
protegendo o primário do trafo. Veja o aspecto desta fonte na placa do forno inclusive 
mostrando os pontos da placa onde são indicadas as tensões fornecidas por esta fonte: 
ACIONAMENTO DOS RELÊS 
 
Observe no esquema abaixo o circuito que aciona os relês do microondas Panasonic 
usado no estudo: 
 
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O transistor DTC (digital transistor) Q222, que é do tipo SMD neste circuito, aciona a 
bobina do relê do grill (dourador), Q223 aciona o relê dos motores e lâmpada, Q224 
acionar o bip, Q220 e 225 acionam o relê que leva alimentação para a placa inverter. 
Quando apertamos a tecla LIGA no painel, os pinos 39 e 41 do micro passam a nível 
alto (5 V). Desta forma as bases dos transistores Q220 e 223 são polarizadas, fazendo-
os conduzir e acionar os relês RY1 da placa inverter e RY2 dos motores e lâmpada. 
Quando termina o tempo de preparo, os pinos 39 e 41 voltam a nível baixo (0 V), 
despolarizando Q220 e 223 e desligando os relês. Quando for acionada a função 
"DOURADOR", o pino 42 do micro vai a nível alto (5 V), polariza a base de Q222 e 
aciona o relê RY3 da resistência douradora no teto da cavidade do forno. O pino 40 do 
micro chama-se "start OK". Quando o forno estiver pronto para funcionar, este pino vai a 
nível alto, polarizando Q226 e Q225. Desta forma este último liga o emissor de Q220 ao 
terra habilitando o funcionamento dele quando a tecla LIGA for pressionada. Veja na foto 
abaixo os componentes do acionamento dos relês que acabo de explicar: 
 
 
 
 
COMO TESTAR A PLACA DE CONTROLE 
 
Em primeiro lugar devemos preparar a placa para fazermos os testes necessários. 
Primeiro desencaixamos o flat cable da membrana. Tome muito cuidado aí. Solte com 
cuidado para não estragar este flat que é muito frágil. Senão terá que trocar a 
membrana. Evite de ficar tirando e colocando este flat para não danificá-lo. Você só 
deve colocar de volta quando a placa já estiver consertada, testada e pronta para ser 
montada no forno. A seguir desparafuse e desencaixe a placa do painel. Guarde o painel 
para não danificar durante o conserto da placa. Ligue entre si os fios 1 e 3 do conector 
CN4. Estes fios vão para a microchave secundária e se não ligá-los os comandos não 
atuarão. Solde um cabo de força nos pinos do primário do trafo de alimentação e a placa 
estará pronta para testarmos fora do forno. Veja como ficou a seguir: 
 
 
 
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TESTE DA ALIMENTAÇÃO DA PLACA DE CONTROLE 
Para sabermos se a placa de controle está alimentada no caso dela não estar 
funcionando (display apagado e não atua nenhuma função), devemos medir as tensões: 
no primário e secundário do trafo de alimentação e nos pontos indicados +18V e +5V. 
Usaremos como terra uma trilha relativamente larga com a indicação (0V) nela. Veja na 
figura abaixo que devemos ter tensão nestes quatro pontos antes de testar qualquer 
outra coisa: 
 
 
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TESTE DO SINAL DE 220 Hz PRODUZIDO PELA PLACA DE CONTROLE 
Conforme estudamos, este sinal será enviado à placa inverter para controlar o 
chaveamento do IGBT e a tensão a ser aplicada ao magnetron. Porém antes de testar 
este sinal na placa de controle temos duas observações importantes a saber: 
1 - A placa do painel só se mantém funcionando por 3 segundos quando ela não está 
ligada no inverter. Portanto soldamos fios nos pontos onde devemos medir tensão 
(exceto no caso das alimentações) ou o sinal de 220 Hz. Deixamos o multímetro já 
encaixado nestes fios para dar tempo de ler os valores assim que acionamos a função 
liga. Veja abaixo como ficam os fios soldados na placa para fazer estas medições: 
 
 
2 - Como a placa está desconectada da membrana de teclas, temos que ir colocando 
em curto o encaixe de 9 pinos do conector do flat cable da membrana para acionar as 
funções. Você deve com um pedaço de fio ir fazendo curtos neste conector até achar 
pelo menos as funções principais. No caso deste forno que estamos estudando, os pinos 
1 e 8 fazem a função CANCELA, os pinos 3 e 4 a função + 1 MINUTO e os pinos 1 e 9 a 
função LIGA. Veja abaixo como fazer os curtos no conector citado: 
 
 
 
www.edtecsoft.com 65 edtecsoft@uol.com.br 
Agora vamos ao teste do sinal propriamente dito. Coloque um multímetro digital com 
freqüencímetro no fio soldado no pino 1 do CN3 da placa de controle. Ao ligar o forno 
curtocircuitando os pinos 1 e 9 do conector da membrana, o multímetro deve indicar 
cerca de 220 Hz por 3 segundos. Se isto ocorrer, a placa de controle está funcionando. 
Se não indicar o sinal, a placa

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