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Profª Dhileane de Andrade Pós-graduação Lato sensu Informática na Educação Fundamentos em Educação/ 30h 2017 Tecnologias na escola Tecnologias na escola: As TICs e a TA a serviço da aprendizagem, da acessibilidade e inclusão A deficiência sempre foi uma marca de exclusão. O que é preciso para se ter inclusão? • As novas tecnologias e os recursos de tecnologias assistidas - TA tem um importante papel para essa inclusão, pois inclusão demanda autonomia que em muitos casos só poderá ser desenvolvida através dos recursos de TA. Formação para que haja inclusão Possuem um conhecimento bem limitado quanto ao uso do computador, dos aplicativos e programas disponíveis, e do uso e aplicação de outros recursos disponíveis nas salas de recursos Tipo I e Tipo II Profissionais (professores) Recursos A formação de professores de forma geral, já é, devido às muitas fragilidades presente nesse processo, um assunto bastante polêmico, e nesse mesmo contexto situa-se a questão das TICS, das salas de tecnologias e das salas de recursos multifuncionais. Jonassem (1996) aponta quatro momentos de aprendizagem mediados pelas TICs em: 1. Aprender a partir da tecnologia (learning from), em que a tecnologia apresenta o conhecimento, e o papel do aluno é receber esse conhecimento, como se ele fosse apresentado pelo próprio professor; 2. Aprender acerca da tecnologia (learning about), em que a própria tecnologia é objeto de aprendizagem; 3. Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o computador (programando o computador através de linguagens como BASIC ou o LOGO); 4. Aprender com a tecnologia (learning with), em que o aluno aprende usando as tecnologias como ferramentas que o apoiam no processo de reflexão e de construção do conhecimento (ferramentas cognitivas). Tecnologia Assistiva - TA: classificação, recursos e serviços A TA pode ampliar e modificar significativamente a condição de vida da pessoa com deficiência no que se refere a sua autonomia e melhoria da qualidade de vida, uma vez que as tais tecnologias são pensadas para minimizarem as limitações da vida diária, conforme explica (Brasil, 2009). A seguir veremos as classificações dos recursos de TA: Auxílios para a vida diária e vida prática Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Recursos de acessibilidade ao computador Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o computador acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais e motoras. Inclui dispositivos de entrada (mouses, teclados e acionadores diferenciados) e dispositivos de saída (sons, imagens, informações táteis). Sistemas de controle de ambiente Através de um controle remoto as pessoas com limitações motoras, podem ligar, desligar e ajustar aparelhos eletroeletrônicos como a luz, o som, televisores, ventiladores, executar a abertura e fechamento de portas e janelas, receber e fazer chamadas telefônicas, acionar sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores. Projetos arquitetônicos para acessibilidade • Projetos de edificação e urbanismo que garantem acesso, funcionalidade e mobilidade a todas as pessoas, independente de sua condição física e sensorial. Órteses e próteses • Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo. Adequação Postural • Ter uma postura estável e confortável é fundamental para que se consiga um bom desempenho funcional. Fica difícil a realização de qualquer tarefa quando se está inseguro com relação a possíveis quedas ou sentindo desconforto. Auxílios de mobilidade • A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores, carrinhos, cadeiras de rodas manuais ou elétricas, scooters e qualquer outro veículo, equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal. Auxílios para qualificação da habilidade visual e recursos que ampliam a informação a pessoas com baixa visão ou cegas. • São exemplos: Auxílios ópticos, lentes, lupas manuais e lupas eletrônicas; os softwares ampliadores de tela. Material gráfico com texturas e relevos, mapas e gráficos táteis, software OCR em celulares para identificação de texto informativo, etc. Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo • Auxílios que incluem vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado-teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, celular com mensagens escritas e chamadas por vibração, software que favorece a comunicação ao telefone celular transformando em voz o texto digitado no celular e em texto a mensagem falada. Mobilidade em veículos • Acessórios que possibilitam uma pessoa com deficiência física dirigir um automóvel, facilitadores de embarque e desembarque como elevadores para cadeiras de rodas (utilizados nos carros particulares ou de transporte coletivo), rampas para cadeiras de rodas, serviços de autoescola para pessoas com deficiência. Esporte e Lazer • Recursos que favorecem a prática de esporte e participação em atividades de lazer. Conclusão As escolas que para além de cumprimento de Leis, desejam de fato serem inclusivas, precisam olhar para os alunos com deficiência com um novo olhar, ou seja, as ideias pré-concebidas que os veem como sujeitos limitados, como incapazes, estes alunos como quaisquer outros, precisam ter o acesso, mas muito mais que isso, precisam participar e permanecerem até o fim de seus estudos e toda e qualquer forma de discriminação e barreiras impeditivas de seu desenvolvimento devem ser rejeitadas. Quanto a Tecnologia Assistiva, o Brasil vem também por meio do Plano Nacional Viver sem Limites incentivando e financiando a implantação de diversos núcleos de tecnologia assistiva em parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI). Quanto ao “professor comum” não pode trabalhar com alunos com deficiência. Por isso a necessidade de um plano de formação de professores que trabalhe com os conhecimentos específicos da área, e principalmente condições como recursos materiais e humanos específicos Material para consulta Texto 1: “ “Politica nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva”. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf Texto 2: “ASSISTIVA: Tecnologia e Educação”. Disponível em: http://www.assistiva.com.br/aee.html REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto Federal nº7611/11, Casa Civil, 2011. _______. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação BRIZOLLA, F. Para além da formação inicial ou continuada, a form(a)cão permanente: o trabalho docente cooperativo como oportunidade para a formação docente dos professores que atuam com alunos com necessidades educacionais especiais. Universidade Federal do Paraná, setor litoral, 2009, V Seminário Nacional de Pesquisa em Educação Especial: formação de Professores em foco, São Paulo, SP. Projeto DOSVOX. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/. Acessado em: 27 de Dezembro de 2017. ______. Decreto nº 5.626, de 17 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez. 2005. p. 28. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm>. Acesso em: 17 nov. 2011. ______. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas Tecnologia Assistiva. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009. 138 p. BRASIL. SDHPR - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência - SNPD. 2009. Disponível em: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/tecnologia-assistiva Acesso em 06/12/2012 .
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